Cap 18: O julgamento de Rabich

Cap 18: O julgamento de Rabicho





- Está tendo uma festa aqui?! E ninguém para me acordar? – disse ela com um sorriso nos lábios.



Harry já ia falar, mas Dunga apareceu, beijou a mão de Larissa e lhe disse a novidade. Lara abriu seu sorriso e seu rosto iluminou.



- Pedro?... Capturado?... Nossa!.... (Larissa pôs a mão no peito)... Isto é maravilhoso!... (Engoliu saliva) – disse Lara que parecia tentar em entender o que se sucederia depois da descoberta.



- Então? Qual dia da semana que será o julgamento? – perguntou Snape com arrogância.



- Será na quarta, Severo! – disse Lupin se aproximando de Lara e continuou a dizer:



- Estamos reunindo as provas contra ele e as testemunhas também! Quer ir Harry? – perguntou Lupin.



- Claro! – respondeu Harry rapidamente.



- Eu posso ir, Remo? – Lara parecia suplicar.



Lupin olhou para Dumbledore que não respondeu nada. Então, Remo disse:

- Melhor não! Não podemos arriscar mais depois de ontem a noite, Larissa!



- Mas..! Eu posso ajudar com meu depoimento! .. (Larissa se virou para Dumbledore)... Alvo! Eu posso! Você sabe o que sabe o que aconteceu comigo e Sirius naquele dia antes da morte de Tiago e Lílian!?



- Eu sei, Lara! – disse Dumbledore.



- O que importa que eu tenho um álibi para Sirius! – disse Larissa rapidamente.



Dumbledore se entreolharam Lupin e disse:

- Tudo bem! Você tem um bom argumento para defesa de Sirius!



Lara sorriu e Sra. Weasley disse: - Hoje vou caprichar no almoço!



- Bem, Molly! Temos que reunir, agora! Temos que rever alguns pontos! E com essa notícia de Pedro capturado e mais alguns relatórios do Severo! E também de Hagrid que estará de volta em Hogwarts esta semana! Nossa! Ah! Tantas coisas!...– disse Dumbledore.



- Pode deixar, Sra. Weasley! Eu e Narcisa faremos o almoço! E quando terminarmos, nós chamaremos a todos! – disse Larissa pegando na mão da amiga.



- Nós podemos ajudar? – Luna deu o ar da graça.



- Claro! – disse Narcisa saindo da sala e todos seguiram deixando os membros da Ordem reunidos as portas fechadas.



Enquanto arrumavam a mesa, Draco começava a implicar com Harry.



- Vai continua, Malfoy! Nada que você dizer vai tirar minha alegria de hoje até o julgamento! – disse Harry indiferente ao sonserino.



E a implicação parou ali, pois Draco percebeu que não conseguiria irritar Potter.



Na hora do almoço, todos comiam alegremente. Até que:



- Nossa! Como eu ia me esquecendo?!.. Meninos!!! Olha o que acabou de chegar para vocês! – disse Sr. Weasley tirando umas cartas do bolso do casaco.

- O que é isso, pai?.... AI, Mãe?!?!?!? – perguntou Rony de boca cheia e levou um beliscão da mãe.

- Não fale de boca cheia, Ronald Weasley! – advertiu Molly.



- São cartas de comunicação do setor de transportes mágicos! – disse Sr. Weasley entregando aos garotos, Neville, Rony, Hermione, Harry e Draco.

- Nossa, Harry! Será na quinta feira!? – Rony estava animado.

- Legal! Vai ser interessante ver Ronald Weasley aparatar dentro de uma geladeira! HAHAHAHAHAHA! – Draco gozando Rony que fechou o punho para acertá-lo, mas Mione colocou mão em cima da de Ron e disse:

- Não! Não vale a pena!



Eles se entreolharam e sorriram.



- Que bonitinho!!! Sr e Sra. Ronald Weasley! – Draco estava inspirado em gozações no dia, mas o casal grifinório nem aí.





*************





Dia do julgamento.



Tudo de bom aconteceu nestes dias que antecederam ao julgamento de Pedro Petergrew: Snape sumiu da mansão. Mundungo e os gêmeos eram a diversão do momento, pois tentavam ensaiar músicas para o casamento de Gui e Fleur. Até Malfoy arriscava um riso, mas parava por ali.



Os jornais estavam divulgando sobre o julgamento e a hisstória que girava em torno do reaparecimento de Pedro que todos julgavam morto.



Não eram por menos, Larissa foi citada e comparada na mesma situação de ressurgimento, mas para Harry tinha um porém. Pedro era um traidor e seria julgado o que devia ter acontecido há três anos atrás.



A comunidade bruxa estava em alvoroço, queria mais explicações sobre Larissa que ainda não foram explicadas e ainda mais sobre Pedro que retornou sem um dedo na mão.



Rony e Hermione quiseram ir para dar apoio ao amigo. Isso foi bom, pois Harry precisava disso. Ele não ia testemunhar, mas queria ver a justiça agir.



Um forte esquema de segurança foi montado para guardar Pedro dentro do Ministério da Magia, segundo Lupin:



- Eu, Shackbolt, Tonks, Dumbledore e a Ministra temos acesso a Pedro que está numa sala anti-desaparatação e antimagia!... As chaves da sala são secretas e foram entregues a alguém com Feitiço Fidelius



- E como faz para vocês entrarem lá, senhor? – perguntou Hermione curiosa.

- Da mesma forma que recebemos as chaves portais para ir para mansão Black que está sob o fidelius de Dumbledore!... Só não sabemos quem manda as chaves, mas esta pessoa foi bem orientada, pois sabemos quem é!



- Quem será que a orientou? – Rony.

- Parece que você não conhece as ações do nosso diretor de Hogwarts, Ron? – disse Lupin sorrindo e entrando no salão de julgamento.



Ao entrar no recinto, Harry lembrou. Foi como uma volta a penseira que viu o julgamento de Belatrix, os Lestranges, Bartô Crouch Jr., Karkaroff e Bangman.



A segurança do aurores era fantástica. Realmente, seria tolice de Voldemort entrar ali com seus seguidores. Eles seriam trucidados num jorro de varinhas por todos os lados.



- Tiveram que reforçar! Por causa de você, Harry, e claro, a Larissa! – disse Sr. Weasley puxando os garotos para tribuna dos visitantes.



- Olha, Hagrid! – disse Mione apontando e o trio cumprimentou-o a distância. Já o meio-gigante os viu retribuindo o cumprimento.



Para o estranhamento de Potter, Snape estava lá na mesma tribuna que Hagrid e para completar a raiva, atrás de Lara.



- O que ele está fazendo aqui? – Harry perguntou nervoso ao Sr. Weasley.

- Ele quem?... Ah! Professor Snape! Dumbledore achou melhor que ele viesse para testemunhar também contra Pedro! Afinal, Snape foi Comensal e viu coisas no lado das trevas!!!! – disse Arthur Weasley, quando Pedro entrou escoltado por aurores, Shackbolt e Tonks.



- TODOS DE PÉ! JUIZ BRUXO DA SUPREMA CORTE MÀGICA ENTRA AO LOCAL! – bradou um bruxo de voz imponente.



Todos obedeceram.



Primeiro a Ministra e o escrivão entraram. Eles se sentaram ladeando uma cadeira vaga que já pertenceu ao Sr. Crouch, o pai. Logo depois, o Juiz entrou ao recinto. “Ele se parecia um tanto como um velho leão. Tinha mexas grisalhas em seu cabelo amarelo - queimado e em suas sobrancelhas grossas; tinha olhos amarelos por trás dos óculos de metal, e uma certa beleza apesar do andar manco”. (obs.: trecho revelado por JKR trás da porta em seu site oficial).



O Juiz começou a falar mexendo em papéis a sua frente e um bruxo escrivão fazia seu papel de registrar o que ele dizia:

- Janeiro, 10 de 1996. A Suprema Corte Mágica precede da seguinte forma em suas atividades de hoje: Caso Pedro Petergrew! Humm! Vejo que falta apenas uma testemunha! Sr. Ronald Weasley!



Ron não entendeu nada, mas levantou e foi até a tribuna das testemunhas.



- Por favor, as testemunhas se dirigem a ante-sala a direita! E aguardem ao chamá-los! Obrigado! – disse o Juiz.



O meritíssimo juiz olhou para Pedro e disse:

- Sr. Petergrew! O senhor está sendo julgado por: ser um animago ilegal, praticar magia negra proibida pelo Ministério, aliar a Voldemort para práticas maléficas contra nossa comunidade, e ter participação direta na morte dos Potters em Godric Hollow no dia 31 de outubro de 1981! Ah! E a morte de trouxas na mesma noite!... O senhor está ciente das acusações?



Pedro não respondeu apenas balançou a cabeça afirmando.

- Por favor, Sr. Petergrew! Responda em voz alta clara para as testemunhas presentes aqui! – impôs o juiz da seção.



- Sim! Estou ciente! – respondeu Pedro ansioso.



- E o que senhor alega de todas estas acusações, Sr. Petergrew? – perguntou o juiz fitando os olhos do maroto assustado.



- Inocente! – disse Pedro causando raiva em Harry.



- Pois bem, Senhor Petergrew! Quero anunciar que esta corte irá reavaliar todos os passos do processo de Sirius Black, pois pelo que foi observado houve falhas no julgamento que talvez levaram um inocente para prisão! Principalmente com relacionando aos fatos históricos que serão revelados aqui nesta audiência!... Então! Vamos começar! Quero ouvir sua história Sr. Petergrew! Desde o princípio em que teve contato com Lorde Voldemort! Até nos dias de hoje! Espero que diga a verdade, pois não quero usar o [i]Verisaterum[/i] no senhor! – disse o juiz.



Pedro olhou para o lado e viu Harry. Eles se encaram por alguns segundos.



Pedro ficou assustado.



- Senhor Petergrew? Por favor, comece! – falou o juiz enfaticamente.



Pedro se voltou para frente e começou a sua história.



Para todos ali presentes, foi atemorizador cada palavra que saía da boca de Pedro. Falou sobre Voldemort que o obrigou a fazer aquilo justificando que o Lorde tinha armas de magia negra inimagináveis. Redimia-se de culpa e dizia que foi obrigado em dizer o segredo, senão perdia a vida.



- Pensei em avisar Sirius, logo depois do meu infortúnio com o Lorde das Trevas! Então saí do meu esconderijo para procurá-lo! Foi em vão! Os Potters foram mortos e Sirius veio atrás de mim achando que eu era espião do Lorde! Ele queria me matar! Então, eu disse a ele que não tive culpa! O Lorde me obrigou! – disse Pedro com uma cara de pau que parecia Malfoy quando se fazia de santo, depois de fazer das dele em Hogwarts.



O que Harry percebeu foi: fraqueza, covardia e traição a sua frente. Seu ódio era imensurável por aquele homem: “Como ousa? Ele está mentindo!!! Ele fez porque quis!”, pensou e tentava se controlar em seu interior.



- Sr. Petergrew! O senhor disse que não teve culpa! Então, o senhor confirma que entregou o segredo dos Potters ao Lorde? – perguntou o Juiz.



- Sim! – Pedro desanimado.



- E as mortes de trouxas naquele dia? Como explica tal infortúnio!? Assim, como se transformar em um rato e fugir!? – perguntou o Juiz.



- Foi um duelo no qual não queria participar! – Pedro.



- POIS PERDERIA! – gritou Harry.



- ORDEM!.. Controle-se, Sr. Potter! – advertiu o Juiz e olhando ao rabicho: - Prossiga!



- Sirius lançou um feitiço ma rua querendo me acertar, mas acertou os pobres trouxas ao invés de mim! – disse Pedro.



- MENTIROSO! VOCÊ QUE MATOU AQUELAS PESSOAS! – bradou Harry enquanto Sr. Weasley tentava controlá-lo.



- ORDEM! CONTROLE-SE, SR. POTTER! SENÃO TEREI QUE COLOCÁ-LO PARA FORA DAQUI! – o Juiz estava de pé falando em entonação mais forte na advertência.



-Harry! Pára! Não vê que assim você pode prejudicar as coisas!? – Mione sussurrando ao amigo.



- Droga, Mione! Ele está mentindo! – Harry nervoso, quando alguém da tribuna lhe passava um bilhete para ele. Era Mundungo que estava disfarçado que deu uma piscadela para a dupla.



Harry abriu:

Pedro será desmascarado!

Tenha paciência!

Bjos, L.



****************



Depois que Pedro terminou sua história, o Juiz tomou a palavra:

- A corte repassa a palavra ao escrivão que lerá todo o depoimento do Sr. Petergrew para todos ouvirem!



- Que demora? – disse Harry impaciente.

- Mas é necessário, Harry! Rabicho tem que confirmar o que disse e assinar o pergaminho para que depois realizar os depoimentos contra o que ele falou! Entendeu? – Hermione parecia apreensiva.



O relato de Pedro foi relido em alto e bom tom para todos no recinto na tivessem dúvidas do que foi colocado. Depois da leitura:



- Sr. Pedro Petergrew? Você declara como verdadeiro texto que você acaba de ouvir e o que está escrito nestes pergaminhos? – perguntou o Juiz.



Pedro pegou o pergaminho e confirmou assinando-o.



- Muito bem! Vamos as testemunhas!... Chamo Sr. Prof. Severo Snape! – disse o Juiz lendo um pergaminho que parecia ter a lista das testemunhas.





Snape entrou e se sentou de frente a Rabicho que estava pálido e não conseguia olhar fixamente o professor de Hogwarts.

- Mas ele foi um comensal!? – replicou Rabicho apontando para Snape.

- Sr. Pedro Petergrew! Concordo com o senhor! Sim! Ele foi! Agora não é! – disse o Juiz calmamente.

- Da mesma forma que acreditaram em Lucio Malfoy? – continuou Rabicho em sua argumentação.



Numa coisa Harry teve que concordar com Rabicho.



- Escrivão! Leve em consideração o que Sr. Petergrew relatou, mas coloque que o Sr. Snape redimiu de seus atos como seguidor das trevas pondo em risco suas questões pessoais agindo como espião para Ordem da Fênix! Obrigado!... Por favor, Sr. Snape! – disse Juiz enfaticamente.



Rabicho parece ter resmungado algo.



Snape falou calmamente que existia um traidor da Ordem da Fênix que freqüentava o círculo das trevas, mas não sabia quem era: - Pois usávamos máscaras e éramos muitos!



- Sr. Snape!? Sr. Petergrew nunca se apresentou ao grupo dos seguidores do Lorde das Trevas? – perguntou o Juiz.



- Não diretamente! Pois só nos reconhecíamos pela Marca Negra e pelo uso das máscaras! Como éramos muitos! Não identificava Sr. Petergrew dentre os outros seguidores! Claro que havia comentários entre os comensais sobre quem seria esse espião!



Snape olhou de esguelha para Harry, mas depois voltou seu olhar para Pedro:



- Na mesma noite da morte dos Potters, o Lorde das Trevas reuniu o grupo e disse que iria sair a caça do casal em questão!!! Só que dessa vez, a vitória seria certa, ainda mais depois que o Lorde recebeu a noticia de uma certa profecia!!!! Lembro de um dos comensais perguntar como o Lorde descobriu onde se localizava os Potters!!!! Mas não houve resposta diretamente dele! Apenas o Lorde disse que era alguém próximo aos Potters, pertencia a Ordem da Fênix e que tinha o poder de desfazer um feitiço de confidência, o Fidelius!.... Não tinha muito tempo!! Avisei Dumbledore sobre tal fato que o traidor tinha recebido o segredo do esconderijo! – disse Snape parecendo que partir dali não tinha mais nada a falar.



- Obrigado pelo seu depoimento Sr. Snape! Por favor, volte ao seu lugar! – disse o Juiz que mexia nos pergaminhos. E depois chamou Dumbledore para depor.



Harry prestou atenção a cada palavra do diretor de Hogwarts que disse sobre a história sobre o Fidelius entregue a Pedro a pedido de Sirius que achava que seria um blefe contra Voldemort:

- Desta maneira, segundo Sirius Black, Voldemort não procuraria Pedro Petergrew, mas sim ele para obter informações do paradeiro do Potters! – Dumbledore.



- Então, Sr. Dumbledore! O réu aqui em questão possuía o segredo dos Potters? – perguntou o Juiz.



- Sim! E gostaria de acrescentar que logo depois que Severo Snape me alertou de tal perigo, associei ao fato que Pedro Petergrew ter o Fidelius! Estava pronto para sair do Ministério, e recebi notícia de Voldemort tinha desaparecido! Avisei a Hagrid que fosse para casa do Potters, pegasse o filho deles e trouxesse para Sussex na rua do Alfaneiros no. 4!



- Como o senhor sabia que a criança sobreviveu? – perguntou o Juiz curioso.



- Fui avisado que a criança estava viva! – disse calmamente Dumbledore.



- E o senhor foi avisado por quem? – perguntou o Juiz.



- Srta. McClaggan! Ela compareceu ao local avisando-me do desaparecimento de Voldemort e de que Harry Potter estava vivo! Pedi a ela para sair dali, pois, naquela época era considerada morta para nossa comunidade! – respondeu o diretor de Hogwarts olhando para Harry.



- Humm! Certo! Pelo relato do Sr. Snape, Voldemort sabia da tal profecia!? – o Juiz ponderava em sua pergunta.



- Parte dela, Meritíssimo! Voldemort não soube dela completamente! Pois quando a profecia foi a mim revelada, uma pessoa foi tirada do local em que eu me encontrava! Esta pessoa misteriosa ouviu parte da revelação! Por sua vez, esta pessoa deve ter revelado o que sabia ao Lorde e por isso que ele falhou em sua investida contra Harry Potter!



- Então, você conhecia esta profecia na íntegra?! – Juiz pensativo.



- Sim! – disse Dumbledore rapidamente.



- Entendo! Não entrarei em detalhes desta tal profecia, pois não vem ao caso da audiência! Entretanto!?!?!... Escrivão! Por favor, acrescente que esta profecia foi a causa que levou o Lorde Voldemort ao ataque contra os Potters em Godric Hollow!



- Obrigado, Sr. Dumbledore! Pode-se retirar! – Juiz mexia ainda mais nos papéis.



Desta vez, o Juiz chamou Hagrid que explicou sobre como encontrou com Sirius e como depois levou Harry a Sussex.



Lara foi a próxima. O Juiz a cumprimentou silenciosamente e Larissa retribuiu com sorriso.



- Por favor, Meritíssimo! – Rabicho se pronunciou.



- Sim, Sr. Petergrew? - Juiz



- O senhor tomará um depoimento de uma pessoa que foi considerada morta naquela época? – Rabicho parecia assustado, pois estava tão branco ao ver Larissa que parecia que seu depoimento seria trucidado ali na hora.



- Sim! Sr. Petergrew! Da mesma forma que o senhor que também foi considerado morto! – disse o Juiz. Rabicho ficou de boca entreaberta sem o que argumentar.



Harry ficou satisfeito com o Juiz. Parecia ser justo em suas colocações.



- Srta. Larissa McClaggan! Por favor, quero saber exatamente o que aconteceu naquela noite que antecedeu a morte do Potters? – perguntou o Juiz.



- Antes de começar, meritíssimo! Gostaria de colocar que [i]apenas[/i] Dumbledore sabia que estava viva até uma semana antes do incidente.... Sirius me viu! Então, se encontrava comigo... ! Quando todos da comunidade pensavam que ele se encontrava com Lorde Voldemort...!– disse Lara que vez uma pausa.



- Compreendi! Isso está relacionado ao processo judicial de Sr. Black ser acusado de ser um seguidor das trevas! – disse o Luiz olhando alguns pergaminhos antigos.



- Sim! Mas ele não era, nem nunca foi um comensal da morte! Nestes encontros, ele me ajudava... a decifrar meus sonhos que estava tendo com freqüência! – disse Larissa com olhos marejados.



- Certo! Prossiga, Srta! – Juiz.



- Obrigada, meritíssimo! Horas antes da morte dos Potters, Sirius estava comigo! Eu também tinha conhecimento da tal profecia! E como eu estava sonhando com o casal Potter... – Larissa parou de falar parecia assustada.



- Srta. McClaggan? – Juiz preocupado.



Lara suspirou profundamente e:

- Bem! Num desses sonhos dos Potters, Pedro estava nele! Falei com Sirius! Estava assustada e pressentia perigo naquela noite! Eu não podia sair dali para avisar Lílian! Pedi a Sirius para proteger os Potters! (...)





- Não! Raio de luz! Pedro é nosso amigo! Lorde Voldemort viria atrás de mim! Não dele! – disse Sirius fazendo um carinho em Lara.



- Quem te garante?... Alvo tem suspeitado de um traidor! Um traidor que vem um ano esperando uma oportunidade de agir! – Lara desesperada abraçou Sirius.



Sirius não disse nada, ficou pensativo até:



- Pedro está bem escondido! Ele...



- Ele foi tentado por Voldemort! Pedro tem ganância! Tem inveja da amizade de você com Tiago! Sempre teve! E vocês nunca perceberam!.... Lílian, uma vez...



Sirius cortou Larissa:

- Lílian!... Ela não queria Pedro fosse o guardião, mas ela concordou assim mesmo! – Sirius pensativo.



- Sim! Acredite! Lílian tem um poder de ver coisas que estão além de nossas mentes, Sirius! Ela vê como as pessoas são em sua essência! Lílian via maldade em Pedro!...



- Então, por que ela?... - Sirius



- Por amar e respeitar Tiago, lógico!... Olhe!.. O augúrio ali! Eu dei a Lílian para caso ela precisasse de mim, mandasse o animal!... Agora você percebe! Mesmo estando morta para minha amiga, ela acredita posso ajudar! Eles estão em perigo! – Larissa se aproximou e abraçou Sirius fortemente.



Sirius fechou os olhos e parecia pensativo.



- Raio de luz!... Fique aqui! Eu volto! – Sirius nervoso



-.(...) Então, Sirius foi ao esconderijo de Pedro! – disse Larissa cabisbaixa, depois elevou a cabeça:



- Mas queria fazer algo!... Não queria ficar parada!... Não podia esperar Sirius voltar!... Então, fui para Godric Hollow!... Mas cheguei tarde demais!... Vi o corpo de Tiago e depois de Lílian!... Vi Harry chorando no berço!... Peguei-o e aninhei em colo!... Avisei, Dumbledore do ocorrido!... Destruí a casa dos Potters, para que os trouxas percebessem que foi um acidente!... Coloquei Harry nos escombros e me escondi, pois sabia que Hagrid iria aparecer a qualquer momento!... Fiquei ali até Hagrid aparecer!... Foi o que aconteceu! Só que Sirius apareceu também! Eles conversaram algo! Hagrid foi embora com Harry na motocicleta!... Sirius ficou parado um tempo ali contemplando a casa destruída! Depois gritou que mataria Pedro! E saiu dali correndo!!....– disse Larissa segurando para não chorar.



Lara olhou para Pedro com raiva e continuou:

- Segui Sirius!... E eu vi o que aconteceu!... Pedro realmente estava aflito! Imagino que sim, pois o plano do mestre dele tinha falhado!... Ele gritava pela rua que Sirius que tinha matado os Potters! Que ele que era o seguidor do Lorde Voldemort! Alguns bruxos moravam na região ouviram os gritos de Pedro!... Então, logo depois, ele encenou sua morte destruindo uma rua inteira e fugindo em forma de rato deixando um dedinho para trás. Fez isso tudo para culpar Sirius daquela tragédia... Aí! Eu saí de onde estava e fui até Sirius (...)





Sirius estava ajoelhado no meio da rua.



- Sirius? – Larissa se aproximou dele ajoelhando.

- Eles estão mortos! A culpa é minha! Eu... Eu.. – Sirius chorando.

- Não se culpe! Você não sabia de Pedro! Você achava que ele era confiável! Você acreditava na amizade dele! Isso é nobre da sua parte! – disse Larissa abraçando-o.

- Cadê nobreza nisso?! Perdi meus amigos! – disse Sirius desanimado.

- Não! Nós não perdemos pessoas que amamos, pois podemos encontrar com elas! Basta olhar por aqui! No seu coração! – disse Lara sorrindo a Sirius.

- Você é especial, Lara, sabia?... Desde de Hogwarts... O que eu fiz com nosso relacionamento, não tem volta!... Perdoa-me! Perdoa-me por fazer o que fiz!...Não devia ter feito aquilo!... Tinha medo de te perder!... Você é meu raio de luz! – Sirius sorriu.



Lara beijou Sirius carinhosamente. Black retribuiu.



Então, sirenes começaram a tocar ao longe, pareciam que bombeiros trouxas se aproximavam.



- Lara! Vá! – disse Sirius.

- Mas eu posso testemunhar ao seu favor! Foi Pedro que fez tudo isso! – Larissa com receios.

- Não tem “mas”! Dumbledore tem seus motivos para você permanecer escondida! Então, você deve voltar para seu esconderijo! Vá, Raio de Luz! – Sirius a beijou novamente.



- Pare! Sirius Black! Você está preso! – policial na rua.





- (...) Então, corri dali sem olhar para trás! E o restante vocês sabem! Sirius foi condenado à prisão perpétua em Askaban! – disse Larissa fitando Rabicho.



- Obrigada, Srta. McClaggan! – disse o Juiz.



Harry e os demais bruxos ali presentes ficaram impressionados com depoimento de Larissa.

- Não era por menos! Sirius não tinha uma testemunha que contradissesse o ocorrido na “morte” de Rabicho! – comentou Sr. Weasley com os garotos.



Logo após, veio Lupin relatando alguns fatos que ocorreram há três anos atrás: a sua suposição do ressurgimento de Rabicho e alguns acontecimentos na Casa dos Gritos.



- Humm! Interessante, Sr. Petergrew! Sr. Potter salvou sua vida! Por favor, escrivão coloque tal acontecimento nos autos do julgamento! Prossiga, Sr. Lupin! – comentou o Juiz.



Remo continuou a história contando a fuga de Rabicho novamente.



- Como não tinha tomado minha poção, virei lobisomem! E não me lembro de mais nada! Apenas os relatos que falei, foram-me revelados por terceiros! – disse Lupin.



- E quem foram tais terceiros, Sr. Lupin? – perguntou o Juiz.



- Três jovens alunos de Hogwarts, meritíssimo! – respondeu Remo.



- Nomes, Sr. Lupin! – Juiz.



- Harry Potter, Ronald Weasley e Hermione Granger! – respondeu Lupin.



- Compreendo! Um rato era a forma animaga do Sr. Petergrew! E ele viveu anos na casa do Weasley!... Humm! Interessante! Obrigada, S. Lupin!... Bem!.. Por favor, Ronald Weasley aproxime-se! – disse o Juiz.



Rony apareceu e parecia ansioso.



- Mas, meritíssimo? Ele é menor? Não pode! – Pedro receoso.



- Sr. Petergrew! Estou abrindo a exceção, pelo fato, de que o senhor conviveu há anos nesta família de bruxos, sendo que Ronald Weasley foi seu “dono”! – disse o Juiz



- Sente-se, Sr. Weasley! Conte-me sobre o rato quando ele veio parar em suas mãos!? E depois sobre o incidente no ano de 1994! E em detalhes, por favor! – disse o Juiz.



Ron contou tudo até sobre o que aconteceu na Casa dos Gritos até a transformação de Lupin e da fuga de Rabicho.



- Só uma pergunta, Sr. Weasley, qual era o comportamento de seu “rato” naquele ano? – perguntou o Juiz curioso.

- Ele sumia ou fugia! – respondeu Rony.



O Juiz agradeceu pelo depoimento de Ron, logo depois, disse:

- Por favor, Sr. Harry Potter!



Harry não entendeu, mas levantou de onde estava.

- Por favor, se aproxime! Quero que você me conte o que aconteceu no torneio tribuxo! E o retorno de Voldemort! – disse o Juiz.



Harry se aproximou e contou exatamente o que aconteceu. A poção que o fez ressurgir, a participação de Rabicho e até os detalhes da fala de Voldemort com seus comensais.



- Interessante! Lembro de ter lido o Pasquim! Mas gostaria que isto fosse aos autos da corte! Obrigado, Sr. Potter! – disse o Juiz que lhe sorriu e continuou:

- Entraremos em recesso! Para avaliar o caso e dentro de uma hora retornaremos à audiência!



O Juiz bateu o martelo e saiu.



Todos levantaram e saíram para, logo depois. E Rabicho foi escoltado para uma ante-sala.



No lado de fora do salão:



- Como ele pôde mentir tanto? – Harry pensativo.

- Tecnicamente, ele pode! Mas o certo seria que não mentisse! – disse Mione.

- Mas, o depoimento de Larissa foi primordial! Ela viu Pedro armando pra cima de Sirius naquela noite! – comentou Sr. Weasley.



Harry concordou e sabia que era questão de tempo.



Após o recesso, todos retornaram ao salão do julgamento.



Depois das formalidades, o Juiz se pronunciou:

- Certo! Antes de dar os veredictos! Quero fazer minhas colocações, observações e meu parecer sobre o caso Pedro Petergrew!



O Juiz olhou para todos no recinto e começou a discursar:



- Bem! A corte percebeu que houve algumas contradições entre os fatos aqui contados o que remete a algumas pontuações relevantes a serem levantadas e também questionadas!...



- O Sr. Petergrew, confessou que entregou o segredo dos Potters ao Lorde Voldemort e alega que foi forçado a isso! Mas o que mais me intriga a corte é: por que senhor Petergrew fugiu?... A corte pensa se ele alegava inocência e culpa...



- Então por que não ficou e explicou o que realmente aconteceu sendo que se considera inocente?... Talvez Sr. Petergrew responda, por medo do julgamento, mas a corte diz que no máximo o que aconteceria com Sr. Petergrew seria uma pena leve a ser cumprida levando em consideração o arrependimento da morte do Potters.....



- Só um porém que talvez explique tal fuga.... O Lorde falhou em sua investida contra aquele que teria o poder para destruí-lo! No caso o filho do casal Potter!....



Todos os bruxos presentes começaram a sussurrar entre si.



- Silêncio, por favor! Obrigado!.... Continuando... – pediu o Juiz que depois com sua voz imponente continuou a se pronunciar:



- É certo que naquele ano fatídico, Lorde Voldemort sumiu... uns falavam que ele morreu..., mas o corpo nunca foi encontrado, o que pela justiça determinamos como desaparecimento!...



- É também fato que Lorde Voldemort retornou... o que comprova que ele sempre esteve presente, mesmo enfraquecido!.... Devido a tal acontecimento, a corte não vê com bons olhos a nova fuga do Sr. Petergrew... no ano de 1994 em Hogwarts colocado nos autos desta corte! - o juiz suspirou e continuou:



- A corte levanta as 5 situações avaliadas e analisadas nesta audiência:



1) Culpabilizar Sirius Black de tudo, seria fácil e ficaria livre de um julgamento seja pelo próprio Sr. Black que faria a justiça com as próprias mãos ou do próprio Lorde que poderia desconfiar que Sr. Petergrew lhe deu a informação que levaria-o a morte. É! O Medo, Sr. Petergrew! O medo da raiva dessas duas pessoas lhe fez fugir!.... Mas????



2) Mas ficar de vigília da volta de Lorde Voldemort, em sua forma animaga de rato seria perfeito! Ser um bicho de estimação de uma família bruxa e que por coincidência ou não, tem um funcionário do Ministério nela;



3) Coincidentemente, Ronald Weasley, seu “dono”, ficou amigo de Harry Potter. O que é muito interessante, para quem teve certa [i]culpa[/i] na morte dos pais daquele garoto... Pelo o que a corte raciocinou... você dado como morto, não poderia voltar... mas fazer algo com aquele garoto em especial poderia ser realizado, caso Lorde Voldemort voltasse ao poder!... Você vigiaria Potter... cada passo dele... para depois dar de bandeja ao Lorde!!!.... Só que!?!...



4) Sirius Black fugiu de Askaban!!! O que poderia ter alterado os possíveis planos do Sr. Petergrew! Sr. Black tinha convicção da inocência dele! Queria pegar o Sr. Petergrew e matá-lo, como tentou fazer na noite do 01 de novembro de 1981 ... Então, o rato “Petergrew” animago chamado Perebas fez de tudo para fugir, mas não conseguiu... Sempre voltava pro seu “dono”!... Até que aconteceu o incidente aqui relatado pelo Sr. Lupin e confirmado pelo Sr. Ronald Weasley!.... Novamente, mais uma fuga do Sr. Petergrew! E aí....



5) Ao procurar ao seu mestre, Sr. Petergrew participou em seu retorno!!! Inclusive entregando uma de suas mãos para um ritual de magia negra!... O que faz mais a corte em acreditar de sua lealdade para com o Lorde Voldemort!



- E pontuo que realmente, a corte estranha tal fato, Sr. Petergrew, ainda alegando inocência, sendo que foi capturado entre os comensais na festa de final de ano no Ministério da Magia!?!?!?! – o juiz encarou Rabicho e continuou a dizer:



- Para corte não faz diferença o medo ou a coragem, para a Justiça, a fuga é igual culpa! Ainda mais neste caso!... Por três vezes, Sr. Petergrew fugiu!... Por três vezes, fez teve chance de se redimir!...



O Juiz se pôs de pé e disse secamente:



- Levante-se, Sr. Pedro Petergrew, para ouvir o veredicto!



Pedro estava branco, pálido e parecia suar frio.



- Pelo fato de ser um animago ilegal, a corte julga: [b]Culpado![/b]... Por praticar magia negra proibida: Culpado!... Aliar ao Lorde Voldemort: Culpado!... Ter participação direta da morte dos Potters e dos trouxas: Culpado!... Planejar e lançar falso testemunho contra o Sr. Sirius Black: Culpado!... Com estes veredictos, declaro que Sr. Peter Petergrew, terá prisão perpetua em prisão sem direito a visita nos próximos 20 anos! Sem direito a recorrer o caso!...



O tribunal entrou em ovação ao veredicto. Pedro caiu em joelhos pedindo clemência.



Harry deu um pulo da cadeira e gritava de alegria.



- SILÊNCIO! ORDEM! EU NÃO ACABEI! – bradou o Juiz.



Todos pararam para ouvir o Juiz:

- Quero deixar bem claro! Que a partir desta data, Sr. Sirius Black é considerado [b]inocente[/b], pois estou anulando as acusações anterior do mesmo dadas as circunstâncias apresentada no caso Pedro Petergrew!... Não considerarei a fuga em Askaban como crime, pois ele era inocente antes de ser julgado justamente!... Espero que Sr. Sirius Black retorne a nossa sociedade como um homem livre!... Caso encerrado! – o Juiz bateu o martelo e saiu do tribunal que já estava em festa.

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