Uma surpresa
-E isso foi tudo... – Nicole contava para seus amigos o que havia acontecido logo depois de ter voltado da sala de Snape.
-Então quer dizer que você não vai ser expulsa? E ainda vai participar do time de quadribol?
-Foi o que eu disse Pansy.
-Você deve isso a mim, Nicole. – disse Draco com tom de sarcasmo.
-Lóóóógico! Com certeza.
-Fala sério. Aí, você provou ser uma digna Slytherin e não precisaria ir para a casa do Potter e se tornar um de seus amiguinhos perdedores.
-Cala a boca, Draco! – todos se assustaram, principalmente Malfoy.
-O que foi, Nicky? Não pode ouvir falar mal do Potter Perfeito? – perguntou Pansy.
-Não enche, Pansy! Quer saber de uma coisa? Eu vou andar, passear por aí, fazer qualquer coisa! – Ninguém entendeu a mudança súbita de Nicole, mas eles continuaram a conversar normalmente. Mas Draco não, ele queria saber o que estava havendo com ela. E não ia desistir.
* * * *
Era uma linda tarde. Nicole estava sentada na beira do lago do colégio pensando na vida. O dia estava lindo. As árvores mexiam incessantemente com o vento. E este brincava e seu rosto. O sol não era quente como o que ela estava acostumada a sentir no Brasil, mas ela não estava feliz. E não era por estar naquele colégio. Alguma coisa a incomodava. Por que ela sempre ficava brava quando alguém falava mal do...
-Oi.... Nicole, não é?
-É... E você é o Potter, não é?
-Sou... Tudo bem com você?
-Não! – disse Nicole, segurando o choro. Será que ela não conseguia ficar isolada por um segundo?
-Algo que eu possa ajudar? – ele disse, e logo depois sentou-se ao seu lado.
-Provavelmente não...
-Quem sabe se você tentar...
-Não quero tentar! E tira essa pata de mim! – Potter tentava consolar a garota, mas nada estava funcionando.
-Calma, eu só quero ajudar...
-Óbvio. O grande Potter, amiguinho de todos.
-Dá pra você ficar calma?
-Não, não dá. O que você vai fazer quanto a isso, Harry Potter?
-Isso. – Harry acabou de falar e deu um beijo em Nicole.
Nicole tentava se soltar dele, mas não conseguia. Além dele segurando seu braço, alguma coisa a fazia não querer parar nunca. Enquanto ela ia ficando mais calma e os braços não faziam mais força para se soltar, Harry ia libertando-os aos poucos, até que ela já não sentia as mãos dele em volta de seus braços. Então ela, sem perceber, também o beijava ardentemente. Ela já havia colocado a mão na nuca dele e passava a mão entre os arrepiados fios de cabelo do garoto. Então,...
-Nicole! – ela o afastou rapidamente. Draco tinha ido atrás dela para ver o que havia acontecido com ela que tinha sumido e dá de cara com ela beijando... – Logo o Potter, Nicole. Então é por isso que você está tão estranha por esses dias, não é?
-Quem você acha que é pra falar o que eu tenho que fazer e o que eu não tenho?! – gritou Nicole.
-Um amigo, Nicole. Apenas um amigo tentando te alertar sobre com quem você deve se meter.
-Você é um grande amigo, Draco, mas nunca pense em me dar ordens! - e Nicole se levantou, irritada - Além disso, você que me obrigou a participar do seu joguinho. Você que me forçou a dar em cima dele! – Potter arregalou os olhos quando ela disse isso. – Mas agora você viu o que aconteceu!
-Bem, se você prefere esse grupo...
-Eu pertenço ao grupo que eu quero e ando com quem eu quero. Se eu quiser andar com ele E com vocês, eu ando.
-É, o chapéu seletor nunca erra. Você devia ser mandada para a Grifinória, mesmo. Você está igualzinha a ele, Nicky. Idêntica.
-Está bem, Draco. Está bem. Se você acha isso, não fale mais comigo, está bem? Será que você consegue? Não, né? Então vai embora! Tchau! Para de se meter na minha vida. - Draco saiu e a raiva ia subindo por ele com uma intensidade inacreditável.
-Eu sabia. Eu sabia que não devia ter feito isso. Agora eu acabei de chatear um amigo muito importante - Harry se segurou para não rir. “Draco, um amigo...”.
-Calma, Nicole. Sente-se aí. A culpa não foi sua. Fui eu que comecei.
-É, mas se eu não tivesse participado do joguinho dele. Se eu não tivesse me aproveitado de você para a vingança idiota dele.
-Você se arrependeu?
-Não, mas é que...
-Shhhhh! Então não fala mais nada, Nicky. - Harry dizia isso enquanto pegava com uma mão a mão dela e, com a outra, acariciava os cabelos negros dela. - Mas, você ainda está fazendo o joguinho dele?
-Não sei. Eu estou confusa. Eu... Eu... Eu te amo, Potter!
-Então... O que te deixa confusa?
-Tudo isso. - Harry agora envolvia a garota entre seus braços. Ela estava quase chorando.
-Tudo isso o que? Não tem por que você se sentir culpada por nada que ELE fez.
-Talvez você tenha razão, mas eu ainda me sinto culpada...
-Culpada por quê? Por Merlin, Nicole, você devia se sentir culpada se você tivesse se arrependido, ou pior ainda, tivesse gostado de se aproveitar de mim. E eu suponho que não seja isso que está acontecendo, não é?
-Eu te amo, mas...
-Chega de mais e por quês. - e Harry ia beijar a garota quando...
-Harry! - eles ouviram uma garota, que Harry reconheceu pela voz.
-Que saco! - ele murmurou - Hermione! Ron! O que vocês estão fazendo aqui?!
-Malfoy nos contou tudo, Harry! Será que você não percebe? Ela está te enganando!
-Ela estava! Será que ninguém percebe isso? Nicole já me explicou tudo!
-Então qual o motivo do Malfoy rindo para nos contar a historinha de vocês?
-Blefe puro! Vou repetir, ela me explicou tudo!
-Ah! E é lógico que você acreditou, né?
-Já pensou que ela pode estar falando a verdade, Hermione? - dessa vez, Ron se manifestava.
-Não, normalmente eu não penso que pessoas da laia dela se arrependam de alguma coisa!
-Laia! Pfffff... Olha só quem fala de laia, sua sangue-ruim! - Nicole já estava cansada de ninguém deixá-la em paz. Tudo que fazia era ser criticada.
-Xiiii!!! Se eu fosse você, eu ia embora, Hermione. A coisa vai ficar preta pro seu lado - Ron disse isso, mas a garota já saia correndo e chorando. Ele correu atrás dela.
-Esse é o tipo de coisa que eu não me arrependo. - disse Nicole.
-Nem eu me arrependeria. Ela é muito metida à inteligente. Precisava de uma lição... Mas, Nicole, mudando de assunto, eu sei que é uma pergunta idiota, depois do que aconteceu hoje, mas... Você... Você quer namorar sério comigo??
-Mas é claro. - disse Nicole e deu um selinho no garoto. - Mas... Agora eu preciso ir embora. Já está ficando escuro e eu tenho que dar uma passada no corujal. Vou pedir uma vassoura nova para os meus pais. Ah! Parabéns! Soube que você também entrou para o time de quadribol da Grifinória.
-Obrigado! Parabéns pra você também. Apesar de eu não saber o que eu tenho que fazer, eu acho que isso é bom.
-E como, você nem imagina. Bem, vou indo. Já tá ficando tarde.
-Eu vou com você até o Corujal.
-É... Tem certeza?
-Claro. Por que não?
-Então tá.
Eles se levantaram e começaram a andar. Ele não sabia nada sobre ela, mas parecia que ela vivia o espionando o tempo todo. Mas mesmo assim, ela ainda queria saber mais sobre ele.
-Mas você se lembra do dia que seus pais morreram?!
-Quase nada. Às vezes eu sonho com uma forte luz verde e uma risada maléfica.
-Lord das Trevas.
-O que você disse?
-Nada, não...
-Então. Me fale um pouco de você agora. O que seus pais fazem?
-Bem, o meu pai é auror e minha mãe fica em casa, para coordenar o serviço dos elfos.
-Auror?
-É. A pessoa que vai atrás dos comensais da morte.
-E quem são os Comensais da Morte?
-Seguidores do Lord das Trevas.
-Lord das Trevas?! - Nicole não respondeu, apenas afastou uma mecha de cabelo da testa do garoto. - Ah! O Voldemort.
Nicole tentou esconder ser espanto: “Como ele ousa falar o nome do Lord?”.
-É... Uhn.. Chegamos... - disse Nicole.
O Corujal não era o que podia se chamar de um lugar agradável. Bem pelo contrário, o forte odor de fezes de corujas fazia qualquer um de desistir de mandar alguma carta.
-Que cheiro forte! - disse Harry, mas Nicole não percebeu que o garoto estava falando. Ela foi atrás de uma coruja negra.
-Ei, Buffy! Preciso que você entregue esta carta aos meus pais, espera só um pouquinho. Nicole fez uma pequena anotação na carta e prendeu na perna da coruja. - Só mais um pouco. - Ela retirou uma outra carta do bolso e prendeu na perna na coruja. - Esta carta você sabe a quem entregar, não é? Não deixe que ninguém leia a carta do outro, por Merlin. Prontinho. Tchau, Buffy - a coruja abriu as asas e saiu voando, janela afora. O olhar da garota encontrou o de Harry e...
-Nicky... Já que a gente tá aqui.. E aqui tá, bem... Ahn, vazio... Tudo bem, não é o lugar mais romântico de Hogwarts, mas... Sei lá.. - Harry estava se aproximando cada vez mais. A garota já estava encostada na parede. Não tinha mais saída. E nem queria ter. No momento que ele tocou nos cabelos dela, eles já estavam sentindo a respiração um do outro. Foi um longo e demorado beijo. Pelo menos pra os dois. Harry passava suavemente a mão pelas costas dela, enquanto ela segurava o pescoço dele, como quem quise-se segura-lo para sempre. No momento em que pararam, eles vêm um vulto de um gato, passando pelo vão da porta.
-Madame Nor-r-ra??Corre pra sala Comunal, Harry. Por Merlin, se você encontrar o Filch, não diga que me viu aqui. Diga que estava no lago, sei lá, só não diga que eu estive aqui. Ele não pode saber de jeito nenhum que eu mandei uma carta sequer. - Harry foi para o Salão Comunal da Grifinória, enquanto Nicole corria desesperada para as masmorras, em direção ao Salão Comunal da Sonserina.
-Eu estava esperando você para uma conversa de Slytherins, srta. Nicole. – Disse uma voz familiar. Quando Nicole virou-se para olhar viu que era Draco.
* * * *
N/A: meus maiores pesadelos se realizaram, Mary Sue e Draco bonzinhu.. mas eu vou tentar mudar isso... passei rapidu gente.. soh pra atualizar.... bjinx
N/B: foi mal eu num betar o otru cao, mas meu PC tava nu prego..... mas esse tah betado....
bjinx...
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