Laço de Fita
Olá povo! Já estão até acostumados com meus constantes pedidos de desculpas, mas acontece que eu, acada dia que passa, estou mais ocupada...
Mudando de assunto, queria dizer a vocês que todas as dicas sobre o Breindesfeld/Richie foram intencionais já que minha intenção era dexá-los com vontade de roer as unhas para quando a Mione percebesse quem ele era, e creio que consegui isso. Várias vezes eu ouvi a pergunta: "Por que você não desfez logo o mistério e fez a Mione lembrar-se dele?". Simplesmente eu queria tecer uma espécie de tensão entre o Harry e ela que era necessário para quando houvesse o "reencontro". Quando senti que o que quis estava pronto fiz esse capítulo que eu espero de coração que gostem. Chega de explicações né? Vocês precisam ler logo pra comentar depois. Até o fim do cap, e ótima leitura!
10. Velha Infância
- Ê lelê...! Só assim pra você me ouvir. – ele cruzava os braços e observava Harry reclamando comigo por ter parado. Ora, não tenho culpa se minhas pernas quiseram travar!
Um tempo se passou depois que o loiro se pronunciou. Tempo este que parecia interminável. Senti meu mundo virar de ponta cabeça assim como acontece com uma ampulheta quando toda a sua areia do tempo está na parte de baixo, e por várias vezes senti ondas de frio e calor percorrer meu corpo.
- Hermione, posso saber o por que você parou? – perguntou Harry já impaciente com a situação. Na mente dele, estaria me fazendo um favor ao me tirar de perto do loiro.
- Do que foi que... me chamou?
- De Mia. Ainda não gosta desse apelido?
- Como pode saber tanto inclusive que alguém me chamava assim?
- Detalhe: alguém lindo, gostoso, com uma voz de arrepiar, e o principal: disponível, te chama assim.
- O que acha de esquecer as brincadeiras por um instante e estrear seu cérebro pensando numa boa resposta?
- Não vou gastar meu tempo formulando uma resposta para pergunta boba. Sem falar que é uma pergunta um tanto... peculiar vinda de alguém como você. Já era pra você ter sacado há muito tempo quem eu era sendo que te dei tantas dicas.
- Bem sei que pode ser uma pergunta idiota, mas o que me garante que você não é um espião ou algo assim que está tentando me enganar pra que eu fale coisas sobre Harry? –
- Se eu fosse aliado daquele Bozo eu não estaria na mesma casa que você.
- Isso não serve como argumento. Harry que o diga. - este até agora não tinha se manifestado. – Apesar de que é a primeira vez que ouço alguém o chamando assim...
- Se isso então não for prova suficiente, acho que essa coisinha aqui vai te convencer. – disse erguendo um saquinho de plástico com um conteúdo que me era bastante familiar. Ele o jogou para mim e eu pude ver que aquilo um dia pertencera a mim.
- A mecha!
- Acredita em mim agora?
- Ri...chie! - disse trêmula e com algumas lágrimas brotando em meus olhos.
- Até que enfim! Como você foi lerda hein! Não vem me saudar como eu mereço?
- Claro que sim. – disse secando as lágrimas que tentavam escorrer pelo meu rosto – Do jeitinho que você merece.
- Agora sim MiaaaaaaaAAAAIII! - Ele gritou quando eu pulei e caí sentada em cima dele dando-lhe uma chave de pescoço. – É assim que você me trata depois de anos sem me ver!
- Foi você quem pediu. Quem manda não me dar notícias e me deixar pensando que tinha me esquecido assim que se mudou? Agora pra se livrar de mim você vai ter que falar uma coisinha...
- Ah não, isso não! Tenho meu orgulho próprio.
- Mas é uma coisa tão simples!
- Sem chance Mia.
- Você quem sabe... – disse apertando ainda mais o pescoço do coitado que já sufocava.
- Você é a melhor de todas Hermione!
- Obrigada, porém, não é isso que eu quero ouvir.
- Droga...
-Melhor dizer logo que seu ar está acabando.
- Argh... Tá bom! peoanroici – murmurou ele ainda envergonhado
- O que? Não ouvi.
- PENICO! Peço penico! – eu o soltei gabando-me por minha força e deixei-o levantar para novamente sufocá-lo, só que dessa vez com um abraço apertado.
Senti tanto a sua falta... – disse com os olhos lacrimejantes
Vai sentir mais ainda se me deixar sem ar. – soltei-o. Ele tossiu algumas vezes e ele sorriu pra mim. – Quase me matou dessa vez.
Era o que merecia. Esperei por tanto tempo você me mandar uma carta dizendo pelo menos um “Oi! Tô vivo!”.
Não fala assim vai... Sabe que meu pai não permitia... – ele baixou a cabeça ao lembrar do seu finado padrasto.
Meus pêsames. Seu pai foi uma das melhores pessoas que eu conheci.
Cof cof. – tossiu alguém para sinalizar que estava ali.
Harry! Desculpe, me esqueci que você estava aí.
O que foi esse showzinho que vocês estrelaram?
Foi um encontro entre melhores amigos de longa data. Tá com inveja Potter? – alfinetou.
Harry, este é Richard Swanson, meu amigo...
Melhor amigo. – ele me corrigiu.
Meu melhor amigo – ele piscou pra mim – desde meus 4 anos.
Não preciso apresentá-lo a harry, pois deve ter ouvido falar dele.
Sei bem quem ele é. Dispensa apresentações, o menino-que-sobreviveu.
Ele não gosta que o chamem assim Richie.
Beleza então. Desculpa aí.
O papo tá muito bom, mas vamos logo Mione, que Dobby já deve estar preocupado conosco.
Hum... Harry acho que não vou poder ir com você.
É. Vamos matar a saudade um do outro, afinal são treze anos de amizade. – disse Richie, convencido.
Interrompida. – disse Harry com uma ponta de inveja.
Mas que vamos retomar a partir de agora. – o loiro retrucou.
Silêncio. Podia-se sentir a tensão a nossa volta.
Se é assim eu já vou indo. Boa noite Mione. Curta o seu aniversário.
Boa noite Harry.
Garanto a você que ela vai curtir muito! – ele me abraçou de forma possessiva ao dizer isso.
Harry chegou no Salão Comunal soltando fogo pelas narinas e querendo esfacelar qualquer um que passara por ele.
Bem que poderia ser o almofadinha lá embaixo.
Precisava extravasar. Diziam que a melhor forma seria gritar, mas se ele fizesse isso teria uma nada agradável detenção com Snape e iria ficar mais nervoso ainda. A solução que arranjou foi dobrar bem a capa e a colocar em seu rosto para abafar o grito.
PONTE QUE PARTIU!CARVALHO! CORRA!– era o que se ouvia de um Harry Potter furioso. – Como ela foi ficar amiga daquele $#()(&?
E nesse clima de “eu vou furar o olho dele com um garfo” é que ele foi para o dormitório nem ligando se alguém acordaria com o barulho que ele fazia. Pensava seriamente em acordar Simas para dar-lhe uma boa surra por ter aceitado sair e não ser um cavalheiro com a SUA Mione, além disso, ele serviria de bode expiatório.
Ela não é SUA Mione. – ele disse pra si ao fechar os olhos em sua cama para esquecer o modo afetivo e íntimo com que eu tratei o talzinho abusado. – Se bem que aquela chave de pescoço não foi nada afetiva...
Por que o tratou tão mal? – fomos até o Salão Comunal dos Monitores para nos falarmos mais à vontade.
Quem?
Harry. Por que fez aquilo com ele?
Pra me divertir. Foi engraçado vê-lo bufando de raiva.
Acha engraçado tirar sarro dos outros?
Acho engraçado se esse outro for o Potter.
Não te entendo... Não faz nem um mês que está aqui e já diz que não simpatiza com Harry... Ele não fez nada a você!
Mas fez a você – disse sério -, o que é o mesmo que fazer a mim. Não vim de tão longe pra te ver e te achar magrela e com olheiras por causa de um bocó que te deu um pé na bunda. – nem precisei perguntar como ele sabia. Estávamos sem nos comunicar por quase sete anos, mas não é por isso que ele deixaria de me conhecer tão bem a ponto de saber o por quê e de quem eu levei um fora.
Aprecio a sua consideração por mim, mas você está confundindo as coisas. Tive uma discussão com o Harry sim, mas tudo se resolveu. Ele não é meu inimigo, e sim o meu melhor amigo.
O que? Perdi meu posto pra ele!
Digamos que vocês dividem o primeiro lugar do pódio.
Quanto a ele ser o seu amigo eu não tenho nada com isso, agora você ficar chorando e se lamentando por causa dele... Isso é problema meu sim.
Você veio de lá da Romênia só pra ficar falando mal do Harry é?
Cruz credo! Meu negócio é mulher! – eu ri da cara amarrada que ele fez e nós nos calamos. Eu comecei a brincar com os dedos dele e ele com os meus cabelos.
Você falou sério quando disse que voltou por mim? – perguntei meio sem-graça. Ele ficou tenso e puxou a mão que eu brincava para acariciar o meu rosto.
Lembra daquela vez que o circo foi à nossa cidade e quando acabou o passeio nós fomos andar no carrossel e naquele negócio chamado “Túnel do Amor” e por último eu comprei uma maçã-do-amor pra você? – ele perguntou mansamente.
Le...Lembro – respondi gaguejando.
Então eu... Você... Ah eu não sei como falar isso... – ele passou a mão pelo cabelo, nervoso. Aonde será que ele queria chegar com aquilo? Eu, que estava com medo de descobrir quis mudar de assunto.
Hum... Melhor falar logo né? – ele aproximou o seu rosto do meu e sussurrou em meu ouvido:
Hermione... Você tá me devendo duas pratas pela maçã.
Ai seu tonto! – disse dando um soco no braço dele – Você me assustou! – eu agora ria tranqüila e ele me acompanhava.
– Você não mudou nada mesmo! – eu disse quando paramos de rir.
Eu não, ao contrário de você. Se fosse como nos velhos tempos você não ia acreditar nessa falsa declaração de amor e ia me imitar para que realmente parecêssemos um casal apaixonado.
As coisas mudam Richie. Ainda mais se você se vê correndo um constante risco de vida.
Sabe muito bem que as coisas não precisavam ser assim.Era só você escolher melhor suas amizades. – ele falou como uma indireta.
Richard eu sempre soube no que estava me metendo no exato momento em que resolvi ser amiga dele, e digo que nunca me arrependi por ter tomado essa decisão. – o assunto morreu ali. Deixamos esse clima chato passar e ele disse:
Falei sério sim. – ele olhou nos meus olhos.
Eu só vim pra cá por sua causa. – foi surreal o que senti. Ambos nos amamos como irmãos, mas você ouvir, mesmo que seja de seu irmão, que após seis anos (tempo suficiente para ele se esquecer de mim) ele largou tudo o que reconstruiu, inclusive vida social, por sua causa, por que sentiu sua falta... Não consegui uma palavra que encaixasse o que achei disso tudo.
Eu... Não sei o que dizer. – fui sincera.
Só diga que, mesmo que você tenha que ser do jeito que escolheu ser com os outros, comigo você vai ser como eu sempre me recordava de você quando me sentia só, ou seja, uma pentelha que ria de tudo e que transmitia alegria pra quem estivesse próximo a você. – refleti sobre o que ele me pediu e achei uma proposta justa e irrecusável, afinal, não é todo dia que se encontra um amigo capaz de fazer sacrifícios por você.
Eu tinha meus amigos lá e havia me acostumado com quase tudo. Fui muito bem recebido por todos e aquela que se tornou minha segunda casa. Mas do que eu gostava mesmo eram dos doces. Com o sucesso da empresa do meu pai eu poderia ter tudo o que quisesse, e mesmo depois da morte dele os lucros estão indo de vento em popa.
Então por que não quis continuar lá?
Porque eu não aceitava a idéia de não ter a minha melhor amiga perto de mim.
Não sabia que gostava tanto de mim assim.
Eu me apeguei a você Mia. E tive medo que após minha ida uns engraçadinhos viessem mexer com você.
Nem vem... Sempre soube me defender.
É, meu pescoço sabe disso.
Desculpa, mas eu tive que fazer aquilo. Queria que você sentisse o que eu senti quando você partiu e nunca mais me deu notícias.
Poxa! Deve ter doído pacas então.
Em mim doeu sim, mas eu não apertei tão forte assim.
Pelo menos eu sei o que aconteceu com moleque que se meteu a besta com você.
Hum...
Me falaram que até o ano passado você não era como agora. Que era totalmente desleixada com sua aparência e que só o que sabia fazer era chorar e manter uma pose autoritária. O que aconteceu para você ter se tornado tão triste?
Coisas aconteceram desde que você se foi e eu não soube como lidar com elas. Foi isso que me fez mal.
Caramba... Era esse o meu medo. – disse estressado.
Entretanto se eu não passasse pelo que passei provavelmente seria uma garota mimada, fútil e não saberia viver minha vida.
Falou bonito irmãzinha. – ele deu-me uma sacudidela nos braços. – Continuando, meu pai faleceu sabendo da minha vontade em te ver de novo e me liberou da promessa que fiz. Esperei minha mãe se recuperar e se acostumar com a morte dele para comunicar a ela a minha decisão. Ela consentiu e então preparamos a minha transferência para cá. Vim nas férias, fiz uma reserva num hotel e imediatamente fui para a nossa cidadezinha te procurar. Quando bati na porta da sua casa um cara falou que morava ali há pouco tempo e não foi a família Granger que vendeu a casa para ele, então não tinha como te achar. Fui até a casa da Susy pra ver se ela poderia me dar alguma informação. O corpo dela tá até legalzinho, mas a cara... – “Ai que machismo!” pensei – Ela me contou que já fazia muito tempo que você havia mudado e que vocês perderam o contato, por isso não faz idéia de onde você mora.
Ainda bem... Seria capaz de quebrar a cara dela se a visse.
Mia pára de falar assim da coitada...
Coitada! Coitada de mim que andava com uma cobra criada! Mas continua que depois eu te conto o que ela me fez.
Pois bem, achei melhor comprar o material e esperar me adaptar à escola pra depois providenciar uma maneira de te encontrar, só que aí foi batendo um arrependimento e eu tava achando que seria praticamente impossível localizar você, ainda mais sem saber se você morava no país. Pra minha sorte Merlim olhou para mim e falou: “Vou ajudar esse pobre infeliz”. – ele interrompeu um pouco pra pegar um ar, mas logo continuou.
Chegou a hora da seleção e eu tentava captar o máximo de detalhes desse castelo louco. A McGonagall me explicou como era feita a seleção e como era cada casa pra enfim me chamar pra sentar no banquinho e pôr aquele remendo falante na minha cabeça. Quando tava indo pra mesa da Grifinória eu prestei bastante atenção nas meninas pra já escolher com quem eu ia ficar esse ano e bati o olho em você. Minha boca secou na hora e eu só não fui te abraçar ali mesmo porque estava perplexo pela minha imensa sorte em te encontrar justo aqui que meu corpo não me obedecia. Minhas pernas reagiram e eu pensei “ Poxa, vou lá falar com ela”, mas notei que você não me reconheceu na hora e o Potter queria arrancar os meus olhos por não conseguir tirá-los de você. Pensei que ele fosse seu namorado e fui me sentar com as oferecidas para não arranjar problemas logo no primeiro dia. Me falaram que você era só amiga dele, então eu fui falar com você pra ver se lembrava de mim e não deu certo. Pra piorar você não tinha ido com a minha cara. Passou todos esses dias me dando patada, o que eu achava graça. – eu achava interessantíssima a história e me ajeitei melhor pra ouvir.
A coisa começou a ficar feia acho que depois de uns cinco dias mais ou menos. O chatinho do seu amigo te esnobava por causa da namorada sem sal dele e você foi guardando mágoa sem desabafar com ninguém. Eu não agüentava mais ver você deprê e ficar de mãos atadas... Foi tão bom quando aquele sonserino metido te derrubou aquela poção – eu olhei feio pra ele – Se isso não tivesse acontecido eu não poderia explicar parte do que aconteceu comigo pra ir “preparando o terreno” e te falar quem eu era. Pena que não deu pra falar outro dia, porém, a vantagem é que eu fiz o Potter experimentar o próprio feitiço. Adorei a cara que ele fez quando Snape me deixou ir com você e ele ficou com remorso por ter te esnobado. Dias se passaram, eu via você se acabando aos poucos, mas eu finalmente pude agir. Dei-lhe as flores que você mais ama e esperei te encontrar. E aqui estou! – disse estufando o peito – são não consigo entender como você pôde ser tão lerda e não me reconhecer assim que me viu.
Não te reconheci porque você mudou um pouco. Fisicamente mudou muito e ainda tinha o fato de eu não saber seu nome. Eu só sabia que o seu sobrenome era Breindesfeld. Como só o conheço por Richard Swanson nunca ia imaginar quem era você.
É que Breindesfeld é o sobrenome do meu pai biológico, e Swanson é do meu padrasto.
Ah tá. Mas... Como me reconheceu tão rápido?
Três fatores contribuíram para isso: seu cabelo, seu sorriso e seu olhar avaliador.
Não sei como conseguiu saber quem eu era só com isso... Tem coisas em mim que continuam sendo iguais, mas até eu acho que mudei bastante.
Mudou mesmo. Falando nisso dá uma voltinha que eu quero te ver melhor.
Ih... Lá vem a palhaçada...
Não enrola e vira aí. – fiz o que ele pediu pra que calasse logo a boca. Encarei-o esperando uma gostosa, mas ele assobiou e disse:
Tá gostosa hein minha filha!
Richie! – eu agora estava tão vermelha quanto uma pimenta.
O que foi? Não posso mais falar a verdade? – perguntou na maior cara de pau.
Cala a boca.
Não vai querer que eu dê uma voltinha também?
Não.
Dou mesmo assim. – e o fez.
Não vai dizer nada?
Pra quê? Pra você se convencer mais ainda?
Sabia que tinha gostado. – disse estufando o peito.
Você num cansa de ser metido não? – calei-me um tempinho e depois disse: - Mas você também não tá nada mal. – ele me olhou sorrindo com malícia.
Ninguém resiste a esse corpinho esculpido pelo quadribol.
Tinha quase certeza que você jogava.Qual a sua posição?
Artilheiro. O melhor se quiser saber.
Você não era tão convencido quando saiu daqui.
É que eu ainda não era aclamado pelas garotas. Desculpe, mas fazer o que se eu sou o bom?
Desisto... é demais pra minha pobre cabeça.
Não fala muito não porque você não tá em condições de me repreender.
Hã?
Isso mesmo mocinha. Pensa que eu não reparo em quantas cabeças viram quando você passa?
E daí?
E daí que se aqui fosse como na Romênia, onde temos líderes de torcida com aquelas sainhas maravilhosas, você ia ter muito mais homem doido por você. Vocês daqui são muito comportadas...
Líder de torcida... Não tenho coragem nem de subir numa vassoura!
Não me diga que você não sabe voar...
Digo sim. Esqueceu do meu pavor de altura?
Você ainda tem isso!
Oras, isso não é uma coisa tão fácil de se superar.
Pois vai perder o medo. Daqui duas semanas, quando a seleção começar e eu for escolhido (já que eles não serão loucos de me dispensar), vou te dar umas aulinhas de vôo. Se você aprender direitinho te levo pra Romênia pra assistir um jogo e te apresento pro dono do time. Se você decidir ficar por lá e ele gostar de você, o que tenho certeza, você pode virar uma cheerleader.
Até parece...
Com esse corpão é bem fácil.
Seu tarado! – eu o empurrei do sofá e deixei-o sentar-se novamente para abraçá-lo.
Tonto...
Também amo você Mia. Pode falar da Susy agora.
Ah... Quando você se mudou ela... – narrei toda a história pra ele que passou a odiar a criatura peçonhenta.
Safada! – ele disse ao terminar de contar tudo. – Sempre soube que ela não prestava.
Que tal me falar como foi sua vida esses anos todos? – perguntei entre um bocejo.
Melhor ir dormir. Tá tarde.
Não. – eu disse enquanto deitava minha cabeça em seu ombro e ele afagava meus cabelos. – Eu agüento.
Ok. – ele me falava de cada garota com quem ficara ano passado. Quinze no total. Aí não tem santo que agüente. Adormeci e ele ficou falando para as paredes. – Mas a que eu gostei mesmo foi da Melissa. Nossa, como ela beija bem! Ela virou a minha cabeça de um jeito que... – ele se virou pra mim e viu que eu estava no 13º sono. Sorriu ternamente e me pegou no colo para levar-me ao meu quarto.
Isso porque ela agüenta... - Deitou-me na cama, tirou meus sapatos, cobriu-me e deu um beijo em minha testa.
Valeu muito a pena ter vindo te ver. Agora que achei você não te largo mais Mia. – Bichento acordou com o barulho e ia miar ao ver Richie andando na ponta dos pés. – Shhhhhh! – ele fez para o gato e se foi.
Você tinha que ver Rony... Ela saltou pra cima do cara! – ele disse ao servir-se de suco de abóbora. – Não que eu não tenha achado ruim que ele sentisse dor, mas a nossa Mione nunca faria isso.
Verdade. – disse o ruivo preocupado – Se a gente fizesse isso ela diria: “Não acredito que puderam cometer um ato tão grotesco e blá blá blá...”.
Por isso mesmo é tão estranho.
O que é estranho Harry? – perguntei chegando junto a Gina para o café –da-manhã.
Nada. – fechou a cara.
Harry quero me desculpa com você pelo que aconteceu ontem. Eu iria com você, mas há anos não mantinha contato com o Richie.
É esse o nome do aluno novo? – perguntou Rony.
Sim.
Muito interessante a maneira como vocês se reencontraram. Parece até coisa de norbela.
Novela Gina, novela.
É, esse negócio aí.
Hermione será que poderia me ensinar a dar uns golpes como aquele que você deu ontem? – perguntou Harry irônico.
Merlim! Você viu tudo e eu nem me toquei! – assumi envergonhada.
Vi sim. O que deu em você?
Richie e eu nos tratamos assim desde crianças, quando percebi que era ele não consegui me conter. Mas ainda sim eu sei que está certo. Tenho um cargo aqui e não posso ter esse tipo de comportamento. Desculpe...
Não é pra tanto Mione. Veja o Malfoy, é uma criatura hostil, arrogante e não segue as regras, no entanto Dumbledore deu a ele o mesmo cargo que o seu. – Gina estava a meu favor.
Agradeço a defesa, mas o fato é que Malfoy nunca foi nem será exemplo pra ninguém.
De quem vocês estão falando? – perguntou Richie que acabara de chegar e sentou-se ao meu lado.
Do Malfoy. – Gina respondera.
Isso tudo é falta de assunto ou uma de vocês tá a fim dele?
Bate na madeira!- eu gritei batendo freneticamente na mesa. – É que Harry estranhou o jeito com que eu o tratei ontem e me advertiu.
Por quê?
Porque tenho um alto cargo e uma reputação que construí a muito custo para zelar. Imagine se ao invés de Harry fosse algum professor que nos visse? Estaríamos fritos! No mínimo tirariam todos os nossos pontos e nos dariam uma detenção de matar.
Relaxa Mia. Vida a gente só tem uma, então aproveita mulher!
Falamos disso depois. – eu encerrei esse assunto para iniciar outro. – Onde você tava?
No corujal. Mandei uma coruja pra minha mãe contando os últimos acontecimentos.
Que bom! Como ela está?
Muito bem. E depois que souber que encontrei você aqui vai estar felicíssima. Ela ainda adora você.
Sinto o mesmo por ela. É como se fosse minha segunda mãe.
Às vezes eu acho que ela sentiu mais a sua falta do que eu. Sempre que eu aprontava ela dizia: “Hermione nunca faria isso. Você deveria ser como ela.” – falou a última parte com voz esganiçada.
Minha mãe fazia o mesmo. A coitada acreditava que você era um santo. Mas sabe ela que foi você quem me levou pro mal caminho.
É tão fofo ver vocês juntos! – Gina apoiava a cabeça nos punhos e sorria bobo para nós que nos olhamos e dissemos juntos “Ela ainda não viu nada!” seguido de gostosas risadas. Harry nos observava contrariado e cochichava muito com Rony certamente desaprovando meu tão querido amigo.
Que aula temos agora? – perguntou Richie abocanhando o pão.
Feitiços. Dei uma olhada no livro antes de descer para checar o conteúdo da aula de hoje. Simplesmente interessante.
Qual o tema? – Rony agora prestava atenção na conversa.
Feitiços de defesa. Reversões principalmente.
Aprendemos isso no segundo ano. – o ruivo disse.
Só os feitiços simples. Os de defesa avançada serão uma surpresa para todos.
Sou mais os de ataque. – falou Gina limpando os lábios com um guardanapo.
Eu também. Como dizem, não há melhor defesa que um bom ataque. – Rony concordou.
Não é bem assim. Vocês sabem que por várias vezes feitiços de defesa salvaram a minha vida. – Harry se pronunciou finalmente sem conter nenhum rancor na voz.
E na aula vamos aprender sobre um escudo de defesa que protege e reflete o ataque do inimigo. – Richie falava ao término do café. Todos, principalmente eu, olhamos pasmos para ele. – Tem alguma coisa no meu rosto?
Não. É que nós não sabíamos que você fazia o gênero estudioso. – Gina falou baixinho.
Dessa nem eu que o conheço há tanto tempo sabia.
Como eu não tinha mais você pra me passar os trabalhos e colas de prova lá naquele fim de mundo, tive que aprender a me virar sozinho e peguei o costume de dar uma olhada nas matérias antes das aulas.
Gostei de ver Richie. – disse orgulhosa. – Estão vendo? Se até ele que só faltava me pedir pra escrever o nome dele na minha prova conseguiu, vocês também conseguem.
O que exatamente você quis dizer com isso Hermione? – Richie levantava a sobrancelha direita.
Nada... – tomei um gole do meu café para não ter que responder àquilo e senti que não estava com a recentemente costumeira sensação desagradável. – Onde está Parvati Harry?
Sei lá... Tô preocupado com ela. Não a vejo desde ontem à tarde, e hoje quando perguntei dela pras meninas do dormitório me falaram que ela levantou cedo e não falou com ninguém.
Oi docinho! – disse a dita cuja que acabara de chegar como se tivesse ouvido nossa conversa. – Bom dia pra vocês! Ora, ora, ora... O que o garoto novo faz aqui conosco? – perguntou olhando-o de cima a baixo com um olhar um tanto sombrio.
Não soube das novidades querida Parvie? – disse Gina com um sorriso inocente, mas que todos soubemos muito bem ser falso. – Richard é um amigo da Mione de longa data. Voltou de onde estava só pra encontrá-la. – Harry virou o rosto demonstrando irritação às palavras da ruiva, mas sua namorada abriu um sorriso que mostrava todos os dentes, coisa que não me agradou nem um pouco.
Jura! – ela pediu licença a Harry para olhar melhor o Richard. – Interessante. Muito interessante...
Humpf... – o moreno ajeitava os óculos e empurrava o copo que bebeu para frente.
Ah querido! Quase me esqueci. – ela voltou-se para Harry que abandonara a postura de antes. – Preciso te mostrar um lugar. – ela se levantou com pressa. – Vem logo amor! Senão não vai dar tempo pra gente ir pra aula!
OK. Vamos. – Harry levantou-se e seguiu a namorada, mas não sem antes dar uma última olhada para mim. Eu não precisava de um espelho pra saber que minha cara não era das melhores. Richie percebeu isso, procurou minha mão e ao encontrá-la entrelaçou-a com a dele.
Não fica assim... Vem, vamos sair daqui.
Vai demorar muito? – perguntou Harry estranhando o lugar por onde passavam. Eles saíram praticamente correndo do Salão Principal. Ele pensou que o tal lugar do qual ela lhe falara era dentro do castelo. Ledo engano. Caminhavam há dez minutos pela orla da Floresta Proibida. Viraram à direita de uma árvore tortuosa e encontraram um buraco muito largo no chão. Com cuidado Parvati escorregou para dentro e Harry foi logo atrás.
Estamos quase chegando... – mais alguns minutos e ela parou de andar. – Lumos! – iluminado o lugar, ele pôde ver uma espécie de caverna não muito longa e bastante larga.
Mas o que...
É o nosso novo cantinho, amor. – ela o interrompeu respondendo e rodopiando para mostrar quanto espaço teriam. – Eu o encontrei esses dias. Estava andando por aqui procurando por uma planta quando vi esse lugar.
Por que não pediu a Hagrid para ajudá-la? Andar por aqui é perigos...
Ela o interrompeu com um beijo passando a mão pelo peito dele contornando-o com os dedos finos. Ele deslizava a mão pelas costas dela descendo cada vez mais, mas ainda não conseguia sentir-se feliz com aquilo como era há alguns dias atrás. A minha imagem abraçando Richie com lágrimas nos olhos lhe veio em mente e ele parou de beijar. Ela mordia levemente o lábio dele e depois fez o mesmo com o lóbulo da orelha. “Será que ela sentiria tanta falta de mim quanto sentiu dele?” ele pensou ainda sem prestar atenção na garota que estava com ele.
É ela de novo não é? – disse Parvati chateada.
Ela quem?
Quem mais poderia ser Harry? – ele abaixou a cabeça constrangido. – Quando vai parar de pensar em Hermione? E não adianta dizer que não era ela porque eu te conheço e sei que era ela sim.
Parvie entenda que...
Não entendo nada Harry! Quando nós começamos o namoro era tão... bonito, apaixonante! Você me beijava com tanto amor... Mas desde que você brigou com aquela... com a Hermione você nunca mais me deu atenção. É só Hermione pra cá, Hermione pra lá. – ele a olhou pesaroso. – espero que agora que ela está com o amigo dela você deixe ela um pouco de lado e fique mais comigo que sou sua namorada.
Tem razão amor. Desculpe. Não vai acontecer de novo. – ele a abraçou e ela acariciou suas costas.
Eu espero... – ele deu um beijo em seu rosto, mas mesmo tendo prometido que me esqueceria nem que fosse por um momento, ele não conseguia cumprir com sua palavra, pois mal desviara os olhos de Parvati ele lembrava de mim novamente.
N/A: Final de cap e eu não tenho nada pra falar... Aina não consegui começar o capítulo 12 porque estou tão ocupada que nem em sonhos os meus compromissos me deixam em paz /.
Provavelmente irei editar esse cap daqui uns dias para agradecer devidamente aos leitores que comentam, e quando o fizer os aviso ok? Enquanto esse dia não chega eu já agradeço muito, muito, mtuito, mtuito, muito, muito, muito mesmo pela colaboração de vocês. São todos o máximo, e nos dias que eu estou meio chateada e sem vontade de escrever eu venho aqui e dou uma lida no que vocês escrevem... Apesar da maioria dos comentários serem de ameaças de morte eu me sinto honrada por ter leitores tão fiéis e bacanas como vocês são, por isso não importa quantas vezes eu os agradeça, sempre estarei em falta com vocês... Beijos e obrigada pela paciência hehe...
.:Paty Selenita:.
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