O aviso de Dumbledore



No meio da noite, ele volta para a sala comunal, pois não consegue dormir. De repente, Dumbledore aparece na lareira.

- Harry, não temos muito tempo. Apenas escute. As lareiras soarão um alarme quando minha presença for detectada e nosso contato terminará. Tudo parte do feitiço que Umbridge jogou antes de partir, quando esteve aí ensinando. Até já teríamos sido detectados, mas Fawkes esteve em Hogwarts e entregou à Dobby uma mensagem, que nos dará mais tempo. Ele e os outros elfos lançaram feitiços Silencio nas lareiras. Preste atenção. Eu acredito em você, Harry. Sempre acreditei, mas tive que deixar Hogwarts e vir para Azkaban, onde obteria muitas informações dos prisioneiros aqui. E, agora, Harry, tive provas da veracidade de suas acusações. Fawkes trouxe-me de Hogwarts o fiel Chapéu Seletor. Este está sabendo de tudo o que está ocorrendo. Ele me contou exatamente a conversa entre você e Crouch na minha sala, no início do ano, quando só vocês estavam presentes. E os prisioneiros daqui comentam sobre o plano de Lúcio, eles sabem que Draco está vivo e está em Hogwarts. Voldemort continua atrás da profecia, Harry. E não podemos mais controlar seus passos, Quim me informou que alguém destruiu o Mapa dos Aurores do Ministério. É de suma importância sua Oclumência agora e...

- Eu soube, professor. Snape aprendeu Oclumência com Lúcio Malfoy, que sempre gostou de mentir para Voldemort. E agora, esses ensinamentos estão sendo passados à mim, eu não quero nada que...

- Harry Potter, - esbravejou Dumbledore - seu padrinho já morreu pela sua falta de conscientização no passado, então acho melhor...

- Voldemort me enganou! Ele imaginou ter capturado Sirius e eu caí como um idiota! Você precisa voltar, professor. Draco está aqui. Ele está vivo!

- Ah, não, Harry – e nessa parte, Dumbledore ficou muito calmo – Voldemort pagou um alto preço durante a sua semi-vida. Depois de “sobreviver” quando o atacou, quinze anos atrás, ele perdeu uma magia muito poderosa: a imaginação. Voldemort praticamente não consegue imaginar nada muito complexo, ele não tem lembranças nítidas, ele viu Sirius poucas vezes. Por que acha que mandou espiões como Crouch para a escola? Ele não lembra muito de seu tempo de estudante, quando esteve em Hogwarts, mesmo tendo sido monitor e a conhecendo por completo. E ele nos enganou quando você viu seu padrinho na frente dele. Além disso, não posso retornar à Hogwarts ainda. Como não estou lá, Voldemort não temerá ninguém. Eu quero que ele entre. E encontre você. Você é a nossa esperança. Receio que deva colocar toda a escola em perigo...mas confio no seu poder, Harry. Você o vencerá, e ele não nos enganará novamente, como na vez em que você viu Sirius...

- Mas...eu vi...se Voldemort não imaginou, quem era?

- O que viu, Harry, foi um homem maltrapilho jogado ao chão, aos pés de Voldemort, de cabelos compridos e negros, com feições de seu padrinho...mas...seria ele mesmo?

- O que está insinuando, professor? Que Sirius realmente foi capturado naquela noite?

- Oh, não, Harry. Mas que um futuro traidor do próprio sangue nos enganou. Voldemort não imaginou Sirius. Como já disse, ele não tem tamanha capacidade. Ele viu alguém muito parecido com ele e sentiu que você havia se enganado ao vê-lo também, daí sim bolou seu plano. Voldemort entrou no Ministério, de algum modo, para pegar a profecia naquela noite, mas alguém o impediu. Então, ele usou você, atraindo-o para lá.

- Traidor? Como assim? Mas quem...?

- A resposta para isso, Harry, encontrei na árvore genealógica da família Black.

E Dumbledore sumiu nas chamas verdes. Harry estava muito confuso. Então, Voldemort realmente vira alguém parecido com Sirius quando o atraiu para o Departamento de Mistérios. E era um traidor. O que queria dizer? Que alguém traiu a Ordem, indo ajudar Voldemort a atrair Harry? Mas quem?

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