Surpresas de Aniversário



No dia seguinte Harry confiou a Rony e Hermione a tarefa que Dumbledore tinha dado a ele, embora separadamente, pois Hermione ainda se recusava a tolerar a presença de Rony por mais tempo do que o necessário para lhe dar um olhar de desprezo.

Rony pensou que era improvável que Harry tivesse problemas com Slughorn afinal

“Ele te ama!” disse ele depois do café da manhã, abanando um garfo cheio de ovos fritos. “Não recusará nada a você, não é mesmo? Não ao seu pequeno Príncipe das Poções. Você só precisa esperar depois da aula da tarde e perguntá-lo.”

Hermione, entretanto, deu um olhar desanimador.

“Ele deve estar determinado a esconder o que realmente aconteceu, se Dumbledore não foi capaz de tirar isso dele” ela disse em voz baixa, enquanto estavam no pátio deserto e cheio de neve durante o intervalo. “Horcruxes...Horcruxes... Eu nunca ouvi nada sobre elas…”

“Você não ouviu?”

Harry estava desapontado; ele havia esperado que Hermione pudesse lhe dar uma dica do que eram Horcruxes.



“Devem ser Artes das Trevas realmente avançadas, pois senão porque Voldemort iria querer saber sobre elas? Eu acho que será difícil conseguir a informação,Harry, você terá que agir com muita cautela ao se aproximar de Slughorn, pensar numa estratégia...”



“Rony disse que eu deveria simplesmente me atrasar na saída da aula de Poções esta tarde...”



“Oh, claro, se "Won-Won" pensa assim, é melhor faze-lo!” ela disse, explodindo mais uma vez “Além do mais, quando foi que a opinião de ‘Won-Won’ foi errada?”



“Hermione, você não poderia...”



“Não!” Ela disse com raiva, e se afastou violentamente, deixando Harry sozinho e atolado na neve.



As aulas de Poções eram bastante incômodas, pois Harry, Rony e Hermione compartilhavam a mesma mesa. Hoje, Hermione havia levado seu caldeirão pela mesa de modo que ficasse perto de Ernie, e ignorou Harry e Rony.



“O que você fez?” Rony murmurou para Harry, olhando o perfil arrogante de Hermione. Mas antes que Harry pudesse responder, Slughorn estava solicitando o silêncio em frente à classe.



“Sentem-se, sentem-se, por favor! Rápido, agora, temos muito trabalho pela frente esta tarde! A terceira lei de Golpalott, alguém pode me dizer qual é? A senhorita Granger pode, com certeza.”

Hermione recitou em alta velocidade: “A terceira Lei de Golpalott diz que o antídoto para um veneno será igual à soma dos antídotos para cada um dos componentes que o compõe.”



“Precisamente!” disse Slughorn radiante “Dez pontos para Grifinória! Agora,se nós aceitarmos que a terceira Lei de Golpalott é verdade..” .Harry estava aceitando que a palavra de Slughorn sobre essa terceira Lei de Golpalott era verdadeira, porque ele não havia entendido nada dela. Ninguém além de Hermione pareceu entender o que Slughorn disse depois, também.

“... Que significa, claro que assumindo que nós venhamos a conseguir a identificação correta dos ingredientes pela Scarpin Relelaspell, nosso primeiro alvo não é simplesmente selecionar antídotos para os ingredientes da mesma, mas encontrar o componente adicionado que, por um processo quase químico, transforme esses elementos...”



Rony estava sentado ao lado de Harry com a boca meio-aberta, olhando fixamente seu novo livro de Poções Avançadas. Rony continuava sem lembrar de que não poderia confiar em Hermione para socorre-lo quando não entendesse o que estava acontecendo.



“E então” finalizou Slughorn “eu quero que cada um de vocês venha aqui e pegue um desses frascos em minha mesa. Vocês criarão antídotos para o veneno dentro dele antes do fim da aula. Boa sorte, e não se esqueçam de suas luvas protetoras.”

Hermione deixou seu assento e já havia caminhado a metade do caminho em direção à mesa de Slughorn antes que o resto da turma compreendesse que deviam se mover,e quando Harry, Rony e Ernie retornaram à mesa, ela já havia virado o conteúdo de seu frasco no caldeirão, e estava acendendo o fogo embaixo dele



“É uma pena que o Príncipe não poderá ajuda-lo muito nisto, Harry.” Ela disse de maneira vivaz enquanto se e endireitava. “Você tem que entender os princípios envolvidos desta vez. Nada de atalhos ou fraudes!” Irritado, Harry abriu o veneno que tinha pegado na mesa de Slughorn, que era de uma aparência rosa extravagante, a derrubou em seu caldeirão e acendeu o fogo abaixo dele. Ele não fazia idéia do que deveria fazer a seguir. Olhou de relance para Rony, que o observava de esguelha, copiando tudo o que Harry fazia.- Você está certo de que o Príncipe não deixou nenhum palpite? - Rony resmungou para Harry.Harry pegou sua cópia de confiança de Poções Avançadas e abriu no capítulo sobre Antídotos. Lá estava a terceira Lei de Golpalott, explicada com todas as palavras que Hermione havia recitado, mas nenhuma singela dica pela mão de Príncipe explicando o que significava. Aparentemente o Príncipe, como Hermione, não tinha dificuldades em entender aquilo.- Nada. - Disse Harry melancolicamente.Hermione estava agora acenando sua varinha entusiasticamente sobre o seu caldeirão. Infelizmente, eles não poderiam copiar o feitiço que esta estava fazendo porque ela agora dominava tão bem os feitiços não verbais que ela não precisou mencionar as palavras em voz alta. Ernie Macmillan, entretanto,murmurava "Specialis Revelio!" sobre seu caldeirão, o que soou impressivo, então Harry e Rony rapidamente o imitaram.Levou somente cinco minutos para que Harry compreendesse que sua reputação como o melhor aluno de poções da classe se espatifava ao redor de si. Slughorn tinha examinado o seu caldeirão esperançosamente em sua primeira inspeção pela masmorra, preparado para exclamar deliciado como sempre, e havia retirado sua cabeça rapidamente, tossindo, ao sentir o cheiro de ovos podres sobre si.A expressão de Hermione não poderia estar mais satisfeita; ela havia odiado não se destacar em cada aula de Poções. Ela estava agora decantando os misteriosos ingredientes separados de seu veneno em dez frascos de cristal diferentes. Mais para evitar essa visão irritante do que por qualquer outra coisa, Harry inclinou-se sobre o livro de Príncipe, virando algumas páginas com força desnecessária.E lá estava, rabiscado através de uma longa linha de antídotos.Apenas empurre um bezoar pelas suas gargantas.Harry fitou as palavras longamente. Ele não havia ouvido, há muito tempo, sobre bezoar? Snape não havia mencionado eles na primeira aula de Poções? Uma pedra tirada do estômago de uma cabra, que o livrará da maioria dos venenos".Não era uma resposta para o problema de Golpalott, e se Snape ainda fosse o seu professor, Harry não ousaria faze-lo, mas este era um momento para medidas desesperadas.Ele foi em direção ao armário de estoques e, empurrando para o lado os chifres de unicórnio e um emaranhado de ervas ressecadas, encontrou, bem no fundo, uma pequena caixa onde se lia a palavra "Bezoar".Ele abriu a caixa exatamente quando Slughorn avisou:



“Mais cinco minutos, pessoal!”



Dentro dela havia uma dúzia de objetos marrons enrugados, parecendo mais rins secos do que pedras. Harry apanhou um, devolveu a caixa para o armário e voltou apressado ao seu caldeirão.



“O tempo acabou!” Disse Slughorn animadamente. “Bem, vamos ver o que vocês conseguiram fazer! Blaise... O que você tem para mim?” Lentamente, Slughorn se moveu pela sala, examinando os vários antídotos. Ninguém havia conseguido terminar a tarefa, embora Hermione estivesse tentando meter a força alguns poucos ingredientes em sua garrafa antes de Slughorn a alcançar.Rony havia desistido completamente, e estava tentando meramente parar de respirar os aromas pútridos que saíam de seu caldeirão. Harry permaneceu esperando, o bezoar seguro em uma mão ligeiramente suada. Slughorn alcançou a última mesa. Cheirou a poção de Ernie e passou sobre Rony com uma careta. Ele não se demorou no caldeirão de Rony, mas se afastou rapidamente,ligeiramente nauseado. “E você, Harry.” Ele disse “O que você tem para me mostrar?” Harry mostrou sua mão, o bezoar repousando em sua palma. Slughorn olhou para baixo por dez longos segundos. Harry imaginou, por um momento, se ele iria gritar com ele. Então ele jogou sua cabeça para trás e explodiu em gargalhadas. “Você é ousado, garoto!” explodiu ele, pegando o bezoar e mantendo-o no alto para que toda a classe pudesse ver. “Oh, você é como sua mãe... Bem, eu não posso criticá-lo... Um bezoar certamente agiria como antídoto para todas estas poções!” Hermione, com a face suada e fuligem em seu nariz, ficou lívida. Seu antídoto não terminado, compreendendo cinqüenta e dois ingredientes, incluindo um chumaço do seu próprio cabelo, borbulhou lentamente atrás de Slughorn, que só tinha olhos para Harry. “E você pensou no bezoar sozinho, não pensou, Harry?” Ela perguntou por entre os dentes. “Este é o espírito que um verdadeiro fazedor de poções precisa!” Disse Slughorn alegremente, antes que Harry pudesse responder. “Exatamente como sua mãe, ela tinha a mesma compreensão intuitiva fazendo poções, definitivamente você herdou isso de Lílian... Sim, Harry, sim, se você tiver um bezoar à mão, é claro que você fará o truque... Embora eles não funcionem em todos os casos, e sejam muito raros, ainda tem seu valor saber como preparar antídotos.”

A única pessoa na sala com um olhar mais bravo do que Hermione era Malfoy, que,Harry ficou encantado em observar, havia derramado algo que parecia como um gato doente sobre si mesmo. Antes que qualquer um deles pudesse expressar sua fúria por Harry ficar em primeiro lugar na classe sem fazer nada, entretanto, o sino bateu.

“Tempo de guardar o material!” Disse Slughorn. E dez pontos extras para Grifinória pela ousadia!” Ainda rindo, ele voltou gingando para sua mesa à frente da masmorra.Harry ficou para trás, gastando uma grande quantidade de tempo para fechar sua mochila. Nem Rony e nem Hermione lhe desejaram boa sorte quando saíram; ambos lhe dedicaram olhares irritados. Finalmente só havia Harry e Slughorn na sala.

“Vamos, agora, Harry, você ficará atrasado para sua próxima aula!” Disse Slughorn amavelmente, estalando os ganchos dourados de sua pasta de couro de dragão.

“Senhor,” Disse Harry, lembrando-se irresistivelmente de Voldemort “eu queria lhe perguntar algo.” Pergunte o que quiser, então, meu querido, pergunte o que quiser.

“Senhor, eu queria saber o que você sabe sobre... Sobre Horcruxes?” Slughorn congelou. Seu rosto redondo pareceu afundar dentro de si. Ele umedeceu os lábios e disse asperamente: “O que você disse?”

“Eu perguntei o que sabe sobre Horcruxes, senhor. O senhor sabe...”

“Dumbledore lhe pediu isso!” Sussurrou Slughorn.Sua voz havia mudado completamente. Não era mais genial, e sim chocado, estarrecido. Ele levou a mão ao bolso e retirou um lenço, e esfregou sua testa molhada. “Dumbledore lhe mostrou aquilo - aquela memória!” Disse Slughorn. “Então? Ele não mostrou?”

“Sim” Disse Harry, decidindo no momento que era melhor não mentir.

“Sim, é claro.’ Disse Slughorn, ainda esfregando sua face pálida. “É claro... Bem, se você viu aquela memória, Harry. Você sabe que eu não sei nada – NADA” ele repetiu a palavra com força “sobre Horcruxes.”

Ele pegou sua pasta de couro de dragão, colocou o lenço no bolso e marchou para a porta da masmorra.

“Senhor” Disse Harry desesperadamente. “Eu só pensei que poderia haver um pouco mais daquela memória...”

“Pensou?” Disse Slughorn. “Então pensou errado, está ouvindo? ERRADO!”

Ele gritou a última palavra e, antes que Harry pudesse dizer qualquer coisa, bateu a porta da masmorra atrás dele.Nem Rony nem Hermione ficaram animados quando Harry lhes contou o desastre da entrevista. Hermione ainda estava chateada por Harry ter triunfado sem fazer o trabalho propriamente. Rony estava ressentido que Harry não tinha passado bezoar escondido para ele nenhum.

“Teria parecido estúpido se nós todos tivéssemos feito!” disse Harry irritado. “Olha, eu tinha que tentar amolece-lo para perguntar sobre Voldemort, não tinha?”

“Oh! Se contenha!” ele somou irritado, Rony estremeceu ao som do nome. Enfurecido pelo fracasso dele e pela atitude de Rony e Hermione, Harry passou os dias seguintes pensando no que fazer sobre Slughorn. Por enquanto, ele decidiu que ele deixaria Slughorn pensar que ele tinha esquecido totalmente Horcruxes; era certamente melhor para o acalmar, provocando uma falsa antes de voltar ao ataque.Quando Harry deixou de questionar Slughorn novamente, o mestre de Poções retornou ao tratamento afetuoso usual dele, e parecia ter tirado o assunto de sua mente.Harry esperou um convite a uma das pequenas festas de tarde de Slughorn, determinado a aceitá-lo desta vez, mesmo se tivesse que remarcar os treinos de Quadribol. Porém, infelizmente, nenhum convite chegou. Harry conferiu com Hermione e Gina: nenhuma delas tinha recebido convite algum e nem,até onde elas sabiam, ninguém tinha.Harry não podia negar que Slughorn não era tão esquecido quanto parecia, simplesmente ele estava determinado a não dar a Harry nenhuma oportunidade adicional para questioná-lo.

Enquanto isso, a biblioteca de Hogwarts tinha falhado com Hermione pela primeira vez. Ela estava tão triste, que até esqueceu que estava irritada por conta do acontecimento com o bezoar.

“Eu não achei uma única explicação para o que são Horcruxes!" ela falou. “Nem umazinha! Eu estive olhando na seção proibida e até mesmo nos livros mais horríveis onde eles lhe contam como fabricar as poções mais horrendas - nada! Tudo que eu pude achar foi isto, no Introdução para Magia Mais Má -escute- ‘das Horcruxes, a mais maligna das invenções mágicas, nós não falaremos nem daremos receita’... Por que menciona isto, então?”' ela disse impacientemente, enquanto fechava o livro velho batendo-o; ele soltou uma lamúria fantasmagórica. “Oh, cala a boca”' ela resmungou, enquanto colocava o livro na bolsa. A neve derretia ao redor da escola quando fevereiro chegou, o frio foi substituído por uma umidade melancólica. Nuvens cinzentas bem baixas pareciam penduradas em cima do castelo e uma constante chuva fria caindo deixavam os gramados escorregadios e barrentos.Iniciava-se também a primeira aula de Aparatar para os sextanistas, que foi marcada para uma manhã de sábado, de forma que nenhuma das matérias normais fosse atrapalhada, e aconteceria no Grande Salão.Quando o Harry e Hermione chegaram ao Salão (Rony tinha ficado com Lilá),eles perceberam que as mesas haviam desaparecido. A chuva chicoteava contra as janelas altas e o teto encantado se erguia escurecido sobre eles, enquanto se juntavam em frente aos Professores McGonagall, Snape, Flitwick e Sprout – os Chefes das Casas - e um bruxo pequeno, que Harry imaginou ser o Instrutor de Aparatar do Ministério. Ele era anormalmente pálido, com cílios transparentes,cabelo delgado e um ar insubstancial, como se uma única rajada de vento pudesse levá-lo embora. Harry desejou saber se aparecimentos, e constantes reaparições tinham diminuído a matéria dele de alguma maneira, ou se esta forma delicada era a ideal para qualquer um que desejasse desaparecer.

“Bom dia”, disse o bruxo de Ministério, quando todos os alunos tinham chegado e os Chefes das Casas pediram silêncio. “Meu nome é Wilkie Twycross e eu serei seu Instrutor de Aparatar do Ministério - durante as próximas doze semanas. Eu espero poder prepará-los para seu teste de Aparatar neste período”.

“Malfoy, fique quieto e preste atenção!” rosnou a Professora McGonagall.Todo mundo olhou em volta. Malfoy tinha ficado de um rosa idiota; ele parecia tão furioso que se afastou de Crabbe, com quem ele estava sussurrando alguma coisa.Harry olhou depressa, para Snape, que parecia muito aborrecido, o que Harry suspeitou ser menos pela falta de Malfoy do que pelo fato de McGonagall ter repreendido um aluno da casa dele.

“em algum tempo, muitos de vocês estarão prontos para fazer sua prova,” Twycross continuou, como se não tivesse havido nenhuma interrupção.

“'Como vocês sabem, é impossível a Aparatar ou Desaparatar dentro de Hogwarts. O Diretor desfez este feitiço, somente dentro do Grande Salão, durante uma hora,para possibilitar nossa prática. Eu devo enfatizar que você não será capaz de Aparatar fora das paredes deste Corredor, e espero que você não seja burro de tentar. Eu gostaria que cada um de vocês se posicionasse agora de tal forma que tenha uns cinco metros de espaço em frente a você.”

Houve um grande tumulto, na separação das pessoas, elas batiam-se umas nas outras, e organizavam-se erroneamente. Os Chefes das Casas moveram-se entre os estudantes, colocando-os em posição e solucionando problemas.

“Harry aonde você pensa que vai?” Hermione perguntou.

Mas Harry não respondeu; ele estava se movendo depressa pela multidão, além do lugar onde Professor Flitwick estava tentando posicionar alguns Corvinais, todos querendo estar na frente e, passando pela Professora Sprout,que alinhava as Lufa-Lufas que insistiam em aglomerar-se ao redor de Ernesto Macmillan, ele conseguiu se posicionar na parte de trás da multidão, exatamente atrás de Malfoy que estava tirando proveito do motim geral para continuar a conversa com Crabbe, posicionando-se a cinco pés de distância, mas parecendo revoltado.

“Eu não sei quanto mais, certo?”' Malfoy disse a ele, sem perceber que Harry estava logo atrás.

“Está levando muito mais tempo do que eu pensei.” Crabbe abriu a boca, mas Malfoy pareceu adivinhar o que ele ia dizer. “Olha, não é nenhum segredo o que estou fazendo, Crabbe, você e Goyle mantém uma vigia, é isso que devem fazer!”

“'Eu diria a meus amigos o que faria, se eles precisassem manter uma vigilância para mim,” Harry disse, alto bastante para Malfoy o ouvir.

Malfoy girou, a mão dele agarrando a varinha, mas, nesse preciso momento os quatro Chefes das Casas gritaram, 'Quietos!', e o silêncio reinou novamente.

Malfoy virou-se para frente lentamente.

“Obrigado” disse Twycross. “Agora então...” Ele balançou sua varinha. Arcos antiquados de madeira apareceram no chão em frente a cada estudante.

“As coisas mais importantes para se lembrar quando Aparatar são os três D's!” disse Twycross.

“Destino, Determinação, Deliberação! Passo um: fixe sua mente firmemente no destino desejado,” Disse Twycross. “Neste caso, o interior de seu arco. Gentilmente, concentre-se agora neste destino.” Todo mundo dava uma olhada furtiva, para conferir se os outros estavam fitando seu arco, então rapidamente fizeram como lhes foi falado.

Harry contemplou o remendo circular de chão pardo incluído no seu arco e tentou não pensar em nada mais. Isto era impossível, pois ele não podia deixar de pensar no que Malfoy estava fazendo, a ponto de precisar de vigias.

“Passo dois,” disse Twycross, “foque sua determinação em ocupar o espaço visualizado! Deixe este seu anseio inundar sua mente e partir para cada partícula de seu corpo!”

Harry olhou sorrateiramente ao redor. Um pouco a sua esquerda, Ernie Macmillan estava contemplando o arco dele tão firme que sua face tinha ficado rosa; olhava como se estivesse tentando botar um ovo do tamanho de uma Goles. Harry sufocou um riso e rapidamente voltou o olhar ao seu próprio arco.

“Passo três,” chamou Twycross, “e somente quando eu der o comando... Imaginem aquele mesmo lugar, tentem não sentir mais nada, movendo-se com deliberação. Em meu comando, agora... um” Harry olhou ao redor novamente; muitas pessoas estavam olhando alarmadas,perguntando-se se já iam aparatar tão depressa. Harry tentou fixar os pensamentos dele novamente no arco; ele já tinha esquecido o que três D's representavam.

“TRÊS!” Harry girou naquele mesmo lugar, perdeu o equilíbrio e quase caiu. Ele não foi o único. O Salão inteiro estava, de repente, cheio de pessoas cambaleantes; Neville estava caído atrás dele; Ernie Macmillan, por outro lado, tinha feito uma pirueta saltando no arco dele e parecia momentaneamente emocionado, até que viu Dino Thomas que rugindo de tanto rir dele.

“Não se distraiam, não se distraiam,” disse Twycross secamente, que não parecia estar esperando qualquer coisa melhor.

“Ajustem seus arcos, por favor, e para trás em suas posições originais...”

A segunda tentativa não foi melhor que a primeira. A terceira foi ruim do mesmo jeito. Nada até a quarta trouxe qualquer acontecimento excitante. Houve um guincho horrível de dor e todo mundo olhou, apavorado, vendo Susan Bones da Lufa-Lufa que cambaleou no arco dela com a perna esquerda parada a cinco pés de distância do lugar de onde ela tinha começado.

Os Chefes das Casas foram até a ela; houve um grande estrondo e uma bola de fumaça roxa apareceu, revelando uma Susan que chorava, com a perna no lugar,mas, horrorizada.

“A Fraturação ou separação de corpos,” disse Twycross desapontado, “acontece quando a mente está insuficientemente determinada. Você tem que se concentrar continuamente em seu destino, e se mover, sem hesitar, mas com deliberação...assim.”

Twycross pisou adiante, graciosamente girando no mesmo lugar com os braços estendidos e desapareceu em um redemoinho de roupas, enquanto reaparecia na parte de trás do Salão.

“Se lembrem dos três D’s” ele disse,' e tentem novamente... “1...2...3...”

Mas de uma hora depois, e a Fraturação de Susan ainda era coisa mais interessante que tinha acontecido. Twycross não parecia desanimado. Firmando o capote dele ao pescoço, ele somente disse, “Até sábado que vem a todos, e não esqueçam: Destinação. Determinação. Deliberação.”

Com isso, ele balançou a varinha, e enquanto os arcos desapareciam, saiu do Salão acompanhado pela Professora McGonagall. Conversando, as pessoas se dirigiam para o Salão de Entrada.

“O que você fez”' perguntou Harry para Rony, enquanto saíam. “Eu acho que senti algo da última vez que tentei – um formigamento nos pés.”

“'Eu achei estes treinos muito fáceis, facílimos,” disse uma voz atrás deles, e Hermione os olhou, enquanto sorria maliciosamente.

“Eu não sentia nada,” disse Harry, ignorando a interrupção. “Mas não é isso que me preocupa agora.”

“O que você quer dizer, que não se preocupa... Você não quer aprender a Aparatar?” disse Rony incrédulo. “Eu não estou interessado, realmente. Eu prefiro voar,” disse Harry, enquanto olhava por cima do ombro para ver onde Malfoy estava, e acelerou quando eles entraram no Salão de Entrada.

“Olhe, se apresse, vamos, há algo que eu quero fazer...” perplexo, Rony seguiu Harry para a torre da Grifinória correndo. Eles foram temporariamente detidos por Pirraça, que tinha jogado uma porta no quarto andar fechando-o e se recusando deixar qualquer um passar até que atearam fogo às calças dele, mas Harry e Rony simplesmente retrocederam e foram por atalhos já conhecidos. Dentro de cinco minutos, eles estavam entrando pelo buraco do retrato.

“Você vai me contar o que nós estamos fazendo, então?” perguntou Rony.

“Para cima,” disse Harry, cruzando a sala comunal e entrando pela porta para a escadaria dos meninos.O dormitório deles estava, como previsto, vazio. Ele abriu sua mala e começou a procurar algo, enquanto Rony assistia impacientemente.

“'Malfoy está usando Crabbe e Goyle como vigias. Ele estava discutindo agora mesmo com Crabbe. Quer saber... aha!”

Ele tinha achado, um quadrado dobrado de pergaminho aparentemente em branco que ele abriu e bateu com a varinha.

“Eu solene juro que não fazer o bem... Mostre Malfoy!”

Imediatamente, o Mapa do Maroto apareceu na superfície do pergaminho. Era um plano detalhado de todo os pisos do castelo e, movendo-se nele, minúsculos,pontos pretos que representavam cada dos ocupantes do castelo.

“Me ajude a achar Malfoy,” disse Harry rapidamente.

Ele pôs o mapa na cama dele, e ele e Rony se apoiaram, enquanto procuravam.

“Lá!” disse Rony, depois de um minuto. “Ele está na sala comunal de Sonserina, olhe... com Parkinson, Zabini, Crabbe e Goyle...”

Harry olhou para o mapa, desapontado, e o guardou quase que imediatamente.

“Bem, vou manter o olho nele de agora em diante nele,” disse firmemente. “E no momento que eu o vir espreitando em algum lugar com Crabbe e Goyle, será com a Capa da Invisibilidade que vou descobrir o que ele quer”

Ele parou quando Neville entrou no dormitório, trazendo com ele um cheiro forte de material chamuscado, e começou a procurar em sua mala um par limpo de roupas.Apesar da determinação de capturar Malfoy, Harry não teve sorte por todo resto da semana. Embora ele consultasse o mapa tão freqüentemente quanto podia, às vezes fazendo visitas desnecessárias ao banheiro entre as aulas para olhar, ele não viu nenhuma vez Malfoy em lugar suspeito. Realmente, ele notou que Crabbe e Goyle rondavam o castelo sozinhos mais freqüentemente que o usual, às vezes permanecendo parados em corredores desertos, mas sempre Malfoy não só estava longe deles, mas impossível de ser localizado no mapa. Isto era muito misterioso.

Harry pensou na possibilidade de Malfoy estar realmente deixando os terrenos escolares, mas não pôde ver como ele poderia faze-lo, devido ao alto nível de segurança que operava agora dentro do castelo. Ele poderia somente supor que pudesse ter perdido Malfoy entre as centenas de pontos pretos minúsculos no mapa. Como Malfoy, Crabbe e Goyle pareciam agir de modo diferente, já que eram normalmente inseparáveis, estas coisas poderiam demonstrar que estavam se afastando. Rony e Hermione, Harry refletiu tristemente, eram prova viva disso.



Março não trouxe mudanças no tempo, a não ser o vento, além de úmido.Para indignação geral, uma nota apareceu em todos os quadros de aviso das salas comunais, a próxima viagem a Hogsmeade tinha sido cancelada. Royn estava furioso.

“Era no meu aniversário!” disse ele, “estava esperando isso!”'

“Não uma surpresa grande, entretanto, é?” disse Harry. “Não depois do que aconteceu a Katie.”

Ela ainda não tinha voltado do St. Mungus. E ainda mais, tinham sido notificados mais desaparecimentos no Profeta Diário, incluindo vários parentes de estudantes de Hogwarts.

“Mas agora tudo que quero é avançar nas lições de Aparatar estúpidas!” disse Rony emburrado. “grande presente de aniversário...”

Três lições depois, Aparatar já estava se mostrando bem difícil e mais algumas pessoas tinham se fraturado. A frustração era grande e havia uma certa quantia de piadas sobre Wilkie Twycross e o três D's que tinham inspirado vários apelidos para ele, os mais educados deles eram Respiração de Cachorro e Cabeça de Esterco.

“Feliz aniversário Rony”, disse Harry, quando eles acordaram no dia primeiro de março enquanto Simas e Dino se levantavam ruidosamente para o café da manhã.

“Tenho um presente.” Ele jogou um pacote para a cama de Rony onde apareceu uma pequena pilha, Harry assumiu, foram entregues à noite por elfos.

“Coragem” disse Rony. Quando ele arrancava o papel, Harry saiu da cama, abriu a própria mala e começou a procurar o Mapa do Maroto que ele escondeu depois de tanto uso. Ele tirou vários de seus pertences e remexeu suas meias nas quais ele ainda estava mantendo a garrafa de sua poção de sorte, Felix Felicis.

“Certo” ele murmurou, levando o mapa de volta para cama com ele, batendo e murmurando, “eu juro solenemente não fazer o bem”, de modo que Neville,que estava passando próximo à cama dele na hora, não ouvisse.

“Legal, Harry!” disse Rony entusiasmado, mexendo no par novo de luvas de goleiro de quadribol que Harry tinha lhe dado.

“Sem problemas”, disse Harry distraidamente, enquanto ele procurava o dormitório da Sonserina para localizar Malfoy.

“É... eu não acho que ele esteja mesmo na cama dele...” Rony não respondeu; ele estava muito ocupado desembrulhando presentes e soltava uma exclamação de prazer de vez em quando.' Sério, este foi um bom ano! ' Ele anunciou, mostrando um relógio de ouro pesado com símbolos estranhos ao redor e estrelas minúsculas se movendo em vez de ponteiros.

“Veja o que mamãe e papai me deram! Eu quero ver o que ganharei quando fizer aniversário ano que vem...”

“Calma,” murmurou Harry, olhando o relógio antes de verificar mais de perto o mapa. Onde Malfoy estava? Ele não parecia estar à mesa da Sonserina no Salão Principal, tomando o café da manhã... Ele não estava em nenhuma parte perto de Snape que estava sentando na sala dele... Ele não estava em quaisquer dos banheiros ou na ala hospitalar...

“Quer um?” RonY disse com voz abafada, oferecendo uma caixa de caldeirão de chocolate.

“Não obrigado,” disse Harry, observando. “Malfoy saiu novamente!”

“Não pode ter feito isso,” disse Rony, enchendo a boca com o segundo caldeirão,deslizando para fora da cama para se vestir.

“Vem. Se você não se apressar terá de aparatar de estômago vazio... Poderia fazer deixar fácil, eu suponho...”

Rony olhou pensativo para a caixa de caldeirões de chocolate, então encolheu os ombros e se serviu de um terceiro.Harry bateu no mapa com a varinha, murmurando, “Mal feito - feito,”' entretanto não tinha sido, foi se vestir refletindo. Devia haver uma explicação para os desaparecimentos periódicos de Malfoy, mas ele não podia simplesmente pensar no que poderia ser. O melhor modo de encontra-lo seria o seguindo, mas mesmo com a capa da invisibilidade esta não era uma boa idéia; ele tinha as aulas, prática de quadribol, deveres e aparatação; ele não podia seguir Malfoy pela escola toda sem sua ausência ser notada.

“Pronto?” disse ele para Rony. Ele estava a meio caminho da porta do dormitório quando ele percebeu que Rony não tinha se mexido, mas estava apoiado na cama, fitando o lado de fora da janela molhada de chuva com um estranho olhar no rosto.

“Rony? O café da manhã.”

“Eu não tenho fome,” Harry olhou para ele. “Você não disse -?”

“Bem, certo, eu irei com você,” suspirou Rony, “mas eu não quero comer.”

Harry o olhou, desconfiado. “Você comeu somente meia caixa de caldeirão de chocolate, não foi?”

“Não, é que” Rony suspirou novamente. “Você... você não entenderia.”

“Serei imparcial,” disse Harry, embora contrariamente, ele se virou para abrir a porta.”

“Harry!” disse Rony de repente.

“O que?”

“Harry, eu não posso fazer isto!”

“Você não pode fazer isso que?” perguntou Harry, agora começando, definitivamente, a se sentir alarmado. Rony estava bastante pálido e parecia doente.

“Eu não posso deixar de pensar nela!” disse Rony asperamente.

O queixo de Harry caiu. Ele não tinha esperado isto e, seguramente, ele não queria ouvir isto. Eles podiam ser amigos, mas se Rony começasse chamando Lilá de “Lili”', ele sairia correndo escada abaixo.

“Por que não a procura no café da manhã?” Harry perguntou tentando injetar uma nota de bom senso na conversa.

“Ela nem sabe que eu existo,” disse Rony com um gesto desesperado.

“Ela definitivamente sabe que você existe,”' disse Harry, confuso. “Ela tem ficado com você, não tem?” Rony piscou.'

“Sobre quem você está falando?”

“Sobre quem você está falando?” Disse Harry, com uma sensação crescente de que toda a razão tinha escapado da conversa.

“Romilda Vane,” disse Rony suavemente e o rosto inteiro pareceu se iluminar quando ele disse isto, como se batesse um raio da mais pura luz solar. Eles se encararam durante quase um minuto inteiro, antes que Harry dissesse,

“Isto é uma piada, certo? Você está brincando. Você está brincando.”

“Eu acho, Harry, eu acho que eu a amo,” disse Rony numa voz estrangulada.

“OK,” disse Harry e caminhou até Rony que tinha um olhar vítreo e aparência pálida,

“OK... diga novamente olhando para mim.”

“Eu a amo,” repetiu Rony. “Tenho visto o cabelo dela, todo negro, brilhante e sedoso... E os olhos dela? Os olhos escuros e grandes dela? E o,”

“Isto é realmente engraçado e tudo,” disse Harry impacientemente, “mas é uma piada, certo? Chega.” Ele virou para partir e tinha dado dois passos para a porta quando um soco o acertou na orelha direita. Cambaleando, ele olhou em volta. O punho de Rony preparado, o rosto contorcido de raiva; ele estava a ponto de golpear novamente.Harry reagiu instintivamente; a varinha estava fora do bolso e o encantamento saiu sem um pensamento consciente:

“Levicorpus!” Rony gritou quando foi virado mais uma vez; ele oscilou de cabeça para baixo, as vestes penduradas.

“O que foi isso?” Harry berrou.

“Você a insultou, Harry! Você disse que era uma piada!” gritou Rony que estava ficando com o rosto púrpura lentamente à medida que o sangue descia para a cabeça dele.

“Isso é loucura!” disse Harry. “O que aconteceu ?”

E então ele viu a caixa aberta na cama de Rony e a verdade o atingiu com a força do bastão de um trasgo...

“Onde você conseguiu esses caldeirões de chocolate?”

“Eles foram um presente de aniversário!” gritou Rony, remexendo lentamente no ar lutando para se livrar.

“Eu lhe ofereci um, não foi?”

“Você só os apanhou do chão, não é? Eles tinham caído na minha cama, certo?”

“Me deixe ir!”

“Eles não caíram na sua cama, você encontrou, você não entende? Eles eram meus,eu os atirei para fora da minha mala quando eu estava procurando o mapa. Eles são os caldeirões de chocolate que Romilda me deu antes de Natal e eles estão cheios de poção do amor!”

Mas somente uma palavra disto parecia ter sido registrada por Rony. “Romilda?” Ele repetiu. “Você disse Romilda? Harry, você a conhece? Você pode me apresentar?”

Harry encarou Rony vacilando, o rosto agora parecia tremendamente esperançoso e lutou com uma forte vontade de rir. Uma parte dele, a parte da orelha direita que ainda pulsava, tinha um forte desejo de soltar Rony e assistir até os efeitos da poção passar... Mas por outro lado, eles eram amigos, Rony não tinha sido ele mesmo quando o atacou e Harry, pensou que ele mereceria outro soco se ele permitisse que Rony declarasse amor eterno para Romilda Vane.

“Sim, eu o apresentarei,” disse Harry, pensando rapidamente.

“Eu vou te soltar agora, OK?” Ele deixou Rony se chocar contra o chão (a orelha dele doía ainda), mas Rony simplesmente saltou novamente aos pés dele e sorriu.

“Ela estará no escritório de Slughorn,” Harry disse confiante, abrindo à porta.

“Por que ela estará lá?” Perguntou ansiosamente Rony e se apressando a sair.

“Oh, ela tem lições de Poções extras com ele,” disse Harry inventando rapidamente.

“Talvez eu possa perguntar se eu posso tê-las com ela?” disse Rony ansioso.

“Grande idéia,” disse Harry. Lilá estava esperando ao lado do buraco do retrato, uma complicação que Harry não tinha previsto.

“Você está atrasado, Won-Won!” ela fez beicinho. “Eu devo a você um presente” “Me deixa em paz!” disse Rony impaciente, “Harry vai me apresentar Romilda Vane.” E sem outra palavra para ela, empurrou o quadro e se foram. Harry tentou faze ruma cara sem entender para Lilá, mas simplesmente poderia ter rido, porque ela olhava mais ofendida que nunca quando a Mulher Gorda se fechou atrás deles.Harry estava preocupada pois Slughorn poderia estar tomando café da manhã, mas ele atendeu a porta de escritório dele à primeira batida, usando um traje aveludado verde e touca.

“Harry,” ele murmurou. “É muito cedo para uma chamada... Eu geralmente durmo até tarde no sábado...”

“Professor, eu realmente sinto muito em o perturbar,” disse Harry tão baixo quanto possível, enquanto Rony estava nas pontas dos pés, tentando ver atrás de Slughorn, dentro do quarto dele, “mas meu amigo Rony bebeu uma poção de amor por engano. Você não pode lhe fazer um antídoto, pode? Eu o levaria à Madame Pomfrey, mas nós não queremos ter relação com alguma Gemialidades Weasley, você entende... Perguntas indesejadas...”

“Você não poderia ter preparado o antídoto, Harry, especialista em poções como você?” perguntou Slughorn.

“Er,” disse Harry, um pouco distraído pelo fato que Rony estava o batendo com o cotovelo agora nas costelas em uma tentativa para forçar a entrada dele no quarto, “bem,eu nunca preparei um antídoto para uma poção de amor, senhor, e até que eu aprenda isto, Rony certamente poderia fazer algo sério”

Felizmente, Rony escolheu este momento para gemer, “eu não posso vê-la. Harry, ele está a escondendo?”

“Esta poção estava dentro de algo?” perguntou Slughorn, agora olhando Rony com interesse profissional.

“Eles podem a concentrar, você sabe, para os efeitos serem preservados muito tempo.”

“Isso explicaria tudo,” disse Harry, lutando ferozmente, agora, com Rony para impedi-lo de ir para cima de Slughorn.

“É o aniversário dele, Professor, ele tomou sem querer.”

“Oh, certo, entre, então, entre,” disse Slughorn cedendo. “Eu tenho o necessário aqui em minha bolsa, não é um antídoto difícil...”

Rony correu pela porta adentro da sala abarrotada de Slughorn, tropeçou numa banqueta, recuperou o equilíbrio se agarrando ao pescoço de Harry e murmurou, “Ela não viu que eu tropecei, não é?”

“Ela chegou ainda,” disse Harry e assistindo Slughorn abrir o kit de poção dele e ir adicionando algumas pitadas disto e daquilo numa garrafa cristalina pequena.

“Isso é bom,” disse Rony fervorosamente. “Como eu estou?”

“Muito bonito,” disse Slughorn suavemente e deu para Rony um vidro de líquido claro. “Agora beba, é um tônico para os nervos, manterá você calmo quando ela chegar, você sabe,”

“Brilhante,” disse Rony ansioso e ele bebeu o antídoto ruidosamente.Harry e Slughorn o assistiram. Por um momento, Rony sorriu para eles. Então,muito lentamente, o sorriso dele despencou e desapareceu, para ser substituído por uma expressão de horror extremo.

“Voltou ao normal, então?” disse Harry e sorrindo. Slughorn riu.

“Muito obrigado Professor.”

“Não mencionarei isto a ninguém, garoto, a ninguém,” disse Slughorn, quando Rony desmoronou em uma poltrona perto e com o olhar devastado.

“Cerveja amanteigada, isso é o que ele precisa,”' Slughorn continuou, agora atarefado mexendo em cima de uma mesa carregada com bebidas.

“Eu tenho cerveja amanteigada, eu tenho vinho, eu tenho a última garrafa de mel de carvalho maduro... hmm... Pretendia dar isso a Dumbledore no Natal... ah bem...” Ele encolheu os ombros ... “Ele não pode perder o que ele nunca teve! Por que nós não abrimos isto agora e celebramos o aniversário do Sr. Weasley? Nada como um bom espírito para esquecer as agonias das decepções de amor...”

Ele riu novamente e Harry se uniu a ele. Este era o primeiro momento que ele estava praticamente só com Slughorn desde a desastrosa primeira tentativa de extrair a verdadeira memória dele. Talvez, se ele pudesse manter Slughorn de bom humor... Talvez se eles consumissem bastante do mel de carvalho maduro...

“A você, então,” disse Slughorn e deu para Harry e Rony um copo de mel, antes de erguer o próprio.

“Bem, um feliz aniversário, Ralph...”

“Rony” sussurrou Harry. Mas Rony que não aparecia estar escutando ao brinde já tinha lançado o mel na boca dele e tinha bebido tudo.Houve um segundo, dificilmente mais que uma batida do coração em qual Harry soube que havia algo terrivelmente errado e Slughorn, parecia não notar.

“...e que você possa ter muitos outros”

“Rony!”

Rony tinha derrubado o copo dele; subido na poltrona e, então, apertado os braços dela incontrolavelmente. Uma espuma estava pingando da boca e os olhos estavam revirando nas órbitas.

“Professor!’ Harry berrou. “Faça algo”

Mas Slughorn parecia paralisado pelo choque. Rony crispou e sufocou: a pele dele estava ficando azul.

“O que...mas...” gaguejou Slughorn.

Harry deixou o copo em cima de uma mesa baixa e correu para o kit de poção aberto de Slughorn e tirou jarros e bolsas, enquanto o som terrível de Rony gargarejando sem respiração encheu o quarto. Então ele achou - a pedra extraída do rim de cabra que Slughorn tinha pegado dele na aula de Poções.Ele voltou para o lado de Rony, abrindo a mandíbula dele e empurrando o bezoar na boca dele. Rony deu um grande tremor, uma sacudidela e o corpo dele ficou mole e calmo.



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