A Busca e o Retorno



- Hum... Boa noite - Disse Gina.

- Quem são vocês? - Grunhiu Tio Valter.

- Hermione Granger e...

- Virgínia Weasley, Sr. Dursley.

- E o que querem? - Perguntou o Tio Valter.

- Viemos buscar o Harry – Disse Hermione – Ele vai passar algumas semanas conosco, se não se importa...

- Ele não vai. Está de castigo. – Respondeu Tio Valter, e fechou a porta.

Gina tocou a campainha novamente. O Sr. Weasley desceu do carro e ficou perante a porta, junto com Gina e Hermione. Tio Valter abriu a porta, e antes que pudesse falar qualquer coisa, o Sr. Weasley tomou a palavra.

- Mas ele vai conosco, o senhor querendo ou não. Não há como impedir.

- E quem o senhor pensa que é para me impedir? – Disse o Tio Valter em tom desafiador. O Sr. Weasley retirou uma pequena carteira de couro de dragão do bolso e a abriu. Havia uma foto do rosto do Sr. Weasley em preto-e-branco que mirava os lados e o rosto de Tio Valter com certa monotonia. Ao lado da foto, havia o nome e o cargo do Sr. Weasley no Ministério da Magia, seguido da data de nascimento e da validade da carteirinha.

- Sou o ministro da magia – O Sr. Weasley teve o cuidado de tapar com o dedo o cargo no “Departamento do mau-uso de artefatos trouxas”. Hermione e Gina sorriram. – O Sr. Harry Potter é maior de idade, portanto tem liberdade de decidir aonde quer passar as férias de verão.

- E o senhor ministro, foi o mesmo que explodiu a minha sala há dois anos, não? – Perguntou o Tio Valter, confiante.

- Sim! Lembra de mim? – Disse o Sr. Weasley – E o seu filho? Mais problemas com aquela língua? Eu espero que eu tenha arrumado o suficiente... Se quiser, posso até colocar um feitiço para emagrecer nele...

Tio Valter grunhiu.

- Não preciso dessas porcarias! Potter desça já!

O menino espichou a cabeça para fora do quarto e foi em direção à escada, descendo-a em passos lentos. Suas jeans caiam sobre o tênis desamarrado, a camisa estava semi-desabotoada e os cabelos despenteados. Os olhos verdes de Harry se encontraram por um instante com os de Hermione. Ela nunca pudera imaginar que em menos de dois meses o garoto pudesse mudar tanto. Harry não tinha mais aquela aparência de garoto rebelde e bobão no auge da adolescência, mas sim feições de um garoto que estava para se tornar um homem.

- O ministro da magia – Disse Tio Valter, de punhos fechados. O Sr. Weasley deu uma piscadela para Harry. – Veio buscar você. Pegue suas tralhas e desapareça!

- Com todo prazer – Disse Harry subindo as escadas rapidamente.

- O que está acontecendo? – Perguntou Tia Petúnia, parada á porta.

- Petúnia! Onde você estava? – Perguntou Tio Valter.

- No supermercado – Respondeu – Precisava de mais três quilos de... Mas afinal quem são vocês três?

- Vieram buscar ele, Petúnia. Por que não me avisou que havia saído? Ah, mas isso não vem ao caso agora. – Disse Tio Valter – MULEQUE, AINDA NÃO PEGOU ESSA MALDITA MALA?!

Harry desceu correndo, a varinha em punho, apontada para a gaiola com Edwiges e o malão que voavam escada abaixo. Hermione e Gina sorriram para ele e ele retribuiu.

- Agradeço, Sr. Dursley. – Disse o Sr. Weasley – Espero que o senhor não abra a boca para ninguém sobre bruxos, por que se fizer isso terei o prazer de tornar gigante novamente não só a língua do seu filho como a sua e a da sua esposa também. Tudo pronto, Harry?

- Sim, Sr. We... Digo, Sr. Ministro.

- Então vamos logo. Até mais Sr. e Sra. Dursley – Disse o Sr. Weasley.

Os quatro entraram no carro, enquanto o Sr. Dursley fechava a porta da frente. O carro deu uma guinada para frente, e saiu andando devagar até o fim da rua, onde levantou vôo e seguiu cortando as nuvens, para que os Weasley fossem de volta para a casa.

- Ei, Harry – Disse Gina – Por que você estava de castigo?

- Ah, nada de importante – Respondeu Harry, com pesar – Coisas que eu não fiz, não sei porque aconteceram e quando eu cheguei já estavam daquele jeito.

Os garotos sorriram.

- Mas o que importa agora, é que você está com a gente... – Disse Hermione, com um leve sorriso.

- Temos mais é que nos divertir durante este verão! – Disse Rony.

- Pode ter certeza que sim, Rony – Confirmou Harry.

A viagem de volta transcorreu rápida e normal. Todos chegaram muito cansados, mas a Sra. Weasley pensando nisso, já havia preparado um bom lanche para todos. Eles riam enquanto caminhavam pelo quintal antes de entrarem na casa. Rony contava uma piada sobre um duende que não sabia diferenciar um caldeirão de uma varinha, mas ele cessou suas gargalhadas, quando adentrara a cozinha.

Luna estava parada de pé e o olhava atentamente. Todos os outros continuavam rindo, como se o mundo tivesse parado apenas para os dois. Gina saiu correndo e abraçou Luna, que deu um longo abraço em Gina, mas não se conteve em continuar olhando para Rony.

- Luna seja bem vinda! – Disse o Sr. Weasley – Sente-se, por favor.

A garota loura se sentou sem olhar para onde estava indo, pois ainda estava olhando para Rony. Ela colocou a mão sobre a mesa e derrubou um copo vazio. Isso fez com que sua mente voltasse para o que estava ao seu redor.

- Então Luna, o que você gosta de comer? – Perguntou a Sra. Weasley.

- Qualquer coisa que não seja à base de tripas de Cornicólios e plantas de raiz asnúfera – Respondeu.

- Ótimo, acho que não coloquei nada disso no jantar de hoje à noite – Disse a Sra. Weasley, aliviada.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.