Viagem ao Fim do Beco Diagonal



-Segundo Capítulo-

Viagem ao fim do Beco Diagonal





Estava escuro dentro daquele "onibus", Harry, se sentou em uma cama com colchão esfarrapado, estava em pânico, parecia um filme de terror, gente morta, um receptor completamente estranho, que insistia em prender Harry ali, naquele ônibus, sem ação, e com risco sério de ferimento.



-Então???Como se chama garoto? - disse o "cobrador".

-Harry...Potter...- disse Harry inseguro...

-Ah, meu nome é Prabablus.

-Parabéns. - Harry estava meio surpreso, pois o condutor nada disse quando ouviu seu nome.



Probablus era um homem carrasco, servira ao ministério para matar animais condenados, mas perdeu seu emprego, e revoltado com toda a burocracia do ministério criou o Trancobus...



-Tenho certeza que o senhor vai gostar muito da Travessa do Tranco.

-Com certeza. - Harry estava sendo irônico, só havia estado uma vez naquela sujeira, e fora aconselhado a nunca mais pisar lá.

-Lá existem várias formas de diversão, para desempregados, desocupados, assasinos...no que o senhor trabalha senhor Potter?

-Ah...bem eu estudo...

-Onde? Beauxbatons?

-Não...Hogwarts.

-Ah Hogwarts, estudei por meio ano lá, mas fui expulso por ameaçar um dos professores de morte, e realmente o machucar.



Harry olhou Probablus com espanto.



-O matou... - estava inseguro, quase gaguejando.

-Não, não cheguei a tanto, ele apenas desmaiou por alguns meses.

-Uhmm...



Harry se levantou, tinha que ir embora.



-Onde vai?

-Ahn...? - Harry não sabia o que fazer, coçou o queixo, olhou para os pés...para o teto...- Bem...acho que para a Travessa do Tranco. - Havia desistido, não havia o que fazer, tinha que ficar lá, correndo riscos...

-Bem, tenho certeza que vai se divertir...quer fazer o que?

-O que tem para se fazer aqui...

-Bem pode se jogar um jogo muito interessante, arte dos velhos bruxos arcanos, podemos picar aqueles mortos ali jogados - e apontou para os infelizes no fundo do ônibus - e depois beber seu sangue, já um pouco sólido, dizem que dá força, eu já tentei, mas o máximo que consegui foi um dia de folga por dor... e escorrimento anal.

-Ah...muito...muito divertido. - Harry sentiu suas entranhas se revirarem...deu uma olhada em volta, viu as escadas...- Por acaso, posso dar uma olhada nos andares superiores...

-Claro, temos alguns hóspedes definitivos, que resolveram adotar aqui como residencia...mas claro que pode...



Harry pensou um pouco melhor...hóspedes definitivos...



-Então eu vou dar uma olhada.

-Tudo bem...



Harry subiu as escadas, o ônibus mexeu um pouco, o que fez ele cambalear...



-Eu acho que essa não foi uma ótima decisão Harry. - disse para si mesmo.



Ao chegar ao segundo patamar, não viu nada estava escuro, então sacou a varinha, qual seria o problema de utilizar um feitiço de iluminação, o ministério não iria se importar, já que trouxas não se impressionam, com as tecnologias atuais...



-Lumus!



A ponta da varinha se acendeu. Harry começou a andar, viu algumas camas...Ninguem nelas...então andou mais um pouco...um homem, meio transparente sentado em uma cadeira...



-Senhor?-murmurrou Harry.



Então tentou toca-lo, parecia estar chorando...



-O senhor está bem?



A mão de Harry o atravessor...Harry se afastou, sentando em uma cama, que desmontou...



O homem que estava na cadeira, então se levantou, revelando a ausência de pés. Era um fantasma...



-Olá pequeno?-disse o fantasma, que parecia ser bem simpático, e realmente parecia estar bem triste.



Harry meio assustado recuou um pouco, mas logo se deu conta que fantasmas já eram de prache.



-Oi. - disse ainda um pouco inseguro.

-O que faz aqui?Nesse ônibus tão sujo e inseguro. - disse o fantasma.

-Fugindo de comensais.

-Oh!Na minha epóca não havia nada disso, eram apenas feitiços leves, caçadas a mulas encantadas...ah como eram bons aqueles tempos - então suspirou.

-Por que o senhor está chorando?

-Ah, fui rejeitado novamente, igual ao meu irmão, para a caçada dos sem-cabeça.



Harry parecia aquilo um pouco familiar, então perguntou.



-Ah, como é seu nome.

-Richard de Mimsy-Porpington

-Por acaso conhece algum Nicholas, Mimsy-Porpington?



Richard recuou, sentou-se de novo na cadeira, e olhou para Harry com cara de ponto de interrogação.



-Sim, é meu irmão...

-Ah, e você sofre do mesmo problema que ele, não foi cortado por inteiro.

-Me respeite!!!

-Desculpe.

-Não entrei pois briguei com o líder da caçada, eu não gostava de ser sem cabeça, mas gostava da caçada, muito, e colei minha cabeça com um feitiço ectoplásmico, então eles me expulsaram, alegando falta de respeito...!!



Então ele caiu em choro...



-Meu deus..- Harry então continuou seu caminho , parece que aquilo tudo não estava sendo tão ruim...



Subiu mas um lance de escadas...



E viu, muitas pessoas, fantasmas, em volta de uma mesa, conversando...



-É eu acho que eram esses os moradores do ônibus. - falou em voz baixa, então Harry se agachou, queria ouvir um pouco aquela reunião de fantasmas...todos sem cabeça.



O mais alto fantasma sem cabeça, sentado na ponta da mesa, começou a falar.



-Bem vindos a extraordinária caçada de sem cabeças deste ano.Parece quer temos menos integrantes, este ano iremos caçar nas montanhas da suécia, e o Trancobus fez um pacote ótimo para nos levar lá!!



Todos começaram a urrar de felicidade.



-Bem acho que podemos agora iniciar a festa...!!!



Harry olhou para trás, viu Richard subindo as escadas, isso era muito mal, ia acontecer uma guerra de sem cabeças.



-Richard, é melhor não subir essas escadas - disse Harry.

-É verdade!!! Como eu sou um insignificante, não preciso subir pelas escadas, ah, vou descer e subir pelo teto...



Harry ficou boquiaberto com a inteligencia do fantasma...



-Não Richard, aqui estão os sem cabeça da caçada!

-Eu sei, quero cortar eles...estou deprimido...

-Por favor não.

-Fique um pouco quieto, eu preciso de concentração para descer as escadas e não tropeçar...ai como eu sou um panaca, não posso tropeçar, sou um fantasma, como sinto falta do tempo em que era vivo, morri sem saber, estava de noite e fui decapitado por um maníaco por cabeças, com sorte recuperei ela, com um formulário no ministério...

-Nossa...que triste, me conte mais...

-Agora não dá tenho que cortá-los!!!



Harry desceu as escadas, estava disposto a acabar com aquilo, então saiu correndo em direção do fantasma, apontou a varinha...



-Quer que eu te acerte???

-Com o que querido? Eu sou um fantasma!



Harry pensou um pouco, realmente não conhecia nenhum feitiço.... o que fazer...a! Se lembrou de um para paralizar fantasmas...



-Extoplasmics!!!



Uma rajada azul saiu da varinha, que amarrou o fantasma após se transformar em uma corda.



-Ah não! Acabou-se meu sonho de decapitar a todos...de novo...

-Não fique triste...



Então uma voz veio do primeiro andar...



-Estamos chegando na travessa do tranco!!!Apertem-se nas cadeiras, e camas e postes!! Vamos freiar!!!



Harry arregalou os olhos...



-Essa não! - disse Harry.



O Trancobus freiou, todos os fantasmas, como flutuavam ficaram parados no ar, enquantos, as camas, móveis, pessoas, mendigos desempregados, eram arremessados, e junto com eles...Harry.



Harry bateu com toda a força na parede de metal do ônibus, seu ombro foi moído...sua cabeça ficou tonta, ele caiu desmaiado...provavelmente sonhando o quanto foi burro de ter entrado naquela tranqueira de ônibus...


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