C A P. 1 – A M I Z A D E D E
N/A: Esta é uma fanfic SLASH, por isso recomenda-se a leitura apenas a maiores de 18 anos e a pessoas que se sintam com maturidade suficiente para ler tal gênero. Se você não se sente apito a ler SLASH, por favor, não prossiga com a leitura, caso contrário, boa sorte!
N/A: Está é uma fanfic: história escrita de fã para fã sem fins lucrativos. Todos os personagens/lugares da história pertencem a JK Rowling, mas o enredo tal como a história que se desenvolve foi criada por mim, por tanto NÃO copie este material.
No mais, boa leitura! E não esqueça de deixar seu comentário para o autor pelo e-mail [email protected] É superimportante a sua opinião!
FANFIC REVISADA POR NATY LUPIN.
O vento corria forte pelos vastos campos verdes de Hogwarts já não tão verdes assim. O Sol castigava as árvores e plantas da floresta denunciando um verão que ainda estava longe de começar. Os pássaros piavam alto e continuamente, como se estivessem todos reclamando daquele calor fora de época que parecia anteceder o verão mais quente dos últimos anos.
Nos pátios da escola ninguém parecia reclamar do calor. O barulho das conversas e brincadeiras pelos corredores do castelo aumentava a cada novo Sol. Era como se o clima de férias chegasse mais cedo aos estudantes, que passavam grande parte das tardes livres na orla da lagoa entre uma conversa e outra.
As vozes excitadas na orla da lagoa só se arriscavam a diminuir à medida que os raios solares iam cedendo espaço à escuridão da noite denunciando talvez um certo receio comum nos tempos de guerra: embora Hogwarts fosse talvez o lugar mais seguro em dias como aqueles, mesmo nas vozes mais excitadas o medo era perceptível.
Isolado no ponto mais declinado da orla e contrariando a todos que já se retiravam em direção a suas casas, estava um garoto, deitado sobre a grama com os olhos plastificados em direção ao nada. Harry Potter.
Harry fitava o vazio, mas sua mente viajava a léguas de Hogwarts. Jogado sobre a grama, o garoto parecia ser um corpo estendido na orla da lagoa vislumbrando o pôr do Sol: nos dias de folga, o pôr do Sol era como uma fonte de energia para Harry. Era o único momento em que o silêncio ponderava sobre o castelo. E estranhamente ele sentia necessidade daqueles momentos, principalmente após a morte de seu padrinho.
Os momentos de “transe” eram tão intensos que no inicio da noite era Rony quem tinha que “acordar” Harry do seu “sono espiritual”. Este nunca entendia a necessidade da solidão de seu amigo; motivo de muitas brigas.
Não era muito raro os dois passarem tardes e tardes discutindo sobre assuntos idiotas sem chegarem num consenso. Qualquer deslize era motivo de alguma briga.
O que Harry não admitia, mas escondia dentro de si, era que sua amizade com Rony se desgastara e não era mais a mesma... Rony era irresponsável e medroso enquanto Harry era aventureiro e desde então adquirira uma certa responsabilidade natural da idade – e das coisas que lhe foram reveladas meses antes. Era certo de que os dois não tinham muito em comum.
“Isto é apenas uma crise”, dizia Harry para si mesmo deitado sobre o gramado. “Toda amizade passa por isso!”. Harry sabia que era! Apesar de tudo, vivia um momento difícil em sua vida e era natural que o convívio com as outras pessoas também ficasse mais difícil. Ele gostava de Rony, apesar das incompreensões.
Harry se levantou e limpou a terra de suas vestes. Já era noite e estranhamente ao olhar por todo o lago não via Rony esperando-o para juntos irem jantar.
Ajeitando seus óculos, Harry mirou o castelo: Todas as luzes estavam acesas, e pelo barulho que se fazia, os alunos estavam todos saboreando as delícias do jantar.
- Harry! – Gritou Mione ao dar o primeiro passo sobre o salão. – Você não está com o Rony?
- Não. – Respondeu o garoto se acomodando sobre a mesa de jantar. – Pensei que estivesse jantando.
- Não o vejo desde de tarde. – Mione parecia preocupada. – É impressionante a sua capacidade de sumir quando mais precisamos dele.
Harry nem quis saber o motivo pelo qual sua amiga procurava Rony. Na verdade ele queria um pouco de distancia do ruivo. Talvez um pouco de distancia fosse o ingrediente certo para tudo voltar a ser como antes.
Pegando os talheres e servindo-se de carne, Harry pareceu faminto para degustar o que o jantar poderia lhe oferecer. Nos minutos que se sucediam, o grifinório se concentrou apenas na refeição. Mione nem ousou atormenta-lo com qualquer outra conversa.
Já era tarde quando o ruivo apareceu para o jantar. O grande salão já estava quase vazio, exceto por Harry, Mione e alguns sonserinos que aparentemente estavam concentrados numa conversa qualquer. Somente restos de comida sobravam sobre a mesa.
- Francamente! – Disse Mione num tom repreendedor enquanto Rony se ajeitava na cadeira. – Onde você esteve por toda a noite?
- Estudando... – Disse Rony num tom desajeitado. – Afinal, o fim do ano está aí!
- Você estudando? – Mione ria forçadamente tentando demonstrar o quão ridículo fora à desculpa. – Conte a verdade!
- Se você não acredita não posso fazer nada. – Respondeu Rony se apoderando dos restos de comida.
Hermione não insistiu no assunto. Preferiu se calar, mas Harry tinha certeza que ela iria insistir naquele assunto por ainda muito tempo.
O modo brutal com que Rony comia – devorava os restos de alimento com total brutalidade, como se há tempos não encostasse num prato de comida – deixava Harry com um certo constrangimento. Talvez fosse apenas implicância, mas aquela cena era no mínimo nojenta de se ver.
Harry preferiu sair sem se despedir a continuar a velar o jantar de Rony. Poderia parecer grosseiro, mas ele tinha certeza de que se continuasse lá, seria muito mais grosseiro.
O grifinório subia as escadas rapidamente em direção à torre de sua casa. Tinha momentos que Harry precisava ficar sozinho, e após a morte de seu padrinho esses momentos se prolongaram por muito mais tempo... Talvez fosse apenas uma fase difícil que logo iria passar.
Harry ainda se perguntava como seria sua vida dali em diante quando foi surpreendido por passos vindos do corredor à direita.
Era madame nor-r-ra, a gata dobedel de Hogwarts, Filch... Harry se perguntava o que ela estava fazendo ali parada, fitando-o.
Foi então que a ficha caiu: em tempos de guerra como aquele, era expressamente proibido que alunos andassem pelos corredores do castelo após as dez da noite – horário que provavelmente naquela altura, já deveria ter sido ultrapassado.
Harry se precipitou rapidamente pelo corredor contrário, mas seu corpo se chocou com algo que impediu sua passagem.
- Onde pensa que vai, Potter? – Aquela voz não era estranha. E o jeito superior de sua fala muito menos.
- Malfoy! – Harry deixou o nervosismo de encontrar seu arquiinimigo num momento tão difícil como aquele escapar pela voz.
- Você sabe o que significa andar pelos corredores do castelo há essa hora, não é? – Malfoy parecia se divertir com o momento.
- Me deixe passar, Malfoy! - Harry tentou abrir passagem, mas tinha certeza que o sonserino não deixaria por menos.
- Onde pensa que vai? – Disse Malfoy com seriedade. – Como monitor tenho autoridade para impedir você de dar qualquer passo!
Ele tinha razão. Harry olhou para madame nor-r-ra do outro lado do corredor; a gata continuava a secá-lo do modo instigante. Em poucos minutos Filch chegaria ao corredor e encontraria o grifinório. Harry estava temeroso com o que poderia acontecer.
- Fugir seria pior. – Completou Malfoy calmamente ao ver que aos poucos Harry se afastava do corredor numa atitude desesperadora de fuga.
Harry não respondeu. Agora que o pior era inevitável, ele só conseguia pensar em quais seriam as punições a serem cumpridas.
Ouviram-se barulhos de passos vindos da escada. Só pode ser Filch, pensou Harry: Tudo está perdido!
Os passos aos poucos ficavam mais nítidos e Malfoy parecia gargalhar internamente ao ver o ar de apreensão de Harry:
- Um simples descuido, Potter. – Malfoy cochichava cada vez mais baixo. – E eu vou te destruir... aos poucos. E isso vai começar hoje. – A última palavra, Harry só conseguiu identificar após leitura labial.
Harry sabia que tudo isso era por causa da prisão de seu pai, Lucio Malfoy. Mas ele não teve tempo de pensar no assunto; naquele mesmo instante os passos pelo corredor se materializaram.
- O que é que está acontecendo aí? – Disse a voz que fez com que Harry experimentasse ao mesmo tempo surpresa e alegria.
Era Rony. Harry o reconhecera pelos cabelos cor-de-fogo. Ele era uma esperança do garoto escapar ileso da aventura.
- Seu amiguinho foi pego andando pelos corredores depois das dez da noite. – Disse Malfoy com certeza na voz.
Rony parecia assustado. Fitou Harry como se pedisse ajuda e depois voltou para Malfoy.
- Deixe ele ir. – Rony parecia estar pedindo ao invés de ordenando. Harry não entendeu.
- Regras são regras – Malfoy ria do próprio tom irônico.
- Mas...
- Sem mais qualquer palavra. – Disse Malfoy como se mandasse em Rony – Não quero discutir com você. O meu problema é com o Potter.
Harry não entendia o porquê, mas Rony parecia não reagir ao tom superior com que Malfoy se dirigia. Por outro lado, o menino que sobreviveu ardia em fúria tamanho era o ódio que sentia de Draco.
- Harry – Disse Rony com um olhar impotente. – infelizmente eu não posso fazer nada... Ele tem razão... sinto muito...
Harry preferiu não responder, mas em seus pensamentos, ainda não engolia a história de que seu melhor amigo não iria fazer nada para defender-lo. Era melhor continuar em silêncio, pois caso contrário às coisas poderia piorar ainda mais.
- Então eu acho que você pode ir embora, Weasley. – Disse Malfoy sarcástico. – Não há mais nada para você fazer aqui.
- Vai! – Respondeu Harry ao ver que Rony não sabia o que fazer. – É melhor você subir.
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