Relações.
*Uma semana depois*
Os alunos da Grifinória do quarto ano saiam da terceira aula para um horário livre.
James, Sirius, Peter e Remus foram para os jardins, onde se sentaram à sombra da maior árvore, como era seu costume. Começaram a planejar o que iriam aprontar de noite.
Mallory e Lilian também estavam nos jardim, sentadas à beira do lago conversando e esperando as amigas.
Alice Fawley se aproximou e sentou ao lado das amigas.
— oi gatas! – cumprimentou ela. – A Lola está com a irmã. A Lene e a Andrina estão na aula. – avisou.
— eu não to! – outra garota se aproximou.
— Andrina! – cumprimentaram surpresas.
Alice franziu as sobrancelhas, confusa.
— mas Parkinson disse que a Sonserina tinha aula com a Lufa-lufa.
Andrina deu uma risada.
— realmente. – confirmou ela. – Mas eu cabulei. – viu a careta de desaprovação das garotas e revirou os olhos. – Ah, qual é? Era História da Magia! – justificou ela. – fora que quero ver Remus.
Lilian suspirou.
— Andrina…
— nem comece o sermão, Srta. Evans. – interrompeu Andrina. – Me ajude com meu cabelo, Lice.
Alice penteou os cabelos prateados de Andrina com os dedos e começou a trançá-lo.
— e o que pretende dizer a Remus? – perguntou Lilian. – Ou vai só ficar olhando e babando?
Andrina deu um sorriso.
— vou pedir pra ele me ajudar com Transfiguração. – respondeu.
— mas é sua melhor matéria. – questionou Alice.
— e também a melhor matéria do Remus. – rebateu ela. Alice terminou a trança. – Ficou bom? – as amigas assentiram. – Vou lá.
As garotas observaram Andrina executar seu plano. Os garotos pararam de falar sobre o que quer que estivessem conversando com a aproximação da garota.
Andrina abriu um sorriso e fez seu pedido, Remus fez menção a indicar Sirius, mas este deu uma cotovelada na costela do amigo. Remus e Andrina saíram juntos.
— e não é que deu certo? – impressionou-se Alice.
— o que você esperava Lice? – questionou Mallory. – Que Remus falasse: “não vai dar, peça ajuda para outro”?
As garotas sorriram.
— achei que ela ia ficar com vergonha e desistir. – explicou Alice.
— ela é da Sonserina, Lice. – lembrou Mallory. – Não ia simplesmente dar meia volta sem tentar.
Alice deu uma leve corada.
— será que daria certo se eu fizesse o mesmo com o Frank? – perguntou baixinho.
Depois do almoço foram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.
O novo professor era o Flokin, ele não era tão patético quanto o do ano passado, mas não chegava aos pés do primeiro professor que tiveram.
— Srta. Jeweller – chamou ele, antes de entrarem na sala. –, poderia vir aqui um momento? – Mallory parou. As amigas lhe deram um sorriso e entraram na sala.
— algum problema professor? – perguntou confusa.
Flokin deu-lhe um sorrisinho bondoso.
— eu queria te pedir para que não participe desta aula. – explicou ele. – Acho que não seria bom para a senhorita. Entende?
Sirius passou por eles, entrando na sala.
— eu… entendo senhor. – respondeu Mallory, um pouco chateada. – Obrigada.
— pode ir, não passarei nenhuma lição. – despediu-se ele, entrando na sala e fechando a porta.
Mallory se virou e saiu. Começou a caminhar, sem rumo, pelos terrenos do castelo. Viu de longe Hagrid com Canino e decidiu ir vê-lo.
— Lory! – sorriu ao vê-la. – Tudo certo?
Canino deu pulos animados em volta de Lory.
— Hagrid! Tudo sim, e vocês? – perguntou, dando uma coçadinha atrás da orelha de canino.
— sim, sim. Mas Vamos conversar lá dentro. Enquanto tomamos um chá quente. – convidou ele.
Eles entraram na cabana. Mallory achou melhor ela fazer o chá, já que Hagrid se confundia freqüentemente com as ervas e acabava colocando pêlos de unicórnio e coisas do gênero.
— então Hagrid, que estava fazendo lá fora? – perguntou Mallory, entregando um balde de chá para o gigante.
— preparando uma detenção. – respondeu ele, virou o balde, bebendo quase metade do conteúdo. – Para aqueles dois, James e Sirius.
— que eles vão fazer? – perguntou Mallory. Canino deitou a cabeça no colo dela.
— coisa simples. Pegar alguns tronquilhos para a aula do Prof.º Kettleburn. – terminou seu chá. – seria melhor se aparecessem antes de escurecer, mas vai saber se não estão aprontando a essa hora.
— eles estão na aula de Flokin. – contou ela.
Hagrid franziu o cenho.
— imagino que não esteja cabulando, certo, Srta. Jeweller?
Mallory deu um sorrisinho.
— não. – assegurou. – Flokin achou melhor eu ficar de fora mesmo. – olhou a hora. – Por falar nisso, já está acabando. Tenho que fazer algumas lições. Te vejo no jantar?
Hagrid assentiu e acompanhou-a até a porta.
— tchau, Lory.
Mallory foi para a Torre. Encontrou suas amigas no caminho.
Lola McKinnon falava sobre o irmão.
—… ele é muito intrometido e idiota.
— que ele fez? – perguntou Lory, perdida.
— assustou o namoradinho da Dinah. – respondeu Lola, aborrecida. – Dá pra acreditar?
Quando entraram na sala comunal pararam de conversar e começaram a fazer as atividades, eventualmente consultando uma as outras em uma questão.
Quando terminaram foram para o Salão Principal jantar.
Marlene Wander saiu discretamente da mesa da Lufa-lufa e sentou-se com as amigas na da Grifinória.
— meninas, eu tenho que contar uma coisa! – estava agitada e seus olhos brilhavam animados. – Mas depois do jantar, se não eu pego uma detenção por estar aqui! Tchau.
— o que será…? – perguntou Lilian curiosa.
Lola deu uma cutucada em Alice, que apenas cutucava a comida com o garfo.
— que é Lola? – perguntou Alice, obviamente irritada por ter sido tirada de seus pensamentos.
— o Six. – indicou com a cabeça o garoto que acabara de entrar no salão.
Lilian e Mallory reviraram os olhos.
Lola tinha ficado uma vez com Sirius, e fora rejeitada no dia seguinte pelo mesmo, daí passou a noite inteira chorando. Ela sempre diz que superou, mas se ele estivesse disposto, ela estaria duplamente disposta.
Marlene as puxou para o banheiro depois do jantar.
— então, conta! – pediu Alice.
Entregou, animada, um bilhete rosa para a amiga, que soltou uma exclamação. Mallory e Lilian leram por cima do ombro de Alice.
Lene, estou enrolando esse pedido há um tempo, mas como percebi que você é boa demais para deixar passar, resolvi fazê-lo agora.
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Ass.: Josh McKinnon
— ah meu Merlin! – exclamou Lilian com um enorme sorriso. – e o que você respondeu?
— que sim!! – respondeu Marlene, com um sorriso de orelha a orelha.
As garotas deram um gritinho animado. A única que não estava surpresa era Lola, que assistia as amigas com um sorriso.
— que sorriso é esse, Lola? – perguntou Marlene astutamente.
— você tem alguma coisa a ver com isso? – perguntou Alice.
Lola deu um sorriso modesto.
— digamos que eu tenha dado um empurrãozinho. – respondeu ela.
— que tipo de empurrãozinho?
— disse que o Parkinson estava dando em cima de você! – contou ela.
As garotas ficaram surpresas.
— e ele acreditou? – perguntou Marlene intrigada. – Quero dizer, Parkinson é um dos mais preconceituosos!
Lola riu.
— eu sei!
Marlene deu abraço forte na amiga.
— você é demais.
Lilian viu a hora.
— ah meu Merlin! A gente tem que ir, senão vamos levar uma detenção!
Saíram apressadas do banheiro. Separaram-se de Marlene em certo ponto, para ir para sua sala comunal.
— senha? – pediu a mulher gorda, quando chegaram no sétimo andar.
— abracadabra! – respondeu Lilian.
As meninas subiram para os dormitórios. Alice resolveu tirar um cochilo antes da aula de Astronomia, Lola normalmente teria feito o mesmo, mas ao invés disso decidiu tirar a noite para falar de Sirius.
— ele tá lindo! – dizia ela, apaixonada. – Quer dizer, ele sempre foi lindo, mas agora tá mais ainda. Tá com um ar mais maduro e imponente… Ah, e aqueles olhos! – suspirou. – Parecem prata derretida…
Lilian e Mallory ouviam educadamente os elogios de Lola.
—… e eu sei que disse que já o superei, mas acho que, sei lá, a gente podia ficar de novo. Talvez hoje – sugeriu ela –, na aula de Astronomia. – viu o olhar intrigado das amigas. – Não pretendo cabular, mas sabem, vai estar escuro. E não acham que seria bem romântico beijar à luz das estrelas?
Depois de um bom tempo, chegou a hora de ir para a aula. Foram para a Torre de Astronomia, junto com os sonserinos.
Mallory teve a infelicidade de ser obrigada a sentar com Sirius, já que este ficava conversando com James durante a explicação da professora.
Sirius abriu um sorriso.
— cabulou a aula, Mallory? – acusou ele.
—não, Black. – respondeu ela.
— tão formal. – debochou ele. – Então por que não estava na aula do Flokin?
Mallory foi poupada de responder quando a professora mais uma vez interrompeu sua explicação pela conversa.
— terei que te dar uma detenção, Sr. Black? – perguntou ela irritada.
Severus deu uma risadinha baixa.
Sirius deu um sorriso.
—perdoe-me professora.
A professora retomou a explicação, mas depois de cinco minutos foi interrompida. Dessa vez foi o barulho de uma bombinha.
Depois do barulho, uma fumaça cinzenta se espalhou pela sala, tornando impossível enxergar qualquer coisa. Um cheiro horrível se seguiu. Bombas de bosta explodiam por todo lado, os alunos começaram a gritar.
— PELAS BARBAS DE MERLIN! – reclamou a professora. – SAIAM! NÃO. TEM. COMO. CONTINUAR!
Os alunos começaram a sair desesperados da sala.
— ah, e façam as atividades das paginas… – tentou mandar a professora, mas todos os alunos já tinham ido.
Nos corredores os alunos reclamavam, principalmente Severus, que tinha sido o único a ser atingido diretamente pelas bombas de bosta. James, Sirius, Remus e Peter eram os únicos que gargalhavam.
— merda! Meu cabelo vai feder uma semana inteira! – reclamava Lara, uma sonserina de cabelos castanhos escuros.
— isso não é culpa das bombas de bosta. – murmurou Andrina para Lola, que deu um sorrisinho. – Bem, acho melhor eu voltar para a minha Casa. Tchau!
Os grifinórios entraram na Torre e foram direto para os dormitórios.
Entrando no quarto os garotos se jogaram em suas camas, rindo orgulhosos de sua brincadeira.
— timing perfeito! – maravilhou-se Peter. – Sem aula, sem tarefas, sem detenções…
— só bombas de bosta no seboso. – completou Sirius.
— a professora deve estar furiosa. – comentou Remus.
— pense pelo lado bom, caro peludinho – otimizou James. –, temos a lua cheia se aproximando, e quase nenhuma tarefa para você fazer.
— então vai poder descansar durante seu horário livre. – completou Peter, orgulhoso por acompanhar o raciocínio do amigo.
— sapos de chocolate? – ofereceu Sirius, já com um na boca.
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