Dragãozinho
*alvo*
Quase imediatamente Poções virou minha matéria favorita.
O professor Pendragon era muito carismático e, embora tivesse seus alunos favoritos, ensinava com muito prazer a todos.
As aulas de Transfiguração continuavam difíceis e a professora Minerva não afrouxava nos deveres de casa.
Um mês depois de as aulas começarem eu já estava sobrecarregado. Lena me ajudava bastante, ela estava no timing perfeito.
Electra também estava bem ocupada agora. Estava planejando como iria levar Faísca para o rancho da família...
Espera. Vamos voltar um pouquinho.
Primeiro: quem é Faísca.
Faísca foi o nome que batizamos o dragão de Hagrid. Ele nascera assim que as férias de verão começaram. Ele é completamente preto, exceto pelos olhos que são azuis com alguns riscos amarelos nas Iris. Ele já está enorme e é esguio.
Electra e Tiago são seus padrinhos, já que passam tanto tempo com ele. Hagrid é sua mãe masculina.
Segundo: porque Electra quer levá-lo para o “rancho” da família.
Quando o pai de Electra era vivo ele criava dragões em Edimburgo. Quando ele morreu a mãe confiou os dragões a um amigo da família.
Ou seja, ela poderia levar o dragão Faísca para Edimburgo e tudo se resolveria.
Hagrid não seria preso. Faísca (segundo Hagrid um animal indefeso) não sofreria e teria um novo lar legal sob a supervisão de um profissional funcionário da madrinha Electra.
Perfeito, não?
Quase.
E assim vamos para o ultimo ponto da ocupação de Electra:
Era ilegal.
Certo. Parece fácil contrabandear um dragão visando que o rancho é propriedade de Electra. Mas não é só de Electra.
É da família dela, e quem cuidava da propriedade não iria deixar o dragão entrar sem a permissão de Sol Black (a mãe de Electra).
O plano de Electra é usar a poção Polissuco, só que para isso precisamos de um fio de cabelo da mãe dela. E esperar um mês desde que ela começou a poção, mas isso não é um problema.
Agora voltamos ao agora.
Defesa Contra as Artes das Trevas também estava horrível. Strilbold está se esforçando para tornar cada aula um inferno e cada tarefa impossível.
Estávamos aprendendo sobre bichos-papões e ele perguntara o que eles são.
Ninguém, exceto Electra e Lena, levantou a mão, mas ele as ignorou.
- ninguém?- perguntou ainda as ignorando.
- é um transmorfo- respondeu Electra mesmo sem autorização- assume a forma de um de nossos medos, aquilo que ele achar que mais nos assustará.
- eu não dei autorização para a senhorita falar- disse ele com irritação.
E agora poderíamos dizer que Electra deixou para lá, que se desculpou e ficou quieta. Certo?
Não.
- se não queria que ninguém respondesse, - disse ela- por que perguntou?
Obvio que depois dessa ela ficou em detenção.
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Lena e eu estávamos sentados a sombra das arvores no jardim.
Electra tinha saído para executar seu plano de infiltração Faísca. Tiago e Felipe estavam no campo de Quadribol treinando.
- a festa do Dia das Bruxas está chegando... - disse Lena.
- falta só uma semana, né?- disse me arrumando
- já sabe quem vai convidar para dançar?
- ainda não- respondi- talvez convide Electra
- acho que esse é o plano de Tiago- disse sorrindo.
- pode ser- concordei- de qualquer modo não sei. Vai com Duff?
- ah, não- respondeu e fiquei confuso. Feliz, mas confuso- eu não gosto mais dele...
- o que aconteceu?
- percebi que ele não era para mim. Então dei o fora nele.
- entendi... – Uhuuul! Comemorei Vaza Duff!- Então vai com quem?
- com quem me convidar- disse, seus olhos brilhavam.
- aaah! – quis convidá-la, mas tudo que saiu da minha boca foi:- Então vamos torcer para achar alguém logo, né?
Ela revirou os olhos e mudou de posição. Murmurou alguma coisa sobre garotos idiotas e deitou na grama.
- olha só esse fracote- ouvi alguém falando e risadas.
Olhei ao redor. Há alguns metros de onde estávamos sentados vi Marcos Smith e mais alguns sonserinos do quarto ano empurrando um grifinoriano baixo e meio magrelo.
- nem consegue se defender. - riu Smith- Vamos ver como ele fica como doninha...
- EI!- Tiago apareceu. Felipe estava logo atrás- Larga ele!
- se não o que?- zombou
- quer mesmo saber, rato?- ameaçou Tiago
- estupefaç...
- Expeliarmus!- o feitiço de Tiago foi muito mais rápido. A varinha de Smith caiu no lago.
Smith recuou. Tiago abaixou a varinha.
- isso é tudo que você tem?- zombou ele- Levicorpus- como se fosse puxado para cima pelo tornozelo, Smith girou e ficou de cabeça para baixo.
- Ei, Tiago!- chamou Felipe- vamos antes que não dê mais tempo
- é- concordou meu irmão- acho que esses idiotas são fracotes, além de covardes.
- cara!- Felipe chamou o tampinha- vem com a gente?- saíram os três. Tiago deu uma bagunçada nos cabelos prateados do novo amigo.
Os sonserinos libertaram Smith e ficaram fazendo feitiços convocatórios, tentando recuperar a varinha do fundo do lago.
Entramos no castelo e subimos para a Torre.
Quando atravessamos o quarto vimos uma garota loira e pálida que eu nunca vira antes. O rosto estava com alguns arranhões e ela estava jogada na poltrona.
A garota começou a mudar. Seu cabelo começou a enrolar e escurecer.
- Electra!- corremos até ela.
O cabelo dela encurtou e escureceu até o preto habitual, mas os arranhões e a palidez continuaram.
- por Merlin, amiga- Lena tinha os olhos arregalados- que aconteceu?
- encontrei alguns animais selvagens- disse ela- depois explico, ta?
Seus olhos que finalmente escureceram.
- conseguiu entregar Faísca?
- claro!- tive a sensação que ela se segurara para não soltar um comentário sarcástico em resposta àquela pergunta- Ai!- seu braço sangrava um pouco.
Lena pegou sua varinha e murmurou alguma coisa tocando a ferida de Electra. Ela não fechou, mas parou de sangrar.
Fomos jantar o mais rápido porque já estava tarde. Sentamos à nossa mesa na Grifinória.
Vi Tiago e Felipe rindo com o novo amigo deles, o magrelo tampinha que tinham ajudado mais cedo.
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