O SINO QUE NÃO SOAVA/O PRISION



CAPÍTULO 13



 



O SINO QUE NÃO SOAVA



 



 



 



 



 



_Harry! Harry! _ chamou Tom, logo que chegou ao apartamento que ele e o grifinório dividiam, no Beco Diagonal _ Estou cheio de novidades, cara!



 



Procurando pelo apartamento, não encontrou o bruxo de óculos, então lembrou-se de que ele, logicamente, não estaria ali.



 



_Aah, palerma! Claro que ele não está. Os Chudley Cannons vão jogar na Polônia. _ disse Tom, rompendo a Bolha de Mensagem.



 



_ “Tom, como você sabe, não estarei em casa. A esta altura, já devo estar em Ludwigsdorf, onde jogaremos contra os Dantzig Deltas. Venha, assim que puder, pois creio que será uma excelente oportunidade. Estou te esperando. Até mais.”



 



A bolha se desfez e Tom começou a arrumar as malas (“Sim, ir para Ludwigsdorf poderá representar a chance de investigarmos o tal ‘Sino’ Nazista, se conseguirmos encontrá-lo. Pelo que Morfino me disse, dá para deduzir que Gerovinsky não morreu, apenas forjou sua morte e utilizou o poder do ‘Mercúrio Violeta’ para viajar no tempo, vindo para o futuro. Só que ele não esperava que o material caísse justamente nas mãos mais erradas possíveis, as de Grindelwald”, pensou o bruxo). Assim que a bagagem ficou pronta, Tom desaparatou para a Estação de Transportes Mágicos. Sendo “Empresário” de Harry, ele tinha alguns privilégios junto aos Cannons e, consequentemente, junto a certos setores do Ministério, já que Grindelwald investia nos Chudley Cannons. Mas o mais irônico era que o bruxo das Trevas sequer sabia que o time era todo de Aurores da Resistência. Bem, quando descobrisse, seria tarde demais, Tom esperava.



 



_Sr. Riddle, mal retornou de Little Hangleton e já vai viajar de novo?



_É o jeito, Melanie. _ disse Tom para a atendente _ Preciso me juntar aos Cannons.



_Vai para a Polônia? Mas que inveja! Sempre quis conhecer aquele país, minha tia-avó era polonesa. Boa viagem e diga ao Delvaux que eu e o pessoal da Estação estamos desejando boa sorte. _ disse Melanie, sorrindo e estendendo uma corneta de gramofone para o bruxo.



_Pode deixar. Sei que ele está carregando as esperanças do time e de todos os “Laranja-e-Preto” da Grã-Bretanha _ respondeu Tom, pegando a corneta e acenando para Melanie e os outros funcionários, enquanto rodopiava rumo a Ludwigsdorf.



 



Tom chegou a Ludwigsdorf e logo foi cumprimentado pelos funcionários da Estação de Transportes Mágicos.



 



_Panie Riddle, witamy. Pan Delvaux poprosił, daliśmy wam adres hotelu, gdzie Chudley Armaty udostępnianych (“Sr. Riddle, seja bem-vindo. O Sr. Delvaux nos pediu para que lhe déssemos o endereço do hotel onde os Chudley Cannons estão hospedados”).



_Dziękuję bardzo. Idę tam teraz (“Muito obrigado. Vou para lá agora”). _ disse Tom, pegando o endereço e indo para o hotel, após entregar a corneta.



 



Enquanto caminhava até o hotel, Tom Riddle lembrava-se do que sabia sobre a Polônia, com as memórias de Voldemort, que já estivera lá durante algum tempo, depois da guerra, quando viajava pelo mundo buscando conhecimento e poder.



 



A Polónia foi fundada em meados do século X, pela dinastia Piast. O primeiro governante polaco historicamente verificado, Miecislau I, foi batizado em 966 e adotou então o catolicismo como religião oficial do seu país. No século XII, a Polónia fragmentou-se em diversos Estados menores, que foram posteriormente devastados pelos exércitos mongóis da Horda Dourada em 1241, 1259 e 1287. Em 1320, Ladislau I tornou-se rei de uma Polónia reunificada. Seu filho, Casimiro III da Polônia, é lembrado como um dos maiores reis polacos da história. A Peste Negra, que afetou grande parte da Europa de 1347 a 1351, não chegou à Polónia.



Sob a dinastia Jaguelônica, a Polónia forjou uma aliança com seu vizinho, o Grão-Ducado da Lituânia. Começou então, após a União de Lublin, uma idade do ouro que se estendeu ao longo do século XVI e que deu origem à Comunidade Polaco-Lituana.16 A szlachta(nobreza) da Polónia, muito mais numerosa do que nos países da Europa Ocidental, orgulhava-se de suas liberdades e de seu sistema parlamentar. Durante este período próspero, a Polónia expandiu as suas fronteiras de modo a tornar-se o maior país da Europa



Em meados do século XVII, uma invasão sueca (o chamado "Dilúvio") e a revolta cossaca de Chmielnicki, que devastaram o país, marcaram o final da idade do ouro.18 A gradual deterioração da Comunidade, que passou de potência europeia a uma situação de quase anarquia controlada pelos vizinhos, foi marcada por diversas guerras contra a Rússia e pela ineficiência governamental causada pelo Liberum Veto (segundo o qual cada um dos membros do parlamento tinha o direito de dissolvê-lo e de vetar projetos de lei). As tentativas de reformas foram frustradas pelas três partilhas da Polónia (1772, 1793 e 1795) que condenaram o país a desaparecer do mapa e seu território a ser dividido entre Rússia, Prússia e Áustria.



Os polacos ressentiram-se desta situação e rebelaram-se em diversas ocasiões contra as potências que partilharam o país, em especial no século XIX. Em 1807, Napoleão restabeleceu um Estado polaco, o Ducado de Varsóvia, mas em 1815, após as guerras napoleónicas, o Congresso de Viena tornou a partilhar o país. A porção oriental coube ao tsar russo, e era regida por uma constituição liberal. Entretanto, os tsares logo trataram de restringir as liberdades polacas e a Rússia terminou por anexar de facto o país. Posteriormente no século XIX, a Galícia (então governada pela Áustria) e, em particular, a Cidade Livre de Cracóvia, tornaram-se um centro da vida cultural polaca.



Durante a Primeira Guerra Mundial, os Aliados concordaram em restabelecer a Polónia, conforme o ponto 13 dos Catorze Pontos do presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson. Pouco depois do armistício alemão de novembro de 1918, a Polónia recuperou sua independência, numa fase histórica conhecida como "Segunda República Polaca". A independência foi reafirmada após uma série de conflitos, em especial a Guerra Polaco-Soviética (1919-1921), quando a Polónia infligiu uma derrota acachapante ao Exército Vermelho.



O golpe de Maio de 1926, por Józef Piłsudski, entregou as rédeas da república polaca ao movimento Sanacja (uma coalizão em busca da "limpeza moral" da política do país). Este movimento controlou a Polónia até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, quando tropas nazis (em 1 de Setembro) e soviéticas (em 17 de setembro) invadiram o país. Varsóvia capitulou em 28 de setembro. Conforme o Pacto Ribbentrop-Molotov, a Polónia foi partilhada em duas zonas, uma ocupada pela Alemanha e outra, a leste, ocupada pela União Soviética.



De todos os países envolvidos na guerra, a Polónia foi o que mais perdeu em vidas, proporcionalmente à população total: mais de seis milhões de habitantes morreram, metade deles judeus. Foi da Polónia a quarta maior contribuição em tropas para o esforço de guerra aliado, após a URSS, o Reino Unido e os Estados Unidos, além de ter sido o primeiro país a lutar contra a Alemanha Nazi. Ao final do conflito, as fronteiras do país foram movidas na direcção Oeste, de modo a levar a fronteira oriental para a linha Curzon. Entrementes, a fronteira ocidental passou a ser a linha Óder-Neisse. A nova Polónia emergiu 20% menor em território (menos 77.500 km²). O redesenho dos limites forçou a migração de milhões de pessoas, principalmente polacos, alemães, ucranianos e judeus.



 



Embora Voldemort fosse um bruxo das Trevas, jamais havia conseguido engolir o que os Nazistas e Soviéticos haviam feito com a Polônia e admirava a resistência daquele povo, que houvesse o que houvesse, sempre sabia onde era o seu lar.



 



_Tom! Você chegou bem na hora! _ disse Harry _ Estamos indo fazer o reconhecimento do campo.



_Mas já está pronto?



_Está em fase final de acabamento, mas já dá para dar uma olhada nos detalhes. Amanhã poderemos treinar e depois de amanhã, à noite, será o jogo.  Aliás, sabia que os trouxas daqui não se importam com a existência de bruxos e que muitos deles estão ajudando na construção, alguns recrutados pelos alemães e outros como voluntários?



_Mesmo? _ Tom estava admirado com a naturalidade com que a magia estava sendo encarada _ Bem, as circunstâncias são diferentes das da nossa realidade, a magia acabou sendo exposta desde que Grindelwald se associou a Hitler. Vamos lá ver?



_Vamos. Inclusive vários trouxas irão assistir ao jogo.



 



No local onde estava sendo armado o campo para a partida amistosa de Quadribol entre os Chudley Cannons e os Dantzig Deltas, havia uma grande movimentação de bruxos e trouxas nos diversos setores. As altas paredes da arena estavam sendo trabalhadas com esmero pelos operários, todos eles devidamente protegidos por feitiços, cordas e correias de segurança. Mas mesmo assim todas aquelas precauções não impediram que arrebentasse a correia de um dos operários que estava na parte mais alta da arena, a cerca de uns cinquenta metros do chão. Harry e Tom ouviram o grito e viram o rapaz caindo. Mais do que depressa, sacaram suas varinhas e trataram de salvar a vida do jovem operário.



 



_ “ARESTO MOMENTUM!” _ bradaram os dois bruxos, ao mesmo tempo. No mesmo instante a velocidade da queda diminuiu e o rapaz foi descendo suavemente até o solo, pousando em frente a eles.



 



Surpreso e ainda meio desorientado o rapaz olhou para os dois, piscando repetidamente com seus olhos esverdeados.



 



_Muito obrigado. Vocês salvaram a minha vida. _ disse ele, em um Inglês fluente, quase sem sotaque e continuou, em voz baixa _ Eu não acreditava muito na existência de magia, até que o país foi invadido e os bruxos foram obrigados a se revelarem, primeiramente os de origem judaica e depois qualquer outro que fosse contra Grindelwald.



_E você, qual a sua opinião? _ perguntou Harry.



_Existe gente boa e gente má em todos os lugares. _ disse o rapaz, com uma expressão desanimada _ Vejo que, embora esses jogos sejam organizados pelos Nazistas, nem todos são submissos a eles e vejo que vocês pertencem a esse segundo grupo.



_Você já deve ter visto algumas coisas em sua vida. _ disse Tom.



_Mesmo entre os religiosos. _ disse o rapaz _ Muitos se venderam aos invasores, desde a ocupação e o Pacto Ribbentrop-Molotov. Vários foram identificados e afastados do Seminário.



_Seminário? _ perguntou Harry, baixinho _ Mas os Seminários não foram fechados após a invasão?



_Bem, há um deles, clandestino, em Cracóvia. É dirigido pelo Arcebispo Sapieha.



_E você o frequenta? _ perguntou Tom, meio que reconhecendo aquele jovem _ Qual a sua idade?



_Sim, há cerca de um ano. Tenho vinte e três anos. E vocês certamente são ingleses.



_E de onde você é? _ perguntou Harry, também achando que aquele rosto não lhe era estranho _ Aliás, desculpe-nos, mas ainda não nos apresentamos. Sou Georges Delvaux.



_E eu sou Tom Marvolo Riddle. Realmente, somos da Inglaterra e Georges joga como Apanhador pelos Chudley Cannons, um dos times que jogará aqui.



_Ah, sim. O tal esporte bruxo, o Quadribol. Nós, os operários, fomos convidados a assistir ao jogo, deve ser interessante e diferente, para quem não é bruxo. Sou de Wadowice, a cerca de 50 Km de Cracóvia. Meus amigos, entre os quais creio que agora vocês se incluem, me chamam de “Lolek”. Mas meu nome é Karol Józef...



_... “Wojtyla!” _ exclamaram Tom e Harry, juntos.



_Sim, este é o meu sobrenome. _ disse o jovem, agora meio desconfiado com a reação dos dois bruxos_ Mas como é que vocês sabem?



_Em Londres nos disseram que havia um jovem seminarista pertencente à Resistência Polonesa. _ disse Harry, em voz baixa, tentando disfarçar o motivo pelo qual sabia o nome dele _ E que ele era de extrema confiança.



_Bem, realmente pertenço à Resistência. _ disse Karol, também em voz baixa e olhando à volta _ E, já que as aulas no Seminário estão meio interrompidas, me enviaram para cá a fim de obter alguma informação de interesse.



_Falando nisso, Karol... – disse Voldemort.



_... Eu já disse que meus amigos me chamam “Lolek”. _ disse Karol.



_OK. Lolek, você tem conhecimento de alguma atividade diferente dos Nazistas, aqui na região?



_Já que você mencionou isso, Tom, notei uma movimentação meio intensa, nas redondezas da cidade. Máquinas pesadas, tropas e um grupo que veio escoltado por um pelotão das SS. Parecia ser uma divisão científica.



_Você sabe onde é o local? _ perguntou Harry.



_Sim. É uma instalação de mineração, a Mina Wenceslau. O mais interessante é que construíram uma estrutura de forma circular. Disseram que era para refrigeração, mas ainda assim é bem esquisita.



_Você poderia nos levar até lá? _ perguntou Harry.



Posso, conheço o lugar e já estive lá, mas fica meio longe daqui, perto da fronteira com a Tchecoslováquia. _ disse Karol _ Precisaríamos de um veículo.



_Se você conhece, não haverá problema algum. Chegaremos lá quase instantaneamente. _ disse Voldemort, lendo a mente de Karol enquanto iam para um lugar meio escondido e Harry preparava três Shikigami _ Apenas segure na minha mão.



_Bem, você deve saber do que está falando... _ e Karol Jozéf Wojtyla parou de falar ao ter a impressão de ter sido colocado em um tubo de zarabatana e soprado com uma força incrível. _ Mas o que, em nome de Deus, foi isso?



 



A paisagem já era bem outra. Uma estrutura circular podia ser vista perto dali.



 



_Bem, Lolek, você se saiu muito bem em sua primeira Aparatação acompanhada. _ disse Harry.



_Ale co to jest "Objawienie" (Mas o que é isso de "Aparatação")?



 



Com a surpresa, Karol sequer percebeu que estava falando em Polonês.



 



_É um meio de desaparecer de um lugar e reaparecer em outro, quase instantaneamente, como eu falei. _ disse Tom _ Sim, eu entendo e falo o Polonês. E mesmo que não entendesse, poderia usar um Feitiço de Idioma. Li em sua mente a localização da mina e aqui estamos.



_Mas não vão notar nossa falta? _ perguntou Karol.



_Por isso deixei três cópias nossas lá em Ludwigsdorf, três Shikigami que irão nos substituir.



_Aqueles papéis que você deixou lá, enquanto falava alguma coisa em Japonês?



_Exatamente. _ disse Harry _ Vão ocupar nossos lugares, até que retornemos.



_Bem, creio que poderemos nos aproximar. _ disse Tom, conjurando um binóculo Zeiss e observando as instalações _ Eles não têm Sensores de Atividades Mágicas.



_O quê? _ perguntou Karol.



_Aparelhos semelhantes a antenas de radar, que detectam feitiços realizados ou varinhas não autorizadas, dentro do seu raio de alcance. _ disse Harry, também conjurando um binóculo e observando as tropas, equipamentos e pessoal científico que entravam e saíam _ ... Merlin! Olhe só quem é que está ali, Tom!



_São Jorge! _ exclamou Tom, com a Persona de Voldemort em primeiro plano. Ainda que fosse das Trevas, ele era inglês _ Acho melhor eu levar Karol de volta e depois retornar. Acho que vai ficar muito perigoso para civis.



 



Voldemort não poderia dizer a Karol Jozéf Wojtyla a verdadeira razão pela qual o jovem polonês não podia se arriscar, ficando ali. Desaparatou, juntamente com ele, deixando-o de volta no local do campo de Quadribol e recolhendo o Shikigami. Em um instante, estava juntando-se a Harry.



 



_Karol ficou bem, Voldemort? _ perguntou Harry.



_Sim, Harry Potter. Nós o veremos mais tarde. Merlin! É ele mesmo, aquele rosto é inconfundível.



_Isso confirma que aqui só pode ser “Der Riese”, “O  Gigante”; a instalação que abriga o “Sino”. _ disse Harry _ Pois aquele é o General...



_... Hans Kammler. _ completou Voldemort _ O Chefe de Operações do “Sino”. Cada vez mais, as lendas tornam-se realidade.



_Temos de entrar ali, Voldemort. Mas como nos infiltrarmos nessa base de operações?



_Bem, podemos aproveitar que eles não possuem Sensores de Atividade Mágica e executar Transfiguração ou Feitiços de Desilusão.



_Concordo. Aliás, tenho uma teoria sobre o porquê de não haver Sensores. Creio que o “XERUM 525” deve gerar tamanha energia, quando ativado, que provoca uma enorme interferência no seu funcionamento.



_É bem possível. _ disse Voldemort _ Com isso, acho que será melhor nos misturarmos a eles, em vez de ficarmos invisíveis.



_Vamos lá, então. _ disse Harry, enquanto os dois se transfiguravam em soldados Nazistas.



 



Utilizando uma tática semelhante à de quando penetraram na fábrica, Harry e Voldemort misturaram-se à tropa e entraram na instalação. Um elevador os levou vários andares abaixo do nível do solo. Impressionados, os dois bruxos certamente estavam pensando na mesma coisa: somente com magia e magia bastante poderosa, teria sido possível construir tudo aquilo, daquela forma tão organizada.



 



_Esses túneis, Voldemort, parecem estar tanto mais protegidos e revestidos quanto mais nos aproximamos daquela área. _ sussurrou Harry.



_Eu notei, Harry Potter. _ disse Voldemort _ E também estou com uma sensação estranha, um zumbido nos ouvidos que aumenta quando eu me viro para aquele lado.



_Considerando que lá os soldados estão usando uns uniformes diferentes, tipo roupas de proteção...



_... Há uma grande chance de que o “Sino” não seja apenas um boato. Que tal “emprestarmos” duas daquelas roupas? _ perguntou Voldemort.



_Excelente ideia, Voldemort. _ disse Harry, localizando um vestiário.



 



Nele, os dois encontraram várias daquelas roupas de proteção, bem pesadas. Vestiram-nas e dirigiram-se ao local que parecia mais provocar aquela sensação diferente, atenuada por elas. O corredor terminava em uma porta, que dava acesso a uma imensa câmara. No seu centro, sobre um pedestal no qual vários cabos de eletricidade estavam conectados, encontrava-se um objeto de metal em forma de sino, com mais de quatro metros de altura e quase três de largura, com dois painéis de vidro e uma suástica em sua estrutura.



 



_Merlin! _ exclamou Harry, em voz baixa _ O “Sino” realmente existe! E aqueles painéis que dão visibilidade do seu interior...



_... Certamente são de vidro plumbífero, do mesmo tipo que se utiliza em salas de Raios-X. _ disse Voldemort.



_Será que eles irão acioná-lo?



_Talvez. Mas veja bem que ninguém fica por perto, tudo é registrado por aquelas câmeras de filmagem.



_Não sei como os efeitos eletromagnéticos não velam o filme.



_Talvez as câmeras estejam protegidas por feitiços, além das caixas de chumbo. Note que uma delas está apontada para os painéis. Com certeza deve ser para registrar o que ocorre no interior.



_As tais imagens do tempo?



_Bastante provável. _ disse Voldemort.



 



Naquele momento, uma sirene começou a soar e uma voz se fez ouvir.



 



_ “Achtung! Jeder muss die Glockenstube zu verlassen und in den Sicherheitsbereich zurückziehen. Fünf Minuten mit dem Laufwerk.” (“Atenção! Todos devem deixar a câmara do sino e se retirarem para a área de segurança. Cinco minutos para o acionamento.”).



 



Como que respondendo às suas perguntas, um acionamento do “Sino” estava para ter início. Juntando-se aos outros operários, Harry e Voldemort saíram da câmara e recuaram para a área de segurança. Antes de iniciarem o teste, um gato foi colocado no interior do “Sino” e lá deixado.



 



_São câmeras de transmissão de TV, Voldemort. _ sussurrou Harry.



_Sim, Harry Potter. As transmissões de TV já estão em fase final de testes agora, durante a década de 40. Não me admira que possam fazer parte das pesquisas das Sonderwaffen, ainda mais com a possibilidade de serem melhoradas com feitiços.



_O pobre gato não faz ideia do que o espera. Será que estão fazendo as experiências de transporte ou de antigravidade?



_Seja o que for, creio que o bichano não tem muitas chances, Harry Potter. A própria expressão de Kammler e dos oficiais de patente mais alta sugere que ainda não há segurança para eventuais viajantes.



 



Com efeito, após consultar seu relógio, Hans Kammler deu a ordem para acionar o “Sino”, enquanto colocava o capacete do traje protetor.



 



_ “Achtung, meine Herren... Feuer!” (“Atenção, senhores... Acionar!”).



 



Ao comando de Kammler, o “Sino” começou a girar e a emitir um brilho azulado, enquanto se elevava do pedestal, sem nenhuma espécie de apoio. Nos monitores da sala de segurança, isolada da câmara do “Sino”, as imagens do interior do mesmo se sucediam, com o passado, presente e futuro a se fundir (“Então essa coisa gera tanto energia antigravitacional como abre as fendas temporais. O problema é que parece ainda não ser seguro para uso”, pensou Harry).



O aparelho continuou a funcionar por uns dois minutos, até que Kammler fez um sinal para que desligassem. O “Sino” foi girando cada vez mais lentamente, enquanto o brilho diminuía e o aparelho ia baixando de volta ao seu pedestal. Mesmo distantes da câmara, protegidos por toneladas de rochas, um certo gosto metálico persistia na boca.



 



_Certo. _ disse Kammler _ Assim que procederem à limpeza da sala, veremos o resultado dos testes de hoje. Imediatamente, um grupo de prisioneiros judeus de um campo de concentração próximo recolheu a borracha do revestimento das paredes, para que fosse queimada. Em seguida, os prisioneiros lavaram a câmara com salmoura e, depois de algum tempo, o local estava seguro.



 



Kammler e a equipe, com Harry e Voldemort transfigurados, penetraram na câmara. Um dos cientistas abriu a comporta do “Sino” e deu uma espiada no seu interior. Com uma expressão contrariada, olhou para o General, balançando a cabeça de um lado para o outro.



 



_ “Scheiße... Ein weiterer Fehlschlag. Grindelwald und Hitler werden es nicht mögen ein Bit.” (M***a... Mais um fracasso. Grindelwald e Hitler não vão gostar nem um pouco.”). _ disse Kammler em voz baixa, também espiando para dentro do “Sino” e vendo o que já vira tantas vezes.



 



O gato simplesmente se decompusera, transformando-se em uma gosma cinzenta. Vendo aquilo, Harry e Voldemort se encararam com um certo alívio, constatando que as pesquisas ainda não haviam atingido um estágio que permitisse aos Nazistas utilizarem o “Sino” como arma. Os dois bruxos deram um jeito de se separarem do grupo e foram para a saída, juntando-se a uma patrulha que estava partindo. Se havia algo com o que se podia contar, era com a pontualidade e a regularidade dos alemães.



Fora da estrutura, Harry e Voldemort desgarraram-se da patrulha e procuraram tomar distância daquele local.



 



_Temos de retornar a Ludwigsdorf, Harry Potter.



_De acordo, Voldemort. Vamos logo, antes que os Shikigami percam sua força.



 



Desaparataram de volta e convocaram seus Shikigami, que estavam em companhia de Karol. O jovem havia desenvolvido uma grande estima pelos dois bruxos.



 



_Viram algo de muito diferente por lá? _ perguntou Karol.



_Vimos, mas é mais seguro que você não saiba nada, Lolek. Digamos que é algo que desafia qualquer lógica. _ disse Harry.



_Perigosíssimo. _ disse Tom _ Não podemos dizer mais.



_Tudo bem. Ah, enquanto vocês estavam fora, começou uma grande movimentação dos Nazistas. Parece que algum figurão vem aí.



_Certo. Parece que teremos de nos juntar ao restante do time. Creio que nos veremos amanhã, Lolek. _ disse Harry _ Boa tarde.



_Boa tarde. _ e Karol retirou-se.



 



Harry e Tom juntaram-se aos Cannons e foram para o hotel. Lá receberam a informação de que deveriam trajar vestes de gala na recepção daquela noite. No salão do hotel, enquanto estavam nos aperitivos, a orquestra iniciou os acordes de “Deutschland Über Alles” e uma comitiva de oficiais Nazistas adentrou o local. Os dois de patente mais alta eram Hans Kammler e... Adolf Gellert Grindelwald.



 



_Parece que Grindelwald veio conferir pessoalmente os progressos de Kammler, Harry Potter. _ sussurrou Voldemort.



_Então vai se decepcionar, a não ser que ele queira ver gosma cinzenta. _ sussurrou Harry de volta.



 



Os Nazistas ocuparam a mesa e Grindelwald fez uso da palavra.



 



_Mesmo durante esses tempos de guerra, sempre há espaço para confraternizar através do esporte. Por isso, ficamos muito contentes quando o Presidente dos Dantzig Deltas concordou com esse jogo amistoso com os Chudley Cannons. Espero que amanhã tenhamos uma excelente partida e conto com sua presença no baile após o jogo. Muito obrigado a todos. _ disse Grindelwald. Bem, vamos jantar.



 



Após o jantar, os times recolheram-se cedo. Dali a pouco, uma batida se fez ouvir à porta do quarto de Harry.



 



_Quem é? _ perguntou o bruxo.



_ “Florentine Kowalski, pokojówka. Mam coś dla pana Delvaux.” (“Florentina Kowalski, a camareira. Tenho algo para o Sr. Delvaux.”).



_ “Możesz przyjść.” (“Pode entrar”). _ disse Harry, em Polonês.



 



A camareira entrou e deixou algo nas mãos de Harry, saindo logo em seguida.



 



_ “Dziękuję” (“Muito obrigado”). _ o bruxo mal teve tempo de dizer. A camareira havia deixado um Cristal de Armazenagem.



 



Vendo o que havia no Cristal, o rosto de Harry assumiu uma expressão séria (“Eu e Voldemort teremos de voltar a ‘Der Riese’. É importante que o façamos”, pensou o bruxo).



 



O que será que Harry descobrira no Cristal de Armazenagem?



 



CAPÍTULO 14



 



O PRISIONEIRO



 



 



 



 



 



 



 



 



Uma coisa era certa. Havia algo mais em Der Riese do que o “Sino” e algo deveria ser feito. Harry tinha uma fortíssima impressão de que se ele e Voldemort demorassem para agir, os Nazistas chegariam a alcançar resultados mais concretos com o “Mercúrio Violeta”.



Ele começara a desconfiar desde que Tom retornara de Little Hangleton e lhe contara a conversa que tivera com Morfino Gaunt. Era praticamente certo que Gerovinsky estava sendo obrigado por Kammler e sua equipe a dar continuidade às pesquisas sobre as propriedades de propulsão antigravitacional e deslocamento temporal do “XERUM 525” e parecia ter chegado a algum resultado mais concreto nas últimas 24 horas.



O Cristal de Armazenagem que recebera confirmava suas suspeitas. Ele havia sido colocado disfarçadamente na estátua da Águia Nazista que estava por trás das cadeiras de Grindelwald e Kammler, tendo registrado toda a conversa que o Grande Administrador da Grã-Bretanha e o chefe do grupo de pesquisas de Der Riese tiveram.



Harry bateu à porta do quarto de Tom e o chamou. Após se certificarem de que não havia nenhuma escuta no quarto, quer mágica ou trouxa, apagaram as luzes e adaptaram o Cristal de Armazenagem a um pedestal especial, que fazia o Cristal projetar as imagens no ar como se fossem hologramas, quando girado. Algo desenvolvido pelo Grupo de Resistência de Hogwarts, com uma tecnologia avançadíssima para 1943, graças a fundamentos de Tecnomagia. Assim, a conversa entre Adolf Gellert Grindelwald e Hans Kammler podia ser assistida como um filme tridimensional.



 



_ “Então estamos progredindo, Herr Kammler?” _ perguntou Grindelwald.



_ “Ja, Herr Grindelwald.” _ respondeu Kammler _ “Nas últimas 24 horas o nosso prisioneiro pareceu estar se mostrando mais... colaborativo, graças ao apoio que você importou do Japão.”



_ “Sem dúvida. Com isso contornamos os problemas que nos têm atrasado. Os métodos de interrogatório trouxas poderiam ser prejudiciais a ele, que já tem uma certa idade. A tortura física e as drogas, tipo escopolamina, poderiam matá-lo antes que pudesse nos dar as informações necessárias. E, quanto aos métodos bruxos...”



_ “... Maldição Cruciatus poderia matá-lo pela dor e Maldição Imperius poderia bloquear parcialmente seu raciocínio, o que não seria útil para nós porque ele poderia omitir informações.” _ disse Kammler _ “Além disso, pelo que você me disse, algumas pessoas têm alergia a certos componentes do Veritaserum, o que foi descoberto da pior maneira possível, com as vítimas morrendo em agonia atroz, até que foi desenvolvido um teste para detectar se a pessoa era alérgica ou não e ele mostrou um teste positivo. Porém, com a vinda de Arashikage-san do Japão, todos esses problemas deixam de existir, pois ela utiliza as disciplinas do corpo e da mente. Hoje mesmo ele começou a nos dar algumas informações, graças ao Saiminjutsu e ao Kobudera.



_ “Arashikage Tomoyo-san é muito eficiente, Herr Kammler. Seu Clã Ninja especializou-se nessas artes e possui muitos bruxos, todos eles partidários da Ordem das Trevas. Brevemente ele nos dirá tudo sobre como conseguiu utilizar o ‘XERUM-525’ para deslocamento temporal e propulsão antigravitacional.”



_ “Termos o Sr. Gerovinsky como nosso prisioneiro foi um duplo golpe de sorte.” _ disse Kammler _ “Graças a uma rixa de família aquele idiota útil, como era mesmo o nome dele...?



_ “Gaunt. Morfino Gaunt.” _ disse Grindelwald _ “Parece que Tom, o jovem herdeiro da família Riddle teve um relacionamento com sua irmã e a abandonou, quando ela engravidou. Ele matou os Riddle e nos entregou Gerovinsky. Com isso, pudemos dar início às experiências em Der Riese e acabar com a célula da Resistência que era dirigida por eles.”



_ “... Isso. Ele achou que poderia obter algum destaque na Ordem das Trevas, mas vai mesmo é embolorar em Azkaban, se não for providenciado um fim para ele, já que o segredo é muito importante. Mas e o filho de Tom Riddle com a bruxa?



_ “Ele se formou em Hogwarts e herdou o patrimônio dos Riddle, mas parece que na verdade pretende abrir um hotel na antiga mansão. Não parece se interessar por política, aliás ele está aqui, é o agente do jovem Delvaux.”



_ “O novo Apanhador dos Chudley Cannons? Onde estão?



_ “Ali, naquela mesa.”



 



E Grindelwald apontou na direção da mesa que Harry e Tom ocupavam, junto com alguns dos jogadores dos Chudley Cannons.



 



_ “Sim, já ouvi falar do talento dele. _ disse Kammler _ Ele levou o time de sua Casa à vitória contra uma seleção de elite de jovens bruxos da Hitlerjugend. E não adianta tentar desconversar, pois eu sei muito bem que você tem participação nos lucros das transferências de diversos jogadores, através de uma bem montada rede de ‘testas-de-ferro’.”



_ “Bem, não dá para manter o padrão de vida ao qual estou acostumado somente com o soldo do Reich, ainda que seja de Oficial-General, creio que o senhor concordará, Herr Kammler. _ disse Grindelwald, meio sem jeito _ Mas, voltando ao mais importante, então parece que logo o Sr. Gerovinsky irá nos contar aquilo que mais queremos saber.”



_ “Ja, Herr Grindelwald.” _ disse Kammler _ “O Sr. Gerovinsky nos deu informações que permitiram realizar o deslocamento temporal de pequenos animais, sem que morressem. Creio ser questão de tempo até que seja seguro tentar em humanos. E, quando chegarmos nessa fase, cobaias não nos faltarão. Auschwitz e Treblinka poderão nos fornecer vasto material judeu. Mas poderemos esperar, pelo menos até depois do jogo, pois também fiz minha aposta. Por mais que digam que o jovem Delvaux seja imbatível, fiz minha aposta nos ‘Dantzig Deltas’ e no Apanhador deles, Krawczyc. Acho que você vai ter uma grande surpresa.



_ “Veremos, Herr Kammler. Eu já vi Krawczyc jogar, mas você nunca viu Delvaux. Estou certo de que não serei eu a ter uma surpresa. E, mesmo com o trabalho de Arashikage-san, acredito que ainda vai levar cerca de uma semana até que tenhamos algo de concreto.



 



Tom e Harry viram aquele macabro diálogo até o seu final, ambos tentando controlar a repulsa que sentiam.



 



_Merlin! Mas isso é abominável até mesmo para mim! _ disse Tom, com a Persona de Voldemort em primeiro plano _ Eles falam em utilizar os prisioneiros judeus dos campos de concentração como reles ratos de laboratório, sem demonstrar a menor emoção!



_Não podemos permitir que essa atrocidade continue, Voldemort. Temos de tirar Gerovinsky de Der Riese e tem de ser logo.



_Precisaremos contactar a Resistência Polonesa, para que o escondam até que...



_... Até que possamos providenciar uma Chave de Portal, com potência suficiente para transportá-lo para um lugar seguro, tipo Suíça, Suécia ou outro lugar neutro. Também não seria interessante que os conhecimentos de Gerovinsky sobre o “Mercúrio Violeta” caiam nas mãos dos Aliados.



_Tem razão, Voldemort. _ disse Harry _ Se em nossa realidade ninguém tomou posse daquela coisa, seria melhor que também fosse assim nesta.



_Eu posso preparar a Chave de Portal, meus poderes deverão ser suficientes. E, quanto ao contato com a Resistência Polonesa...



_... Creio que Lolek poderá nos dar uma boa ajuda. _ disse Harry, pensando em como agiriam _ Ele é inteligente e tem muitos conhecimentos. Se há alguém que pode providenciar um bom esconderijo para Gerovinsky, é ele.



_Ainda temos mais hoje e amanhã para planejarmos nossa incursão a Der Riese, Harry Potter. Mas não deverá ser muito difícil, pois já fizemos isso antes.



_E sabemos que eles não podem ter Sensores de Atividade Mágica, devido à interferência provocada pelo “XERUM-525”. Poderemos executar magia sem problemas.



_O que poderá demorar um pouco mais será descobrir a cela onde devem estar mantendo Gerovinsky. _ disse Voldemort _ Mas, no momento, você deve concentrar-se em capturar o pomo antes de Krawczyc, nem que seja para ver a cara de idiota que Kammler vai fazer.



_Poucas coisas me dariam mais satisfação do que ver um Nazista passar por idiota. Pode deixar comigo, Voldemort. _ disse Harry, rindo _ Bem, preciso ir para o campo, treinar um pouco. Deverei estar de volta daqui a umas duas horas.



OK, Harry Potter. _ disse Voldemort _ Vou isolar este apartamento, para neutralizar um possível Sensor de Atividade Mágica. E em seguida já vou começar a preparar uma Chave de Portal. Creio que deverá ser direcionada para Cracóvia.



 



Harry vestiu um uniforme de treino e pegou sua vassoura, dirigindo-se ao campo. Lá, o restante do time preparava-se para iniciar as atividades. Os Dantzig Deltas já haviam treinado e liberado o campo. No caminho, cruzou por Karol Wojtyla.



 



_Olá, Delvaux. _ disse Karol _ Um último treino, antes do grande jogo?



_Sim, Lolek. Aliás, foi bom encontrar você.



_Por quê?



_Talvez vocês tenham de hospedar alguém, em Cracóvia. _ sussurrou Harry, olhando à sua volta, para ver se estavam seguros.



_Mesmo? Alguém importante? _ perguntou Karol.



 



Harry esperou que uma patrulha Nazista passasse e continuou.



 



_Exatamente, Lolek. Lembra-se daquelas instalações misteriosas, perto de Breslau?



_Lembro, Delvaux. Mas por quê?



_Tudo indica que há uma pessoa sendo mantida prisioneira naquele lugar e que precisa ser resgatada.



_E a Resistência precisará esconder essa pessoa em Cracóvia, até que possa ser removida para um país aliado?



_Na verdade neutro, Lolek. O que essa pessoa sabe é perigoso demais para que qualquer dos lados ponha as mãos nela.



_Compreendo, Delvaux. Poderá ser perigoso, mas se é tão importante quanto você diz, conte conosco. Quando vocês pretendem resgatar o prisioneiro?



_Amanhã. Depois do jogo haverá uma confraternização com um baile, como você sabe. E, depois do baile, pretendemos ir até lá.



_Certo. Poderemos escondê-lo por algum tempo em um de nossos locais de encontro, na catacumba dos subterrâneos da Igreja de São Pedro e São Paulo. Vou deixá-lo livre para o seu treino, Delvaux. Krawczyc é muito arrogante e eu gostaria de te ver capturar o pomo antes dele.



_Farei o possível, Lolek. Muito obrigado por sua confiança. _ e Harry seguiu para o treino.



 



Cerca de duas horas depois, Harry retornava ao hotel, louco por um banho. Tom estava no quarto, com uma expressão satisfeita. Ao que parece, Voldemort completara a Chave de Portal.



 



_Está pronta, Harry Potter. _ disse Voldemort, apresentando a Harry uma maçaneta de latão _ Deu um pouco de trabalho, mas terminei. Não é uma Chave de Portal comum.



_Como assim, Voldemort? _ perguntou Harry.



_Bem, normalmente bastaria mentalizar o trajeto e utilizar a fórmula “Portus”, como você já deve saber.



_Sim, eu me lembro de ter visto Dumbledore preparar uma, por duas vezes, quando eu estava no quinto ano. Uma para nos levar ao Largo Grimmauld, depois que Nagini atacou o Sr. Weasley e a outra no Ministério, logo depois que escapei da sua tentativa de me possuir. Realmente, ele apenas pronunciou a fórmula e a Chave ficou pronta.



_Mas esta é especial, como eu lhe disse. Precisei reforçar os feitiços, para tentar neutralizar a provável interferência do “Mercúrio Violeta”. E mesmo assim, creio que será mais garantido se a acionarmos do lado de fora de “Der Riese”, de preferência um pouco afastados.



_Isso vai dificultar um pouco mais as coisas. _ disse Harry _ Não será suficiente localizarmos Gerovinsky e acionarmos a Chave de Portal. Teremos de tirá-lo de “Der Riese” e levá-lo para fora. Do contrário, a interferência do “Mercúrio Violeta” poderá fazer com que ele seja transportado para o local errado.



_E o que menos queremos é correr o risco de que ele acabe aparecendo em um lugar sob domínio Nazista. _ disse Voldemort _ Mas, se estivermos fora de “Der Riese”, ele irá para o local que determinarmos. Conseguirá falar com Lolek?



_Até já falei com ele. _ disse Harry _ Pode inserir o destino e completar o feitiço. Um dos locais de reunião da Resistência é na catacumba que fica nos subterrâneos da Igreja de São Pedro e São Paulo, em Cracóvia.



_Perfeito, Harry Potter. _ disse Voldemort, inserindo as coordenadas e concluindo o feitiço da Chave de Portal _ Executaremos a “Operação Interdigitis” e colocaremos Gerovinsky em segurança. E aí, está preparado para capturar o pomo e vencer o jogo?



_Se depender de mim, Krawczyc não vai nem ver a cor dele. O time está afiadíssimo.



_Ótimo. Obviamente, apostei em você. _ disse Voldemort _ Ainda mais porque Grindelwald também o fez e ele não gosta de ser frustrado em seus investimentos.



_Alguns galeões extras não irão fazer mal. _ disse Harry, rindo e indo tomar um banho _ Amanhã, eles terão uma baita surpresa.



_Tanto no jogo, quanto depois do baile. _ disse Voldemort.



 



 



O amistoso entre os Chudley Cannons e os Dantzig Deltas começou com uma verdadeira festa. Afinal de contas os Nazistas, a exemplo dos romanos, sabiam oferecer pão e circo aos seus dominados. Com os dois times perfilados, uma banda da Wehrmacht executou de forma magistral “Deutschland Über Alles”, seguida do Hino da Inglaterra, “God Save The King” e do Hino Polonês, “Mazurek Dąbrowskiego”.



Em seguida, o árbitro deu início ao jogo, narrado por um experiente locutor bruxo alemão, Weissheimer



_A goles foi dominada por Kowalski, que passou para Wieczorek. Este passou para Rosnowski, que arremessa e tem seu ataque defendido pelo Goleiro dos Cannons, Easterbrook. Ela foi recebida pelo Artilheiro, Mallory, que avança e executa uma Manobra de Ploy, passando-a para Palin, que devolve a Mallory. Arremesso e defesa do Goleiro dos Deltas, Jaruzelski, que rebate. Mas o outro Artilheiro dos Cannons, Turner, pega o rebote e arremessa no aro da esquerda, marcando. Dez a zero para os Chudley Cannons. Mas os Dantzig Deltas não dão folga e Rosnowski está de posse da goles e dribla os Artilheiros adversários, escapa de um balaço rebatido pelo Batedor, McPherson, avança e arremessa, empatando a partida. Enquanto isso, o pomo de ouro parece estar com preguiça. Tanto Krawczyk quanto Delvaux estão à sua procura.



 



Harry tentava localizar o pomo de ouro, enquanto Krawczyk fazia o mesmo, do outro lado. Então, quando o placar estava em quarenta a vinte para os Deltas, um brilho revelou a presença da esfera alada, perto do gol dos Cannons. O bruxo aumentou a velocidade e partiu em direção ao pomo, tendo Krawczyk em seus calcanhares. O polonês logo emparelhou e a disputa ficou mais acirrada. Disposto a vencer a qualquer custo, Krawczyk começou a apelar, inclusive tentando derrubar Harry da vassoura (“Ele deve estar sendo pressionado, pois Kammler apostou alto nos Deltas. Bem, eu não tenho nada a ver com isso. Não me agrada fazer com que Grindelwald se dê bem mas preciso vencer, até mesmo para que ele não desconfie de nada. E também não vou dar mole para Krawczyk”, pensou Harry).



A uma aproximação de Krawczyk, Harry arquitetou um rápido plano para tirá-lo do caminho, ainda que temporariamente. O polonês chegou com tanta velocidade, que não pôde mudar de direção quando Harry executou um “Giro da Preguiça”, saindo da frente dele e continuando a seguir o pomo. Mas um solavanco impediu, pois em um movimento reflexo Krawczyk segurou-se nas cerdas da cauda da vassoura de Harry. Não conseguiu segurar com força suficiente para deter sua trajetória, mas foi o bastante para fazer com que Harry perdesse a pista do pomo de ouro.



Mas não foi por muito tempo, já que a esfera alada novamente se manifestou, desta vez perto do chão. O pomo subiu a uma grande altura, com Harry no seu encalço e Krawczyk a uma certa distância. Então, mudou de direção e começou a descer, mal dando tempo a Harry de mudar de direção e descer junto. Krawczyk continuava subindo e parecia que o polonês iria capturá-lo antes, mas Harry aumentou a velocidade e fechou a mão direita sobre o pomo, ainda conseguindo colidir com o Apanhador adversário com força suficiente para fazer com que ele perdesse o controle da vassoura e caísse (“Pelo menos não vai se machucar... muito. Estamos a, no máximo, uns cinco metros do chão”, pensou Harry).



 



_E o pomo é capturado por Delvaux, dando a vitória aos Chudley Cannons! _ disse Weissheimer _ E eu não sei se a colisão não foi uma pequena vingança pelo que Krawczyk havia feito anteriormente. Bem, o fato é que os Chudley Cannons venceram os Dantzig Deltas por um placar de duzentos e setenta a cento e noventa.



 



Na arquibancada, o jovem Karol Wojtyla aplaudia, animadamente, a vitória de seu amigo. Em seguida, assim que os espectadores saíram, ele logo juntou-se ao grupo dos operários que retornavam a Cracóvia. Ainda teria de preparar tudo para a Resistência receber o tal prisioneiro do Der Riese, seja lá quem fosse ele.



 



Naquela noite, a confraternização pós-jogo estava bastante animada, com os convidados em vestes de gala, desfrutando de um delicioso jantar, seguido de excelente música. Krawczyk, com suas contusões já devidamente resolvidas pelos Medi-Bruxos, dançava com uma jovem torcedora, ambos bastante entretidos. Controlando sua repulsa, Harry estava sentado à mesa de Grindelwald e Kammler, para a qual havia sido chamado a conversar.



 



_Então, Delvaux, você não me decepcionou. Uma excelente captura, que proporcionou uma esmagadora vitória dos Cannons. _ disse Grindelwald.



_E que me custou o equivalente a trezentos e cinquenta galeões. Acho que eu devia ter ouvido você, Adolf. _ disse Kammler _ Mas a habilidade de Delvaux é realmente digna de destaque.



_Obrigado, Herr Kammler. _ disse Harry _ Acho que tive sorte.



_E ele, além de tudo, é modesto, Hans. _ disse Grindelwald _ Tenho uma boa notícia para você, Delvaux. Com esse desempenho, os Cannons certamente subirão na tabela e há uma grande possibilidade do seu nome ser cogitado para a Seleção da Inglaterra.



 



Mesmo com o desagrado que sentia em privar da companhia de Adolf Grindelwald e Hans Kammler, Harry Potter ficou curioso e, por que não dizer, meio interessado. Afinal de contas, uma indicação daquelas representava um reconhecimento de suas habilidades.



 



Ainda que viesse de um Nazista.



 



_Mas não quero monopolizá-lo, jovem Delvaux. Tornaremos a falar na Inglaterra, Vejo que o jovem Sr. Riddle está acenando para que o senhor retorne à mesa. Creio que uma das duas senhoritas que estão com ele está ansiosa pela sua companhia. _ disse Grindelwald, dando um tapinha no ombro de Harry.



 



_O que Grindelwald estava falando, Georges? _ perguntou Tom, que estava com duas belas jovens bruxinhas loiras do seu lado _ Aliás, queria lhe apresentar Elena Polanczyk e Florentyna Marczuk. Elas estavam na assistência e não queriam perder a oportunidade de conhecer o Apanhador dos Cannons.



_É um prazer conhecê-las. _ disse Harry _ Parece que a influência e os interesses de Grindelwald no Quadribol vão até as esferas mais altas.



_Como assim? _ perguntou Tom.



_Ele deu a entender que meu nome poderá ser cogitado para a Seleção de Quadribol da Inglaterra. _ respondeu Harry.



_Ora, um brinde a isso. _ disse Tom, levantando sua taça de Champagne, acompanhado pelos outros _ E isso poderá ser muito útil, por vários motivos.



_Certamente. _ disse Harry.



_Dança comigo, Delvaux? _ perguntou Florentyna.



_Não sou muito bom, mas terei o maior prazer. _ Harry levantou-se, moveu a cadeira de Florentyna e ambos foram para a pista de dança. Mesmo que as experiências anteriores de Harry Potter com bailes e dança não tivessem sido das melhores, como no Baile de Inverno do seu quarto ano, quando a duras penas conseguira acompanhar Parvati Patil e na festa de casamento de Gui Weasley, interrompida pelo ataque dos Death Eaters, o bruxo não estava fazendo feio.



 



Certa hora, Florentyna sussurrou algo ao seu ouvido, que o fez corar e arrepiar. O casal foi se retirando do salão e, no caminho, foram abordados por Grindelwald, que queria se despedir.



_Vejo que já nos abandona, Sr. Delvaux. Desejo-lhe uma agradável noite e um excelente despertar _ e falou com Harry em voz baixa, com um tom divertido e bem-humorado _ De qualquer forma, faremos o possível para que a jovem Srta. Rutherford não tenha conhecimento disso.



_Certamente, Herr Grindelwald. Boa noite. _ disse Harry, no mesmo tom.



 



No quarto, a jovem Florentyna abraçou Harry, apaixonadamente e começou a se despir e a ele.



 



_Não estamos indo meio depressa? _ perguntou Harry.



_Até pode ser, mas precisa ser assim. _ disse Florentyna.



_O que quer dizer? _ perguntou Harry.



_Ora, sou da Resistência e sei que você e Tom precisarão sair em uma missão. Elena será a cobertura dele e eu a sua.



_Então temos o apoio da Resistência? Lolek deu o recado?



_Sim. Mas isso não significa que não possamos passar alguns bons momentos, antes de vocês saírem. _ disse a garota. Abraçaram-se e uniram-se intensamente, no tempo que dispunham (“Uma vez mais, as coisas que tenho de fazer pelo meu país”, pensou Harry).



 



 



Um pouco mais tarde, deixando uma satisfeita Florentyna a ressonar, tendo um Shikigami como companhia para uma melhor cobertura, Harry conferiu se não havia nenhum meio mágico de detecção e desaparatou para o ponto de encontro, sabendo que Tom Riddle devia estar fazendo a mesma coisa.



 



No ponto de encontro, perto de Der Riese mas a uma distância suficiente para que eventuais Sensores de Atividade Mágica não os captassem, os dois bruxos transfiguraram-se em dois Obersturmführer das SS, com impecáveis uniformes, aproximando-se das instalações que eram seu alvo, camuflados sob Feitiço de Desilusão, certificando-se de que não havia nenhum Sensor.



Em um local discreto, desfizeram a camuflagem e circularam pelo local, apenas dois Primeiros-Tenentes entre muitos outros, começaram a procurar por Gerovinsky.



 



_Precisaremos de uma planta das instalações. _ disse Harry.



_Parece haver um diagrama, logo ali. _ disse Tom.



 



Estudando o diagrama, localizaram a ala da prisão e também as enfermarias e alas restritas, que poderiam estar sendo utilizadas para interrogatórios.



 



_Gerovinsky deve estar em um desses lugares. _ disse Tom.



_Certamente. Ele deve estar em uma cela, na enfermaria ou em uma sala de interrogatório, principalmente se a tal da Arashikage Tomoyo ainda estiver “trabalhando” nele._ disse Harry _ Grindelwald e Kammler disseram que ela estava prestes a entregar todos os segredos.



_Se ele revelar como sintetizar o “Mercúrio Violeta”, será um desastre sem tamanho. _ disse Tom _ Espero que o encontremos antes disso.



 



Verificando a ala das celas, não o  encontraram.O mesmo aconteceu na enfermaria. Só restavam as salas de interrogatório. E foi em uma delas que encontraram uma bruxa japonesa, aparentando uns quarenta anos, massageando as têmporas e inserindo agulhas de acupuntura em pontos específicos de um homem idoso, que aceitava tudo passivamente, com um olhar vidrado, falando coisas de tempos em tempos. Quando ele falava, a bruxa parava e anotava em um caderno aquilo que interessava.



 



_Acho que acertamos, Tom. _ disse Harry, em voz baixa.



_Certamente, Harry Potter. _ agora a Persona de Voldemort estava em primeiro plano _ Tomara que tenhamos chegado a tempo.



_No momento, o mais importante é tirarmos Gerovinsky daqui.



 



Aproveitando um momento em que a bruxa fazia uma pausa para novas anotações, os dois se aproximaram de onde ela estava, procurando manter o Ki baixo. Afinal era de se supor que ela tivesse a habilidade de senti-lo.



 



_Eu já disse a Herr Kammler que iria demorar um pouco, ainda tenho de completar este caderno. E ele só vai retornar amanhã, está na festa que fizeram depois do jogo de Quadribol entre os Cannons e os Deltas. _ disse Tomoyo, em um Alemão com forte sotaque Japonês _ Ah, como eu queria estar lá. Adoro Quadribol, mas tenho de fazer o trabalho que me pediram.



_Sinto muito, Arashikage-san. _ disse Voldemort _ Apenas estávamos passando e viemos perguntar se a senhora queria que mandássemos lhe trazer alguma coisa para comer.



_Hai. _ disse ela, sorrindo _ Estou com um pouco de fome, seria bom fazer uma pausa para um lanche, Afinal, Gerovinsky-san já me disse quase tudo o que queríamos saber.



_E está tudo anotado nesses cadernos, Arashikage-san? _ perguntou Harry, de modo casual _ O “Mercúrio Violeta” poderá estar sob controle?



_Sem dúvida. Me acompanham ao refeitório? Está meio tarde e acredito que também queiram comer alg... _ a bruxa revirou os olhos e cairia, se não fosse amparada por Voldemort.



_Creio que Tom aprendeu bem as lições de Renata. _ disse Voldemort, sorrindo _ Ela apagou bonitinho.



_Incrível. _ disse Harry, também sorrindo _ Renata Wigder ensinou a “Pinça Vulcana” cerca de vinte anos antes da estreia de “Star Trek”.



_Bem, não sou o Sr. Spock, mas acho que deu para quebrar o galho com o que aprendi, Harry Potter. _ disse Tom, fazendo o sinal de “Vida Longa e Próspera" _ Realmente, é uma questão de lógica. Pressionar os centros nervosos certos e também o seio carotídeo, baixando a pressão arterial da pessoa.



 



Um gemido interrompeu o bruxo.



 



_Sr. Gerovinsky! _ exclamou Harry _ O senhor está bem?



_Quem... quem são vocês? _ perguntou Gerovinsky, com o olhar ainda meio vidrado e uma expressão abobada no rosto _ Por que dois oficiais das SS estão agindo dessa maneira? É alguma brincadeira ou armadilha de Herr Kammler?



_Nem uma coisa nem outra, Sr. Gerovinsky _ disse Voldemort, colocando Arashikage Tomoyo deitada em um divã e começando a remover as agulhas de acupuntura do bruxo _ Somos agentes britânicos bruxos, disfarçados como oficiais das SS e viemos tirá-lo daqui. O que o senhor disse a ela?



_Bem mais do que deveria, na verdade. _ disse Gerovinsky, voltando a raciocinar com clareza _ Esse demônio de Kimono estava a ponto de me fazer revelar todo o processo de fabricação do “Mercúrio Violeta” e como estabilizá-lo para fazer objetos voarem e viajar no tempo. Está tudo naqueles cadernos, ali na mesa.



_Precisamos levá-los ou destruí-los. Se os deixarmos, esses monstros poderão prosseguir nas pesquisas e preencher as lacunas que faltam. _ disse Harry.



 



Pegaram e guardaram todos os cadernos. Prepararam-se para sair da sala, amparando Gerovinsky.



 



_Pena que uma certa quantidade do “Mercúrio Violeta” foi levada para Berlim. _ disse Gerovinsky, acompanhando os bruxos, cada vez mais recuperado, embora irreversivelmente adoentado pela exposição à substância _ Eles não poderão utilizá-lo, acredito, para viagem no tempo ou voar. Mas, infelizmente, ainda há possibilidade de uso como explosivo, embora eu acredite que eles temem usá-lo para isso devido à sua instabilidade, pode ser difícil mantê-lo sob controle e o risco dele explodir na cara dos alemães é grande. Então vieram para me tirar daqui? Mas como? As varinhas precisam de muita concentração para funcionar aqui. E a minha foi quebrada. Mas quem são vocês, de verdade?



_Como eu já disse, somos agentes britânicos e recebemos a missão de tirá-lo das mãos dos Nazistas e levá-lo para a Resistência Polonesa. Depois eles o conduzirão para um local seguro. Nossos codinomes são “Batman” e “Robin”.



Isso era tudo o que eu precisava. Herr Kammler e Herr Grindelwald gostarão de saber que os agentes britânicos que mais têm frustrado seus planos foram capturados por mim. _ ouviu-se uma voz que não lhes era desconhecida, mas com sotaque alemão.



_Não acredito! _ exclamou Voldemort.



 



Parado à sua frente, empunhando uma varinha apontada para eles e envergando um uniforme de oficial das SS, com insígnias de Obersturmführer, encontrava-se o Apanhador dos Dantzig Deltas, Frank Krawczyk.



 



Aquilo era inesperado, E bastante perigoso.



 



Mas, de alguma forma, “Batman” e “Robin” teriam de sair daquela enrascada.



 



Caso contrário, todos os seus planos para garantir a vitória dos Aliados e retornar para casa cairiam por terra.



 



E aquilo era algo que não podia acontecer. De forma alguma Harry Potter e Lord Voldemort poderiam deixar.


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