O Grande Erro da Tia Guida



|Título: Os Gêmeos Potter e o Prisioneiro de Azkaban


|Sinopse: 3ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Depois de vencerem um monstro escondido no castelo no ano anterior, os gêmeos voltam a Hogwarts, mas dessa vez fugindo de um homem. Quem era Sirius Black? E por que esse fugitivo colocava suas vidas em risco? Um mapa misterioso, criaturas fantásticas e passagens secretas aguardam os gêmeos em seu terceiro ano em Hogwarts.


|Disclaimer: Harry Potter e todo o universo é propriedade criativa da musa maravilhosa JK Rowling. Eu só peguei emprestado um pouquinho. :v


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sufilena


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: ...


|Capítulo 2




Lumus!


Olá leitores!


Se tem uma coisa que eu aprendi recentemente é que faculdade não tem férias. A gente entra de férias e continua tendo que ir lá, e fazer trabalhos... Gente, eu to de férias e to exausta, vê se pode! KKKKK Mas, bom, acontece. Não deixei de escrever por isso ^^ Espero que gostem desse capítulo!


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 2 - O Grande Erro da tia Guida


Harry e Ash já tinham bastante com o que se preocupar simplesmente por terem que pensar em uma forma de convencer Válter a assinar seus formulários, mas tudo piorou quando, na manhã seguinte, serviam o café da manhã aos tios.


A televisão estava ligada no noticiário, e havia a imagem de um homem de cabelos escuros e desgrenhados na tela.


"...lembrando que Sirius Black está armado e é perigoso. Se ele for avistado, avisem às autoridades imediatamente!"


- Hmpf, com essa cara não é difícil saber quem ele é. – o homem comentou, olhando por cima do jornal. Harry e Ash olharam brevemente para a tv e se olharam em seguida, pensando no discurso que o tio estava prestes a fazer sobre criminosos.


Dito e feito. Válter passou o resto do café da manhã falando sobre como esse "tipo de gente" era um perigo e deviam ser mortos de uma vez em vez de voltar para a cadeia. Ash e Harry, acostumados aos monólogos monótonos de Válter, apenas ignoravam o que ele falava, até que finalmente ele disse algo relevante.


- ...quando eu voltar do aeroporto com Guida.


Harry ergueu a cabeça da pia, e Ash da frigideira, os dois se olhando brevemente.


Guida, ou "Tia Guida" como Válter os fazia chamá-la, era sem dúvidas o que havia de pior em morar com os Dursley. Esqueça o armário embaixo da escada, as tarefas domésticas, tardes na casa da Sra. Figgs e Duda os destratando o tempo todo. Nada, nada conseguia ser pior do que qualquer estadia de Guida na casa da Rua dos Alfeneiros.


Guida era uma mulher grande que falava demais e que dedicava cada segundo na casa a falar mal de Harry e Ash e tecer elogios a Duda. Enchia o "Dudoca" de presentes e olhava para os gêmeos como se esperava uma reação deles por não ganharem presente nenhum, e às vezes soltava Estripador, seu pitbull, "sem querer" para cima dos gêmeos. Em uma das vezes, os dois ficaram até meia-noite em cima da árvore esperando o cachorro parar de latir para eles.


- Tia Guida... Está vindo? – Ash perguntou, virando uma fatia de bacon para si na frigideira quase sem se dar conta.


- Está. E vocês dois... – Válter disse, se levantando. – Nenhuma gracinha. Entenderam? Vocês vão se tratá-la com bons modos...


- ...se ela nos tratar assim. – Harry disse, esfregando um prato quase com raiva.


- ...se comportar, nada de gracinhas...


- ...nos comportamos se ela se comportar. – Ash comentou, pegando seu bacon com a mão e comendo quente mesmo. Estava começando a espumar de raiva e quase não notou que segurava um pedaço de carne frito em óleo quente.


- ...e ela obviamente não sabe que vocês são esquisitos, então eu disse a ela que vocês estudam na St. Brutus para Jovens Irrecuperáveis, e vocês vão corroborar. Entendido?


Os dois olharam para Válter como se não tivessem acreditado no que ele acabara de dizer. Mais que nunca desejaram que já fosse setembro para que pudessem correr para Hogwarts e esquecer que aquela parte de suas vidas, a parte sem magia, existia.


Válter não disse nada, e considerou o silêncio dos gêmeos como uma ameaça recebida. Ele se levantou e foi correndo até o carro, enquanto Ash terminava de comer e Harry de lavar a louça. Então Harry olhou para a irmã como se tivesse acabado de ter uma ideia muito genial.


- Harry?


- Ele quer que a gente se comporte, não quer? Pois então. Também tem algo que queremos dele.


- O formulário!


Harry confirmou com um movimento afirmativo da cabeça e os gêmeos correram porta afora, tentando alcançar o tio antes que ele desse a partida no carro. Ele já estava abrindo a porta do motorista quando os dois chegaram até ele.


- O que querem? – perguntou, resmungando. – Eu não vou levar vocês.


- Não queremos ir. Só estávamos pensando... – Harry começou. – Isso tudo que você disse pra gente, sobre a escola, e Guida, e todo o resto... É tanta coisa para se lembrar!


Ash tentou não abrir um pequeno sorriso, percebendo a tática do irmão.


- Sim. Muita.


- E seria uma pena se deixássemos escapar que estudamos em uma escola chamada "Hogwarts" em vez de uma chamada "St. Brutus". O senhor sabe, instintivamente. "Onde estudam?", ela perguntaria. "Hogwarts", a gente poderia responder, se não estivéssemos preparados psicologicamente para a pergunta imediata... – o garoto continuou.


Válter estava pálido. Ele fechou a porta do carro e abriu um sorriso que esperou que fosse ameaçador, mas o leve tremor em sua mão deixava claro o estado de pavor no qual ele se encontrava.


- Vocês não fariam isso. Uma semana. Uma semana é o tempo que Guida vai passar aqu tempo no qual vocês vão se comportar exatamente como eu instrui... Ou senão... Ou senão...


Por mais que a mão dele balançando na direção dos gêmeos pudesse ser assustadora em outros tempos, eles tiraram coragem de algum lugar dentro de si e nem mesmo vacilaram. Válter não mais os assustava. Só era extremamente chato que tivessem que se curvar para as ordens de um trouxa tão desprezível como ele por dois meses inteiros simplesmente porque não tinham uma outra casa onde morar.


- Ou senão...? – Ash provocou, com um sorriso travesso.


- Ah, mas talvez se tivéssemos uma boa lembrança na cabeça... O senhor sabe, algo feliz em que pensar enquanto ela está aqui. Isso seria um ótimo motivador para que mantenhamos a cabeça nas informações falsas que temos que repassar para ela.


O homem apertou a chave de casa. Estava muito vermelho e bufava, o que era hilário considerando a cara rechonchuda e o bigode cheio sobre a boca. Ele resmungou algumas vezes e por fim suspirou, parecendo desinchar um pouco, derrotado.


- O que vocês querem?


- Recebemos formulários da escola que exigem assinatura de um responsável para nos dar autorização para excursões escolares em um povoado próximo. – Harry explicou. – Você, no caso, é o responsável, tio. Nos alegraria muito se pudesse assiná-lo para nós.


Válter pareceu um pouco aliviado. Assinar um papel idiota, só isso? Imaginara que fossem lhe pedir dinheiro, ou outra coisa absurda. É claro que podia assinar a droga do papel.


- Terão seu formulário se, e somente se, se comportarem. Isso eu vou julgar quando Guida for embora. – ele decidiu, abrindo a porta do carro, entrando e dando a partida.


Harry e Ash observaram em silêncio o tio indo embora por um tempo, até o carro sumir em uma esquina distante.


- Bem, – Harry começou. – isso foi melhor do que eu esperava.


- Definitivamente. Talvez ele até assine mesmo se sobrevivermos à Guida.


- É. Se sobrevivermos à ela. – Harry comentou, engolindo em seco. Era idiotice que eles, dois bruxos com um belo histórico de feitos nas costas, tivessem receio de uma pessoa como Guida, mas acontecia. Que fazer? Teriam que lidar com isso.


- Está tudo escondido na tábua do assoalho? – ela perguntou.


- Sim, menos as corujas. Acho que vamos ter que mandá-las para Rony...


Ash franziu a testa, entristecida. Morgana e Edwiges eram consolos que eles amavam ter consigo, mas que dessa vez teriam que deixar ir.


Os gêmeos subiram até o quarto e destrancaram as corujas. Escreveram bilhetes explicando a Rony a situação e prenderam nas pernas delas.


- Vocês precisam ir. – Harry explicou. Edwiges soltou um pio magoado e se encolheu para dentro da gaiola.


- Por favor, Morgana, Edwiges... – Ash pediu. – Nós precisamos que Válter faça algo por nós, e então vamos ter que fingir que somos trouxas. Vocês tem que ir.


- Rony vai cuidar bem de vocês, e logo vão nos ver novamente. – Harry explicou. Edwiges e Morgana ainda pareciam bem magoadas, mas aceitaram ir. As corujas deixaram suas gaiolas e saíram voando pelo céu da manhã.


- Agora é que não vamos receber cartas mesmo. – Ash disse, olhando saudosista para o chão. – Eu odeio isso, Harry. A gente devia fugir e ir morar com o Rony. Ou a Mione.


- Não podemos simplesmente ir morar com os outros assim. – o garoto disse.


- Por que não? Os Dursley odeiam a gente, e a Molly sempre diz pra gente passar as férias de verão na casa dela. A gente já fica o ano todo na escola mesmo, então qual é a diferença?


Harry abriu um sorriso tristonho. Ele também não sabia bem qual era a diferença, mas sabia que não podiam ir simplesmente morar com outra pessoa assim. Tinham casa e família, mesmo que não gostassem delas.


- Guida vai chegar daqui à pouco. – ele disse. – Temos que nos comportar.


- É. Você vai ficar bem? – Ash perguntou.


- Eu? Bem, você vai?


- Eu? Não sei.


Os dois se debruçaram na janela e ficaram observando os pontinhos das corujas voando ao longe, e continuaram olhando mesmo depois que as corujas não eram mais visíveis, como se pudessem eternizar o momento e então Guida nunca chegaria. Mas é claro, não podiam fazer isso, e eventualmente o carro de Válter fez a curva na esquina voltando para a casa.


- Bem. – Harry disse, com um suspiro. – Vamos lá.


Ignorando como podiam os gritos de Petúnia para que se arrumassem (o que não fazia sentido, afinal, Guida gostava de criticá-los e se dessem mais motivos melhor), os dois foram até a porta, respiraram fundo mais uma vez e a abriram.


A mulher parecia até demais com Válter: alta, gorda, o mesmo tom de cabelo e tinha até bigode. Ela trazia uma mala enorme em uma mão, que largou quase no pé de Ash, e um buldogue mal-humorado na outra, que rosnou para Harry assim que pôs as patas em casa.


- Dudocaaaaa? – ela chamou, cantarolando e puxando Estripador casa adentro, apesar do desespero do cachorro em tentar se soltar e latir para os gêmeos. – Onde está meu Duda? – ela perguntava, entrando cada vez mais na casa. Foi encontrar o garoto na sala, enchendo o estômago de bolo e vendo televisão.


- Tia Guida! – ele exclamou, se levantando e abraçando a mulher. Os gêmeos sabiam bem que ele só agia assim com ela porque ganhava presentes, e era um pagamento muito bom. Enquanto Guida apertava e mimava o garoto, os gêmeos aproveitaram que a mala dela estava ali e decidiram se demorar o máximo possível para leva-la para cima.


- Chá, Guida? – ouviram Válter oferecer. – Algo para Estripador?


- Ah, chá sim, e Estripador pode beber um pouco no meu pires. Eu tive que trazê-lo, sabem? Deixei o Coronel Fubster cuidando dos outros, mas Estripador fica doente de tristeza quando eu viajo. Ah, obrigada Válter...


Ela ainda falava alguma coisa, mas a voz ficou baixa demais para que os gêmeos escutassem.


- É só uma semana. – Ash murmurou, enquanto os dois enrolavam no andar de cima, sem querer voltar para a cozinha onde a mulher estava. – Vai dar tudo certo.


Harry não parecia tão confiante, e a própria Ash falando não estava também. Ela suspirou e os dois se permitiram ficar ali por ainda mais alguns minutos, até que tiveram que descer ou ficaria óbvio demais que estavam se escondendo.


Os gêmeos voltaram para o primeiro andar e Guida os olhou de cima a baixo como se os visse pela primeira vez, apesar de ter cruzado com os dois ao entrar na casa. Eles puderam sentir o olhar dela analisando seus cortes de cabelo, as roupas e até a postura. Era extremamente desagradável.


- Então. Ainda estão aqui. – ela disse, comendo um rosquinha gorda com cobertura de açúcar.


- Estamos. – Harry respondeu, no automático.


- Não digam "estamos" nesse tom ingrato. Se fosse comigo eu não teria a boa vontade que seus tios tiveram de abrir as portas para vocês desse jeito, eu os teria largado em um orfanato qualquer.


Harry e Ash decidiram guardar para si mesmos a informação de que um orfanato certamente seria melhor que morar com Guida. Muito melhor. Em vez disso Harry abriu um sorrisinho nervoso e Ash abaixou a cabeça para esconder a testa franzida em leve irritação.


- E esse sorrisinho idiota? – a mulher perguntou. – Eles não melhoraram nada, logo nota-se. Onde mesmo você disse que eles estão estudando pelo ano? – ela perguntou a Válter.


- St. Brutus, uma instituição para casos irrecuperáveis.


- Hmpf. Típico. O lugar ideal para eles, imagino, uma vez que logo se vê que de recuperação não houve nada. – ela resmungou, bebendo chá e comendo rosquinha. Ash se obrigou a levantar a cabeça e Harry tirou o sorriso do rosto. Houve silêncio, cortado apenas pelos ruídos que ela fazia comendo e que Estripador fazia lambendo o pires, e então ela voltou a falar com os dois. – Digam-me, vocês. Eles usam a vara em St. Brutus? – ela perguntou.


Meio sem saber o que responder os gêmeos ergueram o olhar para Válter, que fez um breve aceno de cabeça indicando que deviam responder uma afirmação. Foi um momento estranho. Era como estar mancomunando com Válter Dursley pelas costas de todos ali, mas os dois pensaram no formulário e não se deixaram distrair demais.


- Usam. O tempo todo. – Harry respondeu, querendo soar como se soubesse bem do que estava falando.


- Sei... – ela respondeu, olhando ainda torto para os dois. – Não aceito essa conversa fiada de não bater em gente que merece. Uma boa surra resolve noventa e nove por cento dos casos. – ela parou um pouco para comer mais. - E me digam, já usaram a vara em vocês?


- Usaram, sim. Um monte de vezes. – Ash respondeu, firme. Para sua decepção, Guida não gostou tanto da resposta, e franziu a testa, mordendo outra rosquinha.


- E você fala isso nesse tom displicente? Não deve estar fazendo efeito nenhum. Se eu fosse você, Válter, escreveria à escola autorizando uso de força excessiva no caso desses dois. Vai ver assim eles concertam.


- É, quem sabe. – ele disse, querendo encerrar o assunto antes que algo desse errado ou que os gêmeos decidissem que o acordo deles não valia o desgosto que Guida os fazia passar. – Você viu o noticiário hoje? – ele perguntou. – Viu aquele prisioneiro que escapou?


Funcionou. Guida voltou a atenção a Válter e os gêmeos puderam respirar, se permitindo até mesmo sair da casa para um passeio no jardim.


Por mais que os dois tivessem um ao outro para tentar superar os momentos difíceis, foi complicado. Era como se Guida deliberadamente estivesse tentando fazê-los falharem em alguma coisa. Sempre que podia dava presentes a Duda bem na frente deles, como se os desafiasse a perguntar porque não tinham ganhado nada, e se os Dursley usavam os gêmeos de empregados Guida então estava os escravizando. Ela os chamava para as coisas mais esdrúxulas, como pegar para ela o controle que ela não alcançava com a mão ou mandar que um deles se abaixasse de quatro no chão para servir de descanso para pés uma vez que Estripador estava deitado no descanso de verdade.


A única coisa que os gêmeos sabiam era que não aguentavam mais esperar a semana acabar, e, quem diria, parecia que ia dar tudo certo. Chegou por fim a última noite de Guida na casa, e para comemorar a estadia dela, os Dursley decidiram dar um jantar (que Ash teve que cozinhar enquanto o irmão ajeitava a mesa, servia os pratos e lavava a louça).


- Ponha um pouco de conhaque para mim, Válter. – ela pediu, já levemente embriagada. – Mais um pouco. Não tão pouco Válter, vamos... Isso, obrigada. – ela agradeceu, bebendo a taça. – Mas como eu ia dizendo, não deve se culpar pela forma como esses jovens são hoje, Válter. Certamente não é culpa de vocês. A gente vê isso sempre com os cachorros, você sabe. Eu já tive uma cadela que ficava deitada o dia inteiro, não fazia nada, não corria, quase não comia, e dos filhotes dela mais da metade nasceu com o mesmo problema de preguiça. Se tem algo errado com a cadela vai ter algo errado com os filhotes.


A taça se quebrou na mão dela. Ash olhou para Harry, surpresa, e o garoto estava começando a ficar vermelho de raiva. A própria Ash estava nervosa, mas se obrigou a respirar bem fundo várias vezes.


- Guida! - Petúnia exclamou, pegando um guardanapo e ajudando a mulher a se enxugar. – Você está bem?


- Ah, não se preocupe Petúnia, eu segurei com muita força... Fiz isso outro dia mesmo na casa do Coronel Fubster, não precisa se preocupar. Eu quem me desculpo, era uma taça muito bonita...


- Eu cuido disso, vá tomar um ar. – Ash sussurrou para o irmão enquanto Guida se desculpava à mesa, pegando os pratos que ele lavava e assumindo. Os tios olharam desconfiados para o garoto enquanto ele saiu da cozinha, mas Guida não pareceu se dar conta do perigo, pois continuou falando.


- Excelente jantar, Petúnia. – ela elogiou. – Quer dizer, o assado, pelo menos. O arroz estava muito seco...


Ash engoliu em seco. Ela tinha feito o arroz, e era óbvio que Guida sabia disso, e mais óbvio ainda que ia criticar.


- ...não como muito antes de dormir, com tantos cachorros para cuidar. É bom ver que Duda come bastante. Vai ter tamanho de homem. – ela comentou, dando tapinhas nas bochechas do garoto. – Onde está o outro garoto? Preciso de outra taça!


Ash se adiantou para pegar uma taça para Guida, mas Harry já tinha voltado para a cozinha e selecionou uma taça para ela, servindo conhaque.


- Mas como eu ia dizendo outro dia, - Guida continuou. – sangue ruim sempre aflora. Não estou dizendo nada contra sua família, Petúnia, mas nós sabemos que sua irmã não era flor que se cheirasse. Meio ruim da cabeça. Louquinha, não era? E depois se casou com aquele imprestável... Nunca me disseram o que ele fazia. O que ele fazia?


- Nada. – Válter respondeu, antes que um dos gêmeos tivesse a chance. – Era desempregado.


- É claro que era. – ela comentou, servindo mais arroz e assado. – Parasita preguiçoso, imprestável, incapaz de sustentar uma família. Faltava muito para ele ser metade do homem que você é, Válter, o pai desses meninos era um inútil...


- Não era não! – Harry exclamou por fim, largando a garrafa de conhaque na mesa.


Ash queria repreender Harry, mas ela mesma estava muito concentrada em se manter sob controle.


- Chega. – Válter disse. – Para as camas, os dois.


- Não Válter, não! – Guida disse. – Deixe-os extravasar! Tem orgulho de seus pais? Eles saem por aí e se matam em um acidente de carro, imagino que bêbados...


- Eles não morreram assim! – Ash retrucou.


- Morreram sim! Vocês dois são ingratos, insolentes, aproveitadores e...


E o que mais eles eram nunca ficaram sabendo. Guida levantara o dedo ao falar com eles e algo estava acontecendo com ele. Estava inchando. Demorou um pouco para que percebessem, mas quando perceberam era tarde. Ash olhou para Harry, que espumava de raiva, bem mais que ela própria, e soube o que estava acontecendo.


- Harry! Harry, respira, se acalme! – ela murmurou, mas agora não tinha mais volta. O inchaço se prolongou para os braços dela, e então para a barriga e as pernas. Embora fosse difícil dizer pois Guida já era muito gorda, ela ficou ainda maior e começou a flutuar da cadeira. A fivela de seus sapatos arrebentou, os botões da blusa voaram pela cozinha e ela continuava flutuando.


- Guida! Guida! – Válter gritava, querendo segurar a mulher.


- Válter o que está acontecendo? Me ajude! Oh, OH!


Ela gritava, se agarrando ao tecido da toalha de mesa. Ash sabia que estavam enrascados, mas não conseguiu evitar gostar do que estava vendo. Guida continuou flutuando mesmo com Válter a segurando pelas mãos, e por fim, quando ela já tinha flutuado para fora de casa, ele teve que soltar a irmã ou seria levado embora junto com ela, e Guida saiu voando pelos céus e gritando por ajuda.


- Harry? – Ash chamou.


- Já chega. Pra mim, chega. – o menino respondeu, subindo as escadas furioso. Ash apenas o seguiu, e quando Harry começou a guardar suas coisas no malão ela imitou, fazendo a mesma coisa com as suas coisas. Ele pegou a varinha e usou para destrancar o armário de vassouras e começou a pegar o resto de suas coisas no exato instante em que Válter entrou casa adentro.


- VOLTEM AQUI! VOLTEM AQUI E FAÇAM COM QUE ELA VOLTE AO NORMAL! – ele gritou. Os gêmeos o ignoraram por um tempo, Ash pensando no que Harry estava fazendo e ele terminando de guardar as coisas. Quando acabaram, o garoto ergueu a varinha na direção dos Dursley, que choramingaram e se esconderam contra a parede.


- Você não pode... – Petúnia murmurou. – Não pode fazer mágica fora da escola! Vão te expulsar.


- Quer apostar? – ele perguntou. Obviamente os Dursley não queriam apostar nada. – Ela mereceu o que aconteceu. Eu estou indo embora. E vocês fiquem longe de mim.


Ele abriu a porta e saiu, de costas, a varinha ainda apontando para os três. Ash ainda se perguntava se era uma boa ideia, mas sair da casa dos Dursley era um sonho de vida inteira, então ela não hesitou. Seguiu Harry para a rua e a porta se fechou atrás dos irmãos.




E as notas finais!


Meu senhor, eu gosto tanto desse capítulo kkkkk Gente, racho de rir da Guida :v O mais divertido de tudo é que faz anos que eu não leio do livro 3 até o 6, então parece até que eu to lendo pela primeira vez de novo KKKKK to amando 3


Beijos e abraços,


Gaby Amorinha


Nox!




Gostou desse capítulo? Confira aqui algumas de minhas outras fanfics!


Os Gêmeos Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter - 1ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42935


Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter - 2ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=44968


Os Gêmeos Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter - 3ª temporada de "Gêmeos Potter"):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=47128


Destino (Naruto):


https://www.fanfiction.net/s/8804800/1/Destino


Don‘t Stop Believin (Glee, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/dont-stop-believin--interativa-6553263


The Children Of Fairy Tail (Contos de Fadas, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/the-children-of-fairy-tales--interativa-6773955


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