Confusa!



Lilian Potter 10- Que bom que tenha gostado do capitulo, espero que goste desse também. Seu sumiço me preocupou, achei que tinha me abandonado, mas fico feliz que tenha aparecido, tenha uma boa leitura!



Capítulo oito



Quadribol



Sonserina estava com 380 pontos na ampulheta, logo atrás vinha a Grifinória com 300, em seguida a Lufa-Lufa com 295, e Corvinal com 290, os pontos que colocaram a Sonserina na frente vinham do duelo contra o dragão, e agora ela estava disputando a taça das casas, ficando na liderança com folga, nessa ultima semana Alvo e Scorpius tinham sido assediados por todos, e Scorpius estava gostando da atenção a mais, afinal o boato que o cercava não era nada agradável e nem deixava as pessoas se aproximarem, a confusão com o dragão tinha os mudado completamente, de um dia para o outro eles deixaram de ser os primeiranistas menos populares da escola, para se tornarem os alunos mais populares, mais até do que o pequeno grupo de James, denominado de 'Os Marotos', que por sinal, deixou James indignado, Alvo ainda estava confuso com tudo aquilo, as meninas o tocavam com tanta intimidade que ele chegava a se incomodar, elas confundiam tudo, achavam que ele iria fazer o mesmo que seu irmão fazia com elas, aquilo dava enjoou em Alvo, o que elas pensavam era nojento, e ele nunca faria isso, ainda mais com seu coração pertencendo à outra mulher, mas ele ainda se perguntava em como todos ficaram sabendo do duelo com o dragão.



Eles tinham chegado da detenção às duas horas da manhã de domingo, indo direto para a ala hospitalar e curando os arranhões que tinham espalhados pelo corpo, eles passaram o resto da noite naquela ala, já que Madame Pomfrey insistiu para ver se eles não estavam hipotérmicos ou desidratados, ao acordarem e irem descansar dos acontecimentos daquela noite, debaixo da bétula, na sala comunal, no salão principal ou nos campos de Hogwarts os sussurros os acompanhavam, independente de onde eles iam, ouviam sussurros, de manhã, a mãe de Alvo foi visita-lo, depois de abraça-lo na frente de toda a escola, o que foi constrangedor aos olhos dele, e de ficarem horas conversando, ela entregou uma carta de seu pai, aquilo animou o pequeno garoto de olhos verdes, era a primeira vez que ele tinha recebido uma carta de seu pai dês de que entrou na escola, assim que sua mãe foi até a sala da diretoria para viajar pela rede de Flu, ele abriu a carta e leu o que estava nela.



Alvo,



Sei que estou ausente, mas estão acontecendo varias coisas por aqui, mas agora, por algo bem maior, o bem estar do meu filho, estou concedendo um tempo a mim mesmo de estar mais presente em sua vida, fiquei sabendo em que casa você entrou e desejo que esteja feliz nela, espero que você não tenha se machucado, me sentiria culpado caso isso acontecesse, estou muito orgulhoso de você, meu filho.



P.S.: Não arrume mais confusões em corredores!



Harry J. Potter.



Alvo realmente ficou decepcionado com a carta, seu pai tinha demorado tanto para escrevê-la e no final foi apenas um pequeno bilhete, era como se ele tivesse nadado e morrido na praia, aquela carta ainda não tinha apagado a desconfiança do garoto, ele sabia que algo estava acontecendo, algo sério, caso contrario seu pai lhe daria mais atenção, e nada apagaria aquilo de sua mente, depois de ficar o resto do domingo de cabeça baixa ele foi se deitar, se jogou na cama e de tão cansado que estava instantaneamente pegou no sono.



Na segunda-feira todos batiam nas costas de Alvo e Scorpius, os paravam nos corredores, conversavam, falavam sobre coisas tolas, discutiam sobre Quadribol, perguntavam sobre como era duelar com um dragão e pediam ajuda nas aulas, principalmente para Alvo na aula de poções, mas a proximidade mais intima era das meninas, até das mais velhas, elas o abraçava, davam comida em sua boca, tocavam em suas mãos, chegavam perto demais de seu rosto, acariciavam seu cabelo, faziam massagem em suas costas e beijavam seu pescoço, todas as atitudes incomodavam Alvo, principalmente porque Scorpius ficou de lado e se acostumou rapidamente com a rejeição, ele até gostava, se aproveitava descaradamente e não escondia sua satisfação, ele dizia que queria namorar alguém que se interessava no que ele era e não no que ele tinha, eram os poucos que não os admirava ou veneravam, e nesses poucos os mais importantes para Alvo eram Rose, que mesmo depois de saber o que aconteceu com Alvo não dirigiu a palavra a ele, James, que ainda estava com raiva, e Isabella, que não se influenciava pelas pessoas, mas não deixava de se aproximava por estar com raiva dele, e sim por estar sem jeito de agradece-lo depois que ele ficou repentinamente popular, ela tinha medo de que ele pensasse que ela estava se aproveitando daquilo, e até parou de olha-lo na hora do jantar, e isso entristeceu profundamente Alvo, principalmente depois que ela começou a andar com um garoto, Grifinório, amigo de James, terceiranista, que todos achavam bonito, chamado Benjamin Leon Watson.



-Ele é ridículo e seu nome mais ridículo ainda...



-Acho que alguém esta com... Aquela palavra que começa com ‘C’... Ah é, ciúmes! – Scorpius disse fingido, sorrindo logo em seguida da cara que Alvo fez.



-Não estou com ciúmes, só não vou com a cara dele. – Alvo respondeu olhando com raiva para o garoto sentado na mesa da Grifinória passando o braço por cima do ombro de sua loirinha, os dois riam e conversavam como se fossem namorados, e Alvo sentiu algo inexplicável pulsando em seu coração.



-Para mim, isso se chama ciúmes. - Scorpius disse alto demais, e as garotas que estavam cercando Alvo o olharam com cara feia, Scorpius sorriu quando uma menina de cabelos pretos e traços orientais da Corvinal, foi até Alvo e se sentou ao seu lado, fingiu que estava conversando algo interessante com suas colegas e lentamente colocou sua mão em cima da do menino tentando chamar sua atenção, ele não sabia da onde ela tinha saído, nem se ela podia estar na mesa da Sonserina, ele nem ao menos a conhecia, instintivamente Alvo retirou a sua mão da de baixo da menina e acenou negativamente com a cabeça para ela, ele não suportava aquela aproximação, odiava que encostassem nele, principalmente com segundas intenções, imediatamente a menina voltou a atenção para suas colegas sonserinas com uma tristeza estampada em seu rosto, Alvo se sentiu culpado, mas afinal era uma opção dele não querer se aproximar, então ele só terminou de comer suas tortinhas de limão e se levantou apresado.



-Você vem?- Perguntou a Scorpius, o garoto em resposta se levantou bebendo o ultimo gole de suco, se despediu das garotas e seguiu prontamente o garoto de cabelos pretos a sua frente, que antes de sair do salão jogou um ultimo olhar para a mesa no extremo oposto da sua.



Os dois garotos caminharam até o estádio de quadribol, entraram no vestiário e pegaram uma vassoura reserva qualquer, saíram para o gramado e começaram a voar, apostando corrida e sentindo o vento balançando os seus cabelos, para Alvo aquilo era esplendido, em toda a sua vida, voar era o que ele mais gostava de fazer, e era impossível descrever o que ele estava sentindo ao fazê-lo depois de quase morrer.



-Então você veio. - Oscar disse sobrevoando os dois garotos com um sorriso largo. - Já sabe o que vai ser?



-Não. - ele não sabia no que era bom, quando ele jogava com sua família, eles diziam que ele servia como apanhador, mas Alvo nunca acreditou.



-Vamos ver... Sigam-me. - Ele disse guiando a vassoura para o campo e pousando, os dois garotos fizeram o mesmo e o viram pegando um baú, o rapaz o abriu e eles puderam ver quatro bolas diferentes, uma bola vermelha, sem costura, do tamanho de uma bola de futebol, duas bolas de ferro, pequenas e pesadas que se moviam desesperadamente para saírem das correntes que as seguravam, e uma pequena bola, do tamanho de uma noz toda de ouro, e do lado das bolas se encontrava quatro tacos. – Você é pequeno e veloz, acho que vai se dar bem como apanhador, mas não custa nada tentar as outras posições. – ele falou mais para si do que para Alvo. – Você tem boa mira?



- Jogo como apanhador, artilheiro ou goleiro, mas, por favor, não me peça para ser Batedor!- disse Alvo desesperado.



-Porque não? – Oscar perguntou intrigado, com as sobrancelhas serradas e a testa enrugada.



-É uma longa história, mas resumindo eu não tenho uma boa mira... - Alvo disse se lembrando do fatídico dia em que seu primo Fred não tinha ido às famosas reuniões familiares dos Wesley e ele teve que jogar como batedor, enquanto Rose corria atrás do pomo, quando a pequena bola pesada se aproximou pela primeira vez, ele preparou o taco e a mirou, pronto para rebatê-la e acerta-la na cabeça de seu irmão que estava chegando perto das balizas, mas o taco passou a poucos centímetros do balaço, que veio em sua direção e acertou sua cara com tudo, no mesmo instante ele caiu da vassoura e bateu seu corpo mole no chão, ele sentiu todo seu corpo formigar só de lembrar a dor que sentiu naquele dia.



-Tudo bem, vamos ver como você se sai sendo goleiro. – Oscar disse pegando a Goles e voando a uns quinze metros do chão, Alvo se encaminhou para as balizas e se preparou para receber a bola, Oscar atravessou o campo inteiro em uma velocidade razoável e a atirou em direção as balizas dez vezes, e nessas dez vezes Alvo só pegou a Goles uma única vez. – Acho que já treinamos demais como goleiro, vamos trocar. – Oscar disse um pouco decepcionado e foi para as balizas, Alvo pegou a Goles da mão de Oscar no meio do caminho e a jogou para cima a pegando logo em seguida, ele tinha uma grande desenvoltura com a bola, mas na hora de mira-la para as balizas tinha dificuldade, Oscar defendeu seis vezes, Alvo jogou para fora três e marcou uma vez. – Você é melhor como Artilheiro, só não marcou mais porque sou o melhor goleiro de Hogwarts, mas acho que vai se sair melhor como apanhador. – Ele disse descendo e pegando a pequena bolinha de ouro que Alvo conhecia muito bem, e quando a olhou ele sabia que com certeza se sairia melhor, Oscar jogou a bolinha que abriu suas asas e alçou voo em alta velocidade, Alvo foi atrás dela e em poucos segundos já voltava com a bolinha de ouro em sua mão.



-Pronto. - ele disse sorridente.



-Você vai fazer o teste como apanhador e ser o único a disputar a vaga com o oficial do time, te desejo sorte, vai precisar. – O rapaz disse pegando a pequena bola da mão de Alvo a guardando no baú, para logo em seguida fecha-lo e se encaminhar para o vestiário. Aos poucos, os alunos da Sonserina foram chegando, a maioria se sentava nas arquibancadas e uma pequena parte se dirigia para o campo com suas vassouras em mãos, Alvo percebeu que todos que iriam fazer o teste eram mais velhos do que ele, e três deles já jogavam pela casa há anos, ele não tinha a menor chance.



- Al, vou torcer por você! Acabe com eles! – Scorpius disse animado batendo nas costas do amigo, e se encaminhou para as arquibancadas assim que viu Oscar saindo do vestiário e indo a encontro dos jogadores, Alvo sentiu um animo a mais sabendo que uma pessoa estaria torcendo por ele, apesar de ser seu único amigo, ele seguiu Scorpius com os olhos, e o viu sentando no meio de varias meninas, que seguravam cartazes com mensagens de apoio a Alvo, que gritavam com suas vozes estridentes e agudas ‘Pega eles, Potter!’, Alvo corou ao ver aquilo, mas não deixou de dar um sorriso tímido, ele sabia que Scorpius tinha preparado toda aquela torcida, seu amigo, mesmo sendo exagerado, sabia como melhorar seu astral, Alvo levantou a mão e acenou para as meninas em sinal de agradecimento, elas começaram a rir e deram chiliques, em uma semana aquele tinha sido o primeiro ato de carinho vindo de Alvo para com elas, e nada mais normal do que fazerem um escândalo por causa de um aceno, ele já estava se acostumando com as atitudes exageradas delas, afinal ele tinha um amigo exagerado.



-Todos prontos? – Oscar perguntou recebendo um aceno de cabeça, ele montou em sua vassoura e começou o treinamento, apostou corrida, separou os mais rápidos, colocou obstáculos para fazerem malabarismos no ar, pediu para que dessem rasantes e mergulhos, e depois de varias tarefas cansativas que demorou uma hora, Oscar retirou mais da metade dos alunos, deixando apenas quatorze sonserinos, Alvo estava entre esses quatorzes, e já se sentia orgulhoso, o tempo tinha esfriado, e por conta disso algumas meninas que estavam com Scorpius nas arquibancadas saíram, e outras chegavam com cobertores e cervejas amanteigadas para elas e o rapaz, na tentativa de se aquecerem, Alvo não acreditou no que via, era muita folga do amigo pedir todas aquelas coisas para garotas tão inocentes.



– Vou separar vocês em dois times aleatoriamente, cada um vai atuar na posição que escolheu, os nomes que eu disser vão ir para o lado direito. – Oscar disse, e recebeu outro aceno. - Jean Lamartine, Cameron Mitchell e Diane Chermont, vão ser artilheiros, Michael Johnson vai ser goleiro, Ethan Jones e Adeline Lafaiete vão ser batedores e Alfredo Bellini apanhador. – A cada nome que Oscar citava, uma pessoa voava até o lado direito do campo, o primeiro menino tinha descendência francesa, era nítido em seus traços, e a única menina batedora do time, olhou ameaçadoramente para Alvo e ele tremeu só de pensar em um balaço vindo em sua direção. – O resto vai ser do outro time, e irá para o lado esquerdo do campo, Giuseppe Salvatore, Valentinna Bartoli e Petr Petrovich Petrov vão ser artilheiros, Joshua Bianchin e Joseph Patel vão ser batedores, George Young vai ser goleiro, e Alvo Potter apanhador, goleiros, não se esqueçam de que só existe uma vaga para reserva.



Cada time se posicionou em campo, e Alvo sobrevoou acima de todos, os batedores já estavam a postos com seus tacos e Oscar jogou a Goles, o time de Alvo arrebatou todas as bolas e os artilheiros já estavam atravessando o campo inteiro, Giuseppe era ótimo, passava no momento certo, enganava os marcadores e bloqueava, atravessava o campo com facilidade extrema, e no momento certo marcava os pontos, por vezes protegia até mesmo as balizas, já que o goleiro não era tão bom, Joseph também se destacava, rebatia os balaços com facilidade e protegia todos do time, o outro Batedor estava incumbido de proteger Alvo de Adeline Lafaiete, que sempre que tinha a chance rebatia os balaços na direção dele, depois de alguns minutos de jogo, Adeline acertou Valentinna Bartoli, a menina tinha se afastado demais e não foi atenta para perceber que o balaço se aproximava, quando percebeu, tentou desviar, mas já era tarde demais, o balaço a acertou na barriga a jogando para fora da vassoura, Oscar atento a tudo a pegou no ar e a colocou no chão, quando ela se recuperou voltou ao jogo, aquilo tinha tirado a atenção da maioria dos jogadores, menos de Alvo que nesse meio tempo avistou o Pomo e esperou, ele voou para o lado oposto e o outro apanhador o seguiu ficando em sua cola, os dois aumentaram a velocidade e o garoto não enxergava nada na sua frente, ficando confuso, Alvo parou de repente e viu Alfredo Bellini ultrapassa-lo, o olhando, Alvo acelerou na direção certa, onde se encontrava o Pomo, todos das arquibancadas seguravam a respiração e ele pode ver de relance um borrão familiar o observando, o Pomo estava muito mais ágil naquele momento, quando Alvo estava perto ele mudava de rota inesperadamente ou amentava a velocidade, o garoto montou a estratégia certa de pega-lo e Alfredo já havia o alcançado, estando em seus calcanhares, ele era o jogador oficial da Sonserina e Alvo não tinha chance de vence-lo, mas mesmo assim iria tentar, o Pomo mergulhou e Alvo o seguiu, ele esticou o braço e tocou o com as pontas dos dedos, mas a pequena bolinha era mais rápida, quando ele já estava a um metro de bater com força no chão, ele se jogou da vassoura para frente e pegou o Pomo, estendendo sua mão para cima e contabilizando 150 pontos para seu time, caindo com força na grama.



-Acho que temos um novo apanhador!- Oscar disse olhando para Alvo, o garoto em resposta só pode abrir um grande sorriso e ver um Alfredo Bellini saindo com a raiva estampada na sua face, ele jogou a vassoura no chão com extrema violência e saiu do campo, Alvo o seguiu com o olhar, observando as costas do adversário. – Ele vai ficar bem, só esta um pouco decepcionado. – Oscar ajudou Alvo a se levantar e colocou a mão em seu ombro, gritando para que o resto do time se aproximasse. – Eu já escolhi o restante dos jogadores, e de longe esse é o melhor time que eu já vi em toda a escola dês de que entrei aqui. Vou começar com os Artilheiros, Jean Lamartine, Diane Chermont e Giuseppe Salvatore, os batedores vão ser Adeline Lafaiete e Joseph Patel, e o apanhador Alvo Potter, Petr Petrovich e Michael Johnson vão ser os reservas, eu queria agradecer a todos, e para quem não conseguiu entrar podem tentar ano que vem.



Alvo não conseguia acreditar, ele tinha passado, participaria de todos os jogos, e ainda jogaria na mesma posição que seu pai, estava mostrando ser melhor do que seu irmão, mesmo tendo entrado em outra casa, uma casa totalmente diferente da de seu pai, a oposta, a rival, mas ele não seria pior por isso, e ele provaria para si mesmo. Alvo se dirigiu para as arquibancadas e ia em direção a um Scorpius debaixo de uma coberta quando foi abraçado por um borrão amarelo e vermelho, seu toque era delicado, suave como a brisa, era com certeza uma Grifinória, seus fios loiros ondulados caiam como cascatas por sua costa, e o cheiro de sua pele era igual ao cheiro de uma flor que o garoto conhecia muito bem, a Jasmim, foi aí que Alvo se deu conta de quem estava o abraçando, ele a abraçou mais forte e seu coração acelerou de uma forma que a linda menina de cabelos loiros deveria ter ouvido, ele poderia ficar o resto da vida lá, sentindo o cheiro que exalava de sua amada, nadar nos rios de ouro que seu cabelo formava e deslizar suas mãos em sua pele macia, naquele momento nada importava, ele não ouvia o barulho que vinha das arquibancadas e nem via os olhares invejosos que as meninas lançavam para ela, mas ao contrario dele, ela ouvia e via e em resposta a garota se afastou do ato de carinho, olhando com alegria para dentro dos olhos verdes do menino, e sorrindo graciosamente, um sorriso que iluminou o dia de Alvo.



-O que você esta fazendo aqui?- Alvo perguntou depois de acordar de seu transe, um pouco confuso, ela não tinha sido nada simpática na primeira vez que os dois se encontraram, e depois da queda da vassoura ela nem dirigiu a palavra a ele, trocou apenas alguns olhares, mas começou a esquecê-lo depois de andar com o tal Benjamin.



-Eu vim torcer por você! É uma forma de me desculpar pelo o que falei no expresso. – ela disse sorrindo, era muito mais bonita com um sorriso no rosto do que com o ódio no olhar, e as covinhas que se formavam em suas bochechas davam um ar mais delicado na menina tão forte que se encontrava na frente do garoto de cabelos pretos. - E dizer obrigada, queria agradecer pelo que fez por mim semana passada. – ela o olhou com vergonha e corou.



-Porque você não me agradeceu antes? – Alvo perguntou, ele adorava sua loirinha, mesmo sem ter nenhum contato com ela, mas ao olhar ao redor e ver aquelas meninas interesseiras cercando Scorpius e ele após terem duelado com um dragão e conquistarem fama na escola inteira, a atitude dela o intrigou, porque justamente depois de tudo que aconteceu, depois de uma semana, depois de telo trocado por um garoto qualquer, depois dele estar recebendo mais atenção do que o normal, ela vai o agradecer, ele não queria admitir, pensava que eles tinham uma ligação diferente, mas sentia que ela era outra oportunista, como todos aqueles que por sua vida inteira o cercavam, querendo tirar aproveito de sua fama, de seu nome, de sua família e de seu dinheiro, ele não suportava mais aquilo.



A garota se afastou, era assustador ver a duvida em uma face tão bela e pura igual a do menino, aquela reação tão inesperada vindo dele deixou a confusa, ela pensava que Alvo sentia algo por ela e que o agradecendo, ele ficaria feliz, já não aguentava mais vê-lo com uma expressão triste no rosto, cercado de pessoas egoístas, como se toda aquela atenção não o agradasse, ela pensou que o agradecendo ele veria que fazia bem as pessoas, que ele não se sentiria mais como alguém que era referencia em nome e sim alguém que salvou sua vida, que era corajoso, nobre e bravo, tudo que ele não deveria enxergar nele mesmo.



-Eu não sei. – Respondeu, seu mundo tinha desabado naquele momento, ela criou expectativas, construiu o que seria um momento propicio para falar com ele, idealizou a resposta perfeita e os atos de carinho que ele poderia demonstrar para com ela, e na verdade, a sua realidade se tornou sua maior decepção. – Acho que só fiquei com medo. – Ela abaixou a cabeça e olhou para o chão, como se aquilo curasse a tristeza que a tinha consumido naquele momento, Alvo se sentiu culpado, ele a conhecia, mesmo sem nunca ter uma conversa decente com a menina, e sabia que ela não era capaz de se aproximar por interesse, até porque ela nem precisava, ele foi estupido, rejeitou seus agradecimentos por uma desconfiança boba, ou até mesmo por um ciúme bobo que ele não queria admitir, mas estava tão confuso, suas emoções se misturavam com sua razão, deixando sua cabeça tonta.



–Eu tenho que ir, Bella. –Ele se despediu e se afastou, deu as costas para Isabella e simplesmente se afastou, correu pelas arquibancadas e atravessou o campo desesperado, sem ao menos esperar uma resposta da garota que estava a sua frente e que ele deixou para trás.



Alvo sabia que não deveria ter agido daquela maneira com quem ele amava, sabia como ela iria reagir, a estudava todo o dia, conhecia suas manias mais simples, e conseguia decifrar todos os seus sorrisos, tudo referente a ela estava em sua cabeça, e ele sentia que a estava perdendo, mas não para outra pessoa, e sim para ele mesmo, queria ele correr ate ela e pedir mil desculpas naquele momento, mas a coragem para aquela atitude não vinha, a vergonha o tomava e a duvida o consumia, ele continuou correndo, como se aquilo afastasse todos os sentimentos do seu coração, como se o libertasse, mas na verdade ele só estava fugindo da verdade, estava fugindo da culpa e do sentimento desconhecido e surpreendente que era o amor, ele parou e se apoiou na bétula, seu lugar preferido em toda a escola, o lugar onde ele refletia, se acalmava e observava, ele sentou na grama e se apoiou na arvore como sempre fazia, as pessoas cruzavam com ele, as horas passavam e o sol caia, se escondendo atrás das arvores, dando uma coloração alaranjada ao céu que começava a mostrar as lindas estrelas.



-Você é burro, ou o que?- Scorpius perguntou se aproximando, suas sobrancelhas estavam arqueadas e sua testa enrugada, aquilo era uma ótima pergunta para Alvo, que tinha a resposta na ponta da língua, mesmo com sua cabeça confusa e seu coração doendo.



N.A.:



Capitulo um pouco mais romântico e dramático, não? Eu não sou muito boa em escrever sobre isso e quadribol, como não sou boa com garotos e nem com futebol, mas pelo menos eu tentei passar para vocês o sentimento de Isabella, e do que Alvo realmente tem medo, próximo capitulo vai ter uma pequena surpresa, comentem por favor, nem que seja para deixar um oi, digam o que acharam do capitulo, beijos.


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