1° de Setembro
Capitulo um
1° de setembro
Londres estava como sempre, movimentada, milhares de pessoas andando, passeando, guiando automóveis, entre outras coisas, mas algo estava diferente naquele dia, os trouxas, como era chamado aqueles que não possuem nenhum tipo de poder magico, estavam observando a movimentação de pessoas vestidas, estranhamente, com roupas coloridas que carregavam um malão e uma coruja dentro da gaiola, e isso estava acontecendo por toda a cidade, apenas era estranho aos olhos de pessoas "normais", mas, no meio de toda essa multidão um pequeno bruxinho, de olhos verdes amendoados, cabelos negros bagunçados e pele pálida, se destacava, pois era o filho do meio de um dos maiores bruxos da atualidade e todos esperavam façanhas igualmente grandiosas, como as do pai, e isso era o que perturbava o pequeno menino de olhos verdes, chamado Alvo, não conseguir fazer nada melhor do que o pai, ou ficar na sombra do irmão mais velho ou até mesmo da irmã mais nova, não ser reconhecido por quem ele era e pelo que fez, mas ser reconhecido por ser filho de quem era; mas ele não estava pensando nisso agora, já que observava, dentro da cabine de um expresso, a face do seus pais pela ultima vez, ele iria ficar meses em uma escola que não conhecia ninguém e seu único pilar de sustentação estava desaparecendo de vista enquanto o expresso fazia uma curva...
- O que foi, Alvo?- perguntou Rose, sua prima, acordando-o de seus devaneios, ela tinha os cabelos ruivos emaranhados, preso em um rabo de cavalo, e o rosto repleto de sardas, seus olhos estavam cintilando e a expressão do rosto era a de alguém superior a qualquer outro.
- Nada!- mentiu, ele não queria assumir a verdade, não naquele momento, não para ela, nem para ele mesmo, mas quando ele se viu na cabine e não no seu mundo de pensamentos a curiosidade, assombrosamente, tomou conta de seu corpo - Em qual casa acha que entraremos?
-Eu entrarei na Ravenclaw, tenho um intelecto superior a de todos! Mas... Você eu já não sei!- ela disse, com uma expressão no rosto estranha, como se estivesse pedindo desculpas, e isso só fez Alvo ficar mais nervoso ainda...
-Posso?- um menino, alto e robusto com cabelos negros até o ombro e olhos claros, abriu a porta da cabine, acabando com qualquer possibilidade de uma continuação de um dialogo, apos um sinal positivo de Rose, ele se acomodou na cabine e se apresentou – Thomas Galletti, prazer!
Alvo, que era reconhecido por todos, já sabia as táticas que eles tinham para ter certeza de quem ele era, e se apresentar com o segundo nome para saber a que família a pessoa pertencia era a mais velha! Rose se apresentou primeiro, sendo um pouco prepotente ao citar o nome Wesley, desde pequena ela alimentara o orgulho por ser uma Wesley, mesmo que a caçoassem, e o tom de voz dela só o estava desafiando a fazer isso.
-Alvo Potter!- com pessoas estranhas Alvo sempre era timido ficando corado toda vez que dizia uma palavra, assim que disse seu nome, ele pode ver a certeza no rosto do menino, e já sabia o que viria pela frente, mas se surpreendeu com o aceno de cabeça e o silencio , era um sinal de respeito, a partir daí ele sentiu que surgiria uma grande amizade.
No caminho para Hogwarts, eles conversaram sobre tudo, viram a paisagem se modificar para os campos montanhosos e comeram feijãozinho de todos os sabores, James, irmão mais velho de Alvo, junto com Fred o perturbou no meio do caminho mais logo foi embora, e sua prima, Rose, ficou isolada lendo um livro qualquer, mas depois de um tempo se socializou. Ao por do sol, o trem começou a ficar movimentado, os adolescentes lotavam o corredor com capas pretas, e Alvo soube que era a hora de colocar sua roupa de bruxo, pegou uma mala com as iniciais A.S. P e começou a procurar em meio a livros e outros objetos sem importância...
- Procurando sua coragem Potter?- caçoou uma voz aguda pelas suas costas- deve ter esquecido em casa, isso se você tiver uma! - risos ecoaram pelo corredor, Alvo se virou e reconheceu na hora de quem pertencia aquela voz aguda, junto com os cabelos prateados e bem penteados , e aquele queixo pontudo, era Scorpius Malfoy, filho de um comensal da morte que nunca foi preso, Alvo já conhecia sua fama, James sempre que podia falava as atrocidades que os Malfoy faziam, Scorpius não seria diferente, Alvo ficou calado, tinha medo, não queria demonstrar fraqueza mas para isso não poderia demonstrar coragem...- perdeu a língua? Medroso, não se pode esperar mais vindo de um Potter...
- Nojento, não se pode esperar mais vindo de um Malfoy- uma voz feminina falou ao fundo, uma multidão que cobria o corredor para ver a confusão prendeu a respiração, quem em sua sã consciência enfrentaria um Malfoy? Ainda mais para proteger alguém que nem mesmo conhecia...
- quem se atreve a falar assim comigo? – Malfoy exalava raiva, nunca tinha sido confrontado, não deixaria que isso passasse impune, a multidão abriu caminho pelo corredor e ao fundo bem ao longe se encontrava uma linda menina, seus cabelos, mesmo presos eram longos e dourados e vinha até a cintura, sua pele era pálida e continha algumas pequenas sardas, ela se aproximou e quando Malfoy percebeu quem ela era arregalou os olhos...
- Eu, o que vai fazer? Agredir-me com palavras? Já que tem tanta coragem porque não a mostra, ou vai fugir? Como todo Malfoy. – Alvo nunca tinha visto alguém falar com tanta segurança, ela parecia um dragão se impondo para sua caça, todos pareciam conhecê-la menos ele, e quando olhou para o lado viu Rose com a boca aberta, ainda sem entender o que estava acontecendo, com seu livro descansando no colo, e Thomas mesmo sem acreditar no que estava acontecendo tinha um sorriso no rosto, dos três ali dentro da cabine ele parecia o único a conhecê-la e o único, a saber, que ela era a única capas de enfrentar qualquer um; o corredor inteiro parecia ter medo, pressentiam que algo iria acontecer se ninguém interferisse; algumas pessoas voltaram para suas cabines com medo, e outras, mais curiosas, saíram para ver o que estava acontecendo, Malfoy já tinha sua varinha a mãos quando James Potter apareceu:
-Expelliarmus! Accio varinha!- era um feitiço de desarmamento e outro convocatório, James era muito bom em feitiços, e por sorte tinha chegado na hora exata- Ora Malfoy, sabia que era covarde mais não a ponto de atacar uma donzela...- James olhou para a menina e abriu um lindo sorriso, como sempre um belo galanteador, mas a única reação que recebeu foi uma virada de olhos.
-Potter, devolva a minha varinha, agora! – Malfoy estendeu a mão com medo, já não tinha mais a sua única defesa, não sabia o que fazer, mas James tirou a varinha de sua vista.
- O que foi Malfoy, não tem coragem pra lutar sem ela? - James soltou uma risada alta e Fred o acompanhou, deixando a pequena gangue de Malfoy e o próprio envergonhados- Olha aqui não quero confusão nos meus corredores, esta entendendo? Você sabe o que posso fazer com você, não queira provar um pouco do seu próprio veneno, agora pode ir andando, na hora certa entregarei sua varinha. – Malfoy, que não podia fazer absolutamente nada se dirigiu ao outro extremo do trem exalando raiva, tanta raiva que era capaz de contagiar quem estivesse perto, sua pequena gangue o seguiu estreitando os olhos para Alvo, como se fosse um aviso silencioso que a hora dele não tinha chegado, mas que estava perto. O corredor aos poucos voltou ao normal, e todos já estavam estrando em suas cabines quando James tentou outra vez, em vão, jogar seu charme na linda loira.
- Acho que deveria escolher melhor seus inimigos, nem sempre estarei por perto para te proteger - disse, logo depois jogou um de seus sorrisos marotos mais irresistíveis...
- Em nenhum momento pedi sua ajuda, muito menos que me protegesse, da próxima vez deixe que eu resolva meus problemas sozinha – o olhar da menina era de pura repugnância, quando ela olhou para Alvo, seu olhar mudou, passou de repugnância para reprovação, como se ele tivesse feito algo de errado, e quando Alvo olhou para ela pode ver a profundidade de seu olhar cor de âmbar, e sentiu algo estranha, um arrepio que saiu da boca de seu estomago para todo o seu corpo – E você da próxima vez reaja, se não quiser ser taxado como covarde, não se deve abaixar a cabeça para um Malfoy, e muito menos dar razão ao que eles falam.- ela fechou a porta da cabine com um baque, saindo apressada dali, só deixando o rastro de sua capa e seu perfume, o perfume que Alvo não cansava de sentir, James também não se encontrava mais ali, depois da resposta que levou não poderia nem ficar para gozar do irmão. A cabine foi invadida por um silencio ensurdecedor, até que Rose indagou:
- Quem ela pensa que é para falar assim com um Malfoy e os dois Potter?
- Apenas uma Palas!- Thomas falou como se todos conhecessem, mas quando olhou para o rosto de Alvo e Rose se assustou – Espera aí, vocês não a conhecem?
- Não, e o que é Palos? – disso Alvo, Rose não se pronunciou não queria que alguém soubesse mais do que ela mesmo se fosse apenas quem uma garota era.
- Não é Palos, é Palas, bom é apenas uma das famílias mais ricas do mundo bruxo e trouxa, eu não sei direito o nome dela, só sei que seu pai morreu de um jeito misterioso e deixou uma fortuna, que ela herdou a tornando a bruxinha mais rica do mundo, e sua mãe é uma trouxa, também cheia do dinheiro.
-Onde você soube disso, Thomas? – disse Rose, não acreditava que uma pessoa sabia tanto sobre uma família assim, muito menos um menino com cara de burro, e acredite Rose sabia reconhecer uma pessoa burra de longe.
- É... No jornal, O Profeta Diário - disse ele revirando e retirando um exemplar de sua bolsa- saiu hoje, eles resolveram publicar uma matéria da futura herdeira das riquezas do mundo bruxo...- Alvo puxou o exemplar da mão de Thomas e leu e releu a meteria "A futura herdeira das riquezas do mundo bruxo" para pelo menos tentar descobrir o nome da menina, mas tudo foi em vão, e de repente ele sentiu um baque, o trem tinha parado, Alvo olhou para fora da janela, todos desciam em uma pequena estação e seguiam por uma estrada onde carruagens os esperavam, ao longe Alvo ouviu um meio gigante gritando, e quando olhou sabia quem era.
- Alunos do primeiro ano, por aqui!- Hagrid viu o pequeno rosto na janela do trem, o pequeno rosto que parecia tanto com o rosto daquele pequeno menininho que ele carregou no colo há muito tempo atrás, em meio a uma terrível tragédia, em meio ao caos, parecia tanto com o menino que trouxe a salvação que quase confundia seu nome- olá Ha... Alvo!- disse acenando, Alvo sabia o porquê aquele meio gigante estava naquela estação, só havia uma explicação...
-Chegamos!
N.A.: Bom gente, é a minha primeira fic, é claro que não vai sair uma perfeição, e me desculpem pelo capitulo, tá horrível vou tentar melhorar nos próximos, bom eu queria que quem tivesse alguma duvida me perguntassem nos comentários e por favor comentem, já vi muitas historias aqui acabando por falta de comentário, não quero que a minha seja mais uma! Até a próxima :P
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