O aviso de Dobby



Capítulo 2



O aviso de Dobby



 



Harry conseguiu não gritar, Lilian produziu um xiado que iria tornar um grito mas Harry rapidamente tapou sua boca. A criaturinha na cama de Harry tinha orelhas grandes como as de um morcego e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis. Harry percebeu na mesma hora que era aquilo que o andara observando na sebe do jardim àquela manhã.



 



Enquanto se entreolhavam, Harry e Lilian ouviram a voz de Duda no hall.



 



— Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Mason?



 



A criatura escorregou da cama e fez uma reverencia tão exagerada que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete.



 



Harry e Lilian repararam que ela vestia uma coisa parecida com uma fronha velha, com fendas para enfiar as pernas e os braços.



 



— Ah... Alô — cumprimentou Harry nervoso.



 



— Olá — disse Lilian comprimentando a criatura depois do susto.



 



— Harry e Lilian Potter! — exclamou a criatura com uma voz esganiçada que os gêmeos tiveram certeza de que seria ouvida no andar de baixo. — Há tanto tempo que Dobby quer conhecê-los, meus senhores... É uma grande honra...



 



— Ob-obrigado — respondeu Harry, andando encostado à parede para se largar na cadeira da escrivaninha, perto de Edwiges e de Houdin, que dormiam em suas gaiolas espaçosas. Teve vontade de perguntar "Que coisa é você?", mas achou que poderia parecer muito mal-educado, e em vez disso perguntou: — Quem é você?



 



—Você  é um elfo doméstico, não? — disse Lilian percebendo que o irmão não sabia que criatura era.



 



— Sim senhorita, sou Dobby, meus senhores. Apenas Dobby. Dobby o elfo doméstico — disse a criatura.



 



— Ah... É mesmo? Ah... Não quero ser grosseiro nem nada, mas... A hora não é muito própria para ter um elfo doméstico no meu quarto. — disse Harry.



 



— Harry deixe ele aqui, elfos domésticos de muitas famílias bruxas são maltratados deixe ele um pouco aqui não é Doby? Você pode me dizer se te maltratam confirmando a cabrça se quiser e eu te proibo de se machucar por isso.



 



Doby confirmou com a cabeça se inclinando para a parede.



 



Ouviu-se a risada aguda e falsa de tia Petúnia na sala. O elfo baixou a cabeça.



 



— Não que eu não esteja contente de conhecê-lo — acrescentou Harry depressa —, mas, ah, tem alguma razão especial para você estar aqui?



 



— Ah, claro, meu senhor — disse Dobby muito sério. — Dobby veio dizer aos senhores, meus senhores... É difícil, meus senhores... Dobby fica se perguntando por onde começar...



 



— Sente-se — disse Harry gentilmente, apontando para a cama.



 



Para seu horror, o elfo caiu no choro — um choro muito alto.



 



— S-sen-te-se! — chorou. — Nunca... Nunca na vida...



 



— Calma Doby só se sente para termos uma conversa mais sivilisada. — disse Lilian tranquilamente.



 



— Muito obrigado meus senhores. — disse Doby sendo acompanhado por Lilian até a cama do Harry.



 



Harry pensou ter ouvido as vozes no andar de baixo hesitarem.



 



— Me desculpe — disse Harry em tom de sussurro. — Não quis ofendê-lo nem nada...



 



— Ofender Dobby! — engasgou-se o elfo. — Dobby nunca foi convidado a se sentar por um bruxo... Como um igual.



 



Harry, tentando ao mesmo tempo fazer o elfo se calar e dar a impressão de consolá-lo, o elfo soluçou, parecendo uma boneca enorme e muito feia. Por fim ele conseguiu se controlar e se sentou, os grandes olhos fixos em Harry e Lilian com uma expressão de aquosa admiração.



 



— Uma coisa Doby, quando você estiver perto de nós dois você não precisa se castigar e vai poder falar o que estiver com vontade se quiser, isso é uma ordem de uma amiga. — disse Lilian lembrando que os elfos domésticos se castigam falando os segredos dos donos.



 



— Tudo bem meus senhores, mas Doby nunca foi tratado como igual, Doby não sabe como ser um igual.



 



— Vai ver você nunca encontrou muitos bruxos decentes — disse Harry para animá-lo.



 



Dobby sacudiu a cabeça. Depois, sem aviso, saltou da cama e começou a bater a cabeça, furiosamente na janela, gritando "Dobby mau! Dobby mau!”



 



— Pare Doby, qual foi a ordem que te dei. — Lilian sibilou, levantando-se depressa para puxar Dobby de volta para a cama. Edwiges e Houdin acordaram com um pio particularmente alto e batiam as asas assustadas contra as grades das gaiolas.



 



— Dobby teve que se castigar, meus senhores, Doby esqueceu da sua ordem senhorita, Doby vai evitar se castigar — disse o elfo, que ficara ligeiramente vesgo. — Dobby quase falou mal da própria família, meus senhores...



 



— Sua família? — perguntou Harry.



 



— Francamente Harry você prestou atenção em alguma aula ano passado? Ou pelo menos pensou em ler um pouco na biblioteca? Continue Doby.



 



— A família de bruxos a que Dobby serve, meus senhores... Dobby é um elfo doméstico, obrigado a servir a uma casa e a uma família para sempre...



 



— E eles sabem que você está aqui? — perguntou Harry curioso.



 



Dobby estremeceu.



 



— Ah, não senhor, não... Dobby terá que se castigar com a maior severidade por ter vindo vê-los, meu senhor. Dobby terá que prender as orelhas na porta do forno por causa disto. Se eles vierem, a saber, meu senhor...



 



— Não se castigue por nossa causa Doby. —disse Lilian



 



— Mas eles não vão reparar se você prender as orelhas na porta do forno?



 



— Dobby duvida meu senhor. Dobby está sempre tendo que se castigar por alguma coisa, meu senhor. Eles nem ligam para Dobby, meu senhor. Às vezes me lembram de cumprir uns castigos a mais...



 



— Isso é terrivel, esse é o pior tratamento que um elfo pode ter. — disse Lilian horrorisada.



 



— Por que você não vai embora? Foge?



 



— Um elfo doméstico tem que ser libertado, meu senhor. E a família nunca vai libertar Dobby... Dobby vai servir à família até morrer, meu senhor...



 



Harry ficou olhando.



 



— E eu achei que era ruim continuar aqui mais quatro semanas. Isto faz os Dursley parecerem quase humanos. E ninguém pode ajudá-lo? Eu e minha irmã não podemos?



 



Quase imediatamente Harry desejou não ter falado. Dobby desmanchou-se outra vez em guinchos de gratidão.



 



— Por favor — Harry sussurrou nervoso —, por favor, fique quieto. Se os Dursley ouvirem alguma coisa, se souberem que você esta aqui...



 



— Doby fale mais baixo ou seremos maltratados por sua causa e você não quer isso quer?



 



— Não senhorita, Doby nunca, Harry e Lilian Potter perguntam se podem ajudar Dobby... Dobby ouviu falar de suas grandezas, senhores, mas de suas bondades Dobby nunca soube...



 



Harry, que estava sentindo o rosto ficar decididamente quente, disse:



 



— Seja o que for que você ouviu sobre a nossa grandeza é tudo bobagem. Não somos sequer os primeiros da nossa série em Hogwarts, bem Lily é a segunda. Hermione, sim, ela...



 



Mas se calou depressa, porque pensar em Mione doía.



 



— Harry Potter é humilde e modesto — disse Dobby, reverente, as órbitas dos olhos brilhando. — Harry Potter não fala de sua vitória sobre Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado...



 



— Voldemort? — disseram os gêmeos



 



Dobby cobriu as orelhas com as mãos e gemeu.



 



— Não falem o nome dele, senhores! Não falem o nome dele!



 



— Desculpe — disseram Harry e Lily depressa.



 



— Sei que muita gente não gosta de falar. Nosso amigo Rony... — começou Lily



 



E calou-se. Pensar em Rony também doía.



 



Dobby curvou-se em direção a Harry e Lilian, seus olhos redondos parecendo fatais.



 



— Dobby ouviu falar — comentou com voz rouca — que Harry e Lilian Potter encontraram o Lord das Trevas pela segunda vez, faz pouco tempo... Que Harry e Lilian Potter escaparam novamente.



 



Os gêmeos confirmaram com as cabeças e os olhos de Dobby, de repente, brilharam de lágrimas.



 



— Ah, meus senhores — exclamou, secando o rosto com a ponta da fronha suja que usava. — Harry e Lilian Potter são valentes e audaciosos! Já enfrentaram tantos perigos! Mas Dobby veio proteger os gêmeos Potter, alertá-los, mesmo que eles tenham que prender as orelhas na porta do forno depois... Harrye Lilian Potter não devem voltar à Hogwarts.



 



Fez-se um silêncio interrompido apenas pelo tinido dos talheres lá embaixo e o reboar distante da voz do tio Válter.



 



— Q-quê? — gaguejaram Harry e Lilian.



 



— Mas nós temos que voltar, o trimestre começa em primeiro de setembro. É só o que me anima a viver. Você não sabe o que passamos aqui. O nosso lugar não é aqui. O nosso lugar é no seu mundo, em Hogwarts. — disse Harry.



 



— Não, não, não — guinchou Dobby, sacudindo a cabeça com tanta força que as orelhas esvoaçaram. — os gêmeos Potter devem ficar onde está seguro. Eles são grandes demais, bons demais, para perder. Se os gêmeos Potter voltarem a Hogwarts, vão encontrar um perigo mortal.



 



— Por quê? — perguntou Lilian surpresa.



 



— Há uma trama, Lilian Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano — sussurrou Dobby, tomado de repentina tremedeira. — Dobby sabe disso há meses, meus senhores. Harry e Lilian Potter não devem se expor ao perigo. Ele é demasiado importante, meus senhores!



 



— Que coisas terríveis? — perguntou Harry na mesma hora. — Quem está planejando essas coisas?



 



— Harry ele talvez não possa dizer.



 



Dobby fez um barulho engraçado como se engasgasse e em seguida bateu com a cabeça na parede num frenesi.



 



— Doby não se castigue lembra da ordem que te dei. — disse Lilian.



 



— Está bem! — exclamou Harry, agarrando o braço do elfo para fazê-lo parar. — Você não pode nos dizer, eu compreendo. Mas por que é que você está alertando a nós? — Um pensamento súbito e desagradável lhe ocorreu. — Espere aí, isso não tem nada a ver com Vol... Desculpe... Com o Você-Sabe-Quem, tem? Você só precisa fazer com a cabeça sim ou não — acrescentou ele depressa quando a cabeça de Dobby voltou a se inclinar de modo preocupante para o lado da parede.



 



— Não... Não Aquele-que-Não-Deve-Ser-Nomeado, meu senhor.



 



Mas os olhos de Dobby se arregalaram e ele parecia estar tentando dar uma indicação ao garoto. Mas Harry, no entanto, não entendeu nada.



 



Dobby sacudiu a cabeça, os olhos mais arregalados que nunca.



 



— Então não consigo pensar quem mais teria uma chance de fazer acontecer coisas terríveis em Hogwarts — disse Harry. — Quero dizer, tem o Dumbledore, você sabe quem é Dumbledore, não sabe?



 



Dobby inclinou a cabeça.



 



— Alvo Dumbledore é o maior diretor que Hogwarts já teve. Dobby sabe disso, meu senhor Dobby ouviu dizer que os poderes de Dumbledore se rivalizam com os de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, no auge de sua força. Mas, meu senhor... — a voz de Dobby se transformou em um sussurro urgente — há poderes que Dumbledore não... Poderes que nenhum bruxo decente...



 



— Doby não se preocupe ha em Hogwarts bruxos poderosos, não precisa se preocupar conosco eles protejerão Hogwarts de todos os bruxos das trevas não se preocupe, mas temos que voltar a Hogwarts para nos prepararmos para tudo se não ficaremos indefesos e corremos mais riscos assim. — disse Lilian



 



E antes que Harry ou Lilian pudessem impedi-lo, Dobby saltou da cama, agarrou o abajur da escrivaninha de Harry e começou a se golpear na cabeça, com ganidos de furar os tímpanos.



 



Fez-se um silêncio repentino no andar de baixo. Dois segundos depois, Harry e Lilian, com os corações batendo loucamente, ouviram tio Válter entrar no corredor falando:



 



— Duda deve ter deixado a televisão ligada outra vez, o pestinha!



 



— Depressa! Dentro do armário! — sibilou Harry, empurrando Dobby, fechando a porta e se atirando na cama bem na hora em que a maçaneta girou.



 



— Que... Diabo... Vocês... Estão... Fazendo? — disse tio Válter por entre os dentes cerrados, o rosto horrivelmente próximo dos gêmeos. — Vocês acabaram de estragar o fecho da minha piada sobre o golfista japonês... Mais um ruído e vocês vão desejar nunca ter nascido, pestes!



 



Ele saiu do quarto pisando forte.



 



Trêmulos, Lilian deixou Dobby sair do armário.



 



— Está vendo como é aqui? — perguntou. — Está vendo por que precisamos voltar para Hogwarts? É o único lugar onde temos... Acho que tenho amigos.



 



— Amigos que nem escrevem a Harry e Lilian Potter? — perguntou Dobby manhoso.



 



— Acho que eles estiveram... Espere aí — disse Harry amarrando a cara. — Como é que você sabe que nossos amigos não têm escrito?



 



Dobby arrastou os pés.



 



— Harry Potter não deve se zangar com Dobby. Dobby fez isso para ajudar!



 



— Você andou interceptando minhas cartas?



 



— Doby isso não se faz! Devolve nossas cartas! — disse Lilian



 



— Dobby está com elas aqui, meus senhores — respondeu o elfo. Saindo de fininho do alcance dos gêmeos, ele puxou um maço grosso de envelopes de dentro da roupa.



 



Os gêmeos conseguiram distinguir a letra caprichosa de Mione, os garranchos de Rony e até umas garatujas que pareciam ter vindo do guarda-caças de Hogwarts, Hagrid.



 



Dobby piscou ansioso para Harry depois para Lilian.



 



— Harry e Lilian Potter não devem se zangar... Dobby tinha esperanças... Se Harrye Lilian Potter achassem que os amigos tinham esquecido deles... os gêmeos Potter talvez não quisessem voltar à escola, meus senhores...



 



Harry não estava ouvindo. Tentou agarrar as cartas, mas Dobby saltou para longe do seu alcance.



 



— Harry para. Ele so quis penssar na gente, mas isso nã se faz Doby! Nos devolva as cartas!



 



— Harry e Lilian Potter as receberão meus senhores, se derem a Dobby suas palavras de que não vão voltar a Hogwarts. Ah, meus senhores, este é um perigo que os senhores não devem enfrentar! Digam que não vão voltar meus senhores!



 



— Não — respondeu Harry zangado. — Entregue-nos as cartas dos nossos amigos!



 



— Por favor Doby!



 



— Então Harry e Lilian Potter não deixam a Dobby outra escolha — disse o elfo triste.



 



Antes que Harry ou Lilian pudessem se mexer, Dobby se precipitou para a porta do quarto, abriu-a e correu escada abaixo.



 



— A não! — disse Lilian correndo atraz do elfo.



 



A boca seca, o estômago revirando, Harry saltou atrás deles, tentando não fazer barulho. Pulou os últimos seis degraus, caindo como um gato no tapete da entrada, procurando Dobby e Lilian por todo lado. Da sala de jantar ele ouviu tio Válter dizer:



 



— Conte a Petúnia aquela história engraçada dos encanadores americanos, Sr. Mason. Ela anda doida para ouvir...



 



Harry correu pelo corredor em direção à cozinha e sentiu o coração parar.



 



A obra-prima de tia Petúnia, aquele pudim coberto de creme e violetas cristalizadas estava flutuando junto ao teto. Em cima de um guarda-louça no canto, encontrava-se agachado Dobby e ao lado Lilian susuramdo para que ele não fizesse nada.



 



— Não — disse Harry quase sem voz. — Por favor... Eles vão nos matar...



 



— Harry e Lilian Potter devem prometer que não vão voltar à escola...



 



— Dobby... Por favor...



 



— Não faça isso... Por favor... Doby...



 



— Prometa meus senhores...



 



— Não posso! — sussurraram ao mesmo tempo.



 



 



Dobby lançou-lhe um olhar trágico.



 



— Então Dobby vai fazer isso, meus senhores, pelo bem de Harry e Lilian Potter.



 



Doby soutou o pudim e desapareceu, Lilian pulou ate o pudim e o agarrou, mas acabou fazendo muito barulho por bater as costas no armário da pia, Harry depois de ver essa cena abaixou para ajudar a irmã a se levantar quando ouviram-se gritos vindos da sala de jantar e tio Valter irrompeu pela cozinha onde encontrou Harry colocando o pudim de volta ao balcão e Lilian encostada no armário da cozinha tentando se levantar.



 



A princípio, pareceu que o tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda. ("São o nossos sobrinhos... Que acabaram de chegar da casa dos amigos... Não queriam nos atrapalhar então estavam subindo quando esbarraram em uma garrafa e quase deixaram cair") Ele tangeu os Mason, chocados por não saberam da existencia dos dois, de volta à sala de jantar, prometeu a Harry e Lilian que ia chicoteá-los e deixá-los quase mortos quando os Mason fossem embora, e os mandou para o quarto.



 



Quando chegaram no quarto Harry abriu a janela e Lilian voutou atentar abrir o cadeado que prendia as corujas, quando ouviram Tio valter falando.



 



— Esta na hora da sobremesa, o delicioso pudim da Petúnia.



 



— Não consigo abrir esse cadeado, mais que droga. — disse Lilian deitando na cama desanimada.



 



— Calma Lily você so presisa de pratica, vai conseguir.



 



— Quero enviar uma carta para a Hemione ou para o Rony e ver se podemos ir para la antes que os Dusley nos prendam para sempre.



 



Quando ouve um silencio ouviram a voz da Tia Petúnia.



 



— Alguém quer um bombom de hortelã?



 



Quando de repente uma enorme curuja entrou pela janela do quarto dos gêmeos e deixou uma carta na barriga de Lilian e saiu de novo.



 



— Harry leia isto! — disse Lilian depois de ler a carta.



 



Harry apanhou a carta. Não continha votos de feliz aniversario.



 



“Prezados Senhor e Senhorita Potter,



Fomos informados que um feitiço de levitação foi usado esta noite em seu local de residência às 9:12h. Como os senhores sabem, bruxos de menor idade não têm permissão para fazer feitiços fora da escola e, a continuar esta prática, os senhores poderão ser expulsos da referida escola (Decreto para restrição racional da prática de bruxaria por menores, 1875, parágrafo C).



Gostaríamos também de lembrar-lhes que qualquer atividade mágica que possa chamar a atenção da comunidade não mágica (trouxa) é uma infração grave, conforme seção 13 do Estatuto de Sigilo da Confederação Internacional de Bruxos.



Boas férias!



Mafalda Hopkirk



Escritório de Controle do Uso Indevido de Mágica



Ministério da Magia”



 



— Como podem saber que alguém fez magia em em nossa casa e não saber quem foi?



 



— Você se deu o trabalho de ler algum livro quando esteve em Hogwarts? Os detectres de magia rastreiam a magia que é feita perto de menores de idade quando tem um bruxo adulto por perto eles acham que foi esse bruxo.



 



— Não viram que tinha um elfo doméstico aqui?



 



— Pelo jeito não, mas vamos esconder essa carta da Tia Petúnia e do Tio Valter antes que decubram que não podemos fazer magia fora da escola. — disse Lily colocando embaixo do soalho no canto da parede.



 



— Está bem. Onde será que estão nossas cartas?



 



— Provavelmente com Doby, mesmo eu com raiva dele eu não o culpo ele só queria nos protejer de perigo.



 



— Eu sei Lily mais queria ler pelo menos uma...



 



No dia seguinte os Dusley estavam tão felizes que não atormentaram tanto os gêmeos quanto sempre atormentavam, tinham acabado de fechar negocio com os Madson e agora estavam procurando uma casa de férias em Majórica. Mas no almoço o humor dos tios mudou perceberam isso quando foram chamados ao berros pelo Tio Válter.



 



— Que carta é essa suas pestes! — disse mostrando a carta aos subrinhos.



 



Harry ergueu os olhos para carta depois para irmã e engoliram em seco.



 



— Vocês não nos disseram que não tinham permissão de usar mágica fora da escola — disse tio Válter, um brilho demente dançando nos olhos. — Esqueceram-se de mencionar... Vai ver lhes escapou...



 



— Bem... nunca dissemos que temos permissão total para magia fora da escola, mas temos permissão de demostrações de magicas autorizadas pelo ministério nas primeiras semanas de férias. — disse Lilian penssativa.



 



— Por que não falaram isso antes? — perguntou Tio Válter cada vez com mais raiva.



 



— Vocês não perguntaram, perguntaram?



 



O tio veio avançando para Harry e Lilian como um grande buldogue, os dentes arreganhados.



 



— Muito bem, tenho novidades para vocês, suas pestes... Vou prendê-los... Vocês nunca mais vão voltar para aquela escola... Nunca... E se tentares se soltar por mágica, eles é que vão expulsá-los!



 



E dando risadas como um maníaco, arrastou Harry e Lilian para o quarto.



 



Tio Válter não faltou com sua palavra. Na manha seguinte, ele pagou um homem para instalar grades na janela dos gêmeos. Ele mesmo instalou a portinhola na porta do quarto, para que, três vezes por dia, eles pudessem empurrar pequenas quantidades de comida para dentro. Soltavam Harry e Lilian de manhã e de noite para usarem o banheiro. A exceção disso, eles permaneciam presos no quarto, dia e noite.



 



Três dias depois, os Dursley continuavam a não dar sinais de compadecimento, e Harry não via nenhuma saída para sua situação, Lilian ainda tentava aprander como destrancava portas e cadeados mas era em vão não conseguia abrir.



 



— Eu desisto! Não consigo abrir essa porta. — bufou Lilian se jogando na cama.



 



Harry a acompanhou e deitou-se ao lado dela. Observaram o sol se pôr por trás das grades de janela em silêncio, quando Lilian penguntou infeliz.



 



— O que vai acontecer agora?



 



— Eu não sei, o que adianta usarmos magia para sair desse quarto se vamos ser expulsos de Hogwarts.



 



— Uma coisa que não entando, foi como a carta acabou nas mãos do Tio Válter?



 



— Magia Lily, magia. — disse Harry pensativo.



 



— Mais é claro! Doby!



 



— Você acha que foi o Doby?



 



— Claro quem mais entraria nesse quarto a não ser nós dois?



 



— Que maravilha ele conseguiu o que queria...



 



— Ele queria nos protejer mesmo nós não querendo a ajuda.



 



— Eu sei, eu sei, só que estou um pouco entediado só isso.



 



Contudo, a vida na Rua dos Alfeneiros atingira seu ponto crítico. Agora que os Dursley sabiam que não iam acordar transformados em morcegos comedores de frutas, Harry e Lilian perderam sua única arma. Dobby talvez o tivesse salvo dos horríveis acontecimentos em Hogwarts, mas do jeito que as coisas caminhavam, eles provavelmente iam morrer de fome.



 



A portinhola bateu e a mão da tia Petúnia surgiu empurrando duas tigelas de sopa em lata para dentro do quarto. Harry, cujas entranhas doíam de tanta fome, saltou da cama e apanhou-a enquanto Lilian dormia traquilamente. A sopa estava gelada, mas ele bebeu metade de um gole só. Depois, atravessou o quarto até a gaiola de Edwiges e empurrou as verduras moles do fundo da tigela para a bandeja vazia da coruja. Ela sacudiu as penas e lhe lançou um olhar de profundo nojo.



 



— Não adianta empinar o bico para a comida, isto é só o que temos — disse Harry sério.



 



Ele repôs a tigela vazia ao lado da portinhola efoi acordar a irmã.



 



— Lily, Tia Petúnia trouxe o jantar acorda.



 



— Oi Harry, o que temos hoje?



 



— Eu acho que sopa. — disse examinando a tijela.



 



— Está bem, passa para cá. — disse Lilian que bebeu metadeda sopa e passou as verduras para Houdin que não reclamou.



 



Harry se deitou na cama, sentindo-se mais faminto do que estivera antes da sopa.



 



— Bem, se ficarmos vivos mais quatro semanas, o que acontecese não nos apresentassemos em Hogwarts?



 



— Isso eu não sei, espero que mandem alguém para saber por que não voltamos.



 



— Mais será que o Tio Válter e a Tia Petúnia nos soltaria?



 



— Se for a pedido de bruxos esles não podem negar. — disse Lilian soltando um bocejo caindo no sono seguida pelo irmão



 



Exaustos, com as barrigas roncando, as cabeças girando com a mesma pergunta irrespondível, Harry e Lilian mergulharam num sono agitado.



 



Harry sonhou que ele e a irmã estavam sendo exibidos num zoológico, com uma etiqueta presa à gaiola em que se lia: BRUXOS MENORES DE IDADE. As pessoas os observavam por trás das grades, famintos e fracos, deitados numa cama de palha. Ele viu o rosto de Dobby na multidão e gritou pedindo ajuda, mas Dobby respondeu: "Harry Potter está seguro aí, meu senhor!" e desapareceu. Então os Dursley apareceram e sacudiram as grades da gaiola, rindo-se dele.



 



— Parem — murmurou Harry enquanto o barulho das grades martelava em sua cabeça dolorida. — Me deixem em paz... Parem com isso... Estou tentando dormir...



 



Lilian acordou ouvindo barulhos vindos da janela. Ainda com sono ouvindo o irmão murmurar e foi até a janela onde viu Rony, Fred e Jorge acenando na janela e foi acordar o irmão que continuava a mormurar com o sonho que a fez acordar.



 



— Harry acorda eu sei que você sonhou também com um zológico mais acorda o Rony, Fred e Jorge estão na janela. — disse Lilian sacudindo o irmão.



 



Ele abriu os olhos. O luar entrava pelas grades da janela. E alguém o espiava pelas grades: alguém de rosto sardento, cabelos vermelhos e nariz comprido.



Rony Weasley se achava do lado de fora da janela de Harry e Lilian.



 


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Comentários (1)

  • Luiza Snape

    A história tá bem legal, mas apresenta alguns erros de gramática! 

    2016-01-27
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