Marcas do passado

Ah, estava dando graças à Merlin por ter conseguido uma pequena folga segunda à tarde. Já tinha adiantado todas as papeladas, e Norah disse que tomava conta tranqüilamente no final daquela tarde. Saiu por volta das três da tarde do ministério, e aparatou no seu pequeno apartamento, para uma ducha rápida. Colocou uma roupa simples com o casaco por cima, e foi em direção à lareira.

Jogou um punhado de pó de flú, murmurando “Beco Diagonal”. A avenida principal parecia bem movimentada para um dia comum de começo de semana. Algumas casas e lojas já estavam começando a colocar seus enfeites de Natal, faltando um mês para o feriado. Passou pela floreios e borrões, lotada, e continuou o caminho chegando a um pub muito aconchegante, perto do fim da avenida.

Adorava o lugar. O lugar era bem retrô com um grande balcão ocupando quase todo o pub, e vários bancos em volta para sentar. Havia apenas um simpático barman num canto do balcão, com o jornal aberto, provavelmente lendo notícias do Diário Bruxo.
Tinha que confessar fazia meses que não se interessava muito em ler esses jornais que normalmente só tinham fofocas, e que contavam qual era os mais recatados e ricos bruxos na sociedade. Na verdade, não se interessava em quase nada. Preferia ficar sozinha em casa, lendo alguns livros, e talvez recebendo alguns amigos.

Preferiu sentar-se numa mesinha no canto do pub, de apenas duas pessoas. Ali poderia abrir seu livro e continuar sua leitura sobre feitiços potentes no uso doméstico.

Ficou ali por quase uma hora antes de fechar o livro e pedir seu último café. O barman colocou a xícara na sua frente e saiu com um sorriso. Mas ainda podia sentir os olhares de alguns presentes sobre si. Devia ser realmente visível o quanto ela estava melancólica.

Lembrou-se da época de que ainda estavam juntos e vinha aqui no pub, nos intervalos de trabalho. Sentava-se sempre no balcão pronta pra puxar papo com o barman. Às vezes, quando podia, ele vinha junto dela também.

Parecia que tudo a sua volta e tudo o que fazia, o lembrava indiretamente. Engraçado, prometera a si mesma que o esqueceria em uma semana ou duas, mas já se passara um ano e ele continuava em sua mente.

Às vezes sentia vontade de voltar ao passado, e poder resolver tudo, esquecendo-se das brigas, discussões e ficar junto dele, como sempre fora. Não era assim que devia de ser?

A dúvida pairava em seu pensamento, discutindo se existiria alguém que conseguiria substituí-lo, conseguiria fazê-la esquecer dele e seguir em frente. Mas ela não conseguia se ver feliz ou lado de outra pessoa a não ser ele. Sentia que ao lado dele ela conseguiria amá-lo até o último dia de suas vidas.

O sininho da porta tocou ao abrir, e um rapaz esbelto, atraente, de cabelos castanhos e olhos cor de mel entrou no pub segurando algumas sacolas na mão. O barman rapidamente se levantou e o ajudou a colocá-las no balcão, perguntando se desejava alguma coisa. O rapaz pediu somente um café antes de olhar todo o recinto.

Ele se levantou da onde estava sentado olhando diretamente em sua direção, e se postou na sua frente com um sorriso galanteador.

- Gina? É você? – perguntou ele abaixando um pouco mais a cabeça, fazendo com que ela tivesse uma visão melhor naquele recinto escuro.

- Sim. – respondeu ela, ainda um pouco desconfiada.

- Sou eu. John. John Beckan. Lembra de mim? – respondeu ele, ainda com o grande sorriso e estendendo a mão.

- Meu Deus, John! - Ela se levantou da cadeira num pulo, e o abraçou. – Faz tanto tempo da última vez que eu te vi, que eu nem reconheci você assim que entrou. – disse ela retribuindo o sorriso, dele que tinha se alargado mais.

- Então como é que você está? Conseguiu entrar na carreira de Aurores? – perguntou ele.

- Ah, não. Não passei em todos os testes. Entrei há alguns meses no Departamento de Reversão de Mágicas Acidentais, e bem... Parece bom, por enquanto. – respondeu ela um pouco sem jeito.

- Mas isso é ótimo. Aposto que se lida com muitos feitiços, você é muito boa nisso. – respondeu ele, e foi sentando-se a sua frente.

- É... Digamos que 70% seja mais ou menos isso... E você? Está aqui de férias, ou voltou pra nossa cidade? Fiquei sabendo que foi morar na Alemanha...

- Ah, fui. Mas me mudei depois pra França a trabalho há dois anos atrás. Na verdade, só ficarei aqui por dois meses. Vim fazer umas pesquisas e acabei aproveitando o feriado que vem aí, pra passar o Natal perto da família.

- Ótimo! Quando você quiser dar uma passada lá em casa, minha mãe adoraria te rever! – disse sincera.

- Bom... Já que convidou, talvez mais tarde passo lá. – ele disse num sorriso. Ele deu uma leve pausa para observá-la em seus olhos. – Então? Está casada? Da última vez em que te vi você namorava sério o Potter...

Gina sentiu seu rosto corar. Ele havia deixado John para ficar com Harry, quando eles se separaram pela primeira vez. John era tão amável. Fora triste a separação deles.

- Ah... – Ela não sabia o que dizer. – Não. – Ele a olhou surpresa. – Nós não estamos mais juntos. Não deu certo. – Ela tentou explicar.

-Ahhh... – respondeu ele ainda surpreso, mas se podia perceber um leve sorriso que ele tentava esconder. – Nossa. Eu estou surpreso. Vocês... Er... Realmente parecia que vocês iam ficar juntos.

Gina abaixou a cabeça sem jeito. Não sabia o que falar.
Nessa hora o barman chegou trazendo o café de John e colocando-o na mesa. John agradeceu e olhou de volta pra Gina.

- Er... Bem. Haverá uma festa de alguns amigos e familiares com a minha chegada nesse fim de semana. Sabe... Faz mais de dois anos que não venho aqui. Então... Eu pensei... Se você quisesse ir, eu iria ficar muito feliz com a sua presença lá. – disse ele com um sorriso tímido.

- Ah... Claro. Eu não tenho compromisso nesse fim de semana. Tá combinado então. – respondeu com um sorriso.

- Ótimo! Então passo na sua casa às nove, certo? – concordou com a cabeça. – Tenho que ir, Gina. Adorei te rever. Até logo.

Ele se despediu com um beijo em sua bochecha, e pegou suas sacolas em cima do balcão, saindo deixando mais da metade de sua xícara cheia de café.

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Andava por todos os corredores, procurando o maldito. Já revistara praticamente, todas as salas do departamento à procura. Desceu as escadas, dando a um outro corredor, no Departamento de Regulação e Controle de criaturas mágicas, e bateu na porta de uma saleta, que tinha uma plaqueta escrito “Direitos e deveres dos Elfos Domésticos”. A saleta se abriu, e pode ver um Rony embaraçado e com as relhas extremamente vermelhas.

- Qual é o seu problema? – ralhou Harry sem nem se dar conta de que havia mais alguém dentro da sala, sem ser Rony e Hermione. – Eu tava te procurando por todo o ministério! Acharam algumas pistas dos autores do massacre ocorrido mês passado e querem pelo menos três aurores no local!

Rony tentou argumentar algo, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, um homem apareceu do canto da sala, atraindo a atenção dele.

- Harry! Que surpresa! – disse John indo até a porta perto de Harry. Ele esticou a mão com um sorriso. – Faz tempos que eu não vejo você! – percebia-se o tom de falsidade em sua voz.

Hermione trocou um olhar com Rony de preocupação, mas ele fez um sinal de que daria tudo certo.

- Igualmente. – respondeu Harry, retribuindo o aperto (de mão). Ele apenas tinha um olhar desagradável.

- Pelo visto trabalhando muito, não é? – perguntou John ainda com o falso sorriso.

- É – Parecia que Harry não estava muito disposto a dar respostas significativas.

Um silêncio constrangedor se instalou entre eles, por alguns segundos. Até que John se virou para Rony e Hermione e quebrou o gelo, despedindo-se.

- Bom. Vejo que vocês devem estar com muito trabalho. Prometo que visitarei sua família, Ron. – disse ele e se virou para Harry.

- Até mais. – e saiu.

Harry esperou alguns segundos, antes de perguntar:

- O que ele fazia aqui? – perguntou por curiosidade.

Hermione abriu a boca pra dizer, mas depois de trocar outro olhar com Ron, fechou-a suspirando. Rony se virou para Harry parecendo um pouco cauteloso.

- Nada de mais. Ele só queria... rever alguns amigos... daqui no ministério. E chamar para uma pequena reunião que vai ter em homenagem à chegada dele. – terminou um pouco temeroso.

- Ok. – respondeu Harry, dando os ombros, estranhando um pouco a reação dos amigos à pergunta.

Hermione decidida a não tirar os olhos de Harry, parecendo procurar alguma reação estranha, ou que demonstrasse ciúme, não se controlou e completou com o resto.

- Ele convidou a Gina pra ir com ele. – disse ela, de uma vez só.

Se ela queria ver alguma reação, qualquer que seja, conseguiu. Harry que estava com as mãos no bolso, andando tranqüilamente pela sala, observando algumas fotos de elfos, virou o pescoço surpreso para ela, com o olhar indagador.

- Ele encontrou com ela? – perguntou sem pensar. Hermione que estava esperando por essa reação, deu um leve sorriso no canto dos lábios, maliciosamente.

- Er... Por acaso. – Ela coçou a cabeleira castanha. – A Gina me disse.

Rony a olhou incrédulo. Ela o ignorou completamente.

Harry fez um pequeno barulho com a garganta, desinteressado. Ou pelo menos, fingindo. Desviou o olhar de Mione para a pequena janelinha na sala, mas sentia ainda o seu olhar sobre si.

Ele estava entrando em guerra no seu interior. Pensava que estava perdendo a única chance de se reconciliar antes que não tivesse mais volta. Mas também pensava que talvez fosse o melhor para os dois. Ela estava seguindo com a vida. E assim ele seguiria com a sua também. Talvez fosse isso que não o deixasse esquecê-la.

- Então... acho melhor nós irmos, não é? – disse Harry depois de um tempo, com um suspiro.

- É, vamos. – concordou Ron, lançando um olhar reprovador a Mione, que revirou os olhos.

- Até mais tarde rapazes. – disse ela carinhosamente, antes que eles fechassem a porta.

N/A: OIEEE!!!
Volteii!!!! demorei d novu neh?? foi malz.... eh pq tava em semana d prova, cheiaaa d trabalhos e aí pra completar meu pc fikou sem net... aff
mas tah aí..
espero q gostem
E COMENTEM!!!!!!!!!! huehuehuehue
*Bjokas

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