A Justiça da Ave Lendária
Pelo menos desta vez ele não estava encrencado com o Ministério, o que já havia acontecido antes. Harry pensou um pouco e logo sorriu e disse para si mesmo:
- De novo eu transgredindo leis. Pareço até os marotos. – Mas o sorriso logo se desfacetou de seu rosto. O pensamento em Sirius sempre o deixava deprimido.
Harry passou o resto da noite desconsolado, olhando pela janela a rua dos Alfeneiros. Lá por volta das 4 horas da madrugada, Harry resolveu deitar-se, não que estivesse com sono, mas apenas para dar aos Dursley a impressão de que havia dormido (Tio Valter começara a perturbar mais Harry quando percebeu a tristeza do garoto. Desconhecia o motivo dela, mas para ele o que bastava era que o garoto estivesse infeliz). Quando ele havia acabado de se cobrir pensando – quem sabe eu realmente consiga dormir um pouco – ouviu um barulho como um suave crepitar de uma chama vindo da janela. Rapidamente passou a mão pela cabeceira da cama a procura dos óculos que acabara de depositar ali, e se levantou de imediato, mas quando olhou para o lugar onde havia ouvido o ruído apenas conseguiu visualizar um vulto vermelho-fogo, com pequenas chamas ao redor, sumindo, e ao se aproximar, vislumbrou uma coisa conhecida: A pena de uma fênix, o que significava que há minutos atrás, uma fênix estava pousada em sua janela.
Ele passou a mão no trinco da janela e a abriu, então viu que, ao lado da pena, estava um pequeno pedaço de pergaminho, quase do tamanho da própria pena, então agarrou-o e começou a ler:
Guarde-a consigo, você ainda precisará dela.
Alvo Dumbledore.
Diretor de Hogwarts, Ordem de Merlim Primeira Classe, Cacique Supremo.”
Então Harry guardou o bilhete, cujo qual achou meio confuso, mas era óbvio que se tratava da pena. Como dizia o bilhete, pegou a pena, foi até seu malão e colocou-a ao lado de sua varinha.
Por que havia recebido uma pena de fênix junto com o bilhete? Por que Dumbledore não havia enviado uma coruja, como faria normalmente?
- Claro! É a maneira com que a Ordem se comunica. Através das penas de Fawkes! – disse o garoto para si mesmo. A pequena alusão aos amigos do mundo bruxo, havia lhe dado um pouco de entusiasmo, que logo no segundo seguinte passou, sendo substituído por um sentimento de raiva. Raiva porque pensou na pena de Fawkes – a mesma ave que cedera as penas para as varinhas dele e de Voldemort, aquele responsável por toda a desgraça de sua vida.
- A Ordem de Fênix! – Bradou o garoto no silêncio de seu quarto, o que fez Tio Valter dar um solavanco mais alto no seu quarto, o que queria dizer que quase fora acordado.
Harry havia pensado na Ordem, pois chegou a seguinte conclusão: se Voldemort fora o responsável por seus sofrimentos e de tantos outros, ele iria destruí-lo, e com sua varinha, que continha o mesmo ingrediente mágico, a pena de Fawkes; para isso, o primeiro passo seria conseguir participar da Ordem de Fênix, e então pensou – A Ordem de Fênix. Através dela conseguirei o que, a partir de agora, chamarei de “A Justiça da Ave Lendária”.
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!