O começo



– O começo.

– Provavelmente o começo da guerra. – Sirius disse temeroso – Espero que Dumbledore consiga controlar as coisas antes que fique tudo ruim demais…

– Acho que Voldemort vai atrás de mais seguidores antes de começar a atacar… – Remo disse pensativo – Ele ainda está muito fraco…
– Se ele invadir Azkaban e convocar os dementadores para o lado dele, – Tiago ponderou – ele vai recuperar boa parte dos seguidores… E talvez até consiga alguns novos que foram presos por outros motivos…
– Viver em Azkaban não deve ser nada agradável… – Remo suspirou cansado – Até as pessoas que não eram comensais da morte quando entraram lá, poderiam ficar ao lado de Voldemort se ele desse a eles liberdade.
– Por isso é tão perigoso manter os dementadores comandando Azkaban. – Sirius bufou – Na verdade nem deveriam usar Azkaban como prisão… Como seu pai disse, – completou, virando se para Remo – os dementadores são as coisas menos apavorantes daquele lugar…

Quando relembrou os acontecimentos, mesmo um mês depois, Harry descobriu que havia pouco a se lembrar dos dias que se sucederam. Era como se ele tivesse passado por coisas em excesso para poder absorver mais alguma.

– Não aconteceu nada de muito importante. – Rony deu de ombros – As pessoas estavam apavoradas… Mas nada fora do esperado.


As lembranças que guardara eram muito dolorosas. A pior talvez tivesse sido o encontro com os Diggory, que ocorreu na manhã seguinte.
Eles não o culparam pelo que acontecera; pelo contrário, ambos lhe agradeceram por ter trazido o corpo do filho de volta. O Sr. Diggory soluçou a maior parte da entrevista. A dor da Sra. Diggory parecia ter ultrapassado o consolo das lágrimas.

Alice e Lily suspiraram juntas, haviam descoberto há pouquíssimo tempo que tiveram filhos no futuro, e já estavam completamente apegadas a eles… Não conseguiam imaginar a dor que a Sra. Diggory sentiu.


— Ele sofreu pouco, então — disse ela, depois que Harry lhe contou como Cedrico havia morrido. — Afinal, Amos... Ele morreu no momento em que venceu o torneio. Devia estar muito feliz.

– A Sra. Diggory tem razão… – Frank suspirou – Ele deve ter ficado com medo por apenas um segundo antes… Antes de ser atingido…

– Pelo menos dizem que a maldição da morte é indolor… – Lily murmurou temerosa.
– Espero nunca ter que descobrir se isso é verdade. – Tiago respondeu receoso.

Ao se levantarem, ela olhou para Harry e disse:
— Cuide-se bem.
Harry apanhou o saco de ouro na mesa-de-cabeceira.
— Podem levar — murmurou para a senhora. — Deveria ter sido de Cedrico, ele chegou à Taça primeiro, levem...
Mas ela se afastou dele.
— Ah, não, é seu, querido, não poderíamos... Fique para você.

– Cedrico morreu para ganhar esse prêmio… – Lily murmurou triste – Entendo perfeitamente os pais dele não quererem ficar com isso…


Harry voltou à Torre da Grifinória na noite seguinte. Pelo que Hermione e Rony lhe contaram, Dumbledore se dirigira à escola naquela manhã, ao café. Pedira apenas que deixassem Harry em paz, que ninguém lhe fizesse perguntas nem o aborrecesse pedindo que contasse o que acontecera no labirinto. A maioria dos colegas, reparou Harry, estava lhe dando distância nos corredores, evitando olhá-lo. Alguns cochichavam tampando a boca com as mãos quando o garoto passava. Ele imaginou que muitos teriam acreditado no artigo de Rita Skeeter sobre sua perturbação mental e a possibilidade de ser perigoso. Talvez estivessem formulando as próprias teorias sobre a morte de Cedrico.

– Algumas pessoas fizeram isso. – Gina disse entredentes – Eu azarei pessoalmente algumas garotas da Sonserina que insistiam em dizer perto de mim que você e Cedrico estavam sozinhos no labirinto e que você fez… Isso… Para vencer o torneio sozinho…
– Ouvi coisas parecidas de algumas pessoas da Lufa-lufa. – Neville confessou – Mas não azarei ninguém, apenas disse que você nunca seria capaz de fazer uma coisa dessas…
– Infelizmente, já esperava por algo do tipo. – Tiago suspirou cansado – Mas pelo menos você tem bons amigos, que te defendem… Eu particularmente prefiro o método da Gina, – completou, dando uma piscadela para a garota – mas o jeito do Neville não tem nada de errado.

Ele descobriu que não fazia muita diferença. Gostava mais quando estava com Rony e Hermione e conversavam de outras coisas ou então eles o deixavam ficar calado enquanto jogavam xadrez. Sentia que os três haviam chegado a um entendimento que não precisava ser expresso com palavras, que cada um estava à espera de um sinal, uma palavra, sobre o que estava acontecendo fora dos muros de Hogwarts, e que era inútil especular até que soubessem de alguma coisa ao certo.

– É muito bom quando a amizade chega nesse nível de entendimento. – Remo disse, trocando um olhar cúmplice com Sirius e Tiago – Na maior parte do tempo pensamos igual e nem precisamos explicar como estamos nos sentindo…

Harry trocou um olhar com Rony e Hermione, agradecido.

A única vez em que tocaram no assunto foi quando Rony contou a Harry sobre o encontro que a Sra. Weasley tivera com Dumbledore antes de voltar para casa.
— Ela foi perguntar ao diretor se você poderia ir direto para nossa casa no verão. Mas o diretor quer que você vá para a casa dos Dursley, pelo menos no começo.
— Por quê? — perguntou Harry.
— Ela disse que Dumbledore tem lá as razões dele — explicou Rony, balançando a cabeça sombriamente. — Suponho que temos de confiar nele, não é?

– Pelo que Voldemort disse, – Tiago disse pensativo – Dumbledore fez muitos feitiços antigos para garantir a sua segurança na casa dos Dursley… Deve ter algo a ver com isso.

– Ao menos Dumbledore permite que Harry vá para a casa dos Weasley depois de um tempo. – Lily suspirou – Seria péssimo se Harry tivesse que passar o verão inteiro com minha irmã e o marido… Ainda mais depois de tudo isso.

A única pessoa além de Rony e Hermione com quem Harry se sentia capaz de falar era Hagrid. E como não havia mais professor de Defesa contra as Artes das Trevas, tinham o tempo dessa aula livre.

– Logo no momento em que vocês mais precisam dessa matéria. – Remo suspirou pesaroso.

– Falando em DCAT… – Sirius disse repentinamente nervoso – E o mapa? Não posso acreditar que o mapa vai simplesmente se perder depois de todo o nosso trabalho!
– No dia seguinte… Depois de toda confusão, eu fui escondido à sala de Moody enquanto o verdadeiro Moody ainda estava na ala hospitalar… – Harry o tranquilizou – Encontrei o mapa na gaveta da escrivaninha… Dumbledore ainda não tinha vasculhado a sala.
– Mesmo assim… – Remo disse preocupado – Agora Dumbledore sabe que o mapa existe… Dumbledore, Snape e McGonagall…
– Talvez ele ache que o Crouch Jr. sumiu com o mapa e Harry nunca o recuperou. – Tiago disse esperançoso.

Usaram o da tarde de quinta-feira para visitar Hagrid em casa. Fazia um dia claro e ensolarado, Canino saltou pela porta aberta quando eles se aproximaram, latindo e abanando o rabo feito louco.
— Quem está aí? — perguntou Hagrid chegando até a porta. — Harry!
E saiu ao encontro dos garotos, puxando Harry para um abraço com uma das mãos e despenteando os cabelos dele com a outra disse:
— Que bom ver você companheiro. Que bom ver você.
Os três viram duas xícaras do tamanho de baldes sobre a mesa de madeira diante da lareira quando entraram na cabana.
— Tomando uma xícara de chá com Olímpia, — disse Hagrid — ela acabou de sair.
— Quem? — perguntou Rony curioso.

– Considerando o tamanho da xícara de chá, – Alice disse com um meio sorriso, satisfeita – eu diria que Olímpia é o primeiro nome de Maxime!

– E você acha que agora eles vão se reaproximar? – Lily perguntou rindo de Alice, resignada.
– Muitas pessoas acabam se unindo no meio da guerra. – Alice deu de ombros – As pessoas simplesmente não querem viver sozinhas… Especialmente quando o perigo pode estar em qualquer lugar… As pessoas tem medo de morrer sozinhas...
– Ou eles poderiam apenas estar discutindo a missão que Dumbledore deu a eles. – Sirius disse encolhendo os ombros.

— Madame Maxime, é claro! — explicou Hagrid.
— Vocês dois fizeram as pazes, então? — perguntou Rony;
— Não sei do que você está falando — disse Hagrid com displicência, indo buscar mais xícaras na cômoda. Depois de preparar o chá e oferecer um prato de biscoitos massudos, ele se sentou e examinou Harry mais de perto com aqueles seus olhos de besouros negros.
— Você está bem? — perguntou rouco.
— Claro.
— Não, não está. Claro que não está. Mas vai ficar.
Harry não respondeu nada.
— Eu sabia que ele ia voltar — disse Hagrid, e Harry, Rony e Hermione olharam para ele chocados. — Sei há anos, Harry. Sabia que estava lá fora, esperando a hora. Tinha que acontecer. Bom, agora aconteceu, e vamos ter de conviver com isso. Vamos lutar. Talvez a gente consiga deter o homem antes que ele se firme. Pelo menos esse é o plano de Dumbledore. Grande homem. Dumbledore. Enquanto contarmos com ele, não estou muito preocupado.

– Hagrid realmente falou que achava que ele estava apenas esperando para voltar, no dia em que levou Harry ao beco diagonal. – Remo suspirou cansado.

– Mas ele está certo. – Sirius disse confiante – Dumbledore vai se esforçar para detê-lo antes que ele conquiste de volta a força que tem na nossa época… E talvez Dumbledore consiga fazer isso!
– Não tenha muitas esperanças. – Tiago alertou Sirius, sério – Você mesmo disse, as coisas nunca são fáceis…

Hagrid ergueu as sobrancelhas espessas ao ver a expressão de incredulidade nos rostos dos garotos.
— Não adianta a gente ficar sentado se preocupando. O que tiver que ser será, e nós o enfrentaremos quando vier. Dumbledore me contou o que você fez, Harry.
O peito de Hagrid inchou ao fitar Harry.
— Você fez tanto quanto o seu pai teria feito e não posso lhe fazer elogio maior.
Harry retribuiu o sorriso do amigo. Era a primeira vez que sorria em dias.

– Porque esse é o melhor elogio que alguém poderia ter lhe feito. – Sirius afirmou encarando Tiago – E eu sempre fico muito feliz em ver o quanto isso significa para você. – completou virando-se para Harry com um sorriso triste.


— Que foi que Dumbledore lhe pediu para fazer, Hagrid? — perguntou o garoto. — Ele mandou a Professora Minerva convidar você e Madame Maxime para irem à sala dele... Naquela noite.
— Tem um trabalhinho para mim durante o verão — disse Hagrid. — Mas é segredo. Não tenho licença para falar, nem para vocês. Olímpia, Madame Maxime para vocês, talvez vá comigo. Acho que irá. Acho que a convenci.
— Tem ligação com Voldemort?
Hagrid fez uma careta ao ouvir aquele nome.

– Tenho bastante certeza de que Dumbledore quer enviar Hagrid para conversar com os gigantes… – Remo afirmou temeroso – Hagrid e Maxime são os mais indicados para isso…


— Talvez — respondeu evasivamente. — Agora... Quem gostaria de visitar o último explosívín comigo? Brincadeirinha, brincadeirinha! — acrescentou ele depressa, ao ver a cara dos garotos.

– Espero que isso signifique que não há um último explosivin para visitar. – Sirius disse com um meio sorriso – O do labirinto devia ser o último…

– Talvez ele tenha sobrevivido ao labirinto… – Remo deu de ombros – Hagrid pode ter soltado ele na floresta depois da prova…
– Porque a floresta é o melhor lugar para esconder criaturas mágicas ilegais. – Tiago riu.

Foi com uma opressão no peito que Harry arrumou seu malão no dormitório, na véspera do seu regresso à Rua dos Alfeneiros. Estava com medo da Festa de Despedida, que normalmente era motivo de comemoração, pois nela anunciavam o vencedor do campeonato entre as Casas. Ele andava evitando o Salão Principal quando estava cheio, desde que deixara a ala hospitalar, dando preferência a comer quando ficava quase vazio, para evitar os olhares dos colegas.

– E isso é completamente justificável. – Lily disse apertando a mão de Harry com carinho – A maioria dessas pessoas pensa coisas horríveis sobre você… Você não é obrigado a conviver com elas.


Quando ele, Rony e Hermione entraram no salão, notaram imediatamente que não havia as decorações de costume. O Salão Principal em geral era enfeitado com as cores da Casa vencedora na Festa de Despedida. Esta noite, no entanto, havia panos pretos na parede ao fundo onde ficava a mesa dos professores. Harry percebeu instantaneamente que eram um sinal de respeito por Cedrico.

– Não acho que as pessoas estariam no clima para um festa. – Frank suspirou – Depois de tudo o que aconteceu… Ninguém deve estar se importando com o campeonato das casas…

– É claro que não. – Alice disse triste – A morte de Cedrico deve ter sido um baque grande demais para toda a escola…
– Estou curioso para saber o que Dumbledore vai dizer… – Sirius disse pensativo – É a última chance que ele tem de se dirigir à toda escola… E ele deve querer fazer um discurso sobre Cedrico.

O verdadeiro Olho-Tonto Moody estava à mesa, a perna de pau e o olho mágico nos lugares. Mostrava-se extremamente inquieto e assustadiço todas as vezes que alguém lhe falava. Harry não pôde culpá-lo, o medo que Moody tinha de ser atacado com certeza havia crescido depois de ficar preso no seu próprio malão durante dez meses.

– Só espero que Moody se recupere rápido e ajude Dumbledore a lutar contra Voldemort. – Tiago disse sério – Moody sempre disse que não poderia descansar enquanto ainda tivesse trabalho a fazer, e que o trabalho nunca acabaria…

– Além disso ele ainda deve ter boas conexões com os aurores mais antigos… – Sirius disse pensativo – Não acho que os aurores seriam burros a ponto de acreditar em Fudge e não em Dumbledore… Mas Moody com certeza poderia convencer os que ficassem mais relutantes…
– E alguns dos aurores mais novos devem ser pupilos de Moody… E não seria nada ruim tê-los do nosso lado… – Remo ponderou.
– Mas de qualquer forma, – Lily interrompeu – não acho que vá demorar muito para que o mundo descubra sobre a volta de Voldemort… Então todos estarão do lado de Dumbledore.

O lugar do Professor Karkaroff estava vazio. Harry se perguntou, ao sentar-se com os colegas da Grifinória, onde andaria o bruxo, se Voldemort já o teria alcançado.

– Eu apostaria que sim. – Sirius afirmou categórico – Bellatrix já disse algumas vezes que Voldemort tem métodos de encontrar qualquer um de seus comensais…

– Provavelmente tem relação com a marca negra. – Remo disse pensativo – Se quando a sentem os comensais sabem exatamente para onde devem ir… Deve funcionar no outro sentido também.
– Faz muito sentido. – Frank disse – Por isso que dizem que é um trabalho para a vida inteira…
Severo se remexeu desconfortável em seu lugar. Cada vez mais via como ser um comensal parecia mais uma armadilha do que um prêmio.

Madame Maxime continuava em Hogwarts. Estava sentada ao lado de Hagrid. Falavam entre si baixinho. Mais adiante na mesa, ao lado da Professora McGonagall, estava Snape.

– Então você já voltou da sua missão. – Tiago disse encarando Severo – Se conseguiu voltar vivo… Isso significa que Voldemort acreditou em você e te aceitou de volta… E o plano de Dumbledore de colocar você de volta como espião funcionou.

– É o que parece. – Severo murmurou preocupado, se tinha realmente conseguido voltar a ser um espião de Dumbledore, devia ser ao menos muito competente em oclumência…
– Parece que você realmente está do lado certo. – Lily disse olhando para Severo com pena – Isso significa que você se arrependeu de verdade de se tornar um comensal da morte… Espero que enxergue isso e nunca se torne um deles!
Severo apenas acenou afirmativamente para Lily, ela ainda tinha esperanças de que ele fosse capaz de ser uma pessoa boa, e isso fazia ele se sentir bem… Talvez Lily nunca fosse apenas sua, mas se pudesse, ao menos, tê-la como amiga para o resto da vida… Talvez fosse o bastante… Certamente era melhor do que vê-la morta.

Seus olhos se demoraram em Harry por um momento quando o garoto olhou em sua direção. Sua expressão era difícil de traduzir. Parecia tão amargurado e desagradável como sempre. Harry continuou a observá-lo muito depois de o professor ter desviado o olhar.
Que será que Snape fizera por ordem de Dumbledore, na noite em que Voldemort ressurgira? E por que... Por que... Dumbledore tinha tanta convicção de que Snape estava realmente do lado deles? Espionara para eles, dissera Dumbledore na Penseira. "Snape espionara Voldemort correndo grandes riscos pessoais." Seria essa a tarefa que retomara? Teria feito contato com os Comensais da Morte, talvez? Fingira que jamais se passara realmente para o lado de Dumbledore, que estivera, a exemplo do próprio Voldemort, aguardando sua hora?

– É o que me parece mais lógico. – Remo disse pensativo – É a melhor utilidade que um ex-comensal da morte poderia ter…

– Só fico me perguntando o que exatamente Snape disse para Voldemort… Que desculpas ele usou. – Sirius disse incomodado.
– Snape não é burro. – Tiago disse encarando Severo com seriedade – Ele saberia se virar perfeitamente… E se ele conseguiu se especializar em oclumência, como ele pretende… As coisas devem ter sido um pouco mais fáceis.
– O único problema disso, – Sirius disse olhando de soslaio para Severo – é que se ele é capaz de usar oclumência contra Voldemort… Também é capaz de enganar Dumbledore.
– Dumbledore tem os motivos dele para acreditar em Snape. – Remo disse encerrando o assunto – E talvez nós devêssemos acreditar nele.

As indagações de Harry foram interrompidas pelo Professor Dumbledore, que se levantou à mesa dos professores. O Salão Principal, que por sinal tinha estado menos barulhento do que costumava ser em uma Festa de Despedida, ficou muito silencioso.
— O fim — disse Dumbledore olhando para todos — de mais um ano.
Ele fez uma pausa e seu olhar pousou na mesa da Lufa-Lufa. A mais silenciosa de todas antes do diretor se levantar, e continuava a ser a mais triste e de rostos mais pálidos do salão.
— Há muita coisa que eu gostaria de dizer a todos vocês esta noite, mas primeiro, quero lembrar a perda de uma excelente pessoa, que deveria estar sentado aqui, — ele fez um gesto em direção à mesa da Lufa-Lufa — festejando conosco. Eu gostaria que todos os presentes, por favor, se levantassem e fizessem um brinde a Cedrico Diggory.
Todos obedeceram; os bancos se arrastaram e os alunos no salão se levantaram e ergueram seus cálices e ouviu-se um eco uníssono, alto, grave e ressonante: “Cedrico Diggory”.
De relance, Harry viu Cho entre os colegas. Havia lágrimas silenciosas correndo pelo seu rosto. Ele baixou os olhos para a própria mesa quando todos tornaram a se sentar.

– Deve ter sido complicado para ela. – Alice suspirou triste.

– Eles estavam namorando… – Gina contou relutante – Antes da terceira prova ela estava muito orgulhosa em ser a namorada de um campeão… Mas ela não culpou Harry. – acrescentou trocando um olhar com o garoto – Ao contrário de várias pessoas da escola…

— Cedrico era o aluno que exemplificava muitas das qualidades que distinguem a Casa da Lufa-Lufa — continuou Dumbledore. — Era um amigo bom e leal, uma pessoa aplicada, valorizava o jogo limpo. Sua morte nos afetou a todos, quer vocês o conhecessem bem ou não. Portanto, creio que vocês têm o direito de saber exatamente como aconteceu.
Harry ergueu a cabeça e encarou Dumbledore.

– Então Dumbledore realmente vai usar essa oportunidade para contar a verdade a todos… – Tiago disse receoso – Espero que os alunos entendam…

– Talvez se ele conseguir convencer alguns de que está falando a verdade, eles conversem sobre isso com os pais… – Sirius disse esperançoso – Quanto mais pessoas souberem do retorno de Voldemort melhor… Menos pessoas serão pegas desprevenidas.

— Cedrico Diggory foi morto por Lord Voldemort.
Um murmúrio de pânico varreu o Salão Principal. As pessoas olharam para Dumbledore incrédulas, horrorizadas. Ele parecia perfeitamente calmo ao observar os presentes até pararem de murmurar.

– Esse é o tipo de notícia que tem que ser dada de uma vez. – Frank suspirou – Ele não poderia enrolar antes de dizer isso…

– Tem razão. – Tiago disse apreensivo – Eles precisavam ouvir isso com todas as palavras… Sem lugar para interpretações.

— O Ministro da Magia — continuou Dumbledore — não quer que eu lhes diga isto. É possível que alguns pais se horrorizem com o que acabo de fazer, ou porque não acreditam que Lord Voldemort tenha ressurgido ou porque acham que eu não deva lhes informar isto por serem demasiado jovens. Creio, no entanto, que a verdade é, em geral, preferível às mentiras, e qualquer tentativa de fingir que Cedrico Diggory morreu em conseqüência de um acidente ou de algum erro que cometeu é um insulto à sua memória.

– Pelo menos Dumbledore teve a chance de informar os alunos da verdade. – Lily suspirou – E de acabar com as especulações deles sobre a morte de Cedrico e o envolvimento de Harry… Resta saber como as pessoas vão reagir…

– Sabendo como o povo é burro… – Sirius disse, mas recebendo um cutucão de Remo se corrigiu – Ingênuo, não duvido nada que eles duvidem do retorno de Voldemort, assim como Fudge…
– Mas isso não vai durar muito tempo. – Alice disse esperançosa – Logo Voldemort vai mostrar que voltou… E as pessoas vão saber o que estão enfrentando.
– O problema, – Tiago suspirou – é quão forte ele vai estar quando resolver se mostrar ao mundo…
– Talvez seja tarde demais. – Remo disse temeroso.
– Não é hora de especular isso. – Lily disse firme – Vamos apenas continuar lendo. – completou fazendo sinal para Hermione retomar a leitura.

Atordoados e temerosos, cada rosto no salão voltava-se para Dumbledore agora... Ou quase todos. Na mesa da Sonserina, Harry viu Draco Malfoy cochichar alguma coisa para Crabbe e Goyle. O garoto sentiu no estômago um espasmo nauseante e quente de raiva. Forçou-se a olhar para Dumbledore.

– Os pais deles estavam lá. – Tiago disse soturno – Talvez eles já saibam exatamente o que aconteceu… Ou vão saber tudo assim que chegarem em casa… De qualquer forma, eles não veem motivos para temer o amo dos pais deles…

– É claro que não. – Sirius bufou – Eles tem sangue-puro e dinheiro… E já estão disseminando os pensamentos dos pais na escola…

— Há mais alguém que deve ser mencionado com relação à morte de Cedrico — continuou Dumbledore. — Estou me referindo, naturalmente, a Harry Potter.
Um murmúrio atravessou o salão e algumas cabeças se viraram em direção ao garoto antes de tornarem a fitar Dumbledore.
— Harry Potter conseguiu escapar de Lord Voldemort. E arriscou a própria vida para trazer o corpo de Cedrico de volta a Hogwarts. Ele demonstrou, sob todos os aspectos, uma bravura que poucos bruxos jamais demonstraram diante de Lord Voldemort e, por isso, eu o homenageio.
Dumbledore virou-se solenemente para Harry e ergueu sua taça mais uma vez. Quase todos os presentes no Salão Principal seguiram seu exemplo. E murmuraram seu nome, conforme tinham murmurado o de Cedrico, e beberam em sua homenagem. Mas, por uma brecha entre os que estavam de pé, Harry viu que Malfoy, Grabbe, Goyle e muitos alunos da Sonserina, num gesto de desafio, tinham permanecido sentados, os cálices intocados.

– Você não precisa que eles bebam em sua homenagem. – Tiago disse categórico – Não precisa que ninguém que duvida de você faça isso! É melhor ter poucos amigos verdadeiros que uma multidão de amigos falsos!

– Ás vezes me preocupo com alguns dos garotos da Sonserina… – Sirius disse de repente – Muitos deles não tem ideia da realidade… Apenas acreditam no que seus pais e amigos dizem… São apenas ingênuos, como o resto do povo bruxo…
– E por que você está dizendo isso? – Lily perguntou confusa, não esperava aquilo de Sirius.
– Minha prima Andrômeda. – Sirius justificou – Nossa família passou a nossa vida toda dizendo que nascidos-trouxas são… – Sirius encarou Lily com dificuldade – São impuros… E que os trouxas querem nos roubar… Eles basicamente falam de trouxas e nascidos-trouxas como toda a população fala de lobisomens e gigantes! Andrômeda sempre acreditou nos pais dela… Até que conheceu Ted Tonks na escola… E descobriu que tudo no que acreditou a vida inteira era uma mentira…
– E com você as coisas não foram assim? – Alice perguntou.
– Não. – Sirius disse sério – Nunca acreditei realmente no que meus pais diziam… Meu tio Alphard não era fanático como meus pais… E sempre me disse que eles exageravam…
– E você acha que alguns dos garotos da sonserina são como sua prima. – Lily disse compreendendo.
– Acho que a maioria deles é como minha prima, inclusive Draco… – Sirius suspirou pesaroso – Afinal, ele está sendo criado por uma das minhas primas… E eu sei que Narcissa realmente acreditava em tudo o que meus tios diziam…

Dumbledore, que afinal de contas não possuía olhos mágicos, não os viu. Quando todos se sentaram mais uma vez, o diretor continuou:
— O objetivo do Torneio Tribruxo era aprofundar e promover o entendimento no mundo mágico. À luz do que aconteceu, o ressurgimento de Lord Voldemort, esses laços se tornam mais importantes do que nunca.
O olhar do diretor foi de Madame Maxime e Hagrid a Fleur Delacour e seus colegas de Beauxbatons, daí para Krum e os alunos de Durmstrang à mesa da Sonserina. Krum, Harry observou, parecia preocupado, quase temeroso, como se esperasse Dumbledore dizer alguma coisa desagradável.

– O diretor da escola deles é um comensal da morte que fugiu… – Remo deu de ombros – É claro que ele estava esperando algo desagradável.


— Cada convidado neste salão — disse o diretor e seu olhar se demorou nos alunos de Durmstrang — será bem-vindo se algum dia quiser voltar para cá. Repito a todos, à luz do ressurgimento de Lord Voldemort, seremos tão fortes quanto formos unidos e tão fracos quanto formos desunidos. O talento de Lord Voldemort para disseminar a desarmonia e a inimizade é muito grande. Só podemos combatê-lo mostrando uma ligação igualmente forte de amizade e confiança. As diferenças de costumes e língua não significam nada se os nossos objetivos forem os mesmos e os nossos corações forem receptivos.

– Voldemort tinha se reerguido há poucas horas e já tinha conseguido fazer com que Fudge rompesse com Dumbledore. – Frank bufou – Essa é a hora de se manter o mais próximo dos amigos o possível…


— Creio — e nunca tive tanta esperança de estar enganado — que estamos diante de tempos negros e difíceis. Alguns de vocês, neste salão, já sofreram diretamente nas mãos de Lord Voldemort. As famílias de muitos já foram despedaçadas. Há apenas uma semana, um aluno foi levado do nosso meio. Lembrem-se de Cedrico Diggory. Lembrem-se, se chegar a hora de terem de escolher entre o que é certo e o que é fácil, lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que era bom, generoso e corajoso, porque ele cruzou o caminho de Lord Voldemort. Lembrem-se de Cedrico Diggory.

– Isso precisa ser o bastante para a maioria deles entender o perigo que estão prestes a enfrentar. – Remo suspirou ansioso – Resta saber se os pais deles irão compreender isso…

– Só podemos esperar que sim. – Lily disse apreensiva – Porque se não acreditarem… – completou encarando Harry preocupada.

O malão de Harry estava pronto, Edwiges, presa na gaiola em cima do malão. Harry, Rony e Hermione aguardavam no saguão de entrada lotado, com os demais alunos do quarto ano, as carruagens que deviam levá-los à estação de Hogsmeade. Fazia mais um belo dia de verão. Harry supôs que a Rua dos Alfeneiros estaria quente e cheia de folhas, os canteiros de flores em uma profusão de cores, quando ele chegasse lá à noite. O pensamento não lhe trouxe prazer algum.
— Arry!
Ele olhou. Fleur Delacour vinha entrando no castelo correndo. Para além da garota, lá longe no jardim, Harry viu Hagrid ajudando Madame Maxime a atrelar os cavalos à carruagem. A carruagem de Beauxbatons estava prestes a partir.
— Nos verremes utrra vez, esperro — disse Fleur, que estendeu a mão quando o alcançou. — Estou querrendo arranjar um emprrego aqui para melhorrar o meu inglês.

– É muito corajoso da parte dela. – Lily disse relutante – Querer vir para o país logo depois de Voldemort retornar…

– Ela deve ser uma garota corajosa, apesar de tudo, – Tiago deu de ombros – afinal, o cálice de fogo escolheu ela entre todos os estudantes de 17 anos de Beauxbatons. E ela enfrentou todas as provas o melhor que pode…
– Talvez ela não seja uma pessoa de todo ruim. – Lily admitiu resignada – Vamos descobrir se Harry voltar a encontrá-la…

— Já é bastante bom — disse Rony com a voz meio estrangulada. Fleur sorriu para ele, Hermione amarrou a cara para o amigo.

Hermione corou e baixou os olhos constrangida.


— Adeus, Arry — disse Fleur, virando-se para ir embora. — Foi um prrazer conhecerr você!
O estado de ânimo de Harry não pôde deixar de melhorar um pouquinho ao observar Fleur correr pelos gramados de volta a Madame Maxime, seus cabelos prateados ondeando ao sol.
— Como será que os alunos de Durmstrang vão voltar para casa? — indagou Rony. — Vocês acham que eles são capazes de comandar aquele navio sem o Karkaroff?
— Karkaroff non comandou — disse uma voz ríspida. — Ficou na cabine e deixou o trrabalho conosco. — Krum viera se despedir de Hermione.

– Karkaroff apenas se aproveitou do alunos… – Tiago revirou os olhos – Era de se esperar… Ele só entregou os outros comensais para se livrar de Azkaban… É o tipo de coisa que esperamos de uma pessoa como ele.


— Posso lhe darr uma palavrrinha? — pediu ele.
— Ah... Claro... Tudo bem — respondeu a garota, e parecendo ligeiramente afobada acompanhou. Krum pela aglomeração de alunos até desaparecer de vista.
— É melhor você se apressar! — gritou Rony para ela. — As carruagens vão chegar a qualquer momento!
Mas ele deixou com Harry a tarefa de vigiar a chegada das carruagens e passou os minutos seguintes esticando o pescoço por cima dos colegas para tentar ver o que Krum e Hermione poderiam estar fazendo. Os dois voltaram bem depressa, mas o rosto da garota estava impassível.

Foi a vez de Rony encarar os próprios joelhos constrangido.


— Eu gostava de Diggory — disse Krum abruptamente a Harry. — Erra semprre educado comigo. Semprre. Mesmo eu sendo de Durrmstrrang, com Karkaroff — acrescentou ele, fechando a cara.
— Vocês já têm um novo diretor? — perguntou Harry.
Krum sacudiu os ombros. Depois estendeu a mão, como fizera Fleur, apertou a de Harry e em seguida a de Rony.

– Krum parece ser realmente um bom garoto. – Sirius admitiu – Não se parece em nada com o que as pessoas falam das pessoas de Durmstrang…

– Você também não se parece em nada com o que as pessoas falam dos Black. – Tiago rebateu.
– E sua mãe não se parece em nada com o que as pessoas falam dos Sonserinos. – Sirius deu de ombros encarando Tiago – O preconceito realmente não leva as pessoas a lugar nenhum…

Rony parecia estar sofrendo um doloroso conflito interior.
Krum já começara a se afastar quando ele falou de supetão.
— Pode me dar seu autógrafo?

Apesar de tudo, a maioria das pessoas da sala não resistiu às gargalhadas.


Hermione se virou rindo para as carruagens sem cavalos, que agora vinham sacolejando pelo caminho, quando Krum, com ar de surpresa, mas muito satisfeito, assinou um pedaço de pergaminho para Rony.

– É claro que ele estaria surpreso! – Alice disse rindo – Rony foi rude com ele durante o ano inteiro!

– Porque Harry não está vendo os testrálios? – Remo perguntou confuso, ignorando Alice.
– Talvez ele não tenha assimilado a morte de Cedrico ainda. – Sirius deu de ombros – Sempre me perguntei porque ele não os via desde o primeiro ano… Afinal… – hesitou olhando para Lily.
– Afinal de acordo com o que sabemos, ele deve ter me visto morrer. – Lily completou por Sirius, firme.
– Harry era novo demais para assimilar a morte. – Tiago justificou – E provavelmente ainda está em choque pela morte de Cedrico…

O tempo não poderia estar mais diferente na viagem de volta a King’s Cross do que estivera na vinda para Hogwarts, em setembro. Não havia uma única nuvem no céu. Harry, Rony e Hermione tinham conseguido uma cabine só para eles. Pichitinho mais uma vez viajava escondida sob as vestes a rigor de Rony para não ficar piando continuamente. Edwiges cochilava, a cabeça debaixo de uma asa, e Bichento se enroscara em um lugar vazio como uma grande almofada peluda cor de gengibre. Harry, Rony e Hermione conversaram mais longa e livremente do que haviam feito durante toda a semana, enquanto o trem os levava para o sul.
Harry teve a impressão de que o discurso de Dumbledore na Festa de Despedida de alguma forma o desbloqueara. Tornara-se menos doloroso para ele falar sobre o que acontecera.

– Muitas vezes a verdade tem esse poder libertador. – Lily disse apertando a mão de Harry, compreensiva.


Os amigos somente interromperam a conversa sobre as medidas que Dumbledore poderia estar tomando naquele instante para deter Voldemort, quando o carrinho de comida chegou.
Ao voltar do carrinho, Hermione guardou o troco na mochila e apanhou um exemplar do Profeta Diário que levava ali. Harry olhou para o jornal, pouco seguro se realmente gostaria de saber o que dizia, mas Hermione, vendo-o olhar, disse calmamente:
— Não tem nada aqui. Pode ver por você mesmo, não tem nada aqui. Estive verificando todos os dias. Só uma pequena noticia no dia seguinte à terceira tarefa, dizendo que você ganhou o torneio. O jornal sequer mencionou Cedrico. Nenhum comentário sobre nada. Se vocês me perguntarem, acho que Fudge está obrigando o jornal a se calar.

– É claro que está! – Frank revirou os olhos – Fudge não ia querer que o povo começasse a se questionar sobre o que realmente está acontecendo.

– As pessoas não engoliriam fácil se o jornal dissesse que Cedrico morreu por acidente. – Tiago concordou enfático – O povo é ingênuo, mas nem todo mundo é burro…

— Ele jamais faria Rita se calar — disse Harry. — Não sobre uma história dessas.
— Ah, Rita não tem escrito nada desde a terceira tarefa — disse Hermione, com uma voz estranhamente contida. — Aliás, — acrescentou, agora com a voz ligeiramente trêmula — Rita Skeeter não vai escrever nadinha por algum tempo. A não ser que queira que eu ponha a boca no trombone sobre ela.

– Então você já encontrou um jeito de ameaçar ela… – Sirius disse ligeiramente orgulhoso – Encontrou ela na forma humana ou como um besouro nojento?

– Vocês já vão descobrir. – Hermione sorriu satisfeita retomando a leitura.

— Do que é que você está falando? — perguntou Rony.
— Descobri como é que ela fazia para escutar conversas particulares já que estava proibida de entrar nos terrenos da escola — explicou a garota depressa.
Harry teve a impressão de que Hermione andava há dias doidinha para contar a eles, mas se contivera por conta de tudo o mais que havia acontecido.

– Eu pensei em contar várias vezes… – Hermione disse levantando os olhos do livro e encarando Harry – Mas as coisas estavam intensas demais…


— Como é que ela fazia? — perguntou Harry na mesma hora.
— Como foi que você descobriu? — perguntou Rony, olhando admirado para a amiga.
— Bom, na realidade foi você, Harry, quem me deu a idéia.
— Eu? — exclamou Harry perplexo. — Como?
— Grampo — disse a garota satisfeita.
— Mas você disse que não funcionava...
— Ah, não um grampo eletrônico. Não, sabe... Rita Skeeter — a voz de Hermione tremeu de silencioso triunfo — é um animago clandestino. Ela pode se transformar... — Hermione tirou um frasco lacrado de dentro da mochila. — ... Em besouro.

– Eu sabia! – Tiago disse satisfeito.

– Você tinha muito mais informações que eu. – Hermione rebateu levantando uma sobrancelha para ele – Eu não sabia sobre o besouro na estátua do baile de inverno… E vocês são animagos! Sabem muito mais sobre isso do que eu poderia saber na época.
– E ainda assim só descobrimos quando você descobriu. – Tiago disse admirado – Você é realmente genial!

— Você está brincando — exclamou Rony. — Você não... Ela não está...
— Ah, está — respondeu Hermione com ar de felicidade, mostrando o frasco para os amigos. Dentro havia uns gravetos e folhas e um grande e gordo besouro.

– Você capturou ela! – Sirius disse empolgado – Provavelmente na janela da ala hospitalar! Quando fez um barulho?

– Claro! – Tiago disse rindo – Rita ia querer descobrir o que estava acontecendo! Muito inteligente da sua parte providenciar um frasco para prendê-la…

— Nunca... Você está brincando... — sussurrou Rony, erguendo o frasco à altura dos olhos.
— Não, não estou — disse Hermione, com um largo sorriso. — Apanhei-a no peitoril da janela da enfermaria. Olhe com atenção e você vai notar as marcas em volta das antenas exatamente iguais as daqueles óculos horrorosos que ela usa.
Harry olhou e viu que a garota tinha razão. E ele também se lembrou de uma coisa.
— Havia um besouro em cima da estátua na noite em que ouvimos Hagrid falando com Madame Maxime sobre a mãe dele!
— Exatamente — confirmou Hermione. — E Vítor tirou um besouro dos meus cabelos quando estávamos conversando na beira do lago. E, a não ser que eu esteja muito enganada, Rita estava no peitoril da janela da classe de Adivinhação no dia em que sua cicatriz doeu. Ela andou besourando pela escola o ano inteiro.
— Quando vimos Malfoy debaixo daquela árvore... — lembrou Rony lentamente.
— Ele estava falando com a Rita segura na mão — disse Hermione. — Ele sabia, é claro. Foi assim que ela fez aquelas entrevistas simpáticas com os alunos da Sonserina. Aqueles garotos não ligariam se ela estivesse fazendo uma coisa ilegal, desde que pudessem contar barbaridades sobre Hagrid e nós.

– É claro que não… – Remo disse revirando os olhos – Eles não se importam que os pais deles torturem trouxas por ai… Por que se importariam com isso.


Hermione apanhou o frasco da mão de Rony e sorriu para o besouro, que zuniu irritado contra o vidro.
— Já avisei a ela que só vou soltá-la quando chegarmos a Londres. Lancei um Feitiço Antiquebra no frasco, entendem, para ela não poder se transformar. E avisei, também, que vai ter que guardar a pena só para ela durante um ano. Vamos ver se ela não perde o hábito de escrever mentiras horríveis sobre as pessoas.

– Duvido muito que ela mude. – Alice bufou – Mas acho que vale a tentativa, não é?

– Mal não faz. – Neville deu de ombros.

Sorrindo serenamente, Hermione tornou a guardar o besouro na mochila. A porta da cabine se abriu.
— Muito esperta, Granger — exclamou Draco Malfoy.
Crabbe e Goyle vinham atrás dele. Os três pareciam mais satisfeitos com eles mesmos, mais arrogantes e mais ameaçadores, do que Harry jamais os vira.

– Eles pensam que com Voldemort de volta eles podem fazer o que quiserem… – Sirius disse soturno – E em alguns aspectos eles estão certos… São os únicos alunos relativamente seguros…

– O que você quer dizer com relativamente seguros? Por que eles não estão completamente seguros? – Alice perguntou confusa.
– Porque Voldemort é louco! – Sirius respondeu exasperado – Ele usa as pessoas sem se importar muito com quem elas são… Eles não sabem disso ainda, mas se Voldemort encontrar uma utilidade para eles…
– Devem estar muito satisfeitos com o retorno de Voldemort… – Lily suspirou profundamente – Talvez você tenha razão, – disse encarando Sirius – alguns deles realmente são inocentes que acreditam em tudo o que os pais dizem…

— Então — disse Malfoy, entrando lentamente na cabine e olhando para os três, um sorrisinho brincando em seus lábios. — Vocês apanharam uma repórter patética, e Potter voltou a ser o aluno favorito de Dumbledore. Grande coisa.
Seu sorriso se alargou. Crabbe e Goyle fizeram cara de desdém.
— Estamos tentando não pensar naquilo, é? — disse ele calmamente, continuando a se dirigir aos três. — Tentando fingir que não aconteceu?
— Dá o fora — disse Harry. Ele não chegava perto de Malfoy desde que o vira cochichando com Crabbe e Goyle durante o discurso de Dumbledore sobre Cedrico. Sentiu uma espécie de zumbido nos ouvidos. Sua mão agarrou a varinha sob as vestes.
— Você escolheu o lado perdedor, Potter! Eu lhe avisei! Eu lhe disse que devia escolher com quem anda com mais cuidado, lembra? Quando nos encontramos no trem, no primeiro dia de Hogwarts? Eu lhe disse para não andar com ralé desse tipo! — Ele indicou Rony e Hermione com a cabeça.

– Acho que Draco realmente não entendeu nada. – Tiago suspirou – Ele acha que se Harry tivesse se tornado amigo dele no primeiro ano as coisas seriam diferentes…

– Harry é descendente de uma família de sangue-puro. – Sirius deu de ombros – Harry pode ser mestiço, mas os Potter sempre foram uma família importante… Draco deve acreditar em tudo o que ouviu dos pais durante a vida toda…
– Ele não sabe que Voldemort queria matar Harry e nem o porque. – Remo concordou – Acho que Sirius tem razão… Ele realmente acredita nos pais…
– Como a Andrômeda… E provavelmente como sua mãe também. – Sirius disse virando-se para Tiago.
– Provavelmente. – Tiago suspirou – Mas meu pai nunca teve esses ideais… E deve ter ensinado muito a minha mãe quando eles se conheceram.
– Espero que alguém tenha ensinado a Régulo… – Sirius disse baixando os olhos preocupado – E espero que alguém ensine Draco… Ele é uma criança, apesar de ser uma criança desagradável… Ele pensa que se Harry tivesse aceitado a amizade dele, Harry estaria salvo… Eu acho que se Harry tivesse aceitado a amizade dele, Draco poderia estar do lado certo… Bastaria ensinar a ele as coisas certas.
– Talvez. – Tiago concordou pensativo.

— Tarde demais agora, Potter! Eles serão os primeiros a ir, agora que o Lord das Trevas voltou! Sangue-ruins e amantes de trouxas primeiro! Bom, em segundo lugar, Diggory foi o pr...

– Ele merece ser azarado! – Sirius disse exaltado se esquecendo completamente de como achava Draco apenas um garoto ingênuo.


Foi como se alguém tivesse explodido uma caixa de fogos na cabine pelo clarão dos feitiços que voaram em todas as direções, surdo pela série de estampidos, Harry piscou olhando para o chão. Malfoy, Crabbe e Goyle estavam caídos inconscientes à porta.
Ele, Rony e Hermione estavam de pé, depois de cada um ter usado um feitiço diferente. E não tinham sido os únicos a fazer isso.
— Achamos que devíamos dar uma olhada no que os três iam aprontar — disse Fred factualmente, pisando em cima de Goyle, no que foi imitado por Jorge, que teve o cuidado de pisar em Malfoy ao entrar com o irmão na cabine.
— Que efeito interessante! — exclamou Jorge, olhando para Crabbe. — Quem usou o Feitiço Furunculus?
— Eu — respondeu Harry.
— Que estranho! — disse Jorge descontraído. — Eu usei o das Pernas- Bambas. Parece que não se deve misturar os dois. Brotaram pequenos tentáculos pela cara dele toda. Bom, não vamos deixar os três aqui, eles não contribuem nada para a decoração.

– Muito interessante! – Tiago disse em meio às risadas – Acho que devíamos experimentar os dois juntos…

– Com certeza… – Sirius disse empolgado – E talvez misturar mais alguns para ver o efeito!
– Vocês são impossíveis. – Lily disse gargalhando.

Rony, Harry e Jorge chutaram, rolaram e empurraram os inconscientes Malfoy, Crabbe e Goyle — cada um com a aparência pior, dada a mistura de feitiços com que tinham sido atingidos — até o corredor, depois voltaram para a cabine e fecharam a porta.
— Alguém topa um Snap Explosivo? — convidou Jorge puxando um baralho.
Já estavam no meio da quinta partida quando Harry resolveu fazer a eles a pergunta.
— Então vão nos contar? — dirigiu-se ele a Jorge. — Quem é que vocês estavam chantageando?
— Ah — disse Jorge misteriosamente. — Aquilo.
— Vamos deixar pra lá — disse Fred, balançando a cabeça impaciente. — Não foi nada importante. Pelo menos a essa altura.
— Desistimos — disse Jorge encolhendo os ombros.
Mas Harry, Rony e Hermione continuaram insistindo e finalmente Fred falou:
— Está bem, está bem, se vocês querem mesmo saber... Era Ludo Bagman.

– Claro que era! – Tiago disse ainda risonho – Vocês teriam ligado as pistas se não estivessem com tantas outras coisas na cabeça.

– Hermione teria. – Gina riu – Harry e Rony não perceberiam nem se estivessem com o ano livre…
– Não exagera! – Hermione disse risonha – No segundo ano eles descobriram sozinhos onde era a câmara secreta e como entrar nela!

— Bagman? — disse Harry na mesma hora. — Vocês estão dizendo que ele estava envolvido...
— Não — disse Jorge desanimado. — Nada a ver. Um debilóide. Não teria cérebro para tanto.

– Eu disse que ele não era inteligente o bastante para isso. – Tiago disse categórico.


— Então, o que? — perguntou Rony.
Fred hesitou, depois disse:
— Vocês se lembram da aposta que fizemos com ele na Copa Mundial de Quadribol? Que a Irlanda ia ganhar, mas Krum capturaria o pomo?
— Lembro — disseram Harry e Rony lentamente.— Bom, o babaca nos pagou com aquele ouro de leprechaun que os mascotes da Irlanda tinham jogado.

– Que idiota! – Sirius disse batendo com a própria mão na testa – O ouro desapareceu horas depois… E ele deve ter se recusado a pagar!

– Se encaixa perfeitamente no que você disse sobre Bagman ser viciado em apostas. – Lily disse para Tiago.

— E daí?
— E daí — disse Fred impaciente — desapareceu, não é? Na manhã seguinte, tinha desaparecido!
— Mas... Deve ter sido sem querer, não? — perguntou Hermione.
Jorge riu muito amargurado.
— É, foi o que nós pensamos a princípio. Achamos que se escrevêssemos a ele e disséssemos que tinha havido um engano, ele nos pagaria direito. Mas nada feito. Nem deu bola para a nossa carta. Continuamos tentando falar com ele sobre isso em Hogwarts, mas estava sempre arranjando uma desculpa para se afastar.

– Por isso que eles estavam sempre perseguindo Bagman. – Remo deu de ombros.


— No fim ele começou a engrossar — comentou Fred. — Disse que éramos muito jovens para apostar em jogos de azar e que ele não ia nos dar nada.
— Então pedimos a ele que devolvesse o nosso dinheiro — disse Jorge amarrando a cara.
— Ele não teve a coragem de recusar! — exclamou Hermione.
— Acertou na primeira — disse Fred.
— Mas eram todas as economias de vocês! — disse Rony.
— Me conta uma novidade — disse Jorge. — Claro que acabamos descobrindo o que estava rolando. O pai de Lino Jordan também tinha tido um trabalho danado para receber algum dinheiro de Bagman. O caso é que ele estava encalacrado até o pescoço com os duendes. Tinha pedido emprestado a eles uma montanha de dinheiro. Uma turma encurralou Bagman na floresta depois da Copa Mundial e tirou todo o ouro que ele levava nos bolsos, mas ainda não era suficiente para cobrir as dívidas. Os duendes o seguiram até Hogwarts para ficar de olho nele. O cara tinha perdido tudo no jogo. Não tinha mais nem dois galeões para esfregar um no outro. E sabe como foi que o idiota tentou pagar aos duendes?

– Bagman é realmente burro. – Sirius revirou os olhos – Se envolveu com os duendes…

– Vocês viram os duendes na floresta na copa mundial. – Tiago lembrou-se – Eles deviam ter acabado de arrancar o dinheiro de Bagman…

— Como? — perguntou Harry.
— Apostou em você companheiro — disse Fred. — Fez uma aposta enorme que você ganharia o torneio. Apostou com os duendes.
— Então foi por isso que ele ficou tentando me ajudar a ganhar! — disse Harry. — Bom, e eu ganhei, não é mesmo? Então ele já pode pagar o ouro de vocês!
— Não — respondeu Jorge, balançando a cabeça. — Os duendes jogaram sujo com ele. Disseram que você ganhou com Diggory, e Bagman tinha apostado que você ganharia sozinho. Então Bagman teve que se mandar para salvar a pele. E foi o que fez logo depois da terceira tarefa.

– Nunca tente passar a perna nos duendes… – Sirius disse com uma risada irônica.


Jorge deu um profundo suspiro e começou a dar as cartas outra vez.
O resto da viagem foi bem agradável, Harry na verdade desejou que ela pudesse ter continuado pelo verão afora, e que nunca chegassem a King’s Cross... Mas como aprendera a duras penas aquele ano, o tempo não desacelerava quando alguma coisa desagradável estava à espera da gente, e logo, logo o Expresso de Hogwarts estaria entrando na plataforma 9 e ½. O barulho e a confusão de sempre encheram os corredores do trem quando os alunos começaram a desembarcar. Rony e Hermione lutaram para passar com as malas ao largo de Malfoy, Crabbe e Goyle. Harry, no entanto, ficou parado.

– As coisas não vão ser tão ruins. – Lily disse apreensiva – Você não vai ter que ficar muito tempo na casa dos Dursley… Logo vai para a casa dos Weasley…

– É o que esperamos. – Remo suspirou.

— Fred, Jorge, esperem aí.
Os gêmeos se viraram. Harry abriu o malão e tirou a bolsa com o prêmio do Torneio Tribruxo.
— Para vocês — disse ele, e enfiou a bolsa nas mãos de Jorge.

– Então foi você? – Gina perguntou espantada – Foi você que deu todo esse dinheiro para eles! Eu devia ter imaginado!

– Por que? – Tiago perguntou interessado – O que eles fizeram com o dinheiro?
– Não podemos falar. – Hermione disse retomando a leitura.

— Quê? — exclamou Fred, aparvalhado.
— Para vocês — repetiu Harry com firmeza. — Eu não quero.
— Você pirou — disse Jorge, tentando empurrar a bolsa de volta para o garoto.
— Não, não pirei. Fiquem com ele e continuem inventando. É para a loja de logros.
— Ele pirou — disse Jorge, com assombro na voz.
— Escutem — disse Harry decidido. — Se vocês não aceitarem eu vou jogar fora. Não quero o ouro e não preciso dele. Mas dar umas boas gargalhadas bem que ajudaria. Tenho a impressão de que vamos precisar delas mais do que de costume e não vai demorar muito.

– Infelizmente, acho que Harry tem razão. – Alice suspirou pesarosa.

– Pelo menos é um bom investimento. – Sirius deu de ombros – Sempre achei esses dois geniais… É ótimo que eles possam fazer o que realmente tem talento para fazer.

— Harry, — disse Jorge sem muita convicção, pesando a bolsa de dinheiro nas mãos — deve ter uns mil galeões aqui.
— Tem — disse Harry sorrindo. — Pensem quantos Cremes de Canário vão poder fabricar.
Os gêmeos ficaram olhando para ele.
— Só não contem à sua mãe onde arranjaram o ouro... Embora, pensando bem, ela talvez não esteja mais querendo tanto que vocês entrem para o Ministério...
— Harry — começou Fred, mas o garoto empunhou a varinha.
— Olhem, — disse em tom de quem não admite contestação — ou levam ou azaro vocês. Conheço umas boas azarações agora. Mas me façam um favor, OK? Comprem umas roupas a rigor diferentes para Rony e digam que é presente de vocês.

– Então foi você quem mandou eles fazerem isso? – Rony perguntou surpreso.

– Bom saber que eles fizeram o que você pediu. – Tiago disse rindo para Harry.

Harry deixou a cabine antes que os gêmeos pudessem dizer mais alguma coisa, pulando por cima de Malfoy, Crabbe e Goyle, que continuavam caídos no chão, cobertos de feitiços.
Tio Válter estava aguardando do outro lado da barreira. A Sra. Weasley muito próxima dele. Ela deu um abraço apertado em Harry quando o viu e cochichou em seu ouvido:
— Acho que Dumbledore vai deixar você ficar conosco mais para o fim do verão. Fique em contato, Harry.
— A gente se vê Harry — disse Rony lhe dando uma palmadinha nas costas.
— Tchau, Harry! — disse Hermione e fez uma coisa que nunca fizera antes, deu-lhe um beijo na bochecha.

– Acho que nossa amizade já tinha chegado ao ponto em que beijos não são inapropriados. – Hermione sorriu para Harry levantando os olhos do livro.


— Harry, obrigado — murmurou Jorge, enquanto Fred concordava animado acenando com a cabeça, ao lado do irmão.
Harry piscou para os dois, virou-se para o tio Válter e o acompanhou silenciosamente para fora da estação. Não adiantava começar a se preocupar, disse a si mesmo, quando embarcou no banco traseiro do carro dos Dursley.
Conforme dissera Hagrid, o que tiver de ser, será... E ele teria que enfrentar o que fosse quando viesse.

Hermione fechou o livro e o pousou sobre os outros três já finalizados.

– Acho que agora deveríamos dormir… – Rony disse cansado.
– Tudo bem. – Lily concordou relutante, estava com sono, mas queria saber o que aconteceria – É melhor dormir mesmo…
A maioria dos presentes deixou a sala, mas Lily manteve-se sentada, sozinha, no sofá.
– O que foi? – Tiago perguntou saindo do quarto confuso – Sem sono?
– Não exatamente. – Lily disse virando-se para ele. Tiago aproximou-se, sentou ao lado dela no sofá e esperou que ela falasse – Estou preocupada…
– Eu entendo. – Tiago disse encolhendo os ombros resignado – Mas não podemos fazer nada até acabar o último livro. – completou apontando os três livros que permaneciam intocados na mesinha de centro.
– Eu sei disso… – Lily murmurou – Mas as coisas estão complicadas demais… Voldemort voltou, o ministro não acredita em Harry…
– Você precisa aguentar. – Tiago disse firme – Precisa ser forte… Nós precisamos passar por tudo isso para ter a chance de consertar as coisas.
– Apenas queria que as coisas fossem mais simples. – Ela suspirou.
– Infelizmente Sirius está certo. – Tiago deu de ombros – As coisas nunca são fáceis… Vamos dormir. – completou levantando-se e dando a mão para ajudar Lily.
– Não teria aguentado ler nem o primeiro livro se você não estivesse do meu lado. – Lily disse segurando a mão de Tiago, mas não levantando – Você é uma pessoa incrível… Eu nunca poderia ter imaginado…
– Você precisa dormir. – Tiago disse com um meio sorriso carinhoso – Está começando a falar besteiras…
– Não estou. – Lily disse levantando-se e aproximando-se de Tiago lentamente – Você é sim, uma pessoa incrível. – completou dando nele um abraço apertado – Eu adoraria me aproximar mais de você… Se você quiser. – murmurou no ouvido dele, deu-lhe um beijo na bochecha e o deixou parado no meio da sala sem resposta.
No dia seguinte, após um café da manhã silencioso e ansioso, todos retomaram seus lugares nos sofás, Severo pegou o livro seguinte:
– Harry Potter e a Ordem da Fênix.
– Ordem da Fênix? – Tiago perguntou curioso – Nunca ouvi falar…

– Então é melhor começarmos a ler de uma vez. – Lily disse com um sorriso misterioso.

~~X~~ 
 
Hey leitores mais queridos do FeB! Finalmente chegamos ao fim de CdF! Quase não consigo acreditar! Muitas pessoas que acompanhavam a fic desde o inicio sumiram, outras apareceram e é claro que algumas pessoas maravilhosas estão aqui desde a primeira fic, obrigada a todos vocês! Sem o apoio de vocês eu não teria chegado tão longe, essa fic me da muito trabalho, mas vale a pena! Enfim, no final das outras fics eu postei o último capítulo de uma junto com o primeiro da outra, hoje não vou fazer isso, mas já preparei a página da nova fic: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=47059 e vou postar o primeiro capítulo em breve... Espero todos vocês lá! 


- cah silva: Então espero te ver bastante em OdF! Se não quiser ficar atualizando o FeB toda hora esperando por capítulo, você pode marcar a publicação "capítulo novo" no grupo, que sempre que eu postar um capítulo você vai receber uma notificação... Essa é uma das vantagens do grupo, você fica sabendo assim que eu posto! Existem pessoas que não podem ter uma posição de poder, pessoas que deixam a ambição sair de controle... Fudge é uma dessas pessoas. Tiago disse que Severo deve estar mesmo do lado certo porque ele está percebendo várias coisas ao longo do livro, como Snape tentando salvar Harry em PF e aparecendo no espelho de inimigos de Crouch Jr alguns capítulos atrás... E o fato de Dumbledore realmente confiar nele conta para alguma coisa também. Não acho que Snape procuraria o Harry para saber porque Harry escolheu dividir os livros com ele, ele é orgulhoso demais para dar o braço a torcer desse jeito... Eu entendo OdF ser seu livro favorito, é um dos meus favoritos também, depois de PdA, porque é o que nos mostra a família Black pela primeira vez e eu sou fascinada pela família Black... E porque Hermione resolve que ela estava errada no primeiro ano e existem coisas piores do que ser expulsa. E não foi um comentário sem graça! E eu adoro comentários enormes, pode perguntar para quem quiser!
- MionGinnyLuna: Não sei se na ligação das varinhas só aparecem os feitiços mais importantes... É uma hipótese. Mas talvez o feitiço que ele usou para explodir as coisas tenha aparecido e não a "sombra" das coisas que ele explodiu? Nesse capítulo a varinha de Voldemort solta vários gritos e etc, talvez os ecos da explosão tenham ficado no meio e como o feitiço era mais fraco Harry nem percebeu...
- 1988bookworm: Eu sei como você se sente, estou lendo e relendo desde que tinha 9 anos e também estou sempre chorando, esses dias estava relendo a batalha de Hogwarts, para tirar uma dúvida, e mesmo depois de tirar a dúvida continuei lendo e comecei a chorar (quando McGonagall grita e Neville enfrenta Voldemort!). Você tem toda a razão, nos outros livros (e nos outros capítulos desse livro) apesar de tudo o que acontecia, acabava tudo bem e Harry não levava muito a sério o fato de ter corrido um risco real. Acho que nesse momento ele vê pela primeira vez que as coisas podem ir muito pior do que ele imaginava. Além disso, acho que ele se culpa muito pela morte do Cedrico (pelo menos é o que eu tentei passar na fic). Pelo que li até o momento JK nunca explicou muito sobre fawkes, mas o que ela explicou é que fênix são animais muito fiéis e puros e se conectam com os bruxos porque querem e não por terem sido "capturados". E talvez as fênixes sejam o tipo de animal que só tem uma ligação especial na vida toda, e a de Fawkes foi Dumbledore e ele não poderia se unir a outra pessoa? Por algum tempo eu pensei que Fawkes fosse voltar na batalha final ou algo do tipo... Eu tenho bastante certeza de que nesse momento Dumbledore começou a planejar o fim. Tipo, em CS ele descobriu porque exatamente Voldemort não morreu (horcrux, diário). Depois disso ele sabia que Voldemort ia voltar (profecia de PdA) e começou a ver os sinais por ai. Ele provavelmente imaginou que Harry tenha se tornado uma horcrux assim que descobriu que Voldemort tinha pelo menos uma horcrux. Não tenho certeza de como Dumbledore descobriu que Voldemort tinha mais de uma, talvez tenha sido o discurso de Voldemort para os comensais em CdF e as coisas que Harry contou para ele? Enfim, nesse ponto ele já imaginava que Harry precisaria morrer para vencer a guerra e deve ter ficado até aliviado por Voldemort ter cometido o erro de usar o sangue de Harry... Então, ele pode não ter planejado que Voldemort usasse Harry, mas acho que isso fez ele planejar todo o resto. O povo (tanto bruxo, quanto trouxa) está sempre sendo iludido pelas pessoas no poder, nós não sabemos nem metade da verdade do que está acontecendo de verdade, assim como o povo bruxo não sabia que Voldemort tinha realmente voltado e Fudge estava sendo um idiota. Parte do povo acreditava em Dumbledore, a outra parte no ministério, e nenhum deles tinha como saber qual era a verdade, nenhum deles viu Voldemort e as pessoas que viram (fora Harry) não iriam contar por ai... Eu entendo a dúvida deles, entre acreditar no governo ou na figura de autoridade da infância da maioria deles (Dumbledore foi professor e diretor por muitos anos)... Obrigada por dizer que estou evoluindo na minha escrita, ás vezes eu dou uma relida nas fics anteriores para não me contradizer e sinto até dor no coração pensando em como eu poderia ter escrito algumas coisas de forma diferente... Mas a vida é assim, todo mundo muda com o tempo e é bom saber que você acha que estou mudando para melhor!
- Carolina Black: O Sirius foi um dos personagens que mais sofreu nos livros, porque ele sofreu a vida toda, na infância (vivendo com os Black), nos verões tendo que voltar para casa, quando os melhores amigos morreram ou traíram a confiança dele, doze anos em Azkaban, depois vivendo como foragido e por fim tendo que voltar para o lugar onde sofria quando era criança, Sirius não teve um final feliz e isso sempre me doeu muito, nunca perdoei JK por matar Sirius sem dar a ele um pouco mais de felicidade durante a vida.
- Juhh Potter Malfoy: Acho muito cruel usar Snape como espião, mesmo não gostando dele, imagino o risco que ele corria e o quanto ele sofreria nas mãos de Voldemort se fosse descoberto. No final, Voldemort matou Snape, por um motivo mesquinho, como é da natureza dele, mas poderia ter sido muito pior se ele descobrisse a verdade... Ele poderia torturar Snape, usar ele como usou Moody, para se infiltrar em Hogwarts com um comensal mais fiel e etc. Então sinto pena de Snape por ser espião também. Não sei ao certo sobre não gostar do final, eu gosto do final, é um final bom, ele chegam a um ponto novo no relacionamento deles, mas muita gente deve ficar frustrada por esse novo ponto não ser um pouco mais longe do que foi (ou por eu ter insinuado que iria mais longe do que foi). Estou ansiosa para mostrar OdF para vocês!
- Day Caracas: OdF é um livro complicado para mim também, eu sempre me acabo de chorar quando chega na parte da morte de Sirius, mas apesar disso eu gosto de OdF... Eu gosto de saber mais sobre os Black, e de ver Hermione mudar, e descobrir que existem coisas piores do que a expulsão, tão diferente do primeiro ano... E gosto de ver os gêmeos realmente enfrentando a autoridade e mostrando que tudo o que fizeram antes disso não era nem metade do que eles são capazes de fazer, e também mostrando que eles realmente respeitavam Dumbledore, pois nunca destruíram a escola quando Dumbledore era diretor... Enfim, muitos personagens tem um desenvolvimento interessante em OdF, e eu ainda não perdoei a JK por estragar um livro com tantos pontos bons matando meu personagem favorito! Para Fudge o pior que poderia acontecer na vida dele era perder o cargo, então não acho que tenha sido pouco, pessoas que são cegas pelo poder sempre sofrem mais por perder o poder do que por qualquer outro motivo, quanto a Umbridge, acho que precisavamos dela, ela é o tipo de pessoa que mais me da medo nos livros, tem quem ache absurdo acharmos Umbridge pior que Bellatrix e Voldemort, mas Bellatrix e Voldemort nunca mentiram em relação às suas intenções, eles sempre foram ruins na cara de todo mundo. Umbridge é dissimulada, ela usa as pessoas ao redor dela para espalhar suas ideias doentias enquanto ela continua se fazendo de boazinha e preocupada com o mundo bruxo... Enfim, acho que Umbridge mostra de verdade como as pessoas realmente são e por isso ela é pior do que os declaradamente "malvados" da história... Eu nunca perdoei Snape pela forma como ele tratou Harry, Hermione e Neville ao longo dos anos, ele foi cruel com crianças e isso não tem perdão. Mas também fiquei com pena dele quando ele foi praticamente obrigado a voltar para Voldemort e ser um espião, eu imagino que Voldemort tenha torturado ele para descobrir a quem ele realmente era leal... Ele deve ter usado legilimencia exaustivamente em Snape antes de acreditar nele... Mas isso não perdoa o que ele fez antes ou depois disso. Espero que tenha gostado do final desse capítulo também, eu gostei muito de escrever essa pequena interação entre Lily e Tiago...
- Izabella Bella Black: Eu também acho que Harry merecia que Sirius ficasse um pouco mais com ele, ele estava precisando no momento, mas pelo menos Rony e Hermione ficaram por perto e cuidaram de Harry da melhor maneira possível. Molly tem um carinho especial por Harry que em ocasiões ajuda a cuidar de Harry, em outras atrapalha um pouco, ela ás vezes passa dos limites, apesar de eu saber que ela não faz por mal. Eu acredito que Voldemort usou muita legilimência em Snape e o torturou até ter certeza de que Snape estava do lado dele, e o fato de Snape ter aguentado isso e mentido para Voldemort até o fim mostra que apesar de tudo ele é muito forte. Espero que tenha gostado do final e de como Lily e Tiago deram mais um passo em seu relacionamento.


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Comentários (9)

  • Helena

    Ficou maravilhoso. O próximo livro vai ser bem difícil para o Harry. Além das pessoas que não acreditam nele, ainda tem aquela bruaca velha. Até o próximo livro.

    2018-09-18
  • Stella Pacheco

    Eu finalmente acabei de ler, já são umas cinco horas da manha, mas enfim consegui terminar, Lily e Tiago mais próximos isso eu realmente quero ver, você consegue escrever a aproximação deles de um jeito bastante realista, como eu imagino que seja, aos poucos. Chorei lendo os capítulos anteriores quando a Lily e o Tiago aparecem para o Harry e também quando a Alice e o Frank descobrem sobre o que aconteceu com eles, eu realmente tinha me esquecido que o Harry já sabia disso no quarto ano. A historia realmente me pegou de jeito, estou ansiosa para começar a ler a Marotos lendo Harry Potter e a Ordem da Fênix. Obrigada por curar meu tédio com essa fan-fiction maravilhosa.

    2016-05-30
  • Luana Mendes Potter

    Ju, continuo sem saber o que sentir ao final do Cálice de Fogo. Esse foi o primeiro livro de HP que eu li, tenho um amor todo especial por ele. O meu exemplar está inclusive todo sujo de pó de tijolo, porque eu lia ele enquanto meu pai terminava a nossa casa kkkkA Ordem da fênix eu não ganhei, e devo ter pegado ele na biblioteca do colégio mais de vinte vezes...Dá até uma tristeza imaginar eles lendo a morte do Sirius... Mas a ALice e o Frank vão ficar felizes ao ver que o Neville vai se unir ao grupo <3Dedos cruzados para que eu consiga acompanhar toda a Ordem da Fênix sem me atrasar por causa da vida real, afinal, essa vida potterística é muito melhor hahaha 

    2016-05-29
  • Stehcec

    Ola de novo Juh! Vou tentar ganhar uns pontinhos :D   Como eles estão certo sobre novos seguidores do Voldemort que foram presos por outra coisa. Olha que nem tive filho e não consigo imaginar a dor da Sra. Diggory. E claro que eles não culpariam o Harry da morte do filho, apesar que eu esperei que o Amos fosse culpar, depois de tudo. Claro que todos esperavam que alguns comentassem que o Harry matou cedrico, ou qualquer coisa assim. Ainda bem mesmo que ele tem bons amigos para o defender e no quinto livro esses amigos aumentam. Essa fase da amizade é o ápice de ser amigo, de não precisar falar nada, apenas com um olhar já se entendem. Se preocupar com o mapa é muito importante, pois ele ajuda muito. Eles discutirem a tarefa passada por Dumbledore não deixa de ser um modo de se aproximar de um igual, concordo com a Alice, queria que o Hagrid e a Olimpia ficassem juntos. Claro que ser comparado ao pai é um elogio e tanto, principalmente visto da forma que o pai viveu e morreu. Claro que não tinha clima para festa e o luto por Cedrico mais que digno e merecido. Pobre Lily iludida, e sim a ajuda do Moody é muito importante e lógico que ele ficaria o triplo mais alerta agora. Que o Severo continue vendo onde ser comensal vai o levar. Torço muito, muito mesmo que a Lily seja amiga dele no final de tudo, pois sei que isso seria muito importante pra ele. Vai ser mais dificil acreditar no Snape depois de HPEP, mas que bom que pelo menos o Remo e o Tiago acreditam nele, por enquanto. Claro que Dumbledore contaria a escola sobre o retorno do Voldemort e acho q ele até demorou muito, deveria ter contado no dia seguinte que tudo aconteceu. Claro que alguns são burros suficiente para não acreditar, uns ingênuos de medo e outros vão acreditar logo de cara, porque também começaram a perceber os indicios. E lógico que Voldemort vai esperar estar forte para se mostrar. Tiago falou tudo, melhor poucos amigos verdadeiros que uma multidão de falsos. Eu também tenho dó de alguns alunos da sonserina, poucos, mas tenho. Até o próprio Draco quando vê o que realmente é servir o Voldemort meio que se arrepende. Também me perguntei porque ele não viu os trestalios no final do ano, está explicado. Realmente o Tiago tinha muito mais informação que a Mione pra descobrir sobre a Rita. Pobre Draco, não sabe como está errado, concordo com o Sirius e o resto, nada seria diferente se o Harry tivesse se tornado amigo dele, a não ser que não teria amigos de verdade e que se voltaria facilmente contra ele, caso os pais dissesse pra fazer. Realmente Gina, a Mione teria percebido sobre o que era que Fred e Jorge estava fazendo, os meninos eram muito lerdos pra isso. Não sei como ninguém suspeitou que foi Harry que deu o prêmio pra eles. A Lily tem meu sentimento quando acabava os livros do Harry. hahahahaaha Queria sempre ler mais, mesmo se estivesse cansada. AMEI a conversa do Tiago e da Lily e disse que essa aproximação está cada vez melhor, sem pressão tudo caminhando da melhor forma possível e acho q a Lily não conseguiria ler mesmo se não fosse o Tiago, já o Tiago apesar de ama-la conseguiria com a ajuda dos amigos.   Espero que você não tenha postado o novo capitulo ainda! Amei estar com você em mais um livro Juh! Vamos caminhando agora rumo ao maior e mais cansativo livro, mas muito bom!   P.S. Não esquece de responder minha pergunta no comentário do cap. anterior. Abraços

    2016-05-29
  • Juhh Potter Malfoy

    Quando eu descobri as fics que contavam a história do Tiago e da Lily era basicamente sempre a mesma coisa. O maroto sem noção, leal aos amigos, mas sempre muito babaca e que era apaixonado na ruiva histérica quando se tratava do Potter e que por algum motivo ela cai em seus encantos marotos. Eu enlouqueci quando achei a sua fic alguns meses atrás, e já chorei no primeiro capitulo da Pedra Filosofal, quando a Lily percebe o que acontece em seu futuro. Admiro muito a forma que você está conduzindo a aproximação deles aqui. Sou muito romantica mesmo e essa pequena demonstração de carinho entre eles, agora no fim de CdF, eu li com um sorriso bobo. Foi um momento muito simples, mas muito importante. Eu não fiquei decepcionada nem por um segundo. Acho que um relacionamento como o deles, não deve ser descrito somente como intenso que é a forma como descrevem em outras fanfics, além de ser intenso a base dele é a confiança e esperança, eles morrem por amor, não há nada mais forte que isso. Lendo o futuro de Harry, eles precisam se apoiar e serem fortes um pelo outro. A história que a J.K nos presenteou tem momentos muitos tristes, todos sofrem, e se não tiverem um ao outro de nada vale a pena. O próximo livro começa a ser mais pesado, é um Harry se sentindo abandonado e com pensamentos egoistas, torturas que ele sofre, acusado de mentiroso, a sua decepção ao descobrir como seu pai era, a morte de Sirius e a profecia. Eu confio em você para escrever o relacionamento desse casal maravilhoso, para escrever como o Harry irá se sentir ao ver seus pensamentos mais sombrios sendo mostrado a todos e a reação de cada um aos momentos que irão ocorrer. E por ultimo comento sobre o Snape, sempre digo que não gosto dele. Porém me emocionei ao ler quando você escreveu que ele se contentaria com a amizade da Lily, desde que ela não morra. Não me recordo se é em OdF ou EdP que o Harry descobre quem contou à Voldemort sobre a profecia, sinto empatia com o personagem ao imaginar quando ele descobrir sua responsabilidade em tudo o que ocorreu. Vai demorar né, mas como eu disse, eu confio na sua escrita e percepção sobre os personagens.

    2016-05-25
  • Luana Mendes Potter

    Ju, olha, eu sempre falo pelos cotovelos, mas depois de "maratonar" os últimos capítulos, nem sei o que dizer!!!Sério mesmo. Eu comecei a ler de onde tinha parado, e comecei a ler um capítulo depois do outro.... E agora, a cabeça fervendo, nem sei o que comentar menina. Combinamos assim, eu releio esse capítulo e depois comento de novo! Beijos!! 

    2016-05-23
  • Flaa

    Olá Julia, muito obrigada por esse último capítulo. Estou muito ansiosa para ler o próximo livro. Bjos

    2016-05-16
  • Izabella Bella Black

    Oi Juh, resolvi comentar logo, antes que eu esqueça de novo, ainda mais que vou entrar em semana de prova. Sobre o capitulo eu não sei se eu choro por estar faltando só três livros para acabar a fic ou se pulo de alegria por que esta mais perto de RdM, estou curiosa para ver a reação deles nesse livro, mas o capitulo esta perfeito como sempre. Errei a frase da semana, eu achei que era o Tiago. Eles estão certos em partes, pois alem de seguidores Voldemort foi atras da profecia, pelo menos para mim parece que ele esta muito mais interessado na profecia do que em seguidores. Eu prefiro nem imaginar como Azkaban é, eu passo mal só de lembrar daquele lugar e ainda mais em pensar que Sirius passou 12 anos naquele lugar. Eu imagino que perder um filho para uma doença é um pouquinho menos pior pois você sabe que vai acontecer mais não quer aceitar ate acontecer, porem quando acontece de repente como é no caso do Cedrico é pior pois você nem imaginava que aquilo iria acontecer. Eu também espero que Tiago e Lily nunca descubram se a maldição da morte é indolor ou não. Tenho que confessar também prefiro o jeito da Gina, pois pelo menos com a azaração eles não voltam a pertubar novamente, por medo de serem azarados novamente. Pelo menos isso, em geral Harry fica poucos dias na casa dos Dursley. Sempre imaginei como Harry conseguiu o mapa de volta, adorei sua explicação, não tinha pensado nisso. Pelo o que eu lembro em lugar nenhum dos livros fala que a Madame Maxime ficou com Hagrid, bem eu prefiro imaginar que sim, pois Hagrid merece alguem. Infelizmente Dumbledore não conseguiu impedir que Voldemort retornase ao poder, mas fico imaginando sera que se o Ministerio tivesse ficado ao lado de Dumbledore, será que Voldemort tereia conseguido todo o poder que conseguiu? Fico imaginando a reação do Tiago aos pensamentos do Harry quando ele vê a as memorias do Snape na penseira em OdF, na minha opinião Tiago estava errado em ter simplesmente atacado Snape simplesmente por que Sirius estava intediado, porem tenho que admitir Snape merecia, mas acho qeu Tiago podia pelo menos esperar Snape fazer alguma coisa para poder revidar, dessa forma ele não teria culpa, pois a culpa seria do Snape. Fico imaginando a reação deles ao saber que Hagrid trouxe seu meio irmão para Hogwarts, bem pelo menos Grope melhorou bastante nos dois ultimos livros. Sobre a marca negra da para entender que ela funciona dos dois lados, apesar de tudo eu acho a marca negra facinante, pois basta um toque para os Comensais chamarem Voldemort ou o inverso e eles sabem exatamente a onde devem aparecer, de certa maneira a magia dela é incrivel. Sobre o Snape eu tambem acho que Voldemort recebeu ele com o feitiço cruciatus, não deve ter sido nada agradavel. Apesar de não gostar do Snape fico feliz por ver que para ele pelo jeito basta a amizade de Lily, mesmo que ela esteja com Tiago e fico ainda mais feliz em ver as pequenas evoluções dele ao longo da fic. Alguns ate que entenderam ou pelo menos não acreditaram totalmente no Ministerio. eu tenho pena dos alunos da Sonserina alguns não são pessoas ruins e outra eu imagino que eles foram os que de certa forma mais sofreram na guerra por verem como as coisas eram de verdade, pelo menos os outros já tinham uma ideia do que esperar. Sobre o Draco, eu tambem o vejo como alguem que não tinha escolha, pois quando ele viu como as coisas eram realmente a opção dele era morrer ou fazer o que Voldemort mandava, eu estava estudando para civil e comecei a viajar e surgiu uma ideia, não é uma Drarry, eu gosto de ler fic‘s assim, mas não consigo escrever, comecei a escrever o Draco com uma filha de Sirius e ela se passa no sexto ano, vamos ver o que vai dar. Vai ser legal quando eles descobrirem que a Fleur e o Gui vão se casar. Gostei da explicação para o Harry não ver os testrálios deste o primeiro ano, foi uma coisa que sempre me perguntei. Eu acho que Regulus assim como Draco percebeu a verdade sozinho. Eu tinha esquecido que a Gina não sabia. Amei, adorei a conversa entre o Tiago e a Lily, dando pulinhos de alegria. Bem agora é me preparar para OdF e principalmente para o final do livro, nunca vou aceitar a morte do Sirius e sei que quando você postar esse capitulo, vou chorar muito. Beijos.

    2016-05-15
  • cah silva

    Estou preocupada sabe, acho que estou ficando obcecada demais. Todas as vezes que eu entro no facebook é pra verificar se tem alguma novidade no grupo. Isso é normal? Eu estou enlouquecendo? Tomara que não, eu já não sou normal, imagina. Ah que felicidade, pensei que teria que esperar pra ler o capítulo a noite, e que capítulo. Triste claro, mas necessário, como a famosa frase diz, a dor precisa ser sentida. Eu amei o capítulo, a reação dos personagens da sala, e eu amo ver a reação do Rony e da Hermione quando aparece os pensamentos do Harry a respeito da amizade deles, sabe mostrando o ponto de vista dele, eles devem ficar emocionados de como Harry os ama de verdade, eu aqui fico emocionada demais. “Talvez Lily nunca fosse sua, mas se pudesse, ao menos, tê-la como amiga para o resto da vida... Talvez fosse o bastante...” Se você soubesse o quanto eu gritei com esse pensamento do Snape (como eu disse eu não sou normal) eu não morro de amores por ele por vários motivos, mas admiro o personagem bem construído, ai nesse pensamento eu penso comigo, e se acontecesse mesmo sabe, de repente ele pensasse que pelo menos se ela tiver feliz ele estaria feliz, sabe eu sei não faz sentido mais não ligue pra minhas divagações no meio do comentário. E esse finalzinho fofo do Tiago com a Lily ai que amorzinho! Sim você tem razão. Fazendo uma reflexão sobre o personagem Severo Snape, uma coisa certa é que ele é orgulhoso ao extremo. Ah, a família Black, uma família misteriosa, intrigante, fascinante, sério tudo que tem a ver com a família Black me atrai a atenção. Você vai falar sobre ela na história? Digo, o Sirius explicar alguma coisa ou algo do tipo? Mais uma coisa que eu queria perguntar (caso você saiba) é que o Priori Incantatem ele faz a reversão dos feitiços anteriores mas é tipo todos os feitiços (tipo Accio, Impedimenta etc) ou só a maldição da morte? Você sabe como funciona? Ah você gosta de comentários gigantes? Que bom porque aqui vai mais um! E que venha OdF!!! (eu fui a primeira a comentar?!!! haha eu sou demais rsrsrsrs)

    2016-05-15
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