A final do campeonato de quadr

A final do campeonato de quadr



Nota Bia: Depois de mil anos, eu estou de volta. Poderia explicar porque demorei muito, mas acho que ninguém está interessado em saber disso. Só prometo que vou tentar me organizar mais agora e vou postar mais rápido.


Review:
Izabella Bella Black~~> Obrigada! É muito legal ver Regulus e Sirius se entederem não? É fofo. Frank, Alice e Neville são uma família maravilhosa também. Espero que goste desse capítulo. Beijos.




Capítulo 15 - A final do campeonato de quadribol


— Ele... Ele me mandou isto


- Ainda não acredito que ele mandou só para você – Rony reclamou.


- Ele tinha muita coisa para cuidar – falou Hermione friamente.


— disse Hermione entregando a carta.


- Precisava mostrar para alguém – falou Hermione triste.
Harry apanhou-a.


- Não, você a deixou cair só para pegar depois.


O pergaminho estava úmido, e enormes gotas de lágrimas tinham borrado tão completamente a tinta em alguns pontos que era difícil ler a carta.
- Que maravilha.


- Já vi que tem notícia boa.
Cara Mione,
Perdemos.


- Bem direto.


Tive permissão de trazer Bicuço de volta a Hogwarts.


- Só para sofrer mais – falou Rony.


A data de execução vai ser marcada.


- Não acredito que ele irá morrer – falou Alice, quase chorando. O pobre animal não tinha feito nada.


- Essa frase foi pesada.
Bicucinho gostou de Londres.


- Quem não gosta de Londres?


Não vou esquecer toda a ajuda que você nos deu.


E eu não vou esquecer a minha falta de ajuda, pensou Harry.
Hagrid.


— Eles não podem fazer isso


- Tecnicamente, eles podem.


- Mas não devem.


— disse Harry. — Não podem.


- Harry teimoso, brigando através dos anos.


Bicuço não é perigoso.


- Na verdade, ele é um pouco perigoso – comentou Frank.
— O pai de Malfoy deve ter intimidado a Comissão,


- Disso não há duvidas.


para ela fazer isso — disse Hermione, enxugando as lágrimas. — Vocês sabem como ele é.


- Sei – Regulus concordou. Conhecia bem demais esse tipo.


Os outros são um bando de velhos caducos


- Eles não fazem nada da vida – concordou Sirius.


e bobos


- Hermione parece uma criança de cinco anos emburrada – falou Gina.


e ficaram com medo.


É sensato ter medo, pensou Snape, nem tudo era fácil no mundo real como o trio parecia achar.


Mas vai haver recurso, sempre há.


- Não acho que vocês possam mudar algo – falou Lene com pena – A menos que os Malfoys mudem de ideia.


- Essa justiça só não é justa – reclamou Lily.


Só que não consigo ver nenhuma esperança...


- Essas são as piores horas.


Nada vai mudar até lá.


- Vocês tem que pensar positivamente – falou Lyssi.
— Vai, sim — disse Rony com ferocidade. — Você não vai ter que fazer o trabalho todo sozinha desta vez, Mione. Eu vou ajudar.


- Por mais fofo que isso seja, não acho que mude muita coisa – falou Dorcas – Não tem muito que duas crianças possam fazer sozinhas – e olhou para Harry e se corrigiu – Dentro do mundo jurídico.
— Ah, Rony!
Hermione atirou os braços ao pescoço de Rony


Todos fizeram caras maliciosas.


- E Harry só de vela lá.


e desabou completamente.


Hermione fez uma careta.


Rony, com cara de terror,


- Eu não sabia o que fazer!


- Aprende.


acariciou muito sem jeito o topo da cabeça da garota.


Gina revirou os olhos.


Finalmente, ela se afastou.


- Nem foi tanto tempo assim – a morena protestou.
— Rony, eu realmente sinto muito, muito mesmo,


- Entendemos já.


pelo Perebas...


- Já passou.


Harry não acreditava que tivesse perdido tanto tempo de vida com aquele rato.


— soluçou ela.
— Ah... Bem... Ele estava velho — disse Rony,


- Agora você diz isso.


parecendo muitíssimo aliviado por Hermione o ter soltado.


- E eu estava – confessou Rony para Harry.


Hermione fechou a cara para Rony.


— E estava ficando meio inútil.


- Nenhum animal é inútil – falou Alice irritada.


Ninguém se atreveu a discordar dela.


Nunca se sabe,


- A menos que você faça adivinhação.


- Essa foi péssima.


talvez mamãe e papai me comprem uma coruja agora.


- Como as pessoas dizem, esperança é a última que morre – falou Gina.
As medidas de segurança


- Que não servem para nada – falou Snape. Certamente, nenhuma delas estava detendo Black.


impostas aos alunos desde a segunda invasão de Black


- Eu sou tão foda que consigo invadir duas vezes – falou Sirius.


impediram que Harry, Rony e Hermione fossem visitar Hagrid à noite.


- Acho que é a primeira vez que vocês realmente não conseguem fazer algo para burlar as regras – falou Neville, encarando o Trio.


Hermione ficou constrangida e tentou negar a afirmação.
A única oportunidade que tinham de falar com ele era durante a aula de Trato das Criaturas Mágicas.


- Ou seja, não tínhamos tempo para nada – reclamou Harry – Uma aula se passa rápido quando não se está estudando.


Lily olhou feio para o filho.


- Harry Potter, eu não o criei para isso – falou se esquecendo do fato que na verdade não o tinha criado. Infelizmente, todos os outros notaram e ficaram quietos de repente.


Lily encarou o grupo tentando entender o que estava errado, mas ninguém disse nada.


Ele parecia ter ficado aparvalhado


- Só Harry pensa coisas como aparvalhado – falou Fred, revirando os olhos.


com o veredicto da Comissão.


Alice ficou com pena de Hagrid. Não podia nem imaginar como seria se fosse com ela.


— É tudo minha culpa.


- De jeito nenhum – falou Lily.


- O caso já estava ganho antes mesmo de você ir – falou James com tristeza. Mas sabia que sobrenome era poder. Dinheiro também.


Me atrapalhei para falar.


Sirius fez uma careta. Devia ter sido horrível se até Hagrid falava isso.


Eles estavam sentados lá, vestidos de preto,


- São comensais é? – brincou Lene. Ela sentiu o olhar fulminante de Regulus e Snape.


e eu não parava de deixar cair as minhas anotações


- Oh Hagrid – Hermione suspirou, desapontada.


e esquecer as datas que você viu para mim, Mione.


- Que datas? – perguntou Frank e Hermione respondeu, dando detalhes.


Depois Lucius Malfoy ficou em pé


- E acabou seu caso – falou Josh.


e falou, e a Comissão fez exatamente o que ele mandou...


- Ninguém gosta de contrariar quem tem mais poder – falou Alex.


— Ainda tem recurso!


- Um recurso de nada adianta quando se é contra um Malfoy que está se lutando – falou Gina – Não na política.


— disse Rony ferozmente. — Não desista ainda,


Regulus achava que Hagrid já devia ter desistido. Mas resolveu ficar calado.


estamos trabalhando nisso!


- Bem, não vejo uma solução, a menos que consigam fazer Lucius desistir disso – falou Frank honestamente.


Alice fez uma careta para o namorado, lembrando que Frank era amigo de Lucius. Não muito próximo, mas mesmo assim. Frank conversava com ele, conversava com todo mundo.


- Não conseguimos – falou Rony.


Os quatro regressavam ao castelo com o restante da classe.


- Cansaram de serem especiais?


- Jamais – Harry falou com um sorriso.


James deu um sorriso orgulhoso.


À frente, viam MaIfoy,


Sirius fez uma careta. Não queria ouvir mais sobre Malfoy.


que caminhava com Crabbe e Goyle


- Eternos escudos, ops, quis dizer amigos – falou Fred inocentemente.


e não parava de olhar para trás,


- Isso é para poder me ver porque eu sou muito lindo – brincou Rony.


rindo com ar de deboche.


- E ele tem outra cara?


- Se tem nunca vi – brincou Harry, mas depois se lembrou de Malfoy chorando no banheiro. Sentiu-se estremecer.


— Não adianta, Rony — disse Hagrid, muito triste, quando chegavam à entrada do castelo.


- Do jeito que vocês são rápidos não deve ter demorado nada – falou Neville, que tinha dificuldade de acompanhar o ritmo. Parecia que eles estavam sempre correndo de algo. Talvez tivessem.


— Aquela comissão faz o que Lucius Malfoy manda.


Ninguém tinha como negar isso.


- Malfoy é realmente muito influente – falou Remus.


- Na verdade, muitas pessoas que estão aqui são influentes – falou Dorcas e citou – Black. Potter. McKinnon. Longbottom – disse rapidamente – Vocês todos são muito influentes. Weasley, nem tanto. Lusy e Lupin, menos. Snape, Granger e Evans são meio... desconhecidos. Assim como Pettyfer e Paltrown. E, claro, Meadowes.


Todos concordavam. Não adiantava negar. Dorcas estavam certíssima.


James e Sirius conseguiram muitas coisas se quisesse mesmo. Com todo a fama, poder e beleza que tinham era difícil algo ser recusado a eles.


Eu só vou tomar providências para que os últimos dias do Bicucinho sejam os mais felizes que teve na vida.


- Como você faz um dia ser feliz para um animal? – questionou Remus. Sem resposta.


Devo isso a ele...
- Porque você deve, ninguém sabe.


Hagrid deu meia-volta e saiu correndo em direção à sua cabana,


- Isso que eu chamo de fuga.


o rosto escondido no lenço.


- Melhor, ele tentou esconder, porque não funcionou – falou Rony.


— Olhem só ele chorando feito um bebezão!
Malfoy, Crabbe e Goyle tinham parado às portas do castelo, escutando.


Todos reviram os olhos.


- Claro que eles pararam – falou Gina – Eles não tem nada melhor para fazer.


— Vocês já viram uma coisa mais patética? — perguntou Malfoy.


- Sim, a sua cara. E ainda sou obrigada a vê-la todos os dias – retrucou Fred.


— E dizem que ele é nosso professor!


- Na verdade, ele é o seu professor – corrigiu Lily.


Harry e Rony se voltaram com violência para Malfoy,


James e Sirius se animaram. Finalmente alguma ação.


mas Hermione chegou primeiro.


Ou não.


Eles nem queria ler sobre Malfoy levando uma surra.


- Você os impediu? – reclamou Sirius.


- Não exatamente – disse Hermione com um sorriso.


— PÁ!
Ela deu um tapa na cara de Malfoy


James soltou alguns palavrões (sendo repreendido por Lily) de tão feliz que estavam.


Todos, até mesmo Snape, estavam com pelo menos um sorriso. Era bom finalmente vendo Malfoy ter algo que ele merecia depois de perturbar tanto com a vida dos outros.


com toda a força que conseguiu reunir.


- Não foi pouca, pode ter certeza – Hermione sorriu. Ainda se lembrava daquele dia e foi um dos melhores momentos da vida dela. Era uma boa forma de extravasar a raiva.


Malfoy cambaleou.


- Fraco – zoou Sirius. Embora soubesse por experiência própria o quanto isso podia doer.


Harry, Rony, Crabbe e Goyle ficaram parados,


- Acho que foi a única hora das nossas vidas que agimos igual.


- Foi um choque para todos – concordou Harry.


estupefatos,


- Ora, de que outro jeito ficaríamos? – falou Rony – Queria ver se fosse com vocês.


enquanto Hermione tornava a levantar a mão.


Hermione continuava a sorrir orgulhosa.


— Não se atreva a chamar Hagrid de patético, seu sujo...


Lily sorriu para Hermione. Sempre tinha achado irônico que os puro-sangues estivessem preocupados tanto com a pureza do sangue se a alma deles já estava tão podre.


Seu perverso...


- Nada como xingar alguém de perverso depois de dar um tapa – brincou Lyssi.


— Mione! — exclamou Rony com a voz fraca, e tentou segurar a mão da garota ao vê-la tomar novo impulso.


- Finalmente alguém tomou alguma altitude – falou Alice.


— Sai, Rony!
Hermione puxou a varinha.


- Se lembrou que era bruxa? – provocou o namorado.


Hermione sorriu e o beijou. Sabia que ele estava lembrando do primeiro ano deles em Hogwarts.


Malfoy recuou.


- Malfoy está recuando por causa de uma garota? – Lily perguntou com ironia. Crabbe e Goyle olharam para ele pedindo instruções,


- Soldados prontos para seguir ordens – falou Lene, revirando os olhos. inteiramente abobados.


- Como sempre.


— Vamos — murmurou Malfoy e, num instante, os três tinham desaparecido no corredor que levava às masmorras.


- Claro. Para fugir eles são rápidos – falou Sirius.


- É porque eles treinam para isso – concordou Josh.


— Mione!— tornou a exclamar Rony, parecendo ao mesmo tempo espantado e impressionado.


- E eu estava. Nunca iria imaginar isso. Você me surpreendeu – falou para a namorada.


- Espero que seja de uma forma boa.


- De uma forma ótima – sorriu antes do outro beijo.


- Com licença, mas sou sua irmã, não sou obrigada a ver isso – Gina reclamou para Rony, fazendo-o se separar de Hermione.


— Harry, acho bom você dar uma surra nele na final de Quadribol!


- Também acho – concordou James.


Lily olhou desapontada para Hermione. Agora a menina estava querendo violência e Quadribol? Ela estava perdida.


- Nós todos queremos ver Malfoy apanhando na final – concordou Alice.


— disse a garota com a voz esganiçada.


- É a emoção.


— Acho bom dar, porque não vou suportar ver Sonserina vencer!


- Hermione está competitiva.
— Está na hora da aula de Feitiços — disse Rony,


- Acho que esse mundo ficou um lugar muito louco – comentou Neville – Hermione agressiva e falando de Quadribol e Rony de aula.


ainda olhando para Hermione.


- Eu estava em estado de choque.


— É melhor a gente ir andando.


- Ou vocês se atrasar. Pra variar.
E os três subiram correndo a escadaria de mármore


- Eu adoro esse lugar – falou Dorcas sonhadora.


para chegar à classe do Profº. Flitwick.


- Eu o adoro – falou Lily sorrindo. Alice concordou.
— Vocês estão atrasados, garotos!


- Só uma vez não tem problema – falou Lily com tom de aviso.


- Ou 100 vezes – disse James com um sorriso.


— disse o professor, em tom de censura, quando Harry abriu a porta da sala.


- Deu nem tempo de eu me sentar – reclamou.


— Vamos, depressa, tirem as varinhas,


Sirius levantou uma sobrancelha.


hoje estamos fazendo experiências com os feitiços para animar,


- Esses são muito legais – falou Lene com os olhos brilhando.


Sirius sorriu. Gostava de vê-la assim.


já dividimos os pares...


- Tem problema não, eles fazem um trio.


- Só para ser original – completou Neville.


Harry e Rony correram para as carteiras ao fundo


- Obrigada pela consideração – falou Hermione ironicamente.


Lily olhou de forma desaprovadora para o filho e o ruivo.


e abriram as mochilas. Rony olhou para trás.


— Aonde é que foi a Mione?


- Olha aí que nos preocupamos – falou Rony orgulhoso.


- E deviam mesmo – falou Hermione, séria.


- Onde você estava? – questionou Frank achando muito estranho essa história de Hermione estar sumindo.


- Por aí – respondeu simplesmente. O que não dizia nada.


Harry também a procurou.


- Acho bom – falou Mione.


Hermione não entrara na sala,


- Hermione sem estar em uma aula? – James perguntou confuso. Até ele sabia que Hermione era como uma Lily da vida e que para gazear precisava de uma sentença de morte.


no entanto, Harry sabia que a garota estivera bem ao seu lado quando ele abrira a porta.


- E isso é completamente normal.


- Vocês são estranhos – falou Lene.


- Ei! – falaram Harry e Rony ofendidos – Não fizemos nada.


- Dessa vez – a morena deu de ombros.
— Que coisa esquisita — comentou Harry,


- Tá vendo? Até Harry admite!


Harry soltou um resmungo.


encarando Rony. — Vai ver... Vai ver ela foi ao banheiro ou outra coisa qualquer.


- Não acho que você iria ao banheiro na hora da aula e não depois de chegar á porta da sala – falou Frank.
Mas a garota não apareceu durante toda a aula.


- O que é algo realmente preocupante – falou Josh.


Hermione sentia os olhares de todos, mas resolvia ignorar.


— Ela bem que precisava de um feitiço para animar, também — comentou Rony


Hermione fez uma careta para o namorado.


quando os alunos saíram para almoçar,


- A melhor hora do dia – falou Sirius.


Lene revirou os olhos.


todos muito sorridentes,


- Isso é algo anormal – falou Neville.


os feitiços para animar tinham deixado em todos uma sensação de grande contentamento.


- Explicado.


- Só isso mesmo para melhorar o humor de todos – falou Gina.
Hermione não apareceu no almoço tampouco.


- Tudo bem? – perguntou Dorcas preocupada, esquecendo-se que isso havia sido anos atrás.


- Não é nada de mais – falou a Granger.


Na altura em que terminaram a torta de maçã,


- É melhor comida de todas – falou Lyssi com um sorriso sonhador.


os efeitos dos feitiços estavam se dissipando, e Harry e Rony começaram a se preocupar um pouco.


- Vou deixar passar dessa vez porque vocês realmente tem uma boa justificativa. Mas só dessa vez – falou Hermione.


- Normalmente, eu estaria morto de preocupação – falou Harry.
— Você acha que Draco fez alguma coisa a ela?


- Sempre acusam os sonserinos primeiro – falou Regulus revirando os olhos.


- Você tem que admitir que Malfoy não é exatamente nosso melhor amigo – falou Harry.


- Mesmo assim. Vocês acham que ele iria ser burro de tentar algo?


Rony deu de ombros.


- Nunca falamos que Malfoy era inteligente.


— perguntou Rony,


- Rony já tem intimidade com Malfoy, fica o chamando pelo primeiro nome – falou Jorge.


ansioso, quando seguiam apressados para a Torre da Grifinória.


- Lindo trabalho vocês tiveram de me procurar – Hermione ironizou.


Harry olhou culpado para a amiga.


Passaram pelos trasgos de segurança,


Sirius revirou os olhos, lembrando-se do motivo deles estarem ali.


deram a senha à Mulher Gorda ("Flibbertigibbet")


- Mas que porra de senha é essa? – Alex exclamou.


- Alex! – repreendeu Lily.


Alex olhou estranhamente para a ruiva.


- Desculpa.


e treparam pelo buraco do retrato para chegar à sala comunal.


- Cara, que frase estranha – foi impossível para James não comentar.


Sirius balançou a cabeça confirmando.


Hermione estava sentada à mesa,


- Finalmente achamos!


profundamente adormecida,


- Mas o quê?


a cabeça pousada sobre um livro aberto de Aritmancia.


- Uma das minhas matérias preferidas – falou ela. E claro que os cdfs de plantão começaram a conversar com ela.


Os garotos se sentaram, um de cada lado.


- Nada como ficar de vela – falou Harry.
Harry cutucou-a de leve para acordá-la.


- Fiz logo para Rony não tentar a acordar do jeito dele.


- Uma boa ideia – Gina falou.


Rony deu de ombros.
— Ó!... Quê? — exclamou Hermione, acordando e olhando assustada para os lados. — Já está na hora de ir?


Eu perdi completamente a noção de tempo.
— Ó!... Qual é a aula que temos agora?


- Tá pior que eu – falou Neville.
— Adivinhação,


- Uma aula inútil.


mas só daqui a vinte minutos


- Menos mal.


— respondeu Harry — Mione, por que você não foi à aula de Feitiços?


- Porque eu já sei o conteúdo do ano todo – falou Hermione brincando.


- Eu não duvido – sussurrou Josh para Alex, que riu.


— Quê? Ah não! — guinchou Hermione. — Me esqueci de ir à aula de Feitiços!


Isso soava como uma desculpa para Frank.


- Se eu usar essa você acredita? – James perguntou para Lily, que negou. Ele suspirou derrotado.


— Mas como é que você pôde esquecer?


- Isso é uma coisa que todos queremos saber.


— perguntou Harry. — Você estava conosco até chegarmos à porta da sala de aula!


- Ninguém é capaz de esquecer algo assim – falou Dorcas desconfiada.
— Eu não acredito!


- Nós também não.


— lamentou-se Hermione. — O Profº. Flitwick ficou aborrecido?


- Ele não deve ter nem notado.


Ah, foi o Malfoy, eu estava pensando nele e me atrapalhei!


- Como isso é culpa de Malfoy? – questionou Regulus.


- Não é culpa – disse Hermione – Só... distração.
— Sabe de uma coisa, Mione? — disse Rony, olhando para o livrão de Aritmancia que a garota estivera usando como travesseiro.


- É bem confortável – falou Remus.


- Não esperava isso de você – falou Lily horrorizada.
— Acho que você está sofrendo um colapso mental.


Alex não quis concordar, mas era possível.


Está tentando fazer coisas demais.


- Eu sou assim também – falou Lily.


— Não estou, não! — retrucou ela, afastando os cabelos dos olhos e procurando a mochila, com um ar de desamparo.


- Isso só confirmou mais.


— Foi só um engano!


- Que aconteceu porque você está estressada demais – Frank disse – E é normal.


É melhor eu procurar o Profº. Flitwick e pedir desculpas...


- É melhor você descansar – falou Alice.


Hermione a encarou como se nunca tivesse ouvido essa palavra.


Vejo vocês na aula de Adivinhação!


- A menos é, claro, que você se esqueça de novo – falou Josh.


Hermione se reuniu aos dois garotos ao pé da escada para a sala da Profª. Sibila, vinte minutos mais tarde,


- Vocês não estão atrasados para a aula? – perguntou Lily desconfiada.


- De jeito nenhum – falaram Harry e Rony juntos.


com um ar extremamente encabulado.


- Algo que Sirius nem sabe o que é.


Sirius deu de ombros.


- Se você fosse eu, você também não saberia – disse sorrindo.


— Não posso acreditar que perdi os feitiços para animar!


- Nem nós.


E aposto como vão cair nos exames; o Profº. Flitwick insinuou que poderiam cair!


- Então vão – falou Lily.


Juntos, eles subiram a escada para a sala escura e abafada da torre.


- Nada como um lugar abafado para tirar toda a alegria da vida – falou James. Brilhando em cada mesinha havia uma bola de cristal cheia de uma névoa branco-pérola.


- Ótimo, lá vem uma matéria doida.


Harry, Rony e Hermione se sentaram juntos à mesma mesa bamba.


- O Trio de Ouro sendo um trio. Nada novo nisso – falou Gina.


— Pensei que não íamos começar bolas de cristal antes do próximo trimestre


- Estou impressionado que você saiba o que vocês vão dar em Adivinhação – falou Jorge.


— resmungou Rony, lançando à sala um olhar preocupado, à procura da professora,


- Aquela mulher não pode ser chamada de professora – falou Hermione.


caso ela estivesse espreitando por ali.


- Você devia olhar antes de falar, não depois.


— Não reclame,


- É difícil, estando nessa aula.


isso significa que terminamos quiromancia — murmurou Harry em resposta.


- Estou tão orgulhosa de vocês dois, discutindo sobre o assunto – falou Lily. — Eu já estava ficando cheio de ver Trelawney fazer careta de aflição todas as vezes que examinava as minhas mãos.


- Relaxe, porque ela vai achar outro jeito para continuar "preocupada" com você.


— Bom dia para todos!


- Só seria bom sem a sua aula – falou Harry.


— saudou a voz etérea e familiar, e a professora saiu das sombras em sua costumeira e dramática aparição.


- É porque é muito difícil usar uma porta – falou Gina revirando os olhos.


Parvati e LiIá estremeceram de excitação,


- Meninas idiotas – falou Hermione, embora não tivesse nada contra Parvati.


os rostos iluminados pelo brilho leitoso das bolas de cristal.


- Deve ter ficado estranho.


— Resolvi começar a bola de cristal mais cedo do que tinha planejado


- Foda-se.


— disse a professora, sentada de costas para a lareira, olhando para a turma.


- E aí ela percebeu que estava todo mundo dormindo e desistiu de dar aula – falou Sirius esperançoso.


— As Parcas me informaram que o exame de vocês em junho tratará do orbe,


- Acho que foi mais como você mesma soube.


e estou ansiosa para oferecer-lhes muita prática.


- Tem gente que gosta de esperar por coisa ruim, não é?
Hermione deu uma risadinha.


- Não me contive.


— Bem, francamente... "as Parcas a informaram"... Quem é que prepara o exame? Ela mesma!


- Se bem que do jeito que ela é, pode ser incapaz até de fazer uma prova.


Que profecia assombrosa!


- Não acredito em profecias – falou Alice e Harry baixou o olhar.


— continuou a garota sem se preocupar em manter a voz baixa.


- Ora, não ligo para aquela pessoa.


Harry e Rony sufocaram risadinhas.


- Pelo menos tentamos.


Era difícil dizer se a professora os ouvira, pois seu rosto estava oculto pelas sombras.


- Não sei, vai que é surda também?


Ela, no entanto, continuou como se não tivesse ouvido.


- Eu disse.


— A vidência com a bola de cristal é uma arte particularmente requintada


- Acho que não.


- disse em tom sonhador.


- E ela sabe falar em outro tom?


— Por isso não espero que vocês vejam alguma coisa ao procurarem examinar pela primeira vez as profundezas infinitas do orbe.


- Talvez seja só porque essa arte não existe – falou Alice.


Vamos começar praticando o relaxamento da mente consciente e da visão exterior


- Essa aula é muito estranha – falou Lyssi.


— Rony começou a soltar risadinhas irrefreáveis e precisou meter o punho na boca para abafar o som — para vocês poderem limpar a visão interior e a supraconsciência. Talvez, se tivermos sorte, alguns de vocês consigam ver alguma coisa antes do fim da aula.


- Talvez, se tivermos sorte, ainda terá alguém acordado até o final da leitura dessa aula – bocejou Fred. Estava realmente ficando cansando.


E então começaram a praticar.


- Não sei o que é pior. A teoria ou prática disso.


Harry, pelo menos, sentiu-se extremamente bobo de mirar a bola de cristal,


- Todos entendemos.


tentando manter a mente vazia, enquanto pensamentos do tipo "que coisa mais idiota" não paravam de lhe ocorrer.


- Natural, ninguém consegue parar. Especialmente com essa aula.


Rony não ajudava nada com seus acessos de riso silencioso nem Hermione com seus muxoxos.


- Não temos culpa – falaram os dois juntos.


- Ainda bem que eu não me inscrevi nisso – falou James.
— Viram alguma coisa?


- Não.


— perguntou Harry aos dois, depois de manter os olhos fixos na bola uns quinze minutos.


- E ainda não aparecia nada.
— Já, tem uma queimadura no tampo dessa mesa — disse Rony apontando. — Alguém derrubou uma vela.


Risadas ecoaram pela sala.


- Com certeza foi o mais interessante da aula.


— Isto é uma baita perda de tempo — sibilou Hermione.


- Se Hermione diz que uma aula é uma perda de tempo, não tem nem como discordar.


— Eu podia estar praticando alguma coisa útil.


- Mesmo ficar pensando na vida é mais útil que isso.


Podia estar recuperando a matéria de feitiços para animar...


- Não tenho duvidas que você irá pegar rápido – falou Remus.


Hermione sorriu para ele.
A Profª. Sibila passou farfalhando.


- É só para lembrar que tem uma professora na sala.
— Alguém gostaria que eu ajudasse a interpretar os portentos obscuros que aparecem em seu orbe?


- Não, já que ninguém liga para isso.


— murmurou sobrepondo a voz ao tilintar dos seus badulaques.


- Que irritante.


— Eu não preciso de ajuda — sussurrou Rony.


- Esse se garante.


— É óbvio o que isto significa.


- Já estou feliz de ter alguma coisa – murmurou Gina.


Vai haver um nevoeiro daqueles hoje à noite.


- Bem profundo.


Harry e Hermione explodiram em risadas.


- Não tinha como evitar - falaram juntos.
— Ora, francamente! — exclamou a Profª. Trelawney quando todas as cabeças dos alunos se viraram em sua direção.


- Estávamos esperando uma demonstração de autoridade... - falou Neville - Apesar de saber que isso nunca viria com Trelawney.
Parvati e Lilá fizeram caras escandalizadas.


- Queria que elas se importassem assim com as outras matérias - Hermione falou friamente. Era ridículo.
— Vocês estão perturbando as vibrações da vidente!


- Acho que estamos perturbando a vidente, não? - corrigiu Harry.
A professora se aproximou da mesa dos garotos e espiou as bolas de cristal dos três.


- Nem um pouco curiosa ela.


- Por que ela espia a bola ao invés de simplesmente pedir para ver? - Frank revirou os olhos.


- Ela tinha que ver discretamente se tinha alguma coisa que ela podia inventar sobre o cristal - Rony explicou, revirando os olhos.


- Só que ela não sabe que não consegue fazer nada discretamente - acrescentou Harry.


Harry sentiu um grande desânimo.


- Nossa. Meu filho parece estar meio depressivo - brincou James.


- Seu filho é meio depressivo - falou Fred, meio brincando, meio se lembrando do quinto ano de Harry.


Tinha certeza de que sabia o que viria a seguir...


- E não parece que será bom - Lyssi falou, pensativo.
— Vejo algo aqui!


- Ainda bem, porque senão você seria cega - falou Alex, acidamente.


— sussurrou a professora, aproximando o rosto da bola,


-O que não é uma frase estranha - falou Sirius, irônico.


de modo que esta se refletiu duas vezes em seus enormes óculos.


- Que imagem assustadora - falou Dorcas.


— Alguma coisa que se move...


- Agora já sei o que é - ironizou Josh.


Mas o que é isso?


- Se você que é a professora não sabe, como eu vou saber? - Rony retrucou.
Harry estava preparado


- Para parar de ouvir o que Trelawney diz?


- Acho que não.


para apostar tudo que tinha, inclusive a Firebolt,


James olhou assustado para o filho.


- Nunca se aposta a vassoura, filho. Nunca - falou James, firmemente, tentando passar uma das lições mais importante da vida.


Harry revirou os olhos.


- Eu nem cheguei a apostar. Foi só modo de pensar.


que, seja o que fosse, não seria uma boa notícia.


- Não tenho dúvidas - falou Regulus.


E não deu outra...


Regulus trocou um sorriso com Harry.
— Meu querido... — sussurrou a professora, erguendo os olhos para ele.


- Tudo para ser mais dramático - Hermione falou com desprezo.


— Está aqui, mais claro que antes...


- Ela não estava tendo dificuldades em entender o que era segundos atrás? - observou Lily - E agora está claro?


Lene deu de ombros.


- Quem entende a mente de pessoas doidas?


- Então, é por isso que eu nunca te entendi? - Sirius perguntou, provocando.


Lene revirou os olhos.


- Não, querido, isso é porque você consegue acompanhar uma mente tão brilhante quanto a minha - falou, sorrindo.


- Tem certeza disso? - Sirius perguntou antes de a beijar, encerrando a "discussão".


Meu querido,


- Não sou seu querido - resmungou Harry.


aproximando-se de você, cada vez mais perto...


- E ainda assim eu ainda estou aqui.


O Sin...
— Ah, pelo amor de Deus — exclamou Hermione em voz alta.


- Muito bem, Hermione, fazendo isso que todos queriam fazer! - Jorge sorriu, orgulhoso.


— Não é aquele ridículo Sinistro outra vez!


Harry pensou em como era engraçado que ele tivesse ficado tão aterrorizado pelo sinistro que na verdade era somente Sirius.
A Profª. Sibila ergueu os enormes olhos para a garota.


- Como se fosse me dar medo - Hermione revirou os olhos.


Parvati cochichou alguma coisa com Lilá,


- Elas sempre fazem isso. É irritante - Neville falou.


e as duas olharam feio para Hermione também.


- Vão fundar um clube contra Hermione - Gina resmungou.


A professora se ergueu, fitando Hermione com inconfundível raiva.


- Porque isso é totalmente professional - falou Alice.
— Sinto dizer que do instante em que você entrou nesta sala, minha querida, ficou evidente que não tinha o talento que a nobre arte da Adivinhação exige.


- Pelo menos uma coisa você conseguiu perceber - alfinetou Hermione, com raiva. Lembrava do efeito das palavras da professora. Ela a fizera se sentir tão mal sobre si mesma.


- E no instante que eu entrei, eu percebi que isso não era uma aula de verdade - falou Neville para suportar a amiga.


Hermione sorriu para ele.


- É um absurdo uma professora assim com uma aluna - falou Lene, revoltada.


Na verdade, eu não me lembro de jamais ter encontrado uma aluna cuja mente fosse tão irreparavelmente terrena.


- Como ela ousa dizer isso? - Lily estava furiosa com o que Hermione fora obrigada a passar.


- Dizer na frente de todos, ainda por cima - concordou Neville.


Snape não pode evitar pensar que Trelawney talvez estivesse certa. Hermione era uma pessoa extremamente metódica e que somente acreditava em coisas provadas, ou era o que parecia. Não que fosse uma coisa ruim. Era somente uma parte da personalidade. Mas claro que Trelawney não devia ter dito dessa maneira.


- Hermione, você sabe que ela está errada - falou Gina, confortando a amiga.


Outros concordaram com Gina também e Hermione sorriu para eles.


Seguiu-se um momento de silêncio.


- Todos estavam muito perplexos para dizer algo.


- Com razão.


Então...


- Agora Hermioine faz a coisa mais impactante da vida dela - brincou Rony.
— Ótimo! — exclamou Hermione, de repente, levantando-se e enfiando o exemplar de Esclarecendo o Futuro na mochila.


- Pelo menos, você não o jogou no lixo - falou Lyssi.


— Ótimo! — repetiu,


- Eu tenho direito de ser dramática.


atirando a mochila sobre o ombro


- Eu nunca vi Hermione tão irritada - falou Harry.


e quase derrubando Rony da cadeira.


- Desculpa - ela pediu.


- Valeu a pena - ele riu.


— Eu desisto!


- Foi difícil o suficiente ter que assistir essa aula até esse momento - falou Hermione - Era ridículo demais.


Vou-me embora.


- Não me arrependo disso nem por um segundo.


- Nem devia - falou Sirius divertido. Nunca imaginaria Hermione fazendo uma coisa dessas.
E para assombro da turma, Hermione se dirigiu ao alçapão, abriu-o com um pontapé


- Que violência - brincou Lene.


Hermione deu de ombros.


e desceu a escada, desaparecendo de vista.


- Eu não acredito que você fez isso - falou James.


- É, nem nós fizemos isso - falou Sirius.


Remus concordou.


- Que bom saber que fiz algo que os grande Marotos não fizeram - brincou Hermione - Estou orgulhosa.


- Devia estar mesmo - disse James, sério - Já fizemos quase tudo que podia ser feito.
Levou alguns minutos para todos se aquietarem outra vez.


- Compreensível.


- Ninguém pode dizer que essa aula foi monótona.


A professora parecia ter se esquecido completamente do Sinistro.


- Nada como uma discussão com uma aluna para se esquecer de supostas previsões de morte dos seus alunos - murmurou Regulus, acidamente.


Harry riu.
Deu as costas, bruscamente, à mesa de Harry e Rony,


- Porque isso é uma altitude matura - murmurou Gina.


respirando forte e ajeitando o diáfano xale mais perto do corpo.


- Como se alguém se importasse com a aparência dela.
— Oooooh! — exclamou Lilá de repente, assustando todo mundo.


- Lilá é assim mesmo - murmurou Rony.


- Você sabe tudo sobre Lilá, não é mesmo Rony? - Hermione perguntou friamente, com ciúme.


- Hermione...


- Problemas no paraíso - murmurou Sirius.


- Alguém está com ciúmes - murmurou James de volta.


— Ooooooh, Profª. Sibila, acabei de me lembrar! A senhora viu a Hermione nos deixando, não foi?


- Com todos os poderes dela? Sem dúvidas - murmurou Alice.


Harry ficou sério, pensando nas verdadeiras profecias que ela tinha feito.


Não foi, professora?


- Ela vai negar, porque ela realmente perderia essa oportunidade para fingir que realmente sabe de algo - falou Snape, irônico.


Na altura da Páscoa, alguém aqui vai deixar o nosso convívio para sempre!


- Acho que era para ser eu, em mais uma das profecias dela em que eu morro - murmurou Harry.


A senhora disse isso há um tempão, professora!


- Sabia. Claro que sabia. Vocês não estão vendo como ela se preparou para isso? - Josh questionou, revirando os olhos.


Sibila sorriu suavemente.


- Que pessoa falsa.
— É verdade, minha querida, eu sabia que a Srta. Granger iria nos deixar.


- Falando assim parece até que eu morri - Hermione brincou.


Esperemos, no entanto, que tenhamos nos enganado com os sinais...


- Acho que está bem claro que Hermione não fará mais essa aluna - murmurou Remus.


A visão interior pode ser um fardo, sabem...


- Se fosse verdade, podia mesmo - concordou Dorcas, imaginando o que faria se fosse capaz de prever de o futuro e não poder fazer nada para evitá-lo. Seria horrível.


Lilá e Parvati pareceram profundamente interessadas


- Pela primeira vez, em uma aula - murmurou Harry.


e trocaram de lugar para que a professora pudesse parar à mesa delas.


- Nem um pouco óbvio e patético - Lene revirou os olhos.
— Um dia Hermione vai capotar, hein?


- Não vou, não - Hermione disse ofendida.


— murmurou Rony para Harry,


- Claro que tinha que ser você a falar isso - Hermione olhou com raiva para o namorado que fez uma cara de santo.


fazendo cara de espanto.


- Não estava fazendo nada. Era a minha reação aos acontecimentos mesmo - falou Rony.
— É...


- E mais uma resposta profunda de Harry para Rony falando de Hermione.


Harry examinou mais uma vez a bola de cristal,


- Não sei para que.


mas não viu nada além de uma névoa espiralada.


- Nem vai ver - falou Lily desdenhosa.


Será que a professora vira, de fato, o Sinistro novamente?


- Não exatamente - murmurou Harry, para si mesmo.
Será que ele, Harry, veria?


- Não é muito provável - falou Sirius.


A última coisa de que precisava era outro acidente quase fatal,


- Sinto muito, mas acho que ainda vão ter alguns - murmurou Rony.


Harry concordou.


com a final de Quadribol cada dia mais próxima.


- Sério isso? - Hermione perguntou incrédula - Depois ninguém acredita quando eu digo que isso é obsessão.


- Não é obsessão! - Harry disse teimosamente.


- Claro que não. Se preocupar mais com algo do que sua própria vida não é um sinal de obsessão. De jeito algum - ironizou Hermione.


- Eu acho que Harry está certo - falou James.


- Claro que você acha - falou Lily, revirando os olhos. James era louco quando se tratava de Quadribol.


- Talvez ele tenha exagerado um pouco, mas é uma preocupação válida - falou Lene. Sirius concordou.


Harry sorriu triunfante, enquanto Lily e Hermione estavam incrédulas.


- Regulus? Você concorda comigo? - Harry perguntou baixinho pro amigo, interessado na opinião dele.


- Não há dúvidas de que se você sofrer um acidante quase fatal você não poderá mais jogar na final e isso é preocupante - falou e Harry sorriu. Mas ele continuou - Entretanto, é claro que a final do jogo não devia ser a sua maior preocupação quando se pensa em um acidente desse tamanho. Claro que sua vida é mais importante que um jogo. Então, é, elas estão meio certas. É um pouco obsessivo, Harry.


- Mas... - Harry procurou argumentos para se justificar.


- Já imaginou o que todos fariam se você sofresse um acidente sério, Harry? Acha que alguém se preocuparia com um jogo? Não. Todos os que se importam com você iriam querer que você ficasse bem, independente de quanto tempo levasse. Se por algum motivo você sofresse um acidente e eu pudesse te ver, e nós estivéssemos no mesmo ano, eu iria correndo te ver. A final de Quadribol nunca passaria na minha mente - falou Regulus, sério. Estava tentando colocar um pouco de sentido na cabeça daquele que já era um dos seus melhores amigos.


Harry estava tocado pelas palavras de Regulus. Era claro que ele sabia que o Black se importava bastante com ele, sabia que eles tinham se tornado amigos, mas ainda assim era chocante e reconfortante ouvir em voz alta o quanto era importante para ele. Regulus era o primeiro amigo em muito tempo que Harry tinha se identificado automaticamente e se aproximado depressa. Desde Rony, não tinha tido outra amizade que surgira tão rápido (até mesmo Hermione demorou para se tornar uma pessoa a qual ele confiaria a vida dele). E Harry sabia que isso era porque, no fundo, Regulus o entendia. Entendia as coisas que ele passara, ter que lidar com as expectativas de todos e sentir que não era o suficiente para elas. E, principalmente, ele entendia a parte ruim de Harry, talvez consequência definitiva da Horcrux. A que nem Hermione nem Rony queriam reconhecer que existia.


- Imagine se fosse comigo que ocorresse um acidante. Você se preocuparia com a final que eu iria jogar? - Regulus continuou a falar, sem dar uma chance de Harry expressar o que sentia por ele.


- Não... Claro que não! - Harry respondeu indignado, a ideia era absurda. Se Regulus se machucasse, ele não se preocuparia com nada que o outro deveria estar fazendo. Somente em como ele estava.


- Então. Está aí a prioridade correta - Regulus relaxou, deixando o corpo cair de volta no sofá. Tinha falado tudo que queria falar e esperava que fosse o suficiente para Harry entender porque ele deveria mais se preocupar com ele mesmo do que com um jogo.


- Eu iria correndo te ver também, Regulus - falou Harry e deu um sorriso para o outro - Você é um dos meus melhores amigos, sabe? Eu não suportaria te ver machucado - disse sincero. Tinha experiência com isso e realmente seria mais do que podia suportar. Mais um amigo machucado... Não.


Regulus sorriu. Sabia que era importante para Harry, porém era bom ouvir que era um dos melhores amigos dele. Não era um título dado para quase ninguém. Harry mesmo tinha dito que só considerava melhor amigo Rony, Hermione, Fred e Jorge. Neville e uma tal de Luna também, mas ainda assim nem tanto. Então era uma honra ser chamado assim pelo Potter. Regulus estava bem feliz com isso.


Regulus também considerava Harry um melhor amigo. Ele mesmo também não tinha muito melhores amigos, principalmente porque era uma pessoa fechada. Era difícil conseguir fazer com que Regulus se sentisse confortável, então era uma surpresa que Harry tinha conseguido fazer isso. Nem Regulus entendia muito bem como eles tinham se aproximado tanto, só sabia que eles pareciam ter tido uma conexão instantânea. Dentro de todos os desconhecidos e inimigos daquele lugar, algo tinha dito a Regulus que ele podia confiar em Harry, que realmente provou ser corajoso, confiável e esperto. Era raro achar alguém assim e Regulus estava feliz de ter conhecido Harry, o que o fez questionar como ficaria sem o amigo quando a leitura de todos os livros acabassem.


- Você sentir sua falta quando eu voltar para 1977 - falou impulsivamente, com um sorriso triste para Harry.


Harry só deu conta agora que teria que aprender a viver de novo sem as pessoas que estavam ali e a perspectiva o entristecia.


- Eu também - Harry deu um sorriso fraco. Regulus seria mais um amigo tirado dele, assim como os outros dali.


- Mas isso ainda está longe - Regulus tentou sorrir.


Rony e Sirius compartilhavam da mesma expressão ciumenta enquanto esperavam Regulus e Harry discutirem o que quer fosse que eles falavam baixo, de forma que ninguém ouvisse, há vários minutos. Todos da casa sabiam que os dois tinham criado uma amizade forte, como nenhum dos outros pareciam ter criado ainda. Eles pareciam que tinham se conhecido a vida toda. E Rony e Sirius sentiam que eles tinham sido substituídos, embora soubessem que isso não era verdade, não conseguiam controlar.


- Podemos voltar a ler? - Lene interrompeu a conversa de Harry e Regulus, que estavam falando de algo totalmente banal. Pelo menos, era o que parecia pelos movimentos que Regulus fazia com a mão ao contar alguma história para Harry.


- Desculpe - Harry e Regulus sorriram cúmplices.


As férias da Páscoa não foram exatamente relaxantes.


- E vocês relaxam algum dia? - resmungou Frank.


Os alunos do terceiro ano nunca tinham recebido tantos deveres para casa.


- Não foi tanto assim! - Hermione protestou, recebendo olhares incrédulos de Harry, Rony e Neville.
Neville Longbottom


- Já vão falar de mim - Neville deu um suspiro dramático.


parecia às vésperas de um colapso nervoso,


Frank e Alice olharam preocupados para o filho.


- Você não devia se preocupar tanto - falou Frank - Tenho certeza que organizando o tempo dá para fazer - Frank tentou tranquilizar o filho.


- Isso é porque você não viu a quantidade de coisa - Neville bufou.


- Você podia pedir ajudar aos seus amigos - sugeriu Alice.


- Estavam todos ocupados também.


Harry, Hermione e Rony se entreolharam, culpados.


e não era o único.


- Eu estava surtando - confessou Hermione.


- E quando você não está surtando por causa de estudo? - questionou Rony. Harry riu.


- Eu não surto! - falou Hermione, recebendo diversos olhares incrédulos.


— Chamam a isso de férias! — bradou Simas Finnigan


Harry sorriu, com saudade do colega.


certa tarde na sala comunal. — Ainda faltam séculos para os exames,


- Não faltavam séculos! - Hermione contradisse, sendo ignorada por todos.


qual é a deles!


- Talvez eles queiram preparar vocês, já pensou nisso? - sugeriu Snape.
Mas ninguém tinha tanto a fazer quanto Hermione.


- Você se sobrecarrega - falou Gina, balançado a cabeça.


Mesmo sem Adivinhação, ela estava estudando mais matérias do que todos os outros.


- Isso não devia ser possível - falou Alex, pensativo - Todos deviam ter que estudar a mesma quantidade de disciplinas que os outros.


- Mas quem quiser estudar mais não iria poder! - protestou Lily.


- Ainda assim - Alex se manteve firme.


Em geral era a última a deixar a sala comunal à noite,


- Isso não pode ser uma boa coisa - falou Lene, preocupada. Nem ela aguentava ser sempre a última a deixar a sala comunal. Era uma rotina cansativa.


a primeira a chegar na biblioteca na manhã seguinte;


- Eu conheço alguém assim - James sorriu para Lily.


tinha olheiras iguais as de Lupin


- Então a coisa está séria - falaram todos de 1977, menos Lupin.


Os Marotos trocaram olhares preocupados. Sabiam que as olheiras de Remus eram por literalmente dias sem dormir, em que ele só conseguia se manter em pé por causa da magia, então era realmente assustador que Hermione estivesse igual a ele.


- Você tem que descansar mais - falou, por fim, Sirius.


Hermione assentiu.


- Eu só fiz o que eu precisava fazer.


- E eu não sei como você não acabou morta no processo - murmurou Rony, preocupado. Hermione não ligava para os próprios limites quando se tratava de estudar.


e parecia estar constantemente prestes a cair no choro.


- Isso era por causa da horas sem dormir.


- E do estresse - acrescentou Gina.


- Tá, isso também.


Rony assumira a responsabilidade pelo recurso de Bicuço.


- Alguém tinha que fazer - disse, corando.


- Que irmão esforçado nós temos - os gêmeos zoaram.


- Alguém ter que ser - retrucou Rony.


- Estou começando a ver um padrão aqui - sussurrou Sirius para Lene, que riu.


Quando não estava cuidando dos próprios deveres,


- O que era basicamente o tempo todo...


- EI! - Rony reclamou, revoltado - Eu fiz tudo o que eu precisava fazer, no final.


- No final mesmo - afirmou Harry, rindo.


Rony olhou falsamente magoado para Harry por causa da "traição" dele.


estava examinando volumes grossíssimos


- Eu não sabia que você era capaz de ler - falou Jorge, surpreso.


- Cala a boca.


com títulos do tipo O Manual da Psicologia do Hipogrifo


- Por que a pessoa faz um livro sobre isso?


- Vai saber. Tédio? Insônia? Os dois?


e Ave ou Vilão?


- Que dramático - murmurou Gina, rindo.


Já Alice e Dorcas pareciam ofendidas pelo título.


Um Estudo Sobre a Brutalidade do Hipogrifo. Ficou tão absorto que até se esqueceu de ser antipático com o Bichento.


- Só Rony para esquecer de ser antipático - riu Jorge.
Entrementes, Harry teve que encaixar os deveres entre os treinos diários de Quadribol,


- O que é bem melhor, admita - falou Rony.


Harry sorriu culpado para o amigo.


para não falar das intermináveis discussões de táticas com Olívio.


- Olívio não dorme! - reclamou Harry - Ele realmente não vive para nada fora Quadribol.


Fred e Jorge concordaram.


- Olívio é obcecado. Mas ele é o melhor - falaram.


- Obrigado - ironizou Rony.


Fred e Jorge olharam culpados para o irmão, mas a verdade é que eles achavam que Olívio realmente era melhor goleiro que Rony. Talvez porque o ruivo não conseguisse controlar muito bem o seu nervosismo.


A partida Grifinória x Sonserina fora marcada para o primeiro sábado depois das férias da Páscoa.


- Começando as aulas com disputa - disse Hermione, sendo ignorada.


- Ainda bem que eles colocaram logo. Assim vocês não precisam ficar muito ansiosos - falou Frank.


- E vamos poder ler sobre o jogo! - James falou animado.


Sonserina liderava o campeonato por exatos duzentos pontos.


Regulus e Snape sorriram presunçosos.


- Como isso foi acontecer? - James murmurou, indignado.


Isto significava (conforme Olívio não parava de lembrar ao seu time)


- Como se Olívio conseguisse falar algo só uma vez - resmungou Jorge.


que eles precisavam vencer a partida por um número de pontos superior a duzentos para ganhar a Taça.


- Vocês conseguem! - disse Sirius, animador.
Significava, ainda, que a responsabilidade de vencer cabia em grande parte a Harry,


- Sempre cabe, não? - questionou Neville.


- Mais nesse jogo, era ainda maior - falou Harry.


porque capturar o pomo valia cento e cinquenta pontos.


- Sempre achei esse valor injusto - murmurou Hermione - O jogo é praticante ganho só por isso.


Claro que os viciados em quadribol não receberem bem a crítica e somente depois de se acalmarem é que voltaram a ler.


— Por isso você deve capturar o pomo somente quando obtivermos uma vantagem de mais de cinquenta pontos


- Eu acho que Harry é capaz de deduzir isso sozinho.


— dizia Olívio a Harry constantemente.


- Eu já estava quase o matando, só para calar a boca dele.


— Só se tivermos mais de cinquenta pontos Harry,


- Ele já está se repetindo.


senão ganhamos a partida, mas perdemos a taça.


- Isso seria muita burrice - falou Regulus, sorrindo com a ideia. Seria bem a cara da grifinória fazer isso.


Você entendeu bem?


- Entendi da primeira vez que você disse. Não precisava repetir mais mil - resmungou Harry. Tinha sido muito irritante. Ele somente ficava mais nervoso.


Você só pode apanhar o pomo se tivermos...


Fred revirou os olhos. Olívio achava que os outros tinham doenças mentais.


— JÁ SEI, OLÍVIO! — berrou Harry.


- Eita, pobre Olívio - murmuraram os Weasley.


- Ninguém merece Harry gritando - concordou Hermione.


Harry corou enquanto se recordava de quantas explosões eles já tinham presenciado. Nenhuma tinha sido bonita.


- Ele herdou isso da mãe - James se livrou da culpa rapidamente.


Lily estreitou os olhos.


- Eu vou me lembrar disso, James Potter.


Toda a Grifinória estava obcecada com a próxima partida.


- Quando não?


A casa não ganhava a Taça de Quadribol desde que o lendário Carlinhos Weasley (o segundo irmão mais velho de Rony)


- Quantos irmãos você tem mesmo? - questionou Frank.


- Tenho 5 irmãos e uma irmã - e apontou para Gina.


- Eu ficaria louco se tivesse tantos irmãos - murmurou Regulus - Já Sirius basta.


Sirius se ofendeu.


- Eu sou o melhor irmão que alguém podia ter - falou arrogante.


- É verdade - confirmou James.


Regulus revirou os olhos. É claro que o Potter iria aumentar o ego do seu irmão mais ainda, mesmo que fosse um ego frágil.


jogara como apanhador.


- Ele é ótimo - falou Gina - Mas não tão bom quanto Harry.


- Harry é praticamente um professional - James disse orgulhoso se lembrando do jogo deles.


- Melhor que você.


Mas Harry duvidava se alguém no mundo, mesmo Olívio, queria essa vitória tanto quanto ele.


- Harry, acho que não é possível você querer isso mais que Olívio - Fred falou como se ele tivesse probleminhas.


- Acho que é sim - retrucou, se lembrando porque queria vencer o jogo.


A inimizade entre Harry e Malfoy atingira o auge.


- Por que essa frase soa tão problemática? - Lily suspirou.


- Talvez porque seja.


- Como vocês conseguiram se odiar mais ainda? - perguntou Regulus.


Harry considerou isso.


- Acho que eu nunca odeie Malfoy. Ele sempre foi... meu, digamos, rival, mas eu nunca tive ódio de verdade dele. Fiquei com raiva várias vezes, claro. Mas nunca ódio de verdade. E nessa época, ele estava ainda mais insuportável- Harry deu de ombros.


Malfoy ainda sofria com o incidente da pelota de lama em Hogsmeade


- Aquilo foi muito engraçado - Sirius riu.


- A pessoa fica remoendo as coisas.


e ficara ainda mais furioso que Harry tivesse conseguido escapar do castigo.


- Fazer o que se meu filho é demais? - James sorriu convencido. Lily revirou os olhos.
Harry, por sua vez, não se esquecia da tentativa de Malfoy de sabotá-lo durante o jogo contra Corvinal,


- Uma tentativa bem infantil - falou Regulus, sorrindo um pouco. Não podia fingir que não tinha sido engraçado o fato de um Malfoy se fantasiar só para aterrorizar um Potter.


mas foi o caso de Bicuço que o deixou ainda mais decidido a vencer Malfoy diante da escola inteira.


- Finalmente um motivo de verdade e não algo infantil - Lily sorriu aliviada.


Harry ficou ofendido.
Nunca, na lembrança de ninguém, uma partida se aproximara com uma atmosfera tão carregada.


- Assim que é bom - Frank sorriu.


Alice reclamou com ele.


Quando as férias terminaram,


- O que deve ter sido rápido demais - falou Alex.


Os outros concordaram.


a tensão entre os dois times e suas casas estava a ponto de explodir.


- Sempre parece assim, no nosso ano - admitiu James.


Todos concordaram, embora ninguém se atreveu a dizer em voz alta que era por conta da guerra.


Pequenas brigas irrompiam nos corredores,


- Espero que você não esteja envolvido nelas, Harry James Potter - falou Lily, séria, cruzando os braços.


Harry recuou, apavorado.


- Jamais, mãe.


Lily o escanou, procurando sinais de mentira, e então relaxou.


que culminaram em um incidente perverso,


- Assim parece que alguém foi torturado - falou Neville, tremendo ligeiramente com a lembrança das torturadas sofridas na própria Hogwarts.


no qual um quartanista da Grifinória e um sextanista da Sonserina acabaram na ala hospitalar, com alhos porós brotando dos ouvidos.


- Não quero nem saber os detalhes disso - murmurou Dorcas, mas teve que ouvir do mesmo jeito enquanto todos discustiam o caso.
Harry, pessoalmente, estava passando um mau pedaço.


- Claro que você tem quer estar envolvido - Lily conteve um suspiro de exasperação.


Não podia ir e vir sem que os alunos da Sonserina esticassem as pernas tentando fazê-lo tropeçar;


- A sonserina do seu ano é tão infantil - Regulus murmurou desaprovadoramente. Nunca os seus amigos fariam uma coisa idiota dessa.


- Eu sei - Harry deu de ombros - Deve ser porque tem um Malfoy.


Regulus riu de leve.


Crabbe e Goyle não paravam de aparecer onde quer que ele estivesse


- Stalkers.


- Sempre soube que eles eram meus fãs, mas isso era ridículo - brincou Harry.


e se afastar desapontados quando o viam cercado de colegas.


Lily suspirou aliviada.


- Pela primeira vez, você não está tomando estúpidas decisões em nome da coragem - brincou Gina.


Harry revirou os olhos para ela.


Olívio dera instruções para que Harry estivesse sempre acompanhado em todo lugar,


- O que foi uma boa ideia.


para a eventualidade de algum aluno da Sonserina querer inutilizá-lo para o jogo.


- Isso só mostra como esse esporte está fora de controla nessa escola.


Toda a Grifinória assumiu o desafio com entusiasmo,


- Todos queriam te manter a salvo - Gina sorriu com a memória - Fora que essa era uma das raras oportunidades em que você não estava afastando as pessoas.


- Eu não afasto as pessoas! - Harry disse e recebeu olhares incrédulos - Nunca tinha notado isso - confessou.


- Não tem problema - assegurou Regulus, com um sorriso. Não queria que Harry ficasse preocupado com isso.


tornando impossível Harry chegar às aulas na hora certa,


- Como se você não vive se atrasando já - Hermione resmungou.


porque andava rodeado por uma aglomeração de colegas barulhentos.


- Que também chegavam atrasados com vocês - acrescentou Rony.


Mas o garoto se preocupava mais com a segurança da Firebolt do que com a própria.


- Isso é doentio - Lily falou seriamente preocupada. Até mesmo James foi forçado a concordar.


Harry ignorou os olhares preocupados de todos.


- Eu não penso mais assim - e lançou um sorriso discreto para Regulus. O argumento do amigo o fizera ver quanto estava sendo estúpido.


Regulus suspirou aliviado e contente que ele tenha sido capaz de realmente ajudar Harry.


- Eu espero que sim, Harry Potter - Lily ameaçou o filho, que somente riu.


Quando não estava voando, ele trancava a vassoura no malão


James sorriu, aprovando.


e muitas vezes dava uma corrida à Torre da Grifinória, nos intervalos das aulas, para verificar se ela continuava lá.


- E ela estava - falou para tranquilizar James.


Todas as atividades normais


- Como se esse colégio tivesse algo de normal - Alex desdenhou.


na sala comunal foram abandonadas na véspera do jogo.


- Porque isso não é exagero - Hermione bufou.


Até Hermione pusera os livros de lado.


- Não foi porque eu quis! - ela respondeu quando viu todos os olhares acusadores para ela.
— Não consigo estudar,


- Essa foi a primeira vez em que aconteceu algo assim. Foi um momento histórico - falou Rony, com uma voz séria.


não consigo me concentrar — comentou ela, nervosa.


- Não entendo por qual razão você estaria nervosa.


- É porque ela estava com medo que os outros percebessem que até ela estava ansiosa para o jogo! - acusou James, com um sorriso.


Hermione negou.
Havia uma grande algazarra.


- Quando não? - perguntou Fred.


- Quando vocês saíram do colégio? - sugeriu Gina.


Ele deu de ombros.


Fred e Jorge Weasley enfrentavam a pressão agindo com mais barulho e exuberância que nunca.


Eles olharam irritados para Harry.


- Não estávamos sobre pressão nenhuma!


- Claro que não - Harry revirou os olhos.


- Não vejo como vocês podem ser mais barulhentos que o normal - murmurou Dorcas.


- Nós sempre nos superamos - os gêmeos sorriram.


Olívio estava a um canto debruçado sobre a maquete de um campo de Quadribol,


- Aposto que ele brinca com isso todo dia - falou Frank.


empurrando bonequinhos com a varinha e resmungando.


- Esse é nosso Olívio - sorriu Jorge.


Angelina, Alicia e Katie riam das piadas de Fred e Jorge.


- É porque somos engraçados - falaram.


- Nessa época vocês já estavam dando em cima delas? - Gina perguntou inocentemente.


- Claro que não! - responderam rápido demais e o resto das pessoas riram.


Harry se sentara com Rony e Hermione


- Não sei porque não me surpreende.


- Vocês realmente passam o tempo todo juntos não? - Lene revirou os olhos.


- Eles são o Trio de Ouro por uma razão - murmurou Neville.


afastado do centro das atividades,


- Como se você conseguisse ficar afastado do centro das atividades - brincou Rony.


procurando não pensar no dia seguinte,


- Não acho que isso funcione - falou Sirius.


porque toda vez que o fazia,


- Não disse? Já tá ai pensando.


tinha a terrível sensação de que alguma coisa enorme estava tentando voltar do seu estômago.


James olhou preocupado para o filho. Talvez ele estivesse ansioso demais para o jogo. Era para Harry ter mais confiança em si mesmo ou pelo menos ser capaz de controlar seu nervosismo.
— Você vai se sair bem — disse Hermione a ele,


- Eu tinha que te apoiar, apesar de ser quadribol - Hermione falou.


Harry sorriu.


embora parecesse decididamente aterrorizada.


- Isso não ajuda muito.


- Eu não estava preocupada só por causa do jogo - Hermione falou.


- Então o que era? - Sirius perguntou.


Hermione se recusou a responder.
— Você tem uma Firebolt! — animou-o Rony.


- Só para lembrar que Harry é rico.


- Não foi o melhor apoio - Harry concordou.


— É... — respondeu Harry, o estômago se revirando.


Lily revirou os olhos. Tudo isso por um jogo?
Foi um alívio quando Wood se levantou e gritou:
— Time! Cama!


- Demorou muito - resmungou Harry.
Harry dormiu mal.


- Quando você dorme bem? - questionou Remus, preocupado.


Primeiro, sonhou que perdera a hora


- Não acho que ninguém da Grifinória vá deixar isso acontecer - falou Neville.


e que Wood gritava "Onde é que você se meteu? Tivemos que chamar Neville para substituí-lo!".


- Isso não! - Gina sufocou o riso.


- EI! - gritou Neville corado enquanto os outros riram - Por que eu?


- Bem... Você não é o melhor voando - Harry falou envergonhado.


Depois sonhou que Malfoy e o resto do time da Sonserina chegavam para a partida montados em dragões.


- Porque isso não seria nenhum um pouco exagerado - ironizou Regulus. Harry sorriu para ele, balançado a cabeça.


Harry voava a uma velocidade vertiginosa,


- Não que isso fosse fora do normal para você.


- Não voo tão rápido assim! - Harry protestou.


- Tem vezes que eu não consigo nem te acompanhar com o olhar - Hermione replicou.


tentando evitar o jorro de chamas que saía da boca da montaria de Malfoy,


- Sempre soube que Malfoy não prestava - brincou Lene.


quando percebeu que esquecera sua vassoura.


- Você só perceberia depois de meio século. Claro.


Começou, então, a cair pelo ar e acordou assustado.


- Esse sonho foi horrível - concordou James.
Levou alguns segundos para se lembrar que a partida ainda não se realizara,


- E que você vai vencer - disse James, confiante.


Harry sorriu para o pai.


que estava seguro em sua cama,


- Ou tão seguro quanto Harry Potter pode estar - acrescentou Hermione, pensando em Peter.


e que, decididamente, o time da Sonserina não teria permissão para jogar montado em dragões.


- Nem mesmo Snape conseguiria burlar isso para eles - falou Gina.


Snape se sentiu ofendido.


Sentiu uma sede enorme.


- Pela primeira vez, Harry parece ter um comportamento de um ser humano - Sirius disse - Tendo sede... Daqui a pouco vai ter fome também. E depois, quem sabe, vai aprender a dar em cima de garotas - sorriu, esperançoso.


Gina o lançou um olhar gélido.


- Prefiro ele sem saber fazer o último, obrigado.


O mais silenciosamente que pôde,


- Isso é muito, considerando que é Harry - falou Rony.


levantou-se da cama de colunas e foi se servir de água de uma jarra de prata sob a janela.


- Ainda bem que tem água aí - disse Lily, satisfeita. Ela não tinha água no quarto dela.
Não havia movimento nem som nos jardins.


- Isso é estranho - Regulus falou, preocupado. Desde sempre fora ensinado que a ausência de sons em um ambiente signifcava coisas estranhas.


Nenhum sopro de vento perturbava as copas das árvores na Floresta Proibida;


- Muito estranho - Sirius concordou com o irmão.


o Salgueiro Lutador estava imóvel e transpirava inocência.


Remus se sentiu culpado.


Parecia que as condições para a partida seriam perfeitas.


- Ou não.
Harry pousou o copo e já ia voltar para a cama quando alguma coisa prendeu sua atenção.


- Você é imperativo - Gina revirou os olhos.


Havia um animal rondando o gramado prateado.


- Um animal? Essa é nova - murmurou Josh.
Harry correu à sua mesa-de-cabeceira, apanhou os óculos, colocou-os,


- Você estava sem óculos? - Alex perguntou para Harry como se ele fosse retardado.


- Estava - Harry admitiu.


e voltou depressa à janela. Não podia ser o Sinistro


- Não me diga que você acreditou naquela besteira! - Lily exclamou, irritada.


- Na época, sim.


— não agora — não na véspera da partida...


- Não acredito que você pensou nisso - Regulus falou irritado para Harry. O amigo não tinha nenhuma noção de importância?


- Desculpe - Harry ofereceu um meio sorriso. Entendia agora porque estava errado, mas na época do livro ainda não.


- Não precisa se desculpar por isso - falou Regulus, dispensando as desculpas.
Ele tornou a espiar os jardins


- Sempre curioso - Lyssi falou.


- Você não ficaria? - questionou ele para Lyssi.


- Talvez.


e, depois de uma busca ansiosa, localizou-o.


Todos ficaram confusos.


- Não era o Sinistro - Harry falou para tranquilizar todos.


- Imaginei que não - retrucou Snape.


O animal ia contornando a orla da floresta agora...


- Mas é algo então - falou Sirius.


Harry deu de ombros. Não se lembrava com detalhes desse dia.


Não era o Sinistro... Era um gato...


- Não acredito que você nos deixou preocupados só por isso - ralhou Lily. Lene a apoiou.


Harry agarrou o peitoril da janela aliviado ao reconhecer aquele rabo de escovinha. Era só o Bichento...


Hermione sorriu. Sentia falta de Bichento. Ele era um animal fantástico mesmo.
Mas seria só o Bichento?


- Sim! Foi o que você acabou de dizer - Sirius falou exasperado.


- Quem mais estaria com ele? - questionou Hermione.


Harry deu de ombros.


Harry apurou a vista, esborrachando o nariz contra a vidraça.


- Adoro fazer isso - falou Lene e recebeu olhares estranhos - Sabe, quando está frio e fica a sua respiração... - parou, quando percebeu que todos ainda a consideravam estranha.


Bichento parecia ter parado.


- Por agora - resmungou Harry.


O menino teve certeza de que estava vendo outra coisa andando sob a sombra das árvores, também.


- Então... São dois animais? - Sirius questionou.


Harry assentiu.


Naquele momento, ele apareceu, um cão gigantesco,


Os três marotos se entreolharam imediatamente. Será que...?


peludo e negro, que se movia sorrateiramente pelos gramados.


Eles tinham certeza agora. Era Sirius. Mas o que ele estava fazendo em Hogwarts disfarçado de cachorro?


- Como um cachorro caminha sorrateiramente? - Dorcas questionou, com algumas ideias já na cabeça.


Bichento caminhava ao seu lado.


- O que é meio estranho, considerando que é um gato e um cão - falou Neville.


- Eu já vi várias vezes esses dois animais se dando bem! - Alice protestou.


Harry arregalou os olhos.


- Porque essa é a cena mais estranha que você já viu, com certeza.


Que significaria isso?


- Muito provavelmente, nada - Neville falou.


Se Bichento também via o cão,


- O que era óbvio que ele fazia - comentou Frank.


como é que ele podia ser um agouro da morte de Harry?


- Já pensou na probabilidade dele não ser? - sugeriu Sirius.
— Rony! — sibilou Harry. — Rony acorda!


- Boa sorte em acordar esse daí - Gina falou, se lembrando de todas as vezes que tinha tentando acordar o adorável irmão.
— Hum?
— Preciso que você me diga se vê uma coisa!


- O que é uma frase muito normal - falou Lene sarcasticamente.
— Tá tudo escuro, Harry — murmurou o amigo com a voz empastada. — Do que é que você está falando?


- Do encontro incomum entre um cão e um cachorro - falou Regulus, entediado.


- Tem mais do que parece - falou Harry.


— Ali embaixo...
Harry espiou depressa pela janela.


- Já tá virando um vício isso.
Bichento e o cão haviam desaparecido.


- Talvez tenham ido dar um passeio.


Ele subiu, então, no peitoril para ver lá embaixo,


- Isso é que eu chamo de curiosidade.


- Stalkeando animais - Lene balançou a cabeça, desaprovadoramente.


nas sombras do castelo, mas os bichos não estavam mais lá.


- Claro que não. Ia ser muito simples se eles estivessem.


Aonde teriam ido?


- Quem se importa? - Jorge murmurou.


Um forte ronco lhe informou que Rony tornara a cair no sono.


- Acho que eu não estava acordado de verdade antes.


- Muito provável
Harry e o resto do time da Grifinória entraram no Salão Principal, no dia seguinte, sob uma tempestade de aplausos.


- Isso é ridículo - Lily murmurou.


- Claro que não! É só uma demonstração de amor e esperança! - falou James.


O garoto não pôde deixar de dar um grande sorriso quando viu que as mesas da Corvinal e Lufa-Lufa os aplaudiam também.


- Como se fosse novidade que essas casas fossem apoiar a Grifinória - Snape resmungou.


Frank e Alice sorriram culpados.


A mesa da Sonserina vaiou alto quando eles passaram.


- Naturalmente.


- Inveja.


Harry reparou que Malfoy parecia mais pálido do que de costume.


- Ele estava nervoso - Harry disse, compreensivamente. Podia não gostar de Malfoy, mas sabia o que era ficar nervoso antes de um jogo.
Olívio passou o café da manhã inteiro insistindo para que o time comesse,


Lily aprovou a notícia.


- Olívio só faltava controlar as calorias ingeridas - resmungou Fred - Parecia uma mistura de uma mãe com uma nutricionista.


Jorge e Harry tremeram, com a lembrança.


sem, contudo, se servir de nada.


- Um pouco hipócrita não?


- Imagina - ironizou Jorge.


- Mas ele queria nosso bem - acrescentou Fred - Imagine se passássemos mal no jogo? Horrível.


Depois apressou-os a se dirigirem ao campo antes que os outros tivessem terminado,


- Uma hora ele quer vocês comam, outra que corram.


para terem uma ideia das condições de jogo.


James aprovou a ideia.


- Isso sempre gera uma vantagem.


Quando saíram do Salão Principal, receberam novos aplausos.


- Acho que os aplausos deviam ficar só para se vocês ganhassem. O que não vai acontecer - provocou Regulus.


Harry, Fred e Jorge o lançaram olhares assassinos. Ele somente riu, divertido.


— Boa sorte, Harry! — gritou Cho.


Gina resmungou.


Harry sentiu o rosto corar.


- Você é um caso perdido - Sirius resmungou - Eu não tenho escolha senão tentar lhe ajudar.


- Eu não quero ajuda.


- Não importa. Você não pode manchar o meu nome.


- Nem o meu - acrescentou James.


- Vocês não ensinar nada - Gina interrompeu.


Sirius a olhou desafiador.


- Não posso deixar o meu sobrinho viver assim - falou e só então percebeu que era a primeira vez que chamava Harry de sobrinho. Sirius olhou rapidamente para o afilhado. Harry sorriu, parecendo gostar. Sirius respirou aliviado. Sabia que Harry não era seu sobrinho de sangue, mas isso nunca importou.


- Ele está bem do jeito que está - Gina retrucou.


Sirius sussurrou para Harry que depois eles continuavam.


— Ok... Não tem vento... O sol está meio forte, o que pode prejudicar a visão, tomem cuidado... O chão está bem firme, bom, isso vai nos dar um bom impulso inicial...


- Parece um dia ótimo para jogar.
Olívio andou pelo campo examinando tudo,


- Assim como um bom capitão deve fazer - James aprovou.


com o time atrás.


- Ninguém se atreveria a ir para outro lugar - brincou Fred.


- E era importante - Harry falou sério.
Finalmente, eles viram as portas do castelo se abrirem ao longe e o restante da escola se espalhar pelos gramados.


- Não estão mais separados de nós, simples mortais. Triste - Hermione ironizou.


- É engraçado ver todo mundo se espelhando rapidamente na área pequena - Harry comentou.


— Vestiário — disse Olívio tenso.


- Ele é muito tenso - observou Remus.
Ninguém falou enquanto se despiam e vestiam os uniformes vermelhos.


Os grifinórios sorriram com orgulho, especialmente os jogadores.


Harry ficou imaginando se todos estariam se sentindo como ele:


- Acho que ninguém nunca se sente como você - brincou Neville.


como se tivesse comido alguma coisa que se mexia demais dentro da barriga.


- Mas, sim, é normal ficar um pouco nervoso antes do jogo - falou James. Talvez não tanto, mas ainda assim.


Não parecia ter transcorrido mais que um segundo quando ele ouviu Olívio dizer:
— Ok, pessoal, vamos...


- Na verdade, foram vários minutos - observou Jorge.
O time entrou em campo sob uma onda gigantesca de aplausos,


- Aplauso. Não aguento mais ouvir essa palavra - resmungou Snape.


Três quartos da torcida usavam rosetas vermelhas,


- Nenhuma surpresa nisso.


Frank não pode deixar de pensar em como isso era injusto. Mesmo não sendo os mais simpáticos, não era justo que três quartos da escola se juntasse e excluísse outro.


agitavam bandeiras vermelhas com o leão da Grifinória ou faixas com palavras de ordem: "PRA FRENTE GRIFINÓRIA!" e "A COPA DOS LEÕES!".


Todos os grifinórios sorriram. James especialmente. Ele simplesmente amava Quadribol. Tinha como algo ser mais perfeito que isso?
Atrás das balizas da Sonserina, porém, duzentos torcedores se cobriam de verde;


Snape e Regulus sorriram, orgulhosos. Mesmo sendo a minoria, não tinham duvidas de que essa era a casa que queriam estar.


a serpente prateada da casa brilhava em suas bandeiras


- É o nosso símbolo - Regulus deu de ombros, com os olhares que estava recebendo.


e o Profº. Snape estava sentado na primeira fila,


- Claro que eu não perderia o jogo.


vestindo verde como os demais,


- É a cor da minha casa - Snape disse com orgulho.


- Uma casa horrível - Sirius retrucou mas se calou com o olhar irritado do irmão.


- Só para você, Black - retrucou Snape.


exibindo um sorriso muito sinistro.


- Eu não poso nem sorrir mais - bufou Snape.


— E aí vem o time da Grifinória! — bradou Lino Jordan, que, como sempre, fazia a irradiação.


- Ele é o melhor! - Gina afirmou, enfaticamente - Apesar de não ser muito imparcial.


- Sabemos.


— Potter, Bell, Johnson, Spinnet, Weasley, Weasley e Wood.


- Sempre tem um Weasley no time - sorriu James.


Os Weasleys sorriram orgulhosos.


Considerado por todos o melhor time que Hogwarts já viu em muitos anos...


- Desde que eu saí claro - James falou arrogante.


- Eu também! - disse Sirius.


- Não, desde que Carlinhos saiu - implicou Jorge.


James o olhou mortalmente.
Os comentários de Lino foram abafados por uma onda de vaias da torcida da Sonserina.


- E lá começa a confusão.
— E aí vem o time da Sonserina, liderado pelo capitão Flint.


- Ele é um bruto! - reclamou Hermione, que o conhecia um pouco.


- Ele não precisa ser amável - Regulus deu de ombros.


Ele fez algumas alterações no esquema tático e parece ter preferido o peso à qualidade...


Lene riu, sabendo que ele se referia a Malfoy. Draco realmente não parecia ser muita coisa.
Mais vaias da torcida da Sonserina.


- Claro. Ele está falando de novo do time - resmungou Snape.


Harry, porém, achou que Lino tinha razão.


Regulus olhou magoado para Harry.


Malfoy era, sem discussão, o menor jogador do time; todos os outros eram enormes.


- Sim, mas isso pode ser uma coisa boa - falou Regulus e explicou várias estratégias até que Harry foi obrigado a concordar.
— Capitães, apertem-se as mãos! — disse Madame Hooch.


- Não sei para que ter esse momento de falso respeito - Lily revirou os olhos. Dessa vez, os fãs de Quadribol concordaram com ela.
Flint e Wood se aproximaram e apertaram as mãos com força;


- E o jogo já começou - comentou Dorcas baixinho.


davam a impressão de que estavam querendo quebrar os dedos um do outro.


- Talvez porque seja verdade - sugeriu Lene.


— Montem nas vassouras!


- Finalmente - James disse. Estava ansioso para ouvir sobre o jogo.


— disse Madame Hooch. — Três... Dois... Um...


O som do seu apito se perdeu no estrondo das torcidas na hora em que as catorze vassouras levantaram voo.


- Assim que é bom - Lene sorriu.


- Tenho que admitir que a visão é linda - falou Lily. Todos a olharam surpresos - Voar parece ser legal. Só não gosto do Quadribol.


- Você não gosta de voar.


- Eu tenho medo de voar. É diferente - corrigiu Lily.


- Vamos mudar isso - James prometeu com um sorriso maroto enquanto pensava em várias ideias.


Lily suspirou, exasperada.


Harry sentiu os cabelos voarem para longe da testa;


- O que chamou mais atenção ainda para a sua cicatriz - murmurou Rony, esquecendo-se por um segundo da história por trás dela.


O clima da sala ficou tenso enquanto todos lembravam da morte de Lily e James.


seu nervosismo o abandonou na excitação do voo;


James sorriu aliviado. Harry podia ficar nervoso o quanto quisesse antes do jogo se isso não significasse que ele fosse ficar assim também durante a partida. Mas James devia ter imaginado que Harry se sentiria assim; ele mesmo sempre se sentia de forma igual durante o voo. Era algo único e ele estava feliz que seu filho pudesse compartilhar do sentimento.


olhou para os lados e viu Malfoy na sua esteira


Regulus olhou para Harry preocupado. Sabia que os Malfoys não jogavam exatamente limpo. E também sabia que eles tinham talento. Eram reais adversários.


Claro que tudo isso se Draco tivesse o mesmo talento e costumes dos outros.


e aumentou a velocidade para ir à procura do pomo.


- Não deve demorar muito para você achar então - disse Gina, confiante.


— E Grifinória com a posse da bola, Alicia Spinnet


Fred deu um sorriso de lado enquanto se lembrava de Alicia.


da Grifinória com a goles, voando direto para as balizas da Sonserina, em boa forma, Alicia!
Todos até prendiam a respiração, ansiosos.


Arre, não, a goles foi interceptada por Warrington.


Xingamentos foram ditos por parte dos grifinórios.


Warrington da Sonserina partindo em velocidade pelo campo.


- Ninguém vai fazer nada para impedir? - James perguntou irritado.


PAM!


— Uma boa rebatida de um balaço por Jorge Weasley,


- Finalmente - resmungou James.


Fred trocou uma batida de mão com o irmão.


Warrington deixa cair a goles, que é apanhada por... Johnson,


Jorge sorriu. Sentia falta de Angelina. Ela era uma das pessoas que ele mais conversava.


Grifinória com a posse da bola outra vez, aí Angelina, bom desvio de Montague.


- Não vai ser o suficiente! - falou Regulus, entrando no seu modo fã.


Se abaixa Angelina, aí vem um balaço!


Snape e Regulus sorriram.


ELA MARCA! DEZ A ZERO PARA GRIFINÓRIA!


Todos os grifinórios comemoraram o merecido ponto. James e Sirius sorriram arrogantemente para Snape.


Angelina deu um soco no ar ao sobrevoar o extremo do campo;


- Para liberar as emoções - disse Lyssi.


o mar vermelho nas arquibancadas berrou de felicidade...


- Vocês estão comemorando muito cedo - advertiu Regulus. Jogos eram imprevisíveis.


OUCH!


Angelina quase foi derrubada da vassoura por Marcos Flint ao colidir em cheio com ela.


- Eu disse que ele era bruto - resmungou Hermione.


- Ela só não caiu porque ela voa muito bem - disse Gina, se recordando bem da cena.


— Desculpe! — disse Flint enquanto os torcedores lá embaixo vaiavam. — Desculpe, eu não vi a jogadora!


- Claro que não viu. Você é cego - reclamou Lene irritada - Que desculpa ridícula!


Não demorou muito, Fred Weasley atirou o bastão contra a cabeça de Flint,


Os grifinórios sorriram vingativamente, em especial os gêmeos que trocaram olhares.


cujo nariz bateu com força no cabo da vassoura


- Espero que tenha doído - falou Jorge.


e começou a sangrar.


- Eu não o tinha visto lá - disse Fred, inocentemente.


- Depois reclamam da sonserina - Frank revirou os olhos - Vocês são iguaizinhos.


Regulus e Snape sorriram para Frank.


- Não podíamos deixar barato o que ele fizera com Angelina! - retrucou Jorge.


- É um jogo, não um ringue de luta - retrucou Frank.


- A corvinal também fez coisas bastantes violentas - acusou James.


Frank deu de ombros.


- Nunca disse que a minha casa era perfeita.


— Chega! — gritou Madame Hooch,


- Ela se irritou bastante.


- Mas ela já devia esperar que isso fossem acontecer.


mergulhando entre os dois. — Pênalti contra Grifinória pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra Sonserina por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversário!


Todos os grifinórios e sonserinos resmungaram da injustiça do caso.


— Ah nem vem! — berrou Fred,


- Não piore as coisas - alertou Remus.


mas Madame Hooch apitou e Alicia se adiantou para cobrar o pênalti.


- Ela não devia ter aceitado isso - resmungou Fred.


— Aí, Alicia! — gritou Lino no silêncio que se abatera sobre as arquibancadas.


- Lino odeia silêncio - explicou Jorge.


- Percebemos.


— SIM, SENHORES! ELA FUROU O GOLEIRO! VINTE A ZERO PARA GRIFINÓRIA!


Os grifinórios comemoraram novamente enquanto os sonserinos xingavam em silêncio.


Harry deu uma guinada na Firebolt para ver Flint, ainda sangrando à beça,


Jorge sorriu sastifesto.


voar para cobrar o pênalti contra Sonserina.


- E o pomo? - exigiu James.


- Não estava querendo aparecer - Harry deu de ombros - Eu não podia fazer nada no segundo. Não podia exatamente sair cantando para o pomo sair do esconderijo - disse sarcástico.


Regulus riu, assim como outros, porque a imagem de Harry fazendo isso era muito engraçado.


Olívio sobrevoava as balizas de Grifinória, os maxilares contraídos.


- Ele está concentrado - Lene disse aprovadoramente.


— É claro que Wood é um esplêndido goleiro!


- Ninguém duvida disso.


— comentou Lino Jordan para os ouvintes enquanto Flint aguardava o apito de Madame Hooch.


- Mais uma vez, imparcialidade - Regulus disse sarcástico.


— Esplêndido! Difícil de vazar – muito difícil mesmo


- Já entendemos da primeira vez.


– SIM SENHORES! EU NÃO ACREDITO!


- Ninguém se importa se você acredita - resmungou Regulus.


ELE AGARROU A BOLA!


Os Grifinórios sorriram vitoriosos, enquanto os Sonserinos pareciam decepcionados.


Aliviado, Harry se afastou velozmente, espiando para todos os lados à procura do pomo,


- Finalmente - resmungou James. Harry revirou os olhos.


mas sem perder nenhuma palavra dos comentários de Lino.


- Ainda bem que você consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo - disse Rony.


Era fundamental para ele manter Malfoy afastado do pomo até Grifinória atingir cinquenta pontos de vantagem.


- Não deve demorar muito - disse Sirius com um sorriso presunçoso.


— Grifinória com a posse, não, Sonserina com a posse, não! Grifinória retoma a posse e é Katie Bell,


Os gêmeos sorriram. Sentiam falta da incrível amiga.


Katie Bell de Grifinória com a goles, a jogadora corta o campo... FOI INTENCIONAL!


- Já vão culpar a Sonserina de novo - reclamou Regulus.


Montague, um artilheiro de Sonserina,


- Um sem talento - acrescentou Harry.


cortou a frente de Katie e em vez de agarrar a goles, agarrou a cabeça da jogadora.


- Me diga que isso não intencional - desafiou Harry.


- Ok, ele foi estúpido - admitiu Regulus.


Katie deu uma cambalhota no ar,


- Isso é difícil - murmurou Frank.


- Ela consegue - sorriu Jorge.


conseguiu continuar montada,


- Eu disse.


- Impressionante.


mas deixou cair a goles.


- Nem tudo pode ser perfeito - Rony resmungou.


O apito de Madame Hooch soou mais uma vez


- Vocês não conseguem jogar nem por um minuto antes de parar novamente - reclamou Neville.


Harry deu de ombros.


- Era uma partida violenta.


ao sobrevoar Montague e começar a gritar com ele.


- Ela estava revoltada - Harry disse com um sorriso.


Um minuto depois, Katie tinha marcado mais um pênalti contra a defesa da Sonserina.


- Isso que dar tentar jogar sujo - disse Lene com um sorriso enorme.


— TRINTA A ZERO!


- Ainda não é o suficiente - resmungou James, impaciente.


TOMA, SEU SUJO, SEU COVARDE...


- Realmente, bem maduro isso - falou Regulus secamente.


— Jordan, se você não consegue irradiar imparcialmente...


- O que já ficou claro - murmurou Alice.


— Estou irradiando o que acontece, professora!


- Do seu ponto de vista! - reclamou Regulus - Um narrador deve ser imparcial.


- Só mais uma coisa em que favorecem a grifinória - disse Snape. E então começou uma intensa discussão sobre que casa era favorecida.


- CHEGA! - gritou Hermione, por fim - Isso não importa. Ninguém aqui vai poder mudar nada disso agora!


Harry sentiu um grande tremor de excitação.


James sorriu, sabendo o que isso significava.


Acabara de ver o pomo,


Acertei, pensou James convencidamente.


refulgia ao pé de uma das balizas da Grifinória,


- Tão tranquilo, só esperando para eu chegar - murmurou Harry.


mas ele não devia apanhá-lo por hora, e se Malfoy o visse...


- Faça qualquer coisa e é óbvio que Malfoy irá te seguir - murmurou Gina.


Fingindo uma expressão de súbita concentração,


- O que é uma coisa fácil, mas considerando os talentos de Harry para mentir - Fred estremeceu - Não sei como Malfoy caiu nessa.


- Eu não sou tão ruim assim! - protestou Harry.


- Claro que não - Jorge revirou os olhos.


- Até eu percebo quando você mente - Neville falou.


- Você é péssimo - Gina concordou.


Harry desistiu de discutir.


Harry deu meia-volta na Firebolt e correu em direção ao campo da Sonserina,


- Cuidado para não ser amaldiçoado - falou Sirius, solenemente.


a manobra funcionou.


- Pela primeira vez, sua sorte funcionou.


- Algum dia tinha que acontecer - Harry deu de ombros.


Malfoy saiu a toda velocidade atrás dele,


- Como se ele fosse mais rápido que Harry - Gina bufou.


- Acho que Harry é um dos jogadores mais rápidos do mundo - murmurou Regulus. Pelo que ele vira do menino jogando e pelas leituras, ele tinha potencial para ser mais rápido que todo mundo que Regulus já conhecera.


- Não sou tão bom assim - Harry disse, envergonhado.


- Não? Eu acho que é. Aceite - disse Regulus, o encarando intensamente. - Você podia virar um jogador profissional.


Harry sorriu para o amigo, balançando a cabeça.


- Não quero ser um jogador - disse pensando em toda a atenção extra que isso atrairia. Não era o que ele queria.


pensando evidentemente que Harry vira o pomo lá...


- Pegadinha do malandro - sorriu Jorge, orgulhoso.


CHISPA.


- Ok, isso foi aleatório.


Um dos balaços passou voando pela orelha direita de Harry,


- Ainda bem que não foi na sua cabeça - falou Sirius.


arremessado pelo gigantesco batedor da Sonserina, Derrick.


- Ele é melhor que o outro pelo menos - Harry disse.


- Se o time da Sonserina é tão ruim quanto você faz parecer, por que vocês nunca nos venciam? - Regulus perguntou.


- Não sei. Falta de sorte. Falta de um apanhador bom - Harry deu de ombros.


- O time estava sem confiança desde que Carlinhos saiu, ou foi isso que eu ouvi - disse Fred.


Então, novamente...


- Nenhuma marcação, realmente.


CHISPA.


O segundo balaço roçou pelo cotovelo de Harry.


- Você tem que tomar mais cuidado - falou James.


Harry deu de ombros.


O outro batedor, Bole, vinha se aproximando.


- Você não quer estar perto dele, acredite - falou Fred.


Harry teve um vislumbre fugaz de Bole e Derrick voando em sua direção, com os bastões erguidos...


- Parecia uma cena de um filme de terror - brincou Harry.


Virou a Firebolt para o alto no último segundo


- Não me diga... - Sirius disse com um sorriso, empolgado. Adorava quando isso acontecia.


e os dois batedores colidiram com um baque de provocar náuseas.


- Esse é o meu garoto - disse James, orgulhoso.


— Há! Há! Há! — bradou Lino Jordan quando os batedores da Sonserina se separaram,


- Demorou um pouco para eles entenderem o que aconteceu.


levando as mãos à cabeça.


- Foi uma visão engraçada - Hermione admitiu.


— Mau jeito, rapazes! Vão ter que acordar mais cedo para vencer uma Firebolt!


- E um Potter - acrescentou James.


- Eu queria ter uma Firebolt - disse Sirius sonhador.


E Grifinória fica com a posse da bola mais uma vez,


Os grifinórios sorriram.


quando Johnson toma a goles,


- Johnson parece ser uma jogadora - observou Frank.


- Ela é.


Flint emparelhado com ela,


Lene xingou.


mete o dedo no olho dele, Angelina!


- Zero violento - ironizou Snape.


- Depois a Sonserina que não presta - resmungou Regulus.


Foi só uma brincadeira, professora, só uma brincadeira...


- Claro - riu Fred.


ah, não – Flint toma a bola, Flint voa para as balizas de Grifinória,


Os sonserinos sorriram. Era agora.


agora é com você Wood, agarra...


- Nem sempre dá para agarrar - falou Rony.


Mas Flint marcou;


Os sonserinos comemoraram, enquanto os grifinórios faziam caretas.


houve uma erupção de vivas do lado de Sonserina


- Claro. Não íamos ficar parados - Regulus deu de ombros.


e Lino xingou tanto que a Profª. Minerva McGonagall tentou arrancar o megafone mágico das mãos dele.


- Finalmente ela fez algo - reclamou Snape. Era claro que a Grifinória tinha privilégios.


— Desculpe professora, desculpe! Não vai acontecer de novo!


- Não se deve fazer promessas que você sabe que não pode cumprir - falou Gina.


Então, Grifinória está à frente, trinta a dez, e Grifinória tem a posse...


- Ainda temos chance - falou James com um brilho louco no olhar.


- Claro que temos.


O jogo estava se deteriorando na partida mais suja que Harry já participara.


- E isso é algo - murmurou Harry, se lembrando de todos os jogos que já participara.


- Tivemos jogos muito piores - Sirius disse, se lembrando das partidas loucas que já vira e jogara.


- Com certeza - murmurou Lene, com um sorriso.


Lily balançou a cabeça desaprovadoramente.


Enraivecidos porque Grifinória tomara a dianteira desde o início, os adversários estavam rapidamente recorrendo a todos os meios para roubar a goles.


- Tínhamos que reagir - Regulus se defendeu, mesmo que na verdade ele não fizesse parte do time. Não o de 1997.


- Regras. Existem regras - Lily falou cansada. Era por isso que não gostava de futebol.


Bole atingiu Alicia com o bastão e tentou alegar que pensara que era um balaço.


- Agora as mentiras podiam ser melhores - ele acrescentou.


Jorge Weasley foi à forra dando uma cotovelada na cara de Bole.


- Ela é minha amiga - Jorge deu de ombros, quando foi encarado por todos.


Madame Hooch puniu os dois times


- Não acho que isso vá adiantar - falou Alex.


- Claro que não - concordou Lyssi.


e Wood fez mais uma defesa espetacular,


- Ele é um ótimo goleiro - falaram Harry, Fred e Jorge com orgulho. Apesar das loucuras de Olívio, tinha sido uma experiência espetacular participar de um time com ele.


Rony fez uma careta. Wood ser um goleiro tão bom somente fez com que ele fosse mais pressionado ainda.


elevando o placar para quarenta a dez para Grifinória.


- Está bom, mas podia estar melhor - murmurou James.


O pomo tornara a desaparecer.


- Tem que dificultar um pouco.


Malfoy continuou a acompanhar Harry de perto quando o garoto sobrevoou o campo, procurando, agora, o pomo,


- Eu disse que Malfoy só faz te seguir - resmungou Gina.


- Acho que era a melhor chance dele - falou Dorcas.


"quando Grifinória estiver cinquenta pontos à frente..."


- Não é chato ter que esperar? - perguntou Josh, que era muito impaciente.


- Seria, mas eu voo enquanto eu espero então é divertido - explicou Harry.


- Nunca vi desse jeito - falou Josh, pensativo.


- Claro, você nunca quis ser apanhador - murmurou Alex.


- Vocês jogam? - Regulus perguntou interessado.


Lyssi mandou um olhar assassino para os irmãos.


- Um pouco - ela admitiu.


- Teremos que ver isso um dia - James se pronunciou.


Katie marcou. Cinquenta a dez.


Os grifinórios comemoraram.


Fred e Jorge Weasley mergulharam cercando a garota, os bastões erguidos, caso os jogadores da Sonserina pensassem em se vingar.


- O que é eu acho provável.


- Não acho que seja uma boa ideia vocês dois ficarem no mesmo lugar - falou James.


Bole e Derrick aproveitaram a ausência de Fred e Jorge para arremessar os dois balaços em Wood;


- Eu disse.


eles o atingiram no estômago, um após o outro,


- Isso foi cruel.


e o goleiro virou de cabeça para baixo no ar, agarrando-se à vassoura, completamente sem ar.


- Isso só serviu para deixar Olívio mais irado.


- Eu não queria ser Wood nesse momento - murmurou Lily, enjoada só de pensar.


Madame Hooch ficou fora de si.


- Claro. Foi um ato horrendo - murmurou Gina. Snape e Regulus reviram os olhos.


— Não se ataca o goleiro a não ser que a goles esteja na área. — gritou ela para Bole e Derrick.


- Parece que eles esqueceram essa regra.


— Pênalti a favor da Grifinória!


- Pelo menos isso.


Angelina marcou.


- Eu amo essa menina - disse Sirius e Lene o lançou um olhar mortal, junto com os gêmeos - Foi só uma brincadeira - disse, erguendo as mãos.


Sessenta a dez.


Instantes depois Fred Weasley arremessou um balaço contra Warrington,derrubando a goles de suas mãos;


James puxou aplausos para Fred que sorriu encantado. Era um sonho ter os Marotos o aplaudindo.


Alicia apanhou a bola e enterrou-a no gol da Sonserina.


- Agora sim.


— Setenta a dez.


- Já é o suficiente para você procurar o pomo - falou Lily aliviada. Estava perto de acabar a parte do Quadribol.


- Eu sei.


A torcida da Grifinória lá embaixo estava rouca de tanto gritar, a casa passara sessenta pontos à frente e se Harry apanhasse o pomo naquele momento, a Taça seria dela.


- Mas nenhuma pressão.


O garoto chegava quase a sentir as centenas de olhos acompanhando-o enquanto sobrevoava o campo,


- Você tem que esquecer todos, Harry - disse James sério - Só assim dá para jogar bem.


muito acima das equipes, com Malfoy correndo atrás dele.


- Eu disse que ele só faz te seguir - resmungou Gina.


Então Harry o viu.


Todos os grifinórios de 1977 sorriram sem saber o que vinha a seguir.


O pomo estava brilhando seis metros acima dele.


- Fácil - disse Regulus. Não sabia quem ele queria que ganhasse: Harry, um dos seus melhores amigos, ou a Sonserina, a casa dele?


O garoto imprimiu maior velocidade à vassoura;


- Agora tem que ir o mais rápido o possível. Ir como se estivesse fugindo pela sua vida - disse James.


- Não diga isso que Harry já vai super rápido - disse Hermione.


- Eu vou o mais rápido que eu acho que eu posso ir - deu de ombros.


- Exatamente.


- É algo lindo de ver - disse Gina sonhadora. Adorava ver o namorado jogando.


Harry sorriu para ela.


o vento rugiu em seus ouvidos; ele estendeu a mão,


- Tão perto - Lene disse ansiosa.


mas, de repente, a Firebolt começou a desacelerar...


- O quê?


Horrorizado, ele olhou para os lados. Malfoy se atirara para frente, agarrara a cauda da Firebolt e procurava atrasá-la.


- Não acredito que ele fez isso! - todos estavam incrédulos mas quem falou foi Sirius.


- Bem desesperado ele - observou Alex.


- Foi uma jogada muito suja - reclamou Lene - Tipo, muito.


Até mesmo Snape estava revoltado com a jogada baixa. Era isso que dava má fama a Sonserina.


— Seu...


- Harry! - Lily reprimiu.


- Acho que ele ganhou o direto de xingar Malfoy do que ele quiser, depois dessa.


Harry se enfureceu o suficiente para bater em Malfoy,


- As coisas realmente estavam tensas entre vocês - observou Lene. Se Harry estava disposto a bater em alguém.


- Sim. E ele estragar meu jogo não adiantou nada.


mas não conseguiu alcançá-lo.


- O que foi um boa coisa. Já que ai Madame Hooch ficaria irritada.


Malfoy ofegava com o esforço de segurar a Firebolt,


- Quem manda ser fraco?


porém seus olhos brilhavam de malícia.


- Seu... - os xingamentos começaram novamente e nem Lily foi capaz de parar dessa vez.


Conseguira o seu intento, o pomo tornara a desaparecer.


- E agora talvez você não tenha a mesma chance - murmurou Lyssi - Se bem que você é Harry Potter; vai conseguir.


- Não sou tão bom assim - falou Harry.


Lyssi o olhou incrédula.


- Só é ótimo.


— Pênalti! Pênalti a favor da Grifinória!


- Isso não vai resolver nada.


- Mas é bom mesmo assim.


Nunca vi uma tática igual!


- Eu já - disse Sirius - Mas é muito baixa.


— Madame Hooch guinchava, enquanto velozmente se dirigia até o ponto em que Malfoy deslizava de volta à sua Nimbus 2001.


- Eu acho que até ela queria matá-lo.


— SEU SAFADO NOJENTO! — urrava Lino Jordan no megafone, saltando fora do alcance da Profª. McGonagall.


- Foi uma cena engraçada - falou Neville. Gina riu. Os dois tinham assistido junto o jogo e riram muito com Lino fugindo de McGonagall.


— SEU SAFADO NOJENTO, FILHO...


A professora nem se deu o trabalho de ralhar com Lino.


- Ela deve tá querendo matar Malfoy também.


Na verdade ela sacudia o dedo na direção de Malfoy, seu chapéu caíra da cabeça, e ela também berrava furiosamente.


Todos riram, imaginando McGonagall assim.


- Sempre soube que ela era fã do esporte, mas não tanto assim - riu James.


Alicia cobrou o pênalti para Grifinória, mas estava tão zangada que errou por mais de meio metro,


- Droga. Vocês tem que se concentrar - falou Sirius, preocupado.


o time da Grifinória começou a perder a concentração


- Isso não é nada bom - disse Regulus, mas sorria.


Harry revirou os olhos.


e os jogadores da Sonserina, encantados com a falta de Malfoy em cima de Harry,


- Ou pelo fato de não terem perdido o jogo - falou Snape.


- Ainda - complementou James.


se sentiam estimulados a tentar voos mais altos.


— Sonserina com a posse, Sonserina corre para o gol... Montague marca. — gemeu Lino. — Setenta a vinte para Grifinória...


- Ainda podemos ganhar - murmurou James, esperançoso.


Harry agora estava marcando Malfoy tão de perto que os joelhos dos dois se batiam o tempo todo.


- Esse é o meu filho - sorriu James.


Harry não ia deixar Malfoy sequer se aproximar do pomo...


- De jeito nenhum - murmurou Harry.


— Sai da frente, Potter! — gritou Malfoy, frustrado, ao tentar se virar e deparar com Harry no bloqueio.


- Isso ele não agarrar a vassoura do outro pode...


— Angelina Johnson pega a goles para Grifinória, aí Angelina, VAI, VAI!


Os grifrinórios torceram.


Harry olhou para os lados. Todos os jogadores da Sonserina, a exceção de Malfoy, estavam correndo pelo campo em direção a Angelina, inclusive o goleiro do time, todos iam bloqueá-la...


James soltou um xingamento.


Harry deu meia-volta na Firebolt, curvou-se até deitar o corpo sobre seu cabo, e impeliu-a para frente. Como uma bala, ele se precipitou em alta velocidade contra os jogadores da Sonserina.


- Essa não é a sua função - relembrou Regulus.


- Eu tinha que fazer algo - Harry deu de ombros.


— AAAAAAAAIIIIIIIII!


Os jogadores se dispersaram quando viram a Firebolt vindo;


- O poder de uma Firebolt não deve ser subestimado - Sirius sorriu.


o caminho de Angelina ficou desimpedido.


- Agora sim.


— ELA MARCOU! ELA MARCOU! Grifinória lidera por oitenta a vinte!


- Isso aí! - comemoraram.


Harry, que quase mergulhara de cabeça nas arquibancadas,


- Harry Potter! - Lily gritou.


- Quase, mãe, quase. Não cheguei a mergulhar.


- Ainda bem!


parou derrapando no ar,


- Só pessoas talentosas conseguem fazer isso - murmurou Frank, impressionado.


inverteu a direção da vassoura e voltou a toda para o meio do campo.


- Você me deu um ataque de coração - murmurou Hermione.


E então ele viu uma coisa que fez o seu coração parar.


- Não parece algo bom - disse Alex.


Malfoy estava mergulhando, uma expressão de triunfo no rosto,


- Não...


lá a menos de um metro acima do gramado, lá embaixo, havia um minúsculo reflexo dourado.


- É por isso que cada um tem a sua função! - disse James, irritado. O filho iria perder.


Harry apontou a Firebolt para baixo, mas Malfoy estava quilômetros à sua frente.


Regulus o olhou com pena.


— Vai! Vai! Vai! — Harry dizia à vassoura.


- Não vai dar, Harry...


A distância que o separava de Malfoy foi diminuindo. Harry deitou-se no cabo da vassoura


Sirius olhou preocupado para o afilhado. Era perigoso isso.


quando viu Bole arremessar um balaço contra ele, já encostara nos calcanhares de Malfoy, emparelhou...


Harry se atirou à frente, tirou as mãos da vassoura.


- Você não devia fazer isso! É perigoso - e Lily deu todo um discurso que Harry não se incomodou em ouvir.


Afastou o braço de Malfoy do caminho com um empurrão e...


- Agora não era hora para brincadeiras.


— PEGOU!


- Não acredito.


Tirou, então, a vassoura do mergulho, a mão no ar, e o estádio explodiu.


- Ninguém conseguia acreditar - murmurou Neville.


Harry sobrevoou as arquibancadas, um zumbido estranho nos ouvidos.


- Até mesmo no seu jogo você tem que ouvir coisas estranhas?


- Claro.


A bolinha de ouro estava bem segura em sua mão,


- Parabéns! - disse James, orgulhoso, sendo seguido por todos os outros grifinórios.


Harry sorriu, contente.


batendo inutilmente as asinhas contra seus dedos.


- Agora não importa mais. Você ganhou!


No momento seguinte, Wood veio voando ao seu encontro, quase cego pelas lágrimas;


- Só Quadribol pode fazer Olívio chorar - sorriu Fred.


agarrou Harry pelo pescoço e soluçou sem se conter no ombro do garoto.


- Foi um pouco assustador, para ser sincero - Harry admitiu.


Harry sentiu dois grandes trancos quando Fred e Jorge colidiram com eles;


- Precisávamos dar os parabéns - sorriram os gêmeos.


depois as vozes de Alicia e Katie:


— Ganhamos a Taça! Ganhamos a Taça!


James, Lene e Sirius sorriram, sabendo bem como era a sensação era inacreditável.


Embotados num abraço de muitos braços, o time da Grifinória foi descendo, berrando roucamente, de volta ao chão.


- Foi uma visão linda - Hermione teve que falar.


Onda sobre onda de torcedores vermelhos saltou as barreiras do campo.


- Todos queriam dar os parabéns.


Choveram mãos nas costas dos jogadores. Harry teve uma impressão confusa de ruído e corpos que o empurravam.


- Não dá para saber quem tá falando com você - disse Fred - Mas não importa.


Então ele e o resto do time foram erguidos nos ombros dos torcedores.


- Isso é massa - sorriu Lyssi.


Empurrado para a luz, ele viu Hagrid, emplastrado de rosas vermelhas...


— Você os derrotou, Harry, você os derrotou! Espere até eu contar a Bicuço!


Lily sorriu.


Lá estava Percy, pulando que nem maluco, toda a dignidade esquecida.


- EU SABIA QUE ERA ELE! - Fred ria como um louco - Ele nunca quis admitir. Mas eu sabia!


- Vou lembrar Percy desse dia - disse Jorge com um sorriso Maroto.


- Não acredito que Percy estava assim - falou Gina, se divertindo.


Rony riu, junto com os outros irmãos.


A Profª. Minerva soluçava mais até que Wood,


- Não acho que isso seja possível - falou Jorge.


enxugando os olhos com uma enorme bandeira da Grifinória;


- Ela merecia ver a vitória - disse James, sorrindo. Sabia o quanto a professora amava Quadrivol.


e lá, lutando para chegar a Harry, vinham Rony e Hermione.


- Foi difícil - admitiu Rony - Mas conseguimos.


- Tínhamos que estar ao seu lado - falou Hermione.


- Sempre - disse Harry. O trio sorriu.


Faltaram palavras aos amigos.


- Palavras nunca foram tão importantes - Harry deu de ombros - Eu sabia que vocês estavam felizes por mim.


- Claro.


Simplesmente sorriram radiantes ao ver Harry ser carregado para a arquibancada onde Dumbledore aguardava de pé com a enorme Taça de Quadribol.


- Estávamos muito felizes por você, Harry - Hermione reforçou. Rony assentiu.


Se ao menos tivesse havido um dementador por ali...


- Quem pensa em um dementador após ter ganhado a Taça? - Lene reclamou.


Quando um Wood, soluçante, passou a Taça a Harry


- Que merece mais que todos - falou Fred, orgulhoso.


e este a ergueu no ar, o garoto sentiu que seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo.


Todos sorriram. Era bom ver Harry finalmente feliz.


- Bem - Harry quebrou o silêncio - Eu e Regulus já voltamos - disse e lançou um olhar para o outro.


Regulus se levantou, compreendendo que teria mais aula para aprender a fazer um Patrono.


- O que você vão fazer? - perguntou Sirius, incomodado. Já era a segunda vez que Harry e Regulus desapareciam.


Harry só sorriu e foi embora, sendo seguido por Regulus. Contariam somente quando Regulus fosse capaz de produzir um Patrono corpóreo.




Nota final: Prometo que não vou demorar tanto para postar o próximo (até porque não tem mais cenas de Quadribol, amém). Qualquer coisa, eu posto sobre o andamento do cap no twitter: Lendo_Hp2.

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Comentários (1)

  • Izabella Bella Black

    Oi quanto tempo, achei que tinha desistido.Adorei o capitulo, principalmente a parte em que Rony e Sirius ficaram com ciumes do Regulus e Harry. Ate o proximo capitulo.Beijos. 

    2016-01-23
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