O Nôitibus Andante



N/Biaa: Espero que gostem desse cap, porque eu amei.

Reviews:
Izabella Bella Black~~~>  Eu entendo o Harry também, coitado. Ele aguentou tanta coisa em silêncio, que foi demais para ele... O ruim é o quinto livro (que é o pior da série na minha opinião). Sério?? Eu comecei a assistir esse mês só (porque eu não queria ver antes por causa de Jared Padalecki, quem eu odeie 
a atuação em Gilmore Girls...), ai eu ainda to na terceira. Mas um dia eu chego na 11ª. Tu prefere Dean ou Sam?
Marinamadson~~> Eu também amo. Harry fica tão... revoltado. É engraçado demais pensar na "tia" dele voando! Fico feliz que você concorde, isso é importante para mim. Obrigada! Continuando. 




Capítulo 3 - O Nôitibus Andante
 


Harry já estava bem distante quando se largou em cima de um muro baixo na Rua Magnólia, uma rua curva de prédios geminados, ofegante com o esforço de arrastar o malão.


- É bom fazer um exercício – comentou Sirius.


Sentou-se muito quieto, ainda espumando de raiva,


- Não conheço muitas pessoas que ficam quietas enquanto estão com raiva – comentou Dorcas.


escutando o galope desenfreado do seu coração.
Mas depois de uns dez minutos sozinho na rua escura,


Lily fez uma careta. Isso era muito depressivo.


uma nova emoção se apoderou dele: o pânico.


- Melhorou – ironizou Josh e Lene riu.


De qualquer maneira que considerasse o caso, ele nunca se vira em situação pior.


- Acho que enfrentar Voldemort é pior – contradisse Josh.


- Principalmente, na Câmara Secreta.


Estava perdido, sozinho, no escuro mundo dos trouxas, absolutamente sem ter aonde ir. E o pior era que acabara de executar um feitiço sério, o que significava que quase certamente seria expulso de Hogwarts.


- Isso não é o mais importante no momento – falou Lene.


Harry a encarou.


- Eu não teria para onde ir se isso acontecesse.


Violara tão flagrantemente o decreto que limitava o uso da magia por menores, que se surpreendeu que os representantes do Ministério da Magia não tivessem caído em cima dele ali mesmo.


- Nós também – admitiram.


- Aliás, por que não apareceu ninguém? - perguntou Remus.


- Porque eu sou eu sou famoso – brincou Harry.


Regulus o encarou. Sabia que o garoto estava escondendo alguma coisa, mas não ia perguntar agora.
Harry estremeceu e olhou para os dois lados da Rua Magnólia.


- Que nome estranho – refletiu.


O que ia lhe acontecer? Seria preso ou simplesmente banido do mundo dos bruxos?


- Você é muito pessimista – falou Regulus, assustado. Imagina banir uma pessoa só por causa disso?


- Sou mesmo – Harry deu de ombros.


Ele pensou em Rony e em Hermione, e seu coração ficou ainda mais apertado.


- Oi? – perguntou Rony.


Harry tinha certeza de que, fosse criminoso ou não, Rony e Hermione iriam querer ajudá-lo agora,


Hermione e Rony sorriram. Claro que iriam!


Os Marotos olharam um para o outro. Sabiam que também fariam isso um pelo outro, assim como Lene e Dorcas.


mas os dois estavam no exterior e, com Edwiges ausente, ele não tinha meios de entrar em contato com os amigos.


- Vejo que sua vida só melhora – ironizou Neville.


Harry riu.


- Nunca disse que era fácil ser eu.
E tampouco tinha dinheiro dos trouxas. Havia um ourinho na carteira que guardara no fundo do malão, mas o resto da fortuna que seus pais tinham lhe deixado estava depositado em um cofre do banco dos bruxos em Londres,


- Isso que eu chamo de falta de providência – James resmungou. Por que seu filho não tinha dinheiro reserva com ele? Sempre era para andar com dinheiro.


o Gringotes. Ele jamais conseguiria arrastar o malão até Londres. A não ser que...
Ele olhou para a varinha que ainda mantinha segura na mão.
Se já fora expulso (seu coração agora batia dolorosamente depressa), um pouco mais de magia não iria fazer mal algum.


Remus balançou a cabeça. Esse tipo de pensamento não traria nada bom.


Tinha a Capa da Invisibilidade que herdara do pai


Harry sorriu para James.


— e se encantasse o malão para torná-lo leve como uma pena, o amarrasse à vassoura e voasse até Londres?


- Pelo menos, você lembrou que é bruxo – Rony sorriu, lembrando-se da pedra filosofal.


Então poderia retirar o resto do seu dinheiro do cofre e... Começar uma vida de proscrito.


- Harry Potter! – gritou Lily, junto com Alice, Hermione Dorcas e Lene.


- Você não é um exilado! – afirmou Lyssi.


Harry suspirou. Parecia que ele sempre pensava do jeito erado.


Era uma perspectiva terrível,


- Com certeza.


mas não podia ficar sentado naquele muro para sempre, ou ia acabar tendo que explicar à polícia dos trouxas o que estava fazendo ali, na calada da noite, com um malão cheio de livros de bruxaria e uma vassoura.


- Trouxas – zombou Regulus. Eles nunca seriam competentes a esse ponto.
Harry tornou a abrir o malão e empurrou as coisas para um lado à procura da Capa da Invisibilidade


- Organização não é com você – falou Alice.


Harry deu de ombros. Ele era desorganizado mesmo.


— mas antes de apanhá-la, endireitou o corpo de repente e olhou mais uma vez a toda a volta.


- É uma boa ideia, trouxas normalmente acham estranho quando você desaparece do nada – falou Hermione.
Um formigamento estranho na nuca o fizera sentir que estava sendo observado, mas a rua parecia deserta e não havia luz nos grandes prédios quadrados.


- Cena de terror – brincou Sirius.
Ele tornou a se curvar para o malão, mas quase imediatamente se endireitou, a mão apertando a varinha.


- Não estou gostando disso – falou James.


Não ouvira, sentira uma coisa: alguém ou alguma coisa estava parado no estreito vão entre a garagem e a grade atrás dele.


Harry sorriu, lembrando quem era.


Harry apertou os olhos para enxergar melhor a passagem escura. Se ao menos aquilo se mexesse, então ele saberia se era apenas um gato sem dono ou... Outra coisa qualquer.


- Ok, você não está melhorando a situação – falou Gina.
— Lumus — murmurou Harry, e apareceu uma luz na ponta de sua varinha, que quase o cegou. Ele levantou a varinha acima da cabeça e as paredes incrustadas de seixos do nº. 2,


- Oi?


Hermione começou a explicar o que eram, mas Josh rapidamente voltou a ler.


de repente, faiscaram; a porta da garagem reluziu e entre as duas Harry viu, com muita clareza, os contornos maciços de alguma coisa muito grande com olhos enormes e brilhantes.


- Ok, assustador.
Harry recuou. Suas pernas bateram no malão e ele tropeçou.


Snape revirou os olhos. Não tinha uma hora melhor para tropeçar?


A varinha voou de sua mão quando ele abriu os braços para amortecer a queda, e aterrissou com toda a força na sarjeta.


- Enfrentar alguma coisa sem varinha? Não muito legal – falou Regulus, preocupado.


- Não era nada demais, eu fiquei bem – sorriu Harry, tranquilizador.
Ouviu-se um estampido ensurdecedor e Harry ergueu as mãos para proteger os olhos da luz repentina e ofuscante...


- Luz?
Com um grito, ele rolou para cima da calçada bem em tempo.


- O grito foi só para dar efeito dramático? – Snape perguntou.


Harry corou.


Um segundo depois, dois faróis altos e dois gigantescos pneus pararam cantando exatamente no lugar em que Harry estivera caído.


- Ainda bem que você não estava mais lá – falou Alex.


As duas coisas pertenciam, Harry viu quando ergueu a cabeça, a um ônibus de três andares, roxo berrante, que se materializara do nada.


- O Nôitibus? – questionaram alguns.


- Sim – resmungou Harry. Ele realmente odiava os meios de transporte bruxos.
Letras douradas no pára-brisa informavam: O Nôitibus Andante.
Por uma fração de segundo, Harry ficou imaginando se o tombo o teria deixado abobado. Então, um condutor de uniforme roxo


- Por que tudo é roxo? – questionou Dorcas, sendo ignorada.


saltou do ônibus para anunciar em altas vozes aos ventos da noite:
— Bem-vindo ao ônibus Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos.


- Seria perfeito se não fosse tão incômodo – resmungou Sirius.


Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser.


- Me pergunto como eles conseguem achar as pessoas – perguntou Hermione pensativa.


Meu nome é Stanislau Shunpike,


Neville arregalou os olhos, reconhecendo o nome como um dos futuros comensais. Harry viu a cara de espanto do amigo e se apressou em explicar que Stanislau nunca se juntou de verdade a eles.


Lalau, e serei seu condutor por esta noi...
Lalau parou abruptamente. Acabara de avistar Harry que continuava sentado no chão.


- Ele tem algum tipo de problema? – questionou Sirius – Você já está sentado a ir faz uma hora e só agora ele nota?


O menino recuperou a varinha e ficou de pé como pôde.
Aproximando-se, viu que Lalau era apenas alguns anos mais velho que ele, tinha dezoito ou dezenove anos no máximo, grandes orelhas de abano e uma grande quantidade de espinhas.


- Lindo – ironizou Lene.
— Que é que você estava fazendo aqui?


- Nada da sua conta.


— perguntou Lalau, pondo de lado sua pose profissional.
— Caí — respondeu Harry
— E por que foi que você caiu?


- Porque ele quis – falou sarcasticamente Lily.


— caçoou Lalau.
— Não caí de propósito — respondeu Harry, incomodado. Uma perna de seu jeans se rasgara e a mão que ele estendera para aliviar a queda estava sangrando.


- Claro que você tinha que sangrar – Hermione revirou os olhos.


De repente ele se lembrou por que caíra e se virou depressa para o lado para ver a passagem entre a garagem e a cerca. Os faróis do Nôitibus agora a inundavam de luz e ela estava vazia.


- Agora parece menos com um filme de terror – aprovou Neville.
— Que é que você está olhando? — perguntou Lalau.


- Esse cara tá competindo com Sirius de quem é mais curioso – falou Lene, revirando os olhos.
— Havia uma coisa grande e escura — respondeu Harry, apontando hesitante para a abertura. — Parecia um cachorro... Mas enorme...
Harry olhou para Lalau, cuja boca estava entreaberta. Com um certo constrangimento, Harry viu o seu olhar se deter na cicatriz de sua testa.


- Mais um momento "Ele é Harry Potter!" – falou Jorge, dando um gritinho histérico, imitando as pessoas.
— Que é que é isso na sua testa? — perguntou Lalau de repente.
— Nada — apressou-se a dizer Harry, achatando os cabelos em cima da cicatriz. Se os funcionários do Ministério da Magia estivessem à sua procura, ele não ia facilitar a vida deles.


Frank resolveu ficar calado e não dizer tudo que o outro já tinha feito que poderia ter sido usado para encontrá-lo.
— Qual é o seu nome? — insistiu Lalau.
— Neville Longbottom — respondeu Harry com o primeiro nome que lhe veio à cabeça.


- Esquisito – comentou Lyssi.


- Você roubou o nome do meu filho? – Alice fingiu estar irritada.


- Bem... er... eu... acho que sim – respondeu Harry atrapalhadamente.


- Você usou o meu nome? Não o de Rony? – Neville estava chocado.


- Você é um dos meus melhores amigos também, Neville – falou Harry, apesar de que naquela época ele realmente não era tão próximo de Neville.


— Então... Este ônibus — emendou ele depressa na esperança de desviar a atenção do rapaz —, você disse que vai a qualquer lugar?


- Prático – falou Dorcas.
— Isso aí — respondeu Lalau orgulhoso —, qualquer lugar que você queira desde que seja em terra. É imprestável debaixo da água.


- Um absurdo – Fred fingiu está revoltado e deu um discurso sobre como a infraestrutura precisava ser melhorada.


Aqui — disse ele outra vez desconfiado —, você fez sinal para a gente parar, não fez? Esticou a mão da varinha, não esticou?


- Não.
— Claro — confirmou Harry depressa.


- Mentiroso.


— Escuta aqui, quanto custaria me levar até Londres?
— Onze sicles, mas por catorze você ganha chocolate quente e por quinze um saco de água quente e uma escova de dentes da cor que você quiser.


- As coisas são caras na época de vocês – comentou Lene.
Harry remexeu outra vez no malão, tirou a bolsa de dinheiro, e empurrou um ourinho na mão de Lalau.


- Dinheiro bruxo é muito mais complicado que o trouxa – resmungou Hermione.


Ele e o rapaz então ergueram o malão, com a gaiola de Edwiges equilibrada na tampa, e subiram no ônibus.
Não havia lugares para a pessoa sentar; em vez disso havia meia dúzia de estrados de latão ao longo das janelas protegidas por cortinas.
Ao lado de cada cama, ardiam velas em suportes,


- Prefiro energia elétrica, obrigado – resmungou Alex.


que iluminavam as paredes revestidas de painéis de madeira. Na traseira do ônibus, uma bruxa miúda usando touca de dormir murmurou:
— Agora não, obrigada, estou fazendo uma conserva de lesmas. — E voltou a adormecer.


- Ainda tem que dividir o lugar com sonâmbulos – resmungou Regulus.
— Você fica com essa aí — cochichou Lalau, empurrando o malão de Harry para baixo da cama logo atrás do motorista, que se achava sentado em uma cadeira de braços diante do volante. — Este é o nosso motorista, Ernesto Prang. Este aqui é o Neville Longbottom,


- Ou não.
Ernesto.


Ernesto Prang, um bruxo idoso que usava óculos de grossas lentes, cumprimentou com um aceno de cabeça o novo passageiro, que tornou a achatar nervosamente a franja contra a testa e se sentou na cama.


- Gato – Lene brincou.
— Pode mandar ver, Ernesto — disse Lalau, sentando-se na cadeira ao lado do motorista.
Ouviu-se mais um estampido assustador e, no instante seguinte, Harry se sentiu achatado contra a cama, atirado para trás pela velocidade do Nôitibus.


- Conforto sempre em primeiro lugar.


Endireitando-se, o menino espiou pela janela escura e viu que agora deslizavam suavemente por uma rua completamente diferente.


- Já?


Lalau observava o rosto surpreso de Harry achando muita graça.


- Que cara sacana.
— Era aqui que a gente estava antes de você fazer sinal para o ônibus parar — disse ele. — Onde é que nós estamos, Ernesto? Em algum lugar do País de Gales?


- Lá é legal – falou James, que se lembrava bem da viagem para lá.
— Hum-hum — respondeu o motorista
— Como é que os trouxas não ouvem o ônibus?


- Mágica.


— perguntou Harry.
— Os trouxas! — exclamou Lalau com desdém. — E eles lá escutam direito? E também não enxergam direito. Nunca reparam em nada, não é mesmo?


- Os trouxas conseguem fazer muitas coisas que você nem sonha em fazer – se indignou Lily e obteve total apoio de Hermione.


- Essas duas juntas... Assustador – murmurou Sirius para Harry que riu.
— É melhor ir acordar Madame Marsh, Lalau — disse Ernesto. — Vamos entrar em Abergavenny dentro de um minuto.
Lalau passou pela cama de Harry e desapareceu por uma estreita escada de madeira. Harry continuou a espiar pela janela, sentindo-se mais nervoso a cada hora.


- Você é uma pessoa muito nervosa, precisa relaxar mais – observou Lyssi.
Ernesto não parecia ter dominado o uso do volante, O Nôitibus a toda hora subia na calçada, mas não batia em nada; os fios dos lampiões, as caixas de correio e as latas de lixo saltavam fora do caminho


- Normal – ironizou Gina.


quando o ônibus se aproximava e tornavam à posição anterior depois de ele passar Lalau voltou do primeiro andar, seguido de uma bruxa meio esverdeada e embrulhada em uma capa de viagem.
— Chegamos, Madame Marsh — exclamou Lalau alegremente, enquanto Ernesto metia o pé no freio e as camas deslizavam bem uns trinta centímetros para a dianteira do ônibus. Madame Marsh cobriu a boca com um lenço e desceu as escadas, titubeante.


- Elegante... não.


Lalau atirou a mala para ela e bateu as portas do ônibus; ouviu-se novo estampido, e o veículo saiu roncando por uma estradinha do interior, fazendo as árvores saltarem de banda.


- E ninguém nota nada? – perguntou Snape, desconfiado.
Harry não teria conseguido dormir mesmo se estivesse viajando em um ônibus que não produzisse tantos estampidos e saltasse um quilômetro e meio de cada vez,


- Já entendemos o quanto esse ônibus é confortável.


seu estômago deu muitas voltas quando ele tornou a refletir no que iria lhe acontecer, e se os Dursley já teriam conseguido tirar tia Guida do teto.


- Espero que não – murmurou Regulus venenosamente. Aquela mulher era uma vaca, quem era ela para dizer todas aquelas coisas a Harry?


Lalau abrira um exemplar do Profeta Diário e agora o lia mordendo a língua.


- Sexy – brincou Marlene.


Um homem de rosto encovado, e cabelos longos e embaraçados piscou devagarinho para Harry em uma grande foto na primeira página. Pareceu-lhe estranhamente familiar.


- Quem é? – perguntou Sirius.
— Esse homem! — exclamou Harry, esquecendo-se por um momento dos próprios problemas.


- Fácil fazer isso quando está distraído? – perguntou Alex, em um tom ácido.


- Oi?


- Desculpe – Alex respirou fundo. Ele precisava se acalmar. Não era só porque ela morreu que ele podia jogar a sua raiva nas outras pessoas.


— Ele apareceu no noticiário dos trouxas!


Todos os olhos se voltaram para Sirius, que pela primeira vez na vida, não queria a atenção.
Lalau virou para a primeira página e deu uma risadinha.
— Sirius Black — disse, confirmando com a cabeça. — Claro que apareceu no noticiário dos trouxas, Neville,


O verdadeiro Neville fez uma careta.


por onde você tem andado? — E deu uma risadinha de superioridade ao ver o olhar vidrado no rosto de Harry;


Alice fez uma careta. Ela odiava pessoas que se achavam superiores.


rasgou a primeira página e entregou-a ao garoto.
— Você devia ler mais jornal.


- Nos poupe do seu comentário sobre o que Harry deve ler – pediu Remus, entediado.
Harry ergueu a página diante da luz e leu:


BLACK AINDA FORAGIDO
Sirius Black, provavelmente o condenado de pior fama já preso na fortaleza de Azkaban,


- O que é ridículo porque muitas pessoas já fizeram coisas piores – resmungou Lily.


continua a escapar da polícia,


James deu um sorriso aliviado. Mesmo que Sirius realmente tivesse feito motivo pelo que ele foi condenado, ele não iria querer ver o amigo preso.


confirmou hoje o Ministério da Magia.
— Estamos fazendo todo o possível para recapturar Black


O que, obviamente, não é muita coisa, pensou Snape. Se os idiotas não conseguiam nem pegar Black então o que eles faziam?


— disse o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, ouvido esta manhã. — E pedimos à comunidade mágica que se mantenha calma.
Fudge tem sido criticado por alguns membros da Federação Internacional de Bruxos por ter comunicado a crise ao Primeiro-Ministro dos Trouxas.
- Não é uma novidade – resmungou Jorge. Ele odiava a incompetência de Fudge e a mania dele de fingir que estava tudo bem quando não estava. Pessoas tinham morrido por causa disso.


— Bem, na realidade, eu tinha que fazer isso ou vocês não sabem? — comentou Fudge irritado. — Black é doido.


Nisso ele está certo, pensou Snape.


É um perigo para qualquer pessoa que o aborreça, seja bruxo ou trouxa. — O Primeiro-Ministro me garantiu que não revelará a verdadeira identidade de Black.


- Por garantir, eu espero que ele esteja querendo dizer fazer um juramento mágico ou outra coisa assim – resmungou Hermione.


E vamos admitir, quem iria acreditar se ele revelasse?"


- Vou usar como desculpa da próxima vez que eu fizer uma magia em frente dos trouxas – bufou Harry.
Enquanto os trouxas foram informados apenas de que Black está armado (com uma espécie de varinha de metal que os bruxos usam para se matar uns aos outros), a comunidade mágica vive no temor de um massacre como o que ocorreu há doze anos, quando Black matou treze pessoas com um único feitiço.


Sirius revirou os olhos. Não era nada legal ouvir sobre o "seu" assassinato. O deixava enjoado saber que as pessoas pensavam que ele tinha feito isso.

Harry olhou bem dentro dos olhos sombrios de Sirius Black, a única parte do rosto encovado que parecia ter vida.


Todos encararam Sirius. O menino estava muito diferente do seu eu futuro. Definitivamente.


O menino jamais encontrara um vampiro, mas vira fotos nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, e Black, com a pele branca como cera, se parecia muito com um.


- Obrigado, Harry – Sirius falou ironicamente.


- Afilhados são para isso – respondeu Harry de volta, rindo. Ele não tinha culpa dos pensamentos dele não serem todos amáveis. Ele não podia controlar o que pensar, podia?
— Carinha sinistro, não é mesmo? — comentou Lalau, que estivera observando Harry enquanto lia.


- Estranho – resmungou Dorcas.
— Ele matou treze pessoas? — admirou-se Harry, devolvendo a página a Lalau. — Com um feitiço?
— É isso aí, bem na frente de testemunhas e tudo. Em plena luz do dia. Armou uma confusão do caramba não foi, Ernesto?


- Isso seria muita burrice – afirmou Regulus, incomodado. Mesmo sabendo que Sirius era inocente, era horrível ficar lendo sobre tudo que o "irmão" fez. Principalmente, sabendo que ele podia estar fazendo isso de verdade, se não fosse a leitura dos livros.
— Hum-hum — confirmou Ernesto sombriamente.
Lalau girou a cadeira de braços, cruzou as mãos às costas, a fim de olhar melhor para Harry.


- Ele é estranho – reclamou Lyssi.


— Black foi um grande partidário de Você-Sabe-Quem — disse ele.
— De quem, do Voldemort?


- Não, do 5 Seconds of Summer – resmungou Josh. Quando todos o encararam, completou – Banda trouxa.


— disse Harry sem pensar.


- Percebemos isso – resmungou Fred.
Até as espinhas de Lalau ficaram brancas; Ernesto deu tal golpe de direção que uma casa de fazenda inteira teve que saltar para o lado para fugir do ônibus.
— Você ficou maluco? — gritou Lalau. — Pra que foi que você foi dizer o nome dele?


- Para... dizer?
— Desculpe — apressou-se a dizer Harry. — Desculpe, eu... me esqueci...


- Vão perceber que você não é sangue-puro – falou Lily.
— Se esqueceu! — exclamou Lalau com a voz fraca. — Caramba, meu coração até desembestou...
— Então... então Black era partidário de Você-Sabe-Quem? — repetiu Harry como se pedisse desculpas.


- O que é uma lógica muito confusa para eu entender – falou Hermione, levantando uma sobrancelha – Fazer o outro falar não é a mesma coisa que pedir desculpas.
— E é — confirmou Lalau, ainda esfregando o peito. – É, é isso aí. Dizem que era muito chegado ao Você-Sabe-Quem... Em todo o caso, quando o pequeno Harry Potter levou a melhor sobre Você-Sabe-Quem...
Harry, nervoso, achatou a franja na testa outra vez.


Regulus quase revirou os olhos, mas se conteve. Esse gesto só chamou a atenção para a cicatriz que ele estava tentando esconder e Harry precisava aprender seriamente a lidar com a fama.
— ... Todos os partidários de Você-Sabe-Quem foram caçados, não foi assim, Ernesto? A maioria deles sacou que estava tudo acabado, Você-Sabe-Quem tinha desaparecido e o pessoal ficou na moita.


- Não é que eles não são tão burros– resmungou Gina.


Mas o Sirius Black, não. Ouvi dizer que ele achou que ia ser o vice quando Você-Sabe-Quem assumisse o poder.


Sirius olhou incrédulo para o livro. Ficava pior a cada segundo.


Em todo o caso, eles cercaram Black no meio de uma rua cheia de trouxas e o cara puxou a varinha e explodiu metade da rua, atingiu um bruxo e mais uma dúzia de trouxas que estavam no caminho.


Lene olhou para Sirius, com pena. Ele não merecia estar ouvindo aquilo.


- Ei – falou para ele e simplesmente pegou a mão dele e percebeu que ele estava soando.


Uma coisa horrorosa! E sabe o que foi que o Black fez depois? — Lalau continuou num sussurro teatral.
— Quê? — perguntou Harry.
— Deu uma gargalhada.


James tremeu, inconscientemente. Claro que ele não acreditava que Sirius fosse capaz disso. Mas... Sirius realmente tem uma risada maluca de vez em quando. E imaginar essa risada depois de alguém ter matado 13 trouxas... Não era agradável.


Ficou ali parado dando gargalhadas. E quando chegaram os reforços do Ministério da Magia, ele acompanhou os caras sem a menor reação,


- Pelo menos você não reagiu – incentivou Remus.


Sirius deu um sorriso agradecido.


rindo de se acabar. Porque ele é maluco, não é, Ernesto?


- Claro – falou James, tentando deixar o clima mais leve.


Não funcionou.


Ele não é maluco?
— Se ele ainda não era quando foi para Azkaban, agora é


Sirius pareceu preocupado com isso. Ele tinha ficado doido?


— comentou Ernesto com sua voz arrastada. — Eu preferia estourar os miolos a pisar naquele lugar. Mas acho que é bem feito... Depois do que ele aprontou...


Sirius olhou para o chão, incapaz de encarar os outros, mesmo sabendo que não foi culpa dele.
— Tiveram uma trabalheira para abafar o caso, não foi, Ernesto?


- Quem liga pra isso? – resmungou Rony.


— disse Lalau. — Ele mandou a rua antiga para o espaço e matou todos aqueles trouxas. Que foi mesmo que falaram que tinha acontecido, Ernesto?
— Explosão de gás — resmungou Ernesto.


Hermione revirou os olhos. Não sabia como os trouxas acreditavam nisso.


- Não devem ter contado nem pra a família das vitimas, a verdadeira causa – Dorcas disse, revoltada.
— E agora ele anda solto por aí — continuou Lalau, examinando mais uma vez a cara encovada de Black na foto do jornal. — Ninguém nunca fugiu de Azkaban antes, não é mesmo, Ernesto? Não sei como foi que ele fez isso.


- É porque ele é Sirius Black – Harry sorriu para o padrinho.


É de apavorar, hein? E olha só, não acho que ele tivesse muita chance contra aqueles guardas de Azkaban, hein, Ernesto? — Ernesto sentiu um arrepio repentino.


Sirius ficou enjoado só de pensar em 12 anos convivendo com os Dementadores. Como ele não tinha enlouquecido?
— Vamos mudar de assunto, Lalau. Esses guardas de Azkaban me dão até dor de barriga.
Lalau largou o jornal com relutância e Harry se encostou na janela do Nôitibus, sentindo-se pior que nunca.


- E isso é alguma coisa...


Não podia deixar de imaginar o que Lalau iria contar aos passageiros nas próximas noites... "Você soube o que aconteceu com aquele Harry Potter? Mandou a tia pelos ares! Ele viajou aqui no Nôitibus com a gente, não foi mesmo, Ernesto? Estava tentando se mandar..."


- Você conseguiu falar igualzinho a ele – falou Gina surpresa.
Ele, Harry Potter, tinha infringido as leis dos bruxos igualzinho ao Sirius Black.


- Não acho que seja igual – disse Josh, rindo.


Fazer tia Guida virar balão seria suficiente para ir parar em Azkaban?


- Claro que não.
Harry não sabia nada sobre a prisão dos bruxos, embora todo mundo que ele já ouvira falar daquele lugar o fizesse no mesmo tom de medo.


- Uma coisa em comum entre os bruxos é o medo de Azkaban – falou Frank.


Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts, passara dois meses lá ainda no ano passado. Harry jamais esqueceria a expressão de terror no rosto do amigo quando lhe disseram aonde ia, e Hagrid era uma das pessoas mais corajosas que Harry conhecia.


Os Marotos sorriram tristemente.
O Nôitibus corria pela escuridão, espalhando para todo o lado moitas de plantas, latas de lixo, cabines telefônicas e árvores,


- Entendemos que ele não faz bem para o meio ambiente – falou Lene.


e Harry continuava deitado, inquieto e infeliz, em sua cama de penas. Passado algum tempo, Lalau se lembrou de que Harry pagara pelo chocolate quente, mas derramou-o no travesseiro do garoto quando o ônibus passou bruscamente de Anglesca para Aberdeen.


- Você devia pedir reembolso, pelo menos – reclamou Regulus.
Um a um, bruxos e bruxas de roupa de dormir e chinelos desceram dos andares superiores e desembarcaram do ônibus.


- Todo mundo menos Harry.


Todos pareciam satisfeitos de descer.


- Não sei o porquê – ironizou Remus.
Finalmente, Harry foi o único passageiro que restou.
— Muito bem, então, Neville — disse Lalau, batendo palmas


- Ele tem algum tipo de retardamento?


, que lugar de Londres você vai ficar?
— No Beco Diagonal — respondeu Harry.
— É pra já. Segura firme aí...
BANGUE.
E na mesma hora o Nôitibus estava correndo pela Rua Charing Cross como uma trovoada.


- Não sei se isso é bom ou ruim – falou Lily.


- Ruim – resmungou Harry.


Harry se sentou e ficou observando os edifícios e bancos se espremerem para sair do caminho do veículo. O céu estava um pouquinho mais claro.
Ele tentaria passar despercebido por umas duas horas,


- O que nunca vai acontecer com a sua sorte.


iria ao Gringotes no instante em que o banco abrisse, depois iria embora — para onde, ele não sabia muito bem.


- Para longe – falou Dorcas.
Ernesto fincou o pé no freio e o Nôitibus parou derrapando diante de um bar pequeno e de aparência malcuidada, o Caldeirão Furado, nos fundos do qual havia a porta mágica para o Beco Diagonal.
— Obrigado — disse Harry a Ernesto.


Lily sorriu, feliz com a educação do filho.
Ele desceu os degraus com um pulo e ajudou Lalau a descer o malão e a gaiola de Edwiges para a calçada.
— Bem — disse Harry. — Então, tchau!
Mas Lalau não estava prestando atenção.


- Lá vem coisa.


Ainda parado à porta do ônibus, arregalava os olhos para a entrada sombria do Caldeirão Furado.
— Ah, aí está você, Harry — exclamou uma voz.
Antes que Harry pudesse se virar, sentiu uma mão segurá-lo pelo ombro.


- Por que isso não soa bem? – perguntou Alice, nervosa.


Ao mesmo tempo, Lalau gritou:
— Caramba! Ernesto corre aqui! Corre aqui!
Harry ergueu a cabeça para o dono da mão em seu ombro e teve a sensação de que um balde de gelo estava virando dentro do seu estômago — desembarcara diante de Cornélio Fudge, o Ministro da Magia em pessoa.


- Claro que sua sorte só piora todo ano – falou James, resiginado.
Lalau saltou para a calçada, ao lado deles.


- Esse não perde uma fofoca.
— Que nome foi que o senhor chamou Neville, ministro? — perguntou ele excitado.


- Neville, o ministro da magia – brincou Fred.
Fudge, um homenzinho gorducho, vestindo uma longa capa de risca de giz, parecia enregelado e exausto.


- Imponente.
— Neville? — repetiu ele, franzindo a testa. — Este é Harry Potter.


- Ops, já era, Harry.
— Eu sabia! — gritou Lalau radiante. — Ernesto! Ernesto! É o Harry Potter! Estou olhando para a cicatriz dele!


- Nós já sabíamos disso.
— Bem — disse Fudge, irritado —, muito bem, fico satisfeito que o Nôitibus tenha apanhado o Harry, mas ele e eu precisamos entrar no Caldeirão Furado agora...


- Se sinta importante – falou Frank, debochado – O ministro quer falar com você.
Fudge aumentou a pressão no ombro de Harry, e o menino sentiu que estava sendo conduzido para o interior do bar.


- Levando crianças para o bar? – Sirius balançou a cabeça, fingindo desapontamento.


Um vulto curvo segurando uma lanterna apareceu à porta atrás do balcão. Era Tom, o dono encarquilhado


- Coitado.


e


sem dentes do bar-hospedaria.
— O senhor o encontrou, ministro! — exclamou Tom. — Quer alguma coisa para beber? Cerveja? Conhaque?


- Não, Fudge não pode ficar bêbado, vai ficar mais burro do que já é – resmungou Rony.
— Talvez um bule de chá — disse Fudge, que continuava segurando Harry.


- Larga o meu filho – rosnou Lily. Ela não se importava se ele era o ministro, ela não queria seu filho sendo levado!


- Está tudo bem.
Ouviram-se passos que arranhavam o chão e gente ofegante atrás deles, e Lalau e Ernesto apareceram, carregando o malão de Harry e a gaiola de Edwiges, olhando para os lados, excitados.


- Eles ficaram cansados só com esse esforço? – Gina estava incrédula.
— Por que é que você não nos disse quem era, hein, Neville?


- Porque você continua usando o meu nome para falar com ele? – perguntou Neville, revoltado.


— disse Lalau sorrindo, radiante, para Harry, enquanto o cara de coruja do Ernesto espiava muito interessado por cima do ombro do ajudante.
— E uma sala reservada, por favor, Tom — pediu Fudge enfaticamente.


Se até Fudge pensou em algo, a coisa não está bom, Regulus refletiu.
— Tchau — disse Harry, infeliz, a Lalau e Ernesto, enquanto Tom encaminhava Fudge, com um gesto, para um corredor que se abria atrás do bar.
— Tchau, Neville! — disse Lalau se retirando.


- E ele continua usando o meu nome – Neville revirou os olhos.
Fudge conduziu Harry por um corredor estreito, acompanhando a lanterna de Tom, até uma saleta. Tom estalou os dedos, um fogo se materializou na lareira, e, fazendo uma reverência,


Snape revirou os olhos. Uma reverência? Era o cúmulo do ridículo.


ele se retirou do aposento.
— Sente-se, Harry — começou Fudge, indicando a poltrona junto à lareira.
Harry obedeceu, sentindo arrepios percorrerem seus braços apesar da lareira acesa.


- Não acho que você tenha algo a temer – tranquilizou Regulus. Fudge não era muito ameaçador.


Fudge despiu a capa de risca de giz, atirou-a a um lado, depois suspendeu as calças do seu terno verde-garrafa e se sentou em frente a Harry.
— Eu sou Cornélio Fudge, Harry. Ministro da Magia.


- Eu acho que ele já sabia disso ou não teria ido com você – bufou Lyssi.
Harry já sabia disso, é claro; vira Fudge antes, mas como estava usando a Capa da Invisibilidade do pai na ocasião,


James sorriu.


Fudge não devia saber disso.
Tom, o dono do bar-hospedaria reapareceu, com um avental por cima do camisão de dormir, trazendo uma bandeja com chá e pãezinhos de minuto.


- Que chique – brincou Dorcas.


Pousou a bandeja entre Fudge e Harry e saiu, fechando a porta ao passar.
— Muito bem, Harry — disse Fudge, servindo o chá —, não me importo de confessar que você nos deixou preocupadíssimos.


- Pelo o que especificamente? – Frank perguntou desconfiado. Algo não estava certo.


Fugir da casa dos seus tios desse jeito! Eu já tinha até começado a pensar... Mas você está são e salvo, e isto é o que importa.
Fudge passou manteiga em um pãozinho e empurrou o prato para Harry.
— Coma, Harry, sua cara é de quem não está se aguentando em pé.


- Essa é a cara dele de sempre – brincou Rony e teve que desviar da tapa do amigo.


Agora... Você vai ficar satisfeito em saber que cuidamos do infeliz acidente com a Srta. Guida Dursley.


- Ou não.


Dois funcionários do Departamento de Reversão de Feitiços Acidentais foram mandados à Rua dos Alfeneiros há algumas horas. A Srta. Dursley foi esvaziada e sua memória alterada. Ela não lembra mais nada do acidente. E isto é tudo, não houve danos.


Ao não ser para mim, pensou Harry. Ele sabia bem que tio Válter e tia Petúnia nunca o perdoaram por isso. O que era até compreensível, não era nada legal ter a sua irmã/cunhada inchada até ser quase um balão, mas quem mandou ela sair falando aquelas coisas dos pais dele.?
Fudge sorriu para Harry por cima da borda da xícara de chá, como faria um tio examinando um sobrinho querido.


Alice sorriu docemente. Ela realmente amava animais.


Harry, que não conseguia acreditar no que estava ouvindo,


- Por quê? – Sirius perguntou.


abriu a boca para falar, não conseguiu pensar em nada para dizer, e tornou a fechá-la.
— Ah, você está preocupado com a reação dos seus tios? Bom, não vou negar que eles estão muitíssimo aborrecidos, Harry,


E eles realmente deveriam estar para demonstrar o ódio que sentiam de mim na frente dos outros, Harry pensou, mas resolver não falar.


mas se dispuseram a recebê-lo de volta no próximo verão, desde que você passe em Hogwarts as férias do Natal e da Páscoa.
A língua de Harry se soltou.
— Eu sempre passo em Hogwarts as férias do Natal e da Páscoa,


- O que é ótimo e que eu não quero que mude – falou Harry rapidamente.


e não quero nunca mais voltar à Rua dos Alfeneiros.
— Vamos, vamos, tenho certeza de que você vai pensar diferente depois que se acalmar


- Por que as pessoas sempre assumem coisas? – perguntou Alex.


— disse Fudge em tom preocupado. — Afinal, eles são sua família, e tenho certeza de que... Bem lá no fundo, vocês se querem bem.


Sirius não evitou olhar para Regulus nessa hora. Ele amava o irmão e Andrômeda, mas eram os únicos que ele amava na família. As pessoas não entendia que algumas famílias eram tão complicadas que deixavam de serem famílias?
Não ocorreu a Harry corrigir Fudge.


Isso não é normal... Se eu tivesse tido uma chance de me livrar do meu pai, eu teria considerado na hora, pensou Snape, se arrependendo segundos depois. Ele nunca poderia fazer isso com a mãe dele.


Continuava esperando ouvir o que ia lhe acontecer em seguida.
— Então agora só falta — disse Fudge, passando manteiga em um segundo pãozinho — decidir onde é que você vai passar as duas últimas semanas de férias. Sugiro que alugue um quarto aqui no Caldeirão Furado e...
— Espera aí — falou Harry sem pensar. — E o meu castigo?


- Você não é um Maroto, Harry – James falou desapontado.


- Nunca disse que era – Harry deu de ombros.


- Essa doeu – Remus falou magoado.


- Eu não sou brincalhão feito vocês ou os gêmeos – explicou o moreno.
Fudge piscou os olhos.
— Castigo?


- Nem Fudge sabe do que você ‘tá falando – reclamou Gina. Seu namorado bem que poderia aprender a ficar calado algumas horas.
— Eu desobedeci à lei! — disse Harry. — O decreto que proíbe o uso da magia aos menores!


- Isso, pede pra ser expulso vai – falou Josh, incrédulo.
— Ah, meu caro menino, nós não vamos castigá-lo por uma coisinha à toa como essa!


- Bem, normalmente tem alguma punição. Não ir para a prisão, obviamente,mas algo pequeno – falou Frank ainda desconfiado.


— exclamou Fudge, agitando o pãozinho com impaciência. — Foi um acidente! Nós não mandamos ninguém para Azkaban por fazer a tia virar um balão!


- É a primeira coisa que eu realmente concordo – fala Lily.
Mas isto não batia com os contatos que Harry tivera anteriormente com o Ministério da Magia.


- O Ministério mudou, mas por quê? – Sirius pensou em voz alta.
— No ano passado, recebi uma notificação oficial só porque um elfo doméstico largou um pudim no chão da casa do meu tio!


- O que ainda é um absurdo – reclamou Harry. Ele nunca iria superar isso.


— disse ele a Fudge, franzindo a testa. — O Ministério da Magia disse que eu seria expulso de Hogwarts se acontecesse mais um caso de magia por lá!
A não ser que os olhos de Harry o enganassem, Fudge de repente parecia pouco à vontade.


- É porque ele não consegue arranjar uma desculpar para esconder o que quer que ele esteja escondendo. 
— As circunstâncias mudam, Harry... Temos que levar em consideração... No clima atual...


Ah. Então isso é por causa de Sirius, concluiu Frank.


Nessa hora, todos evitaram encarar o maroto Black.


Com certeza você não quer ser expulso?
— Claro que não — disse Harry.
— Bom, então, por que toda essa agitação? — riu-se Fudge. — Agora coma mais um pãozinho, enquanto vou ver se tem um quarto para você.


- Isso foi... estranho – decidiu Remus.


Dorcas assentiu.


Fudge saiu da saleta e Harry ficou observando-o se retirar.
Havia alguma coisa muito estranha acontecendo ali.


- Percebemos.


Por que Fudge viera esperá-lo no Caldeirão Furado, se não ia castigá-lo pelo que fizera?


- Para cuidar da segurança do Menino Que Sobreviveu – falou Neville, dando de ombros.


E agora, pensando bem, com certeza não era normal um Ministro da Magia se envolver pessoalmente com casos de magia praticada por menores!


- Claro que não. Mas você é Harry Potter – falou Lyssi.


- Nem sempre é bom ser Harry Potter – resmungou ele.


- Não é culpa minha se você não aproveita as vantagens de ser quem é – retrucou a loira.
Fudge voltou acompanhado de Tom, o dono do bar-hospedaria.
— O quarto onze está livre, Harry — anunciou Fudge. — Acho que você vai ficar muito bem instalado nele. Mas tem uma coisa, e estou certo de que vai compreender... Não quero você passeando pela Londres dos trouxas, certo?


Harry revirou os olhos. Fudge o tratava como uma criança. É claro que ele não iria ficar passeando por ai...


Fique no Beco Diagonal. E tem que voltar todos os dias antes do escurecer. Tenho certeza de que vai compreender. Tom vai ficar de olho em você por mim.


- Uma pessoa me espionando, divertido – Harry falou ironicamente.
— Tudo bem — disse Harry lentamente —, mas por quê...?
— Não queremos perdê-lo outra vez, não é mesmo? — disse Fudge com uma risada calorosa. — Não, não... É melhor sabermos onde é que você anda...


Frank olhou desconfiado para o livro. Será que isso era tudo por Sirius Black?


Quero dizer...
Fudge pigarreou alto e apanhou a capa de risca de giz.
— Bom, vou andando, muito que fazer, sabe...
— Já teve alguma sorte com o Black? — perguntou Harry.
Os dedos de Fudge escorregaram no fecho de prata da capa.


- Acho que isso é um não – falou Sirius, metido.
— Que foi que disse? Ah, você ouviu falar... Bem, não, ainda não, mas é só uma questão de tempo. Os guardas de Azkaban até hoje não falharam... E nunca os vi tão furiosos.


- Ele deixou a captura toda para os Dementadores? – Remus perguntou num tom de "ele é demente?", o que ele podia ser.


— Fudge estremeceu ligeiramente. — Então, vou dizendo até logo.
Ele estendeu a mão, e Harry, ao apertá-la, teve uma ideia repentina.
— Ah... Ministro? Posso perguntar uma coisa?


- Não vem boa coisa daí – falou Lily, desconfiado do filho.
— Com toda certeza — disse Fudge com um sorriso.
— Bom, em Hogwarts os alunos do terceiro ano podem visitar Hogsmeade, mas os meus tios não assinaram o formulário de autorização. O senhor acha que poderia?


- Uma boa tentativa – Regulus falou.


- Obrigado, Reg – respondeu Harry sorrindo.
Fudge pareceu constrangido.
— Ah — respondeu. — Não, não, sinto muito, Harry, mas não sou seu pai nem seu guardião...
— Mas o senhor é o Ministro da Magia — disse Harry, ansioso. — Se o senhor me desse autorização...


- Com certeza funcionaria – completou Josh, empolgado.
— Não, sinto muito, Harry, mas regras são regras — disse Fudge sem entusiasmo.


- Regras não eram flexíveis há três segundo? – perguntou Lene, sem expressão - Louco.


— Talvez você possa visitar Hogsmeade no ano que vem. De fato, acho melhor você nem ir...


- Então, é por isso que você não assinou – falou Hermione.


É... Bem, vou andando. Aproveite a sua estada aqui, Harry.
E com um último sorriso e um aperto de mão; Fudge deixou a saleta. Tom, então, adiantou-se sorridente para Harry.
— Se o senhor quiser me acompanhar, Sr. Potter. Já levei suas coisas para cima...
Harry o seguiu por uma bela escada de madeira até uma porta com uma placa de latão de número onze, que Tom destrancou e abriu para ele.


- Isso que é preguiça, nem abre a porta – brincou Fred.
Dentro havia uma cama muito confortável, uma mobília de carvalho muito lustroso, uma lareira em que o fogo crepitava alegremente e, encarrapitada no alto do armário...
— Edwiges! — exclamou Harry.


Alice sorriu feliz com o reencontro da coruja e do dono.
A coruja muito branca deu estalinhos com o bico e voou para o braço de Harry.
— Coruja muito inteligente a sua — disse Tom rindo. — Chegou uns cinco minutos depois do senhor.


- Ela é muito inteligente – falou Harry e completou em pensamentos: Ou melhor, era.


Se precisar de alguma coisa, Sr. Potter, por favor, é só pedir.
Ele fez outra reverência


- Qual a dele com reverências? – perguntou Sirius.


e saiu.
Harry ficou sentado na cama durante muito tempo, acariciando, distraído, as penas de Edwiges. O céu visto pela janela foi mudando rapidamente de um azul escuro e aveludado para um cinzento metálico e frio, depois, lentamente, para um rosa salpicado de ouro. Harry mal conseguia acreditar que abandonara a Rua dos Alfeneiros havia apenas algumas horas,


- Nós também não – falou Snape.


que não fora expulso e que, agora, tinha diante de si duas semanas inteiras sem os Dursley.


- Foi um dos melhores verões da minha vida.
— Foi uma noite muito estranha,


- Isso nós concordamos.


Edwiges — bocejou ele.
E sem nem ao menos tirar os óculos, ele se largou em cima do travesseiro e adormeceu.


- Que fofo – falou Gina, sorrindo para o namorado.


- Fim do cap – falou.
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PS: Vocês já se preparam para o Halloween (ou Samhain, se preferem chamar assim - tem gente que acredita que em HP algumas famílias puro-sangues celebram o Samhain e não exatamente o Halloween)? Vai ser impossível não lembrar de Lily e James Potter... 

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Comentários (1)

  • Izabella Bella Black

    Adorei o capitulo, tadinho do Sirius, mais pelo menos ele sabe que é inocente. Eu acho que o Harry fez certo em perguntar sobre o castigo, afinal a carta do ministerio do livro anterior deixou claro que ele seria expluso se fize mais alguma magica na casa dos tios e agora não tem castigo? Dessa forma ele percebeu que tinha algo errado. Sobre o Halloween, eu tinha ate me esquecido, tudo culpa da faculdade, é muito trabalho e prova... Mas realmente é impossivel não lembrar do Tiago e da Lily, todas as vezes que lia o livro ficava imaginando em como seria a vida do Harry se os pais não tivessem morrido. Eu gosto do quinto livro, mais odeio o final, não queria que o Sirius disse morrido, ele sempre foi o meu personagens favorido, lembro que quando assisti o filme, não chorei, por que acompanhava tudo pelos filmes e não sabia a historia inteira do Sirius, mas quando li os livros pela primeira vez, na morte do Sirius chorei muito, ate assustei a minha familia e que ficou sem entender nada.Eu gosto de todas as temporadas de Supernatural, mais sou apaixonada pela primeira temporada. Prefiro o Dean, por que apesar de tudo o que ele passou ele não deixou de ficar do lado certo e lutar por aqui que queria e é claro ele é lindo e maravilhoso... Já o Sam se deixa ser influenciado muito facil e isso me deixar com muita raiva quando assisto o seriado. E você prefere qual dos dois? Sobre as temporadas eu parei na metade da 6º, a faculdade tomou o controle e fiquei sem tempo para assistir, ate as fics que eu acompanhava eu deixei de ler varios por não ter tempo, só estou lendo as que eu gosto.Beijos. 

    2014-10-25
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