Quadribol e encontro
O resto da tarde e o comecinho daquela noite se passara arrastando. Lily e James ainda estavam na biblioteca, agora menos habitada que antes, fazendo o trabalho de Transfiguração.
Pelo menos era o que Lily fazia.
James ficava girando sua pena em seus dedos hábeis e balançava seus pés ao ritmo de uma música qualquer que estava em sua cabeça.
O barulho de seus pés incomodava Lily, que de minuto em minuto suspirava nervosa, tentando demonstrar que o que o maroto fazia já estava fazendo-a perder a paciência.
Porém, ela achava, ele fazer isso e não se preocupar com o trabalho era bem melhor. Tá certo que ele era bom aluno, e deu alguma assistência a ela, no começo. Mas ele se aproximava dela perigosamente toda vez que ditava algo que ele tirara do livro, fazendo-a ficar desconcertada.
E, como sempre, ela odiava essa aproximação, odiava ficar desconcertada, odiava que ele tivesse esse poder sobre ela.
E ele parecia perceber isso, porque sempre que ela se remexia, desconfortável, ele sorria de lado. Seu sorriso sacana.
O que a fazia ficar ainda mais nervosa.
- Lily, escreve ai – mais uma investida de James. Ele praticamente se debruçou em cima da garota, que tentou se controlar para não dar um tapa na cara dele.
James tinha arrastado sua cadeira para mais perto de Lily, e se inclinava fingindo ler o que ela escrevia no pergaminho.
- Potter? – ela virou sua cabeça para ficar frente a frente ao maroto. Estavam a alguns centímetros de distância. Um sentindo a respiração quente do outro no rosto. Lily com dificuldade para respirar corretamente e James se divertindo com aquilo. Sorria de lado.
- Sim, lírio? – ela não falara nada depois que chamou seu nome. Ele achou graça, pois tinha passado vários minutos sem ela dizer nada.
- Não me chama de lírio – disse com certa dificuldade, ainda olhando para os olhos por trás das lentes dos óculos dele. Sua respiração ainda não se controlara, e se odiava por não conseguir fazê-la voltar ao normal. Respirou fundo, soltando o ar pelo nariz fazendo James alargar o sorriso. – Para com isso.
- Hm – sem querer ele balbuciara e ela percebera que ele estava sob seu poder também.
Pela primeira vez na vida ficou feliz por algo relacionado a James.
Ela conseguia fazê-lo ficar bobo, fazê-lo não se controlar perto dela.
Finalmente conseguia fazer James ficar desconcertado com alguma coisa.
Pra provocá-lo ela passou a língua entre os lábios, molhando-os. Mordeu-os divertida e sorriu no final.
James, instintivamente, olhou para a boca de Lily engolindo em seco. Sua boca se entreabriu e o sorriso de lado sacana já não estava mais lá. Sua respiração começara a ficar desregulada, assim como a da ruiva, alguns segundos atrás.
- Sua boca é tão... chamativa – o maroto olhava para a boca dela, sem piscar.
- É o brilho – ela riu da expressão de bobo. Ele suspirou, pesadamente. Levantou o olhar para finalmente fitar os olhos verdes de Lily. Passava de um para o outro, tentando marcar como os olhos dela eram, tirando uma fotografia mental.
Ele queria quebrar o contato visual. Percebeu que ela conseguia mexer com ele assim como ele via que conseguia mexer com ela.
James não queria isso obviamente. Ele queria mexer com ela. Ele queria deixá-la confusa pelo que ele fazia. Ele queria fazê-la ficar com vontade de provar de seu beijo. E não o recíproco.
Mas ao mesmo tempo em que queria parar com tudo aquilo, queria beijá-la. Fazia séculos que ele não roubava beijo de Lily. Já estava sentindo falta dos lábios rosados e meio cheios da garota. De como o gosto da boca dela era maravilhosamente bom.
Mil vezes melhor que de qualquer outra garota.
E queria sentir a maciez de sua pele. Queria sentir o rosto dela em seus dedos. Senti-la amolecer quando ele apertava sua cintura enquanto a beijava. Senti-la estremecer quando ele percorria sua nuca com as pontas de seus dedos.
E mesmo ela não correspondendo muito ao beijo, ele sentia falta de pressionar seus lábios aos lábios dela.
Foi se aproximando do rosto da garota para diminuir a distância entre suas bocas.
Ela parecia imóvel. Parecia ter percebido o que ele queria fazer, mas ela estava lá, somente olhando para os olhos dele, de um para o outro, com a respiração ainda sem ritmo.
- Lily – uma voz esganiçada fez ambos pularem de susto e se arrumarem na cadeira, meio envergonhados. – Lily – a vozinha repetiu. Lily olhou para os lados para saber quem era.
Era Milly Hanfield. A garotinha que ficava atrás de Lily o tempo todo.
- Oi... Milly – Lily demorara para responder, tentando processar o que estava acontecendo ao seu redor. Engoliu em seco enquanto a menina viera ao seu encontro e de James. O garoto estava encolhido em sua cadeira, sem se mexer. Olhou de canto para Lily. Ela estava meio corada. – Como está?
- To ótima – disse alegre. A ruiva sorriu minimamente. – Faz tempo que a gente não se vê.
- Pois é – concordou. – Parece que eu ando longe das pessoas – lembrou-se de Luke, de como não o via há tempos. A garotinha a olhou com o cenho franzido e ela abanou a mão despreocupada.
- Eu queria saber quais livros de Feitiços você leu no terceiro ano. – disse esperançosa.
- Nossa. Foram muitos – riu fraco. – Eu vou tentar lembrar e ai faço uma lista pra você.
- Tudo bem. Obrigada Lily – Milly pulou no pescoço da ruiva dando um abraço meio apertado que fez Lily rir, retribuindo o abraço.
- Não foi nada – a garota respondeu assim que saiu do abraço, sorrindo ternamente para a garotinha morena.
James percebeu o sorriso de Lily e não pôde deixar de sorrir. O sorriso meigo da garota era tão lindo, mais lindo que o sorriso divertido dela.
Sim, ele sabia os tipos de sorriso que a garota dava. Ele sempre olhava pra ela e percebia todos seus movimentos.
Sempre dizia a si mesmo que era pra saber como ela era, como ela se portava. Porém naquele momento ele nem queria saber disso. Ele só queria ficar ali vendo o sorriso mais lindo que Lily podia dar, mesmo não sendo pra ele.
Porém o sorriso desapareceu no momento que a garotinha saiu. Ela se virou para o maroto que estava a encarando.
- Eu termino o trabalho – disse simplesmente e recolheu seus materiais saindo da biblioteca antes mesmo de James protestar.
O que havia de errado com ele?
Ele começou a ter essas crises de querer olhar para a garota de um em um segundo não somente para irritá-la, mas para ver como ela era, como se ele já não soubesse, já não tivesse gravado totalmente a feição da garota, o corpo dela, o jeito como ela andava, o jeito como falava, como tinha vários tipos de sorriso, como ficava zangada, como ficava meiga.
Sim, ele gravara.
E mais uma vez dizia a si mesmo que estava estudando-a para saber o que fazer para ela sair com ele.
Mas dessa vez ele não estava tão seguro de si.
Ele gastava muito tempo para conseguir dormir porque o último pensamento do seu dia era Lily. Em como ela estava naquele dia, como estava seu humor, como ela ria e conversava com seus amigos, como escrevia freneticamente em seu pergaminho, em como ele conseguia fazê-la ficar irritada, a maneira que conseguiu tal feito.
E quando ele acordava o primeiro pensamento era como fazê-la ficar irritada o dia todo somente para rir dela, divertido, aproveitando cada momento em que Lily ficava vermelha de raiva, como uma ruguinha aparecia quando ela franzia o cenho, brava.
Ele não podia estar gostando dela. Não dela. Não da "É Evans". Da "Você é tão estúpido Potter". Da revirada de olhos. Da Evans. A única garota que ralhava com ele em vez de beijá-lo.
Ele gastava tempo tentando fazê-la mudar de ideia para sair com ele. Gastava tempo perseguindo-a pela escola no horário de monitoria somente para assustá-la, para tentar beijá-la.
Ele gastava tempo tentando entender o porquê de tudo o que ela fazia com ele.
Gastava tempo tentando entender se gostava realmente dela, ou se era somente um desafio.
Desconfiava ser a primeira opção. Começara a ficar com medo de que fosse a primeira opção.
Seu pai sempre falava que iria chegar o dia em que ele iria se aquietar com as garotas. Iria se apaixonar e iria fazer de tudo para ficar com essa garota especial. E então gastaria tempo para fazê-la se sentir especial, do jeito que tem que ser.
Mas isso não aconteceria agora.
Saiu da biblioteca rapidamente com sua mochila nas costas, decidido a não se aquietar por garota alguma.
-x-
Estavam todos sentados nas mesas de suas respectivas casas no Salão Principal. Comiam e conversavam animadamente.
Lily estava absorta na conversa de Marlene, Katie e Alice sobre Adivinhação, da qual não fazia parte, porém não falava nada, somente escutava, com um olhar cético, as previsões que a professora fazia em suas aulas e que conseguia, de alguma maneira, cativar seus estudantes.
Ela não falava nada porque seu lado trouxa falaria mais alto que o bruxo, pois não acreditava nas previsões, ou nas leituras de folhas de chá, ou até mesmo nas bolas de cristal, então decidia ficar calada.
Porém saiu da conversa quando sentiu alguém se sentar ao seu lado.
- Oi Lily – Brand sorriu amigável para ela, que retribuiu o sorriso da mesma maneira.
- Oi Brand! – respondeu. O garoto estava de frente a ela, com somente uma perna passada pelo banco e embaixo da mesa da Grifinória.
- Eu queria continuar a nossa conversa – ela fez cara de quem não estava entendendo, fazendo-o continuar. – Na biblioteca. Quando Potter nos interrompeu.
- Ah sim – mostrou que acabara de lembrar do que ele estava falando. – Me desculpe por aquilo. Potter consegue ser muito inconveniente quando quer. – olhou para onde James estava, ou deveria estar, pois o maroto não estava sentado perto de seus amigos. Ela estranhou, mas voltou para o garoto quando ele disse:
- Sem problemas – sorriu sincero.
- Então? O que queria me falar? – disse meio esperançosa. Não sabia o por quê, mas estava realmente curiosa com o que ele tinha que falar. Ele sorriu sem graça e, mais uma vez naquele dia, passou a mão por sua nuca. "Definitivamente meu gesto favorito nele", pensou e sorriu de uma maneira meiga, fazendo-o soltar o ar pelo nariz fazendo parecer ser uma risada.
- Bom... O que eu queria falar era se você estaria... hum... disposta... a ir à Hogsmead comigo – disse olhando para suas mãos, que naquele momento pareciam interessante.
- Eu adoraria ir – ela disse e ele voltou a olhá-la. Sorriu ao ver o sorriso da garota ao aceitar o convite.
- Bom... É isso – riu. – Te espero então na próxima visita.
- Ok – sorriu mais uma vez e o viu sair do banco e voltar para a mesa da Lufa-Lufa, olhando para trás para sorrir para Lily.
A ruiva voltou para seu prato, ainda sorrindo, e encontrou três pares de olhos virados para ela numa mistura de curiosidade e excitação. Ela franziu o cenho olhando de Katie, que estava ao seu lado, para Alice, que estava ao lado da mesma e por fim para Marlene que estava na frente das três.
- Você... tem... um... encontro? – Lene disse pausadamente, tentando segurar a risada, porém não conseguindo muito pois tinha um sorriso divertido nos lábios.
- Sim, Marlene. Eu tenho um encontro – Lily tentou dizer de uma forma natural, porém sem sucesso, pois abriu um sorriso enorme enquanto suas amigas riam dela.
- Finalmente Lilian Evans tem um encontro – Marlene disse animada, sendo censurada pela amiga ruiva.
- Até parece que eu nunca tive um encontro – defendeu-se.
- Teve sim, Lily, mas foram poucos. Até eu acho isso – Katie interviu, rindo fraco.
- Até parece que você é a pegadora de Hogwarts. – disse mal humorada se virando novamente para sua comida.
- Ah, Lily – Alice disse. – Você tem um encontro. Fique feliz por isso. Fique feliz por Merlin estar sendo bonzinho com você.
- Nossa, Lice, obrigada. Fez parecer que preciso de um milagre pra isso acontecer. – a amiga riu da cara de brava de Lily.
- Você sabe que não foi isso que quis dizer – continuou. – Ele parece ser bem legal, e você não tá animada por isso. Não o suficiente.
- Acredite ou não, eu estou.
- Por que tá tão brava assim então? – Katie disse.
- Porque vocês me deixam bravas – recebeu roladas de olhos em resposta, fazendo-a rir. – Eu to animada ok? Super animada. Porque ter que aguentar Potter todo santo dia me chamando pra sair é tortura. Finalmente o universo está me recompensando.
- É assim que se fala – Alice disse, fazendo-as rir.
- O assunto tá muito bom, mas eu tenho que ir – Lily disse se levantando. As amigas a olharam sem entenderem nada. – Preciso terminar o trabalho de Transfiguração porque o idiota do Potter não parou de me encher na biblioteca e nem me ajudou com o trabalho. – rolou os olhos.
Saiu do Salão Principal se lembrando do que acontecera mais cedo, na biblioteca.
Seu coração começou a acelerar lembrando das sensações que sentia enquanto James se aproximava mais dela.
Se odiou, depois que saiu da biblioteca, por ter ficado igual uma idiota parada, esperando acontecer alguma coisa.
Inexplicavelmente suas funções motoras não respondiam a seu cérebro, como sempre acontecia quando Potter fazia aquele tipo de coisa.
Ficava nervosa consigo mesma por se deixar permitir sentir tudo aquilo com ele. Ela o odiava, era evidente isso, mas gostava quando ele se aproximava dela, quando fazia-a respirar descontrolada, gostava do cheiro dele, de como os olhos dele ficavam mais bonitos quando olhados de perto.
Ela só odiava que ele conseguia controlar ela daquele jeito.
Somente isso.
Não queria ficar impotente perto de James. Queria fazer alguma coisa a respeito, mas o que acontecia com ela quando isso ocorria era muito bom pra ela querer parar.
Porém, felizmente, ela percebera que conseguia fazer a mesma coisa com ele quando conseguia provocá-lo. E isso sim era uma coisa boa. Porque, depois de praticamente dois anos importunando ela com seus beijos surpresas, tiradas de fôlego e aproximação desconcertada, ela podia fazer o mesmo com ele, somente bastava provocá-lo, não caindo na armadilha dele.
Ela virou um corredor consideravelmente mais escuro que os outros. Algumas pessoas passeavam por ali, porém o que chamou sua atenção foi um barulho de sucção perto de uma tapeçaria de flores.
Era James Potter se agarrando com a vítima do dia.
Ele realmente estava tentando grudar na garota do tanto que a apertava contra si. Lily reparou que a garota também não era nada decente, visto que ela estava com uma perna levantada na altura da cintura de James, e estava bagunçando mais o cabelo do maroto.
Riu irônica. "E eu pensando aqui em como ele consegue me fazer ficar desconcertada", pensou, estupidamente.
-x-
Já tinha se passado mais três semanas. Já estavam no meio de Outubro. O clima já começara a mudar para o outono, fazendo as folhas das árvores amarelarem e caírem até o solo, a grama, antes verde, ficar seca, quase sem cor.
O céu que antes irradiava com o sol do verão agora ficava na maioria do dia cinza, com nuvens escuras, tampando o sol, e fazendo ficar frio por qualquer parte que se andasse pelo castelo. Às vezes o vento entrava nos corredores fazendo as pessoas se arrepiarem e puxarem seus casacos para mais perto deles.
Era sábado. Era o tão esperado dia onde teria a primeira partida de Quadribol da temporada e ainda teriam a visita à Hogsmead, depois do jogo.
Era duplamente excitante para Lily.
Ela adorava Quadribol. E não era somente para chamar atenção. Ela realmente gostava do jogo bruxo. E ainda teria o encontro com Brand.
As semanas seguintes do pedido dela se passaram não tão rapidamente quanto Lily queria.
Brand a cumprimentava com um "bom dia" seguido de um sorriso todos os dias. E quando se cruzavam no corredor ele sorria para ela, em que ela retribuía.
Querendo admitir ou não estava ansiosa pelo encontro. Como Marlene disse, fazia tempo que não saía com ninguém, porque os garotos do colégio não eram suficientemente maduros para ela, porém Brand exalava um ar de "vida vivida" e parecia bem maduro para alguém de sua idade. Era um ano mais novo que Lily.
Ele parecia ser bem interessante, e estava rezando que fosse bom de conversa porque a coisa mais decepcionante em um encontro não era não beijar depois de darem tchau, e sim a conversa que teriam durante ele.
A ruiva conseguia manter uma conversa, porém não tão bom quanto queria, e precisava da ajuda da outra pessoa para continuá-la.
Já estava pronta para o encontro, pois dali, ela pensava, já iriam direto para o passeio. Estava animada, e suas amigas não deixaram de perceber.
- Lily, sossega que o encontro é só depois do jogo – Marlene disse enquanto caminhavam pela multidão de alunos que estavam indo em direção ao campo de quadribol.
- Eu sei. Só que eu não consigo tá? – Lily disse dando meio pulinhos, no que suas amigas riram.
- Deixa ela Lene. Não é todo dia que ela tem um encontro – Alice disse e Lily mostrou-lhe a língua em resposta.
- Vai dar muito na cara. E você não o quer com esse tipo de ego né? – Marlene respondeu.
- Ai meu Merlin, Lene. Você e essa mania de quem comanda quem – Kay disse, revirando os olhos.
- Mas é a verdade Katie. Para a relação ficar melhor você tem que mostrar que tá no comando. Não deve dar espaço pra ele achar que é ele quem dita as regras do jogo – proclamou como se fosse uma escritora de autoajuda de relacionamentos.
- Que relação? – Lily arregalou os olhos. – Nós nem saímos e já tem relação? – todas não conseguiram não rir do pequeno surto da amiga. Até ela riu fraco.
Ainda estavam seguindo a multidão em direção ao campo, quando ouviram uma algazarra atrás delas. Era o time da Grifinória andando por lá, para irem para o vestiário se trocarem. Garotas gritavam e mandavam beijos para Sirius e James. Garotos davam tapinhas nas costas de todos os jogadores. Lily, Marlene, Katie e Alice só se contentavam em revirar os olhos.
- Ruivinha – Lily sabia de quem era a voz. Nem se virou, porém James a alcançou, andando ao seu lado. – Ainda bem que você vai no jogo pra me ver – sorriu abertamente, convencido, mostrando todos seus dentes. Lily se virou olhando-o incrédula.
- Potter. Eu só vou no jogo porque eu gosto de quadribol. Não porque eu quero te ver – disse ríspida.
- Mesmo assim. Você é meu amuleto da sorte – se aproximou dela, inclinando-se, e deu um beijo na bochecha da garota e saiu correndo antes que ela o azarasse ali mesmo. O resto do time foi atrás dele. As amigas riram da expressão da ruiva. Ela estava com os olhos meio arregalados com o cenho franzido, sem falar nada. Balançou a cabeça, tentando voltar ao normal. Continuaram a andar.
Chegando na arquibancada elas encontraram Frank, Remus e Peter sentados, ao lado de Luke e Brand, e foram até eles juntando-se. Lily sorriu para Brand, onde ele sorriu de volta, e se sentou ao seu lado.
Demorou alguns minutos até as arquibancadas lotarem e os jogadores se posicionarem no campo, para então começar o jogo.
- E começou o primeiro jogo da temporada – disse o locutor animadamente, George Patton, um quintanista grifinório. – Grifinória versus Corvinal. E é claro que Grifinória irá levar essa primeira vitória com esse time fodástico...
- SR. PATTON – McGonagall gritou com o locutor.
- Perdão professora. Porém esse time está muito fod... Opa... Está ótimo. Um dos melhores times que Hogwarts já viu. Contudo não podemos deixar de dar crédito para a tentativa falha de um bom time corvinal.
- SR. PATTON.
- Ok. Ok. E um balaço é rebatido por Sirius Black, que o jogou do outro lado do campo para acertar Maggie Lims, artilheira da Corvinal. E Beneddit Crash pega a goles e volta para o campo adversário. Ele joga a goles no aro esquerdo E ACERTA A PORRA DO GOL.
- SR. PATTON, MAIS UMA VEZ E EU TIRO O MICROFONE DE VOCÊ.
- Tudo bem professora. E deeeeeez pontos para Grifinória. Ouch, essa doeu. David Matthews, outro artilheiro grifinório, recebeu um balaço bem na perna. RECUPERA MATTHEWS, VIRA HOMEM RAPAZ E CORRE ATRÁS DA GOLES. OK. OK. PROFESSORA. DESCULPA. E o pomo é avistado pelos olhos ágeis de James Potter, que em minha humilde opinião, é o melhor apanhador da história de Hogwarts.
Gritos e palmas foram ouvidos pela torcida da Grifinória. O costumeiro "VAI, VAI GRIFINÓRIA" não passava despercebido, não deixando mais nenhum grito ser ouvido no campo.
- Ish, perdeu o pomo. E mais um gol da Grifinória. VAI, VAI GRIFINÓRIA. AH QUIÉ PROFESSORA, AGORA NÃO POSSO TORCER? – um som de um microfone sendo esfregado em alguma coisa era ouvido. Todos se viraram curiosos, para se depararem com a cena cômica onde McGonagall tentando, em vão, tirar o microfone das mãos de George. – E O POMO FOI VISTO MAIS UMA VEZ – o garoto teve que se contorcer para falar no microfone.
McGonagall desistiu e deixou o microfone com o garoto, voltando a torcer por seu time.
- POTTER ESTÁ CORRENDO ATRÁS DO POMO DE OURO SENHORAS E SENHORES, SEGUIDO NÃO TÃO DE PERTO POR JASON MCCALL. DESISTE JASON, POTTER É BEM MELHOR QUE VOCÊ.
- SR. PATTON. FRANCAMENTE.
- OPA, mais um gol aconteceu enquanto todos estavam olhando o show de Potter pra cima de McCall. – George disse fingindo não ouvir a professora. – POTTER MERGULHA PARA APANHAR O POMO – todos prenderam a respiração na mesma hora, não ousando nem se mexer – E ELE CONSEGUE. O POMO ESTÁ SEGURO EM SUA MÃO. VAI, VAI GRIFINÓRIA. NA SUA CARA CORVINAL. NÓS SOMOS OS MELPHEJDKLSLJDA – mais uma vez a multidão virou os olhares para ver McGonagall puxando o microfone para si, para fazer o garoto parar de falar. Ele tentava falar, se contorcendo, abaixando, indo de um lado pro outro da professora, porém em vão. Todos riram e os grifinórios comemoraram a vitória.
James ainda estava com o pomo em sua mão andando de um lado pro outro em sua vassoura, seguido por Sirius que fazia loops no ar com a sua.
O jogo acabara por ser rápido, e todos agradeceram, porque assim teriam mais tempo no povoado.
Brand, que ainda estava ao lado de Lily, que estava sorrindo, ainda comemorando, virou-se para ela, rindo da reação da garota.
- O quê? – ela perguntou percebendo-o olhá-la.
- Nada. Só que você tem um lindo sorriso – disse fazendo-a corar instantaneamente, e sorrir mais ainda. – Vamos? – ela concordou.
- Vocês vão, garotas? – Lily disse antes de sair ao encalço do garoto.
- Vamos, mas... – Marlene parou, tentando dar ar de suspense.
- O quê? – Lily perguntou.
- Eu vou com alguém.
- Como assim você tem um encontro e nem contou pra gente? – Katie disse inquisidora.
- Eu não sou igual a Lily que tem um encontro a cada dois anos – a ruiva revirou os olhos. – Ele é do sétimo e vai me esperar lá. Desculpa loirinha – acrescentou depois de ver a cara de Katie de indignação. – Hoje você está sozinha.
- Eu até iria com você – Luke disse. – Mas não posso.
- Tá tudo bem, Luke – Katie sorriu para o garotinho. – To vendo que hoje eu vou ficar solitária e infeliz.
- Que drama Kay – Lice completou. Estava abraçada a Frank, que dava beijinhos em sua cabeça.
- Fala isso só porque tem namorado. – Todos riram.
Seguiram para o povoado. Lily e Brand mais a frente, Katie, Marlene um pouco atrás, e por fim Alice e Frank, andando devagar. Luke já estava no caminho de volta para o castelo. E Remus e Peter nem eram mais vistos na multidão que saía do jogo.
-x-
Ok Lily, agora se acalma. É só um encontro. É algo normal. Que você não faz há mil anos. Mas respira, relaxa. Concorda com a cabeça, mostrando que tá ouvindo o garoto.
Brand falava como seu time de quadribol estava bem mais forte que o ano passado. Sinceramente eu não quero saber sobre isso. Quero saber algumas histórias. Qual é. Eu adoro histórias.
- Acho que to te chateando – ele disse sorrindo de lado, envergonhado. Que graça.
- Tá tudo bem – sorri, confortando-o.
- Bom, o que acha de ter ganho o primeiro jogo? – ele fechou os olhos, apertando-os. – Eu só to falando de quadribol – riu fraco. Ri com ele. – Eu não sou muito bom em conversa. – Droga. Jura? Eu preciso de sua ajuda aqui, colega.
- Ok. Eu começo – tentei ajudá-lo. – Eu já to começando a ficar cansada de tanto estudar, porque, como quero ser auror, preciso ser boa em praticamente todas as matérias. – É, até que não to tão enferrujada assim.
- Você quer ser auror? – olhou para mim, com interesse.
- Sim. E você?
- Eu queria também ser. Mas eu não sou muito bom em Poções – riu fraco.
- Se quiser, eu posso te ajudar – isso garota. Ai poderão ter momentos a sós. Ok. Inapropriado.
- Eu agradeceria muito – ele riu, fazendo eu rir consigo. Ele tem uma risadinha tão fofa, meu Merlin. – Então, você quer ir aonde?
- Bom, nós poderíamos ir no Três Vassouras – sugeri. Ele franziu o cenho.
- Pensei que iria querer ir no Madame Puddifoot – devo ter feito uma careta muito estranha por conta da menção à lojinha, porque ele riu com gosto. – O quê? Você não gosta de lá?
- Merlin, não. É muito... – pensei numa palavra educada pra ridícula, estúpida, rosa demais, com casaizinhos que me dão vontade de vomitar.
- Feminino? – sugeriu, eu concordei. Exatamente. Muito feminino o lugar. Não sou dessas garotas que amam rosa, só tem roupa rosa, só tem conversas superficiais como roupa, bolsa, sapato, por qual parte nova da Europa passou as férias de verão. – Você, Lílian Evans, definitivamente é totalmente diferente de todas as garotas.
- E isso é bom? – olhei para ele. Brand olhava para frente, liderando o caminho.
- Com certeza – se virou para me olhar e sorriu, significativamente. Tive que sorrir. Era impossível não sorrir. O sorriso dele era tão cativante que eu não sabia mais o que fazer, senão olhar para aquele sorriso. Poderia até parecer boba, olhando para os lábios do garoto que formavam o sorriso. Mas não ligava. Era um dos sorrisos mais bonitos que eu já tinha visto na minha vida.
Mais bonito até que o sorriso "tenho-trinta-e-dois-dentes" do Potter. ESPERA AI. PRA QUE EU TO PENSANDO NO POTTER? Argh. Que desgraça. Até no meu encontro ele não me deixa em paz.
Percebi que tínhamos chegado no Três Vassouras. Brand encontrou uma mesa um pouco ao fundo e disse para eu me sentar que ele iria pegar bebidas. Eu me ofereci a pagar pela minha, e ele fingiu nem ter ouvido.
Típico de primeiro encontro.
Dei risada indo para o lugar. Ele chegou dois minutos depois com duas cervejas amanteigadas sentando-se na cadeira ao lado.
- Continuando a conversa – ele disse – eu quero me tornar auror pra fazer alguma diferença nessa guerra. Eu sei que é meio estúpido pensar que eu posso fazer alguma diferença, mas é isso o que eu quero.
- Não. Claro que não é estúpido. Eu penso da mesma maneira. Eu odeio me sentir impotente sabe? Quero fazer alguma coisa pra mudar também. Não quero ficar parada olhando as coisas acontecerem.
- Você não é impotente Lily – ele disse rindo. – Você sabe fazer tudo – eu corei, negando o que ele falara. – É sim. Você é a melhor aluna da sua sala. Senão da escola toda. Todos dizem isso – sorri, envergonhada. – Você nunca deveria se sentir impotente. Tenho certeza que faria tudo pra mudar se tivesse na guerra lá fora. – eu sorri. Como podia não sorrir? Era impossível. Apertei a mão dele por cima da mesa, somente mostrando que eu agradecia.
Eu não sabia qual era a dela ainda. Se ele realmente achava isso, ou se ele falava isso só pra me fazer sentir bem.
Tá certo que ele ficara desconcertado na biblioteca e na hora de me chamar pra sair. Porém ele poderia estar fazendo isso de propósito pra me sentir única. A vozinha de Marlene veio a minha cabeça "Homens sempre mentem, Lily. Você só tem que descobrir sobre o que". Espantei esse pensamento.
Não iria deixar a paranoia da Lene me pegar no meu encontro.
Não mesmo.
As horas passaram rapidamente, e foi muito agradável. Ele conseguia continuar a conversa, e eu não precisava fazer esforço algum para que a conversa fluísse. Ela fazia isso por si só e era bom. Era reconfortante. Era empolgante.
Ele contava algumas histórias do que fizera em Hogwarts, e algumas de sua infância. Porém eu achei estranho Luke não ter aparecido em nenhuma, até porque eles só tinham quatro anos de diferença. Ele deveria estar em alguma história de infância de Brand.
Mas não teve uma sequer. E eu não quis interrompê-lo nas histórias. Estavam muito boas.
Brand achava que estava falando demais e pediu para eu contar algumas minhas. Eu contei algumas das brincadeiras que eu e as meninas fazíamos desde o quarto ano e ele morria de rir, lembrando de algumas, pois elas eram públicas.
Ele parecia realmente se divertir com minhas histórias, e eu me empolgava cada vez mais contando-as.
Eu não sabia se era porque ele me encorajava a contar ou se eram as cervejas amanteigadas. Eu bebera somente três, mas como eu não era acostumada a beber álcool eu não tinha muita tolerância a ele. Conclusão, eu ficava alterada bem rápido.
Mas estavam tão engraçadas as histórias e ele se lembrando delas que eu resolvi não parar.
Eu rira tanto que sentia minha face ruborizada, e, novamente, poderia ser uma fração por conta do álcool.
Porém, como toda coisa boa dura pouco, o dia começara a virar noite. As lâmpadas das ruas do povoado começaram a acender, e era visto os alunos andando de volta para o castelo.
Brand disse para nós irmos embora, e eu concordei, mesmo querendo ficar mais tempo conversando com ele.
Saindo do bar eu percebi dois rostos amigos sentados perto da porta, conversando animadamente. Eram Katie e Remus, e sorri internamente.
Involuntariamente pensei que fariam um casal super fofo.
E mais uma vez, isso poderia ser por conta do álcool.
Andamos lado a lado pelo caminho de volta a Hogwarts ainda conversando. Ele perguntando como eu fizera algumas brincadeiras e eu explicava, não tão detalhadamente.
Pensei que ele não poderia contar para ninguém. E também, já tinha passado tanto tempo e eu já havia recebido detenções que não importava mais.
Passamos a entrada da escola. Não tinha mais ninguém. Todos já haviam entrado. Somente alguns continuavam no povoado e parecia que iriam demorar. Chegamos até a entrada do Hall de Entrada e ele me parou, colocando a braço a minha frente.
Se virou para mim com um sorriso meio envergonhado. Parecia pensar no que iria fazer. E, sem querer, pensei que seria bom ele me beijar naquele momento, porque, vamos aos fatos:
Passei a tarde mais agradável que consegui passar com uma pessoa que não costumo conversar, ou seja, não minhas amigas.
Eu já tenho um gesto favorito dele: ele passar a mão na nuca dele.
O sorriso dele é maravilhoso e fico olhando sem parar.
Ele é uma das pessoas mais desencanadas que já conheci.
E eu realmente queria saber como era o beijo dele.
Não que eu tenha pensado nisso.
Tá bom, vai. Eu pensei. Pensei enquanto ele contava suas histórias e eu ficava olhando seus lábios se moverem, disfarçadamente. Pensei enquanto ele ria das minhas histórias e tocava minha mão de vez em quando. Pensei nas vezes que ele me olhava somente para sorrir, esperando meu sorriso de volta.
Então, obviamente, eu tinha cogitado o beijo no primeiro encontro. Por isso eu estava a espera dele. E quando ele pôs a mão na minha frente, me parando, minha barriga deu um pulo, já se preparando para a ação dele.
Ele ainda sorria desconcertado, passando a mão em sua nuca. Sorri com o ato.
- Bom... – começou – Nós vamos para lugares diferentes.
- Sim – concordei.
- Então, isso é o adeus. – silêncio. Ele me olhava, de um olho para o outro, talvez esperando minha resposta, ou se eu fosse agir de algum jeito.
Sorriu, mais uma vez, de lado, e começou a se aproximar de mim.
- Boa noite – disse. Estava perto de mim, perto o suficiente para eu sentir o calor emanando de seu corpo, perto o suficiente para sentir o último resquício de seu perfume, perto o suficiente para sentir a sua respiração quente em meu rosto.
Ele abaixou seu olhar para minha boca, que involuntariamente sorriu, sem mostrar os dentes. Ele riu pelo nariz e chegou mais perto, fechando os olhos.
Até seus lábios tocarem aos meus eu não havia fechado os olhos. Queria ver sua face, perto de mim.
Sua boca puxou um dos meus lábios para si, vagarosamente, enquanto sua mão ia para minha cintura, apertando-a, trazendo-me para perto dele. Brand aprofundou o beijo, colocando a língua em minha boca, gentilmente, parecendo ter medo de que seu ato me assustasse. Ele levantou a outra mão, que até então estava pendida ao lado de seu corpo, até minha bochecha, acariciando-a.
Eu correspondi ao beijo, colocando minhas duas mãos atrás de sua cabeça, uma na nuca outra entrelaçada em seus cabelos macios e finos.
O beijo pareceu demorar pouco tempo, porque ele já estava se separando assim que eu comecei a beijar mais profundamente.
Talvez ele quisesse deixar um gostinho de "quero mais", ou talvez não quisesse prolongar, por medo. Ou pior. Não gostara do meu beijo.
Me separei assustada, sem ele notar.
Porém ele ainda estava de olhos fechados, e com um sorriso mínimo nos lábios. Sorri, olhando sua boca.
- Boa noite – suspirei. Ele riu pelo nariz novamente, abrindo os olhos. Beijou minha bochecha, docilmente, e foi embora.
Fiquei parada por um momento contemplando a parede do castelo, com um sorriso em meus lábios e ainda sentindo o perfume dele, parecendo que ele ainda estava ao meu lado.
Meus pensamentos se desviaram com alguém me chamando. Aquele alguém que eu odeio. Que eu queria que estivesse morto, enterrado a sete palmos do chão.
Virei em meus calcanhares com minha cara brava, e sem paciência, nem parecendo que eu tinha acabado de ter um beijo maravilhoso.
- Potter – pronunciei com raiva.
- Ruivinha, você tava em um encontro? – ele desdenhou, rindo. Estúpido.
- Não te interessa.
- Um amor, como sempre – riu. Rolei os olhos e me virei de costas para ele. Porém ele puxou meu braço fazendo eu me virar novamente.
A garota olhou irritada para a mão de James que ainda estava em seu braço. Ele tirou-a de lá. Agora eles estavam um pouco longe da entrada para o castelo.
- Tenho certeza que sua mãe te deu educação.
- E me ensinou com quem usá-la – retrucou. Saiu andando, deixando-o para trás. Porém ele foi ao seu encalço, até ela parar a margem do Lago Negro.
- Evans, você deveria estar feliz. Você teve um encontro.
- Como você consegue ser tão arrogante Potter? – começara a ficar vermelha. Alterara sua voz.
- Faz quanto tempo mesmo que não tem um encontro?
- ISSO NÃO TE INTERESSA – disse raivosa. Ele riu da garota. Ah. Como ele adorava vê-la daquela maneira. Descontrolada. Cutucou mais.
- Ele te deu beijinho de adeus? Porque eu só vi ele dando um beijo na sua bochecha – a garota conseguira ficar da cor de seus cabelos. Seu punho se fechou, apertado. – Você assustou o garoto, Evans? – debochou.
- Potter, cala a sua boca – tentou se controlar.
- Ou será que você não beija bem? – levantou uma sobrancelha, ainda rindo. A garota não conseguiu mais se controlar. Já tinha passado o momento em que ela conseguiria sair de lá sem desferir qualquer palavra ao maroto. Porém, como sempre, ele tem o poder de irritá-la. De fazê-la ficar possessa.
- EU TE ODEIO POTTER – gritou a plenos pulmões, só que ninguém ouviria é claro. James puxou-a pela nuca, colando seus lábios.
Lily não tinha como escapar, James era mais forte que ela e a segurava, descendo a outra mão até sua cintura, pressionando-a contra si.
Como foi pega de surpresa não tinha o que fazer. Ele já a estava apertando e pressionando seus lábios.
Sentia o aperto dele em sua cintura, e como sempre, tremia. O maroto percebeu pois ele dera um sorriso entre os lábios. Lily ainda mantinha os dela fechados. Não iria desistir fácil. James afrouxou um pouco sua mão da nuca dela e subiu a outra até sua bochecha.
A ruiva aproveitou e empurrou o garoto para longe dela, batendo em sua face tão forte que instantaneamente ficara vermelha.
Ele ria e olhava-a, massageando a bochecha avermelhada. A garota estava por um fio de arrancar a cabeça de James ali mesmo, naquele momento, sem nem precisar de varinha, porém decidiu sair batendo o pé firme, saindo de perto dele, e voltando para sua Sala Comunal.
Finalmente, depois de um século, ele pensava, beijou-a. Já tinha ficado com saudades dos lábios macios da ruiva, do perfume floral que ela exalava, do estremecimento dela quando ele apertara sua cintura.
Sorriu de lado passando os dedos por sua boca e voltou para o castelo calmamente.
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Bru Mckinnon Black: esses dois sempre ficam se provocando né gente? Aw obg. Sim sim sim. Ele está próximo ehehhe só aguarde
Comentários (2)
Essa partida de quadribol Kkkkkk Adorei!!! E o James tem que dar uma de idiota mesmo né kkk Mas não confio nesse Brandt porque ele teve uma conversinha suspeita com o Luke... Estou de olho nele... Hunpf. Estou amando a fic, Má! Beijos
2016-02-20Oie! Desculpa só comentar agora, mas não tive tempo de ler antes....enfim o cap ficou incrível, espero que poste o próximo logo!!
2015-10-04