O Fim de Ron
A garota de cabelos louros-vivos se destacava entre a multidão de corvinais, sentada em um canto da mesa de sua casa, Luna Lovegood lia com demasiado entretimento a mais nova edição do pasquim. Uma prova da tamanha atenção que ela prestara a revista é que não havia se dado conta de que uma mesa a frente um rapaz meio gorducho a observava admirando-a, com os olhos pregados em todos os seus gestos, ele segurava um pedaço de bolo com a Mão, mas parecia ter esquecido como é que se comia.
-O Longbottom não tira os olhos de você. – Comentou uma colega corvinal sentada ao lado de Luna. A garota demorou alguns segundos para desprender os olhos da revista e então olhou para colega. – Vocês estão namorando?
Luna elevou os olhos para mesa da Grifinória, para comprovar que Neville realmente a olhava em um aparente estado de torpor, e então respondeu distraidamente: -Não, nós não estamos namorando.
-Não é esse o rumor que passa por Hogwarts. – Outra colega próxima informou, sorrindo maliciosamente.
-Eu e Neville somos, por enquanto, apenas amigos, mas ele é completamente apaixonado por mim. – Luna falou acenando para Neville do outro lado da mesa, que pelo susto, deixou o bolo escorregar por suas mãos.
-E você? Não gosta dele? – A primeira garota indagou de novo, beliscando um pedaço de pão que repousava em seu prato.
-Gosto. – Luna confessou sorrindo bobamente.
-E então porque não dá uma chance para vocês dois?
-Porque eu gosto mais de outro, mas o outro não gosta de mim. – Ela respondeu baixando as vistas, quanto daria para que ele a amasse, como Neville a amava. – Agora me deem licença que eu preciso ir a biblioteca.
Luna se levantou sem esperar resposta e caminhou, com passos decididos, em direção a saída do salão principal. Neville ainda a olhava bobamente, com os olhos resplendecendo um brilho descomunal, quando a garota lhe deu sorriso antes de se alçar para fora.
*
O tilintar de passos na casa – aparentemente abandonada – era algo agora comum, desde que Karl libertara os comensais de Azkaban eles prontamente concordaram em obedece-lo e participarem de seus planos, entre eles estavam alguns peculiarmente poderosos como: Rodolfo Lestrange, Travers e Antônio Dolohov. Karl sabia que embora poderosos, eles não possuíam o mesmo poder de antigos comensais de seu pai como Belatriz Lestrange, mas tinha confiança que auxiliado pelo poder dos inferius, logo ele conseguira que seus planos fossem concluídos com sucesso.
Jean havia voltado, mesmo que relutando, obedientemente a Hogwarts no seu papel de professor, embora Dumbledore tivesse afirmado que seu livro não estava em Hogwarts, Karl não dava créditos a informação e tinha plena certeza que esse lendário livro estava escondido nas entranhas do colégio. Ademais, Karl também precisava que Jean estivesse atento aos passos de Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley, por mais que não admitisse esses três o causavam certo temor e também não queria cair no mesmo erro de Voldemort de subestimar seus adversários.
Em um grande cômodo reservado de toda a casa, Karl repousava sentado em sua poltrona, observava o crepitar das chamas incandescentes da fogueira enquanto esperava a chegada de Lestrange e Dolohov, os dois haviam recebido a missão de irem disfarçados até o ministério e colocarem sobre o domínio da maldição imperius o atual ministro da magia Kingsley. O quadro de Dumbledore jazia ao lado da fogueira, fazendo com que as chamas se refletissem nele, embora sempre com a mesma expressão calma, o diretor já não conseguia esconder nos olhos o temor que o dominava.
- Como se sente Dumbledore? – Karl perguntou desdenhosamente com os dedos longos perpassando o nariz reto. – Percebendo que toda a paz do mundo magico, pela a qual você tanto lutou, está ruindo novamente?
Dumbledore franziu a testa por um momento, e deixou a pergunta no vaco.
- Presumo que muito mal. Estou correto?
-Por mais que você tente, Karl, jamais conseguira que as trevas dominem totalmente. – Ele respondeu sombriamente. – Em pelo menos uma pessoa sempre repousara a esperança. Harry ajudado por Hermione e Ronald, no passado, conseguiram deter o prepotente Tom Riddle, seu pai, e não me resta dúvidas de que eles conseguirão deter você também.
-Eu receio caríssimo Dumbledore, que você esteja profundamente enganado. – Karl falou girando a varinha entre os dedos, seu tom desdenhoso, apesar de vacilar, continuava forte. – Sabemos muito bem que meu querido pai, só foi derrotado devido a uma infeliz sorte de Harry Potter, mas desta vez eu não serei detido apenas pela sorte de três jovens sem nenhum talento ou poder privilegiado.
- A que se refere com poder “privilegiado”?
-Você sabe que foram apenas poucos bruxos que já tiveram o poder que eu detenho. – O homem respondeu olhando seriamente para o quadro. – Tirando você e Voldemort os outros datam de tempos imemoráveis.
-Você está me dizendo que consegue moldar o seu poder magico? – Dumbledore indagou agora evidentemente preocupado. – Sem o uso de nenhum instrumento canalizador.
-Não é à toa que sempre elogiaram sua perspicácia, Dumbledore.
-Mas isso não é possível, porque...
Mas o “porque” Dumbledore não teve a chance de dizer, pois uma batida ecoou pela sala e logo Dolohov e Lestrange entraram pela porta sustentando nas feições expressões de vitória, se prostraram diante Karl e depois se sentaram em duas cadeiras a frente dele.
-Pela sua feições, posso presumir que a missão foi bem sucedida. – Karl sorriu para os dois.
-Certamente mestre. – Dolohov respondeu energicamente retribuindo o sorriso do seu senhor. - Kingsley Shacklebolt já se encontra sob nosso domínio.
- Perfeito, perfeito. – Karl exclamou. – Recebam minhas felicitações.
-Obrigado mestre. – Lestrange agradeceu animadamente. – Mas temos informações mais satisfatórias ainda, fomos informados pelo próprio ministro que ele se reunira ainda hoje em Hogwarts com Mcgonagall, Weasley, Potter e Granger para definirem os seus próximos passos.
-Mas que ótima informação. – Karl gargalhou olhando de esguelha para o quadro de Dumbledore. – Então quer dizer que o ministério e Hogwarts já estão tomando medidas para protegerem o primordial trio de ouro... Muito interessante.
*
Um antigo ditado diz que “aqueles que tendem ao mal, também tendem a se apaixonarem por outros com igual tendência”. Claire agora sentia esse inquietante ditado torna-se real em si mesma. Durante todo o feriado ela e Draco Malfoy passaram poucas horas com as bocas desgrudadas, um desejo feroz se apoderava de ambos ao se tocarem ou simplesmente se verem, e como um imã eram atraídos um para o outro. De fato era inegável que algo bizarro estava se desenvolvendo entre os dois, justo os dois que até pouco tempo atrás se odiavam e se tratavam por apelidos hostis, Malfoy já mostrara que tinha tendência a desenvolver sentimentos por pessoas que supostamente odiava, – como no caso de Hermione Granger – mas Claire jamais pensou em desenvolver sentimentos por ninguém, não tinha tempo para isso. Mas agora uma atordoante premissa irrefutável vagava por seus pensamentos afirmando e reafirmando a todo instante que ela deseja, desejava muito, Draco Malfoy, talvez mais que qualquer coisa no mundo, exceto é obvio do que sua inadiável vingança. Era estranho para ela ter a profunda necessidade de estar perto de alguém, de sentir alguém, de beijar alguém, mas era simplesmente isso que sentia por Malfoy nesse momento, como se cada instante que passasse longe do garoto não valesse a pena ser vivido.
-Ei gatinha. – Ela sentiu um abraço apertado e logo após alguém tomando-lhe os lábios em um beijo voraz e impaciente. – Senti saudades.
Apenas ao ouvir aquela voz, Claire se deu conta que estava parada no meio do corredor do 7° anda, distraída pelos seus pensamentos, não se dera conta que estava vagando já a algum tempo sem rumo. Ronald Weasley estava a segurando pelos braços, enquanto sugava o cheiro penetrante de seu cabelo. Ela passou alguns minutos sem reação até recobrar totalmente sua consciência.
-Oi meu amor. – Ela disse com a voz rouca. – Também senti muita saudades. Como passou o feriado?
- Ah muito bem, até eu receber aquela revista que você me enviou. – O garoto respondeu com um tom aparentemente ressentido.
-Me perdoe eu não queria lhe causar mal. – Ela lhe afagou os cabelos ruivos. – Eu só queria que você soubesse antes que descobrisse sozinho através de fofocas.
-Eu te entendo meu amor. – Ron disse com um sorriso bobo nos lábios. – Foi bem melhor assim mesmo. Mas... Então...Hum... O que você achou da revista?
-É claro que a maior parte é mentira. - Claire respondeu. – E é obvio que você é sim muito importante e também tem muitos talentos.
-Nada comparado a Harry e Hermione.
-Esse é justamente o problema. – A garota retrucou mordaz. – Eu não quero que você me entenda mal meu amor, mas eu acho que Harry e Hermione não te deixam parecer importante, acho que eles gostam de serem considerados brilhantes e por isso tentam te diminuir o máximo possível.
-Mas é claro que não meu amor. – Ron falou tristemente. – Harry e Hermione não têm culpa do meu fracasso.
-Ron você é muito ingênuo quanto se trata dos seus amigos. Eu tenho que confessar que muito antes de começarmos a namorar eu já te observava e consequentemente a Harry e Hermione também, já que vocês não se desgrudavam. E para mim ficou muito obvio que eles sempre fazem questão de te excluir da resolução de alguns problemas como se você não fosse inteligente demais para os ajuda-los.
-Do que você está falando? – O garoto perguntou atordoado, um semblante de choque se apoderou dele. Seria possível que todos percebiam que ele era inútil para o trio?
-Você sabe ao que estou me referido, Ron.
E de fato ele sabia, vasculhando as lembranças ele podia captar várias memorias em que Harry e Hermione divagavam sobre algumas suspeitas e traçavam algumas linhas de raciocínios, das quais Ron não era capaz de acompanhar. Era inegável também, que comparado a Hermione e Harry, Ron era completamente fraco, uma vez que os amigos sabiam realizar diversos feitiços e azarações que ele jamais sonhara em fazer. Uma sombra de entendimento passou por seus olhos e Claire a captou.
-Compreendeu não foi? – Ela perguntou o abraçando protetoramente. – Meu amor se você quiser ser maior, tem que se afastar deles.
Ron não respondeu, mas em seu interior a batalha entre a vaidade e a amizade acabara de ter fim, tendo como vencedora a vaidade. Ele jamais poderia ser considerado alguém importante se vivesse as sombras de Harry e Hermione, então a única e plausível solução era se afastar deles.
*
-Mais é claro que foi a vaca da Walker que o enviou a revista.
Hermione ouviu Gina murmurar pela centésima vez, ambas estavam ainda no dormitório sem animação para descerem e encararem o salão principal. Gina já dardava a horas culpas sobre Claire Walker, e Hermione apenas se dava ao trabalho de concordar, estava muito ocupada pensando em coisas mais urgentes do que a namorada de Ron, talvez porque na noite passava havia acabado de descobrir que a vida de seus melhores amigos e a sua estavam novamente ameaçadas por um bruxo das travas, bruxo esse que para piorar a situação era herdeiro direto de Voldemort, ademais havia sido incumbido a ela, Ron e Harry por uma nova profecia o dever de derrotar esse maligno bruxo. Cena infelizes passavam por sua cabeça, dando forma a seus medos pensamentos eram criados, pensamentos onde ela, Harry e Ron eram mortos e devorados por inferius, ou seus pais eram sequestrados e torturados.
-É claro por que só pode ser ela sem nen... Hermione você está me ouvindo?
-Que... Hum... Mas é claro que estou, você disse que a Claire é a culpada.
-O que você tem, Mione? – Gina perguntou se levantado de sua cama e indo se sentar ao lado da amiga.
-Não é nada Gina. – Hermione respondeu, mas Gina insistiu com o olhar. – São só algumas preocupações sem importâncias, mas mudando de assunto acho que já podemos dar início ao nosso plano de descobrir quem são os pais da Claire, não acha?
-Sim é verdade. – Gina aceitou mudar de assunto, mas ainda parecia desconfiada. – E então você já sabe como pegaremos o tal livro da natividade?
-Não precisa se preocupar com isso, hoje à noite eu tenho uma reunião na diretoria e eu mesma me encarrego de pega-lo.
-Diretoria? O que você andou aprontando?
-Na verdade é uma reunião comigo, com Harry, Ron, Minerva e o ministro. – Hermione informou displicentemente, tentando não parecer preocupada. - Tem a ver com essas preocupações que eu disse.
-Tem alguma relação com estes recentes acontecimentos? – Gina indagou curiosa. – Você sabe os inferius, os comensais...
-Tem sim, mas eu ainda não posso te contar nada. – Hermione respondeu ficando de pé. – Agora eu preciso ir me encontrar com Harry. Vista-se rápido que agorinha começam as aulas.
*
Hermione desceu lentamente as escadas, tinha como objetivo ir até o salão principal para chamar Harry para uma conversa, mas isso não foi preciso, pois o garoto se encontrava sentado em um canto isolado do salão comunal da Grifinória, que como Hermione supunha estava vazio, pois a maioria dos alunos estavam tomando café a essa hora. Ela andou calmamente a até o canto onde estava Harry, podia ouvir a respiração ofegante do garoto, evidentemente ele assim como ela não dormira bem, pois com certeza estava afundado em pensamentos sobre a tal da profecia.
-Harry? Oi. – Ela o cumprimentou ainda com uma certa distância entre eles.
-Oi meu amor. – Harry retribui, com uma tentativa falha de sorrir. – Como você está?
-Assim como você. – Ela comentou se aproximando e se sentando de frente a ele. – Preocupada e com medo.
-E há alguma coisa que eu poderia fazer para te ajudar? – O garoto indagou, a mão prontamente acariciando os cabelos lanzudos de Hermione.
-Só não me abandone Harry, por favor.
-Jamais. – Ele exclamou e em alguns segundos tomou-lhe os lábios, num doce e suave beijo, com a única intenção de demonstrar um ao outro que sempre estariam ali, não importa o que acontecesse. Harry parou o beijo ao sentir o gosto de lagrima invadindo sua boca. – Ei! não chora princesa.
-Eu quero ser forte, mas só de pensar na remota possibilidade de perder você ou... Ou o Ron, me sinto totalmente quebrada. – Hermione confessou com os olhos conectados aos de Harry.
-Você sabe que não importa o que acontecer eu estarei sempre contigo, não sabe?
-É claro que sei Harry. – Ela concordou acariciando seu rosto. – E eu também sei que nós vamos conseguir sair dessa.
Os dois continuaram mantendo contado visual, confirmando pelo olhar a verdade indubitável de que sempre se amariam e se apoiariam, estavam prestes a se beijar novamente quando o buraco do retrato girou e por ele entraram vários primeiranistas objetivados a se arrumarem para irem para as aulas.
-É melhor você ir vestir o uniforme também, temos aula de poções – Hermione sugeriu a Harry, ela já estava corretamente uniformizada. – Eu lhe espero aqui para irmos juntos.
-Ok. – Harry respondeu estalando um selinho em seus lábios e logo depois subindo em direção aos dormitórios.
Alguns segundos depois Ron passou em frente a Hermione sem nem ao menos olha-la e subiu as escada também. Hermione percebeu no breve instante em que observou as feições do amigo que ele trajava uma expressão que não lhe era própria, uma expressão que assustadoramente a lembrava da de Draco Malfoy nos primeiros anos em Hogwarts, algo como raiva encubada misturada a ambição e egoísmo. O susto foi tão grande que Hermione sentiu as pernas tremerem, era como se eles tivessem perdido Ron.
Harry não tardou muito a voltar, e pelo o que seus olhos diziam, Hermione concluirá que havia reparado na bizarra semelhança entre Ron e Malfoy.
-Você tem razão Mione, a Claire realmente não presta. – Harry comentou decidido fazendo Hermione se espantar.
-Que... Como assim Harry?
-Hoje mais cedo Ron me informou, mesmo que ainda parecesse bravo, que iria se encontrar com a namorada, e logo depois desse encontro ele volta parecendo o...
-...Malfoy. – Hermione concluiu. – Ela definitivamente está fazendo a cabeça dele contra nós e deve ter sido muito fácil, agora que ele está frágil devido aquela matéria.
-E o que iremos fazer?
-Gina e eu já temos um plano. – Hermione informou parecendo animada com a enfim descoberta de Harry, embora estivesse completamente triste pela nova roupagem que Ron aparentemente adotara. – Eu lhe conto no caminho. Vamos!
*
-Hoje nos lançaremos no estudo de uma poção bastante complicada, mas também muito conhecida. – O professores Durans informou assim que toda a sala (composta por alunos da Grifinória e da Sonserina) estava reunida. – Trata-se da porção Veritaserum quem pode me informar... Srta. Granger naturalmente.
-A porção Veritaserum é o mais poderoso Soro da Verdade do mundo. – Hermione respondeu rapidamente. - É uma poção sem cor nem odor –parecida com água- que força quem a toma a dizer a verdade. É uma poção da verdade tão poderosa, que bastam três gotas de sua fórmula cristalina para o indivíduo que a beber revelar seus mais íntimos segredos.
-Ótima resposta como sempre Srta. Granger. – O professor exclamou excitado. – Acho que merece 20 pontos para Grifinória... Essa poção naturalmente é muito complicada de ser feita e após estar pronta leva um ciclo inteiro da lua-cheia para ficar madura e então poder ser usada. Abram na página 287 e podem começar a faze-la, os ingrediente se encontram no armário.
Hermione e Harry se levantaram depressa e foram rumo ao armário acatar os ingredientes, logo atrás deles estava vindo Ron, ainda com aquela mesma bizarra expressão, ele se recusara a se sentar junto aos dois amigos e se recolhera a uma mesa no fundo da sala, sem dar nenhuma explicação a Harry e Hermione.
-Ron... – Hermione o chamou, mas o garoto já voltara correndo para a sua mesa. Hermione suspirou derrotada e acompanhou Harry de volta a sua mesa.
Chegado finalmente o fim da aula, professor Durans passara de mesa em mesa observando as poções, sorriu satisfeito ao ver que a de Hermione estava incolor como deveria ser. Após dar mais 30 pontos para Grifinória - “Pelo brilhante desempenho da Srta. Granger” – Dispensou a turma, mas pediu a Harry e Hermione que esperassem um pouco.
-Sei que não faz parte das minhas funções como professor, mas percebi que o Sr. Weasley e vocês aparentemente andam brigados, estou certo?
-Está sim, professor. – Hermione respondeu desconfiada. – Mas senhor se me permite saber, qual o motivo da curiosidade?
Durans pareceu ter engasgado com as palavras e logo ficou vermelho, mas prontamente se recuperou e respondeu tipicamente a Hermione.
-Apenas curiosidade de docentes, senhorita... Muito bem podem ir, se não vão se atrasar.
Harry e Hermione se arrastaram para fora parecendo desconfiados da estranha pergunta do professor, mas logo esqueceram isso na aula de DCAT onde se aprofundaram bastante no estudo de vampiros (Que por sinal era uma matéria muito complicada). Na aula de transfiguração já iniciavam o processo de transfiguração humana, na qual tinha que mudar a cor do cabelo, Hermione se sairá bem já na 3° tentava o que levara a Professora Copper a afirmar que se ela quisesse conseguiria facilmente se tornar uma animaga, Hermione pareceu animada com a ideia.
*
A noite enfim chegara, e Hermione e Harry já se preparavam para irem se encontrar na diretoria com o ministro, não haviam visto Ron desde o fim das aulas e provavelmente ele estava em algum canto com a namorada. A situação em que se encontravam era bastante complicada, a profecia dizia que só os três poderiam destruir esse bruxo das trevas, mas agora Ron parecia tão aquém do grupo que era de se supor que ele nem iria querer se reunir a eles.
Com esse pensamento Hermione marchou em direção ao salão comunal onde Harry Potter já a esperava para irem juntos a diretoria, Hermione pensou em perguntar ao namorado se ele havia visto Ron, mas o olhar de decepção que ele ostentava já respondia a sua questão.
-E então o que faremos? – Harry perguntou se levantando do sofá em que estava.
-Não sei Harry. – Hermione respondeu pensativa. – Acho que vamos ter que ir sem o Ron. Já estamos encima da hora.
-É suponho que você esteja certa, mas é muito ruim toda essa situação. Ron está brigado conosco e nós nem ao menos sabemos um motivo concreto.
-Eu concordo com você meu amor. – A garota afirmou esticando a mão para Harry. – Mas por enquanto não podemos fazer nada. Vamos logo!
Harry concordou e segurou na mão da namorada que os puxou para o buraco do retrato, mas antes que eles conseguissem alcança-lo completamente ele girou revelando do lado de fora a figura de Ron. O garoto ainda estava do mesmo modo em que estava durante a manhã, só que agora mais de perto Hermione pode perceber que apesar de sustentar uma expressão rígida os olhos de Ron extravasavam uma tristeza sem igual, os lábios estavam vermelhos e inchado e os cabelos bagunçados, o que confirmava a teoria de que ele estava com Claire, na mão repousava um colar.
-Vejo que estão de saída? – Ele perguntou sem se dirigir especificamente a nenhum dos dois.
-É estamos. – Harry concordou asperamente. – Algo que você também devia estar.
-Para que precisam de mim? Com certeza conseguem eliminar qualquer bruxo das trevas facilmente, com tamanho brilhantismo de vocês dois. – Hermione pode reparar que a voz do garoto soava tão fria que nem parecia Ron falando.
-Para de besteira Ron e vem com a gente. – Ela falou tentando não parecer desesperada. – Você sabe que precisamos de você.
-Eu recuso a proposta Mio... Hermione, mas obrigado, você e Harry já podem ir. Quem precisa de um trio de ouro quando se possui uma dupla tão magnifica como vocês dois.
-Ron você é um idiota, está rompendo a nossa amizade por causa de uma ridícula reportagem. – Harry gritou enraivecido.
-Que amizade? Eu sempre fui uma parte sobrando nessa “amizade”. Vocês jamais confiaram plenamente em mim, como quando esconderam por quase um mês o namoro.
-Você está sendo um retardado Ronald Weasley. – Hermione gritou enraivecida. – Tenho plena certeza de que quem enfiou essas caraminholas na sua cabeça foi aquela falsa da Claire Walker.
-Não ouse falar mal da Claire, Hermione. – Ron retrucou apertando a varinha. Hermione se assustou aquele com certeza não era o seu Ron. - Ou eu... Ou eu vou...
-Me enfeitiçar? – Hermione o desafiou tentando parecer o menos assustada possível. – Você sabe que eu posso de deter as mãos amarradas.
-Esse é justamente o ponto. – Ron exclamou afrouxando a varinha. – Hermione Granger e Harry Potter sempre serão maiores que Ronald Weasley.
-Chega Ron! Você está parecendo fora de si, tem ideia do que fez? Pensou em atacar Hermione. – Harry gritou e Ron pareceu ter se intimidado ao ouvi-lo. – Você está doente!
-Talvez esteja Potter. – O outro retrucou recobrando a pose Malfoysiana. Ele atirou para cima de Hermione a corrente que segurava. – Pegue essa porcaria.
Se afastou com passos duros sem olhar para trás. Hermione pegou a corrente que estava jogada no chão, era a corrente de Proteu, aquilo só podia significar que Ron estava rompendo qualquer indicio da amizade dos três. Harry e Hermione se entreolharam exacerbados e nervosos.
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"Você pode me chamar a qualquer momento
Se precisar de algum amor
Eu estarei aqui
Eu estarei aqui
Porque nós sempre seremos um." Family (RBD)
Olá a todos, Pra compensar o atraso capítulo novo já saindo. Minha mente resolveu funcionar rapido então cheia de criatividade eu fiz esse capítulo. Gostei muito do modo que ele ficou e espero que gostem tambem. O que acharam do novo Ronald? E o que acharam da Luna e do Neville, sacaram o segredo que ela contou? Não deixem de comentar.
Naiara Granger Weasley: Ah sim eu estou bem, muito obrigada pela preocupação. Realmente é muito ruim quebrar a perna, mas o bom é que eu estou sendo muito mimada pela familia inteira kkk (Nunca tinha tomado café na cama). Eu tambem achei sem muito detalhes o capitulo anterior, mas esse está bem melhor. Infelizmente o Ron se afastou dos amigos, mas ainda tem muita coisa para acontecer. Bjs!
Stehcec:Obrigada pela preocupação, mas graças a Deus eu já estou bem melhor. Eu entendo é pessimo ficar sem criatividade para escrever, te recomendo escutar musicas isso sempre aumenta a minha kk. Realmente rendeu e vai render muito toda essa historia de revista, e como você bem disse a Claire só vai ajudar a piorar a siuação ("cobra master" confesso que ri muito kkk). Hermione é Hermione né, é sonho de muito ter a inteligencia que ela tem, mas infelizmente isso não é para meros mortais como nós kkkk. Bjs, e não deixe de comentar.
Junior Almeida: Maravilhoso que você tenha gostado do capítulo. Apesar de saberem nos perigos que estão ainda é muito perigoso para o trio e isso vai render altar aventuras. Hermione tambem sempre foi minha persongem preferida, desde que eu li HPPF pela primeira vez. Obriga pelo desejo de melhoras. Não deixe de comentar. Um abraço.
Comentários (3)
E esqueci de comentar, que atitude suspeita essa do professor de poções ein.
2014-08-11Ehh fazia tempo que eu não lia aqui na FeB e por isso tambem não comentava na sua fic, voltei a ler hoje e a sua foi a primeira e continua maravilhos, muito boa mesmo.H/H é tão fofo mais tão fofo que eu me emociono só de ver o nome dos dois juntos kkk. Estou amando tambem o casal N/L eles são muito fofos, mas acho que essa historia da Luna gostar de outro vai acabar os atrapalhando. Claire e Draco eu confesso qu estou amando tambem kkkk.Sinceramente da vontade de espancar o Ron até ele ficar sem pele.Ansiosa pelo proximo capítulo. Beijocas
2014-08-11Que lindo q vc postou hoje!Achei ótimo vc estar com criatividade!Só pelo nome do cap eu já sabia oq viria por ai.O Ron tem hora q me dá raiva, vontade de socar a cara dele, como em HPeCFmas a história ta cada vez melhor, ta cada vez mais pegando fogo e eu estou amando isso.Sobre a Luna, agora fiquei curiosa pra saber quem ela gosta hahahaahahahahestou pensando em mil teorias, a primeira pessoa que eu pensei foi o Ron (será?)Odiei o kingsley ter sido atingido pela maldição imperdoavel! :(mas sei q e pelo bem da historia. Já esperando ansiosamente pelo prox cap.Melhoras de novo! Bj
2014-08-11