Em Três Estará a Fé

Uma áurea de preocupação predominou na casa dos Weasley durante todo o resto do feriado. A notícia da grande fuga de comensais deixou a todos em um estado de completo choque, principalmente a Sra. Weasley, que passara a lançar olhares penosos a Harry, Ron e Hermione a todo momento. Hermione, por sua vez, apesar de todas as preocupações decidiu se afundar nos livros com o argumento de estudar para os N.I.E.M.s, por isso sobrou para Harry e Gina o dever de não se desgrudarem de Ron, impedindo que o garoto soubesse alguma informação sobre a sórdida matéria de Rita Skeeter.

O último dia de feriado amanhecera com um céu, límpido e iluminado, que não condizia com o estado dos moradores e visitantes d’toca. Em seu quarto Hermione ainda observava o teto enquanto sua mente encenava um monólogo por si só. De fato algo terrível estava acontecendo novamente, não havia como negar, primeiro sua casa é invadida por um quartel de inferius, o quadro de Dumbledore desaparece misteriosamente de Hogwarts e por último ocorre uma fuga em massa de comensais da morte da prisão dos bruxos, Azkaban.

Aparentemente Ron e Harry ainda não haviam se dado conta de que algo ruim estava para acontecer, ou talvez os dois só quisessem ignorar isso, mas Hermione tinha outros planos ela queria procurar Minerva Mcgonagall o mais rápido possível em busca de ajuda, não podia ficar parada esperando que a qualquer momento um sucessor de Voldemort levasse seu dois melhores amigos.

-Ron isso não é culpa nossa. – A voz de Harry ecoou pela casa, ele parecia estar irritado. – Não fomos nós que escrevemos essa porcaria.

-Eu sei que não foi Harry. – A voz alta de Ron respondeu em tom furioso. – E nem precisava... Qualquer idiota pode perceber que eu sou um inútil.

-Isso não é verdade.

-Ah não é? – Hermione ouviu Ron gritar ironicamente, nesse momento ela saiu do quarto apressada, correndo escada abaixo. Ron e Harry estavam de frente um para o outro no meio da sala. O ruivo tinha o rosto contraído de fúria e todo encoberto por um vermelho forte e segurava nas mãos uma revista, Harry parecia a ponto de socar o amigo. – Vejamos... Você é o menino-que-sobreviveu, o herói que derrotou Voldemort, o astro cheio de coragem. Hermione é a mente do século, como a Skeeter disse possuiu um inteligência primordial e ainda por cima vocês me derrotam em um duelo com as mãos amarradas.

-Ron! você sabe que não é assim. – Hermione falou correndo para o lado de Harry e segurando o namorado pelos braços. – Você é tão importante quanto Harry e eu.

-Sou é? – O garoto a desafiou. – Pois então me diga algo em que eu sou importante?

-Hum... Você... é...

-Nada eu não sou nada. – Ele esbravejou e em seguida marchou em direção as escadas alguns segundos depois Hermione ouviu um barulho de porta batendo.

-Como ele descobriu? – Hermione perguntou tampando o rosto com as mão. – Onde estão Gina e a Sra. Weasley?

-Eu... Estava aqui na sala e de repente ele entrou gritando e escancarando a revista no meu rosto. – Harry explicou se jogando no sofá. – A Gina e a Sra. Weasley saíram para fazer compras. Eu não sei como ele conseguiu essa revista.

-Bem eu sei. – Hermione falou pensativa se sentando ao lado do namorado. – Foi a Claire.

-Você deveria parar de achar que tudo o que acontece é culpa da Claire.

-E você devia parar de ser cego e começar a enxergar quem a Claire é de verdade.

-Ela não tem culpa do Ron ser um completo babaca de ficar dando importância para matérias da Skeeter. – Harry falou com o rosto avermelhando. – E quando ela me der motivos para desconfianças eu com certeza acreditarei na sua opinião sobre ela, mas por enquanto ele não me deu nenhum.

-Pois então continue acreditando nela, Harry. – Hermione retrucou com raiva se levantando do sofá e lançando um olhar de fúria para o namorado. – Talvez ela seja mais digna de sua confiança do que eu.

A garota fez o caminho de volta para quarto ainda resmungando injurias contra Harry que permaneceu no sofá com a feição impassível.

*

O resto do dia na toca se passou de maneira mais desconfortável ainda. Ron não saiu do quarto em nenhum momento, mesmo sobre os pedidos desesperados da mãe. Hermione não ousava nem olhar Harry, se mantinha o mais afastado dele possível, e quando o garoto tentava chegar perto dela para se desculpar, ela simplesmente se afastava. Gina observava descontente o agir dos amigos, tentando sempre amenizar o clima com alguma piadinha.

Quando o sol enfim foi substituído por uma lua brilhando e resplandecente, Ron saiu do quarto carregando o seu malão, Harry veio logo atrás do amigo e por fim Gina e Hermione desceram juntas.

-Minerva me pediu para mandar vocês via pó de flu. – A Sra. Weasley falou sem tirar os olhos de Ron que mantinha a cabeça abaixada. – Eu não sei o motivo queridos... Mas acho que é só para prevenção, depois desses acontecimentos... Deus sabe como estou cheia de preocupações.

-Vai ficar tudo bem mamãe. – Consolou-a Gina a única na sala que parecia estar com disposição para tal feito.

-Eu espero querida. - A mulher respondeu com os olhos marejados, mas fez força para segurar as lágrimas. -  Bem... Vai na frente Gina.

Molly agarrou o saquinho com o pó que repousava sobre a lareira e entregou um pouquinho a filha, que em um instante, após entrar na lareira, desapareceu em meio a chamas. Harry, Ron e Hermione foram logo em seguida, após receber abraços apertados da senhora e recomendações de não se meterem em encrencas.

Quando Hermione saiu da lareira, se encontrou parada na sala da diretoria. Minerva sentada logo atrás de sua mesa observa os garotos com grande apreensão, os quadros pregados nas paredes olhavam atentamente a cena. Os quatro começaram a se mover em direção a saída.

-Potter, Weasley e Granger. – A professora chamou alto fazendo os quatros se virarem para ela. – Preciso falar com os senhores. Pode seguir seu caminho Srta. Weasley.

-Sim... Obrigada professora. – Gina falou saindo indo em direção a escada em espiral que dava acesso a saída da sala.

-Sentem-se. – A diretora pediu, fazendo com um aceno da varinha que três confortáveis cadeiras aparecessem a frente da mesa. – Os senhores devem estar receosos com os estranhos acontecimentos recentes, seria uma grande felicidade para mim poder dizer que isso não passa de apenas acontecimentos sem importância e aleatórios, mas infelizmente não posso dizer tal coisa.

- O que a senhora quer dizer com isso professora? – Hermione indagou olhando atentamente a mulher à frente.

-A alguns meses atrás, o saldo de profecias verdadeiras da professora Sibila aumentou. – A mulher anunciar suspirando em um claro sinal de desanimo. – Aqui na minha sala ela profetizou o surgimento de um novo senhor das trevas...

Harry, Ron e Hermione trocaram olhares preocupados, mas logo os desviaram ao lembrarem que estavam brigados e voltaram a olhar para a diretora.

-... E também determinou na profecia as únicas pessoas que podem destruí-lo.- Minerva prosseguiu. – E pelo modo que ela falou só podem se vocês três.

-Mas como diretora? – Hermione perguntou a ponto de cair em lágrimas, sentindo um enorme peso despencando sobre suas costas, agora estava efetivamente comprovado os três estavam novamente em perigo.

-Venham comigo. – A professora chamou e os três a seguiram para junto da velha penseira de Dumbledore. Com a varinha estendida para têmpora retirou um fio perolado e depositou na penseira. Com um toque da varinha apareceu no objeto magico, a mesma sala em que estavam. A professora Minerva da penseira olhava atentamente para um professora Sibila parada a porta. Com um sinal da diretora Harry, Hermione e Ron mergulharam a cabeça na penseira e logo puderam ouvir o silvo embaraçado saindo da boca da professora de adivinhação.

“Aquele que descende do mal se erguera, as trevas assumirão o trono novamente e o marcado com o sinal da morte as controlara. Os que já foram serão usados e um exército mortífero será formado para outra vez trazer a morte e a destruição. As trevas reinarão e só aqueles que um dia as detiveram, terão o poder de outra vez deter, em três estará a fé e de três dependera o futuro do mundo. E a morte avizinhara os três e só o poder que um dia venceu os poderá fazer vencer.”

Os três sentiram novamente uma profunda escuridão e um forte puxão e logo estavam de volta na sala da diretoria do tempo atual.

-Esses três... Somos nós? – Harry gaguejou sem perguntar diretamente a ninguém.

-Receio que sim Sr. Potter. – A professora Mcgonagall respondeu voltando a se sentar atrás de sua mesa.

-Quem é esse cara? – Ron indagou olhando exacerbado para professora.

-Infelizmente eu não sei lhe responder isso Sr. Weasley, mas creio que o professor Dumbledore sabia.

-E foi por isso que ele foi levado. – Harry concluiu passando a mão pela testa.

-Esse bruxo é parente de Voldemort? – Hermione perguntou recebendo olhares espantados de Ron e Harry. – Não é isso que diz na profecia “aquele que descende do mal se erguera” Esse “mal” só pode estar se referindo a Voldemort, não é?

-Parabéns Srta. Granger percebo que prestou bastante atenção. – A professora a elogiou, mas sem a típica animação na voz que estava presente quando elogiava a aluna. – Professor Dumbledore antes de ser sequestrado me informou que suspeitava da existência de um possível filho de Voldemort, embora eu suponha que ele tinha certeza da existência desse garoto.

-Mas quem é a mãe? – Ron questionou com o olhar vago.

-Não sabemos.

-Mas é obvio “Os que já foram serão usados”.  – Hermione exclamou pensativa. – Está se referindo aos inferius, não é?

-Eu suponho que sim Srta. Granger. – A professora respondeu parecendo admirada com a capacidade de pensar da garota mesmo em momentos delicados. – Mas o importante agora é preparar vocês para mais esse desafio.

-Droga... Droga. – Gritou Harry de repente, lagrimas se formavam em seus olhos verdes. – Será que nunca teremos paz? Será que sempre vai ser a mesma coisa? Um maníaco louco por ai ameaçando nossas vidas.

Hermione ao ver o estado do namorado, pareceu esquecer da breve discussão horas atrás e correu para abraça-lo, ela sabia que de todos ali presentes ele era o que mais sustentava sequelas emocionais da última guerra. Harry deixou-se abraçar por Hermione e chorou no ombro da garota. Ron observava a cena tristemente e Mcgonagall parecia se controlar para não demonstrar tristeza também.

-Sr. Potter eu sei que é difícil, mas o senhor precisa ter forças... Não pode fraquejar agora. – Ela falou com altivez. – O ministro Kingsley já empregou a todo o esquadrão de aurores a missão de encontrar esse bruxo o mais rápido possível. Para garantir a segurança de vocês as defesas do castelo foram reforçadas, mas eu suponho que como da última vez deixar vocês três trancafiados aqui dentro não vai resolver em nada os problemas... Então eu quero saber se vocês estão dispostos a participarem ativamente da missão para tentar eliminar esse bruxo o mais rápido possível.

-Sim... Sim. – Harry respondeu prontamente e Hermione concordou com a cabeça.

-Sr. Weasley?

-Ah... Claro... Claro que sim.

-Muito bem. – A diretora falou. – Amanhã à noite eu espero os três aqui na sala para uma reunião com o ministro, devemos começar a agir o quanto antes. Devo-lhes informar que vou dar o máximo de mim para tentar que isso não prejudique seus exames. Agora vocês já podem ir se deitar. Boa noite.

Os três se retiraram pensativos. Hermione e Harry continuavam abraçados, pareciam ter esquecido qualquer resquício de raiva, mas Ron prosseguia mantendo uma certa distância dos amigos, embora não demonstrasse raiva. Quando o quadro da mulher gorda girou eles entraram em um salão comunal deserto, e logo após se despedirem silenciosamente, subiram para os quartos, mas nenhum dos três dormiu naquela noite.

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                          "E o medo me tomou sem pedir licença
                            Um vazio então ficou sem sua presença
                            E a água que eu buscava da minha sede eterna
                            Eu não sei bem a razão faltou ao meu coração." Mais além ( Rosa de Saron)                                     
Olá a todos, primeiramenete acho que devo uma explicação pelo meu atraso, recentemente sofri um acidente de moto, junto com meu irmão, e graças a Deus ele teve nenhuma sequela, mas eu tive que ficar internada todo esse tempo, pois quebrei uma perna e tive que fazer cirurgia (enfiaram varios parafursos na minha perna, e isso é muito esquisito kkkk) Mas o bom disso tudo é que eu reli toda a saga HP (Pela 40° vez kkkkk) enquanto estava internada .Esse capítulo já estava pronto a um bom tempo, mas pelos motivos acima citados só pude postar hojer (recebi alta ontem), como é de se imaginar não pude revisar, pos tive que postar depressa, mas espero que gostem.

Stehcec: Eu sei como é estar para baixo e sem criatividade e é realmente muito ruim, mas eu gosto de todos os seus comentários tanto os pequenos como os grandes. Pois é a Claire realmente é uma capetinha kkkk e muito esperta tambem. Tambem sempre imaginei isso do Draco, na verdade diversas vezes eu senti pena do personagem. E ai o que achou da pré-reação do Ron? Essa historia da revista ainda vai render bastante.

Junior Almeida: Seja bem vindo a Fic. Obrigada pelos elogios, acho maravilhoso que a Fic tenha te agradado. É você acertou o Ron realmente reagiu mal, eu basei essa reação dele no personagem original da tia Jo, em todo aquele ciume dele (Alias isso é o que eu mais gosto em HP, os persongens são humanos e não completamente perfeitos como em muitas sagas por ai). Eu tambem amo muito a Claire e ela ainda vai aprontar bastante. Continue lendo!

Naiara Granger Weasley: KKK, é muito bom receber comentarios animados assim como o seu. Eu tenho um problema com essas "cenas picantes", mas estou tentando melhorar kkkk. Como eu escrevi no comentario acima, a essecia do Ron é realmente essa e eu amo isso nele ( embora seja um defeito grave ser tão invejoso e ter tanto ciumes, acho que isso o torna mais humano). Eu peço perdão pelo atraso e espero que não dexe de acompar a Fic, tentarei melhora-la cada vez mais. 

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