A Coruja e o Leão



Saí da sala de Quíron ainda atordoada com a idéia, sério, para mim isso era conhecidencia demais para ser verdade, aquilo tudo era muito estranho – Okay – pensei. – Só tenho duas possibilidades. 1º Eu estou ficando louca. 2º Aquilo tudo era realmente verdade. Eu particularmente escolheria a segunda. Nada contra a primeira, mas é que se eu tivesse doida iria ter muita burocracia, você sabe né? Procurar hospícios, me internar, arcar com os remédios, em fim, a segunda sempre foi meu sonho então... Mas o lado bom? Eu iria dividir o quarto com a Mari, a Annie (Annabeth), a Rose e uma desconhecida. Nada tinha como dar errado certo? ERRADO! Sabe por quê? Assim que eu entrei no salão comunal fui direto ao quarto. Era do tamanho de um loft (todos eram). As camas estavam dispostas em circulo. Cinco camas, cinco cômodas grandes, um banheiro bem grande, e duas mesas de estudo. Assim que eu cheguei, vi um monte de livros didáticos e ao lado deles, na caba debaixo da janela, estava uma garota de cabelos cacheados.


     -Marisa? – Perguntei


     -Eu? – Ela se virou, olhei em volta e a minha cama estava entre a dela e a da Annabeth.


     -Você já viu as meninas que vão dividir quarto com a gente? – Perguntei quebrando o silêncio


     -Não, mas e vo... – ela não teve tempo de acabar de falar porque duas meninas, uma loira, cabelos longos e ondulados, branca de olhos cinzentos que me fazia lembrar a Mari, e outra ruiva de olhos verdes e cabelos também ondulados pela cintura, o resto com algumas sardas. Só pra constar, o ruivo dela era mais vermelho do que o meu, que é alaranjado. Elas entraram bufando e pisando firme e se sentaram nas suas camas que eram uma do lado da outra.


     -Annabeth e Rose? – tentei


     -Como sabe? – Perguntou Rose


     -Deixa pra lá, tudo bem com vocês? – Perguntei pra aliviar a tensão, mas logo percebi que não foi uma boa idéia.


     -Não – Respondeu Annabeth


     -Por? – Perguntou Mari, com o tato de uma colher de chá.


     -Quem são vocês? – Foi a vez de Rose perguntar


     -Marisa Monteauk e Jessica Rodrigues. – Disse Mari – Nós vamos dividir o quarto com vocês. Vão nos contar o que aconteceu ou não?


     -Ela tentou roubar meu namorado – Disse Annie como uma criança mimada apontando para Rose


     -Eu só tava conversando com ele. – defendeu-se Rose


     -MENTIRAS! – Retrucou Annie


     -Annabeth Chase, eu estou perdendo a paciência – Disse Rose procurando manter a calma – não me obrigue a...


     -A o que? Cabeça de tomate – provocou Annie


     -Agora você foi longe demais – Respondemos eu e Rose em coro, afinal, meu cabelo também é vermelho – sua oxigenada – Completou Rose


     -Oxigenada é a vovozinha – Disseram Annie e Mari juntas – Agora você vai ver – completou Annie sacando uma adaga, ao mesmo tempo em que Rose sacava sua varinha.


     -EPA, EPA, EPA. – Disse eu quando vi que já tinham ido longe demais. Por mais espantada e com mais medo que eu estivesse, fui até entre as duas e pus a mão nas mãos que estavam sacando a varinha e a adaga – Garota abaixa isso. – Disse abaixando a mão de Rose e em seguida fazendo o mesmo com Annabeth. – Nada de varinhas ou adagas aqui okay? – Ambas me olharam com espanto, como se eu fosse um fantasma ou algo do tipo.


     -Mas Jass – chamou Mari – isso são uma caneta e um lápis. – disse ela apontando pra a adaga e a varinha respectivamente.


     -Não, são uma adaga e uma varinha.


     -Caneta e lápis.


     -Adaga e varinha.


     -Caneta e lápis.


     -Adaga e varinha.


     -Caneta e lápis.


     -Adaga e varinha.


     -Caneta e lápis.


     -Adaga e varinha.


     -Caneta e lápis.


     -Adaga e varinha.


     -Caneta e lápis.


     -Adaga e varinha.


     - Já chega – gritou Rose impaciente, Annie e ela se entreolharam e então disseram juntas – É ela


     -Quê?- Perguntou Marisa sem entender nada.


     -Jessica, vem com a gente – Disse Annabeth


     -Pra onde? – perguntei


     -Só vem okay? – disse Rose – E você também. – apontou para a Mari. Achamos melhor não contestar e fomos por um caminho até o porão, que mais pareciam masmorras. No meio do caminho Annie se virou para Rose e disse


     -Avise aos outros – E com um aceno de cabeça Rose conjurou um patrono e uma coruja prateada irrompeu da ponta de sua varinha e saiu voando. Mari ainda não tinha demonstrado nenhum sintoma de anormalidade com a sena. – Seu patrono é uma coruja?


     -Sim, o símbolo da sabe...


     -Eu sei que é uma coruja e do que ela é símbolo. Minha mãe é Atena, lembra?


     -Ah, claro – Okay podem trazer a equipe do manicômio. Eu definitivamente estou louca.


Algum tempo se passou e nós chegamos até a “sala principal” das masmorras onde eu pude ver mais sete pessoas que eu estranhamente reconheci como os diretores, Scorpius Malfoy, um menino loiro, branquíssimos e dos olhos cinza(só tem loiro dos olhos cinza por aqui é?) filho de Draco Malfoy e Austória Grengrass. Alvo Severo Potter, um garoto alto, de olhos marrons, pele branca e cabelos negros, filho de Harry Potter e Gina Weasley. Rachel Elisabeth Dare, a oráculo, cabelos cacheados e ruivos (Mais um ruivo?!?) filha dos importantes empresários Senhor e Sra. Dare. E Percy Jackson, menino de olhos verdes, cabelos negros, alto, branco, filho de Posseidon e Sally Jackson. Beleza, agora é oficial. Alguém aí tem o número do manicômio? Pelas cuecas de bolinhas vermelhas de Merlin, eu acho tenho certeza que tô piradinha. Todos se viraram assim que perceberam que tínhamos entrado.


     -Eu não fiz nada! – Berrou a Mari se jogando aos pés dos diretores e começando a chorar. – Eu juro o quarto do Max Hudson não ta assim por minha causa.


     -Srtª Monteauk, do que está falando? – Perguntou a Minerva


     -Nada – Disse Marisa se levantando e recompondo-se


     -Quíron, é ela. – Disse Rose – Ela viu a adaga e a varinha – e apontou pra mim, Marisa murmurou algo como, “boa sorte, mas você ta ferrada” e Quíron veio até mim com sua cadeira de rodas e disse para eu acompanha-lo. Seguimos para uma sala menor que a outra então ele começou.


     -Você já ouviu falar nos deuses do Olimpo da mitologia Grega?


     -Quíron, se é pra você me dizer que deuses e bruxos existem, e que você é um centauro, eu já sei.


     -Isso facilita – Ele respirou fundo – O nosso oráculo fez duas profecias...


     -E foram? – interrompi impaciente (amo interromper e irritar os outros quase tanto quanto o Max.)


“Os que seguram a varinha e os que têm sangue dos dois,


Um representante de cada um regerá junto


O lugar que é seguro e perigoso ao mesmo tempo,


Mortais que lá vivem devem lá permanecer.


Para assim que essa se cumpra, vir a próxima.”


 


Ele recitou a profecia e então falou


     -Os versos foram de fácil decodificação, já havíamos trabalhado com bruxos antes e a profecia era mais como uma ordem expressa. Assim que nós compramos e assumimos a regência da escola veio à outra.


     -Mas como sabiam que não era de Hogwarts que a profecia falava? – Perguntei me sentindo uma boba.


     -Boa pergunta. - Quíron deu um meio sorriso e disse – Na profecia dizia que haveriam mortais no lugar, bruxos, apesar de mortais, não se encaixam nos padrões, mortais para eles são trouxas. O oráculo nos trouxe e disse que esse era o lugar.


     -E qual foi à outra profecia?


“Aquela que tem os olhos limpos descobrirá.


Bruxos e meio-sangues unidos pela profecia.


A briga entre a coruja e o leão revelará o segredo.


A dos olhos limpos ao oráculo será trazida,


 e seu destino será traçado”


 


Assim que Quíron acabou de recitar a segunda profecia, Rachel invade a sala e de repente seus olhos ficam todos verde-brilhante e fumaça verde saia de sua boca e então uma voz rouca que vinha da Rachel falou, adivinha? Um doce pra quem disse a terceira profecia.


“Nove embarcarão na viajem,


Três ainda descrente do que veêm.


A coruja e o tridente,


Os leões e a serpente.


Irão ao norte em busca da passagem,


Reunirão o leão, a bruxa e o centauro,


A batalha final se iniciará ao som da lira;


Inimigos antigos se despertarão com ira.


 


E em seguida ela desmaiou, mas parecia que já era costume, pois o Percy, que recebeu um olhar fulminante de “Eu ainda mato você” da Annabeth, a segurou e a pôs numa cadeira. Quíron virou-se para mim e disse


     -Você, pode não ser uma meio-sangue, mas claramente tem uma missão.


     -Eu aceito a missão, creio que tenha que escolher mais oito pessoas, certo?


     -Sim, mas escute, vocês podem morrer nessa missão.


     -Fale algo que eu já não saiba. – Disse a ele – Seguinte, claramente a coruja e o tridente são filhos de Atena e Posseidon, certo?


     -Sim. – disse ele.


     -Percy, Annabeth, vocês tão dentro, se quiserem, é claro. – Disse apontando para os dois.


     -Claro – Disseram os dois juntos.


     -Ótimo, - eu disse – os leões e a serpente, obviamente são grifinórios e sonserinos. Alvo, Rose e Scorpius, quais são as casas de vocês em Hogwarts?


     -Eu e o Al somos grifinórios e o Malfoy – ela pronunciou Malfoy com nojo na voz – é da sonserina – disse a palavra sonserina com mais nojo ainda.


     -Então, vocês três, se aceitarem é claro.


     -Mas é claro – os três falaram ao mesmo tempo. – Mas sonserinos e grifinórios juntos? – completou Alvo


     -Eu decido isso – eu disse com meu sorriso mais amável. – E três que não acreditam no que vêem? Hm, Quíron, você poderia me fazer um favor?


                                                            *            *         *


Quinze minutos depois, escutei um “corcor, me espera.” E tenho certeza que o Scorpius também escutou porquê eu vi o rosto dele se iluminar de alegria (Calma, o Max não é pra tanto.) e se virar para a passagem de onde saíram Alvo, Corin e Max. Ao avistar Max o rosto do Scorpius entristeceu e vi uma lágrima brotando do seu olho, o que foi disfarçado por um falso-espirro. Depois de tudo explicado ao Max, Corin e Marisa, Max se virou para mim com uma cara meio de espanto.


     -Então, tudo aquilo que você lia era verdade?


     -Sim


     -E agora você ta numa missão?


     -É.


     -Uma missão que pode acabar em morte?


     -Hmrm.


     -E você quer que nós nos arrisquemos por um bando de gente que nem conhecemos em uma missão que pode nos matar? – Me senti um pouco egoísta e pequena diante da pergunta.


     -É. – falei me encolhendo na cadeira.


     -Mas é claro que a gente vai. – Max deu um grito e se levantou da cadeira dele – Nós não iríamos deixar você morrei só. Corin e Marisa concordaram com a cabeça.


     -Então, - Disse Quíron – voltem para os seus dormitórios, amanhã à tarde vocês parte.


E fomos todos para os nossos dormitórios, eu me deitei e demorei pra pegar no sono. Sonhei que estava num deserto, sem comida água ou amigos e acordei num pulo com Annie e Rose discutindo.
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Espero que gostem desse cap. Eu também o amo, mas nenhum se compara ao meu amor ao 6 cap. Vocês  verão, ele é pft. Espero que comentem pois só posto o outro com dois comentários. B-jo 

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