Prologue



A família Weasley estava em massa nos corredores do St. Mungus, prontos para a chegada do mais novo membro da família. Até mesmo Hermione, grávida de 4 meses, andava de um lado para o outro, ansiosa para ouvir o choro de seu afiliado.


Ron rondava a porta do quarto onde sua irmãzinha estava no trabalho de parto, enquanto Harry cumpria seu dever como pai e ficava sentado na cadeira, roendo as unhas e totalmente alheio a bagunça que seu primogênito aprontava com Teddy, enlouquecendo as enfermeiras do hospital.


Na porta ao lado, estava outro homem em companhia de seus sogros, igualmente nervosos e apreensivos, para dar as Boas Vindas à pequena que estava prestes a nascer.


Duas famílias em que os membros não se conheciam entre si. Um era famoso por ter derrotado o maior bruxo das trevas dos últimos tempos e o outro não era ninguém, aos olhos de quem não o conhece direito.


O choro das duas crianças inunda a ala do hospital ao mesmo tempo. Os dois pais levantam suas cabeças, atentos a qualquer sinal que os indicasse que pudessem entrar para conhecer seus filhos.


Nos quartos as mulheres sofrem complicações pós-parto, os enfermeiros recebem a ordem de levar os recém-nascidos para o berçário e voltarem imediatamente para ajudar com o problema.


No momento em que os bebês saem, Harry leva imediatamente a mão à testa, sentindo aquela terrível dor que o atormentava na infância. Ninguém percebe, pois estão preocupados com o que acontece lá dentro. As famílias são proibidas de ir ver as crianças até que elas estejam devidamente prontas para receberem visitas.


Enquanto isso na maternidade, varinhas são manuseadas para que conseguissem conter a hemorragia das mulheres. Era incrível como duas pessoas podiam dar a luz na mesma hora e terem os mesmos problemas pós-parto, apenas tendo os quartos diferentes. O problema é resolvido, os medibruxos conseguem respirar aliviados e dão a notícia boa as pessoas desesperadas ao lado de fora.


Algumas horas depois, após várias visitas aleatórias e de verem as suas esposas, os pais se encontravam admirando suas crias. Eles não haviam trocado um olhar, uma única palavra até agora.


- Lindos não são? – Harry indagou babão, parecendo um pai de primeira viagem que ele não era. O outro sorriu e afirmou com a cabeça, sem nem ao menos maneá-la para um contato visual. – É o meu segundo. Às vezes espero que ele não me dê tanta dor de cabeça como o primogênito e às vezes só peço para que ele seja tão espoleta quanto.


- Tudo que espero da minha é que não carregue o peso de ser minha filha. Pobre seria ela se isso acontecesse. – Potter parou de admirar seu pequeno por alguns segundos para ver a garotinha ao lado do mesmo. Uma bebezinha gorducha e careca, vestida num macacão roxo e rodeada por cobertas amarelas.


- Por que diz isso com tanto pesar?


- É apenas uma coisa que levo comigo. – seu tom suplicava para que Harry esquecesse o que ele havia dito, algumas lágrimas, tinha em seus olhos, mas elas não escorriam, apenas pairavam por lá, enquanto o homem com sorriso bobo olhava para a filha. – Quero que ela cresça e vire alguém que desabará com as estatísticas e as criticas de pessoas que virão, a saber, da sua história.


- Por que já criar expectativas de um bebê, homem? Não deseje um crescimento precoce de uma garotinha, se arrependerá muito depois. – o conselho não veio como um insulto ao modo de pensamento do homem, mas sim como uma lembrança da infância que Harry teve. Tudo que ele queria era ter brincado e ter sido amado, mas ele não teve isso e por esse motivo deseja tudo de bom as suas crianças.


- Pelo contrário. Eu não quero que ela cresça, tudo que mais queria era que ela ficasse nos meus braços para sempre. Sendo protegida por mim. Mas isso não irá acontecer, já está traçado e quando o destino escolhe uma coisa, é bem difícil de mudar ele. Deveria saber isso melhor que ninguém Harry Potter. – Harry o olhou assustado e rapidamente, como costume, levou a mão até a testa, que ainda doía. O homem lhe deu um sorriso de compaixão e voltou a olhar através do vidro – Cicatrizes são difíceis de apagar e muito menos fáceis de esquecer.


- Quando a viu?


- No momento em que nossos bebês saíram dos quartos, você pôs a mão na testa. – o homem disse como se aquilo explicasse algo. Sua atenção continuava nas crianças e o sorriso também. – E eu sei que ela doeu, e também sei o porquê.


- Você sabe? Como...


- Senhor Charlie sua esposa está pedindo para ir vê-la. – uma mulher chegou interrompendo Harry e o homem ao seu lado, do qual o nome parecia ser Charlie, lhe assentiu, virou-se para o próprio e despediu-se.


- Posso levar minha filha? – perguntou quando já se encontrava na dobra do corredor.


- Pode deixar que eu a levo. – a mulher falou e se dirigiu ao berçário enquanto Charlie seguia seu caminho.


Harry deu uma última olhada na criança e se pegou pensando no que o homem lhe falara. Como ele podia saber que a cicatriz havia doído? E como ele podia ter tanta certeza do futuro que aguardava a filha? Legilimência explicaria a primeira pergunta e profecia explicaria a segunda. Mas algo em Harry dizia que não era a explicação e que a história era mais confusa do que tudo o que o homem lhe falara.


Tentou deixar para lá e voltou a admirar o pequeno Albus Severus, gorduchinho assim como a pequena, mas com um macacão vermelho com detalhes dourados, e emaranhado nas cobertas amarelas. Durante 11 anos aquela criança viveria em paz, mas a paz não dura para sempre. Ainda mais para aqueles que tentam tão fortemente se livrar dela. 


Notas: Bom gente, essa história eu já havia postado aqui uma vez, contudo ela estava um cocô e por isso resolvi reescrever ela. Eu espero que vocês gostem, e um aviso, ela está postada no Nyah! Fanfiction também e caso tenham conta por lá, aqui o endereço " http://fanfiction.com.br/historia/437805/Riddle_Legacy_-_Lost_Stone " Espero que tenham gostado. E também espero por comentários :D 

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