O Dia das Bruxas/Quadribol
Pov James Sirius Potter
Eu posso não gostar muito de ler, mas esse livro era o máximo, um livro que conta as aventuras dos meus pais junto dos meus tios, emocionante:
–Posso ler?- pergunto animado.
–Você está com febre James?- Pergunta Rose.
–Ei tem outro James aqui então se você quiser chamar pelo primeiro e pelo segundo nome todo mundo agradece- Falou meu avô ( que estranho).
–Não, eu não estou com febre e pode passar o livro.
–Tá legal.
Pego o livro e começo a ler depressa, não tanto a ponto de ninguém entender.
–Capítulo 10
O Dia das Bruxas
Draco não conseguia acreditar em seus olhos quando viu que Harry e Rony continuavam em Hogwarts no dia seguinte, parecendo cansados, mas absolutamente felizes. De fato, na manhã seguinte Harry e Rony começaram a achar que o encontro com o cachorro de três cabeças fora uma excelente aventura e estavam prontos para outra. Entrementes Harry contou a Rony sobre o pacotinho que parecia ter sido levado de Gringotes para Hogwarts, e passaram muito tempo pensando no que poderia precisar de tanta proteção.
–Por isso que vocês se metem em tanta confusão, ficam indo atrás de coisas que não são da conta de vocês- Falou McGonagall.
— Ou é uma coisa realmente valiosa ou realmente perigosa — falou Rony.
— Ou as duas — acrescentou Harry.
Mas como só o que sabiam com certeza sobre o misterioso objeto era que media uns cinco centímetros de comprimento, não tinham muita possibilidade de adivinhar o seu conteúdo sem outras pistas.
Nem Neville nem Hermione mostraram o menor interesse pelo que estava sob os pés do cachorro e do alçapão. Neville só estava interessado em quando iria chegar perto do cachorro outra vez.
Hermione agora se recusava a falar com Harry e Rony, mas era uma menina tão mandona e metida a saber de tudo que eles encararam sua atitude como um prêmio. Agora só o que realmente queriam era descobrir um jeito de se vingar do Draco, e para sua grande satisfação, a oportunidade chegou pelo correio mais ou menos uma semana depois.
Quando as corujas invadiram o salão como de costume, a atenção de todos foi atraída por um longo pacote carregado por seis corujonas. Harry sentiu tanta curiosidade quanto os outros para ver o que havia no pacote e se surpreendeu quando as corujas desceram planando e o largaram bem diante dele, derrubando o seu bacon no chão.
Mal tinham se afastado quando outra coruja deixou cair uma carta em cima do pacote.
Harry abriu a carta primeiro, o que foi uma sorte, porque ela dizia:
―NÃO ABRA O PACOTE À MESA.
Ele contem a sua nova Nimbus 2000, mas não quero que todo o mundo saiba que você ganhou uma vassoura ou todos vão querer uma.
Olívio Wood vai esperá-lo hoje à noite às sete horas no campo de Quadribol para a sua primeira sessão de treinamento.
Professora Minerva McGonagall.
Harry teve dificuldade em esconder a alegria quando passou o bilhete para Rony ler.
–Muito obrigada professora, acho que nunca tive a oportunidade de agradecer- Falou Harry.
— Uma Nimbus 2000! — Rony gemeu de inveja. — Eu nunca nem pus a mão em uma.
Os dois saíram depressa do salão, querendo desembrulhar a vassoura sozinhos antes da primeira aula, mas no meio do saguão de entrada encontraram o caminho barrado por Crabbe e Goyle.
Draco tirou o pacote de Harry e apalpou-o.
— É uma vassoura — falou, atirando-o de volta a Harry com uma expressão de inveja e despeito no rosto. — Você vai se ferrar desta vez, Potter, alunos do primeiro ano não podem ter vassouras.
Rony não conseguiu resistir.
— Não é uma vassoura velha qualquer, é uma Nimbus 2000. Que foi que você disse que tem em casa, Draco, uma Comet 260? — Rony riu para Harry — A Comet enche os olhos, mas não tem a mesma classe da Nimbus.
— Que é que você entende disso Weasley? Você não poderia comprar nem a metade do cabo. Vai ver você e seus irmãos têm que economizar para comprar palha por palha.
Antes que Rony pudesse responder, o professor Flitwick apareceu ao lado de Draco.
— Não estão brigando, meninos, espero — falou com voz esganiçada.
— Potter recebeu uma vassoura, professor — disse Draco, depressa.
— Eu sei — respondeu o professor Flitwick, abrindo um grande sorriso para Harry. – A Professora Minerva me falou das circunstâncias especiais, Potter. E qual é o modelo?
Todos riram do garoto menos Draco que estava um pouco emburrado, Severo que eu nunca vi mostrar um sorriso que não fosse de dedem e Minerva que só as vezes dava pequenos risinhos discretos.
— Uma Nimbus 2000, professor — informou Harry, lutando para não rir da expressão horrorizada no rosto de Draco. — E, para falar a verdade, foi graças ao Draco aqui que ganhei a vassoura — acrescentou.
Harry e Rony subiram as escadas sufocando o riso diante da raiva e confusões visíveis de Draco.
— É verdade — disse Harry, caindo na gargalhada, quando chegaram ao alto da escadaria de mármore. — Se ele não tivesse roubado o Lembrol do Neville eu não estaria no time.
— Então suponho que você ache que ganhou um prêmio por desobedecer ao regulamento? — Ouviu-se uma voz zangada logo atrás deles. Hermione subia com passos decididos a escadaria, olhando com desaprovação para o pacote nas mãos de Harry.
— Pensei que você não estava falando com a gente — comentou Harry.
— E, continue a não falar — falou Rony — está fazendo tanto bem a gente.
Hermione se afastou com o nariz empinado.
Harry teve muita dificuldade em se concentrar nas aulas daquele dia. Seus pensamentos não paravam de vagar até o dormitório onde guardara a vassoura debaixo da cama, ou de se desviarem para o campo de Quadribol onde iria aprender a jogar. Jantou depressa à noite, sem ao menos reparar no que estava comendo e, em seguida, correu até o quarto com Rony para finalmente desembrulhar a Nimbus 2000.
— Uau! — suspirou Rony, quando a vassoura apareceu na cama de Harry.
Até Harry, que não entendia nada de vassouras e suas diferenças, achou que a Nimhus tinha uma aparência fantástica.
Aerodinâmica e reluzente com um cabo de mogno, a vassoura tinha uma longa cauda de palhas limpas e retas e a marca Nimbus 2000 escrita a ouro próximo ao punho.
Quando eram quase sete horas, Harry saiu do castelo e se dirigiu ao campo de Quadribol no lusco-fusco. Nunca estivera no estádio antes. Havia centenas de lugares em uma arquibancada em volta do campo de modo que os espectadores viam o que acontecia do alto. Em cada ponta do campo havia três balizas douradas com aros no topo lembraram a Harry os canudinhos de plástico que as crianças trouxas usavam para soprar bolinhas de sabão, só que tinham mais de 15 metros de altura.
Ansioso demais para esperar Olívio sem voar, Harry montou a vassoura e deu um impulso. Que sensação, ele mergulhou pelas balizas, subiu e desceu pelo campo. A Nimbus 2000 ia aonde ele queria ao menor toque.
–Isso que é vassoura, não que as da nossa época sejam ruins é só que me parece incrível- Falou o outro James.
— Ei, Potter, desça!
Olívio Wood chegara. Carregava uma grande caixa de madeira debaixo do braço. Harry pousou ao lado dele.
— Muito bom — comentou Olivio, os olhos brilhando. — Estou vendo o que foi que Minerva quis dizer... Você realmente tem um talento natural. Hoje à noite só vou lhe ensinar as regras do jogo, depois você vem aos treinos do time três vezes por semana.
Ele abriu a caixa. Dentro havia quatro bolas de tamanhos diferentes.
— Certo — disse Olívio. — O Quadribol é muito fácil de entender, mesmo que não seja fácil de jogar. Tem sete jogadores de cada lado. Três deles são artilheiros.
— Três artilheiros — Harry repetiu, enquanto Olívio apanhava uma bola muito vermelha do tamanho aproximado de uma bola de futebol.
— Esta bola se chama goles — explicou Olívio. — Os artilheiros atiram a goles um para o outro e tentam metê-la em um dos aros para marcar um gol. Dez pontos todas as vezes que a goles passa por um dos arcos. Está me acompanhando?
— Os artilheiros atiram a goles pelos aros para marcar pontos — repetiu Harry — Então é como um basquete com seis cestas e vassouras, não é?
— O que é basquete? — perguntou Olívio curioso.
— Deixa pra lá — disse Harry na mesma hora.
— Agora, tem outro jogador, um para cada lado, que é chamado goleiro. Eu sou o goleiro de Grifinória. Tenho que voar em volta dos aros para impedir que o outro time marque pontos.
— Três artilheiros, um goleiro — disse Harry, que estava decidido a decorar tudo — E jogam uma goles, OK entendi. E essas para que servem? — Apontou para as três bolas restantes na caixa.
— Vou lhe mostrar agora. Segure aqui.
Ele entregou um pequeno bastão a Harry, meio parecido com um bastão de beisebol.
— Vou lhe mostrar o que os balaços fazem. Essas duas aqui são os balaços.
E mostrou a Harry duas bolas iguais, pretas e ligeiramente menores do que a goles vermelha. Harry reparou que elas pareciam estar fazendo força para se livrar das correntes que as prendiam na caixa.
— Fique longe — Olívio preveniu Harry. Ele se curvou e soltou um dos balaços.
Na mesma hora, a bola preta saiu voando e em seguida desceu direto contra o rosto de Harry. Harry golpeou-a como bastão para impedi-la de quebrar o seu nariz e mandou-a ziguezagueando para longe, ela passou veloz pelas cabeças deles e, em seguida, atirou-se contra Olívio, que mergulhou sobre ela e conseguiu imobilizá-la no chão.
— Está vendo? — Olívio ofegou, forçando o balaço indócil de volta à caixa e passando a correia para prendê-lo. — Os balaços voam pelo ar tentando derrubar os jogadores das vassouras. E por isso que tem dois batedores em cada time. Os gêmeos Weasley são os nossos. A função deles é proteger o time dos balaços e tentar rebatê-los para o outro time. Então, acha que guardou tudo?
— Três artilheiros tentam marcar pontos com a goles o goleiro guarda as balizas os batedores afastam os balaços do seu time — Harry repetiu
–Nossa você parecia um gravador- Falou Rose brincando e eu completei.
como um gravador.
— Muito bem.
— Hum... Os balaços já mataram alguém? — perguntou Harry, esperando parecer displicente.
— Nunca em Hogwarts. Já tivemos uns queixos quebrados, mas nada mais serio. Agora, o último membro da equipe é o apanhador: você. E você não tem que se preocupar com a goles nem com os balaços.
— A não ser que rachem a minha cabeça.
— Não se preocupe, os Weasley são uma parada para os balaços, quero dizer, eles parecem uns balaços humanos.
Todos riram.
Olívio meteu a mão no caixote e tirou a quarta e última bola.
Comparada com a goles e os balaços, era pequenininha, mais ou menos do tamanho de uma noz. Era de ouro polido e tinha asinhas de prata que se agitavam.
— Este é o pomo de ouro, e é a bola mais importante de todas. É muito difícil de se apanhar porque é veloz e pouco visível. A função dos apanhadores é agarrá-la. Eles têm que se meter entre os artilheiros, batedores, balaços e a goles para agarrá-lo antes do apanhador do time contrário, porque o apanhador que agarra o pomo ganha para o seu time mais cento e cinqüenta pontos, o que praticamente lhe dá a vitória. É por isso que os apanhadores levam tantas faltas. Um jogo de Quadribol só termina quando o pomo é apanhado, o que pode demorar uma eternidade. Acho que o recorde é três meses e precisaram arranjar substitutos para os jogadores poderem dormir um pouco — explicou Olívio — É isso aí alguma pergunta?
Harry sacudiu a cabeça. Compreendeu muito bem o que tinha de fazer. Fazer é que ia ser o problema.
— Não vamos praticar com o pomo — disse Olívio, guardando-o cuidadosamente de volta na caixa. — Está escuro demais e poderíamos perdê-lo. Vamos experimentar com outras bolas.
E tirou do bolso um saco de bolas comuns de golfe e alguns minutos depois ele e Harry estavam no ar, Olívio atirando as bolas com toda a força para todos os lados e Harry apanhando-as.
Harry não perdeu nenhuma,
–E você esperava o que do meu afilhado?- Perguntou Sirius.
–Como você sabe que é meu padrinho?- Perguntou o Harry.
E Sirius começou a comemorar- Não falei que eu seria o padrinho, não falei- E dava altas gargalhadas que mais pareciam latidos.
–Posso continuar agora?- Perguntei.
–Mas é claro- Falou ele ainda com um sorriso gigante.
e Olívio ficou encantado. Passou-se meia hora, a noite chegou e eles não puderam continuar.
— Aquela taça de Quadribol terá o nosso nome este ano — disse Olívio feliz quando voltavam cansados ao castelo. — Eu não me espantaria se você se saísse melhor que Carlinhos, e ele poderia ter jogado na seleção da Inglaterra se não tivesse ido embora caçar dragões.
Talvez fosse porque agora andava muito ocupado com o treino de Quadribol três noites por semana além dos deveres de casa, mas Harry nem acreditou quando se deu conta de que já estava em Hogwarts havia dois meses. O castelo parecia mais sua casa do que a casa da tia na Rua dos Alfeneiros. As aulas, também, estavam se tornando cada dia mais interessantes, agora que dominara os conhecimentos básicos.
Na manhã do Dia das Bruxas eles acordaram com um delicioso cheiro de abóbora assada que se espalhava pelos corredores. E, o que era ainda melhor, o Professor Flitwick anunciou na aula de Feitiços que, em sua opinião, os alunos estavam prontos para começar a fazer objetos voarem, uma coisa que andavam morrendo de vontade de experimentar desde que viram o professor fazer o sapo de Neville sair voando pela sala. O Professor Flitwick dividiu a turma em pares para praticar O parceiro de Harry foi Simas Finnigan (um alívio, porque Neville tinha tentado atrair sua atenção). Mas Rony teria que trabalhar com Hermione Granger. Era difícil dizer se era Rony ou Hermione que estava mais aborrecido com isso. Ela não falava com nenhum dos dois desde o dia em que a vassoura de Harry chegara.
— Agora, não se esqueçam daquele movimento com o pulso que praticamos! — falou esganiçado o Professor Flitwick, como sempre empoleirado no alto da pilha de livros. — Gira e sacode, lembrem-se, gira e sacode. E digam as palavras mágicas corretamente, é muito importante, também, lembrem-se do bruxo Barrufo, que disse "s" em vez de "f" e quando viu estava no chão com um búfalo em cima do peito.
Era muito difícil. Harry e Simas giraram e sacudiram o pulso, mas a pena que deviam mandar para o alto continuava parada em cima da mesa. Simas ficou tão impaciente que a empurrou com a varinha e tocou fogo nela. Harry teve que apagar o fogo com o chapéu.
Rony na mesa ao lado, não estava tendo muita sorte.
–Vingardium lenviosa — ordenou, sacudindo os braços compridos como pás de moinho.
— Você está dizendo o feitiço errado — Harry ouviu Hermione corrigir aborrecida. — É ving-gar-dium levi-o-sa é bem pronunciado e longo.
–Vai lá sabe tudo- Falou Sirius.
— Diz você então, que é tão sabichona — retrucou Rony.
Hermione enrolou as mangas das vestes, bateu a varinha e disse:
— Vingardium leviosa.
A pena se ergueu da mesa e pairou a mais de um metro acima da cabeça deles.
— Ah, muito bem! — exclamou o professor Flitwich, batendo palmas. — Pessoal, olhe aqui, a Hermione Granger conseguiu!
Rony estava de muito mau humor na altura em que a aula terminou.
— Não admira que ninguém suporte ela — disse a Harry quando procuravam chegar ao corredor. — Francamente, ela é um pesadelo.
Alguém deu um esbarrão em Harry ao passar. Era Hermione.
Harry viu seu rosto de relance e ficou assustado ao ver que ela estava chorando.
–Eu não acredito que você fez a garota chorar- Falou Lily E.
–Foi sem querer- Ele falou corando.
— Acho que ela ouviu o que você disse.
— E dai! — mas pareceu meio sem graça. — Ela já deve ter reparado que não tem amigos.
Hermione não apareceu na aula seguinte e ninguém a viu a tarde inteira.
Ao descerem ao salão principal para a festa das bruxas, Harry e Rony ouviram Parvati contar à amiga Lilá que Hermione estava chorando no banheiro das meninas e queria que a deixassem em paz. Rony ficou ainda mais sem graça ao ouvir isso, mas no momento seguinte entraram no salão principal, onde as decorações do Dia das Bruxas tiraram Hermione de suas cabeças.
Mil morcegos vivos esvoaçavam nas paredes e no teto e outros mil mergulhavam sobre as mesas em nuvens negras e baixas, fazendo dançarem as velas dentro das abóboras. A comida apareceu de repente nos pratos de ouro, como acontecera no banquete de abertura das aulas.
Harry estava se servindo de uma batata assada em casca quando o Professor Quirrell entrou correndo no salão, o turbante torto na cabeça e o terror estampado no rosto. Todos olharam quando ele se aproximou da cadeira de Dumbledore, escorou-se na mesa e ofegou.
— Trasgo.. Nas masmorras... Achei que devia lhe dizer. — Em seguida desabou no chão desmaiado. Houve um alvoroço. Foi preciso explodirem várias bombinhas da ponta da varinha do Professor Dumbledore para as pessoas fazerem silêncio.
–Merlin como que um trasgo entrou no castelo?- Perguntou Lily E. horrorizada e todos pareciam se perguntar a mesma coisa.
— Monitores — disse ele com voz grave e retumbante —, levem os alunos de suas casas de volta aos dormitórios, imediatamente!
Era com Percy mesmo.
— Me acompanhem! Fiquem juntos, alunos do primeiro ano! Não precisam ter medo do trasgo se seguirem as minhas ordens! Agora fiquem bem atrás de mim. Abram caminho para os alunos do primeiro ano passarem! Com licença, sou o monitor!
— Como é que um trasgo pode entrar? — perguntou Harry enquanto subiam a escadaria.
— Não me pergunte, dizem que eles são bem burros — respondeu Rony — Vai ver o Pirraça deixou ele entrar para pregar uma peça no Dia das Bruxas.
Eles passaram por diferentes grupos de pessoas que se apressavam em diferentes direções. Enquanto lutavam para passar por um bolinho de alunos de Lufa-Lufa, Harry de repente agarrou o braço de Rony.
— Acabei de me lembrar da Hermione.
— O que tem ela?
— Ela não sabe que tem um trasgo aqui.
Rony mordeu o lábio.
— Ah, está bem — falou ríspido. — Mas é melhor Percy não ver a gente.
–Não acredito que vocês fizeram isso- Falou Lily E.
–Veja pelo lado bom nós fomos para fazer algo bom- Se defendeu Ron e ela pareceu considerar a resposta.
Abaixando-se, eles se misturaram aos alunos da Lufa-Lufa que iam à direção contrária, escapuliram por um lado deserto do corredor e correram para os banheiros das meninas. Tinham acabado de virar um canto quando ouviram passos apressados atrás deles. — Percy! — sibilou Rony, puxando Harry para trás de um enorme grifo de pedra.
Espiando para os lados, no entanto, viram não Percy, mas Snape. Ele atravessou o corredor e desapareceu de vista.
Todos olharam intrigados para Snape que deu de ombros afinal nós queríamos o que? Ele é do passado, não que vai fazer no futuro.
— Que é que ele está fazendo? — cochichou Harry, — Por que não está lá embaixo com os outros professores?
— Não me pergunte.
O mais silenciosamente possível, eles se esgueiraram pelo próximo corredor nas pegadas de Snape.
— Ele está indo para o terceiro andar — disse Harry, mas Rony levantou a mão.
— Você está sentindo um cheiro?
Harry fungou e um fedor horrível invadiu suas narinas, uma mistura de meias velhas e banheiro público que parece que nunca é limpo.
E em seguida ouviram um grunhido baixo e passadas de pés gigantescos. Rony apontou no fim do corredor, à esquerda, alguma coisa enorme estava vindo em sentido contrário. Eles se encolheram no escuro e procuraram ver o que era quando a coisa passou por um trecho iluminado pelo luar.
Era uma visão medonha. Quase quatro metros de altura, a pele cinzenta e baça, o corpanzil cheio de calombos como um pedregulho e uma cabecinha no alto, que mais parecia um coco.
Tinha pernas curtas, grossas como um tronco de árvore e pés chatos e calosos. Segurava um enorme bastão de madeira, que arrastava pelo chão, porque seus braços eram compridíssimos.
O trasgo parou próximo a uma porta e espiou para dentro.
Abanou as longas orelhas, tentando fazer a cabeça minúscula pensar, depois entrou devagar na sala.
— A chave está na porta — murmurou Harry — Podíamos trancá-lo lá dentro.
— Boa ideia — concordou Rony, nervoso.
Eles se esgueiraram até a porta aberta, as bocas secas, rezando para o trasgo não resolver sair naquele instante. Com um grande salto, Harry conseguiu agarrar a chave, bater a porta e trancá-la seguramente.
— Pronto!
Afogueados com a vitória, começaram a correr de volta pelo corredor, mas ao chegarem num canto ouviram uma coisa que fez seus corações pararem, um grito alto e enregelante, e vinha da sala que tinham acabado de trancar.
— Ah, não — exclamou Rony, pálido como o barão Sangrento.
— Vêm do banheiro das meninas.
— Hermione!— disseram os dois juntos.
Era a última coisa que queriam fazer, mas que escolha tinham?
Dando meia-volta, correram até a porta e giraram a chave, atrapalhados de tanto pânico. Harry escancarou aporta e entraram correndo.
Hermione estava encolhida contra a parede oposta, parecendo prestes a desmaiar. O trasgo avançava para ela, derrubando as pias que estavam na parede em seu caminho.
— Distraia ele!— Harry pediu desesperado a Rony, e, agarrando uma torneira, atirou-a com toda a força contra a parede.
O trasgo parou a um metro de Hermione. Virou-se com lentidão, piscando sem entender, procurou ver que barulho era aquele. Seus olhinhos malvados viram Harry. Ele hesitou, em seguida partiu para cima de Harry, erguendo o bastão.
Todas as mulheres presentes no local menos Minerva e a Tia Mione deram uns gritinhos agudos que dá dor no ouvido.
— Oi cabeça de ervilha! — berrou Rony do outro lado do banheiro, e atirou contra ele um cano de metal. O trasgo nem pareceu sentir o cano bater no seu ombro, mas ouviu o berro e parou outra vez, virando o focinho feio para Rony, e dando a Harry tempo para correr em volta dele.
— Vamos, corra, corra! — Harry gritou para Hermione, tentando puxá-la na direção da porta, mas ela não conseguia se mexer continuava achatada contra a parede, a boca aberta de terror.
Os gritos e os ecos pareciam estar deixando o trasgo enlouquecido. Ele rugiu de novo e avançou para Rony que estava mais perto e não tinha jeito de escapar.
Harry então fez uma coisa que era ao mesmo tempo muito corajosa e muito idiota tomou impulso e deu um salto conseguindo abraçar o pescoço do trasgo pelas costas. O trasgo não sentiu Harry pendurar-se ali, mas até um trasgo percebe quando se espeta um pedaço comprido de pau dentro da narina, e a varinha de Harry ainda estava na mão quando ele saltou e entrou direto na narina do trasgo.
–Com certeza muito idiota- Falou Draco.
Urrando de dor, o trasgo se virou e brandiu o bastão, enquanto Harry continuava agarrado nele tentando escapar da morte, a qualquer instante, o trasgo ia arrancá-lo do pescoço ou dar-lhe uma tremenda porretada.
Hermione afundara no chão de tanto medo, Rony puxou a própria varinha sem saber o que ia fazer, ouviu-se gritando o primeiro feitiço que e veio a cabeça: Vingardium leviosa!
Na mesma hora o bastão voou da mão do trasgo, ergueu-se no ar, foi subindo, subindo, virou-se lentamente e caiu, com um barulho feio, na cabeça do seu dono. O trasgo cambaleou e, em seguida, caiu de cara no chão, com um baque que fez o banheiro todo sacudir.
–Vocês tiveram muita mais muita sorte- Falou Rose horrorizada e Lily E. concordou.
Harry se levantou. Tremia sem fôlego. Rony continuava parado com a varinha no ar, espantado como que fizera.
Foi Hermione quem falou primeiro.
— Ele está... Morto?
— Acho que não — respondeu Harry. — Acho que só perdeu os sentidos.
Ele se abaixou e puxou a varinha da narina do trasgo. Estava suja de uma coisa que parecia uma cola grumosa.
— Eca... Meleca de trasgo.
–Eca-Todos concordaram.
E limpou a varinha nas calças do trasgo.
De repente o barulho de portas batendo e passos pesados fizeram os três erguerem a cabeça. Não haviam percebido a confusão que tinham aprontado, mas com certeza alguém lá embaixo ouvira a pancadaria e os urros do trasgo. Um instante depois a Professora Minerva adentrou o banheiro, seguida de perto por Filch e Quirrell, que fechava a fila. Quirrell deu uma espiada no trasgo, soltou um gemidinho e sentou-se depressa em um vaso sanitário, apertando o peito.
Filch debruçou-se sobre o trasgo. A Professora Minerva ficou olhando para Rony e Harry. Harry nunca a vira tão zangada. Seus lábios estavam brancos. A esperança de ganhar cinqüenta pontos para Grifinória desapareceu logo da cabeça de Harry.
— O que é que vocês estavam pensando? — perguntou a Professora Minerva, com uma fúria reprimida na voz, Harry olhou para Rony, que continuava parado com a varinha no ar. — Vocês tiveram sorte de não serem mortos. Por que é que não estão no dormitório?
Filch lançou a Harry um olhar rápido e penetrante. Harry olhou para o chão.
Desejou que Rony baixasse a varinha. Então se ouviu uma vozinha que veio das sombras.
— Por favor, Professora, Minerva, eles vieram me procurar.
— Senhorita Granger!
Hermione conseguira finalmente se levantar.
— Sai procurando o trasgo porque achei que podia enfrentá-lo sozinha. Sabe, já li tudo sobre trasgos.
Rony deixou a varinha cair. Hermione Granger, contando uma mentira deslavada a um professor?
Todos estavam com cara de espanto e Minerva fez uma cara que dizia:
–Eu sabia que você estava mentindo- E logo depois ouvimos a voz dela falando.
–Eu tinha certeza que vocês mentiam.
É eu sou ótimo em ler as expressões das pessoas, principalmente da Professora Minerva.
— Se eles não tivessem me encontrado eu estaria morta agora.
— Harry enfiou a varinha na narina do trasgo e Rony derrubou ele com o próprio bastão. Não tiveram tempo de chamar ninguém. O trasgo ia acabar comigo quando eles chegaram.
Harry e Rony tentaram fingir que a história não era novidade para eles.
— Bem... Nesse caso... — disse a Professora Minerva encarando os três —, senhorita Granger, que bobagem, como pôde pensar em enfrentar um trasgo montanhês sozinha?
Hermione baixou a cabeça. Harry perdera a fala. Hermione era a última pessoa do mundo que desobedeceria ao regulamento e ali estava fingindo que desobedecera, para tirá-los de uma enrascada.
Era o mesmo que o Snape começar a distribuir balinhas.
Todos riram menos Snape que fechou mais ainda a cara ( se é que isso era possível), Minerva que escondeu o sorriso para não chatear o garoto e Draco que pelo jeito tinha um pouco de afeição pelo professor.
— Hermione Granger, Grifinória vai perder cinco pontos por isso — disse a Professora Minerva. — Estou muito desapontada. Se não estiver machucada é melhor ir embora para a torre de Grifinória. Os alunos estão acabando de festejar o Dia das Bruxas em suas casas.
Hermione se retirou.
A Professora Minerva virou-se para Harry e Rony.
— Bem, eu continuo achando que vocês tiveram sorte, mas não há muitos alunos do primeiro ano que pudessem enfrentar um trasgo montanhês adulto. Cada um de vocês ganha cinco pontos para Grifinória. O Professor Dumbledore será informado. Podem ir.
Eles saíram depressa do banheiro e não falaram nada até subirem dois andares. Foi um alivio se afastarem do fedor do trasgo, para não falar do resto.
— Devíamos ter ganho mais de dez pontos — resmungou Rony.
— Cinco, você quer dizer, depois de descontar os pontos que Hermione perdeu.
— Foi legal ela ter-nos tirado do aperto — admitiu Rony — Mas não se esqueça, salvamos a vida dela.
— Talvez ela não precisasse ser salva se não tivéssemos trancado a coisa com ela — lembrou Harry.
Tinham chegado ao retrato da Mulher Gorda.
— Focinho de porco — disseram e entraram..
A sala comunal estava cheia e barulhenta. Todo o mundo estava comendo o jantar que fora mandado para lá. Hermione, porém, estava parada sozinha do lado da porta, esperando por eles.
Houve um silêncio constrangido. Depois, sem se olharem, todos disseram "Obrigado" e correram para apanhar os pratos.
Mas daquele momento em diante, Hermione Granger tornou-se amiga dos dois. Há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro, e derrubar um trasgo montanhês de quase quatro metros de altura é uma dessas coisas.
–Awwn que fofinhos- Falou Lily Evans.
–Alguém quer ler? O nome do capítulo é Quadribol- Falei e eu não devia ter feito isso porque o Sirius e o James C. brigaram para ver quem leria e no final decidiram que seria o Sirius, acho que ele ameaçou o James.
Pov Sirius
Ahá eu sabia que eu seria o padrinho do filho do Pontas com a ruiva, eu tinha certeza e agora está comprovado, peguei o livro e tratei de ler.
–CAPÍTULO ONZE
Quadribol
Quando entrou novembro o tempo esfriou muito. As serras em torno da escola viraram cinza-gelo e o lago parecia metal congelado. Toda a manhã o chão se cobria de geada. Hagrid era visto das janelas dos andares superiores do castelo degelando vassouras no campo de Quadribol enrolado num casacão de pele de toupeira, com luvas de coelho e enormes botas de castor.
Começara a temporada de Quadribol. No sábado, Harry estaria jogando sua primeira partida depois de semanas de tratamento:
Grifinória contra Sonserina. Se Grifinória ganhasse, subiria para o segundo lugar no campeonato das casas.
Quase ninguém vira Harry jogar porque Olívio decidira que, sendo uma arma secreta, a participação de Harry deveria ser mantida em segredo. Mas de alguma forma a noticia de que jogaria como apanhador vazara e Harry não sabia o que era pior se as pessoas dizerem que ele seria brilhante ou dizerem que iriam ficar correndo embaixo dele com um colchão.
–Aposto que o ultimo comentário foi de sonserinos- Falei.
Era realmente uma sorte que Harry agora tivesse Hermione como amiga. Não sabia como poderia ter dado conta dos deveres de casa sem ela, diante dos treinos de Quadribol convocados por Olívio à última hora. Ela também lhe emprestara o livro Quadribol através dos séculos, que acabara rendendo uma leitura muito interessante.
–O único livro que li na vida- Falei ao mesmo tempo do James e logo começamos a rir.
Harry aprendera que havia setecentas maneiras de cometer faltas no Quadribol e que todas haviam ocorrido durante a copa mundial de 1473, que os apanhadores eram em geral os jogadores menores e mais velozes e que a maioria dos acidentes graves no Quadribol parecia acontecer com eles, que embora a pessoas raramente morressem jogando Quadribol, havia juízes que tinham desaparecido e reaparecido meses depois no deserto do Saara.
Hermione tornara-se menos tensa com relação às inflações ao regulamento desde que Harry e Rony a tinham salvado do trasgo montanhês e se tornara uma pessoa mais simpática. Na véspera da primeira partida de Quadribol de Harry, os três foram até a quadra congelada durante o intervalo das aulas, e ela fizera aparecer para eles um fogo azulado muito vivo que podia ser levado para toda parte em um frasco de geléia. Achavam-se parados de costas para o fogo, se esquentando, quando Snape atravessou o pátio. Harry reparou logo que Snape estava mancando. Harry, Rony e Hermione se aproximaram mais para esconder o fogo com o corpo, tinham certeza de que era proibido. Infelizmente alguma coisa em suas caras culpadas atraiu a atenção de Snape. Ele veio mancando até onde eles estavam. Não vira o fogo, mas parecia estar procurando uma razão para ralhar com eles.
— Que é que você tem aí, Potter?
Era O Quadribol através dos séculos. Harry mostrou-o.
— Os livros da biblioteca não podem ser levados para fora da escola — falou Snape. — Me dê aqui. Menos cinco pontos para Grifinória.
— Ele acabou de inventar essa regra — murmurou Harry com raiva, enquanto Snape se afastava — Que será que houve com a perna dele?
— Não sei, mas espero que esteja realmente doendo — falou Rony com azedume.
A sala comunal da Grifinória estava muito barulhenta aquela noite. Harry, Rony e Hermione sentaram-se junto a uma janela.
Hermione verificava os deveres de Harry e Rony para a aula de Feitiços. Ela nunca os deixava copiar ("Como é que vocês vão aprender?'), mas ao lhe pedirem para ler os trabalhos, eles recebiam as respostas certas do mesmo jeito.
–Hermione- Reprendeu McGonagall e a garota se encolheu no lugar diante do olhar severo da Professora.
Harry sentia–se inquieto. Queria de volta Quadribol através dos séculos, para se distrair do nervosismo que a partida do dia seguinte estava lhe provocando. Por que deveria ter medo de Snape?
Levantou-se e disse a Rony e Hermione que ia pedir a Snape para lhe devolver o livro.
— Antes você do que eu — responderam eles juntos, mas Harry tinha a impressão que Snape não iria recusar se houvesse outros professores ouvindo.
Ele foi à sala dos professores e bateu à porta. Não obteve resposta. Bateu outra vez. Nada.
Talvez Snape tivesse deixado o livro na sala? Valia a pena tentar. Entreabriu a porta e espiou para dentro e deparou com uma cena horrível.
Snape e Filch estavam lá dentro sozinhos.
–Não sabia que tinha mudado de time Ranhoso- Falei.
–Sempre desconfiei que você fosse...- Começou Pontas mas ele o interrompeu.
–Cale a boca- Então ele se dirigiu a mim- E leia.
Snape segurava as vestes acima do joelho. Uma das pernas sangrava, lacerada. Filch entregava ataduras a Snape.
— Droga — dizia Snape. — Como é que se pode ficar de olho em três cabeças ao mesmo tempo?
Todos ficaram paralizados.
Harry tentou fechar a porta sem fazer barulho, mas...
— Potter!
O rosto de Snape contorceu-se de fúria ao mesmo tempo em que ele largava as vestes para esconder a perna. Harry engoliu em seco.
— Eu vim saber se o senhor poderia devolver o meu livro..
— SAIA! SAIA!
Harry saiu, antes que Snape pudesse descontar algum ponto de Grifinória. E voltou correndo para baixo.
— Conseguiu? — perguntou Rony quando Harry se reuniu a eles.
— Que aconteceu?
Num murmúrio, Harry lhes contou o que vira.
— Sabe o que isso significa? — terminou sem fôlego. — Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no Dia das Bruxas! Era para lá que estava indo quando o vimos. Ele quer a coisa que o cachorro está guardando! E aposto a minha vassoura como ele deixou aquele trasgo entrar, para distrair a atenção de todos!
–A sim Harry você está nos devendo uma vassoura- Falou Hermione e Ron concordou.
–Eu acertei em uma coisa mas na outra errei, então eu devo meia vassoura- Falou ele brincando mas a professora mandou eles pararem de falar sobre as coisas que aconteciam no livro antes de nós chegarmos lá.
Os olhos de Hermione estavam arregalados.
— Não. Ele não faria isso. Sei que ele não é muito simpático, mas não tentaria roubar uma coisa que Dumbledore estivesse guardando a sete chaves.
— Sinceramente, Hermione, você pensa que todos os professores são santos ou coisa parecida — disse-lhe Rony com rispidez. — Concordo com Harry, acho que Snape faria qualquer coisa. Mas o que é que ele está procurando? O que é que o cachorro está guardando?
Harry foi se deitar com a cabeça zunindo com aquela pergunta.
Neville roncava alto e Harry não conseguia dormir. Tentou esvaziar a cabeça, precisava dormir, tinha de dormir, ia jogar sua primeira partida de Quadribol dentro de algumas horas, mas a expressão no rosto de Snape quando Harry vira sua perna era difícil de esquecer.
O dia seguinte amanheceu muito claro e frio. O salão principal estava impregnado com o cheiro delicioso de salsichas e com a conversa animada de todos que aguardavam ansiosos uma boa partida de Quadribol.
— Você tem que comer alguma coisa.
— Não quero nada.
— Só um pedacinho de torrada — tentou persuadi-lo Hermione.
— Não estou com fome.
Harry se sentia péssimo. Dentro de uma hora estava entrando na quadra.
— Harry, você precisa de energia — disse Simas Finnigan — Os apanhadores são sempre os que acabam aleijados pelo outro time.
–Ótimo jeito de acalmar o garoto- Fala Rose rindo.
— Obrigado Simas — respondeu Harry, observando Simas amontoar ketchup sobre as salsichas.
Aí pelas onze horas a escola inteira parecia estar nas arquibancadas que cercavam o campo de Quadribol. Muitos estudantes tinham levado binóculos. Os lugares ficavam no alto, mas às vezes, ainda assim era difícil ver o que acontecia.
Rony e Hermione se reuniram a Neville, Simas e Dino, o fã do time de segunda divisão na fileira do alto. Como uma surpresa para Harry eles tinham pintado uma grande bandeira em um dos lençóis que Perebas roera. Dizia: ―Potter para Presidente‖ e Dino, que era bom em desenho, tinha pintado o grande leão de Grifinória embaixo. Depois Hermione apelara para um feiticinho para fazer a tinta brilhar multicolorida.
Entrementes, nos vestiários, Harry e o restante do time estavam vestindo as roupas vermelhas de Quadribol (Sonserina iria jogar de verde).
Olívio pigarreou pedindo silêncio.
— Muito bem, rapazes.
— E moças — acrescentou a artilheira Angelina Johnson.
— E moças — concordou Olívio. — Está na hora.
— O jogaço — disse Fred.
— O jogaço que estávamos esperando — explicou Jorge.
— Já conhecemos o discurso de Olívio de cor — comentou Fred para Harry. — Fizemos parte do time no ano passado.
— Calem a boca, vocês dois — mandou Olívio. — Este é o melhor time que Grifinória já teve nos últimos anos.
–É claro que é, olha quem está no time, é um Potter- Falou James como se fosse óbvio.
Vamos vencer. Sei que vamos — e encarou os jogadores como se dissesse "Ou vão ver".
— Certo. Está na hora. Boa sorte para todos.
Harry acompanhou Fred e Jorge na saída do vestiário e, esperando que seus joelhos não cedessem, entrou na quadra debaixo de vivas.
Madame Hooch era a juíza. Estava parada no meio da quadra esperando os dois times, de vassoura na mão.
— Quero ver um jogo limpo meninos — disse quando estavam todos reunidos à sua volta. Harry reparou que ela parecia estar falando particularmente para o capitão de Sonserina, Marcos Flint um aluno do quinto ano. Harry achou que Flint tinha sangue de trasgo. Pelo canto do olho viu a bandeira, que piscava "Potter para Presidente" tremulando sobre as cabeças dos espectadores. Seu coração perdeu um compasso. Ele se sentiu mais corajoso.
— Montem nas vassouras, por favor — Harry subiu na sua Nimbus 2000.
Madame Hooch puxou um silvo forte no seu apito de prata.
Quinze vassouras se ergueram no ar. Fora dada a partida.
— E a goles foi de pronto rebatida por Angelina Johnson de Grifinória que ótima artilheira é essa menina, e bonita, também.
— JORDAN!
— Desculpe professora.
O amigo dos gêmeos Weasley, Lino Jordan, estava irradiando a partida, vigiado de perto pela Professora Minerva.
— Ela está realmente jogando com força total, um passe lindo para Alicia Spinnet, um bom achado de Olívio Wood, no ano passado ficou no time de reserva, de volta a Johnson e.. Não, Sonserina tomou a goles, o capitão de Sonserina rouba a goles e sai correndo. Marcos está voando como uma águia lá no alto, ele vai mar.. Não, foi impedido por uma excelente intervenção do goleiro de Grifinória, Olívio, e Grifinória fica com a goles, no lance a artilheira Cátia Bell de Grifinória, dá um belo mergulho em volta de Marcos e sobe pelo campo e... AI, essa deve ter doído, ela levou um balaço na nuca, perdeu a goles para Sonserina. Agora Adriano Pucey corre na direção do gol, mas é bloqueado por um segundo balaço arremessado por Fred ou Jorge Weasley, é difícil dizer qual dos dois em todo o caso uma boa jogada do batedor de Grifinória, e Johnson tem outra vez aposse da goles, o caminho está livre à sua frente e lá vai ela, realmente voando, desvia-se de um balaço veloz, as balizas estão à sua frente... Vamos agora, Angelina... O goleiro Bletchley mergulha, não chega a tempo... PONTO PARA GRIFINÓRIA!
–Uhu- Comemorei junto dos outros, podia-se dizer que eu lia de um modo magnificamente bem, eufórico e envolvendo todos, sim eu sou ótimo em tudo que faço.
A torcida de Grifinória enche de berros o ar frio, e a torcida de Sonserina, de lamentos.
— Cheguem para lá, vamos.
— Rúbeo!
Rony e Hermione se apertaram para abrir espaço para Hagrid se sentar com eles.
— Estive assistindo da minha casa — disse Hagrid, indicando um grande binóculo pendurado ao pescoço. Mas não é a mesma coisa que assistir no meio da multidão. Nem sinal do pomo ainda, não é?
— Não — respondeu Rony. — Harry ainda não teve muito que fazer.
— Pelo menos não se machucou, já é alguma coisa — disse Hagrid, levantando o binóculo e espiando o pontinho que era Harry lá no céu.
Muito acima deles, Harry sobrevoava o jogo, procurando um sinal do pomo. Isto fazia parte da estratégia montada por ele e Olívio.
―Fique fora do caminho até avistar o pomo dissera Olívio. Não queremos que você seja atacado sem necessidade.
Quando Angelina marcou, Harry tinha feito um loops para extravasar a emoção. Agora voltara a procurar o pomo. Uma vez avistou um lampejo dourado, mas era apenas outro reflexo do relógio de um dos gêmeos e outra vez um balaço resolveu disparar em sua direção e mais parecia uma bala de canhão, mas Harry se esquivou e Fred veio atrás dela.
— Tudo bem ai, Harry? — Ele tivera tempo de gritar ao rebater o balaço com fúria na direção de Marcos Flint.
— Sonserina de posse da goles — Lino Jordan continua narrando. — O artilheiro Pucey se desvia de dois balaços, dos dois Weasley, da artilheira Bell e voa para, esperem aí, será o pomo?
Correu um murmúrio pelas torcidas quando viram Adriano Pucey deixar cair a goles, ocupado demais em espiar por cima do ombro o lampejo dourado que passara por sua orelha esquerda.
Harry a viu. Tomado de grande agitação, mergulhou em direção ao rastro dourado. O apanhador de Sonserina, Terêncio Higgs, vira o pomo também. Cabeça a cabeça, eles se precipitaram em direção ao pomo, todos os artilheiros pareciam ter esquecido o que deveriam fazer, pararam no ar, para observar.
Harry foi mais rápido que Terêncio, estava vendo a bolinha redonda, as asas batendo, disparando para o alto, imprimiu mais velocidade...
— Ohhh! — Um rugido de raiva saiu da torcida de Grifinória em baixo. Marcos Flint tinha bloqueado Harry de propósito e a vassoura de Harry perdeu o rumo, Harry segurou-se para não cair.
–FALTA, ISSO É FALTA- Berrava James e Lily o acalmava, só a ruivinha mesmo para conseguir acalmar ele.
— Falta! — gritou a torcida de Grifinória.
Madame Hooch dirigiu-se aborrecida a Marcos e em seguida deu a Grifinória um lance livre diante das balizas. Mas na confusão, é claro, o pomo de ouro desaparecera de vista outra vez.
Nas arquibancadas, Dino Thomas berrava.
— Fora com ele, juíza! Cartão vermelho!
— Isto não é futebol, Dino — lembrou Rony — Você não pode expulsar jogador de campo no Quadribol, e o que é um cartão vermelho?
Mas Hagrid ficou do lado de Dino.
— Deviam mudar as regras, Marcos podia ter derrubado Harry no ar.
Lino Jordan estava achando difícil se manter neutro.
— Então, depois dessa desonestidade óbvia e repugnante.
— Jordan! — ralhou a Professora Minerva.
— Quero dizer, depois dessa falta clara e revoltante.
— Jordan, estou lhe avisando...
— Muito bem, muito bem. Marcos quase matou o apanhador da Grifinória, o que pode acontecer com qualquer um, tenho certeza, portanto uma penalidade a favor de Grifinória, Spinnet bate, para fora, sem problema, e continuamos o jogo, Grifinória ainda com a posse da bola.
Foi quando Harry se desviou de mais um balaço, que passou com perigoso efeito ao lado de sua cabeça, que a coisa aconteceu.
Sua vassoura deu uma perigosa e repentina guinada. Por uma fração de segundo ele achou que ia cair. Segurou a vassoura com firmeza com as duas mãos e os joelhos. Nunca sentira nada parecido antes.
–MERLIN- Berrou Lily alarmada, agora era ela que precisava ser acalmada.
Aconteceu outra vez. Era como se a vassoura estivesse tentando derrubá-lo. Mas uma Nimbus 2000 não decidia de repente derrubar seu cavaleiro. Harry tentou voltar em direção às balizas de Grifinória, tencionava avisar Olívio para pedir tempo, e então percebeu que a vassoura se descontrolara. Não conseguia virá-la. Mas conseguia dirigi-la. Ela ziguezagueava pelo ar e de vez em quando fazia movimentos bruscos que quase o desequilibravam.
Lino ainda comentava.
— Sonserina ainda com a posse, Marcos com a goles, passa por Spinnet, por Bell... Atingido no rosto com força por um balaço, espero que tenha quebrado o nariz, é brincadeira, professora, Sonserina marca. Ah, não!
A torcida da Sonserina vibrava. Ninguém parecia ter notado que a vassoura de Harry estava se comportando de maneira estranha. Carregava-o lentamente cada vez mais alto, afastando-se do jogo, dando guinadas e corcoveando pelo caminho.
— Não sei o que Harry acha que está fazendo — resmungou Hagrid. E espiou pelo binóculo. — Se eu não entendesse da coisa, eu diria que perdeu o controle da vassoura... Mas não pode ser...
De repente, as pessoas em todas as arquibancadas estavam apontando para Harry no alto. Sua vassoura começara a jogar para um lado e para o outro, e ele mal conseguia se segurar. Então a multidão gritou. A vassoura dera uma guinada violenta e Harry desmontara. Estava agora pendurado, aguentando-se apenas com uma mão.
— Será que aconteceu alguma coisa à vassoura quando Marcos o bloqueou? — cochichou Simas.
— Não pode ser — respondeu Hagrid, a voz trêmula. — Nada pode interferir com uma vassoura a não ser uma magia negra muito poderosa, nenhum garoto poderia fazer isso com uma Nimbus 2000.
Ao ouvir isso, Hermione agarrou o binóculo de Hagrid, mas ao invés de olhar para Harry no alto, começou a espiar agitadíssima para a multidão.
— Que é que você está fazendo? — gemeu Rony, o rosto branco.
— Eu sabia! — exclamou Hermione. — Snape. Olhe.
Rony agarrou o binóculo, Snape estava no centro das arquibancadas do lado oposto. Tinha os olhos fixos em Harry e movia os lábios sem parar.
— Ele está fazendo alguma coisa, ele está azarando a vassoura. — disse Hermione.
–SEVERUS SNAPE, VOCÊ ESTAVA QUERENDO MATAR O MEU FILHO?- Berrou Lily e ela praticamente voou em cima do garoto, mas Remus, Teddy e Harry a tiraram de cima já que eu estava adorando os socos e tapas que ela dava nele.
–Se acalme, não foi ele, você já vai ver- Falou Harry e isso pareceu acalma-la.
— Que vamos fazer?
— Deixem comigo.
Antes que Rony pudesse dizer mais nada, Hermione desapareceu. Rony tornou a apontar o binóculo para Harry. A vassoura vibrava com tanta força, que era quase impossível Harry se aguentar por muito mais tempo. A multidão se levantara, acompanhara com os olhos, aterrorizada, os gêmeos Weasley voaram para tentar transferir Harry a salvo para uma de suas vassouras, mas não adiantou, toda vez que se aproximavam dele, a vassoura subia mais alto. Mantiveram-se em um nível mais baixo fazendo círculos sob Harry, obviamente na esperança de apará-lo se caísse... Marcos Flint apoderou-se da goles e marcou cinco vezes sem ninguém reparar.
Xinguei ele de tantos nomes junto de Pontas e Aluado, mas a ruiva nem McGonagall permitiram que falassemos aqui então pensem nos piores palavrões que já ouviram.
— Anda logo, Hermione — murmurou Rony desesperado.
Hermione abrira caminho até a arquibancada onde estava Snape e agora corria pela fileira atrás dele, nem parou para pedir desculpas quando derrubou o Professor Quirrell de cabeça na fileira da frente Ao chegar perto de Snape, ela se agachou puxou a varinha e disse algumas palavras bem escolhidas. Chamas vivas e azuladas saíram de sua varinha para a barra das vestes de Snape.
Levou talvez uns trinta segundos para Snape perceber que estava em chamas. Um grito súbito confirmou que Hermione conseguira o seu intento. Recolhendo o fogo num frasquinho que trazia no bolso ela retrocedeu depressa pela mesma fileira. Snape nunca saberia o que acontecera.
–Bom saber- Ele falou.
Foi o suficiente. No alto, Harry conseguiu de repente voltar a montar a vassoura.
— Neville, pode olhar! — disse Rony. Neville passara os últimos cinco minutos soluçando no casaco de Hagrid.
Harry estava voando rápido de volta ao chão quando a multidão o viu levar a mão à boca como se fosse vomitar, ele pousou no campo de gatas, tossiu e uma coisa dourada caiu em sua mão.
— Apanhei o pomo! — gritou, mostrando-o no alto, e o jogo terminou na mais completa confusão.
— Ele não agarrou o pomo, ele quase o engoliu — continuava a esbravejar Flint vinte minutos depois, mas não fez diferença, Harry não infringira nenhuma regra e Lino Jordan continuava a gritar alegremente o resultado, Grifinória ganhara por cento e setenta pontos a sessenta. Harry, porém não ouvia nada disso.
–Uhu Grifinória é dez, a melhor casa de Hogwarts- Sai berrando pela sala em um trenzinho junto dos outros marotos, Harry se juntou a nós e logo todos os homens do lugar estavam fazendo um trem pela sala e berrando sobre como a Grifinória era demais, tá só os homens Grifinórios, depois de dez minutos McGonagall conseguiu nos fazer parar e nós nos sentamos novamente, comecei a ler.
Hagrid lhe preparava no casebre uma xícara de chá forte, em companhia de Rony e Hermione.
— Foi Snape — explicou Rony — Hermione e eu vimos. Ele estava azarando a sua vassoura, murmurando, não despregava os olhos de você.
— Bobagens — disse Hagrid, que não ouvira uma única palavra do que se passara ao seu lado nas arquibancadas. — Por que Snape faria uma coisa dessas?
Harry, Rony e Hermione se entreolharam, imaginando o que lhe contar Harry decidiu contar a verdade.
— Descobri uma coisa — falou a Hagrid. — Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no Dia das Bruxas. Levou uma mordida. Achamos que estava tentando roubar o que o cachorro está guardando.
Hagrid deixou cair o bule de chá.
— Como é que vocês sabem da existência do Fofo?
— Fofo?
— É... É meu... Comprei-o de um grego que conheci num bar no ano passado.
Emprestei-o a Dumbledore para guardar o...
— O quê? — perguntou Harry ansioso.
— Não me pergunte mais nada — retrucou Hagrid com impaciência. — É segredo.
— Mas Snape está tentando roubá-lo.
— Bobagens — repetiu Hagrid. — Snape é professor de Hogwarts, não faria uma coisa dessas.
— Então por que ele tentou matar Harry? — perguntou Hermione.
Os acontecimentos daquela tarde sem dúvida tinham mudado a opinião dela sobre Snape.
— Eu conheço uma azaração quando vejo uma, Rúbeo, já li tudo sobre o assunto! A pessoa precisa manter contato visual e Snape nem ao menos piscava, eu vi!
— Estou dizendo que vocês estão enganados! — falou Hagrid com veemência. — Não sei por que a vassoura de Harry estava agindo daquela forma, mas Snape não iria tentar matar um aluno! Agora, escutem bem os três: vocês estão se metendo em coisas que não são de sua conta. Isto é perigoso. Esqueçam aquele cachorro e esqueçam o que ele está guardando, isto é coisa do Professor Dumbledore com o Nicolau Flamel...
— Ah-ah! — exclamou Harry, — Então tem alguém chamado Nicolau Flamel metido na jogada, é?
Hagrid parecia furioso consigo mesmo.
–Quem é esse?- Perguntei.
–É isso que vamos saber em breve- Falou Mione.
–Então quem quer ler o nome do próximo capítulo é O Espelho de Ojesed- Avisei.
–A eu quero- Falou Lily E. animada ao saber o nome do capítulo- Eu quero saber o que o espelho tem a ver com isso.
–O que é esse espelho de Ojesed?- Perguntou James tirando as palavras da minha boca.
–Não respondam, se vocês continuarem assim nós nunca vamos acabar o livro- Falou Mcgonagall.
–Tá bom- Falei passando o livro para a ruiva.
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