Na Lanchonete



Cap 22

Estava tremendo, e não era pouco. Olhou ao redor, reconhecendo algumas casas. O táxi parou, perto do lugar que ela estava evitando olhar, pagou o táxi e saiu.

Respirou fundo, uma, duas, três, vezes, e seguiu tremendo.

Ela parou quase na entrada pensando em voltar, mas não voltou, respirou fundo de novo, e entrou na lanchonete, não dava para ver aonde Draco estava mas já esperava por isso, o lugar onde eles sempre ficavam era no fundo, aonde não podiam ser ouvidos, e raramente vistos.

Ela foi automaticamente andando até lá, observando como a lanchonete tinha mudado, mas pelo visto, não deixara de ser uma das mais badaladas lanchonetes do bairro.

Ela foi até o fundo e encontrou os olhos de Draco admirando a sua beleza.

¾ Bela escolha do vestido!

¾ Sou tão previsível assim? – perguntou ela se sentando com um sorriso.

¾ Não, na verdade eu não sabia se você viria, até agora!

¾ O que vão querer? – perguntou a garçonete e Gina percebeu que suas roupas eram diferentes e bem mais modernas.

¾ Eu vou querer um sorvete de morango com framboesa! – disse Gina ao olhar o cardápio.

¾ Eu um de limão! – disse Draco.

Gina deu um sorrisinho tímido ao perceber que limão era o sorvete preferido de seus filhos.

¾ O que foi?

¾ Te pergunto eu! – disse ela tomando uma posição séria, o motivo pelo qual ela estava ali!

¾ Quer que eu te conte a verdade!

¾ Seja lá qual for ela... eu não posso mais continuar sem confiar em você, não posso mais continuar tão confusa... – “será que um dia eu te contarei a minha verdade? Tudo dependo da sua verdade!” pensou ela.

¾ Bom, eu vou tentar tornar isso o mais fácil de entender...

¾ Claro! – disse ela olhando naqueles olhos cinza- azulados, para poder detectar o menor sinal de mentira.

¾ Bom... – disse ele respirando fundo -... eu te abandonei há cinco anos, porque fui chantageado pelo meu pai!

Ela olhou bem para ele, confusa demais para ter uma opinião.

¾ Você se lembra porque se especializou em doenças raras?

¾ Porque minha mãe ficou doente! – disse ela como que entendendo algo – do nada, e foi logo antes de...

¾ De...?

¾ Você é que me dá explicações aqui, eu você acha que eu vou acreditas assim, sem mais nem menos. – disse ela mudando rapidamente de tom.

¾ Muito bem, quem fez ela pegar essa doença foi meu pai, e logo depois, seu irmão perdeu o emprego, se lembra? – perguntou ele enquanto via a cara de espanto dela.

¾ Sim, sim, continue...

¾ Você também quase sofreu um atentado...

¾ Eu... – ela gesticulou para ele continuar... ainda confusa demais para acreditar.

¾ Bom, foi um contrato, escrito a ouro, que a gente assinou, ele se comprometeu a fazer nada com você, nem com a sua família... e eu, a casar com Selene, e esquecer você.

¾ Como?

¾ Isso! – ele mostrou a ela o pergaminho que estava antes no bolso dele. Ela olhou bem para o pergaminho. Era verdade, com isso, ele não poderia mentir, era um pergaminho cheio de magia antiga.

¾ E porque você está aqui, desrespeitando o escrito? Aqui diz que você não poderia mais se envolver comigo!

¾ Revele-se! – disse Draco, apontando a varinha rapidamente para o pergaminho.

Ela viu a trapaça de Lúcio.

¾ Como?

¾ Você perguntou! Então eu posso te responder!

¾ E o resto?

¾ Bom, Selene não me ama, Selene está doente, quer dizer, isso anula o pergaminho!

¾ Draco... Você me ama.

¾ Amo, e sempre amei, e você?

¾ Amo! Amo, muito! Draco... você... – ela respirou fundo.

¾ E agora?

¾ Agora... não, sei... vamos continuar tudo como está, vamos, fingir, e ... Ele pode fazer algo com a minha família?

¾ Não! As circunstancias anulam o contrato!

¾ Vamos ir para um lugar melhor! - disse Draco se levantando e deixando o dinheiro do sorvete. Já tomado.

¾ Vamos para o meu apartamento!

¾ Você tem um apartamento?

¾ Eu ia me mudar com Selene, antes dela ficar doente, mas , ai... o médico falou que a agitação da cidade, poderia fazer mal para ela... se estipulou 4 meses de tratamento, depois ela seria curada... mas, ai, o tempo foi passando, e ... eu vou lá as vezes, quando não estou a fim de aturar meu pai, ou não agüento mais aquela mansão!

¾ Boa idéia... é melhor não chance de contra ataque para seu pai! “ não sei o que eu faço, o que será que Draco vai pensar sobre os filhos dele agora que eu já sei a verdade? Será que eu conto? Não... hoje não”

Quando Gina percebeu eles já estavam fora da lanchonete, e aparataram no apartamento.

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