Ron e Hermione



-Só amarrar o cadarço e... Prontinho! Está pronto! – Hermione falou ajudando o filho terminar de se arrumar. Era dia 24 de dezembro, véspera de natal e todos estavam se preparando para ir comemorar o natal na casa da vovó.


-E você, mamãe? – Hugo falou – cadê o seu sapato?


Hermione olhou para os pés e percebeu que ainda estava descalça.


-Esqueci – ela riu – vou coloca-los agorinha para podermos ir pra casa da vovó. Agora vá lá pra baixo e fique quietinho esperando a mamãe, tá bom?


Hugo fez que sim com a cabeça e saiu andando do quarto. Hugo, ao contrário da irmã, sempre obedecia quando recebia ordens e era muito calmo. Como qualquer outra criança de cinco anos, ele gostava de brincar e correr, mas sempre sabia quando era hora de parar.


Antes de ir para seu quarto no fim do corredor, Hermione resolveu parar no quarto da filha mais velha.


-Rose? – ela falou abrindo a porta que estava entreaberta.


-O que foi? – Rose falou emburrada de braços cruzados sentada na cama.


-Eu que pergunto – Hermione falou sentando no pé da cama da filha – por que você tá chateada?


-Não tô chateada – Rose falou.


-Então porque você tá de braços cruzados fazendo cara feia? – Hermione falou.


-Por nada.


-Se você não me contar logo vou chamar o monstro das cosquinhas que assombra criancinhas tristinhas – Hermione falou e começou a fazer cócegas em Rose fazendo a menina gargalhar.


-Monstro das cosquinhas em mamãe! – Rose falou e revidou na mãe fazendo Hermione rir.


-Agora que você sofreu o ataque do terrível mostro das cosquinhas pode contar pra mamãe por que tá com essa carinha? – Hermione pediu.


-Eu ouvi você e o papai conversando ontem. E você disse pra ele que o papai Noel não vai vir.


-Eu nunca disse isso querida.


-Disse sim. Vocês estavam no quarto na hora de dormir, aí eu fui pedir mais um beijinho de boa noite, aí eu ouvi você dizendo pro papai bem assim: se você não for amanhã, não vai ter papai Noel na chaminé.


Hermione riu lembrando na conversa que teve com o marido na noite anterior.


-Não foi isso querida.


-Foi sim! Eu ouvi!


-Você ouviu errado. O que eu estava dizendo é que se o Ron não fosse para o mercado amanhã, não teria chocolate com mel no café!


-Chocolate com mel no café? – Rose repetiu confusa.


-É! – Hermione falou – sabe aquelas torradas com chocolate e mel que eu faço no natal e nos aniversários?


-Sei – Rose respondeu começando a entender.


-Se o seu pai não fosse ao mercado hoje de manhã, não teríamos chocolate com mel para eu poder fazer as torradas amanhã no café-da-manhã. Mas seu pai foi ao mercado hoje de manhã então teremos as torradas. Era pra ser uma surpresa, mas agora que você descobriu, eu acho que não vou mais fazê-las.


-Não, mamãe! Eu ajudo! – Rose pediu empolgada.


-Então você será minha cozinheira chefe – Hermione falou.


-Eba! – Rose comemorou.


-Agora vamos colocar um sorriso nesse rosto e ir pra casa da vovó se encontrar com todo mundo. O tio Charlie já está lá e aposto que ele tem um monte de história legais para contar.


Rose se levantou da cama e desceu para a sala de estar de mão dada com a mãe.


-Todos prontos? – Ron falou levantando do sofá – você tá linda, meu amor.


Hermione revirou os olhos. Ele falava isso toda vez que ela descia as escadas pronta pra sair.


-Estamos prontas – Hermione falou.


-Mamãe, seu sapato – Hugo falou apontando pros pés da mãe.


-Puxa, é mesmo – Hermione riu – me diverti tanto com a Rose e esqueci-me dos sapatos.


Depois que Hermione calçou os sapatos, eles foram para o carro e saíram para a toca.

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