O convite.



(N/A: Primeiramente, obrigada pelos comentários. Eu amei *---* Segundo, vou continuar com essa fic até o final, mas demora para postar, porque é difícil escrever, é sério hahaha Terceiro: viajarei daqui a alguns dias, e, por isso, só postarei mais um capítulo depois desse, se der, aí quando eu voltar, faço um bem legal ^^ beijos.)


 


Sirius começou a leitura.


 


– O convite – ele leu – convite do que?


 


Ah meu deus do céu, já ia começar.


 


– Somente leia Sirius! – disseram vários.


 


Quando Harry finalmente chegou à cozinha, os três Dursley já estavam sentados à mesa.


 


– Que visão linda! – disse Sirius, quem mais poderia ser.


 


Nenhum deles ergueu a cabeça quando o garoto entrou ou se sentou.


 


– Que consideração – disse Remus.


 


– Sim, eles são realmente, muito educados – disse James.


 


A caraça vermelha de tio Válter estava escondida atrás do matutino Daily Mail, e tia Petúnia partia um grapefruit em quatro, os lábios contraídos por cima dos dentes de cavalo.


 


– Que nojo – disse James e muitos concordaram.


 


Duda parecia furioso e carrancudo, e, por alguma razão, dava a impressão de estar ocupando mais espaço do que de costume. E isso não era pouco, porque ele sempre ocupava sozinho um lado inteiro da mesa quadrada.


 


QUE GAROTO GORDO DA- Sirius começou mas parou ao ver os olhares furiosos de vários professores – desculpe.


 


Tudo bem senhor Black, eu entendo o teu espanto, esse garoto deve ser mesmo muito gordo – disse a professora Minerva, e muitos olharam surpresos para ela por dizer algo assim de alguém.


 


Volte a ler Sirius – disse Lily impaciente.


 


Sirius concordou com a cabeça, e voltou a ler.


 


Quando tia Petúnia pôs um quarto de grapefruit no prato do filho com um trêmulo (Tome, Dudinha querido), o garoto lançou-lhe um olhar raivoso. A vida de Duda tomara um rumo muito desagradável desde que ele voltara para passar as férias de verão em casa trazendo o boletim de fim de ano.


 


Além de gordo é burro – gritou um garoto da sonserina que corou quando todos olharam para ele, surpresos.


 


Sirius ignorou e voltou a ler.



Tio Válter e tia Petúnia, como sempre, tinham conseguido arranjar desculpas para as notas baixas dele; tia Petúnia sempre insistia que Duda era um menino muito talentoso, incompreendido pelos professores, enquanto tio Válter sustentava que "ele não queria mesmo um filho cê-dê-efe e educadinho".


 


Que trouxa mais trouxa – disse Sirius, e todos olharam para como que: Como é que é?


 


Ele ignorou.



Eles também passaram por cima das acusações de truculência e intimidação de colegas que havia no boletim. "Ele é um garotinho turbulento, mas não faria mal a uma mosca!", comentou tia Petúnia chorosa.
Contudo, no finalzinho havia uma observação muito bem colocada da enfermeira da escola, que nem mesmo os pais conseguiram justificar.


 


Oxi garoto do… garoto malcriado – completou James ao ver o olhar mortal de Minerva – gordo, mal na educação e ainda bate em crianças – aí ele se deu conta – SE ESSE GORDINHO FILHO DE UMA **** BATER NO MEU FILHO, EU JURO QUE EU ESGANO AQUELE PESCOÇO GORDO DE BULDOGUE.


 


SENHOR POTTER, TENHA MODOS – Minerva gritou, e ele corou fazendo muitos rirem.


 


Desculpa tia Minnie – ele disse, e Sirius continuou.


 


Por mais que tia Petúnia choramingasse que Duda tinha ossos grandes e que seu excesso de peso era na realidade gordura infantil, que ele era um menino em crescimento e precisava de muita comida, o fato era que os fornecedores de uniformes da escola não estocavam calças suficientemente grandes para Duda.


 


Muitos riram com aquilo, e Sirius engasgado disse:


 


Ahahaha… ele é… tão… gordo… que se… fosse… um… bruxo… o chapéu seletor… o colocava… em todas… as casas… – todos riram com aquilo.


 


Sirius, por mais que isso seja engraçado, não é legal fazer uma piada dessa – disse Lily com lágrimas nos olhos.


 


Ele deu de ombros, e voltou a ler.


 


A enfermeira da escola vira o que os olhos de tia Petúnia — tão atentos quando se tratava de encontrar marcas de dedos em suas paredes brilhantes e observar as idas e vindas dos vizinhos — simplesmente se recusavam a enxergar: que, longe de precisar de alimentação suplementar, Duda atingira aproximadamente o tamanho e o peso de um filhote de orca.


 


Novamente um onde de risos.



Então — depois de muitos acessos de raiva, muitas discussões que sacudiram o soalho do quarto de Harry e muitas lágrimas de tia Petúnia — o novo regime começara.


 


Vixi, não vai durar uma semana – disse Alice (mãe de Neville, não sei o sobrenome dela)


 


A receita da dieta que a enfermeira da Smeltings enviara fora colada na geladeira, já esvaziada de todas as coisas que Duda mais gostava — bebidas gasosas e bolos, barras de chocolate e hambúrgueres — e cheia de frutas, legumes e coisas que tio Válter chamava de "comida de coelho". Para fazer Duda se sentir melhor com a mudança, tia Petúnia insistira que a família inteira seguisse a mesma dieta.


 


Coitado do seu filho James, se o garoto já é desnutrido, imagine com essa dieta – Disse Sirius, mas como James apenas o ignorou, ele voltou a ler.


 


Agora ela passava um quarto de grapefruit para Harry. O garoto reparou que o dele era bem menor que o de Duda. A tia parecia sentir que a melhor maneira de manter o moral de Duda era providenciar para que ele, no mínimo, recebesse mais comida do que Harry.


 


MAS QUE VACA – Disse/gritou Lily, e todos olharam muitos surpresos para ela, que corou muito, e disse: desculpe.


 


Sirius segurou uma risadinha e continuou.



Mas tia Petúnia não sabia o que estava escondido sob as tábuas soltas do soalho no andar de cima.
Não fazia a menor idéia de que Harry não estava seguindo dieta alguma.


 


Esse garoto é esperto – disse Frank (pai de Neville)


 


Puxou ao pai – disse James, e todos reviraram os olhos.


 


James cuidado – gritou Lily fazendo James se assustar – seu ego vai explodir!


 


Houve uma explosão de risada por todo o salão, e James ficou vermelho, de raiva e vergonha; Sirius ainda rindo do amigo, voltou a ler se engasgano um pouco.



No momento em que descobriu que esperavam que ele sobrevivesse durante o verão comendo palitos de cenoura crua, Harry despachara Edwiges à casa dos amigos com pedidos de ajuda, e eles tinham correspondido mais do que à altura.
A coruja voltara da casa de Hermione com uma enorme caixa de lanchinhos sem açúcar (os pais de Hermione eram dentistas).


 


Pelo menos ele tem outra comida – disse James.


Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts,


 


Ei, Hagrid, você é amigo do meu filho – gritou James e Hagrid corou, mas sorriu.


 


comparecera com um saco de bolos que ele mesmo fabricara (Harry ainda não provara; tinha muita experiência com a culinária de Hagrid).


 


Os que também já haviam tido essa experiência com a comida dele deram uma risadinha e Hagrid corou.


 


A Sra. Weasley, porém, mandara a coruja da família, Errol, com um enorme bolo de frutas e tortinhas variadas.


 


Será que ela cozinha bem? Estou com fome – disse Sirius.


 


Todos olharam para como que dizendo: Não me diga que você está com fome!!



O coitado do Errol, que era velho e fraco, precisara de cinco dias inteiros para se recuperar da viagem. Então, no aniversário de Harry (a que os Dursley sequer deram atenção),


 


Idiotas – James murmurou e dessa vez ninguém o repreendeu.


 


ele recebera quatro esplêndidos bolos de aniversário de Rony, Hermione, Hagrid e Sirius.


 


EUUUU!!! Eu sabia que eu não ia esquecer o aniversário dele! – ignorando a loucura de Sirius, todos suspiraram, e ele voltou a ler.



Ainda lhe restavam dois, e sabendo que teria um café da manhã de verdade quando voltasse ao seu quarto, ele começou a comer o grapefruit sem reclamar.
Tio Válter pôs de lado o jornal com um profundo suspiro de desaprovação e olhou para o seu quarto de grapefruit.
É só isso? — perguntou em tom de reclamação à tia Petúnia. A mulher lhe lançou um olhar severo e indicou com a cabeça o filho, que já acabara de comer o seu quarto de fruta e estava cobiçando o de Harry com um olhar azedo nos olhinhos de porco,


 


Garoto mais idiota, só pensa em comer – disse alguém, mas ninguém soube quem foi.


 


Tio Válter soltou um grande suspiro, que arrepiou sua espessa bigodeira, e apanhou a colher ao lado do prato.
A campainha da porta tocou. Ele se levantou penosamente da cadeira e saiu em direção ao hall.
Rápido como um raio, enquanto a mãe se ocupava com a chaleira, Duda furtou o resto de grapefruit do pai.


 


Eles reviraram os olhos.



Harry ouviu vozes à porta, alguém rindo e a resposta seca do tio. Então a porta se fechou e seguiu-se um ruído de papel rasgado no hall.
Tia Petúnia colocou o bule de chá sobre a mesa e olhou curiosa à volta para ver aonde fora o marido. Não precisou esperar muito para descobrir; passado um minuto ele estava de volta. Com o rosto lívido.
Você — vociferou ele para Harry. — Na sala de estar. Agora.


 


Que educação surpreendente a deste homem – disse Minerva e todos concordaram.



Espantado, perguntando-se o que teria feito desta vez, Harry se levantou e acompanhou o tio para fora da cozinha e rumaram para o aposento vizinho. Válter fechou a porta com força depois que ele e o sobrinho entraram.
Então — disse o tio, indo até a lareira e se virando para encarar Harry, como se estivesse prestes a lhe dar voz de prisão.
Então.
Harry teria adorado responder "Qual é?", mas achou que a boa disposição do tio não deveria ser testada assim cedinho, principalmente se já estava sob forte estresse por falta de comida. Então decidiu fazer cara de quem está educadamente intrigado.


 


E eu acho que eu brisaria agora – disse Sirius.


 


É, eu também, não quereria escutar esse velho idiota falar nada – disse James.


 


Dá para vocês pararem de interromper o tempo todo, e você Sirius continuar a ler?? – questionou Dorcas.


Isto acabou de chegar — disse o tio. E brandiu na cara de Harry a folha de papel de carta roxo. — Uma carta. A seu respeito.
A confusão de Harry aumentou. Quem estaria escrevendo a tio Válter a respeito dele? Quem é que ele conhecia que mandava cartas pelo correio?
Tio Válter olhou aborrecido para Harry, depois baixou os olhos para a carta e começou a ler em voz alta:

Prezados Sr. e Sra. Dursley,
Nunca fomos apresentados, mas tenho certeza de que já ouviram Harry falar muito do meu filho Rony.
Como Harry deve ter-lhes contado, a final da Copa Mundial de Quadribol vai se realizar na próxima segunda-feira à noite, e meu marido, Arthur, conseguiu arranjar ótimos lugares para o jogo por intermédio de conhecidos do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.


 


Que bom que meu filho tem amigos decentes que o convidam para assistir quadribol – James comentou com Sirius, que concordou com a cabeça.



Espero que o senhor e sua mulher nos permitam levar Harry ao jogo, pois é realmente uma oportunidade única na vida. A Grã-Bretanha não sedia a Copa há trinta anos e as entradas são muito difíceis de se obter. Ficaríamos muito felizes se Harry pudesse passar o resto das férias de verão conosco,


 


Eu também ficaria feliz que ele saísse dessa casa – James falou.


e de acompanhá-lo em segurança até o embarque para a escola.
Seria preferível que ele nos mandasse a resposta, o mais depressa possível, da maneira normal, porque o carteiro trouxa jamais entregou correspondência em nossa casa e não tenho muita certeza de que saiba onde é.
Esperando ver Harry em breve, subscrevo-me,
Atenciosamente,
Molly Weasley.
PS. Espero ter colado selos suficientes na carta.”


Tio Válter terminou a leitura, tornou a meter a mão no bolso superior do paletó e tirou mais alguma coisa.
Olhe só isto — rosnou.
E mostrou o envelope em que chegara a carta da Sra. Weasley, e Harry precisou fazer força para não rir. O envelope estava coberto de selos, exceto por um quadrado de uns três centímetros na face, em que a senhora havia espremido o endereço dos Dursley numa letra miudinha.


 


Muitos deram uma risadinha.


Então ela colou selos suficientes — disse Harry tentando fazer parecer que o engano da Sra. Weasley era muito comum. Os olhos do tio faiscaram.


 


AHAHAHAHAHAHAHAHAHA – Sirius riu.


 


Do que está rindo seu idiota? – perguntou educadamente, James.


 


Do seu filho ahahahahahahaha – James ignorou a idiotice de Sirius.


 


SIRIUS BLACK CARAMBA, QUER PARAR DE RIR E VOLTAR A LER? – Gritou Remus assustando muitos.


 


Sirius se encolheu um pouco, e voltou a ler.


O carteiro reparou — disse ele entre dentes. — Estava muito interessado em saber de onde veio a carta. Foi por isso que tocou a campainha. Parecia estar achando muito engraçado.
Harry ficou calado. Outras pessoas talvez não entendessem o porquê da preocupação do tio com tantos selos, mas Harry vivera com os Dursley tempo bastante para saber que se incomodavam muito com qualquer coisa até ligeiramente anormal. O pior receio dos dois era alguém descobrir que estavam ligados (por mais remotamente que fosse) com gente como a Sra. Weasley.


 


COMO ASSIM?? – Gritou metade do salão. Mas, nesse momento, uma luz muito forte preencheu o lugar, e dessa luz, um homem ruivo e bem alto apareceu.


 


Olá – ele disse. Parecia um pouco triste – Sou George Weasley, e sou do futuro, de onde lhe mandaram esses livros, e vim para acompanhar a leitura de hoje, e explicar algumas coisas se tiverem dúvidas… e ah, vejo que já começaram a ler.


Todos estavam meio perplexos com essa súbita aparição, que ninguém falou nada, até que Dumbledore o convidou:


 


Por que não se senta?


 


Ele concordou, e ele andou até onde o livro estava, se sentando ao lado de um Sirius um pouco confuso.


 


O que você tem a ver com esse livro? – ele perguntou.


 


Sou um amigo de Harry – ele somente disse, e ele concordou com a cabeça.



Tio Válter continuou a olhar feio para Harry, que tentava sustentar uma expressão neutra. Se não fizesse nem dissesse nada idiota, talvez pudesse curtir uma oportunidade que só ocorria uma vez na vida.
Esperou o tio dizer alguma coisa, mas o homem simplesmente continuou a fitá-lo com raiva. Harry resolveu, então, quebrar o silêncio.
Então... Posso ir? — perguntou.
Um ligeiro espasmo passou pela caraça púrpura do tio. Os bigodes se arrepiaram. Harry achou que sabia o que estava acontecendo por trás daquela bigodeira: uma batalha encarniçada em que dois instintos muito fundamentais de tio Válter se confrontavam. Permitir que Harry fosse seria fazer o garoto feliz, uma coisa que o tio lutava para evitar havia treze anos. Por outro lado, deixar que Harry sumisse para a casa dos Weasley o resto do verão seria livrar-se dele duas semanas mais cedo do que os Dursley poderiam ter sonhado, e tio Válter detestava ter Harry em casa.
Aparentemente, para ganhar tempo para pensar, ele baixou os olhos para a carta da Sra. Weasley.
Quem é essa mulher? — perguntou examinando a assinatura com desagrado.


 


Ele sempre foi muito educado com a minha família – disse George ainda com a aparência de cansado.


 


George – disse Lily gentilmente como uma mãe, o que fez James querer correr para abraçar a pequena – o que houve com você, parece tão triste.


 


Ele deu um sorrisinho tímido, mas pensou e disse:


 


Eu perdi um irmão recentemente.


 


Lily ficou pálida.


 


Ah, eu sinto muito – ela disse se segurando para não chorar – e vocês eram muito ligados?


 


Ele era meu melhor irmão – ele disse olhando para baixo – sempre aprontávamos juntos na escola, e fugimos juntos da escola, abrimos uma loja de logros juntos, e inventávamos juntos também. Mas no ano passado ele morreu na guerra. E desde então, não gosto de me olhar no espelho.


 


Por quê…? Eram muito parecidos? – Lily questionou.


 


Ele era meu irmão gêmeo.


 


Agora, todo o salão entrou em um silêncio profundo. Lily deixou algumas lágrimas caírem, assim como outras garotas.


 


Mas… – ele suspirou – ainda tenho quatro irmãos e uma irmã, então… vamos continuar a ler – ele disse ainda olhando para baixo.


O senhor já a viu. É a mãe do meu amigo Rony, estava esperando ele descer do trem de Hog... Do trem da escola no fim do ano letivo.
Quase dissera "Hogwarts", e isso certamente irritaria o tio.


 


Quem se irritaria ao ouvir falar em Hogwarts? – Sirius perguntou.


 


Bom – George deu um sorrisinho sem graça – esse trouxa que é um trouxa.


 


Os olhos de Sirius se iluminaram e ele gritou.


 


VIRAM?!? ELE TAMBÉM ACHA QUE ELE É UM TROUXA MUITO TROUXA!


 


As pessoas reviraram os olhos.


 


Ninguém jamais mencionava o nome da escola de Harry em voz alta na casa dos Dursley. Tio Válter amarrou a cara enorme como se tentasse se lembrar de uma coisa muito desagradável.
Uma mulher feito uma rolha de poço? — rosnou finalmente. — Uma penca de filhos de cabelos vermelhos?


 


George se remexeu incomodado com o que ele disse.



Harry franziu a testa. Achou que era demais o tio chamar alguém de "rolha de poço", uma vez que seu filho, Duda, finalmente atingira a forma que vinha ameaçando atingir desde os três anos de idade, ter mais largura do que altura.


 


O salão explodiu em risadas.


 


Tio Válter tornou a examinar a carta.
Quadribol — resmungou. — Quadribol, que droga é isso?


 


ELE NÃO DISSE ISSO – Gritaram aqueles que amam o quadribol.


 


Hm... George... você jogava quadribol? – questionou Sirius.


 


Ah, sim, com certeza – George soltou um sorriso sincero dessa vez – fui batedor junto com o meu irmão – ao falar do irmão seu sorriso murchou um pouco – e fugimos de Hogwarts em vassouras.


 


Por que fugiram de Hogwarts? – Questionou Minerva.


 


Ora, cara Minerva. No nosso último ano havia uma outra diretora… – todos ficaram surpresos com o fato de Dumbledore não ser mais o diretor – não se preocupem, Dumbledore voltou como diretor depois. E essa va va… va enfim, essa mulher era muito, ér, vaca. E ela precisava de uma lição e eu e ele – ele suspirou – aprontamos muito com ela e depois fugimos, foi muito legal.


 


Todos riram.



Harry sentiu nova pontada de aborrecimento.


 


Eu também sentiria um aborrecimento grande – disse James e Sirius concordou.


 


Um esporte — respondeu secamente. — Joga-se montado numa vass...
Está bem, está bem! — disse o tio em voz alta. Harry observou, com alguma satisfação, que ele parecia ligeiramente em pânico. Pelo visto seus nervos não iriam suportar o som da palavra "vassouras" em sua sala de estar. Refugiou-se outra vez no exame da carta. Harry viu os lábios do tio formarem as palavras "nos mandasse a resposta da maneira normal". Tornou a fechar a cara.
Que é que ela quer dizer da maneira normal? — bufou ele.
Normal para nós — explicou Harry e, antes que o tio pudesse interrompê-lo, acrescentou: — o senhor sabe, por correio-coruja. Isso é que é o normal para os bruxos.
Tio Válter fez uma cara tão indignada como se Harry tivesse dito um palavrão.


 


Estou cansado desse cara já – disse Sirius e folheou o livro como que para ver quantas páginas ainda tinham depois voltou a ler.


 


Trêmulo de raiva, lançou um olhar nervoso para a janela, como se esperasse ver os vizinhos com os ouvidos colados na vidraça.
Quantas vezes tenho que lhe dizer para não mencionar essa anormalidade sob o meu teto? — sibilou ele, o rosto agora um intenso tom ameixa. — Você fica parado aí, vestindo as roupas com que Petúnia e eu cobrimos suas costas ingratas...


 


O QUE FOI QUE ELE DISSE??? – Gritou James.


 


Potter, controle-se – disse Lily, e ele assentiu como um cachorrinho.


Só depois que Duda não quer mais elas — disse Harry com frieza, pois na realidade estava vestindo um suéter tão grande que ele precisava fazer cinco dobras nas mangas para poder usar as mãos, e que lhe caía abaixo dos joelhos da calça jeans muito larga.
Não vou admitir que você fale comigo assim! — disse o tio tremendo de raiva.
Mas Harry não precisava aturar isso. Ia longe o tempo em que era obrigado a aceitar todas as regras idiotas dos Dursley. Não ia seguir a dieta de Duda, e não ia deixar o tio impedi-lo de assistir à Copa Mundial de Quadribol, não se dependesse dele. Harry inspirou profundamente para se acalmar e então disse:
Muito bem, não posso assistir à Copa Mundial de Quadribol. Posso ir, agora? É que eu tenho uma carta para Sirius que quero terminar. O senhor sabe, o meu padrinho.
Conseguira. Dissera as palavras mágicas. Ficou então observando o tom púrpura no rosto do tio ir clareando desigualmente, fazendo-o parecer um sorvete de groselha mal misturado.


 


Sirius ficou com os olhos brilhando.


 


Mas que garoto esperto!! Usando meu nome para assustar o tio – ele disse e fingiu secar umas lágrimas como se estivesse com muito orgulho.


 


Você está escrevendo para ele? — indagou tio Válter numa voz falsamente calma, mas Harry vira as pupilas dos olhos dele se contraírem com repentino medo.
Bem... É — disse Harry em tom casual. — Já faz um tempo que ele não tem notícias minhas e, o senhor sabe, se não receber nada, pode pensar que aconteceu algum problema.
Ele parou para gozar o efeito de suas palavras.


 


Dessa vez todos riram. Era muito engraçado o fato de Harry usar o padrinho para botar medo no tio.


 


Quase pôde até ver as engrenagens girando por baixo dos cabelos do tio, escuros, grossos e caprichosamente repartidos. Se Válter tentasse impedir Harry de escrever para Sirius, este pensaria que o garoto estava sendo maltratado. Se dissesse que o sobrinho não podia ir à Copa Mundial de Quadribol, o garoto iria escrever contando ao padrinho, que teria certeza de que Harry estava sendo maltratado. Só havia uma coisa para tio Válter fazer. Harry via a conclusão se formando no cérebro do tio como se sua caraça bigoduda fosse transparente.


 


Oh, meu deus, o careca sabe pensar!! – disse George e todos riram.


 


O garoto tentou não sorrir e manter o rosto o mais inexpressivo possível. E então...
Bem, está bem, então. Pode ir para a casa dessa rolha... Dessa idiota... Para essa tal de Copa Mundial. Escreva respondendo a esses... Esses Weasley para virem apanhá-lo, veja bem. Não tenho tempo para acompanhar você por todo o país. E pode passar o resto do verão lá. E pode dizer ao seu, seu padrinho... Diga a ele... Diga a ele que você vai.


 


Sirius – disse James – ele realmente tem medo de você.


 


Ah, eu sei que eu sou fod...


 


Sim, senhor Black, já entendemos o que você quis dizer – disse Minerva.


 


O.K. então — disse Harry animado.
O garoto se virou e saiu pela porta da sala de estar, brigando com a vontade de saltar no ar e gritar. Ele ia... Ia para a casa dos Weasley, ia assistir à Copa Mundial de Quadribol!
Já no corredor, ele quase colidiu com Duda, que estivera escondido atrás da porta, na esperança de ouvir Harry levar um passa-fora. Ficou chocado ao ver o largo sorriso no rosto do primo.
Foi um excelente café da manhã, não foi? — exclamou Harry. — Estou de barriga cheia, você não?


 


Esse garoto é mal! – disse Sirius – mas bem que esse primo roliço dele merece.


 


Com certeza.



Rindo da cara de espanto de Duda, Harry subiu a escada, saltando três degraus de cada vez, e correu para dentro de seu quarto.
A primeira coisa que viu foi que Edwiges voltara. Estava na gaiola, espiando Harry com seus enormes olhos cor de âmbar, estalando o bico de um jeito que significava que estava aborrecida com alguma coisa. Exatamente o que a estava aborrecendo tornou-se visível quase na mesma hora.
Ai! — gemeu Harry.
Algo que lembrava uma minúscula bola de tênis, cinzenta e emplumada, acabara de bater do lado da cabeça de Harry. Ele massageou a cabeça furiosamente erguendo os olhos para ver o que o atingira, e viu uma corujinha mínima, pequena o bastante para caber na palma de sua mão,


 


Awnn – disseram as meninas.


 


chiando excitada pelo quarto como se fosse um busca-pé. O garoto percebeu que a coruja deixara cair uma carta a seus pés. Ele se abaixou, reconheceu a letra de Rony e abriu o envelope. Dentro havia um bilhete apressado.

Harry,
PAPAI CONSEGUIU AS ENTRADAS — Irlanda contra a Bulgária. Na noite de segunda. Mamãe escreveu aos trouxas para convidar você. Talvez a carta já tenha chegado, não sei quanto tempo demora o correio dos trouxas.
Pensei em lhe mandar este bilhete pela Píchi.


 


Que nome engraçado – disse James.


 


Mas é muito fofo – disseram as meninas.

Harry olhou bem para a palavra "Píchi", depois para a minúscula coruja que voava velozmente em volta da luz no teto. Que nome mais esquisito para uma coruja. Talvez ele não tivesse entendido a letra de Rony.


 


Ela se chama assim mesmo? – peguntou Remus para George.


 


Minha irmã deu o nome a ela.


 


Entendi – disse ele.


 


Voltou ao bilhete.

Vamos buscar você, quer os trouxas gostem ou não, você não pode perder a Copa, só que mamãe e papai acham que é melhor a gente primeiro fingir que está pedindo permissão. Se eles disserem sim, mande logo Píchi com a sua resposta, e iremos buscar você às cinco horas no domingo. Se eles disserem não, por favor, mande Pichi de volta depressa e iremos buscá-lo no domingo às cinco horas, assim mesmo.
Hermione está chegando hoje à tarde. Percy começou a trabalhar no Departamento de Cooperação Internacional em Magia. Não fale em ir para o exterior enquanto estiver aqui a não ser que queira que ele lhe arranque as calças pela cabeça.
Até é mais. Rony.”


Calma aí! — disse Harry, quando a corujinha tirou um rasante da cabeça dele, batendo as asas loucamente. Harry só pôde supor que de orgulho por ter entregado a carta à pessoa certa. — Vem cá, preciso que você leve a minha resposta!
A corujinha voou até o topo da gaiola da coruja de Harry.
Edwiges olhou-a friamente,


 


Awnn – disseram as meninas.


 


Tá legal, o que vocês acharam fofo agora?


 


A coruja tem personalidade – disseram em uníssono.


 


Sirius revirou os olhos.


 


como se a desafiasse a tentar se aproximar mais. Harry tomou a pena de águia mais uma vez, apanhou um pergaminho limpo e escreveu:

Rony, está tudo certo, os trouxas disseram que eu posso ir.
Vejo vocês amanhã às cinco.
Mal posso esperar.
Harry”.


Depois, dobrou o bilhete muitas vezes e, com imensa dificuldade, prendeu-o na perna da corujinha que pulava no mesmo lugar de tanta excitação.


 


Muito fofa essa corujinha – disse Lily e as meninas concordaram


 


No instante em que o bilhete ficou preso, a coruja partiu, disparou pela janela e se perdeu de vista.
Harry se virou para Edwiges.
Está com disposição para fazer uma longa viagem? — perguntou.
A coruja piou com uma certa dignidade.
Pode levar isto ao Sirius para mim? — disse ele apanhando a pena — Espera aí... quero terminar.
Ele tornou a desenrolar o pergaminho e apressadamente acrescentou um post scriptum (p.s.).

Se quiser entrar em contato comigo, estarei na casa do meu amigo Rony Weasley até o fim do verão. O pai dele arranjou entradas para a gente assistir à Copa Mundial de Quadribol!”

Terminada a carta, ele a amarrou à perna de Edwiges; ela ficou anormalmente quieta, como se estivesse decidida a mostrar ao dono como é que uma verdadeira coruja-correio devia se comportar.
Vou estar na casa de Rony quando você voltar, está bem? — Harry a informou.
A coruja deu uma bicadinha carinhosa no dedo do garoto,


 


Acho que ela não consegue ficar muito tempo brava com ele – Sirius disse.


 


depois, com um ruído farfalhante, abriu as enormes asas e saiu voando pela janela aberta.
Harry observou-a desaparecer ao longe, depois entrou de quatro embaixo da cama, soltou a tábua do soalho e apanhou um pedação de bolo de aniversário.
Sentou-se no chão para comê-lo, saboreando a felicidade que o invadia. Ele comia bolo e Duda só comia grapefruit, fazia um belo dia de verão, sua cicatriz estava perfeitamente normal, ele ia deixar a Rua dos Alfeneiros no dia seguinte e ia assistir à Copa Mundial de Quadribol. Naquele momento era difícil se preocupar com alguma coisa — até mesmo com Lord Voldemort.


 


– Bom, eu acho que eu me preocuparia com isso – disse James.


 


– Quem quer ler o próximo capítulo? – disse Sirius, e nessa hora, mais uma luz forte apareceu, e dela saiu uma mulher com cabelos castanhos e cacheados, como nariz empinado.


 


– Eu quero – disse ela – olá sou Hermione, e George, eu sou a próxima a acompanhar a leitura.


 


Todos ficaram espantados, que nem da última vez.


(N/A: Oie, eu sei que o final ficou com pouco comentário, mas eu fiquei cansada haushsuahuashua, o que acharam? Desculpe qualquer erro, okay? Beijos.) 

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Comentários (1)

  • Clenery Aingremont

    Espera aí... Como assim "sou a próxima a acompanhar a leitura?". O George vai voltar para o tempo deles e a Hermione vai tomar seu lugar até chegar o próximo, ou vão ficar os dois juntos? É realmente triste a morte do Fred. Eu não acho tão difícil assim fazer comentários por cima do livro, eu escrevo a fanfic "Lendo: The Hunger Games". O difícil realmente deve ser "se destacar" das outras fanfics de Lendo: Harry Potter. No meu caso não tenho esse problema, não existe nenhum outro "Lendo: THG" em português haha Isso me dá um pouco de vantagem. Se reclamarem da minha fic eu digo que eles terão que se contentar com a minha até que um ficwriter mais experiente decida escrever também... Whatever! É normal ter bloqueio criativo, mesmo com esse tipo de fanfic. Não se preocupe com isso :) Só quem é ficwriter também sabe como é passar por isso. Quem reclamar que o capítulo não está bom é porque nunca escreveu uma fanfic. Boa sorte aí e até a próxima! Incrível como todo mundo viaja todos os fins de anos e eu não :(

    2013-12-12
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