Está é a Ultima Vez...

Até mesmo o melhor dos navegantes do mar turbulento chamado vida, acabam naufragados pela forte tempestade durante a longa viagem a procura do sentido da vida – by Flor do Inferno

Mais uma vez fui enganada, ele mentiu para mim, quebrou a promessa, a promessa que sempre estaria ao meu lado, deixe ser idiota Hermione Granger, se tudo o que ele disse era mentira, claro que a promessa também foi mais uma de suas mentiras, nunca mais quero vê-lo, odeio Draco Malfoy, odeio com todas as minhas forças, me odeio mais ainda por ter-lo amado, odeio por te sido fraca, por te deixado entrar em minha vida, odeio pessoas como ele que sente prazer em dar o mundo para tolos como eu e o tira de uma hora para outra como se fosse um jogo doentio, não consigo mais distinguir se ainda existe aquele sentimento que sentir por ele, mas acho que já não existe mais...

Hermione estava novamente no fundo de um poço profundo, martirizando-se pelo amor que sentiu, sentia-se a mulher mais estúpida do mundo, como podia deixar se levar tão facilmente por alguém que nem ao menos a amou? Isso que ela se perguntava a cada maldito segundo que tilintava o ponteiro do relógio de parede de sua mansão, a angústia tomava conta de cada célula do corpo frágil daquela mulher, as lagrimas permaneciam vivas em seu rosto, desciam mais do que descontroladas, desvairadas seriam as palavras certas para definir, chorou como se fosse uma criança, uma criança tola, contudo não estava acreditando que ainda permanecia lá, a lapide ofuscante fincada em um aro fino de ouro, o anel que selou a união dela com Draco Malfoy, quando o percebeu, tirou agressivamente do dedo fino e arremessou para longe, como se não fosse mais nada importante, como se fosse algo descartável e assim que Hermione definia o anel de casamento que Draco lhe dera, era algo descartável, titulando a pior mentira que Draco contou para ela, a pediu em casamento apenas para humilhá-la? Assim que Hermione pensara e agora tinha a total certeza de que tudo não passou de uma grande mentira, porque será que todos os homens do mundo tinham o excelente dom de machucá-la? Perdeu-se em diversos meios que a fizesse esquecer-se da imensa dor que estava sentindo, sentia-se usada, usada como um brinquedo e depois descartada como se fosse um pacote de biscoitos vazio, pela primeira vez se embebedou com metade do estoque de sua adega, Hermione não tinha o habito de beber excessivamente, mas aquela era uma ocasião em que precisava desesperadamente afogar sua dor com o liquido quente e avassalador, seu mundo girou sobre seus pés, vomitou diversas vezes adentro do vaso sanitário de seu banheiro, sentiu-se patética e derrotada como nunca se sentiu em toda sua vida, mas decidiu que nunca mais ficaria dessa forma por homem nenhum, tampouco por Draco Malfoy, mas não se importou de ficar mais um pouco naquele estado, deitou-se no chão frio do banheiro e ali adormeceu, expressão pálida e frágil, os olhos inchados e as bochechas avermelhadas pelo choro constante, Hermione realmente foi arrastada para o fundo do oceano pela forte tempestade...

**

No dia Seguinte...

Draco estava sentado em seu escritório, olhando para o teto, sua expressão estava estranha, parecia levemente embriagado, sua gravata estava desajustada, alguns botões de sua camisa estavam abertos e as mangas da camisa dobradas, os cabelos loiros platinados estavam desalinhados, totalmente desalinhados, os olhos estavam turvos, seu olhar estava mais gelado do que um cubo de gelo, uma garrafa de uísque francês encontrava em seu domínio, de vez em quando Draco levava a mesma até os labios, bebericando excessivamente o conteúdo da garrafa, seus pensamentos estavam embaralhados naquelas íris acinzentadas triste e sem vida, sentiu-se mais uma vez um perdedor sem concorrente, ele mesmo tropeçou no próprio pé, caiu na própria armadilha...

**FLASHBACK**

Lucius desceu elegantemente de sua limusine particular, cheio de estilo, adentrando a mansão dos Malfoy, sentiu-se impressionado, avistando Draco e Narcisa conversando tranquilamente no sofá do Hall, Lucius fizera questão de provocar um ruído alto ao colocar sua mala no chão para assustá-los e assim aconteceu, Draco e Narcisa olharam abruptamente para Lucius que sorriu debochado aproximando-se de ambos.

– Olá linda família – soltou irônico.

– Oi Lucius – disse Narcisa em um tom quase amável, Lucius a olhou secamente, nem ao menos deu um beijo na esposa, olhou com o mesmo olhar para Draco, que não também o olhava com o mesmo injurio, não o cumprimentou é claro.

Draco estava naquele lugar apenas para falar sobre o seu relacionamento com Hermione, dizer que estavam juntos e logo iria se casar e que nada que ele e Narcisa fizesse para atrapalhar, não iria funcionar, nada mais importava para ele naquele momento crucial, ao pensar na amada, sorriu brevemente, também havia ficado feliz ao ver Narcisa, gostava muito da mãe, mas o mesmo não poderia ser dito em relação a Lucius, aquele homem parecia humano por fora mas por dentro não chegava nem perto disso, era frio e calculista, Narcisa e Draco não passavam de meras peças em seu jogo, peças que Lucius adorava manipular como se nada mais fosse tão atraente, sempre vivia com aquele sorriso carregado de sarcasmo nos lábios brutos e grossos. O silencio no Hall ficara insuportável, Draco decidido conversou...

– Pai precisamos conversar, tenho algo importante para falar com você e com minha mãe. – disse firme. Narcisa e Lucius apenas olharam para ele, então Lucius assentiu, todos se sentaram no sofá decorado com um pano verde escuro, muito sofisticado.

– Então diga logo o que tem para dizer Draco. – exigiu Lucius ríspido, Narcisa revirou os olhos e disse.

– Seja mais paciente Lucius. – pediu, dessa vez foi a vez de Lucius revirar os olhos, mas ignorou o comentário da esposa e voltou o olhar acinzentado frio para Draco.

– Apenas quero deixar vocês informados que estou noivo, noivo de uma mulher muito gentil e inteligente, acho que vocês vão gostar dela, mas caso o contrario aconteça, digo que nada que você façam vão me impedir de me casar com Hermione Granger. – eclodiu serio e decidido levantando-se do sofá , encarando Narcisa e Lucius atônitos...

– De maneira nenhum você vai se casar com aquela mulher Draco, jamais vou permitir você se casar com aquela... – vociferou Lucius, mas percebeu que havia cometido um erro grande em tentar ofender Hermione, Draco o fuzilou com olhar, interrompendo Lucius antes que pudesse fazê-lo.

– Não se atreva ofender Hermione na minha frente, isso eu não permito, o que tem demais? Hermione é uma mulher boa e é rica, não era isso que vocês queriam? Na verdade não me importo muito com o que vocês querem, me importo que ao lado dela, me sinto feliz, vamos lá Pai, não temos nada a perder com isso. - esbravejou Draco revoltado, dessa vez foi à vez de Narcisa falar.

– Lucius, se o que Draco está dizendo é verdade, não teria nada demais essa moça entrar para nossa família. – disse Narcisa calma.

– Nunca iria permitir o Draco se casar com aquela mulher Narcisa, afinal ela veio do lixo e deu o golpe em um velho prestes a morrer, acha que eu não sei que ela herdou a fortuna de Alvo Dumbledore? Acorde Draco, você será o próximo que ela tentará dar o golpe, Hermione não passa de uma mulherzinha vulgar. – esbravejou Lucius friamente, dando um sorriso sarcástico, mas logo esse se desfez com o soco certeiro que levou na face, Draco instigou toda sua ira naquele soco, descontrolou-se, não poderia permitir Lucius ofender a mulher que ele ama em sua frente. Lucius apenas sorriu mais ainda com aquela agressão, deu um sorriso de vitoria, porque sabia que havia dito o bastante para fazer Draco perder o controle, finalmente Lucius havia conseguido o que queria, provocar desavenças, na lateral da sua boca sangrava, Lucius passara a palma da mão lentamente limpando o sangue, então se recompôs, Narcisa colocara sua mão sobre o ombro do filho nervosa...

– Calma Draco, por favor não briguem. – clamou

– Cale a boca Narcisa! – vociferou Lucius impaciente, continuou. – Deixe-nos a sós Narcisa, agora mesmo. – exigiu, Narcisa assentiu com aceno de cabeça e saiu, Draco estalava o maxilar em fúria, fuzilando Lucius apenas com olhos turvos acinzentados.

– Está vendo Draco? Me agrediu por causa de uma mulher, como você é tolo filhinho, já se esqueceu do as mulheres são capazes? Lembra de Astoria? Ela te trocou por outro, porque você é um frouxo!!! Não é homem o bastante para botar as rédeas em uma mulher, botá-la em seu devido lugar e agora mais uma vez a história se repete, você está tão cego, Hermione Granger é como todas as outras, poupe a si mesmo de passar pela a humilhação que passou, porque você acha que sempre consigo tudo o que quero Draco? Acha mesmo que levo em consideração os sentimentos? Não mesmo, tudo não passa de negócios, por exemplo, meu casamento com sua mãe não passou de negócios, nunca sentir nada por ela, tampouco por você, tenho tudo o que tenho hoje, graças aos meus conceitos e nele não tem espaço para sentimentos desnecessários como o amor. – disse Lucius irônico, andando lentamente até uma mesinha redonda e em cima dela havia uma bandeja de prata com uísques variados, Lucius serviu-se em um copo redondo e levou até os lábios e bebeu, do outro lado do Hall, Draco o encarava com nojo, perguntava-se quem era aquele monstro que chamava de pai? Nunca mereceu aquele titulo paterno, Lucius Malfoy não passava de uma casca vazia, Draco sentiu-se mais enojado ainda com o sorriso carregado de sarcasmo que Lucius estava dando para ele naquele momento, sentiu vontade de cuspir na cara do seu suposto pai.

– Realmente você merece meus parabéns papai, você me superou em tudo, antes eu daria tudo para ser como você, fiz tudo meticulosamente para conseguir isso, nunca contestei sua autoridade com a esperança de você reconhecer meus esforços e não era somente isso, fazia tudo aquilo para ser exatamente como você, como fui cego todos esses anos, eu sentia maior orgulho de ser um Malfoy, adorava todos os prazeres que vida de um Malfoy me proporcionava, bebidas, mulheres, dinheiro e luxo acima de tudo, nem percebi que estava cheio de soberba, estava me tornando alguém egoísta e mesquinho, estava me tornando uma copia perfeita sua, estava me aprofundando mais e mais no meu próprio sepulcro, eu realmente estava me esquecendo de ser humano com as pessoas, não me arrependo de ter sido quem fui com Astoria, acredito que foi um episodio lamentável da minha vida, mas isso me tornou mais humano, descobrir depois daquilo que eu não estava acima de qualquer mal, na verdade não estava acima de nada, mas meu pior erro foi me privar dos verdadeiros prazeres que a vida oferece, que é amar e ser amado, ser importante para alguém, contudo é claro que estou perdendo meu tempo e minha saliva falando de sentimentos com você. – riu irônico após o longo discurso, mas continuou com um brilho intenso nas íris acinzentadas. – Você tem muito que aprender Lucius Malfoy, dinheiro e fama não são tudo na vida, há algo maior que isso, muito maior, mas como já disse, é uma perca de tempo falar de sentimentos com você, apenas deixo claro que você não vai atrapalhar meu casamento com Hermione, você não controla mais a minha vida!!! – bradou decidido, Draco ofegou como se tivesse travado uma guerra, mas realmente se via em uma, uma guerra contra Lucius, que ainda manteve sua pose fria e ereta diante de Draco, mesmo depois das humilhantes palavras que foram proferidas com tanto desdém e coragem por Draco. Realmente Lucius não sentia nada, apenas riu novamente com o mesmo sarcasmo, mas com um pingo de vitoria, vitoria? Onde Lucius havia ganhado naquela guerra de discursos contra Draco? Foi mais humilhado do que humilhou, mas Lucius manteve a postura superior, aquilo não terminaria por aquilo mesmo...

– Você se acha tão maduro não é mesmo Draco? Mas nada disso me comoveu, realmente você está perdendo seu precioso tempo, nada que sai da sua boca me interessa, apenas não vou permitir que você jogue o nome dos Malfoy na lama, ao se casar com Hermione Granger, é isso que irá acontecer, acho que realmente terei que levar essa situação ao extremo... – disse tranquilamente como se nada o afetasse, e realmente Lucius Malfoy era inatingível, sorriu mais uma vez e continuou, um brilho frio e cortante se instalou no olhar acinzentado de Lucius ao continuar o dialogo... – Já descobriram quem matou Alvo Dumbledore? – perguntou simplesmente, mudando drasticamente de assunto, Draco ficou confuso com a pergunta, estava se perguntando por que Lucius estava fazendo aquela pergunta naquele momento...

– Não. – respondeu seco. Lucius sorriu sarcasticamente, deu uma gargalhada tenebrosa, que ecoou em todo o Hall, um frio ávido percorreu pela espinha de Draco ao ouvi-la, a imagem de Lucius a sua frente era tão sombria quanto antes, uma gota de suor desceu a têmpora de Draco...

– Realmente nunca vão descobrir quem foi, melhor dizendo, nunca irão descobrir que Lucius Malfoy, o ministro do fórum internacional de Nova York matou Alvo Dumbledore. – disse Lucius friamente, tentando abafar as risadas sombrias que teimava em escapar dos seus lábios. Draco ficou pasmo, sua cor era tão pálida como uma folha de papel, sua respiração se entrecortou, piscou três vezes rapidamente tentando processar aquelas palavras que saíram da boca de Lucius, aquele que um dia admirou com tanta devoção. Não estava acreditando que Lucius havia matado Dumbledore, mas não esperava menos de Lucius, Draco sabia que seu pai era capaz de tudo, mas não entendia porque havia feito o que fez, qual é o credito isso daria a Lucius? Draco não abdicou em perguntar qual era o motivo de Lucius ter matado Dumbledore.

– Você é muito dissimulado! Porque o matou? – exigiu Draco com um tom exasperado.

– Simplesmente aquele velho intrometido estava metendo o nariz onde não era chamado, ele estava investigando os nossos negócios Draco, Dumbledore estava prestes a descobrir que estávamos inocentados culpados e culpando os inocentes no fórum, ele resolveu investigar o caso de Bellatrix e Voldemort, quando ele descobriu que eu era cúmplice daqueles dois, descobriu todos os nossos planos, afinal inocentamos Bellatrix e Voldemort naquele dia, Dumbledore dedicou seu tempo para pegar os responsáveis pela liberdade dos dois e então finalmente ele descobriu que tinha o nosso dedo nessa historia, então eu tinha que dar o fim naquele velhote intrometido de uma vez por todas, e assim o fiz, fui até a mansão de Dumbledore e o envenenei, perfeitamente calculado. – sorriu dissimulado e calculista, sentindo-se orgulhoso por tudo que havia feito, Lucius sentia orgulho do homem frio que era, Draco sentiu um nojo inimaginável por aquele homem em sua frente, não controlou-se por nenhum momento, andou com passos largos até Lucius e o segurou pela gola da camisa o sacudindo agressivamente...

– Você não passa de um lixo!!! Hermione sofreu por sua causa, passou meses e meses definhando com perda do pai, como você pode fazer uma coisa dessa? Você é um monstro!!! – vomitou Draco, era aquilo que desejava, sentiu repulsa por Lucius...

– Você não será tão diferente de mim Draco, depois do que você fizer a ela, Hermione sofrerá mais ainda. – sorriu Lucius debochado, sem se sentir intimidade por Draco, que ainda segurava-lhe a camisa com uma expressão furiosa.

– “Depois do que eu fizer a ela” ? Não farei nada que magoe a Hermione, não sou como você, que fez minha mãe sofrer anos e anos enquanto ela apenas amou você!!!

– Claro que fará Draco, ela vai sangrar por dentro, o coração frágil dela irá se quebrar em milhões de pedaços, se você não o fizer, eu farei, mais ela vai sangrar de verdade, eu vou matá-la Draco, se você insistir em ficar perto de Hermione, vou matá-la e você apenas assistirá isso, não há nada que você possa fazer para mudar isso. – declarou Lucius sorrindo, aquilo enojou mais ainda Draco, que o arremessou contra a mesa de bebidas do Hall com agressividade, Lucius se encontrava agora sobre os cacos de vidro e levantou-se rapidamente, certamente machucado pelos fragmentos de vidros, mas ainda manteve a pose fria e calculada e encarou Draco...

– Você não vai encostar nenhum dedo sujo nela!!! Nunca!!! – declarou firme, mas Draco temia por dentro, temia porque Lucius era alguém que conseguia tudo o que queria e seria capaz de tudo para ganhar uma batalha, Draco se sentiu impotente, fraco, mas conseguiu manter-se firme diante da figura sombria de Lucius, mas ainda se sentia inseguro, não estava mais tão certo que podia proteger Hermione estando ao lado dela...

– Não seja tolo Draco, não entende que você é um fraco? Você não pode contra mim, então faça um favor para si mesmo, desista dessa história ridícula de ser casar com Hermione Granger, você não tem alternativa, você é Malfoy!!! Mesmo que negue isso, mesmo que renuncie tudo que lhe foi ensinado, meu sangue corre nas suas veias, nada do que você faça, mudará isso e mais do que ninguém você sabe que quando quero algo, eu consigo e com certeza não pensarei duas vezes em machucar sua amada Hermione apenas para conseguir o eu quero, que é manter o nome da família Malfoy intacto!!!

Draco sentiu todas suas forças se esvair de uma vez, naquelas palavras estavam o peso exuberante da verdade, realmente não podia proteger Hermione, era mesmo um fraco e sempre seria um fraco, mais uma vez Lucius imobilizou Draco, aquilo o fazia sentir prazer, prazer controlar o filho e a esposa, Draco não via outra escolha, apenas queria que Hermione ficasse segura, Draco colocou os pés no chão e pensou que aquela historia com Hermione realmente nunca daria certo, ele era um Malfoy e sempre seria um Malfoy e carregava consigo o fardo que aquele nome representava, não queria aquilo para Hermione, não poderia permitir a mulher que ama sofrer juntamente com ele, então fechou os olhos e os abriu rapidamente, o corpo de Draco estava rígido, relutou em responder, mas o fez mesmo assim...

– Realmente você está certo pai, realmente sou um fraco, um tolo, não posso protegê-la e sempre serei um Malfoy, posso fazer tudo o que senhor me ordenar, contato que deixe Hermione em paz, assim o farei. – disse seco desviando o olhar, olhava agora para a noite escura que estava lá em fora, silenciosa como sempre...

– Realmente vejo que se convenceu disso Draco, espero que nunca mais toque nesse assunto novamente, se o fizer, sabe que posso fazer com sua preciosa Hermione, amanhã mesmo quero que você acabe com toda essa palhaçada, quero ela fora do fórum amanha mesmo Draco. – disse Lucius, subindo as escadas do Hall, deixando Draco sozinho...

**FIM DO FLASHBACK**

Draco continuava sentado, olhando para o teto de sua sala, bebericando de vez em quando o liquido da garrafa de Vodka, um estrondo barulhento da porta batendo tirou Draco de seus devaneios, era Harry parado em frente em sua mesa, estava furioso, os olhos verdes brilhavam raivosos, não deu tempo nem ao menos para Draco perguntar o que ele queria ali, Harry o socou em cheio na face, Draco não reagiu, apenas o encarou com frieza e disse...

– Porque fez isso Potter? – bradou Draco

– Isso é muito pouco perto do que você merece Malfoy, você fez Hermione sofrer seu maldito, como pode fazer aquilo com Hermione? – esbraveja Harry apanhando Draco pela gola da camisa, Harry estava tão furioso que uma veia saltou em sua têmpora empalidecida. Draco apenas o olhou frio e distante sem se defender, o sangue escorria quente no canto da boca de Draco, ele não se importou nem um pouco com aquilo.

– Simplesmente cansei de brincar de bom moço com a Hermione, ela sofreria mais ainda se estivesse comigo Potter, agora saia da minha sala, não tenho aturar suas crises de paternalismo a favor da Hermione está bem? – disse seco, aquilo fez Harry se irritar mais ainda, portanto Harry o soltou bruscamente.

– Você é nojo Malfoy, espero que um dia você se arrependa de tudo isso e quando isso acontecer, vai será Hermione que vai te rejeitar!!! – vociferou Harry com desprezo saindo pela porta onde entrou, batendo-a com força, Draco ficou por alguns minutos encarando a porta e novamente se sentou e sussurrou algo...

Vocês não entendem...

**

Duas Semanas Depois...

Hermione havia tomado uma decisão importante, Hermione decidiu morar na Bulgária por alguns anos, passar algum tempo longe de Nova York, longe de tudo e principalmente longe de Draco, não agüentava mais ficar em Nova York, porque em todos os lugares que ela fosse, ela lembrava dele, tudo lembrava ele, Hermione se perguntava quando aquela tortura iria acabar? Não iria, enquanto ela permanecesse no mesmo lugar, então decidiu viajar, morar em outro lugar, conhecer novas pessoas, novos amigos, era somente daquilo que Hermione precisava, ela e seu filho que estava por vim, finalmente hoje era o dia de sua esperada viagem, tudo estava preparado, perfeitamente, Hermione não se despediu de ninguém, nem mesmo de Harry e Gina, seus melhores amigos, queria esquecer tudo aquilo, um pensamento egoísta de Hermione, mas não mudou sua opinião, seguiu adiante para o aeroporto de Nova York com suas malas, sem olhar para trás, sem olhar para tudo que havia deixado para trás, Hermion estava trajando uma Sharpe vermelha combinando com uma blusa de frio preta e uma calça jeans simples, puxando sua mala com rodas pelo aeroporto até chegar a recepção do aeroporto para se informar sobre os horários dos vôos...

– Bom dia Moça, quero saber se o vôo para Bulgária das 07:30 está tudo certo para sair na hora? – perguntou para moça loira que sorriu e respondeu...

– Bom dia, sim é claro moça, daqui a 30 minutos o vôo estará saindo.

– Muito obrigada. – disse simplesmente, andando até uma monte de cadeira que se encontrava não muito longe da entrada para o vôo, aqueles assentou era para os viajantes aguardarem seus vôos, então Hermione sentou-se e começou a contemplar o grande quadro visual dos vôos, sentiu uma calmaria ao ouvi um som de piano ecoar pelo aeroporto, era a musica que estava cantando através dos caixas de sons ajustadas na parte superior do aeroporto para agradar todos naquele lugar, a musica era linda, Hermione fechou os olhos para sentir a doce melodia do piano na musica, então uma voz masculina grave e linda começou a cantar as frases da musica...

I find myself at your door

(Me encontrei na sua porta)

Just like all those times before

(Como todas as outras vezes antes)

I’m not sure how I got there

(Não tenho certeza de como cheguei lá)

All roads they lead me here

(Todas as estradas me guiaram até aqui)

I imagine you are home

(Eu imagino você em casa)

In your room, all alone

(Em seu quarto, sozinha)

And you open your eyes into mine

(E você abre seus olhos nos meus)

And everything feels better

(E tudo parece melhor)

 

 

Uma voz feminina juntou-se ao do homem na canção, ambos pareciam amantes durante a musica, falavam da sua historia de amor, Hermione sentiu-se embriagada pela canção, se via no lugar daquela mulher que cantava com aquele homem na musica, parecia que aquela musica entrava em total conexão com sua historia de amor com Draco, Hermione não conseguiu evitar, pensou nele mais uma vez, sentiu seu coração se quebrar mais uma vez dentro do peito, formigou, doeu, latejou violentamente, a canção continuava a tocar, a dor aumentava no peito de Hermione, que relutava para não chorar novamente, não queria mais chorar, não queria chorar por alguém como ele, então a mulher cantou...

 

Right before your eyes

(Bem diante de seus olhos)

I’m breaking, no past

(Estou desmoronando, sem passado)

No reasons why

(E sem motivos)

Just you and me

(Apenas você e eu)

This is the last time I’m asking you this

(Esta é a ultima vez que estou te pedindo isso)

Put my name at the top of your list

(Põe meu nome no topo na sua lista)

This is the last time I’m asking you why

(Esta é a ultima vez que eu pergunto por que)

You break my heart in the blink of an eye

(Você parte meu coração num piscar de olhos)

 

 

Hermione estava perdida naquela canção de amor que a fez lembrar dele, maldita canção, maldito dia que conheceu Draco, maldito dia que sem querer o amou, amou tanto que tudo o que sustentava Hermione era esse amor, que de repente já não existia mais, os olhos a traíram violentamente, sentiu-se uma perdedora mais uma vez, chorou desatadamente sozinha naquela cadeira fria do aeroporto, havia tantas pessoas ali naquele lugar, mas Hermione se sentiu sozinha em uma sala escura...

You find yourself at my door

(Você se encontra em minha porta)

Just like all those times before

(Como todas as outras vezes antes)

You wear your best apology

(Você usou sua melhor desculpa)

But I was there to watch you leave

(Mas eu estava lá para ver você partir)

 

Alguém a olhava alguns metros dali, relutante, contemplava Hermione naquele exato momento, era ele, olhando-a com aqueles olhos acinzentados entristecidos, envergonhados porque ele sabia que era unicamente culpa dele por ela esta daquela maneira, seu coração sofreu em silencio, latejou tão forte que doeu dentro do peito, Draco levou sua mão lentamente até seu peito, tentando evitar que ele se quebrasse com aquela visão, a visão da mulher amada sofrendo por culpa dele, somente dele, o desejo de Draco, desejo insano de ir até ela, pega-la pelos braços e dizer que tudo não passou de mentira, uma mentira para protegê-la, seu desejo súbito de provar para Hermione que fez tudo aquilo somente por ela, pelo bem dela, que tudo não passou de teatro, queria dizer desesperadamente que a amava, amava com todas as forças de seu coração, mas como podia conseguir forças naquele momento para dizer tudo que estava sentindo para Hermione? Sentiu-se inutilizado mais uma vez, não deveria, não podia fazer nada daquilo, não queria deixá-la em perigo apenas para privá-la de sofrer agora.

And all the times I let you in

(E todas as vezes que te deixei entrar)

Just for you to go again

(Só para você partir de novo)

Disappear, when you come back

(Desaparecer, quando você volta)

Everything is better

(Tudo é melhor)

And right before your eyes

(E bem em diante dos seus olhos)

I’m aching, no past

(Estou sofrendo, sem passado)

Nowhere to hide

(Ou nenhum lugar para se esconder)

Just you and me

(Só você e eu)

 

Hermione continuava na mesma posição, imóvel, chorando silenciosamente, olhando para o chão, como se tivesse com olhar perdido, como se sua vida não tivesse mais sentido e nem direção, as lagrimas tocavam o chão consecutivamente, eram tantas lagrimas que permitam a isso, sentiu seu corpo todo imobilizado quando sentiu o toque de uma mão em seu ombro, uma mão calorosa, uma calor familiar, antes de levantar os olhos e olhar quem era que estava ali, seu coração bateu fortemente contra o peito, Hermione temeu que ele pudesse ouvir as batidas violentas de sey coração, quando finalmente reuniu forças para encará-lo uma ultima vez, o viu ali, Draco estava ao seu lado, olhando-a com aqueles olhos confusos, o tempo parou...      

This is the last time I’m asking you this

(Esta é a ultima vez que estou te pedindo isso)

Put my name at the top of your list

(Põe meu nome no topo da sua lista)

This is the last time I’m asking you why

(Esta é a ultima vez que eu pergunto por que)

You break my heart in the blink of an eye

(Você parte meu coração num piscar de olhos)

 
 

Hermione levantou-se abruptamente da cadeira puxando sua mala, mais um braço forte a conteve, Draco a segurou pelo braço, A forçou junta-se a ele em um abraço, mas um abraço que não privava seus contatos visuais, Hermione o olhou com tristeza e desprezo, os olhos vermelhos pós-choro brilhavam, brilhavam com brilho triste e sem vida, as bochecha molhadas pelas lagrimas a deixava ainda mais bela, a boca avermelhada convidativa, tudo nela era tão belo, Draco não conseguiu tirar os olhos do aspecto frágil e doce de Hermione, sentiu-se imprudente por ter ido até lá, mas não agüentava mais, precisava tê-la em seus braços uma ultima vez...

This is the last time you tell me I’ve got it wrong

(Esta é a ultima vez que você me diz que entendi errado)

This is the last time I say it’s been you all along

(Esta é a ultima vez que eu digo que sempre foi você)

This is the last time I let you in my door

(Esta é a ultima vez que eu deixo você entrar pela minha porta)

This is the last time, I won’t hurt you anymore

(Esta é a ultima vez, não vou mais te machucar)

 

Draco a beijou, um beijo suave, não pôde mais resistir, tomou aqueles doces lábios, uma ultima vez, precisava desesperadamente saber se ela ainda o amava, não suportava a idéia de que Hermione o odiava, então teve sua resposta, Hermione correspondeu, o beijou desesperadamente, moveu os lábios contra os dele com tanto desejo, um desejo voraz, entrelaçou sua língua com a dele com tanta desenvoltura, não havia espaço para o ódio naquele momento, somente para o amor, o amor que ambos sentiam ardentemente dentro de seus corações, para sentir que aquilo era real, Draco tocou-lhe os cabelos castanhos, os desalinhou com sua mão durante o beijo, Hermione redeu-se mais uma vez ao desejo de tê-lo mais uma vez, não queria acreditar que tudo aquilo havia sido mentira...
 

This is the last time I’m asking you this

(Esta é a ultima vez que estou te pedindo isso)

Put my name at the top of your list

(Põe meu nome no topo da sua lista)

This is the last time I’m asking you why

(Esta é a ultima vez que eu pergunto por que)

You break my heart in the blink of an eye

(Você parte meu coração num piscar de olhos)

 

Hermione chorou naqueles braços, que um dia tanto lhe confortou, mas que agora lhe faziam apenas chorar, não acreditava que mais uma vez ele a dominou, sentiu-se usada mais uma vez, então o empurrou para longe com agressividade, Draco sentiu a fúria nos olhos castanhos, uma fúria humilhante, ela se sentiu humilhada, humilhada por ele e mais uma vez sentiu seu rosto arder com a bofetada de Hermione, diante dele, ele viu mais uma vez aqueles olhos carregados de desprezo, ela o desprezava, mas também o amava, contudo estava ferida, machucada...

This is the last time I’m asking you

(Esta é a ultima vez que estou te pedindo)

Last time I’m asking you

(Última vez que estou te pedindo)

Last time I’m asking you this

(Última vez que estou te pedindo isso)

 
 

Draco apenas via seu único motivo de ser feliz ir embora, talvez para sempre, Hermione corria desesperadamente pelo aeroporto e adentrou rapidamente para o vôo para Bulgária, sem ao menos olhar para trás, não queria vê-lo nunca mais, os olhos vermelhos brotavam mais lagrimas quando adentrou o avião, sentou-se na poltrona macia, olhando pela janela, perdida em pensamentos, em pensamentos ruins...

This is the last time I’m asking you

(Esta é a ultima vez que estou te pedindo)

Last time I’m asking you

(Última vez que estou te pedindo)

Las time I’m asking you this

(Última vez que estou te pedindo isso)

 
 

Draco apenas permanecia imóvel naquele mesmo lugar, não acreditou que deixou sua felicidade escapar, sua única esperança de ser feliz, pensou que nunca mais a veria e talvez assim seria, Draco deu passos lentos até a vidraça que transparecia do outro lado o avião que levantaria voou para Bulgária, Hermione esta lá, Draco apenas olhava, olhou diversas vezes até se conformar com idéia que ela estava dentro daquele avião, pronta para partir para sempre e assim foi, o avião subiu aos céus e sumiu entre as nuvens nubladas, Draco contraiu os lábios e sorriu, um sorriso fraco, porque ele estava sorrindo? Mas não era um sorriso feliz, então...uma lagrima caiu, silenciosa e dolorosa, caiu das íris acinzentadas então mais outra caiu, varias lagrimas começaram a brotar dos olhos de Draco, pela primeira vez na vida, ele chorou, chorou pela unica mulher que ele amou, chorou por Hermione Granger...

 

 

****FIM****

 

 

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