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– (56) –
– PUTA QUE PARIU!
– O que foi, Tori? – Denis a olhou assustado.
– Você viu minha câmera?
Astoria procurava por ela em sua mesa na redação, nos armários, no lixo, dentro dos livros, em todos os lugares.
– Não lembra onde deixou? – O amigo sorriu bebericando seu chocolate quente.
Astoria revidou a pergunta com um olhar mortal e cruel de um basilísco.
– To fodida, cara, tenho que fotografar o ministro em 20 minutos. – E lá se foram mais algumas centenas de objetos e papéis para o chão.
– Onde foi o último lugar que você se lembra estar com ela?
– Não sei... cheguei na redação, fui até a cozinha, depois na sala da Gina...
– A–HA.
– Não lembro de ter largado a bolsa por ai...
– Tori... não vai doer, ok?
– Não tem nada a ver, Denis...
– É simples... você vai até a sala dela, depois você volta e vai fazer as suas fotos.
– Astoria? – Era Gina. E como a loira estava atordoada travando uma batalha interna sobre ir ou não à sala da mulher mais linda do mundo, não se deu conta, mais uma vez, de quem se tratava.
– Quê?! Ah, O–Oi, Gi–Gina.
Denis sorriu. Quando Astoria começa a gaguejar...
– Acho que você esqueceu uma coisa em minha sala.
– E–eu, minha câ–câmera. Que bom que...
– Vai logo. – O amigo incentivou.
Astoria baixou levemente a cabeça e acompanhou Gina até sua sala. Lá, a ruiva lhe entregou sua bolsa, entretanto sem soltá–la. Elas se encararam.
– Preciso de umas fotos.
– A–Agora?
– Não. Mais tarde. Você conhece algum estúdio ou coisa assim?
– Fotos suas?
– É. Para o memorial do Harpias. Devo enviar uma foto e gostaria que você fizesse.
– Cla–claro. Eu... bem... tenho um estúdio em casa... Não é muito sofisticado, mas–
– Vai servir. – A ruiva sorriu.
– Bem... – Astoria procurou um papel e uma caneta em sua bolsa. – Esse é meu endereço. Você pode aparatar no corredor e – ela entregou o pedaço de papel. – bem... eu abro a porta.
– Ok. – Gina sorriu guardando o papel. – Que horas devo ir?
– Às dez, se não for problema.
E, às dez, Gina estava à porta de Astoria.
– Oi. – o sorriso da ruiva era encantador.
– Oi, Gina. – Astoria sorriu de volta. Havia um ar muito profissional na loira.
– Trouxe algo pra gente. – E foi ai que Tori notou alguma coisa além de Gina, um vinho tinto.
– Entra. – e Gina entrou.
Reparou em tudo. Nas obras de arte nas paredes e nas paredes. Nas esculturas pós–modernas, no cômodo quase sem móveis e
– Tem uma moto no meio da sua sala, sabia?
– É... – sorriso. – É uma Harley Davidson. – Vendo a cara de dúvida da ruiva explicou. – É uma moto trouxa.
– Bem, isso eu supus. Mas...
– Eu gosto de motos...
– No meio da sala?
– Na verdade eu usei essa moto num cenário uma vez... fiquei com pena de jogar fora.
– Hum...
– Vinho?
– Claro. – Gina aceitou a taça que a loira lhe oferecia.
– Você fotografa muitas mulheres? – As orelhas de Astoria ficaram vermelhas.
– Na verdade... uma ou outra campanha publicitária... Só pra ajudar a pagar o café.
– Seu café não pode ser tão caro.
– Bem... – Astoria puxou Gina pela mão até umas poltronas bem macias. – To juntando uma grana sabe... para um projeto... um livro de fotografia.
– Sério? Do que se trata?
Os olhos de Astoria brilharam.
– A ideia é... captar o pôr do sol de cada país. Sabe? Viajar por ai e esperar o sol se pôr... e... bem... clicar o instante perfeito.
– Nossa, Tori, parece...
– É... É um sonho.
– E eu te dou todo meu apoio. – sorriu.
Silêncio.
– Você... tá preparada? – Astoria desviou o assunto se levantando.
– Sim, claro. – Gina a seguiu.
Astoria conduziu Gina até um dos quartos de seu apartamento. Quarto esse que a loira havia transformado em estúdio.
– Então é aqui o seu matadouro?
– Quê?! Não... Não...
Gina sorriu.
– Estou brincando, Tori.
– Claro... Bem... Você pode se trocar no meu quarto ou no banheiro... Se quiser usar maquiagem tem um kit aqui que as atrizes usam e–
– Ok. – Gina saiu.
Astoria balançou a cabeça. Por que ficava tão nervosa com a presença da ruiva? Espantou os pensamentos.
"Ela veio fazer fotos, é trabalho. Vamos, arruma logo os flashes e a iluminação. Isso, deixa em meia–luz, vai ressaltar as sombras. Onde está a lente de 35 mm?"
Astoria estava tão concentrada regulando a câmera que não percebeu quando Gina entrou novamente no estúdio. Distraidamente, levantou o rosto para encará–la e voltou atenção para o que estava fazendo. Com um atraso de 3 segundos, se deu conta do que havia visualizado.
Gina estava nua. Não completamente, pois ainda estava com o sapato azul real de salto altíssimo. Os cabelos ruivos não eram compridos o suficiente para esconder–lhe os seios. E os seios... ah, os seios eram perfeitos. Nem grandes, nem pequenos. Na medida certa para caber–lhe nas mãos e um pouco mais.
Astoria sentiu a boca seca quando tentou engolir.
Seu coração? Mil por hora.
Gina não sorria, mas a encarava profundamente quando deitou–se no divã, objeto que era o foco de toda a iluminação da sala.
A fotógrafa respirou fundo antes de começar a dirigir a sessão. Acomodou a ruiva gentilmente no divã. Reposicionou seus braços, arrumou–lhe os cabelos e, com a ponta dos dedos, moveu o rosto da mulher pelo queixo.
Estava perfeito. O que não estaria perfeito em Gina Weasley?
Tirou a primeira foto. Só o som do flash dizia alguma coisa naquela sala. Mirou os olhos, as curvas, a pequena tatuagem de uma harpia no tornozelo, o sexo. Depois do primeiro, vieram dezenas de outros flashes.
Quando Astoria se virou de costas para tentar outra lente, Gina caminhou lentamente até a loira. Tirou–lhe a câmera das mãos e a abraçou por trás.
– Você fica extremamente sexy concentrada. – Sussurrou–lhe ao pé do ouvido.
– Eu não... não estou tão concentrada assim... – deixou escapar um suspiro.
– Era mentira, a foto.
– Supus... – Astoria virou–se para encará–la.
– Me fode. Agora.
E essa foi a última frase dita no quinquagésimo sexto dia após Astoria Greengras e Gina Weasley se conhecerem.
O primeiro beijo não foi nada doce. Transbordava desejo. As mãos de Astoria foram imediatamente para a cintura de Gina e Gina tentava bravamente não arrebentar todos os botões da camisa que a loira usava.
Era muito excitante tocá–la e tê–la inteiramente nua ali, em seu local de trabalho. Não que Gina fosse a primeira a estar naqueles "trajes" no estúdio. Mas era Gina. As outras foram apenas outras. Foram.
Assim que a ruiva conseguiu – finalmente! – se livrar da camisa de Astoria, pôs–se a beijá–la no pescoço enquanto acariciava–lhe os seios. Mas Gina havia sido realmente muito clara e Tori faria questão de obedecê–la.
"Me fode. Agora."
Tori deitou sua modelo no chão acarpetado do estúdio. Beijou–lhe a boca profundamente e recebeu uma mordida com um pouco mais de força do que estava acostumada. Pescoço. Colo. Seios. Ah, como os seios de Gina eram perfeitos. Nem grandes demais, nem pequenos demais. Na medida certa que lhe permitiam apertá–los e lambê–los ao mesmo tempo. Mas o que não é perfeito em Gina Weasley?
Desceu. Foi até sua barriga malhada pelo Quadribol. Umbigo, virilha, coxas.
"Me fode. Agora." – lembrou–se.
– De quatro. – Era uma ordem.
Isso foi dito já no quinquagésimo sétimo dia, mas nenhuma das duas mulheres notaria por um longo tempo.
Gina apoiou–se no divã e obedeceu. Astoria abraçou–lhe por trás e, com mãos ágeis que captam momentos infinitesimais com uma câmera, começou a dar–lhe prazer. Gina gemeu instantaneamente. Estava excitada. Na verdade, as duas estavam. Gina se movia no mesmo ritmo de Astoria e quando pediu para que a loira lhe puxasse os cabelos, foi prontamente atendida.
– Você me fode muito gostoso.
Dava pra ficar mais excitada? Dava. Gina conseguiu enlouquecer Astoria. Depois de gozar a primeira e a segunda vez, a ruiva pediu para que a loira fizesse com a língua o que ela fez tão bem com os dedos. E Astoria fez. Duas vezes seguidas. E Gina? Bem... Gina não tinha muita experiência com mulheres, mas, a julgar pelos apertos de Astoria e sussurros roucos, não era tão ruim assim.
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