Casamento ou tortura??



Cap. Dois. Casamento ou tortura?

Você sabia que 90 das garotas que dizem não ter tempo para um relacionamento são realmente solitárias? E eu? Bem... Eu era... E por isso vivia atrás de Harry Potter, mas depois daquela bebedeira, depois daquela bebedeira... Tudo virou muito surreal para o meu gosto...

Foi um sonho realmente estranho. E tudo o que conseguia se lembrar era de que estava se casando... Casando? Com Harry? Não... Era loiro... E tinha aquele mesmo sorriso insuportavelmente sexy que ela já tinha visto em alguém, foi uma cerimônia simples, em um cartório bruxo, com um vestido branco comprado na loja ao lado... Muito estranho... Então porque tudo parecia real?
Espreguiçou-se deliciosamente ainda de olhos fechados, esticando os braços para cima e para os lados, e então bateu em alguma coisa. Os olhos abriram instantaneamente, focalizando o quarto... Espera... Este não era o seu quarto... Levou a mão esquerda esfregando o olho, podia ser uma alucinação não podia? Afinal ainda estava sonolenta... Mas então a alucinação pareceu ainda pior... Brilhando no seu anular esquerdo estava uma bela aliança dourada e Gina entrou em estado de choque.
Engoliu em seco olhando para o lado e sem evitar um grito agudo. Ele estava ali, justamente ele... Draco Malfoy.
O Sonserino acordou sobressaltado. Sentando-se na cama tranqüilo e sendo observado por inquisidores olhos castanhos.
“Bom dia Weasley...” Respondeu simplesmente, com certeza ele pensara que só havia dormido com ela.
A garota se deparou por um momento com o belo corpo dele, E o maldito ainda fazia questão de mostrar... Meneou a cabeça negativamente, oras, ela não havia dormido com ele, não havia se casado com ele?
“Olhe pra sua mão esquerda!” Pediu tentando ficar calma.
Ele obedeceu instantaneamente.
A mesma aliança dourada cintilava em seu anular esquerdo. E Draco não pode deixar de assumir uma cara de espanto.
“Nós nos...” Começou.
“Casamos?” - Perguntou ela – “Eu realmente esperava que você não dissesse isto...”.
E então ele conseguiu se lembrar. Cartório bruxo. 22:00, plena bebedeira, Virgínia vestida deslumbrantemente em um simples vestido branco. E ele se amaldiçoou internamente por ter sido tão idiota.
“Eu quero o divorcio!” Falaram em uníssono.
“Ainda está a tempo de pedirmos a anulação do casamento... E ninguém pode saber disso! Por Merlim o que meus pais falariam se me visse casada com um Malfoy?”.
Ele riu ironicamente.
“Iriam agradecer a Merlim por você finalmente poder tira-los da miséria... Mas isso com certeza não seria nada bom para a minha reputação!”.
“Cala boca Malfoy!” Devolveu irritada. Ele simplesmente não estava tornando as coisas mais fáceis.
Ela revirou os olhos, a irritação e o nervosismo tomavam conta de si. Mas que baita besteira havia feito, que baita besteira haviam feito... Virgínia começou a ajuntar suas roupas espalhadas pelo chão e então num gesto de impaciência perguntou.
“Será que poderia sair do quarto?”
Ele sorriu. Os lábios contorcidos em um meio sorriso irônico.
“Não há nada aí que eu já não tenha visto Virgínia!” – Respondeu maroto, tomando um rubor da cabeça aos pés da ruiva – “A propósito, assim que anularmos o casamento você decidir comemorar a separação, estarei ao seu dispor”.
“Não diga besteiras Malfoy!” - Retrucou. Esquecendo a vergonha e partindo para a raiva – “Isso nunca mais vai se repetir. Nós nos odiamos, o que é motivo suficiente para que a nossa relação seja restritamente profissional!”.
Draco estava jogando. E ela sabia disso, mas não podia negar que ele conseguia mexer com os seus sentidos, como a raiva, a fúria, a ironia e lá no fundo... A atração.
“Odiar nem sempre é motivo para não se desejar alguém Weasley!” Comentou sem desviar os olhos dos dela..
“Pra mim é Malfoy! Motivo suficiente...” Respondeu ao reparar o súbito olhar malicioso que o Sonserino lhe Mandou.
“Ok!” - Falou levantando da cama sem se dar o trabalho de esconder a partes íntimas e Gina novamente sentiu vergonha – “Vou pegar o jornal...” E então vestindo um roupão verde musgo sai do quarto.
A única coisa que conseguiu fazer depois de se vestir foi procurar seus sapatos, antes que Draco entrasse no quarto com cara de poucos amigos.
“O que aconteceu?” Perguntou assustada.
“Péssimas noticias Weasley...” Comentou frio.
“Você por acaso não contou a ninguém sobre nós não é?” Indagou temerosa.
“Não seria preciso!” Retrucou enquanto jogava uma folha do jornal.
Virgínia arregalou os olhos. No meio do caderno social; Como uma manchete de últimas horas (e de fato era) e em letras garrafais estava o título “Legalmente casados”.
“Não!” Murmurou a ruiva debilmente enquanto analisava sua foto e a foto do loiro que conversavam animadamente (sob o efeito da bebida, é claro) no restaurante.
Havia muitos motivos para Draco e Gina serem pessoas publicas. Ambos eram os mais competentes assessores ministeriais do ministro Cornélio Fudge (sim, ele ainda), Ambas as famílias eram tradicionais, E todos, simplesmente todos, sabiam que cabelos loiros com cabelos ruivos não se davam bem...
“Aqui diz que você me pediu em casamento!”- Exclama Gina sem deixar de soar divertida – “E que você parecia completamente apaixonado...”
“Jornais sensacionalistas... Adoram aumentar as coisas! Como eu algum dia iria pedir uma Weasley em casamento...”.
Ela estreitou os olhos perigosamente.
“E de fato nós estamos casados... Ou não estamos?” Disse em um tom convencido e frio.
“Mas, eu não lhe obriguei a casar comigo, Amor...” Retrucou no mesmo tom encarando as íris castanhas com suas íris cinzentas.
Ela não podia resistir. Ele tinha belos olhos. Ele tinha belos lábios, Ele tinha um belo corpo. Mas mesmo assim ele era um Malfoy e isso mudava tudo...
“O que faremos agora?” Perguntou desviando seu olhar do dele assim que sentiu um arrepio involuntário pela espinha.
“Continuamos casados Weasley...”
“O que?” Perguntou sem acreditar.
“Não quer simplesmente pedir a anulação não é? Somos exemplos... Não podemos assumir esse erro, seria simplesmente o fim da nossa carreira se descobrirem que nos casamos bêbados e por um impulso...”.
Ela pareceu ponderar por um momento.
“De certa forma você tem razão, mas vou ser crucificada por toda a minha família...”.
“Essa é a vantagem de não se ter família Weasley!”
Virgínia o olhou surpresa pela súbita declaração de Malfoy, não era do seu feitio dizer esses tipos de coisas, ainda mais para ela.
“E por quanto tempo ficaremos casados?” Indagou.
“Um ano! Acredito que esse seja o tempo ideal para não passarmos por loucos!”.
Um ano! Seria simplesmente a pior tortura que alguém poderia merecer.

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