Capitulo 1
Capitulo 1
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Ele a observou vindo. Embora vestisse jeans e uma jaqueta, com um capacete que lhe escondia o rosto, Harry reconhecia sua feminilidade. Ela dirigia uma pequena motocicleta Honda. Fumando sua cigarrilha, ele apreciou a maneira competente como ela manobrou para dentro do estacionamento do mercado.
Parando a moto, ela desceu. Era alta, notou Harry, talvez com quase 1,80m, e delgada. Ele se encostou contra a máquina de refrigerantes e continuou observando-a preguiçosamente, com curiosidade. Então, ela removeu o capacete. De imediato, a curiosidade de Harry se intensificou. Ela era maravilhosa.
Os cabelos estavam soltos, caindo quase na altura dos ombros, com uma franjinha sobre a testa. Eram bem castanhos, com reflexos avermelhadas e douradas do sol. O rosto era estreito, as feições fortes e distintas. Ele conhecia modelos que morriam de fome para conseguir ângulos e sombras que existiam no rosto daquela mulher. A boca, todavia, era cheia e generosa.
Harry reconhecia a sutileza dos cosméticos e sabia que nenhum havia sido usado para adicionar interesse às feições da mulher. Ela não precisava de cosméticos. Tinha olhos grandes e, mesmo com a distância do estacionamento entre eles, ele viu que eram castanho-escuros, lembrando-o dos olhos de um potro, profundos, grandes e sábios. Os movimentos não eram afetados, com uma graça não refinada que era tão ligeira quanto os olhos.
Ela era jovem, decidiu, cerca de 20 anos. Deu mais uma tragada na cigarrilha. E era definitivamente maravilhosa.
— Ei, Hermione!
Hermione se virou com o chamado, tirando a franja dos olhos enquanto se movia. Vendo as gêmeas Bailey pararem o jipe no meio-fio, ela sorriu.
— Olá. — Prendendo a tira do capacete no guidão de sua moto, Hermione andou até o jipe. Gostava muito das gêmeas Bailey.
Assim como ela, as gêmeas tinham 23 anos e o mesmo tom dourado de pele da cidade costeira, mas elas eram pequenas, de olhos azuis e cabelos louros. Os cabelos longos e finos que compartilhavam haviam sido desalinhados pelo vento. Os dois pares de olhos azuis desviaram de Hermione para se focarem no homem encostado contra a máquina de refrigerante. Em reflexo, ambas as mulheres endireitaram o corpo e colocaram mechas de cabelo atrás das orelhas. Silenciosamente, concordaram que seu perfil direito era o mais belo.
— Não vemos você há um bom tempo. — Teri Bailey manteve um olho em Harry enquanto falava com Hermione.
— Espero terminar algumas coisas antes que a temporada do verão comece. — A voz de Hermione era baixa, com o sotaque suave da costa da Carolina do Sul. — Como vocês estão?
— Excelentes! — respondeu Jeri, mudando de posição no assento de motorista.
— Temos a tarde livre. Por que você não vem às compras conosco? — Ela também manteve Harry em sua visão periférica.
— Eu gostaria — Hermione já estava meneando a cabeça —, mas preciso pegar alguma coisa aqui.
— Como aquele homem ali, com os lindos olhos verdes? — perguntou Jeri.
— O quê? — Hermione riu.
— E lindos ombros — observou Teri.
— Ele não tira os olhos dela, não é verdade, Teri? — apontou Jeri. — E nós gastamos 12 dólares e meio nesta blusa. — Ela apontou para a blusa cor-de-rosa de alcinhas finas, que era igual à de sua irmã gêmea.
— Sobre o que vocês estão falando? — perguntou Hermione, totalmente confusa.
— Atrás de você — disse Teri com uma leve inclinação da cabeça loura. — O bonitão perto da máquina de refrigerante. Absolutamente maravilhoso. — Mas quando Hermione começou a virar a cabeça, Teri continuou, num sussurro desesperado: — Não vire agora, pelo amor de Deus!
— Como posso ver se não me virar? — assinalou Hermione de modo sensato quando se virou.
Os cabelos dele eram escuros e espessos, com cachos macios que caíam descuidadamente ao redor do rosto. Ele era magro, e o jeans que usava estava desbotado pelo uso. A postura era negligente, completamente relaxada, enquanto permanecia encostado contra a máquina de refrigerante e bebia de uma lata. Mas as feições não eram preguiçosas, pensou Megan quando lhe encontrou o olhar fixo sem piscar. Eram extremamente atentas. Ele precisava se barbear, com certeza, mas sua estrutura óssea era magnífica. Havia uma pequena covinha no queixo, e a boca era longa e fina.
Normalmente, Hermione teria achado aquele rosto fascinante... fortemente esculpido, até mesmo bonito de uma maneira rude, mas eficaz. Contudo, os olhos eram insolentes. Verdes, como as gêmeas haviam apontado, escuros e nublados. E, decidiu Hermione franzindo o cenho, arrogantes. Ela já vira tipos como aquele antes — preguiçosos, solitários, procurando pelo sol e alguma companhia feminina passageira. Sob a franja, Hermione arqueou as sobrancelhas. Ele a encarava abertamente. Quando a lata tocou os lábios, ele lhe enviou uma piscadela lenta.
Ouvindo uma das gêmeas rir, Hermione virou a cabeça novamente.
— Ele é adorável — comentou Jeri.
— Não seja tola. — Hermione jogou seus cabelos para trás com um movimento da cabeça. — Ele é muito típico.
As gêmeas trocaram um olhar enquanto Jeri ligava o motor do jipe.
— Muito exigente — disse ela. Elas deram a Hermione sorrisos espelhados enquanto se afastavam do meio-fio. — Adeus!
Hermione torceu o nariz para as gêmeas, mas acenou antes que o jipe virasse a esquina. Ignorando propositadamente o homem que desperdiçava o tempo ao lado do estabelecimento, entrou no mercado.
Ela reconheceu o cumprimento da funcionária atrás do balcão. Megan cresceu em Myrtle Beach. Conhecia todos os pequenos comerciantes no raio de 8 km que cercava o parque de diversões de seu avô.
Após escolher um carrinho, começou a seguir pelo primeiro corredor. Apenas poucas coisas, decidiu, pegando um litro de leite de uma prateleira. Tinha somente o bagageiro da motocicleta para transportar as compras. Se a caminhonete estivesse funcionando direito... Ela reprimiu os pensamentos sobre aquele problema em particular. Nada podia ser feito quanto a isso no momento.
Hermione parou na seção de biscoitos. Não havia almoçado e os saquinhos e caixas pareciam tentadores. Talvez os de aveia...
— Estes são melhores.
Hermione moveu-se subitamente quando a mão posicionou-se à sua frente para escolher um pacote de biscoitos prometendo uma dose dupla de lascas de chocolate. Virando a cabeça, viu os insolentes olhos acinzentados.
— Quer os biscoitos? — Ele sorriu tanto quanto sorrira do lado de fora.
— Não — disse ela, enviando um olhar significativo para a mão dele no seu carrinho. Dando de ombros, ele tirou a mão, mas, para a irritação de Hermione, seguiu andando do seu lado.
— O que está na lista, Mione? — perguntou ele amigavelmente, enquanto abria o pacote de biscoitos.
— Posso lidar com isso sozinha, obrigada. — Ela começou a seguir o próximo corredor, pegando uma lata de atum. Ele andava, Hermione notou, como um homem do Velho Oeste... com passos longos e esbeltos, e de uma maneira levemente arrogante.
— Você tem uma bela moto. — Ele mordeu um biscoito enquanto andava ao seu lado. — Mora por aqui?
Hermione escolheu uma caixa de saquinhos de chá. Deu uma olhada crítica para o produto antes de jogá-lo no carrinho.
— A moto mora comigo — disse ela enquanto continuava andando.
— Engraçadinha — murmurou ele e lhe ofereceu um biscoito. Hermione o ignorou e se moveu para o próximo corredor. Quando pegou um pacote de pão de forma, ele colocou uma das mãos sobre a sua.
— Trigo integral é melhor para você. — A mão grande era forte e firme sobre a sua. — Indignada, Hermione o fitou e tentou retirar a mão.
— Ouça, eu tenho...
— Sem elos — comentou ele, entrelaçando os dedos nos dela e erguendo lhe a mão para estudá-la mais de perto. — Sem complicações. Que tal um jantar?
— De jeito nenhum. — Ela balançou a mão, mas encontrou-a firmemente presa a dele.
— Não seja hostil, Mione. Você tem olhos fantásticos. — Ele sorriu para seus olhos, fitando-a como se eles fossem as duas únicas pessoas na face da Terra.
Alguém se colocou atrás de Hermione, murmurando algo com irritação, para pegar um pão de centeio.
— Vá embora — exigiu ela em tom baixo de voz. Impressionava-a que o sorriso dele lhe causava um efeito, embora soubesse o que havia por trás dele. — Farei uma cena, se você não for embora.
— Sem problemas — disse ele alegremente. — Eu não me incomodo com cenas.
Ele não se importaria, pensou ela, olhando-o. Devia adorar cenas.
— Ouça — começou Hermione zangada —, não sei quem você é, mas...
— Harry Potter — ofereceu ele com um outro sorriso fácil. — Harry. A que horas devo apanhá-la?
— Você não vai me apanhar — disse ela com clareza. — Nem agora, nem mais tarde. — Deu uma olhada rápida ao redor. O mercado estava praticamente vazio. Não poderia causar uma cena decente, mesmo se quisesse. — Solte minha mão — ordenou com firmeza.
— A Câmara do Comércio diz que Myrtle Beach é uma cidade amistosa, Mione. — Harry liberou a mão dela. — Você irá manchar a reputação local.
— E pare de me chamar de Mione — disse ela, furiosa. — Eu não conheço você.
Ela começou a andar, movendo o carrinho à frente.
— Você vai me conhecer — declarou ele em tom baixo, mas Hermione o ouviu.
Os olhos deles se encontraram novamente, os dela escuros de raiva, os de Harry, seguros. Virando-se, Hermione acelerou os passos em direção ao caixa.
— Você não acreditaria no que aconteceu no mercado. — Hermione colocou as sacolas de compras sobre a mesa da cozinha com mais força do que o necessário.
Seu avô estava sentado à mesa, em uma das quatro cadeiras de madeiras, concentrado em amarrar um anzol. Ele emitiu um murmúrio em reconhecimento, mas não olhou para cima. Fios, penas e pesos estavam organizadamente empilhados à sua frente.
— Um homem — começou ela, pegando o pão da sacola do topo —, um homem incrivelmente rude tentou me seduzir. Bem na seção de biscoitos. — Hermione franziu o cenho enquanto guardava os saquinhos de chá em uma caixa. — Queria que eu fosse jantar com ele.
— Hum. — Seu avô atou meticulosamente uma pena amarela ao anzol. — Divirta-se.
— Pop! — Hermione meneou a cabeça em frustração, mas um sorriso curvou-lhe a boca.
Timothy Granger era um homem pequeno e magro, com cerca de 60 anos. Seu rosto redondo e marcado com rugas era bronzeado, emoldurado por espessos cabelos brancos e uma barba cheia. A barba era suave como uma nuvem e muito bem cuidada. Os olhos azuis, não desbotados pelos anos, eram assentados profundamente nas dobras e linhas de seu rosto. Eles perdiam pouca coisa. Hermione podia ver que ele estava concentrado em suas iscas. O fato de ouvi-la, mesmo naquele estado de introspecção, era um tributo de sua afeição pela neta.
Aproximando-se, ela deu um beijo no topo da cabeça dele.
— Pescará amanhã?
— Com certeza, bem cedinho. — Pop contou seu sortimento de iscas e mentalmente reviu sua estratégia. Pescar era um negócio sério. — A caminhonete deve estar consertada esta noite. Voltarei antes do jantar.
Hermione assentiu com um gesto de cabeça, dando-lhe um segundo beijo. Ele precisava de seus dias de pescaria. Os parques de diversões abriam para negócios nos fins de semana durante a primavera e o outono. Nos três meses de verão, eles trabalhavam sete dias por semana. O verão mantinha a cidade viva, atraía turistas, e turistas significavam bons negócios. Durante um quarto do ano, a população da cidade crescia de 13 ou 14 mil habitantes para 300 mil. A maior parte dessas 300 mil pessoas ia para a pequena cidade praiana a fim de se divertir.
Para proporcionar isto, e também para sobreviver, seu avô trabalhava arduamente. Teria sido uma experiência difícil se não amasse tanto o parque de diversões. O parque fazia parte da vida de Hermione desde que podia se lembrar.
Hermione tinha aproximadamente 5 anos quando perdera seus pais. Desde então, Pop havia sido mãe, pai e amigo para ela. E Joyland era um lar para Hermione tanto quanto o chalé de praia no qual eles moravam. Anos antes, haviam recorrido um ao outro buscando aliviar o sofrimento. Agora, o amor deles era firme como uma rocha. Com a exclusão de seu avô, Hermione era cuidadosa com suas emoções, pois uma vez que se envolvia com alguém, dedicava-se intensamente. Quando amava, amava totalmente.
— Truta seria bom — murmurou ela quando lhe deu um último abraço rápido.
— Teremos de nos contentar com caçarola de atum esta noite.
— Pensei que você fosse sair.
— Pop! — Hermione encostou-se contra o fogão, e afastou os cabelos do rosto com ambas as mãos. — Acha que passarei a noite com um homem que tentou me seduzir com um pacote de biscoitos de chocolate?
— Com um movimento abrupto do pulso, ela ligou o bico de gás sob a chaleira.
— Depende do homem. — Ela viu o brilho nos olhos dele quando o avô a fitou.
Megan sabia que finalmente tinha a atenção total de Pop. — Como ele é?
— Um vadio de praia — retorquiu ela, embora soubesse que a resposta não era exatamente verdadeira. — Com um ar de caubói. — Hermione sorriu então em resposta ao sorriso de Pop. — Na verdade, ele tinha um rosto lindo. Magro e forte, muito atraente de uma maneira inescrupulosa. Ficaria bem numa estátua de bronze.
— Parece interessante. Onde mesmo você o conheceu?
— Na seção de biscoitos.
— E fará caçarola de atum em vez de ir jantar fora? — Pop deu um suspiro e meneou a cabeça. — Não sei qual é o problema com esta garota — ele se dirigiu à isca preferida.
— Ele era arrogante — declarou Hermione e cruzou os braços. — E me olhou de maneira maliciosa. Os avôs não deveriam sair por aí atirando, com o propósito de desencorajar olhares maliciosos?
— Quer uma arma emprestada para caçá-lo?
O apito da chaleira abafou a resposta. Pop observou-a preparar o chá.
Hermione era uma boa menina, pensou ele. Séria demais sobre algumas coisas, às vezes, mas uma boa menina. E muito bonita, também. O fato de um estranho ter tentando convidá-la para sair não o surpreendia. Estava mais surpreso que aquilo não acontecesse com mais frequência. Mas Hermione podia desencorajar um homem sem abrir a boca, lembrou. Tudo que precisava fazer era lançar um de seus olhares que parecia dizer: "Perdão?", e a maioria deles desistia. Aparentemente, era isso que ela queria.
Entre o parque de diversões e a arte de Hermione, ela nunca parecia ter tempo para se socializar. Ou não queria encontrar tempo, corrigiu-se Pop, pensativo. Entretanto, parecia ter detectado mais do que irritação na atitude da neta em relação ao homem do mercado. A menos que estivesse enganado, ela havia se divertido com aquilo, e talvez um pouco atraída. Como conhecia bem a neta, decidiu deixar o assunto de lado por enquanto.
— O tempo promete permanecer bom durante todo o fim de semana — comentou ele enquanto cuidadosamente guardava as iscas em sua caixa de pescaria.
— Deve haver uma boa multidão no parque. Você não vai trabalhar em uma das barracas?
— É claro. — Hermione colocou duas xícaras de chá sobre a mesa e se sentou. — Aqueles assentos da roda-gigante foram ajustados?
— Cuidei disso pessoalmente esta manhã. — Pop soprou no chá para esfriá-lo, então tomou um gole.
Ele estava relaxado, Hermione notou. Pop era um homem simples. Ela sempre admirara seu jeito despretensioso, seu bom humor, sua falta de pretensões.
Ele adorava ver as pessoas se divertirem. Mais, pensou ela com um suspiro, do que gostava de cobrar para que elas se divertissem. Joyland nunca conseguia mais do que um lucro modesto. Ele era um avô muito melhor do que era um homem de negócios, concluiu Megan.
Em grande parte, era ela quem lidava com o aspecto de ganhos e perdas do parque. Embora a responsabilidade roubasse tempo de sua arte, sabia que era o parque que os sustentava. E, mais importante, era o parque que Pop amava.
No momento, os livros de contabilidade estavam se inclinando de forma acentuada demais em direção ao vermelho. Nenhum dos dois falava sobre o assunto. Mencionavam melhoras durante a temporada movimentada, conversavam vagamente sobre promover os negócios durante o feriado da Páscoa e o fim de semana do Memorial Day.
Hermione deu um gole no seu chá e ouviu parcialmente o discurso do avô sobre contratar ajuda extra no verão. Pensaria nisso quando a hora chegasse. Pop era muito inteligente para lidar com máquinas instáveis e turistas bronzeados, mas tendia a pagar salários altos demais e dar pouco trabalho aos funcionários. Hermione era mais prática. Tinha de ser.
Terei de trabalhar período integral neste verão, refletiu. Pensou por um momento sobre a escultura inacabada em seu estúdio acima da garagem. Isso terá de esperar até dezembro, disse a si mesma e tentou não suspirar. Não há outra maneira, até que as coisas estejam em um nível mais equilibrado novamente. Talvez no próximo ano... era sempre no próximo ano. Havia coisas para fazer... sempre coisas para fazer. Com um pequeno dar de ombros, voltou a atenção para o monólogo de Pop.
— Então, imagino que iremos receber algumas das habituais crianças da faculdade e pessoas ociosas para andar nos brinquedos.
— Imagino que isso não será um problema — murmurou Hermione. A menção de Pop aos ociosos a fez pensar novamente em Harry Potter.
Harry, pensou, deixando o rosto bonito se formar de novo em sua mente. De forma geral, teria rotulado o tipo dele como uma pessoa ociosa, mas houvera alguma coisa mais do que isso. Hermione se orgulhava de suas observações, da maneira como sabia classificar as pessoas. O fato de não ser capaz de formar um perfil conclusivo sobre aquele homem a perturbava. Perturbava-a ainda mais o fato de estar pensando novamente sobre um encontro tolo com um estranho rude.
— Você quer mais um pouco de chá? — Pop já estava indo para o fogão quando Megan voltou à realidade.
— Ah... sim, claro. — Ela ralhou consigo mesma por se estender sobre pensamentos insignificantes quando havia coisas a fazer. — Acho melhor eu começar a preparar o jantar. Você vai querer dormir cedo se irá pescar pela manhã.
— Esta é a minha menina. — Pop ligou a chaleira novamente e olhou pela janela. Deu um olhar rápido para sua neta inocente. — Espero que tenha comida suficiente para três — disse ele casualmente. — Parece que seu caubói da praia encontrou o caminho do rancho.
— O quê? — As sobrancelhas de Hermione se uniram quando ela se levantou.
— Uma descrição perfeita, como sempre, Hermione — Pop a elogiou enquanto observava o homem se aproximar, com um andar relaxado de um aventureiro, o rosto bonito e forte. Pop gostou da aparência dele. Virou-se com um sorriso quando Hermione chegou à janela e olhou para fora. E reprimiu uma risada com a expressão da neta.
— É ele — sussurrou ela, mal podendo acreditar no que estava vendo enquanto observava Harry se aproximar da porta da cozinha.
— Pensei que pudesse ser — disse Pop suavemente.
— Que ousadia — murmurou ela de maneira ameaçadora. — Que ousadia incrível.
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