Dica cinco: atenção



Atenção:


Atenção: isso é um substantivo, não uma onomatopeia. Espero que tenham notado a diferença, se não notaram, agora já sabem. Ser atencioso. Essa é a questão. É baseado em ser gentil. Espero que se lembrem da última dica. Pois então, seja atencioso com a sua garota. “


Vou dar mais atenção à Rose, pensou Scorpius sentado em sua cama.


Ele soltou um longo suspiro e desceu as escadas. Sentou-se em uma das poltronas e esperou que Rose aparecesse no Salão Comunal. Depois de longos minutos a ruiva chegou com uma expressão carrancuda. Ela e Alvo brigaram depois do jantar. Scorpius era o culpado, mas nunca contaria à Rose.


– Ainda furiosa com o Alvo? – o loiro perguntou quando a menina afundou na poltrona ao lado.


– O que você acha? – ela retrucou fazendo movimentos circulares nas têmporas com os dedos indicadores.


– Acho que deveria desculpá-lo. Acho que ele não faz por mal... – Scorpius disse, refletindo.


– Como assim? – Rose o encarou.


– Ele não sabe o efeito que causa. Quer dizer... Acho que ele não pensa antes de fazer algo... – ele completou e a ruiva franziu o cenho.


– Prossiga...


– Acho que só isso: ele faz as coisas sem pensar antes. – ele concluiu.


– Belo ponto de vista. – Rose disse se levantando. – Mas agora quero tomar meu café da manhã.


Scorpius se levantou e os dois desceram para tomar o café da manhã.


 


– Sr. Potter! – o professor alertava Alvo. – Sr. Potter, preste atenção nos ingredientes que acrescenta à sua poç...


BUM! Mais uma vez Alvo Severo Potter explodiu seu caldeirão. E a poção que lá estava ensopava a roupa de Rose, Scorpius e dele próprio.


Scorpius sentiu seus braços formigarem. Estavam preparando a poção do Morto-Vivo e, por sorte, Alvo só estava nos primeiros passos da sua.


– Acho melhor vocês três se encaminharem à Ala Hospitalar. – o professor disse.


Os óculos de Alvo se quebraram e Scorpius teve que guiar o amigo.


– Desculpa aí... – o moreno disse enquanto caminhavam.


– Claro! – Rose exasperou. – Desculpo você por rir de mim e me encharcar de uma incompleta poção! – ela ironizou.


– Rose... Por favor, lembra do que conversamos? – Scorpius disse.


A ruiva cruzou os braços sobre os seios e suspirou.


– Al, isso quer dizer que você tem que me pedir desculpas por ontem e hoje. – ela parou no corredor.


– Desculpa? Por tudo, Rose. – Alvo também parou. Ela o encarou e depois acenou com a cabeça. – Lembre-se que estou parcialmente cego, então vai ter que dizer sim ou não.


– Eu te desculpo. – a ruiva sorriu e abraçou o amigo.


Scorpius às costas de Alvo levantou os dois polegares em sinal de aprovação.


Rose riu e soltou o amigo.


Eles voltaram a caminhar em direção à Ala Hospitalar.


 


Já se passaram três dias desde o acidente com Alvo, Rose e Scorpius. Os três continuaram na Ala Hospitalar. Acontece que a pequena quantidade de poção incompleta do Morto-Vivo foi forte o suficiente para “envenená-los”.


Ninguém em sã consciência deixaria Rose por mais de um dia sem um livro a seu alcance. Dominique levara um livro quando fora visitar Alvo, mas Rose o devorou em cinco horas.


– Rose, pelo amor de todos os pandas fofos do mundo, sossegue! – Alvo exclamou.


– Quero fazer alguma coisa! Vamos aproveitar que a Madame Pomfrey saiu e vamos fugir! – a ruiva exclamou.


– Rosinha, por favor, se acalme! – Scorpius disse, sentando-se ao lado da garota em seu leito.


– É, por favor, relaxe e me deixe dormir. – Alvo disse bocejando.


Os dois observaram o amigo, que em segundos pegou no sono.


A oportunidade de aproximar-se de Rose enfim chegara.


– Scor... – a ruiva disse manhosamente. – Vamos sair daqui? – ela acrescentou sorrindo.


Scorpius sorriu e balançou a cabeça negativamente.


– Por que não? Não temos nada pra fazer aqui! Estou sentindo-me extremamente bem! - a menina exclamou.


Ele pegou a mão da ruiva e decidiu que flertaria com ela.


– Daqui a pouco poderemos sair e você ficará livre pra fazer o que quiser! – o loiro disse sorrindo. Em sua mente seu sorriso era galanteador. – Mas talvez haja algo para fazermos aqui, é só procurarmos bem...


Rose sorriu, soltou sua mão da de Scorpius e se levantou.


– Podemos pintar o rosto desse energúmeno... – ela disse, ficando ao lado do leito de Alvo.


– Estava pensando em algo mais interessante. – o loiro disse.


– Como o que? Aqui em Hogwarts não podemos jogar videogames! – Rose exclamou e ele riu do vicio da garota.


– Eu não sei, que tal apenas conversarmos?


– Pode ser... – a ruiva respondeu, sentando-se ao lado de Scorpius.


Eles começaram a conversar sobre os N.I.E.M.s e em segundos já conversavam sobre relações amorosas.


– Então você realmente nunca namorou sério? – Rose perguntou surpresa.


– Não... – Scorpius respondeu. – Eu nunca achei a garota certa.


– Ou achou, mas não sabe que ela é a garota certa... – a ruiva disse baixinho, mas Scorpius a ouviu e teve o bom-senso de fingir que não o fizera.


– Mas e você?


– O que tem eu? – a ruiva perguntou enrolando uma mecha de cabelo.


– Você nunca conversou comigo sobre os caras que saiu...


– Você sabe que não saio com muitos caras. Prefiro estudar e focar no meu futuro. – a menina disse de maneira sonhadora.


– Mas não vai me contar com que já saiu? – Scorpius a incentivava.


– Bem... Se eu te contasse uma coisa, nunca acreditaria! – ela exclamou.


– Tente.


– No meu segundo ano eu e Alvo ”saímos”... – ela disse rindo e depois o riso contagiou o loiro, que também começou a rir.


– Explique isso.


– Tipo... Nós tivemos um “namoro de verão”! – ela riu até ficar vermelha. – Mas não trocávamos beijos, nem nada disso. Só rolava mão dada...


– Por Merlin! – Scorpius disse rindo. – O que mais não sei sobre sua vida amorosa?


– Bem... Você sabe que saí com o Lorcan no quarto ano, mas não deu certo porque estava apaixonada pelo John Cox...


– Sei... Aquele jogador bonitão... – o menino riu.


– Ele mesmo... Mas e você? Com quem foi seu primeiro beijo?


Scorpius parou para pensar... Decididamente já beijara muitas meninas, mas não tantas que não pudesse se lembrar da primeira.


– Acho que foi uma trouxa chamada Anne. – ele respondeu por fim.


– O meu foi com o Lorcan... – ela disse, pensando.


– E você gostou? – Scorpius perguntou rispidamente. Estava começando a ficar com ciúmes.


– Bem... Sabe como é! O primeiro beijo, eu digo. Não é a melhor coisa do mundo, mas é especial...


– Humm...


– Mas os beijos se aperfeiçoam com o tempo... – a ruiva disse, chegando mais perto.


– Isso é fato. – Scorpius disse e também se aproximou mais da ruiva.


Ele levantou sua mão e acariciou o rosto da menina. Ela suspirou e fechou seus olhos.


Suas respirações já estavam se misturando quando alguém abriu a porta.


– Rose! Você está bem? – para o alívio, ou raiva, de Scorpius, não era Rony e sim Lorcan. Hugo e Lily o acompanhavam.


– Estou ótima, L.! – a garota sorriu.


Scorpius levantou a sobrancelha e percebeu que as orelhas de Rose estavam rosadas.


Ele sorriu e se levantou, deixando Lorcan conversar a sós com Rose. Os outros dois foram “encher o saco” de Alvo juntamente com Scorpius.


Estava radiante por ter quase beijado Rose, mas amaldiçoava Lorcan, seu mais novo empecilho para conquistar de vez o coração da ruiva.


Placar total:


Scorpius 9 x 12 Problemas amorosos

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