Perceguição (parte 2)

Perceguição (parte 2)



                      
Quando entrei na sala dei de cara com quatro garotos acenando para chamar a minha atenção, como se eu ainda não os tivesse notado. Doce ilusão.
 Sim, os marotos estão na minha sala de inglês.
 Quando eu disse "perseguição", não quis dizer só em relação aos marotos, Okay? Eu não sou tão dramática. Hey, por que essas caras? É verdade!
 Bem, voltando à explicação, eu digo que sou perseguida desde... Sei lá, faz um tempão já que eu estou insistindo nisso, mas eu tenho motivo. Sempre, em qualquer lugar ou horário que seja o meu inglês ou qualquer outra atividade minha, tem pelo menos uma pessoa que eu já conheça de outro lugar. Não acredita? Bem, vamos ver:
 
* Quando eu fazia taekwondo, uma menina que eu conhecí quando tinha 5 anos e não via a oito anos, OITO, entrou exatamente na minha turma, das 7 da manhã, quer dizer, quem com um mínimo de sanidade vai fazer algúm esporte as SETE DA MANHÃ? É, eu. Mas eu não conto nisso. Por que? Porque eu não tenho um mínimo de sanidade.
* Dois anos atrás, eu fui fazer minha primeira aula de inglês (eu já tinha enjoado do taekwondo), e na minha sala estava um menininho que fazia taekwondo comigo.
* No nível seguinte do inglês, na minha sala tinham meus antigos vizinhos gêmeos, de quando eu ainda morava em prédio.
* No outro ano, aquele mesmo menino que fazia taekwondo comigo e depois entrou no inglês (á propósito, o nome dele é Thomás), se matrículou na minha escola.
* Nesse mesmo ano em que o Thomás entrou na minha escola, duas meninas da escola entraram no meu inglês.

 Bom, eu poderia sitar mais casos, mas eu acho que já é suficiente, além disso, eu percebí que ainda estou parada na porta da sala de aula, e que está todo mundo olhando para mim.
 - Algúm problema, senhorita? Pode entrar- a professora me olhou preocupada.
 - Ah, não tem problema nenhum... Quer dizer, tem um sim, meu material ainda não chegou...
 - Ah, sim, tudo bem, pode se sentar com alguém.
 Pelo canto do olho pude ver Sirius puxando bruscamente uma carteira para junto da sua. Fui até ele.
 - Nos daria a honra de juntar-se a nós nessa deliciosa tortura, milady? - disse Sirius com um sorriso galanteador.
 - Como recusar convite tão adorável?- respondi, fazendo uma singela mesura, antes de me sentar ao lado dele.
   Bom, a aula foi um tédio, então vamos pular para a hora de ir embora.  

 Mal a professora nos liberou, James já saiu correndo para fora da sala disendo "Bye, bye, bye, bye..." para ninguém especificamente. Já Remus não parecia ter pressa em sair da sala, estava falando em inglês com a professora, pelo que pude entender, tirando dúvidas sobre algúm termo que viu na internet. Sirius estava guardando suas coisas tão lentamente, parando e examinando cada objeto que tinha em sua mochila, que me parecia que ele queria adiar ao máximo o momento de chegar em casa. E Peter estava desvaneando com as mãos sobre a barriga levemente saliente, como se imaginasse o que teria para almoço hoje.
 Nós descemos e encontramos James com os olhos vidrados na tela de um dos computadores que ficavam em lima longa bancada na sala de espera. Então percebi que ao meu lado, Sirius olhava maliciosamente para a cafeteira.
 -Sirius, não, a cafeteira não é brinquedo- disse, mesmo sabendo que não adiantaria nada.
 -O que? Mas eu não estava fazendo nada! Quer dizer, eu não tinha pensado nisso, mas já que você sujerio...- e foi em direção a sua mais nova distração. Pobre cafeteira.
 Peter havia localizado um pote de doces ao lado da cafeteira e acompanhou Sirus até a mesinha.
 Remus já tinha se acomodado em um dos bonitos sofás de dois lugares que ocupavam o centro da sala e estava lendo " A Culpa é das Estrelas ".
 Pelo jeito eles não estão preocupados em ir embora. 

 Fiquei tentando lembrá-los de que tínhamos apenas uma hora para trocar de roupa, almoçar e chegar na escola, mas Remus só dizia " Hum, hu-hum, é... " sem nem desviar os olhos do livro (N/A: Muito eu...), James estava muito ocupado jogando "Club Penguin", é, também fiquei surpresa, e quando fui perguntar se era sério, ela ainda afirmou ser assinante, até me mostrou o escudo com três faixas e uma estrela que simbolizava que ele renovava a assinatura há mais de três anos consecutivos (N/A: não lembro se é bem isso, eu não jogo há mais de três anos consecutivos, mas é alguma coisa assim), Sirius estava tentando adoçar o café, já tinha colocado umas sete colheres de açúcar e sujado a mesinha toda, Peter comia doces como se não houvesse o amanhã.
 -James, vai logo, você está a cinco minutos dando tchau para a penguin de rosa?- insisti.
 - Pinguin de rosa... Ah, não, daquela já me despedi faz cinco minutos, agora estou falando com a de verde e a de roxo- ele falou, sério.
 - Não importa, despesa-se de todas com quem estiver falando e vamos embora- falei, já perdendo a paciência- e Sirius, o copinho vai transbordar se... É, se você fisesse exatamente isso.
 Sim, ele conseguiu transbordar o copinho de café enfiando a colher lá dentro para mexer os quilos de açúcar que se acumulavam no fundo. Ele provou e fez uma careta:
- Eca, odeio café, toma Peter, mas não joga o copo fora, é legal aquele lixinho.
Reviro os olhos. Como eles são idiotas...

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Acordo assustada com You Only Live Once tocando no volume máximo e percebo que dormi em quanto escutava música. Tiro os fones mas a música continua e a identifico, pelo som inconfundível do AC/DC, como tratando-se de Rock And Roll Ain‘t Noise Pollution. Olho para o relógio: 3:40. Que espécie de ser, que esta pedindo para ser odiado por toda a vizinhança, toca guitarra a essa hora? Vou até a janela que esqueci aberta e vejo que o som vem no quarto do sótão da casa da frente. Eu nunca tinha reparado, já que não costumo olhar muito pela janela, que, quando as cortinas das enormes janelas do sótão da enorme casa na frente da minha estão abertas, eu tenho uma visão perfeita do quarto de um garoto, que aparentemente é rockeiro, pela quantidade de posters e que, provavelmente, também toca bateria, já que tem uma no quarto dele.


 O garoto em questão está deitado na cama desarrumada com a guitarra no colo e a cabeça para trás, os dedos trabalhando numa agilidade surpreendente enquanto executa o solo com perfeição.

 Quando ele alcança o refrão e se levanta, começando a pular pelo quarto e sacudir a cabeça, me dou conta do tamanho da ironia do destino:

O garoto é, sem sombra de dúvida, Sirius Black.

Fecho a janela, ainda meio atordoada com o quão improvável tudo isso soa e apago as luzes.

Vou dormir chegando a conclusão de que Os Marotos não vão sair da minha vida tão cedo.

 Mal percebo quando um pequeno sorriso se instala em meus lábios e eu finalmente cedo ao cansaço.

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N/A: Bom, gente, taí. Depois de éons eu terminei o cap. Mas não sei porque, já que ninguém ‘tá lendo essa droga (eu reli a fic e percebi que é um lixo, mas vou tentar melhorar), antes pelo menos minha beta fofa lia, eu atualizava só pela insistencia dela, mas acho que agora nem isso... Whatever, eu vou continuar a atualizar pq ‘tô com muita coisa na cabeça e eu preciso disso, mas se tiver alguém lendo, please, dê um sinal de vida, isso vai me motivar a escrever mais rápido.

Malfeito, feito.
 

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