2º Guerra e despedidas
(Caros leitores
Esse é o ultimo capitulo da Ordem da Fenix, o proximo ja sera do Enigma, ele ficou enorme, espero que gostem, OBRIGADA as duas encantadoras meninas que me deixaram comentarios, por causa de vocês estou com um sorriso permanente; eu cometi um erro no capitulo anterior, para quem notou mil desculpas, e pra quem não notou tambem. bom até a proxima boa leitura.
Afetuosamente
Lina ps. (Paula Silva)).
O grupo que passou pelo retrato da mulher gorda era extremamente silencioso, se era por que não teriam capacidade de falar ou simplesmente por não ter o que falar Tiago não saberia; apesar de sua dispensam de pensamentos notou que praticamente todos subiram rapidamente para seus dormitórios, não se surpreenderia se estivessem correndo como se ele e seus amigos fossem algum tipo de pessoas contagiadas com má sorte, afinal pareciam ter alguma espécie de horror os esperando num futuro próximo, ou pelo menos ele Lily e Sirius teriam pensou a- margamente. Não, não poderia de maneira alguma pensar assim, já tinha decidido desde as primeiras linhas que Alice lera que mudaria esse futuro prometera a Lily e Sirius que faria e mudaria; por seu filho disse uma vozinha em sua cabeça, sim por seu filho também.
- Tudo bem o livro não foi lá muito legal – suspirou Sirius jogando-se na poltrona mais próxima do fogo, Tiago levantou as sobrancelhas – tá foi péssimo – admitiu.
- É péssimo... Acho que abrange a desgraça de toda a coisa – disse debilmente Tiago sentando ao lado de Sirius arrastando Lily com ele, ela tremeu, embora Tiago soube-se que não era de frio a abraçou mais forte e esfregou delicadamente seus braços.
Remo, Marlene, Alice, Arthur e Molly acomodaram-se junto a eles (Pedro já tinha subido despercebidamente junto com os outros para o dormitório), eles não pareciam sentir necessidade de falar então apenas ficaram em silencio olhando para as chamas que estalavam como lín- guas na lareira.
Neville que se sentia estranhamente de fora se encaminhou para a janela mais próxima, o céu estava denso e nevoento embora estivessem perto do verão, pode notar que Frank parou a lado dele também fitando o céu mais não fez nenhuma tentativa de contado, era estranho e con-fuso está ali com seu pai jovem e bonito, ainda mais por sua mãe ter ficado muito mais animada com a noticia que teria um filho, embora Alice tenha se ligado muito mais no fato que se casaria com seu pai pensou sorrindo carinhosamente.
- Que? – perguntou Frank, Neville olhou confuso – você está sorrindo – esclareceu.
- Nada – mais Frank continua intrigado – È apenas estranho está aqui com vocês assim tão... Jovens – terminou a frase ecoando incrivelmente triste percebeu fora fácil conta quem era mais não teve coragem de conta a historia inteira... O final.
- Desculpe - pediu tristemente Frank.- Pelo o que – estranhou Neville.- Imagino que não tenha reagindo como você esperava.
-De verdade eu não sabia o que espera – então tomado de súbita coragem resolveu falar o que realmente sentia – você me pareceu triste com á noticia – entretanto não conseguiu reunir coragem para olhar o pai.
- Foi isso que você pensou? – assustou-se Frank, Neville assentiu – Não... Não é nada disso, que dizer... Como posso – Frank pareceu pensa um pouco – foi apenas o susto, não é todo dia que alguém aparece e diz que é seu filho! Foi apenas o susto... Mais não estou triste.
- Não? – perguntou esperançosamente
- De maneira alguma – Sorriu Frank ao notar a esperança na voz de Neville – Já estou até me acostumando.
Neville sorriu para o pai, maravilhado por velo sorrir tão abertamente.
Do outro lado da sala visualizando a sena Alice sorria carinhosamente ao notar o quando os sorrisos de pais e filho eram iguais.
- Por que você não vai lá? – disse Marlene notando o sorrio da amiga.
- Não... É um momento de pai e filho... Ou homem pra homem como eles dizem – Respondeu ao que Marlene sorriu para ela.
- Você joga quadribol? – perguntou Frank quebrando o silencio amigável deles.
- Não - respondeu Neville ainda sorrindo, perguntando-se vagamente se o pai ficaria decepcionado – Não seria capaz de me equilibra numa vassoura... Que dizer já é difícil em terra plana.
- Desculpe por isso – riu-se Frank.
- Ãh – estranhou Neville.
- Quem sai ao seus não degenera – explicou.
Neville sorriu sim sua avô comentará brevemente sobre isso.
- Posso te pergunta uma coisa Neville? – Frank agora estava serio, Neville fez que sim com a cabeça.
- Eu sou um bom pai? – aquelas cinco palavrinhas pareciam de suma importância para Frank, que olhou ansiosamente para Neville, perguntando-se por que ele desviou o olhar dele.
Neville congelou, não esperava essa pergunta do pai, não sabia na verdade o que responde, com certeza não poderia conta tudo, não agora, não nesse momento, em sua cabeça como pequenos flex. Black visualizou o rosto de seu amado pai lá no St. Mungus, com a face enrugada, e os cabelos brancos, apesar de ainda não ter idade para isso, tão diferente deste com seus olhos brilhantes, bonitos e joviais; seu pai do futuro não tinha isso, ao contrario tinha olhos cansados e tristes... Sem direção... Era de mais, seu coração oprimia-se, seus olhos ardiam... Não queria chorar, mais era impossível para ele olhar esse jovem homem á seu lado e não se lembrasse de seu pai, seu querido pai que sorria quando o via... Sim... Sorria pensou ele, um franco sorriso mais um sorriso quando Neville ia visita-lo sempre ao redor de sua Alice, á amando... Mesmo no esquecimento da loucura.
- A sua maneira – disse por fim, sua voz estava rouca traindo-o mostrando o quanto estava emocionada – sim... Você é um bom pai.
- Bom – falou simplesmente Frank a voz também emocionada, tocou gentilmente o ombro de Neville dando um aperto. Naquele momento Neville não se sentia um intruso, sentia-se em casa, completo pela primeira vez em muito tempo.
- Temos que muda a maldita cara de enterro! – exclamou Sirius, olhando irritados para todos.
- Sirius! Para de ser tão insensível – brigou Marlene – mais tenho que admitir que pelos menos uma vez na vida o pulguento está certo – completou olhando para os amigos.
-EI – gritou Sirius, mais sorria.
- Desculpe almofadinhas, mais esta realmente difícil sorrir, sabendo o que o futuro nos aguarda - disse Lily.
- Mais não podemos pensar assim – falou Remo – não podemos pensar no que o futuro nos aguarda e sim em como vamos muda-lo.
- Isso mesmo Aluado! – concordou vivamente Sirius – Não podemos esmorecer ate porque esse foi apenas o primeiro capitulo de muitos – fez uma careta – muitos mesmos pela grossura daqueles livros que Neville trouxe.
- Se isso era para animar bem – Tiago fez uma careta – não funcionou.
- E não parece que as coisas vão melhora – disse Arthur antes que Sirius pudesse retrucar – sei que é difícil não ficar triste, mais temos que nos agarrar ao fato de que ainda não aconteceu.
- Sim, temos que ter esperança – disse Molly acariciando carinhosamente seu frente ainda plano, recebendo olhares espantados de todos – eu tenho – afirmou olhando a todos com determinação – tenho que ter pelo meu pequeno Guilherme...
- Oh Molly, eu não sabia – falou Lily entre as lagrimas indo abraçar a mais nova amiga – você deve ter ficado tão assustada quando eles falaram no Arthur.
- Sim eu fiquei... Mais já passou e não vou deixar que nada aconteça a Arthur no futuro – falou olhando ameaçadora para o namorado como se fosse culpa dele que o tivessem ferido em um futuro qualquer.
- Sim querida nada vai acontecer comigo – respondeu prontamente ao olhar de Molly.
A noticia da gravidez de Molly parecia ter dado uma nova esperança a eles, as meninas entre sorrisos emocionados questionavam detalhes da gravidez;
- De quantos messes você está Molly?
- Tem sentido muito enjoos querida?
- Como sabe que é um menino Molly? Você falou com tanta convicção! A proposito Guilherme é um nome lindo...
Os meninos agora com a companhia de Frank e Neville davam os parabéns a Arthur perguntando entre brincadeiras se ele já aprendera a trocar fraudas.
______________ ☾ _______________ ✰ ______________ ☾ ______________ ✰
Dumbledore estava em seu escritório, andando de um lado para o outro com seus óculos de meia lua escorregando pelo nariz pontudo, a expressão de intensa preocupação, quando se ouve uma batida na porta.
- Entre professora Minerva.
- Com licença Diretor – entrou rapidamente a professora Minerva.
- Sente-se professora – ofereceu Dumbledore a cadeira de frente para sua escrivaria indo ele mesmo senta-se em sua cadeira – então professora conseguiu?
- Sim Diretor – respondeu prontamente assumindo uma postura profissional e severa – todas as saídas estão lacradas, nenhuma criança sairá de sua sala comunal sem que nos estejamos ciente, até mesmo as correspondências passaram por nos.
- Bom Professora Minerva – disse Dumbledore calmamente – estive pensando se devo chamar o professor Horácio Slughord de volta... Ele me pediu para sair mais cedo para o verão – respondeu a pergunta muda da professora.
- Por que você acha que faria diferença ele esta aqui? – perguntou Minerva embora soubesse que ele não responderia.
- Apenas um palpite professora Minerva – disse levantando-se – e agora sem querer se indelicado, mais já o seno, acho melhor todos irmos no deitar.
- Claro diretor... Com licença – levantou encaminhando para porta, porem antes de sai virou-se uma ultima vez para o diretor – Boa noite Alvo.
- Boa noite Minerva – desejou o Diretor.
Quando as portas se fecharam atrás da professora, Dumbledore foi ate o seu armário no canto da sala, abriu-o de dentro tirou um bacia circula cheia de um liquido estranho mais transparente como agua embora mais denso, depositou cuidadosamente em sua mesa, com a ponta da varinha na temporada tirou pequenos fios branco brilhantes, depositando em seguida na bacia, e repetindo novamente o processo.
- Muitos pensamentos confusos Diretor? – perguntou um chapéu de aparência incrivelmente velha sua boca era um rasco cheios de farrapos – basta me colocar na cabeça, rapinho o chapéu celetor os colocar em ordem para o senhor – disse fazendo cara feia para a penseira.
-Não há necessidade meu caro chapéu – respondeu o diretor sem tirar os olhos de sua penseira – apenas preciso reviver alguns acontecimentos de meu passado.
Com o canto dos olhos fitou o livro em cima de sua mesa, lembrando-se do titulo do livro mais grosso que tanto o intrigava.
-Acho que é o suficiente – ponderou colocando mais um fio branco na penseira inclinando-se com as faces em direção a penseira, assim que a ponta de seu nariz tocou na agua a penseira o sugou para suas profundezas.
-Se você diz... Mais eu ainda sou muito mais eu – e com mais um olhar feio para a penseira o rasco sumiu tornando-o somente mais um chapéu comum.
______________ ☾ _______________ ✰ ______________ ☾ ______________ ✰
- Boa noite amor – falou Tiago dando um selinho em Lily, gostando de ver suas bochechas coradas e sua expressão mais feliz.
-Boa noite querido – falou ela correspondendo seu beijo e subindo a escada para o dormitório feminino, no ultimo degrau virou-se para trás sabendo que ele ainda a ouvia – ti amo – sussurrou.
- Também ti amo minha Lily – respondeu Tiago sorrindo enormemente, nunca se cansaria de ouvi-la dizer que o amava.
Com um sorriso entrou no dormitório dos meninos e se jogou em sua cama sem nem mesmo se trocar.
- Eu não disse Almofadinhas? – perguntou Remo, Tiago os olhou intrigado – somente a Lily para tirar a carranca dele.
- Tem razão Aluado – os dois riam – graças a Merlin ela aceitou se casar com ele... Se bem que eu não sei como ela pode ter aceitado... Quer dizer somente uma doida...
-Ah calem a boca vocês dois – riu-se Tiago jogando travesseiros nos amigos, mais seu sorriso morreu ao fitar Pedro que roncava sonoramente na cama ao lado de Aluado.
- Que pontas? Não estávamos falando serio – disse Remo ao ver a carranca do amigo.
- Não é isso – disse Tiago – Não gostei da atitude do Pedro – olhando para os amigos pode ver que eles também aviam notado como Pedro agira estranho – não sei parecia não se importar.
Imediatamente Tiago arrependeu-se de pensar isso do amigo... Era claro que Rabicho se importava, eram amigos e apesar de ser um pouco medroso estava sempre com eles e com Aluado, sentia-se envergonhado, como se estivesse traindo a amizade de Pedro por pensar isso do amigo, afastou rapidamente o pensamento os outros dois estavam pensativos.
- Provavelmente ele só ficou com medo, e não sabe como agir – disse para os outros, eles apenas assentiram os pensamentos ainda longe – melhor dormir... Noite Almofadinhas, Aluado.
- Noite Pontas – responderam.
______________ ☼ _______________ ☼ ______________ ☼ ______________
A manhã foi barulhenta no dormitório masculino, todos com presa pra se arrumar para o café, entre esbarroes pelo caminho do banheiro e discursões para saber quem acordaria Sirius.
- Eu já tentei de tudo Pontas é sua vez – sentenciou Remo vestindo a capa.
-Você disse que a Lene tá se agarrando com alguém? – perguntou Tiago penteando o cabelo.
- Eu tentei essa – respondeu Pedro já pronto – eu vou descendo to morto de fome – completou saindo pela porta antes que os outros pudessem responder.
- A pergunta é... E quando ele não tá? – disse Remo resistindo à tentação de dizer a Tiago que ele só estava piorando o estado do cabelo com aquele pente – O que faremos com Almofadinhas.
- Eu não...
- Desista amigo é uma causa perdida – disse Sirius arrancando o pente da mão de Tiago e passando calmamente por eles com se seus amigos não estivessem a quase uma hora tentando acorda-lo.
- EI MEU PENTE – gritou Tiago ao que só recebeu uma risada em forma de latido de Sirius.
Meia hora depois eles conseguiram descer para o Salão Principal, com Tiago resmungando que Sirius demora mais que Lily para se arrumar “Você só esta com inveja porque eu sim tenho cabelos para pentear”, “Eu tenho cabelo... e Lily também... Um monte deles... E muito mais lindo que o seu” retrucava indignado Remo gargalhava.
-Bom dia gente – falou Tiago a chegar à mesa da Grifinoria – Bom dia querida – murmurou para Lily que lhe respondeu com um sorriso e um beijo castro.
- Bom dia... Por que vocês estavam discutindo? – perguntaram Alice e Frank com sua estranha maneira de falarem juntos, ninguém estranhou já estavam acostumados ate mesmo Neville que estava sentado ao lado de sua mãe, não achou estranho, pois sua avó já lhe falava sobre isso.
- Quem estava discutindo? Eu e Pontas certamente que não. – disse Sirius sorrindo para Marlene e dando-lhe um beijo na bochecha, corada ela apenas sorriu, os outros fingiram não ver.
- Jamais! Eu discutir com o pulguento? Nem pensar – Exclamou Tiago enquanto todos riam – Quando será que o professor Dumbledore começa a leitura? – refletiu enquanto aceitava o suco de abobora que Lily lhe passava.
- Imagino que no horário das aulas – respondeu Arthur sorrindo indulgente para Molly que enchia seu prato com ovos e bacon.
Dito e feito meia hora depois Diretor Dumbledore levantou-se pedindo a atenção de todos.
- Agora que estamos todos de barriga cheia... E confortáveis – falou sorrindo para Sirius que conjurara mais uma vez a almofada, no que foi seguido por muitos pelo Salão – vamos iniciar a leitura, quem gostaria de começa?
Tensos ninguém se disposto a ler embora fosse nítido que estivessem curiosos.
- Eu posso Diretor – pediu para Alice, ao ver que ninguém respondia.
- Muito bem Srta. Alice – com um floreio da varinha Dumbledore vez com que o papeis voassem para Alice que os agarrou – Bem então se estiverem todos prontos.
Em uníssono o Salão assentiu, e a comida desapareceu das mesas. Alice respirou fundo e começou a ler.
- Titulo Começa a Segunda Guerra
- Ir já começou mal – Interrompeu Sirius, Alice o olhou feio – foi só um comentário – defendeu-se.
"AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO RETORNA
Numa breve declaração na sexta-feira à noite o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, confirmou que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou a este país e está novamente na ativa.
- Espera ai Lice – falou Tiago com a testa franzida – no capitulo anterior... Não desceram que ele retornou no quarto ano de Harry?
Todos fitaram para Neville interessados.
- É bem eu não contei essa parte, pra resumir o Ministério e metade da comunidade bruxa não acreditou em Harry, já que ninguém viu ele retorna a não ser ele – Neville deu de ombros sem querer entra em detalhes, Tiago já ia abri a boca quando ele continuou – Agora com a batalha dentro do Ministério da Magia... Eles foram forçados a ouvir a verdade, imagino que isso seja uma matéria de jornal?
- Sim – respondeu Alice, e voltou a ler percebendo que Neville não queria falar sobre isso.
'É com grande pesar que eu venho confirmar que o bruxo que se autodenomina Lord... Bem, vocês sabem de quem eu estou falando... Está vivo e entre nós novamente', disse Fudge, parecendo cansado e confuso enquanto falava com os repórteres. 'É quase com o mesmo pesar que eu comunico a revolta em massa dos dementadores de Azkaban, que decidiram não mais continuar a serviço do Ministério. Nós acreditamos que os dementadores estão agora sob comando de Lord... Você-Sabe. Nós pedimos encarecidamente que toda a toda população mágica se mantenha vigilante. O Ministério está, no momento, publicando guias básicos de defesa pessoal e defesa da casa que serão entregues gratuitamente em todas as casas de bruxos durante esse mês. '
O depoimento do Ministro foi visto com medo e alarme pela comunidade mágica que recentemente - na última quarta-feira - recebeu afirmações do Ministério de que 'não são verdadeiros os rumores persistentes de que Você-Sabe-Quem está operando entre nós novamente'.
Os detalhes do evento que levaram o Ministério a mudar de opinião ainda estão confusos, embora se acredite que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e um seleto grupo de seguidores (conhecidos como Comensais da Morte) conseguiram entrar no próprio Ministério da Magia quinta-feira à noite.
- Voldemort, também estava lá? Caracas deve ter sido uma senhor batalha! – exclamou Remo.
Os meninos concordaram alguns animados, Lily estremeceu, não gostara de pensar em seu filho numa “senhor batalha”.
Alvo Dumbledore, recentemente renomeado diretor da Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts,
- Recentemente... – estranhou Molly
- Recentemente renomeado... Como assim tiraram o cargo do Diretor Dumbledore? – perguntou Marlene.
- Ao que parece sim senhorita – disse Dumbledore com os olhos faiscando.
- É como eu disse o Ministério não acreditava em Harry... E como Dumbledore... Desculpe Diretor Dumbledore – corrigiu Neville envergonhado – acreditava eles viraram meios que inimigos e tudo mais.
- Entendo Sr Neville – disse Dumbledore os olhos ainda faiscando, fazendo sinal para Alice volta á ler.
renomeado membro da Confederação Internacional de Bruxos e Bruxo Chefe Cacique Supremo da Confederação Internacional de Bruxos, esteve indisponível para comentários até o momento. Ele insistiu durante o último ano que Você-Sabe-Quem não estava morto como se acreditava, mas sim recrutando seguidores novamente para mais uma tentativa de conquistar o poder. Enquanto isso, o Menino Que Sobreviveu..."
- Menino que sobreviveu? – estranhou Lily.
- Harry, eles...
- Chamam de Menino que sobreviveu! Por quê? – perguntou Tiago imaginando que odiaria que o chamassem assim.
- Porque ele foi o único que sobreviveu a maldição da morte...
- Ele sobreviveu á maldição da morte? – assustou-se Lily.
- Você não contou essa parte ontem – disse acusadoramente Sirius.
- Não deu tempo – disse Neville – bem não interrompam – pediu ao ver Remo abrir a boca – Acontecesse que como Lily morreu por ele – Tiago estremeceu – Lançou uma proteção nele e tudo mais que o livro explicou ontem, por tanto quando Voldemort tentou lança a maldição ricocheteou só que ninguém conhece a historia com tantos detalhes por isso o chamam de o menino que sobreviveu... E não... Ele não gosta que o chamem assim – respondeu a pergunta muda de Tiago.
- Como a maldição ricocheteou em Voldemort e ele não morreu? – perguntou Remo
- Então ele sim é imune à maldição da morte? – Perguntou Sirius antes que Neville pudesse responder
- Será que ele é imune? – assustou Arthur – Eu achava que ele estava vivo porque ninguém conseguia chegar próximo para lança a maldição nele.
Varias pessoas concordaram pelo Salão, Snape estava intrigado ele também queria saber poderia o Lord das trevas ser imune à maldição da morte.
- ISSO O LIVRO EXPLICA! – gritou Neville por conta do burburinho pelo Salão.
- Ah bom, então vamos á leitura – pediu Marlene.
- É isso aí, Harry, eu sabia que eles iam meter você no meio disso de algum jeito - disse Hermione, olhando-o por sobre o jornal.
- Isso ai finalmente a Hermione apareceu – disse Sirius animado – agora vamos ver se ela é a namorada do Pontas júnior.
- Pontas júnior - riu-se Tiago.
Lily fazia careta, Molly olhou-a sorrindo, entendendo perfeitamente o ciúme de mãe, Alice também á entendia só esperava que não aparecesse nenhuma namorada para Neville pensou emburrada.
- Eu ainda acho que não Almofadinhas – riu-se Remo, olhando para Neville buscando uma confirmação, Neville apenas apontou para o livro, tentado esconder o sorriso Sirius errará feio dessa vez.
Estavam na ala hospitalar. Harry estava sentado na ponta da cama de Rony e estavam ouvindo Hermione ler a primeira página do Profeta Diário. Gina, cujo tornozelo tinha sido colocado numa tipóia por Madame Pomfrey, estava curvada ao pé da cama de Hermione; Neville, cujo nariz também tinha retornado ao seu tamanho e forma normais, estava numa cadeira entre as duas camas; e Luna, que tinha aparecido para uma visita, segurava a última edição do The Quibbler, estava lendo a revista de ponta-cabeça e aparentemente não ouvia uma só palavra do que Hermione dizia.
- Então agora ele voltou a ser o "Menino Que Sobreviveu", né? - disse o Rony ironicamente. - Não é mais o doido metido?
- Doido metido! – indignaram-se Tiago e Lily.
- È um péssimo apelido prefiro Pontas júnior – falou Sirius
- Também – concordou Lily, Tiago sorriu, Snape abaixou a cabeça triste.
- Você não falou que estava na batalha – observou Frank.
- Eu tinha que está – disse Neville com uma determinação feroz no olhar; assustando os outros – não perguntem – disse lembrando-se de Bellatrix Lestrange, olhou agradecido para Molly que retribuiu seu olhar confusa.
- Então esses são os amigos de Harry – disse Remo.
- Hermione, Rony, Gina, Neville e Luna... A única que saiu intacta da batalha – observou Marlene.
- Sim – confirmou Neville estava com saudade dos amigos.
-Hermione ainda pode ser a namorada – pronunciou-se Sirius
- Volte a ler, por favor, Alice – pediu Molly antes que Lily batesse em Sirius que parecia não notar os olhares assassinos que ela lhe lançava.
Ele encheu a mão com os sapos de chocolate que estavam numa imensa pilha em seu criado-mudo, jogou alguns para o Harry, Gina e Neville e rasgou com os dentes o pacote do seu. Ainda existiam marcas profundas em seus antebraços, onde os tentáculos dos cérebros haviam se enrolado.
- Cérebros! - exclamaram alguns alunos pequeninos.
- Hmm... Sapos de chocolate – gemeu Sirius esfregando a barriga.
- Faz tempo – concordou Pedro gemendo também.
- Mortos de forme! – exclamaram Tiago e Remo.
De acordo com Madame Pomfrey, pensamentos podiam deixar cicatrizes mais profundas do que qualquer outra coisa, mesmo que parecesse ter havido alguma melhora desde que ela havia começado a aplicar doses de Dr. Ubbly's Oblivious Unction.
- Sim, eles são muito lisonjeiros sobre você agora, Harry - disse Hermione, dando uma olhada no artigo. - "A voz solitária da verdade... Perseguido como desequilibrado, mas sem nunca hesitar em sua história... Forçado a agüentar calúnias e ridicularizações..." Hmm - disse franzindo a sobrancelha. - Eu notei que eles não mencionaram o fato de que foram eles que fizeram todas essas calúnias e ridicularizações no Profeta...
- Merlin! Que fizeram com meu filho? – gritou Tiago levantando-se irritado com se fosse alguém daquela época que tivessem ofendido seu filho.
- Como ousam! – exclamou Sirius pronto para a briga.
- Quem eles pensam que são! – Lily apertava as mãos em punhos.
Muitos pelo Salão soltavam impropérios contra o Ministério da Magia, que com certeza deixariam qualquer velhinha de cabelos em pé.
- Sacanas são isso que são! – gritava Hagrid na mesa dos professores.
- Francamente! – indignava-se a Professora Minerva
Molly – futura Weasley arregaçava as mangas do casaco e apontava o dedo ameaçadoramente para o livro, Arthur de cara fechada pedia para acalma-se.
- São uns idiotas! – disseram Alice e Frank.
- Idiotas é pouco... Ratos miseráveis – discordou Marlene, Pedro encolheu-se.
-Malditos! – os olhos de Remo estavam mais escuros em vendas ameaçadoras.
Snape não sabia se ria, era filho do Potter pensava, mais também era filho da Lily, alguns colegas seus riam abertamente.
- SILENCIO – gritou o professor Dumbledore o Salão silenciou-se – peço calma a todos – esperou um momento enquanto os rebeldes como Tiago e Sirius sentavam-se – agora vamos retorna a leitura.
Ela recuou levemente e colocou as mãos em suas costelas. O feitiço que Dolohov
- Dolohov, espero que o desgraçado tenha sido capturado! – Tiago ainda revoltado, seu peito subia e descia como se estivesse numa partida de quadribol brutal.
- Ele foi – disse Neville antes que os ânimos de exaltassem de novo.
Tinha usado nela, mesmo que menos efetivo do que se tivesse dito em voz alta, tinha causado, mesmo assim, nas palavras de Madame Pomfrey, "danos o bastante". Hermione, que tinha que tomar dez tipos diferentes de poção todo dia, estava melhorando muito e já estava entediada com a ala hospitalar.
- Odeio poções – disse Sirius olhando feio para a mesa da Sonserina – matéria de cobras – Tiago e Remo concordaram.
- A Última Tentativa De Dominação Do Você-Sabe-Quem, páginas 2 a 4, O Que O Ministério Devia Ter Nos Dito, página 5, Por Que Ninguém Deu Ouvidos ao Alvo Dumbledore, páginas 6 a 8, Entrevista Exclusiva com Harry Potter, página 9... Bem - disse Hermione, dobrando o jornal e colocando-o de lado -, isso certamente deu a eles muito que escrever. E essa entrevista com Harry não é exclusiva, é a que saiu no Te Quibbler meses atrás...
- Ele deu uma entrevista? – perguntou Lily
- Foi necessário... Uma tentativa para ver se as pessoas acreditavam nele – respondeu Neville – funcionou com algumas pessoas.
Tadinho do meu filho, maldito Ministério e idiotas da comunidade de merdas de bruxos pensou Lily amargamente.
- Papai vendeu a eles - disse Luna de maneira vaga, virando a página do The Quibbler. - Ele conseguiu um ótimo preço por ela, aliás... Então nós vamos embarcar numa expedição para Suécia nesse verão para tentar pegar um Crumple-Horned-Snorkack.
- O que é um Bufador de chifre enrugado? – perguntou alguém sua voz ecoando pelo Salão.
- Não perguntem – respondeu Neville gargalhando, lembrando-se de Luna, poxa estava realmente com saudade dos amigos – Quer dizer perguntem... Caso a Luna venha fazer uma visita – ponderou as explicações de Luna eram sempre memoráveis.
Hermione pareceu lutar consigo mesma por um momento, então ela disse.
- Lutando com sigo mesma por quê? – perguntou intrigada Marlene.
- Bom digamos que ela não concorda com a caça a Bufadores de chifre enrugado – disse Neville ainda rindo.
- Isso parece ótimo.
Gina cruzou seu olhar com o de Harry, mas desviou rapidamente, rindo.
- Hmm... Acho que estou começando a muda de ideia – comentou Sirius.
- Nem vem Almofadinha, você já disse que era a Hermione... Mais estou achando que é essa Gina ai – falou Remo sorrindo para o bico que Sirius fazia.
- Então, de qualquer forma - disse Hermione, sentando-se um pouco mais ereta e recuando novamente -, o que está acontecendo na escola?
- Bom, Flitwick se livrou do pântano do Fred e do Jorge - disse Gina. - Ele limpou tudo em menos de três segundos. Mas deixou um pouco debaixo da janela, em destaque...
- Professor Flitwick ainda da aula – disse animado alguém na mesa da Corvinal, um professor miudinho sentando muna cadeira magicamente ampliada para ser maior que as outras sorriu discretamente na mesa dos professores.
- Por quê? - perguntou Hermione, parecendo surpresa.
- Ah, ele só disse que foi mágica muito bem feita - disse Gina, encolhendo os ombros.
- Eu acho que ele deixou lá como um monumento ao Fred e ao Jorge - disse Rony com a boca cheia de chocolate. - Eles me mandaram todos esses, sabe? - disse a Harry, apontando para a pequena pilha de sapos ao seu lado. - Eles devem estar se dando bem com aquela loja de logros, né?
- Loja de logros! – exclamaram Tiago e Sirius com os olhinhos brilhando Lily sorriu amorosamente para Tiago e seu a amigo Almofadinhas.
- Esses Fred e Jorge devem ser Marotos – disseram sorrindo um pro outro.
-Sim eles são – disse Neville tentado ao máximo não ficar triste por Fred.
Remo que sorria indulgentemente para os amigos fez sinal para Alice ler ou o papo de Tiago e Sirius ia longe.
Hermione, com um tom de desaprovação, perguntou.
- Então os problemas acabaram agora que Dumbledore está de volta?
- Sim - disse Neville -, tudo está de volta ao normal.
Tinha um carinho explicito na foz de Alice ao pronunciar o nome de Neville.
- Eu suponho que Filch está feliz, não? - perguntou Rony, apoiando na sua jarra de água uma figurinha dos Sapos de Chocolate mostrando Dumbledore.
- Filch Caracas! ele ainda está vivo! – assustou-se Sirius
-Sr. Black – ralhou a professora Minerva.
- Desculpe Professora foi o susto!
Alice voltou a ler rápido antes que Sirius se complicasse mais.
- De jeito nenhum - disse Gina. - Ele está muito, muito deprimido, na verdade... - diminuiu sua voz a um suspiro. - Ele fica dizendo que Umbridge foi a melhor coisa que já aconteceu para Hogwarts...
-Quem? – perguntaram alguns pelo Salão
- Uma professora que o Ministério empós em Hogwarts - disse Neville
-Empós! – assustou-se a Professora Minerva.
Os alunos entreolharam-se o Ministério nunca interferiu na escola ou nas decisões de Dumbledore; muitos olhares desviaram-se para Dumbledore curiosos para ver sua reação.
- Imagino... Que como o Ministério me desacreditava, essa mulher foi colocada como forma de vigiar-me e a Harry? – perguntou Dumbledore a Neville.
- Sim, e um pouco mais... Ela tornou-se professora de DCAT... Porem nos impedia de realizar feitiços alegando, que não havia perigo algum lá fora e que deveríamos nos preocupar somente com nossos exames – terminou Neville constrangido, pelo olhar abolhado que muitos lhe lançavam, como se ele estivesse falando alguma asneira, provavelmente estava, ficou feliz por não falar das detenções que, ainda mais pelo olhar de nojo na cara de Tiago e Sirius.
- Não havia perigo – murmuravam Lily e Molly como se simplesmente não conseguissem entender.
Muitos alunos estavam como elas murmurando coisas como “não podiam fazer feitiços” ou “mais nos praticamos feitiços nos exames”.
Dumbledore, percebendo genuinamente que tinha muito mais na historia, do que Neville queria conta, fez sinal para Alice volta a ler.
Todos olharam em volta. A professora Umbridge estava deitada numa cama do lado oposto da sala, olhando fixamente para o teto. Dumbledore foi sozinho até a Floresta para resgatá-la dos centauros; como ele tinha feito isso - como tinha saído do meio das árvores carregando a professora Umbridge sem nenhum arranhão - ninguém sabia e Umbridge certamente não diria. Desde de que voltara ao castelo ainda não tinha pronunciado uma palavra sequer, ao menos não que algum deles soubesse. Ninguém sabia, tampouco, o que estava errado com ela. Seu cabelo, de um castanho acinzentado e normalmente organizado, estava desarrumado e ainda havia pequenos ramos e folhas nele mas fora isso ela parecia estar ilesa.
- Nojenta! – disse Lily, Marlene concordou.
- O que será que ela fazia na floresta – observou Remo
- Ela dever ter ofendido gravemente os centauros, embora não gostem muito dos bruxos, eles jamais atacariam sem motivo – disse Hagrid olhando feio para o livro todos sabiam que ele adorava animais, quanto mais perigoso e grande melhor.
- Madame Pomfrey diz que ela está apenas em choque - cochichou Hermione.
- Parece que está de mau humor, isso sim - disse Gina.
- É ela mostra sinais de vida se você fizer isso - disse Rony, e com a língua fez um som de trote. Umbridge se levantou de repente, ereta e alarmada, olhando ao redor desordenadamente.
Sirius sorriu baixinho.
- Algo errado, professora? - perguntou Madame Pomfrey, colocando a cabeça para fora de seu escritório.
- Não... Não... - disse Umbridge, afundando novamente em seus travesseiros. - Não, eu devo estar sonhando...
Hermione e Gina abafaram o som de suas risadas nos lençóis.
- Lendo nas entrelinhas eu diria que as amigas do Harry parecem ter uma coisa pessoal com ela – disse Sirius sorrindo abertamente.
- A maioria das pessoas em Hogwarts tinha – sentenciou Neville rindo, lembrava-se perfeitamente da expressão de pavor de Umbridge nesse dia.
- Falando em centauros - disse Hermione, parando de rir - quem vai ser nosso professor de Adivinhação agora? Firenze vai continuar aqui?
- Um professor centauro... Quer dizer centauros professores... É Firenze eu o conheço – atrapalhou-se Hagrid.
- Longa historia Hagrid... Basicamente ele estava fazendo um favor ao Direito – disse Neville – ficamos sem professor de Adivinhação... É... Umbridge ela estava... Estava avaliando os professores e Trelawneynão passou...
- Avaliando os professores! – exclamou Minerva.
- Como assim não passou?
Antes que Neville abrisse a boca Alice voltou a ler.
- Ele tem que continuar - disse Harry -, os outros centauros não vão aceitá-lo de volta.
Ele deve ter cometido uma falta muito grave para ser banido... Ser bem que se torna professor eles já chamariam de grande ofensa... Caramba deve ter sido uma guerra como ele saiu vivo pensava Hagrid.
- Parece que os dois, ele e Trelawney, vão dar aula - disse Gina.
- Aposto que o Dumbledore queria ter se livrado da Trelawney de vez - disse Rony, mastigando seu décimo quarto Sapo. - Se você quiser saber, a matéria toda é inútil pra mim, Firenze não é muito melhor...
- Ele concorda com você Lily – falou Marlene Lily.
- Sim... Mais na hora de comer é como o Sirius – afirmou Lily para o divertimento de Tiago e Remo.
-Ei eu não como...
Alice voltou a ler rapidamente interrompendo Sirius, que a olhou indignado, ela fingiu não notar queria termina esse livro hoje e começa logo o próximo.
- Como você pode dizer isso? - Hermione reclamou. - Depois que nós acabamos de descobrir que existem profecias de verdade?
O coração de Harry começou a acelerar. Ele não tinha contado nem a Rony nem a Hermione nem a qualquer outra pessoa qual era a profecia. Neville contou a todos que ela tinha se quebrado enquanto Harry o puxava pra cima na escada da Sala da Morte e Harry ainda não tinha corrigido essa impressão. Ele não estava pronto pra ver a expressão de seus amigos quando lhes contasse que ele tinha de ser ou assassino ou vítima, não havia outra maneira...
A tensão estalou-se de repente pelo Salão.
- Sala da morte... Muito apropriado – resmungou Sirius amargamente.
- É uma pena que quebrou - disse Hermione serenamente, balançando a cabeça.
- É, que pena - disse Rony. - Pelo menos Você-Sabe-Quem também nunca descobriu o que era, aonde você vai? - ele continuou, parecendo surpreso e desapontado ao ver Harry se levantar.
- Eh... Hagrid - disse Harry. - Você sabe, ele acabou de voltar e eu prometi que ia lá vê-lo e contar como vocês estavam.
- Ei nos somos amigos – disse Hagrid sorrindo para as folhas na mão de Alice.
Tiago e Lily sorriram gostavam de Hagrid e faziam muito gosto que ele fosse amigo de seu filho.
- Ah, então tudo bem - disse Rony irritado, olhando pela janela do dormitório para um pedaço de céu azul e brilhante do lado de fora. - Queria que também pudéssemos ir.
- Diga oi pra ele por nós! - pediu Hermione enquanto Harry caminhava em direção à porta. - E pergunte a ele como está o seu... O seu amiguinho!
- Amiguinho? Que amiguinho? – perguntou Hagrid.
- Deve ser algum bichinho de estimação – disse Sirius sarcasticamente. Hagrid que aparentemente não notou sorriu animado querendo saber que bicho era esse.
- Pelo visto Harry é mais amigo desse Rony e da Hermione – observou Molly
- Todos somos amigos... Mais Rony e Hermione são os melhores amigos – confirmou Neville.
Harry acenou para mostrar que tinha ouvido e entendido enquanto saía da sala.
O castelo estava muito silencioso, mesmo para um domingo. Todos estavam, com certeza, do lado de fora, nos campos ensolarados, aproveitando o fim das suas provas e o fato de terem alguns últimos dias do ano letivo livre de lições de casa ou revisões. Harry andou lentamente pelo corredor deserto, observando através das janelas pelas quais passava; via pessoas voando despreocupadas pelo campo de quadribol e alguns alunos nadando no lago, acompanhados pela lula gigante.
Estava achando difícil decidir se queria ficar com as pessoas ou não; quando estava com outras pessoas queria ficar só mas quando estava sozinho queria a companhia de outras pessoas. Mas pensou em realmente ir visitar Hagrid, afinal Harry ainda não havia conversado com ele desde que tinha voltado...
- Onde será que eu estava? – perguntou-se Hagrid baixinho
- Ele parece tão deprimido – sussurrou Lily.
- Sim – concordou Tiago, apenas num murmuro, estava lentamente deprimindo-se também.
Harry tinha acabado de descer o último degrau da escada de mármore em direção ao Saguão de Entrada quando Malfoy, Crabbe e Goyle saíram de uma porta à direita que Harry sabia que dava na sala comunal da Sonserina.
Tiago e Sirius estreitaram os olhos.
-Sonserinos – sussurram
Lily preocupou-se não queria que seu filho arrumasse encrenca, mais se ele puxou Tiago com certeza arrumaria mesmo que não quisesse.
Harry parou abruptamente; o mesmo fez Malfoy e os outros dois. Os únicos sons eram os gritos, risadas e o som de água vindos dos campos que invadiam o local pelas portas de entrada que estavam abertas.
- Ei agora que eu notei você disse Malfoy? – perguntou o Arthur
- Sim – respondeu timidamente Alice.
- Merda! Isso é encrenca na certa – esbravejaram Sirius, Tiago apurou os ouvidos.
- Com um Malfoy pode esperar – concordou o Arthur irritado.
Snape empertigou-se na cadeira devia ser o filho de Lúcio.
Malfoy olhou ao redor - Harry sabia que ele estava procurando por sinais de professores
-Covarde – observou Remo
Então olhou novamente para Harry e disse num tom baixo.
- Você está morto, Potter.
- Desgraçado quem ele pensa que é para amaçar meu filho – Gritou Tiago bravo.
- Cobra! Covarde nojenta! – exclamou Lily irritada além da conta, Snape encolheu-se, já ouvira muito isso mais não era o mesmo ouvi-la ofendendo sua casa, parecia pior saindo de sua boca.
- Ei acalme-se Pontas... Lily esse filho de uma cobra provavelmente nem nasceu ainda - Disse Sirius.
- E nesse ritmo nem vai – ameaçou Tiago.
Harry levantou as sobrancelhas.
- Engraçado - disse ele -, você pensar que eu ia parar de andar por aí...
Malfoy parecia mais brabo do que Harry jamais o vira; sentiu uma certa satisfação ao ver sua fronte pálida e pontuda contorcida de raiva.
- Você vai pagar - disse Malfoy, num tom não muito mais alto do que um sussurro. - Eu vou fazer você pagar pelo que você fez com meu pai...
- Seja lá o que ele fez aposto que foi merecido – disse Lily raivoso ao que os outros concordaram.
- É, agora eu estou com medo - disse Harry, de modo sarcástico. - Eu suponho que Lord Voldemort seja só um aquecimento comparado a vocês três, qual o problema? - continuou, pois Malfoy, Crabbe e Goyle pareciam chocados ao ouvirem aquele nome. - Ele é um amigo do seu pai, não é? Você não está com medo dele, está?
-Isso Harry acaba com ele! – gritou animado Sirius – Seu filho é o melhor Pontas.
Tiago gargalhou estava muito satisfeito de ver que seu filho sabia defende-se.
- Você se acha tão corajoso, Potter - disse Malfoy, começando a avançar com Crabbe e Goyle na retaguarda. - Pode esperar. Eu vou te pegar. Você não pode colocar meu pai na prisão...
- Meu filho é corajoso seu bostinha nojento – exclamou Tiago
- E seu pai esta na prisão por que é um Comensal bostinha nojento como você – completou Lily.
Snape esfregou desconfortavelmente seu braço onde estava a marca negra, para logo depois se arrepender do movimento e senta-se rígido na cadeira.
.- Eu achei que eu tinha acabado de fazer isso.
- Os dementadores deixaram Azkaban - disse Malfoy calmamente. - Meu pai e os outros estarão livres mais cedo do que você imagina...
- Ah merda os dementadores se rebelaram – disse Sirius.
- Dementadores – sussurrou Hagrid tremendo levemente.
Muitos tiveram a mesma reação de Hagrid e a tensão intensificou-se pelo Salão. Dumbledore concentrou-se mais ao ouvir essa informação as coisa realmente fugiram ao controle pensava.
- É, eu espero que sim. Pelo menos todos já sabem a escória que eles são...
A mão de Malfoy voou em direção à sua varinha mas Harry foi muito rápido para ele; tinha pegado sua varinha antes mesmo que Malfoy pudesse alcançar seus bolsos.
- Isso Harry – sussurrou Tiago que tinha pegado a própria varinha como se ele também fosse duelar.
Lily tampou o rosto com as mãos.
Ele é completamente igual ao Tiago pensou.
- Potter!
A voz soou através do Saguão de Entrada. Snape
- Snape... O que você quer atrapalhando meu afilhado ranhoso – gritou Sirius
- Não se meta com meu filho ranhoso – avisou Tiago.
-Já chega Sr Potter, Sr Black – pediu o Diretor Dumbledore ao ver Snape levanta-se para responder.
acabara de subir a escada que dava no seu escritório nas masmorras e ao vê-lo Harry sentiu uma fagulha de ódio mais forte do que qualquer coisa que sentia por Malfoy... Não importava o que Dumbledore dissesse, nunca perdoaria Snape... Nunca...
- O que você está fazendo, Potter? - perguntou Snape, frio como sempre, enquanto caminhava em direção aos quatro garotos.
- Estou tentando decidir que feitiço usar contra Malfoy, senhor - disse Harry ferozmente.
A tensão desanuviou-se quando as risadas de praticamente todos escoaram pelo Salão, Snape estreitou os olhos maldito Potter tal pai tal filho.
- Bem feito isso que dá se meter com meu afilhado – riu-se Sirius.
- Ele é mesmo seu filho Pontas – disse Remo que não podia esconder o sorriso.
Tiago riu mais por dentro ainda estava com raiva, por ele atrever-se a meter com seu filho, ele pensava como Harry não tinha jeito ele odiava Snape.
Snape o encarou.
- Guarde essa varinha agora - disse secamente. - Dez pontos para Grifi...
- Idiota – sussurrou Marlene
Snape olhou para as ampulhetas gigantes na parede e deu um sorriso desprezível.
- Desprezível com certeza ele é, e nem precisa fazer esforço – disse Tiago irritado.
- Bem, eu vejo que não há mais pontos para serem retirados da ampulheta da Grifinória. Nesse caso, Potter, nós simplesmente teremos que...
- Adicionar mais alguns?
Professora Minerva acabara de subir, com certa dificuldade, os degraus do castelo, carregava uma bolsa de viagem xadrez numa mão e se apoiava pesadamente numa bengala com a outra, fora isso parecia muito bem.
- Professora McGonagall! - disse Snape, indo em sua direção. - Eu vejo que saiu do St. Mungus...
- O que professora, a senhora também estava na batalha? – perguntou Molly.
- Eu não saberia dizer não é mesmo Senhorita – respondeu ela severamente.
- Não... Longa história – disse Neville sem querer entra em detalhes, os ânimos já estavam muito exaltados.
- Sim, professor Snape - disse Professora a Minerva, contorcendo-se para tirar a capa de viagem. - Estou praticamente como nova. Vocês dois, Crabbe, Goyle...
Ela chamou os dois de forma imperativa e eles vieram arrastando os pés, desajeitados.
- Aqui - disse a professora, jogando sua mala de viagem no peito de Crabbe e sua capa sobre Goyle -, levem isso para meu escritório para mim.
As pessoas na mesa da Grifinoria sorriam umas para as outras.
Eles se viraram e subiram as escadas de mármore a passos pesados.
- Certo - disse a professora Minerva, olhando para as ampulhetas na parede. - Bom, eu acho que Potter e seus amigos devem receber cinqüenta pontos cada por alertarem o mundo sobre a volta de Você-Sabe-Quem! O que você acha professor Snape?
- Isso professora! – gritou Sirius animado.
- Essa é a nossa professora Minerva! – gritou Tiago.
Os alunos na mesa da Grifinoria riam abertamente para a professora.
Minerva nada disse embora seu olhar fosse menos severo do que antes.
- O quê? - disse Snape, tentando disfarçar, mas Harry sabia que ele tinha ouvido perfeitamente. - Ah, bem... Eu creio...
- Então temos cinquenta pra cada um, Potter, os dois Weasley,
- Dois Weasley – assustou-se Arthur
-Devem ser nossos filhos – disse Molly animada
- Quais deles? – perguntou Arthur mais refeito a Neville.
- Rony e Gina – respondeu ele – Lovegood é a Luna e Granger a Hermione.
Molly sorriu emocionada ao ouvir o nome dos futuros filhos.
- Ei Arthur nossos filhos são melhores amigos – falou Tiago sorrindo para Arthur que retribuiu o seu sorriso, Lily e Molly sorriram uma pra a outra.
- Ei espera... Rony não é aquele que foi atacado por cérebros – assustou-se Molly.
- É sim.
- Merlin! Como ele ousa arrisca-se desse jeito... E Gina estava lá também! – exclamava Molly extremamente irritada – Eu devo está de cabelos em pé!... Ah mais quando eu pegar esses dois – ameaçava ela.
Ninguém sabia se ria, ou á dizia que ela não poderia pega-los simplesmente por ainda não terem nascido.
Longbottom e a Srta. Granger - disse a professora Minerva e uma chuva de rubis caiu na metade de baixo da ampulheta da Grifinória enquanto ela falava. - Ah, e cinqüenta para a Srta. Lovegood, eu suponho - continuou e um certo número de safiras caiu na ampulheta da Corvinal. - Agora eu acho que você queria tirar dez pontos Sr. Potter, professor Snape... Então, aí está...
Alguns rubis voltaram para a parte de cima, mantendo, mesmo assim, uma quantidade generosa na parte inferior.
- Bem, Potter, Malfoy, eu acredito que vocês deveriam estar lá fora num dia maravilhoso como esse - a professora Minerva terminou rapidamente.
- Professora eu seria capaz de beija-la – disse Sirius sorrindo para a professora.
- Controle-se Sr. Black! – brigou a Professora enquanto o Salão caia na gargalhada.
Harry não precisou ouvir duas vezes; enfiou sua varinha de volta no bolso e se direcionou para a porta de entrada sem olhar pra trás.
O sol quente o atingiu como uma rajada enquanto atravessava o gramado em direção à cabina de Hagrid. Alunos deitados à sua volta, na grama, tomando sol, conversando, lendo o Profeta Diário e comendo doces, olhavam pra ele enquanto passava; alguns o chamavam ou acenavam, claramente tentando mostrar que eles, assim como o Profeta, tinham decidido que ele era um herói.
- Agora é um pouco tarde não acham? – perguntava Marlene ironicamente.
Harry não disse nada a nenhum deles. Ele não fazia idéia do quanto sabiam sobre o que acontecera três dias antes, mas ele, até agora, tinha tentado evitar ser questionado e continuaria a fazê-lo.
Achou que Hagrid não estava quando bateu na porta da cabana pela primeira vez mas então Canino veio correndo pela lateral e quase o derrubou, tão grande era seu entusiasmo com a chegada do garoto.
- Canino – disse amavelmente Hagrid.
Hagrid transpirava - estava pegando feijões corredores no jardim que ficava atrás de sua cabana.
- Tudo certo, Harry? - disse ele, brilhando, quando Harry se aproximou da cerca.
- Entre, entre, vamos tomar um suco de ervas... Como estão as coisas? - Hagrid perguntou, enquanto sentavam à mesa de madeira, cada um com um copo de suco gelado. - Você... Hum... Está bem?
Harry sabia pelo olhar de preocupação na cara de Hagrid que não estava se referindo ao seu bem estar físico.
- Obrigada por pergunta Hagrid – Agradeceu Lily.
- Sem problemas – disse Hagrid animado pelo novo amigo.
- Estou bem - disse Harry rapidamente, porque sabia o que passava pela cabeça de Hagrid e não ia agüentar falar sobre isso. - Então, por onde você tem andado?
- Estive me escondendo nas montanhas. Numa caverna, como Sirius fez quando ele...
- O que eu me escondi numa caverna? – ele olhou para Neville que balançou a cabeça – quando é que você vai dizer o que me aconteceu, perseguido por dementadores, Ministério... Casa da bruxa velha da minha mãe e agora uma caverna? – perguntou Sirius irritado.
- Eu não me sinto à-vontade para te conta... Quando eu me for...
- Você vai embora – Disseram Alice e Frank tristes.
- Terei que ir – disse meio sem jeito – em fim o próximo que vira poderá explicar melhor.
- Certo – resmungou Sirius ainda irritado.
Hagrid parou, limpou sua garganta de forma grosseira, olhou para Harry e tomou um longo gole de suco.
- De qualquer forma, estou de volta - disse, com a voz fraca.
- Você... Você parece melhor - disse Harry, determinado a manter a conversa longe de Sirius.
- O quê? - disse Hagrid, levantando sua mão pesada e sentindo sua face. - Ah... Ah é. Bem, Grawp está se comportando bem melhor agora, bem melhor. Na verdade ele pareceu muito feliz em me ver quando eu voltei. Ele é mesmo um bom rapaz... De fato, eu estive pensando em arrumar uma amiga pra ele...
- Não disse um bichinho – falou Sirius olhando para a mesa dos Professores onde Hagrid ouvia atentamente os olhinhos de besouros brilhando.
Normalmente Harry teria tentado persuadir Hagrid a tirar essa ideia da cabeça; a ideia de um segundo gigante
- Gigante!
- Você está criando um gigante Hagrid!
- Maldições! Não acredito o bichinho é um gigante! – exclamou Sirius
O sangue de Hagrid gelou, não queria que ninguém descobrisse que era meio gigante iam todos afastassem dele... Então algo estalou em sua cabeça ele não se afastou Harry o filho de Tiago e Lily sabia e continuava a gosta dele... Mais mesmo assim não estava pronto não queria que todos soubessem.
- Silencio – pediu Dumbledore – vamos deixar esse assunto para outra hora – e fez sinal para Alice continuar a leitura. Hagrid respirou profundamente agradecido ao Professor Dumbledore.
Tendo a Floresta como residência era definitivamente alarmante, mas por algum motivo Harry não conseguia encontrar a energia necessária para argumentar seu ponto de vista. Começou a desejar estar sozinho de novo e pensando em acelerar sua partida, tomou longos goles de suco, esvaziando seu copo pela metade.
- Agora todo mundo sabe que você sempre contou a verdade, Harry - disse Hagrid, baixinho e inesperadamente. Estava olhando Harry com atenção. - Deve ser bem melhor, não?
Harry encolheu os ombros.
- Olha... - Hagrid se debruçou sobre a mesa na direção de Harry. - Eu conhecia Sirius há mais tempo do que você... Ele morreu na batalha e é dessa forma que gostaria de ter ido...
- Se tenho que morrer... Não a melhor forma do que lutando – afirmou Sirius ao que ninguém conseguiu responder a esse comentário, Tiago segurava forte a mão de Lily, não queria nem pensar nessa possibilidade.
- Ele nem queria ter ido! - disse Harry com raiva.
Hagrid curvou sua grande cabeça desgrenhada.
- É acho que ele não queria mesmo - disse calmamente. - Mesmo assim, Harry... Ele nunca foi do tipo que fica parado em casa deixando que outras pessoas lutem. Ele não conseguiria viver consigo mesmo se não tivesse ido ajudar...
- Sim... Com certeza eu jamais me perdoaria... Ainda mais se outro tivesse morrido nessa batalha – disse Sirius para si mesmo – mais não... Não queria telo deixado pequeno Pontas – finalizou com pesar, perdendo ligeiramente o brilho no olhar.
Aos poucos os alunos entristeciam-se
Harry se levantou num salto.
- Eu tenho que ir visitar Rony e Hermione na ala hospitalar - disse ele de forma mecânica.
- Ah - disse Hagrid, parecendo desapontado. - Ah... Tudo bem então, Harry... Se cuida e apareça por aqui se tiver temp...
- Tá... Tá...
Harry foi até porta o mais rápido que pôde e a abriu; estava do lado de fora, sob o sol, antes mesmo que Hagrid pudesse terminar de se despedir, foi andando pelo gramado. Mais uma vez as pessoas chamavam por ele enquanto passava. Fechou os olhos por algum tempo desejando que todos sumissem, que quando abrisse os olhos estivesse sozinho no gramado...
Alguns dias antes, antes das provas finais terem acabado e antes de ter a visão que Voldemort colocou em sua mente, teria dado quase tudo para que o mundo mágico soubesse que estava dizendo a verdade, que Voldemort estava de volta e que não era nem mentiroso nem louco. Agora, no entanto...
- Eu sinto muito – falou Sirius de repente.
- Por Merlin Almofadinhas não é sua culpa – falou Lily.
- Às vezes... Não sei devia ter sido mais cuidadoso – ponderou tristemente – ainda mais sabendo que o garoto precisava de mim... Sinto...
Olhava em volta do Salão como se lutasse com as palavras.
- Que falhei com ele... – Olhou diretamente pata Tiago – com ele e com você Pontas.
- Não diga isso Almofadinhas... – Eu não penso assim... Se pensasse então... Eu também falhei como pai é isso?
- Não! – indignou-se Sirius – Você morreu tentando proteger seu filho.
- E você também... Foi isso que você fez... Então veja nenhum de nos falhou certo?
-Certo – Disse Sirius meio incerto.
- Sim... Ninguém falhou – sentenciou Lily.
Andou um pouco na beira do lago, sentou-se à sua margem, protegido por arbustos dos olhares das pessoas que passavam, e observou a água resplandecente, pensando...
Talvez o motivo pelo qual queria ficar sozinho era que tinha se sentido isolado de todos desde a sua conversa com Dumbledore. Uma barreira invisível o separava do resto do mundo. Ele era - sempre tinha sido - um garoto marcado. Apenas nunca tinha entendido o que isso significava...
-Marcado – sussurrou Remo, ele também se sentia marcado.
Mais uma vez o Salão prendia-se a cada palavra de Alice, muitos com medo, outros fascinados por estarem lendo sobre o homem marcado para destruir Lord Voldemort, que na verdade era apenas um menino.
E mesmo sentado ali, à beira do lago com o peso terrível do sofrimento tomando conta dele, com a perda de Sirius tão próxima e crua dentro de si, ele não conseguia se mostrar amedrontado. Fazia sol e os campos ao seu redor estavam cheios de pessoas felizes e mesmo se sentindo tão distante dessas pessoas quanto se pertencesse a uma outra raça, era ainda muito difícil acreditar que sua vida devesse incluir ou terminar em assassinato...
- Até que ele está tranquilo com tudo que a profecia disse – observou Tiago.
- Acho que nos estamos com mais medo que ele – Lily abriu um pequeno sorriso.
- Imagino que seja essa coisa de pais – Tiago correspondendo ao sorriso dela.
Ninguém se intrometeu na conversa deles como se fosse um momento intimo demais.
Ficou sentado lá por muito tempo, encarando a água, tentando não pensar em seu padrinho ou lembrar que fora exatamente do outro lado, na margem oposta, onde Sirius havia caído tentando se defender de cem dementadores...
Sirius fez uma careta.
O sol já tinha desaparecido quando percebeu que estava com frio. Ele se levantou e voltou ao castelo, secando sua face na manga de suas vestes.
Rony e Hermione, completamente curados, deixaram a ala hospitalar três dias antes do final do ano.
- Ainda bem ninguém merece ficar naquele lugar – disse Remo que entediava-se de tanto ficar na ala hospitalar.
-Nem me fale Aluado – Comentou Tiago que também visitava a ala hospitalar por conta dos jogos de quadribol.
- Também odeio está lá – entrou Sirius na conversa – Quer dizer... Imaginem só todas aquelas vezes em que tive que os visita lá...
- Ah calado seu pulguento! – disseram Tiago e Remo
Lily e Marlene caíram na risada.
Hermione continuava a tentar falar sobre Sirius mas toda vez que mencionava seu nome Rony fazia "shh" pra que se calasse. Harry ainda não tinha certeza se queria falar sobre seu padrinho ou não; sua vontade dependia do seu humor. Mas uma coisa sabia: por mais infeliz que estivesse agora sentiria muita falta de Hogwarts em alguns dias, quando estaria de volta à rua dos Alfeneiros, 4.
- Lá deve ser horrível – comentou Molly.
- Bem Petúnia já é naturalmente chata, mais com Harry deve ser pior – disse Lily irritada.
- È realmente horrível mais era o lugar mais seguro para ele – observou Arthur
Mesmo que agora entendesse exatamente por que tinha que voltar para lá todo verão, não se sentia melhor em fazê-lo. Na verdade ele nunca havia temido o retorno tanto quanto agora.
- Temido? – questionou Tiago, não estava gostando nada disso.
A professora Umbridge deixou Hogwarts um dia antes do fim do ano. Aparentemente saiu mancando da ala hospitalar durante o jantar, evidentemente tentando partir sem que ninguém a notasse mas para a sua infelicidade encontrou Pirraça no meio do caminho e ele reconheceu essa como sua última chance de cumprir a ordem de Fred, perseguiu-a alegremente por todo o caminho, batendo em sua cabeça ora com uma bengala ora com uma meia cheia de giz. Muitos alunos correram para o Saguão de Entrada para ver a professora fugir e os diretores das casas tentavam barrá-los sem muito esforço. De fato, a professora Minerva afundou em sua cadeira, na mesa dos professores, depois de alguns protestos desanimados e expressou claramente seu arrependimento por não conseguir correr atrás de Umbridge também, visto que Pirraça pegara sua bengala emprestada.
O Salão caiu na gargalhada, até mesmo na mesa da Sonserina muitos riam. Sirius tinha lagrimas nos olhos de tanto que ria com gosto, e Tiago apertava fortemente a barriga.
- Professora a senhora é a melhor – disse Lily entre risadas.
Minerva de fato também ria abertamente.
A última noite dos alunos na escola chegou afinal; a maioria das pessoas já tinha terminado de fazer as malas e estavam descendo para o banquete de despedida de fim de ano mas Harry ainda nem começara.
- Faça isso amanhã! - disse Rony, que estava esperando na porta do quarto. - Vamos, eu estou faminto.
- Eu não vou demorar... Olha, vai na frente...
- Ele está realmente muito deprimido - observou Hagrid sabia que os alunos adoravam os banquetes de Hogwarts
Mas quando a porta do dormitório se fechou atrás de Rony, Harry não se esforçou para arrumar as malas mais depressa. A última coisa que queria fazer era comparecer ao Banquete de Despedida. Estava preocupado que Dumbledore fizesse alguma referência a ele no seu discurso. Com certeza mencionaria o retorno de Voldemort; afinal ele havia falado sobre isso no ano anterior...
Harry tirou algumas vestes amarrotadas do fundo da mala para colocar as que estavam passadas e dobradas quando notou um pacote mal embrulhado num canto, no fundo. Não podia imaginar o que aquilo fazia ali. Ele se inclinou, pegou o pacote, que estava debaixo do seu tênis, e o examinou.
Percebeu o que era em questão de segundos. Sirius dera aquilo pra ele na porta da frente na rua Grimmauld, número 12. "Use se você precisar de mim, tá?"
- O que? – questionou Sirius
Harry afundou em sua cama e desembrulhou o pacote. De dentro caiu um pequeno espelho quadrado.
- Ah Sirius! Não acredito você deu a ele o espelho! – exclamou Tiago sorrindo.
- O espelho? – perguntou Remo.
- Parece que sim – sorriu Sirius.
- O que é o espelho? – perguntou Marlene. Muitos que também não tinha entendido olharam para saber o que era.
- Depois eles explicam Lene, se o livro não explicar né – falou Lily que já vira Tiago e Sirius conversarem muito por aquele espelho, os dois sacanas pensou balançando a cabeça, queria só ver a reação da professora Minerva ao saber que era assim que eles comunicavam-se nas detenções que tinham separados.
Tiago, Sirius e Remo pareciam pensa o mesmo, pois olhavam intrigados para Minerva.
Parecia velho; com certeza estava sujo. Harry o levou à altura do rosto e viu seu reflexo.
Ele virou o espelho. O verso mostrava uma mensagem rabiscada por Sirius.
"Esse é um espelho de comunicação. Eu tenho o outro do par. Se você precisar falar comigo é só dizer meu nome pra ele; você vai aparecer no meu espelho e eu poderei falar no seu. Tiago e eu costumávamos usá-los quando estávamos em detenções separadas."
- Maneiro – comentaram Frank e Arthur.
- Que espelho em? – riu Marlene.
- Então era assim! – disse Minerva embora sua voz não parecesse ser tão severa.
Tiago e Sirius estavam de repente muito concentrados na leitura.
O coração de Harry disparou. Lembrou de quando viu seus falecidos pais no espelho de Ojesed,
- Espelho de Ojesed – surpreendeu-se Dumbledore.
- Como assim ele nos viu? – questionou Lily
- O espelho de Ojesed é um espelho incomum ao olhamos nele, não reflete apenas a nossa imagem, ele nos mostra o desejo mais feroz de nossos corações... Nosso maior sonho – explicou Dumbledore, surpreso pela honra desse rapaz que tinha como maior desejo ver os pais.
O coração de Lily afundou dentro do peito, seus olhos encheram-se de lagrimas, o maior desejo de seu filho era vela e a Tiago, olhou-o e teve certeza pela sua expressão que ele sentia a mesma tristeza dela.
Quatro anos antes. Ele poderia falar com Sirius novamente, agora, ele sabia...
-Não... Não poderia não é assim Harry – disse Sirius com pesar.
Olhou ao redor pra ter certeza de que não havia mais ninguém ali; o quarto esta vazio. Voltou a encarar o espelho, levou-o à altura do rosto com suas mãos trêmulas e disse, alto e claro.
- Sirius.
Seu ar embaçou a superfície do vidro. Segurou o espelho ainda mais perto, transbordando de ansiedade, mas os olhos que piscavam pra ele através da bruma eram os seus, definitivamente.
Ele limpou o espelho e disse, de tal forma que cada sílaba soasse claramente por todo o quarto:
- Sirius Black!
Nada aconteceu. O rosto frustrado olhando pra ele do espelho era, com certeza, o seu próprio...
"Sirius não tinha seu espelho com ele quando passou pela passagem em arco", disse uma voz baixa na cabeça de Harry. "É por isso que não está funcionando..."
A voz de Alice tremia levemente.
- Não é por isso – murmurou Sirius.
- Não funciona assim filho – falou Tiago delicadamente com se Harry estivesse a sua frente.
Lily, Marlene e Molly choravam baixinhos, muitas meninas pelo Salão também choravam, Remo estava ligeiramente mais pálido.
Harry ficou calado por um tempo então atirou o espelho de volta na mala, fazendo com que se quebrasse. Estivera convencido, por todo um maravilhoso minuto, de que veria Sirius, falaria com ele novamente...
A decepção queimava em sua garganta; levantou e começou a jogar suas coisas de qualquer jeito dentro da mala, sobre o espelho quebrado...
Mas então uma idéia veio à sua cabeça... Uma idéia melhor do que um espelho... Uma idéia muito maior, muito mais importante... Como ele nunca havia pensado nisso antes... Por que ele nunca havia pedido?
- Que ideia? – Perguntou Lily preocupando-se.
Ele saiu correndo pra fora do dormitório e desceu a escada em espiral batendo nas paredes sem notar, enquanto corria; atravessou a sala comunal vazia, passou pelo buraco do retrato e seguiu pelo corredor, ignorando a mulher gorda, que gritou para ele: "O banquete já vai começar, sabia? Você vai perder!"
Mas Harry não tinha a menor intenção de ir ao banquete...
- Você esta perdendo... O banquete de final de ano é um dos melhore – falou pela primeira vez em muito tempo Pedro, recebendo diversos olhares furiosos e incrédulos.
Como era possível que o lugar estava sempre cheio de fantasmas quando você nunca precisava deles, mas agora...
- Pra que ele que um fantasma? – perguntou alguém na massa de alunos.
Dumbledore ligeiramente desconfiado do rumo dos pensamentos de Harry, apurou os ouvidos nas palavras de Alice.
Desceu as escadas correndo e seguiu pelo corredor sem encontrar ninguém, nem vivo, nem morto. Estavam no Salão Principal, obviamente. Do lado de fora da sala de Feitiços ele parou, ofegando e desconsolado ao pensar que teria que esperar até mais tarde, até o fim do banquete...
Mas assim que ele havia desistido, viu alguém translúcido flutuando no final do corredor.
- Hey, hey , Nick! NICK!
- Ei é o Nick-quase-sem-cabeça que ele estava procurando – disse um aluno pequeninho da Lufa Lufa.
- Eu? – assustou-se Nick, que estava sentado na ponta da mesa de sua casa.
A maioria dos alunos assustou-se não por que tivessem medo de fantasmas, mais porque ninguém notara ate ali que eles estavam no Salão.
- Nossa Nick não tinha notado você aqui! – exclamou Remo, observando melhor pode ver o Barão sangrento na mesa da Sonserina, Frei Gorducho na Lufa Lufa, via também aquela moça de expressão amarga que todos chamavam de mulher cinzenta da Corvinal, com um sobressalto viu seu entediante professor de história da magia Binns na mesa dos professores.
- “Louco lobo lupin” – cantarolou Pirraça – aposto que não notou o pirraçinha aqui também.
- Pirraça é sempre um prazer velo – respondeu Remo com frieza incomum.
O fantasma tirou sua cabeça da parede, revelando o extravagante chapéu emplumado e a cabeça, balançando perigosamente, de Sir Nicholas de Mimsy-Porpington.
- Boa noite - disse ele, recuando o resto do corpo da pedra sólida e sorrindo. - Então eu não sou o único a estar atrasado? Embora - suspirou - em um sentido muito diferente, é claro... - Nick, posso te pedir uma coisa?
Uma expressão muito peculiar tomou conta do rosto de Nick Quase Sem Cabeça enquanto colocava o dedo morto no colarinho em seu pescoço e tentava deixá-lo mais reto com um tranco, aparentemente para ter mais tempo para pensar. Ele só desistiu quando seu pescoço parcialmente partido pareceu ceder completamente.
- Ahn, agora, Harry? - perguntou Nick, parecendo embaraçado. - Você não pode esperar até depois do banquete?
- Por que você não quer falar com o Harry agora? – disse Tiago se doendo por Harry.
- Não sei, sei – falou Nick inclinando perigosamente a cabeça para o lado deixando transparecer pela gola alta da blusa um pedaço horrível de carne de seu pescoço partido.
- Não, Nick... Por favor. Eu preciso muito falar com você. Podemos entrar aqui?
Harry abriu a porta da classe mais próxima e Nick Quase Sem Cabeça suspirou.
- Ah, está bem - disse ele, parecendo resignado. - Eu não posso fingir que não esperava por isso.
- Não estou entendendo mais nada – falou Sirius
- Nem eu – disseram Tiago e Remo.
- Somos todos – finalizou Marlene.
- Eu entendo – sussurrou Nick.
Harry segurou a porta aberta pra ele, mas em vez disso passou pela parede.
- Esperando o quê? - Harry perguntou enquanto fechava a porta.
- Também quero saber – falou intrigada Lily.
- Que você viesse me procurar - disse Nick, que agora flutuava ao lado da janela olhando os campos escuros do lado de fora. - Isso acontece, às vezes... Quando alguém sofre uma... Perda.
- Por quê? – assustou-se Frank.
- Bem - disse Harry, recusando ser ignorado. - Você estava certo, eu vim... Eu vim te procurar.
Nick não disse nada.
- É que... - disse Harry, achando isso mais esquisito do que ele havia imaginado... - É só que... Você está morto. Mas você continua aqui, certo?
Nick suspirou e continuou a encarar os campos.
- Ah é isso – disse Tiago, os outros pareciam ainda não ter entendido nada.
- É sempre muito constrangedor – murmurou Nick.
- É isso, não? - Harry o encorajou. - Você morreu, mas eu estou falando com você... Você pode andar por Hogwarts e tudo mais, não é?
- Entendi – falou Remo, alguns poucos concordaram.
- O que? – perguntou Arthur.
- Apenas leia Lice, por favor – disse Sirius ele também entendera.
- É - disse Nick Quase Sem Cabeça calmamente. - Eu ando e falo, sim.
- Então você voltou, não foi? - disse Harry com urgência. - As pessoas podem voltar, não é? Como fantasmas. Eles não têm que desaparecer completamente. Então? - continuou impaciente quando Nick seguiu sem dizer uma palavra.
Nick Quase Sem Cabeça hesitou e então disse.
- Nem todo mundo pode voltar como um fantasma.
- O que você quer dizer? - perguntou Harry rapidamente.
- Só... Só bruxos.
- Ah - disse Harry e quase riu, aliviado. - Bom, então tudo bem, a pessoa de quem eu estou falando é um bruxo. Então ele pode voltar, certo?
Vários suspiros de “Oh” ecoaram pelo Salão muitos olharam com pena para as folhas na mão de Alice.
Nick se desvencilhou da janela e olhou para Harry melancolicamente.
- Ele não vai voltar.
- Quem?
- Sirius Black.
- Não – disse Sirius, recebendo muitos olhares intrigados.
- Mas você voltou - disse Harry, com raiva. - Você voltou. Você está morto e você não desapareceu...
- Bruxos podem deixar uma cópia deles mesmos na Terra para andar de forma tênue por onde andavam quando vivos - disse Nick, parecendo miserável. - Mas poucos bruxos escolhem esse caminho.
- Por quê? - Harry perguntou. - De qualquer forma, não importa, Sirius não vai se importar se é incomum, ele vai voltar, eu sei que vai!
- Não... Harry – sussurrou Lily chorosa, Tiago abraçou-a apertando-a fortemente em seus braços deixando ela chora no seu peito.
Harry acreditava tão piamente nisso que chegou a virar sua cabeça para olhar a porta, certo por um segundo de que veria Sirius novamente, branco como uma pérola e transparente mas luminoso, andando em sua direção.
- Ele não vai voltar - Nick repetiu. - Ele terá... Seguido em frente.
- Como assim "seguido em frente"? - perguntou Harry, falando rápido. - Seguido pra onde? Olha, de qualquer forma, o que acontece quando você morre? Pra onde você vai? Por que não é todo mundo que volta? Por que esse lugar não está cheio de fantasmas? Por que...?
O Silencio do Salão era quase total todos querendo ouvir as explicações de Nick, era quebrado apenas pelo choro engasgado de Hagrid e pelos soluços de Lily e Marlene, Sirius tinha a cabeça para o alto fitando o céu como se assim a queimação de seus olhos sumisse.
Neville olhava para os próprios pés, não gostava de ler sobre o sofrimento de Harry já bastava telo presenciado no futuro e também podia sentir as lagrimas que Alice estava segurando, Frank agarra fortemente sua mão tentando passa-lhe força.
- Eu não posso responder.
- Você está morto, não está? - perguntou Harry, perdendo a paciência. - Quem pode responder melhor do que você?
- Eu estava com medo da morte - disse Nick, serenamente. - Eu escolhi ficar para trás. Às vezes imagino se eu não deveria... Bem, isso é meio relativo... Na verdade eu sou meio relativo... - ele deu uma risada breve e triste. - Eu não sei nada sobre os segredos da morte, Harry, pois ao invés dela eu escolhi a minha pobre imitação. Eu acredito que bruxos instruídos estudam esse assunto no Departamento de Mistérios...
- Não fale comigo sobre aquele lugar! - disse Harry ferozmente.
- Eu sinto muito por não poder ser de mais ajuda - disse Nick gentilmente. - Bem... Bem, me dê licença... O banquete, sabe...
E ele saiu da sala deixando Harry sozinho ali, sem expressão, encarando a parede pela qual Nick desaparecera.
Quando Harry perdeu a esperança de poder ver ou falar com Sirius novamente sentiu quase como se tivesse perdido seu padrinho outra vez. Voltou, devagar e miseravelmente, pelo castelo vazio, imaginando se alguma vez ele sentiria feliz de novo.
- È claro que vai sentisse feliz de novo – falou Sirius – você só precisa de tempo... E é claro que eu seguiria Harry, não teria medo da morte, até porque Pontas já estava do outro lado... Esperando-me.
Fez a curva em direção ao corredor da mulher gorda quando viu alguém mais à frente, fixando um recado num quadro na parede. Ao olhar novamente Harry percebeu que era Luna. Não havia um bom lugar para se esconder por ali, com certeza ela ouvira seus passos e, de qualquer forma, Harry não conseguiria reunir a energia necessária para evitar alguém naquela hora.
- Esconder-se, eles não são amigos? – perguntou Marlene secando as lagrimas nas mangas das vestes.
- É um pouco complicado... Mais sim são amigos – riu-se Neville.
- Complicado hmm... – disse Remo tentando animar os amigos.
- A não! mais uma concorrente para Hermione! – lamentou-se Sirius já mais animado.
Lily levantou a cabeça do peito de Tiago apenas para olhar brava para Sirius e Remo, os dois não lhe deram atenção com tudo.
- E ai Tiago vai aposta nessa Luna... Porque eu continuo com Hermione e o Aluado aqui – deu tapinhas nas costas de Remo – com a Gina...
- Sem ofensas Arthur – Defendeu-se Remo ao notar o olhar nada amigável que Arthur lhe lançava.
- Acho que vou ficar com a Gina – disse Tiago levantando as mãos para o alto em sinal de rendição para Arthur, Molly apenas ria.
- Até você Tiago! – ralhou Lily.
- Traidor! – indignou-se Sirius
- Olá - disse Luna vagamente, olhando para ele ao se afastar do aviso.
- Por que você não está no jantar? - Harry perguntou.
- Bem, eu perdi a maior parte das minhas coisas - disse Luna serenamente. - As pessoas pegam e escondem, sabe. Mas como é a última noite eu realmente preciso delas de volta, então eu estou colocando cartazes.
- Que horror!
- Essas pessoas tem titica de galinha no lugar do cérebro.
- Tadinha!
- Idiotas – Murmurou Neville
Ela fez um gesto em direção ao quadro de recados, no qual realmente tinha colocado uma lista de todos os seus livros e roupas perdidos, com um pedido para que fossem devolvidos.
Um sentimento estranho surgiu em Harry; uma emoção bem diferente da raiva e dor que tinham preenchido seu peito desde a morte de Sirius. Isso foi pouco tempo antes de perceber que estava sentindo pena de Luna.
- Você não é o único – disse alguém na mesa da Corvinal.
- Por que as pessoas escondem suas coisas? - ele perguntou, franzindo as sobrancelhas.
- É por quê? – indagaram muitos Corvinais.
- Oh... Bem... - ela deu de ombros. - Eu acho que eles pensam que eu sou um pouco estranha, você sabe. Algumas pessoas me chamam de "Louca" Lovegood, na verdade.
- Só porque a pessoa é diferente não quer dizer que ela não tenha sentimentos – disse sensatamente Hagrid, muitos concordaram com ele.
Harry olhou para ela e o sentimento voltou mais forte e doloroso.
- Isso não é motivo para que eles peguem suas coisas - disse sem rodeios. - Você quer ajuda para encontrar tudo?
- Oh ele é tão fofo!
- Que bonitinho!
- E prestativo!
- Oferecidas – falou Lily olhando feio para as meninas que diziam isso.
Alguns garotos fingiam vomita, Tiago estufava o peito orgulhoso de seu filho, Sirius, Remo e Marlene caíram na gargalhada.
- Puxou o Pontas sempre tão galante – dizia Sirius entre risos.
Lily lançou um olhar mortal a Tiago, esse sabendo o quando a namorada era ciumenta imediatamente mochou.
- Almofadinhas! – repreendeu num sussurro.
- Oh, não - disse sorrindo. - Elas acabam aparecendo, sempre voltam no final. Era só por que eu queria empacotar tudo hoje. De qualquer forma... Por que você não está no jantar?
Harry deu de ombros.
- Eu só não tive vontade.
- Não - disse Luna, observando-o com seus olhos estranhamente úmidos e protuberantes. - Eu acho que você não estaria mesmo. Aquele homem que os Comensais da Morte mataram era seu padrinho, não? Gina me contou.
Harry mostrou que sim mas percebeu que por alguma razão não se importava que Luna falasse sobre Sirius. Ele tinha acabado de lembrar que ela, também, podia ver Testrálias
- Testrálias?
- São os bichos que puxam as carruagens – falou Hagrid.
- Elas não andam sozinhas? – perguntou Frank.
- Não acontece que só podem ser vistos por quem já viu a morte de perto – explicou Hagrid.
Os alunos olharam espantados para ele, alguns que estavam desejando velos, agora não queriam mais.
- Você... - ele começou. - Quero dizer, quem... Alguém que você conhecia morreu?
- Sim - disse Luna simplesmente -, minha mãe. Ela era uma bruxa extraordinária, sabe, mas gostava de experimentar e um dos seus feitiços deu errado um dia. Eu tinha nove anos.
- Sinto muito - Harry murmurou.
- Tadinha... Perde a mãe tão sedo – lamentou-se Molly.
- Sim, foi bem horrível - disse Luna de maneira casual. - Eu ainda sinto muita tristeza por causa disso, às vezes. Mas eu ainda tenho o papai. E, de qualquer forma, isso não significa que eu nunca mais verei a mamãe, não é?
- Ahn... Não é? - disse Harry sem certeza.
- É... Ahn... Não é? – repetiu Marlene intrigada.
- Pelo visto Luna acha que não. – falou Frank franzindo as sobrancelhas.
Ela sacudiu a cabeça sem acreditar.
- Ah, vamos lá. Você os ouviu, atrás do véu, não foi?
- Você quer dizer...
- Naquela sala com a passagem em arco. Eles estavam escondidos, longe de nossas vistas, isso é tudo. Você os escutou.
Eles se entreolharam.
-Hmm – disse Sirius maliciosamente.
-Sirius para de tanta arrumar namoradas para o meu filho! – brigou Lily perdendo a paciência.
Remo que ia fazer um comentário calou-se.
Luna estava sorrindo levemente. Harry não sabia o que dizer ou o que pensar; Luna acreditava em tantas coisas extraordinárias... Ainda assim, tinha certeza de que tinha ouvido vozes atrás do véu também.
- Tem certeza de que não quer ajuda para encontrar suas coisas? - disse ele.
- Oh, não - disse Luna. - Não, eu acho que vou descer e comer um pouco de pudim e esperar que tudo apareça... Sempre aparece no fim das contas... Bem, tenha ótimas férias, Harry.
- Sim... Sim, você também.
Ela se afastou dele e enquanto ele a observava percebeu que o peso terrível em seu estômago parecia ter diminuído um pouco.
- Nem ouse Sirius Black! – falou Lily antes que Sirius abrisse a boca.
- Mais Lily, querida eu não ia dizer nada – falou Sirius falsamente ofendido,Tiago e Remo disfarçavam a risada com um ataque de tosse, Lily olhou ameaçadoramente para eles.
Os alunos riam disfarçadamente, excerto Snape que tinha na face uma expressão de profundo tedio.
***
A jornada para casa no Expresso de Hogwarts no dia seguinte foi movimentada de várias maneiras. Primeiro Malfoy, Crabbe e Goyle,
Tiago imediatamente apurou os ouvidos, farejando encrenca.
que esperaram a semana inteira pela oportunidade de atacar sem que houvesse professores vigiando, tentaram emboscar Harry no meio do trem quando voltava do banheiro.
- Seus sem vergonhas! – gritou Tiago.
- Quando covardia – desdenhou Sirius com desprezo na voz.
- Será que o machucaram? – preocupou-se Lily
- Inferno sangrento! - amaldiçoou Marlene.
O ataque talvez tivesse dado certo se não fosse pelo fato de eles terem escolhido um péssimo lugar: à frente de um compartimento cheio de membros do AD, que viram o que estava acontecendo pelo vidro e correram para socorrer Harry. Na hora em que Ernie Macmillan, Anna Abbott, Susan Bones, Justino Finch-Fletchley, Anthony Goldstein e Terry Boot terminaram de usar toda a variedade de feitiços e magias que Harry tinha ensinado a eles Malfoy, Crabbe e Goyle pareciam lesmas gigantes espremidas num uniforme de Hogwarts e Harry, Ernie e Justino os enfiaram na prateleira de bagagem e saíram de lá.
- Muito bem Harry... Quer dizer amigos do Harry! – gritaram Tiago e Sirius, Lily respirou alivia e sorriu seu filho tinha amigos.
-Eu deixei Lice termina o paragrafo... Agora Neville o que é AD? – perguntou Remo sorrindo.
Todos os olhares voltaram-se pora Neville.
- Bem como não podemos realizar magia... Bem... Hermione teve a ideia de forma um grupo secreto para podermos praticar magica... E Harry como era o melhor em DCAT era nosso professor, por falta de nome melhor.
Tiago olhou para Lily orgulhoso de Harry e percebeu que ela sentia o mesmo.
- Meu afilhado é o máximo! – dizia Sirius.
Snape olhava amargamente para a cena, deve ser metido igual ao pai, pensava.
- Sr Neville o que queria disser as iniciais? – perguntou Dumbledore fitando Neville através de seus óculos de meia lua.
-Armada de Dumbledore - respondeu com simplicidade. Dumbledore esboçou um pequeno sorriso.
- Legal – disseram Remo e Marlene.
- Maneiro – falaram Frank e Alice sorrindo para Neville.
- Eu tenho que dizer, mal posso esperar para ver a cara da mãe de Malfoy quando ele sair do trem - disse Ernie, satisfeito ao ver Malfoy se contorcer acima dele. Ernie não tinha realmente superado o fato de Malfoy ter roubado pontos de Lufa-lufa durante sua breve participação no Esquadrão Inquisitorial.
- A mãe de Goyle, no entanto, vai ficar feliz - disse Rony, que tinha vindo investigar a fonte de tanta comoção. - Ele está bem mais bonito agora... De qualquer forma, Harry, o carrinho de comida acabou de parar, se você quiser alguma coisa...
Harry agradeceu os outros e acompanhou Rony de volta ao compartimento, onde comprou montes de bolos de caldeirão e tortinhas de abóbora. Hermione estava lendo o Profeta Diário novamente, Gina estava fazendo um quiz no The Quibbler e Neville estava acariciando sua Mimbulus mimbletonia,
- Mimbulus mimbletonia? – perguntou Frank.
- Uma planta maravilhosa – falou a professora Sprout na mesa dos professores.
-É uma planta, muito maneira – respondeu Neville animado – bem... É minha matéria favorita... Sabe Herbologia – olhou de esguelha para professora Sprout, que sorria para ele – Sou muito bom nela – parou pensando se os pais achariam uma boa escolha.
- É uma ótima matéria Neville parabéns – disse Frank sorrindo para o filho e parecia sincero.
- Sim boa escolha Neville... Eu também adoro – completou Alice sorrindo carinhosamente.
Que tinha crescido bastante neste ano e agora fazia barulhos estranhos quando encostavam nela.
Harry e Rony passaram a maior parte da viagem jogando xadrez bruxo enquanto Hermione lia fragmentos do Profeta. Agora estava cheio de artigos sobre como repelir dementadores, tentativas do Ministério de rastrear Comensais da Morte e cartas histéricas de uma pessoa que dizia ter visto Lord Voldemort andando perto da sua casa naquela manhã...
- Ainda não começou de verdade - suspirou Hermione, dobrando o jornal de novo. - Mas não vai demorar muito...
- Hey, Harry - disse Rony, apontando para a janela de vidro do corredor.
Harry olhou. Cho estava passando,
- Cho! Por Merlin! Quantas garotas ele conhece? – dizia Lily irritando imediatamente.
- Pontas acho que seu filho é um galanteador como vo...
- Almofadinhas! Pelas calças de Merlin! Se você gosta de mim, não termine essa frase – cortou Tiago espantando com o olhar assassino que Lily lhe lançava.
- É Sirius pelo visto a concorrência de Hermione só crescer – observou Remo rindo-se do medo de Tiago.
Acompanhada de Marietta Edgecombe, que estava usando uma balaclava. Os olhos dele e de Cho se cruzaram por um momento. Cho ficou vermelha e continuou andando. Harry voltou os olhos para o tabuleiro a tempo de ver que um de seus peões estava fugindo de um dos cavalos de Rony.
- O que afinal... Ahn... Está rolando entre vocês? - perguntou Rony.
- A droga eu acho que essa ganhou – falou Sirius – por que eles não falaram dela antes.
Os alunos riam da indignação de Sirius. Marlene parecia está brigando internamente com sigo mesma, mais por fim com um olhar culpado para Lily, caiu na risada também.
- Nada - disse Harry sinceramente.
- O que como assim nada? – disse Frank – estava pensando em apostar nela.
- Frank! – repreendeu Alice.
- Você perderia – murmurou Neville baixinho para o pai, que lhe sorriu agradecido.
- Eu... Ahn... Ouvi falar que ela está saindo com outra pessoa agora - disse Hermione.
- Eu sabia que ela não prestava – indignou-se Lily – estava traindo ele.
- Mais nem sabemos se eles tinham algo – observou Arthur rindo do ciúme de Lily e tendo certeza que sua Molly seria assim também.
- Não se intrometa Arthur! Está claro que essa menina não passar de uma jezabel! – disse Molly solidaria.
- Com certeza – Falou Marlene.
- Uma qualquer! – disse Alice.
Tiago, Sirius e Remo entreolharam-se assentiram uns para os outros e sensatamente mantiveram-se calados.
Harry ficou surpreso ao descobrir que essa informação não o feriu de maneira alguma. Impressionar Cho parecia coisa do passado que não tinha mais nada a ver com ele; muito do que queria antes da morte de Sirius não tinha mais sentido... A semana desde a última vez que viu Sirius pareceu durar muito, muito tempo; ela se esticou entre dois universos, um com Sirius e outro sem ele.
- Isso mesmo Harry – aprovou Lily com o apoio de suas amigas.
Tiago, Sirius e Remos sorriram.
- Hermione voltou para a jogada – conspirou Sirius baixinho.
- Não se vanglorie Pulguento – sussurrou Tiago.
- Gina também voltou – sentenciou Remo.
- Você está bem melhor assim, amigo - disse Rony com decisão. - Quero dizer, ela é bonita e tal, mas você precisa de alguém um pouco mais alegre.
- Isso Harry escute seu amigo Rony – aprovou Sirius.
- Sim é sempre bom escutar os amigos – concordou Tiago.
- Com certeza amigos é para essas coisas. Só querem ajudar – terminou Remo.
Lily sorriu agradecida para eles sem imaginar o motivo pelo qual desejavam que Harry escutasse Rony. Arthur, Frank e Neville que escutaram a conversa sussurrada dos marotos abafavam a risada com as mãos.
- Ela provavelmente pode ser alegre o suficiente para outra pessoa - disse Harry, dando de ombros.
- Com quem ela está afinal? - Rony perguntou a Hermione mas foi Gina quem respondeu.
- Michael Corner.
- Michael... Mas... - disse Rony, virando em sua poltrona, olhando para ela. - Mas era você que estava saindo com ele!
- Que? – perguntou Arthur apurando os ouvidos.
- Aquela jezabel roubou o namorado da minha filha! – exclamou Molly olhando irritada.
- Ainda bem – sussurrou Remo, para Tiago que assentiu.
- É realmente uma pena Molly – lamentou-se Sirius irônico, recebendo um olhar estranho de Marlene – depois eu explico – sussurrou piscando para ela que corou, Sirius sorriu achava-a adorável quando corava.
-- Não mais - disse Gina resoluta. - Ele não gostava do fato da Grifinória ganhar da Corvinal no quadribol e ficou muito rabugento, então eu larguei dele e ele correu para os braços da Cho - ela coçou o nariz distraída com a ponta de sua pena, virou o The Quibbler de ponta cabeça e começou a marcar suas respostas. Rony parecia contente.
- Gina joga quadribol – observou Arthur orgulhoso.
- E ganhou da jezabel – disse Molly satisfeita.
- Ela deve se um encanto de menina Molly – disse Lily, que estava afeiçoando-se pela filha da amiga.
- E dois pontos para Gina – sussurrou Tiago – Lily gosta dela e joga quadribol.
- Bem, eu sempre achei que ele era meio idiota - disse, movendo sua rainha em direção à torre de Harry. - Bom pra você. Só escolha alguém... Melhor... Da próxima vez.
Ele deu uma olhadela para Harry ao dizer isso.
- O que você dizia mesmo Almofadinhas sobre escutar os amigos? – perguntou Remo rindo.
- Bem, eu escolhi Dino Thomas, você diria que ele é melhor? - pergunto Gina vagamente.
- Que? – exclamou novamente Arthur, que parecia não ser capaz de dizer mais nada ao descobri que sua futura menininha já arrumara outro namorado.
- Será que ele e um bom menino – cortou Molly preocupada.
- Droga! – murmuraram Tiago e Remo.
- Acho que isso se chama; ponto para Hermione – sussurrou Sirius sorrindo.
- O que vocês tanto sussurram em? – perguntou Lily desconfiada, Neville fez sinal para Alice volta a ler logo.
- O QUÊ? - gritou Rony, derrubando o tabuleiro: Bichento saiu caçando as peças e Edwiges e Pichitinho gorjearam e piavam raivosamente sobre as cabeças deles.
- Pichitinho – estranhou Tiago – que nome estranho.
Enquanto o trem diminuía a velocidade ao chegar em King's Cross Harry pensou que preferia nunca mais sair de lá. Até chegou a pensar rapidamente no que aconteceria se simplesmente se recusasse a sair, ficando sentado lá até o dia primeiro de setembro, quando iria de volta para Hogwarts.
- Nossa deve ser muito ruim mesmo viver com os tios em? – questionou Marlene.
Tiago e Lily entreolharam-se preocupados.
Quando o trem finalmente parou, no entanto, levantou a gaiola de Edwiges e se preparou para arrastar seu malão como sempre.
Quando o funcionário do trem fez um sinal para Harry, Rony e Hermione indicando que podiam atravessar com segurança a barreira entre as plataformas nove e dez, encontrou uma surpresa esperando por ele do outro lado: um grupo de pessoas o aguardava para saudá-lo.
Lá estavam Olho-Tonto,
- Olho – Tonto velho amigo – comentou Dumbledore sorrindo.
um tanto sinistro com seu chapéu-coco puxado para baixo, escondendo seu olho mágico, suas mãos nodosas seguravam um longo cajado, seu corpo enrolado em uma volumosa capa de viagem. Tonks estava parada perto dele, seu cabelo num cor-de-rosa-chiclete, brilhando na luz do sol que passava pelo sujo teto de vidro da estação, vestindo um jeans muito remendado e uma camiseta púrpura com os dizeres "As Esquisitonas".
- Tonks – sorriu Sirius – como minha priminha cresceu.
- Cabelo cor-de-rosa-chiclete – estranhou Remo.
- Ela é metamorfa – explicou Sirius.
Perto de Tonks estava Lupin, rosto pálido, cabelo ficando grisalho, um casaco longo e surrado cobrindo sua blusa e calças.
- Meio velho não?
- Almofadinhas! – brigou Lily – obrigada por está lá Aluado – agradeceu
- É amigo obrigada – agradeceu Tiago pensando o quando o amigo parecia cansado no livro.
- Valeu Aluado – disse Sirius ainda rindo – Você sabe agora as funções de padrinho são suas.
- Não foi nada.
Na frente do grupo estavam o Sr. e a Sra. Weasley,
- Oh – suspirou Molly – Somos nos Arthur.
- Sim somos querida – disse o Arthur carinhosamente.
vestidos no melhor estilo trouxa, e Fred e Jorge que estavam ambos vestindo jaquetas de um verde pavoroso, de um material escamoso, novas em folha.
- Fred e Jorge Weasley – falou Neville – filho de vocês também são gêmeos.
-Mais dois filhos... Agora já são cinco – assustou-se Molly
- Na verdade... São sete filhos – disse timidamente Neville.
- SETE! – gritou Arthur parecendo chocado, queria ter uma família grande e pelo visto empenhara-se ao máximo nisso.
- Sete – sussurrou Molly meio assustada meio feliz.
- Nossa é realmente um choque... Quem são os outros Neville? – perguntou Arthur que estava meio pálido.
- Que não foram citados ainda tem... Gui, Carlinhos e Percy.
- Somente Gina de menina... e seis meninos – falou Molly emocionada, gostara de saber do nome de cada um dos seus filhos, gostara mais ainda de saber de tivera uma menina no meio de tantos rapazes.
Gina deve der super. protegida e uma menina forte também no meio de tantos irmãos homem, pensava Arthur.
- Nem se atreva Sirius – disse Marlene tampando a boca de Sirius com a mão – você não vai fazer nenhum comentário grosso entendeu! – Sirius assentiu.
- Isso é uma grande injustiça Lene! Eu só ia parabeniza-los – disse Sirius falsamente ofendido – e pergunta se eles gostam tanto assim do numero sete.
- Rony, Gina! - chamou a Sra. Weasley, correndo na direção deles e abraçando seus filhos com força. - Oh, Harry, querido, como você está?
- Bem - mentiu Harry enquanto ela o puxava num abraço apertado. Sobre seu ombro ele viu Rony analisando as roupas novas dos gêmeos.
- Oh Molly obrigada – falou Lily desejando está lá para abraçar o filho. Tiago sorriu era obvio que seu filho era querido
- O que é isso? - perguntou, apontando para as jaquetas.
- Pele de dragão da boa, maninho - disse Fred, dando uma puxadinha no zíper. - Os negócios estão de vento em popa e pensamos em nos darmos um presente.
- Ah Sim eles tem uma loja de logros não é? – perguntou Arthur, Neville assentiu, Molly parecia meio incerta sobre a ideia Arthur, no entanto estava orgulhoso.
- Olá Harry - disse Lupin quando a Sra. Weasley o soltou e se voltou para dizer olá para Hermione.
- Oi - disse Harry. - Eu não esperava... O que todos vocês estão fazendo aqui?
- Bem - disse Lupin com um leve sorriso -, nós pensamos em bater um papinho com seu tio e tia antes que eles o levem pra casa.
- O que? Isso muito bem Aluado! Cara serio obrigada – falou Tiago animado.
- Obrigada mesmo Aluado! – disse Lily abraçando-o brevemente – Petúnia e realmente um pesadelo.
Remo sorriu contente pelo o que seu eu do futuro estava fazendo, enquanto Sirius vinha agradecê-lo também.
- Eu não sei se isso é uma boa ideia - disse Harry na hora.
- Oh, eu acho que é - disse Moody, que tinha chegado mais perto. - São eles ali, certo Potter?
Ele apontou com o dedão por sobre seu ombro; seu olho mágico estava evidentemente conferindo por trás de sua cabeça e chapéu. Harry espiou para ver a quem Olho-Tonto se referia e ali, com certeza, estavam os Dursley, que pareciam positivamente apavorados ao ver a comitiva de recepção de Harry.
- Rá! Eles falam, falam mais morrem de medo dos bruxos – comentou Lily meio risonha ao imaginar Válter no meio de tantos bruxos.
- Ah, Harry! - disse o Sr. Weasley, dando às costas aos pais de Hermione, que tinham acabado de rever sua filha e agora a abraçavam alternadamente. - Bem... Vamos lá, então?
- Sim, eu acho que sim, Arthur - disse Moody.
- Arthur você também? Valeu cara! – exclamou Tiago, Arthur maneou a cabeça sorrindo.
Ele e o Sr. Weasley se adiantaram, cruzando a estação na direção dos Dursley, que aparentemente estavam enraizados no chão. Hermione se soltou dos braços de sua mãe e se juntou ao grupo.
Sirius sorriu, Tiago concentrou-se mais no que Alice lia Lily roía às unhas ansiosamente.
- Boa tarde - disse o Sr. Weasley de maneira agradável ao parar na frente do tio Válter. - Você deve se lembrar de mim, meu nome é Arthur Weasley.
Como o Sr. Weasley tinha destruído sozinho a maior parte da sala de estar dos Dursley dois anos antes Harry ficaria surpreso se o tio Válter tivesse esquecido dele.
- O que? Você destruiu a casa deles Arthur? – perguntou Molly.
- É... Molly querida... Não sei. – disse Arthur olhando para Neville meio incerto.
- Dessa historia nada sei – respondeu Neville.
Como previsto, tio Válter ficou levemente roxo e olhou furioso ao Sr. Weasley mas preferiu não dizer nada, talvez pelo fato de os Dursley estarem em menor número. Tia Petúnia olhou ao mesmo tempo com medo e envergonhada; ficava olhando para os lados, como que apavorada, com medo de que alguém que conhecesse a visse em tal companhia.
- Aff! Típico de Petúnia – desdenhou Lily.
Snape riu friamente lembrando-se do quanto Petúnia queria se uma bruxa, chegou até a escrever a Dumbledore.
Duda, enquanto isso, estava tentando parecer pequeno e insignificante, apesar de estar falhando redondamente.
- O que ela também tem um filho! – assustou-se Lily
- Harry tem um primo – contou Neville.
E pelo visto, puxou Válter, pensou Lily.
- Nós pensamos que seria bom dar uma palavrinha com o senhor sobre Harry - disse o Sr. Weasley, ainda sorrindo.
- Sim - murmurou Moody. - Sobre o modo que ele está sendo tratado na sua casa.
- Como ele está sendo tratado? – perguntou Tiago
- Bom... Não sei muito detalhes de como é a vida de Harry com os tios – disse Neville.
O bigode do tio Válter pareceu se eriçar de indignação. Ele então se dirigiu a Moody, possivelmente porque o chapéu-coco lhe dava a impressão totalmente errada de que ele estava lidando com um igual.
- Eu não sei como é da sua conta o que acontece dentro da minha casa...
- Eu imagino que as coisas que você não sabe encheriam vários livros, Dursley - murmurou Moody.
O Salão estava dividido em dois grupos, o que ria por que realmente achou engraçado, e os que riam por que adoravam ver bruxos ofendendo trouxas.
- De qualquer forma, esse não é o ponto - interrompeu Tonks, cujo cabelo rosa parecia ofender a tia Petúnia mais do que tudo, pois ela preferiu fechar os olhos ao invés de olhá-la. - O ponto é que se nós descobrirmos que você foi horrível para Harry...
- Horrível – Tiago apertava as mãos em punhos deixando seus nos dos dedos brancos.
Lily olhou tristemente para as folhas.
O salão concentrava mais na leitura, alguns se perguntando por que a única família do menino escolhido para mata Lord Voldemorte o tratava mal.
- ...E não tenha dúvidas de que nós temos como saber - acrescentou Lupin com prazer.
Ao ouvir isso o olhar de Remo tornou-se ameaçador, e o de Sirius cada vez mais frios.
- Sim - disse o Sr. Weasley -, mesmo que você não deixe Harry sequer usar o felitone...
- Que?
- Felitone?
- Telefone - sussurrou Hermione.
- Continuo sem entender – comentou alguém sentado na Lufa Lufa.
- Isso, se nós tivermos qualquer indício de que Potter está sendo maltratado de qualquer forma você terá que responder por isso - disse Moody.
Tio Válter se inchou de forma ameaçadora. Seu senso de ultraje parecia ter ultrapassado até mesmo seu medo em relação àqueles seres bizarros.
- O senhor está me ameaçando? - disse ele tão alto que as pessoas que passavam chegaram a virar e encarar.
- Não imagine eu nem teria imaginado que era isso – Falou sarcasticamente Sirius.
- Também não fazia a menor ideia Almofadinhas – desdenhou Tiago
- Sim, eu estou - disse Olho-Tonto, que parecia sentir prazer ao ver a reação rápida do tio Válter à sua resposta.
- E eu pareço o tipo de homem que pode ser intimidado? - latiu tio Válter.
- Bem... - disse Moody, levantando seu chapéu e revelando seu sinistro olho mágico girando na órbita. Tio Válter deu um pulo para trás num gesto de horror e deu uma batida dolorida num carrinho de bagagem. - Sim, eu diria que você é, Dursley.
Ele se afastou de Válter e analisou Harry.
- Então, Potter... Dê um grito se precisar de nós. Se nós não tivermos notícias suas por três dias seguidos mandaremos alguém...
Tiago e Lily entreolhavam-se agradecidíssimos pela atitude dessas pessoas pelo seu filho.
Tia Petúnia choramingou. Não podia ser mais óbvio o que ela estava pensando: o que os vizinhos pensariam se vissem algumas dessas pessoas marchando no seu jardim.
- Que mulher mais fresca!
- Adeus, então, Potter - disse Moody, segurando o ombro de Harry por um momento com sua mão nodosa.
- Cuide-se Harry - disse Lupin calmamente. - Mantenha contato.
- Harry, nós vamos tirar você daqui assim que pudermos - a Sra. Weasley sussurrou, abraçando-o novamente.
-Ah Molly obrigada mesmo – emocionou-se Lily – fico muito mais tranquila se ele ficar com você em vez de Petúnia.
- Não foi nada querida – timidamente Molly – fico feliz que confie em mim.
- Nós nos veremos logo, amigo - disse Rony ansiosamente, chacoalhando a mão de Harry.
- Gosto de seu filho Arthur – comentou Tiago sorrindo.
- Sim garoto maneiro... Bom amigo – concordou Sirius.
- Conheço pessoas assim – Observou Remo pensando que Rony e Hermione eram amigos leais, assim como os marotos eram para ele.
- Obrigado meninos – falou Arthur que não podia esconder o orgulho em sua voz.
- Logo, logo, Harry - disse Hermione. - Nós prometemos.
Sirius abriu a boca porem fechou-a recebendo um olhar ameaçador de Tiago e Remo, que em seguida fitaram Lily como se num aviso.
Lily olhava indecisa não desgostava de Hermione eram os comentários de Sirius que a irritavam, mais não podia afinal não gosta dela parecia ser uma amiga leal para Harry gostava verdadeiramente.
Harry acenou com a cabeça. Não conseguia achar palavras para dizer a eles o que isso significava para ele, ver todos juntos ali, ao seu lado. Ao invés disso sorriu, levantou a mão num sinal de adeus, virou-se e andou em direção à saída da estação em direção à rua iluminada, com tio Válter, tia Petúnia e Duda correndo atrás dele.
O Salão continuou-o silencioso, nenhuma desgraça fora anunciada, nenhuma morte, ainda assim fora um capitulo triste, que contava apenas o pesar de alguém que depois de perde tanto na vida inclusive seus pais a base de sua existência perdera por fim seu abrigo... Era isso que Sirius Black era para Harry Potter um abrigo, um pequeno vislumbre de um pai, de alguém que o amara incondicionalmente, o sonho tão desejado de uma família que o amasse.
- Eu tenho que ir – quebrou Neville o silencio assustando a todos.
- O que mais já – levantou Alice deixando as folhas caírem no chão – mais nem veio ainda o próximo visitante.
- Pelas minhas contas deve esta chegando.
- Nem tivemos tempo de conversa direito Neville – falou Frank – você nem me contou suas bagunças de pequeno...
- Eu nem ti perguntei se sou uma mãe muito chata – lamentou-se Alice – eu pego muito no seu pé? Eu tenho ciúme de suas namoradas? Aposto que tenho e...
Neville deu as costas para seus pais, pode ouvir o silencio assustado de Alice, não aguentava ouvir aquelas perguntas que magoavam tanto para as quais não tinha respostas.
- Neville – chamou Frank colocando a mão no ombro dele.
As lagrimas que andara segurando desde que colocara os pés nessa época, encheram seus olhos, nunca ouviria seu pai do futuro dizer sue nome.
- Neville olhe para mim – lentamente virou-se para seu pai, Alice arfou, os olhares pelo Salão todos concentrados nele, assustados e intrigados.
- Neville que... – tentou Alice mão Frank levantou a mão silenciando.
- Diga Neville – pediu Frank serio Neville assustou-se não tinha como seu pai saber – conte o que vem escondendo... Eu sei... Eu percebo que nos esconde algo.
Neville suspirou, olhou para a mão que estava pálida, em seguida voltou-se o olhar para seu pai que estava o fitava determinado.
- Está bem – sua voz estava rouca, emocionada, mais tinha que conta, a hora era agora – Quando Voldemort... Tentou lança a maldição em Harry o feitiço ricocheteou como já contei a vocês, embora não tenha morrido ficou sem corpo e escondeu-se... Não me interrompam – pediu Neville ao ver que alguém perguntaria algo, se fosse interrompido simplesmente não conseguiria continuar – Muitos acreditam que tinha morrido, mais tinha Comensais da morte que saíram a procura se amo – sua voz estava fria, feroz, alertando os outros que a historia não seria alegre – matavam pessoa e torturavam, em busca de respostas por ele... Um grupo de comensais capturou um casal de aurores... Eles usaram a maldição Cruciatos – Neville parou não sabia se conseguiria, olhou para seu pai esperando silenciosamente para que ele entendesse sem que precisasse falar, seu pai porem ainda o fitava determinado embora ligeiramente mais pálido – eles... Eles os torturam procurando por respostas até... Até não resta uma gota de sanidade...
- Não! – Alice caiu horroriza.
- Lice – gritaram Lily e Marlene correndo para acudi-la.
- Eu... Eu n... Não Acre... Dito – Falava entre soluções, Lily abraçou fortemente, chorando desolada pelo o que acontecera a amiga.
Muitos choravam pelo Salão, a trombeta que eram os soluços de Hagrid podiam ser ouvida nos quatro cantos do castelo, os professores estavam pálidos, Minerva chorava baixinho em seu lenço escocês, Dumbledore perdera completamente o brilho no olhar transformando-se em faíscas gerando uma áurea ameaçadora nunca vista antes ao seu redor.
Tiago aproximou-se Lily, colocando a mão em seu ombro confortando-a estava pálido, e horrorizado com o futuro dos amigos; Sirius e Remo postaram-se ao seu lado ambos com as mesmas expressões de horror e pesar do restante dos alunos, Sirius abraçou Marlene deixando-a molhar seu ombro, Molly que também tentava conte Alice tinha os cabelos acariciados por um Arthur extremamente triste.
Frank, no entanto fitava Neville incrédulo, Neville sabia o que ele queria ouvir, e fez um ultimo esforço para tenta dizer o que seu pai precisava ouvir.
- Eles estão no Sr. Mungos – respirou – Seu filho foi criado pela avô por parte de pai... Seus nomes são Frank e Alice Longbotton.
Lagrimas silenciosa caiam pela face de Frank.
- Quando eu te perguntei se era um bom pai...
- Eu não menti... Mesmo não lembrando vocês me ama... E para mim é o suficiente – Sussurrou Neville, sentindo um pequeno puxam na boca do estoma, estava na hora teria que parti.
- Alice? – sussurrou Frank.
- Vocês estão juntos, cuidando um do outro com podem e como sabem... Eu tenho que ir – o puxam intensificava-se cada vez mais.
Sentindo a urgência na voz do filho Frank correu para ele o abraçando, desvencilhando-se das amigas, Alice, se jogou nos braços dos dois.
- Não vai filho – pediu Alice inconsolável.
- Eu não posso ficar mamãe – desculpou-se
- Filho – murmurou Frank com amor.
- Papai – luz branca rodeou Neville sugando-o dos braços dos pais – Nós veremos... No novo futuro...
E então Neville sumiu pegando um ultimo vislumbre, de seus jovens pais abraçados, seus amigos rodeando-os, o Salão silencioso, sacudido apenas pelos ocasionais soluços de Hagrid...
"Esse capitulo é dedicado a Neville Longbotton, um dos amigos mais leais, não tenha uma vez em que leia sobre sua história sem me emocionar, alguem como você, não merece nada menos, que a felicidade incondicional, obrigada Neville por nos dar o prazer se sua existencia literaria".
Comentários (4)
Tomará que o Harry apareça logo!!! <3Xoxo,Vicky.
2013-06-18Égua do capítulo paidégua! Continue assim! De preferência poste mais um, ainda essa semana. E será Harry o próximo a aparecer no passado?
2013-06-05ola adorei a sua fic. e como uma idiota que sou ri e chorei muito.... devo dizer que amei vc comecar u sua fic pelo neville adore ele e acho que ele e muito esquesido pelos autores........nao demore muito a postar.... e eu sei que e dificil escrever uma fic destas ( que eu tb adoro este tipo de fic lendo ) mais por favor nao esqueca desta pobre leitora.......kkkkkkkbeijocas vitoria
2013-06-05Adoro sua fic!! Aguardando próximo post!! :-)
2013-06-05