A ultima profecia e muitas des
(NA - Eu esqueçi de colacar nota no meu primeiro capitulo então ai vai, tentem não julgar muito é minha primeirissima fic estão ainda não me acostumei (nem sei se vou) sei que tem muitas fic com esse tema, mais acontece que eu adoro especialmente o enigma do principe, e não há mutios cotando sobre ele; esse capitulo foi especialmente dificil para mim pois simplesmente amo Sirius. Espero que gostem e comentem nem que seja para deizer que não gostaram ou pra dizer se precisa melhora alguma coisa (ou tudo), bom leitura e até a proxima).
- A ultima profecia.
- Profecia – disse Lily fazendo careta – você quer dizer tipo adivinhação?
- Tem profecias que são verdadeiras Lily – falou Tiago, ele sabia que Lily não gostava muitos da matéria.
Ainda de cara feia Lily olhou interrogativamente para Alice.
- Não tem como eu saber tem? – respondeu Alice, olhando para Neville.
Olhando de uma para outro ele assentiu.
Sirius soltou um suspiro impaciente queria que a ação começasse logo, Marlene vendo isso fez uma careta para ele abrindo a boca para reclamar com ele.
- Poderia volta a ler, por favor, senhorita Alice – pediu gentilmente diretor Dumbledore.
Alice deu um, pulo, sobressaltada quase esqueça que estava lendo para Hogwarts inteira, assentiu timidamente voltando a ler.
Os pés de Harry tocaram o chão duro, seus joelhos se dobraram um pouco e a cabeça dourada do bruxo caiu no chão...
- Cabeça caiu – assustou-se um aluno pequeninho na mesa da Corvinal – uma cabeça de gente!
- Pontas será que seu filho matou alguém! – exclamou Pedro.
- Por Merlin Rabicho é claro não! – falou Tiago olhando bravo para Pedro - filho meu não sairia matando ninguém por ai... Á não ser que fosse um Comensal... Afinal ele esta num meio de uma guerra.
Dizendo isso ele olhou com raiva para a mesa da Sonserina, sempre que lembrava que estavam em guerra, lembrava também de seus pais; Sirius e Lily perceberam seu olhar fizeram sinal para Alice volta a ler.
com um sonoro "clunk". Ele olhou em volta e percebeu que tinha chegado à sala de Dumbledore.
Prevendo mais uma interrupção Alice emendou o próximo paragrafo lendo rapidamente.
Tudo parecia ter voltado ao seu lugar durante a ausência do diretor. Os delicados instrumentos de prata estavam mais uma vez recostados sobre as mesas com pés em espiral, soprando e silvando serenamente. Nos quadros, os grandes bruxos e bruxas cochilavam em suas molduras, as cabeças caídas sobre os ombros ou encostadas nas bordas das telas. Harry olhou pela janela. Havia uma linha ínfima de um verde pálido no horizonte: a manhã começava a chegar.
- De manhã onde ele esteve a noite toda! – exclamou Lily mais sabendo que nenhum de seus amigos saberia olhou acusadoramente para Neville – ele costuma passar as noites fora do dormitório?... Alias que idade ele tem?
- Harry tem quinze anos... – o olhar de Lily era tão acusador que Neville não teve coragem de dizer a verdade - E... Bem o livro mostrara isso – completou sem graça, notando pelo conto dos olhos que Tiago, Sirius e Remo estavam lutando para esconder o sorriso – pode volta a ler, por favor, Alice?
Alice não respondeu, ela estivera lendo os papeis com os olhos enquanto os outros conversavam e agora tinha na face, uma expressão horrorizada.
- Lice – chamaram Frank, Lily e Marlene.
- Senhorita Alice? – Perguntou a Professora Minerva.
- Lice – tornou a chama Frank preocupado ao ver os olhos delas se encherem de lagrimas.
- Quer que eu lei? – perguntou Neville, ele já imaginara do que se tratava – Lembre-se que isso ainda não ocorreu – sussurrou só para ela ouvir.
- Sim – Neville estendeu a mão para pegar o livro – Não... Não eu consigo – todos olhavam sem entender nada, Alice parecia chora cada vez mais – é melhor se ouvir isso de alguém conhecido – murmurou ele as lagrimas descendo pela face, respirando fundo voltou os olhos para o livro.
O silêncio e a tranqüilidade do lugar, quebrados apenas pelos grunhidos e suspiros ocasionais de algum retrato adormecido, eram terríveis para ele. Se esses ruídos pudessem refletir os sentimentos dentro dele os retratos estariam gritando de dor.
Lily e Marlene arfaram ansiosas, os professores se sentaram mais ereto nas cadeiras, Tiago, Sirius, Remo e Pedro se entreolharam os três primeiros com expressões idênticas de preocupação, o olhar de Pedro era um pouco intrigante tinha medo, e talvez desinteresse, o mesmo desinteresse que tinha no olhar de muitos Sonserinos.
Caminhou pela sala silenciosa respirando rapidamente e tentando não pensar. Mas ele tinha que pensar... Não havia saída...
As lagrimas de Alice aumentavam, sua voz cada vez mais rouca, o Salão ficou em completo silencio todos se concentrando para ouvir o que ela lia, Frank á abraçou tentando lhe passar força.
Era sua culpa Sirius ter morrido,
O silencia que se seguiu a essa revelação foi muito maior, do que o silencio da chegada de Neville, todos os olhares estavam concentrados em Sirius. Esse por sua vez tinha uma expressão de profundo susto no rosto á boca aberta formando um pequeno O, seu olhar longe como se estivesse tentando assimila o fato de que acabara de ler sobre sua morte, seu olhar correu pelo Salão Principal posando por fim em Tiago, encarando-o interrogativamente buscando uma confirmação que somente ele seu melhor amigo e irmão poderia lhe dá.
Mais Tiago não poderia lhe da essa certeza não quando ele próprio ainda não acreditava no que tinha ouvido, para ele era simplesmente inconcebível que Sirius tivesse morrido seja qual fosse á época; sentiu Lily aperta com força sua mão, embora não a olha-se retribuiu seu aberto; Virando para o lado encontrou o olhar de Sirius, olhou-o com determinação, não deixaria que nada de mal acontecesse a ele; Sirius assentiu os dois buscaram o olhar de Remo e Pedro; Remo apenas assentiu, Pedro parecia olhar para longe o que irritou profundamente, antes que ele pudesse questionar Pedro o silencio do Salão foi interrompido por um forte som de trombetas.
O som de trombetas vinha de Hagrid, que chorava escandalosamente, secando seus olhos num pequeno lenço já ensopado, o lenço pertencia a Professora Minerva, que tinha os olhos úmidos enquanto dava pequenos tapinhas no braço de Hagrid que era o mais próximo dos ombro dele que conseguia chegar.
O Salão explodiu em conversas, todos comentando a futura morte de Sirius, alguns alunos da Sonserina mal podiam esconder a satisfação; Snape embora risse não estava satisfeito, na verdade nem sabia o que sentia mais retribuiu o sorriso de Yaxley, era o esperado dele.
Marlene chorando abraçou Sirius, Tiago percebeu que Lily também charava baixinho e a abraçou apertado.
- Tudo bem amor, vamos mudar essi, afinal é por isso que você está aqui não é Neville? – perguntou ele beijando os cabelos de Lily; Neville apenas assentiu.
- Isso é um absurdo era para eu esta te consolando – disse Lily dando pequenos beijinhos pelo pescoço de Tiago.
- Isso funciona – sussurrou ele rindo baixinho.
- Com certeza – murmurou Sirius que estava tirando uma casquinha de Marlene, Tiago riu sabia que o amigo tinha uma quedinha pela amiga.
Marlene que ouvi isso, afastou-se dando um safanão em Sirius.
- Seu cachorro! – exclamou ela, embora tentasse esconde o sorriso, ela também tinha uma quedinha por Sirius.
- Lene volte aqui... eu ainda preciso de consolo – falou Sirius fazendo biquinho.
Risadas prorromperam pelo Salão, Remo não sorria na verdade tinha uma expressão desagradável no rosto.
- Por que Harry disse que era sua culpa? – perguntou bruscamente a Neville.
As risadas sessaram, Tiago e Lily entreolharam prendendo a respiração, nenhum dos dois queria sequer cogitar a possibilidade de que a morte do amigo fosse culpa do filho deles.
- A culpa não è dele... Harry é... – Neville parecia buscar pelas palavras – como posso dizer... Nobre... É isso, é praticamente impossível para ele não se culpa pelos fatos que não consegui impedir... Ou pessoas que não conseguiu salva – falou sinalizando Sirius com a cabeça.
Tiago e Lily respiraram aliviados e ate um pouco orgulhosos.
- Sugiro que voltemos á leitura – se prenunciou o Diretor Dumbledore – mais antes quero que todos, lembrem que estamos lendo sobre o futuro e eles assim como nos estão em guerra por tanto fatos como morte, muitas vezes de nos mesmos ou de entes queridos pode ser torna normal –os olhos de Dumbledore brilharão – sei que seria impossível não entristece com esses fatos... Mais pensem que ainda não ocorreu – com a mão indicou Neville – e é por isso que o Sr. Neville está aqui para poder mudar o futuro e salva os seus entes queridos – virou-se para Alice com um sorriso bondoso – poderia por favor retorna a leitura minha querida
Alice agora mais calma voltou-se para os papeis mais nem sabia onde tinha parado.
-Aqui – disse Neville sorrindo para a mãe, Alice retribuiu o sorriso, Frank estava perdendo a paciência, sentia que seria capaz de esganar esse homem sendo ele do futuro ou não se não parasse se sorrir para sua Lice, como que para prova seu pensamento abraçou mais Alice e fulminou Neville com os olhos, que teve o disparate de sorrir para ele; antes que pudesse por seus planos em prática Alice voltou a ler.
era tudo culpa sua. Se ele, Harry, não tivesse sido estúpido o suficiente para cair nos truques de Voldemort,
A voz de Alice tremeu a pronuncia o nome de Voldemort, muitos pelo Salão também tremeram.
se não estivesse tão convencido de que aquilo que vira em seu sonho era real, se apenas tivesse aberto sua mente para a possibilidade de Voldemort estar, como Hermione havia dito, apostando no gosto de Harry por bancar o herói...
- Quem é essa Hermione – resmungou Sirius ofendido por alguém ofender o filho do seu amigo.
Era intolerável, não devia pensar sobre isso, não agüentaria isso... Havia um vazio terrível dentro dele, o qual não queria sentir nem examinar, um buraco escuro onde Sirius estivera, onde Sirius desaparecera;
- Nossa ele gosta muito de você! – disse Arthur Waesley, que embora ouvisse tudo ate agora não se pronunciara, na verdade estava com medo do seu nome ou da sua Molly aparecesse ali, ou até mesmo alguém da sua família por isso preferia ouvi concentrado.
- Gosta e pouco... Eu diária que ele o ama – corrigiu Molly.
Sirius, Tiago e Lily se olharam, para eles não era novidade o Harry ama Sirius, sendo ele e Tiago como irmã.
não queria ter de ficar sozinho com aquele imenso e silencioso vazio, não agüentaria isso.
Um retrato atrás dele fez um grunhido particularmente alto e uma voz fria disse "Ah... Harry Potter...". Phineas Nigellus
- Não acredito! – exclamou Sirius fazendo Tiago e Remo rirem.
deu um longo bocejo, esticando os braços enquanto examinava Harry com seus astutos e estreitos olhinhos castanhos.
- E o que traz você aqui nas primeiras horas da manhã? - disse Phineas casualmente. - Essa sala é supostamente barrada a todos menos ao legítimo diretor. Ou terá Dumbledore mandado você aqui? Oh, não me conte - estremeceu novamente. - Outra mensagem para o meu desprezível tataraneto?
Harry não podia falar. Phineas Nigellus não sabia que Sirius estava morto mas Harry não conseguiria contar a ele. Dizê-lo em voz alta seria tornar isso final, absoluto, irremediável.
Mais alguns dos retratos estavam acordando agora. O terror de ser interrogado fez Harry cruzar o aposento a passos largos e agarrar a maçaneta da porta.
Não abriu. Ele estava trancado ali.
- Por que ele esta trancado? – brigou Tiago - ele precisa sair... Não pode ficar ai sozinho sofrendo... Alias o que aconteceu? Como Sirius morreu?
- E onde Harry estava? – perguntou Lily, os dois olhando interrogativamente para Neville.
- O livro ira responder – Respondeu ele dando de ombros.
- Eu espero que isto signifique - disse o bruxo corpulento de nariz vermelho que estava pendurado na parede atrás da mesa do diretor - que Dumbledore logo estará de volta entre nós?
- Diretor Dumbledore não estava em Hogwarts! – assustou Amos Diggory na mesa da Lufa-Lufa.
Harry se virou. O bruxo o estava examinando com grande interesse. Harry fez que sim com a cabeça. Torceu novamente a maçaneta atrás dele, que continuou imóvel.
- Oh, bem - disse o bruxo. - Tem sido muito aborrecido sem ele, muito aborrecido, na verdade.
Ele se acomodou na cadeira semelhante a um trono na qual havia sido pintado e sorriu benevolente para Harry.
- Dumbledore tem um grande conceito a seu respeito, como estou certo de que você sabe - disse confortadoramente. - Oh, sim. Tem você em grande estima.
A culpa que retorcia o vazio no peito de Harry era como um monstro, um verme pesado. Harry não podia agüentar isso, não podia agüentar mais ser quem ele era... Nunca tinha se sentido tão aprisionado em sua própria mente e corpo, nunca havia desejado tão intensamente poder ser outra pessoa, qualquer outra...
- Por que ele queria ser outra pessoa antes? – perguntou Lily agoniada ao ver o sofrimento do filho. Tiago a abraçou também sofria, pois, já amava seu filho. Sirius Remos e Marlene estavam por demais preocupados e não sabiam muito bem como apoia os amigos.
A lareira vazia subitamente explodiu em chamas verde-esmeralda, fazendo com que Harry saltasse de perto da porta, olhando para o homem que surgia dentro da grelha. Enquanto a alta figura de Dumbledore se revelava do fogo os bruxos e bruxas nas paredes sussurravam e se regozijavam, alguns chegando a chorar dando as boas-vindas.
- Obrigado, muito obrigado - disse docemente Dumbledore.
Ele não olhou logo para Harry, caminhou até o poleiro ao lado da porta e retirou de um bolso interno de sua capa a minúscula e feia Fawkes, totalmente sem penas, a quem colocou gentilmente no leve ninho de cinzas sob o pilar dourado onde a renascida e adulta Fawkes costumava ficar.
- Bem, Harry - disse Dumbledore, finalmente deixando o frágil pássaro -, você gostará de ouvir que nenhum de seus amigos e colegas sofrerá maiores danos por causa dos acontecimentos desta noite.
- Com certeza eles estiveram numa batalha – Disse Tiago olhando para os amigos para ver o que eles achavam; tanto Almofadinhas quanto Aluno concordaram.
Harry tentou dizer "Ótimo" mas nenhum som saiu. Parecia pra ele que Dumbledore o estava lembrando de quanto dano havia causado e embora o diretor estivesse olhando para ele diretamente e sua expressão fosse mais amistosa que acusatória Harry não ousava encontrar seu olhar.
- Madame Pomfrey está colocando todo mundo de pé e bem - disse Dumbledore. - Nymphadora Tonks pode precisar ficar um tempo maior em St. Mungus mas parece que ela terá total recuperação.
-Nymphadora Tonks! – Assustou-se Sirius
-Você conhece? – perguntou Remo
- Sim é filha de uma prima minha – Tiago e Remo olharam assustados – ela é ouvelha negra como eu, casou com trouxa – esclareceu.
Harry se contentou em inclinar a cabeça, olhando o tapete, que ficava mais e mais brilhante à medida que o dia clareava lá fora. Tinha certeza de que todos os retratos estavam ouvindo cuidadosamente cada palavra que Dumbledore pronunciava, perguntando-se onde ambos estiveram e por que teria havido danos.
- Eu sei como você está se sentindo, Harry - disse Dumbledore calmamente.
- Não, não sabe - disse Harry e sua voz estava de repente alta e clara; uma fúria branca e quente se agitava dentro de si; Dumbledore não tinha a menor idéia sobre seus sentimentos.
-Caracas! – exclamaram Tiago e Lily
- Achou que ele puxou a Lily – falou Marlene, Alice concordou.
- Sei não... O Tiago quando tá nervoso também... Não é flor que se cheire – discordou Remo.
- Você vê, Dumbledore? - disse Phineas Nigellus maliciosamente. - Nunca tente compreender os alunos. Eles odeiam isso. Eles prefeririam muito mais ser tragicamente incompreendidos, chafurdar na autopiedade, afundar em seus próprios...
- É o suficiente, Phineas - disse Dumbledore.
Harry virou de costas para Dumbledore e olhou determinadamente pela janela. Podia ver o campo de quadribol ao longe. Sirius tinha aparecido lá uma vez, disfarçado como o grande cão negro, assim podia observar Harry jogando... Ele provavelmente tinha ido ver se Harry era tão bom quanto Tiago fora... Harry nunca lhe perguntara.
-Hã como assim grande cão negro? – perguntou a professora Minerva.
- Ele joga quadribol! – Gritaram Tiago, Sirius e Remo felizes
- Cão negro! – exclamou Marlene, lembrando-se que os meninos sempre chamavam Sirius de pulguento.
-Her... – Sirius coçou a cabeça – deixa isso... Que o livro deve explica – falou torcendo para o livro não explicar nada – volte a ler Lice.
- Não há vergonha no que você está sentindo, Harry - disse a voz de Dumbledore. - Pelo contrário... O fato de você ser capaz de sentir uma dor como essa é sua maior força.
Harry sentiu a fúria branca e quente o lambendo por dentro, queimando no terrível buraco, enchendo-o com o desejo de ferir Dumbledore por sua calma e suas palavras vazias.
- Nossa desculpe Diretor Dumbledore – pediu Lily envergonhada pela atitude do filho.
- Não há problema Senhorita Evans – disse Dumbledore calmamente, ele estava muito interessado no que o livro tinha a dizer, pois, notara que não tinha um relacionamento normal de aluno para professor com esse menino ao contrario parecia ser muito mais pessoal.
- Minha grande força é essa? - disse Harry, a voz tremendo à medida que continuava a olhar o estádio mas já sem enxergá-lo. - Você não tem a menor idéia... Você não sabe...
- O que eu não sei? - perguntou calmamente Dumbledore.
Isso foi demais. Harry se voltou, tremendo de raiva.
- Eu não quero falar sobre como eu me sinto, está bem?
- Harry, sofrer desse jeito prova que você ainda é um homem. Essa dor faz parte de ser humano...
Alice arregalou os olhos.
- ENTÃO EU NÃO QUERO SER HUMANO! - urrou Harry, agarrando o delicado instrumento de prata da mesa ao seu lado e arremessando-o pela sala; ele se espatifou em centenas de minúsculos pedaços contra a parede. Muitos dos retratos soltaram gritos de raiva e medo e a pintura de Armando Dippet disse:
- Realmente!
- Caracas desculpe Diretor Dumbledore – dessa vez quem pediu foi Tiago.
- EU NÃO ME IMPORTO - gritou Harry para eles, apanhando um lunoscópio e jogando-o na lareira. - TEM SIDO DEMAIS, TENHO VISTO COISAS DEMAIS, EU QUERO SAIR, EU QUERO QUE ISSO TERMINE, EU NÃO ME IMPORTO MAIS.
Tiago e Lily se olharam chocados o que teria acontecido com seu filho, o Salão se prendia em cada palavra de Alice, a adrenalina correndo em suas veia como se estivessem presentes na historia.
Ele apanhou a mesa na qual o instrumento de prata estivera e a atirou também. Ela se partiu no chão e os pés rolaram em várias direções.
- Você se importa, sim - disse Dumbledore. Ele não havia hesitado ou feito um único movimento para impedir Harry de destruir sua sala. Sua expressão era calma, quase distante. - Você se importa tanto que sente como se fosse sangrar até a morte com tanta dor.
- EU... NÃO! - Harry gritou tão alto que parecia que sua garganta se rasgaria e por um segundo quis correr até Dumbledore e quebrá-lo também; romper aquela calma no rosto velho, sacudi-lo, machucá-lo, fazê-lo sentir um pouquinho de todo o horror dentro dele.
- Está tudo bem - disse Dumbledore já prevendo as desculpas que dessa vez parecia que viam de Tiago, Lily e Sirius.
- Oh, sim, você, sim - disse Dumbledore, ainda mais calmamente. - Você perdeu seu pai, sua mãe e agora a coisa mais próxima de um pai que você conheceu. É claro que você se importa.
- VOCÊ NÃO SABE COMO EU ME SINTO! - Harry berrou. - VOCÊ... SEMPRE AÍ... VOCÊ...
A voz de Alice saiu um pouco rouca no final, por está realmente gritando como nos papeis de fato Frank e Neville ate se afastaram um pouco para não ficaram surdo.
- Com certeza ele puxou a Lily! – disse Frank lembrando-se do tempo em que Lily vivia brigando com Tiago.
Então as palavras já não eram suficientes, destruir as coisas não ajudava mais; Harry queria correr, queria correr e correr e nunca olhar para trás, queria estar em qualquer lugar onde não pudesse ver os límpidos olhos azuis a fitá-lo, aquela odiosa calma e velha face. Virou-se nos calcanhares e correu até a porta, agarrou a maçaneta e a torceu com força. Mas a porta não se abria.
Harry se virou para Dumbledore.
- Deixe-me sair - disse. Ele tremia da cabeça aos pés.
- Não - disse Dumbledore simplesmente.
Por alguns segundos se olharam nos olhos.
- Deixe-me sair - disse Harry novamente.
- Não - repetiu Dumbledore.
- Se você não deixar... Se você me prender aqui... Se você não me...
- Certamente continuaria a destruir meus objetos - disse Dumbledore serenamente. - Ouso dizer que tenho muitos - ele caminhou para sua mesa e sentou-se atrás dela, olhando Harry.
- Deixe-me sair - disse Harry mais uma vez, com uma voz fria e quase tão calma quanto a de Dumbledore.
- Não até eu dizer o que é preciso - falou Dumbledore.
- Você... Você acha que eu quero... Você acha que eu dou um... Eu não me importo com o que VOCÊ TEM A DIZER - urrou Harry. - Eu não quero ouvir nada do que você tem a dizer.
- Hora francamente – exclamou a professora Minerva.
Tiago e Lily impedidos de pedi desculpas olharam culpados para Dumbledore.
- Você ouvirá - respondeu Dumbledore, firme. - Você pode estar furioso comigo mas não está nem perto do quão furioso pode ficar. Se está disposto a me agredir, como sei que está perto de fazer, eu gostaria de ter a chance de merecê-lo realmente.
- Do que você está falando...?
- É minha culpa a morte de Sirius - disse Dumbledore claramente.
Lily tampou a boca com as mãos horrorizada, Tiago, Sirius e Remo se entreolharam intrigados.
- Ou eu deveria dizer, quase que inteiramente minha culpa, não serei tão arrogante a ponto de assumir a responsabilidade por tudo. Sirius era um homem bravo, esperto e disposto e este tipo de homem normalmente não se contenta em ficar sentado em casa escondido enquanto acredita que outros podem estar correndo perigo.
- Como assim eu estava em casa escondido... virei um covarde por acaso! – exclamou indignado – cara esse livro tá confuso a besa!
Todavia, você nunca deveria ter acreditado, nem por um só momento, que havia qualquer necessidade de você ir ao Departamento de Mistérios esta noite. Se eu tivesse sido aberto com você, Harry, como eu deveria ter sido, você saberia há muito tempo que Voldemort tentaria atrair você ao Departamento de Mistérios e você nunca teria sido enganado para entrar lá esta noite. E Sirius não teria ido depois de você. Esta culpa me pertence, e somente a mim.
Harry ainda estava parado com a mão na maçaneta da porta mas nem percebia. Olhava para Dumbledore, a respiração difícil, escutando, ainda que pouco entendendo o que estava ouvindo.
- Por favor, sente-se - disse Dumbledore. Não era uma ordem, era um convite.
Harry hesitou mas depois caminhou devagar pela sala, cheia de fragmentos de prata e madeira espalhados pelo chão, e tomou a cadeira em frente à mesa de Dumbledore.
- Devo entender - disse Phineas Nigellus, à esquerda de Harry, devagar - que meu tataraneto, o último dos Black... Está morto?
- Sim Phineas - disse Dumbledore.
- Não acredito nisso - disse Phineas bruscamente.
Harry virou a cabeça a tempo de ver Phineas saindo de sua moldura e soube que ele tinha ido visitar seu outro retrato em Grimmauld Place. Ele caminharia, talvez de retrato em retrato, chamando por Sirius pela casa...
- Esse capitulo só pode ser meu inferno Astral! Como assim eu estava no Grimmauld Place? – perguntou indignado Sirius – Jurei nunca mais voltar lá.
- Não fica assim Almofadinhas vamos mudar isso também – afirmou Tiago tentando animar o amigo.
- Harry, eu lhe devo uma explicação - disse Dumbledore. - Uma explicação sobre os erros de um velho homem. Pois vejo agora o que tenho e o que não tenho feito em relação a você suportar as marcas das passagens da idade. Um jovem não pode saber como pensa e sente um homem velho. Mas os homens velhos são culpados, esquecem de como era ser jovem... E parece que eu tenho esquecido ultimamente...
O sol estava começando a nascer agora, via-se uma ofuscante coroa alaranjada sobre as montanhas e o céu sobre elas era claro e sem cor. A luz atingiu Dumbledore, caiu no prateado de suas sobrancelhas e barba, nas linhas profundamente esculpidas do seu rosto.
Os olhos de Alice arregalaram-se ao ler as próximas linhas.
- Eu soube quinze anos atrás - continuou Dumbledore -, quando vi a cicatriz em sua testa, o que ela significava. Seria o sinal de uma conexão entre você e Voldemort.
- QUE! – berraram Tiago e Lily.
- Uma ligação com Voldemort – questionou Sirius.
- Volte a ler, por favor, querida – pediu Molly que estranhamente já se afeiçoara a Harry como se fosse um filho seu; na verdade podia ser seu filho pensou ela colocando a mão na barriga, estava gravida de 2 meses, e embora estivesse muito feliz de começar uma família com Arthur estava também preocupada com guerra.
- O senhor já tinha me falado isso, professor - disse Harry asperamente. Não se importou de ser rude. Nada mais tinha muita importância.
- Sim - disse Dumbledore justificativamente. - Sim, mas veja, é necessário começar pela sua cicatriz. Pois se tornou aparente, logo após você voltar ao mundo mágico, que eu estava correto e que sua cicatriz lhe enviava sinais quando Voldemort estava perto de você ou a emoção poderosa de outro sentimento.
Lily arfou Tiago não sabia o que pensar, o Salão estava cheio de olhares espantados, Severo Snape estava impressionado.
- Eu sei - falou cansadamente Harry.
- E essa habilidade sua, detectar a presença de Voldemort mesmo disfarçado e saber o que ele está sentindo quando suas emoções estão exacerbadas, tornou-se mais e mais pronunciada desde que Voldemort retornou ao próprio corpo e aos seus poderes.
- Como assim retornou ao próprio corpo? – perguntou Remo confuso, mais ninguém soube responde-lhe.
Harry nem se preocupou em dizer ou fazer nada. Ele já sabia de tudo isso.
- Mais recentemente - retomou Dumbledore - minha preocupação era de que Voldemort percebesse a existência dessa conexão entre vocês. Como previ, chegou a hora em que você entrou tão a fundo em sua mente e seus pensamentos que ele sentiu sua presença. Estou falando, é claro, da noite em que você testemunhou o ataque ao senhor Weasley.
- Weasley! – exclamou Arthur – ele quer dizer um ataque a mim.
Molly desesperou-se não poderia acontecer nada a Arthur, por deus eles nem se casaram ainda e teriam um filho, se ele morresse mesmo que no futuro com ela ficaria sem ele.
-Não se preocupe Sr e Sra Weasley, tudo ficou bem – disse Neville.
Molly respirou aliviada e sorriu bondosamente para Neville ao percebe que ele a chamara de senhora Weasley
- É Snape falou comigo - resmungou Harry.
- Snape – Exclamaram Tiago e Sirius. Snape fez uma careta e revirou os olhos para eles mais estava interessado. Alice deu uma risadinha ao ler a próxima linha Tiago Sirius iriam pira pensou ela.
- Professor Snape, Harry - corrigiu Dumbledore serenamente.
Todos olharam espantados para Snape ninguém imaginaria que ele se tornaria professor, até mesmo seus amigos o olhavam interrogativamente, Snape simplesmente ignorava a todos como se não fosse com ele, embora ele mesmo estivesse confuso; Dumbledore estava intrigado por ter deixado o Sr Snape ensinar na sua escola, pois sabia que ele estava indo para o lado das trevas, por outro lado Tiago e Sirius estavam tão indignados que não conseguiam nem se pronunciar, ate mesmo Remo não sabia o que pensa e Lily bem ela tentava não se importa.
- Mas você não se perguntou por que não fui eu quem explicou isso a você? Por que eu não ensinei a você o encantamento da Oclumancia? Por que fiz pouco mais do que olhar para você por meses?
Harry olhou para cima. Agora via que Dumbledore parecia triste e cansado.
- Sim - murmurou Harry. - Eu me perguntei.
- Veja - continuou Dumbledore -, acreditei que não demoraria muito até Voldemort tentar forçar uma entrada em sua mente, Harry, para manipular e confundir seus pensamentos, e certamente eu não estava ansioso por dar a ele maiores incentivos. Eu estava certo de que se ele percebesse que nosso relacionamento era, ou fora alguma vez, mais próximo do que o de professor e aluno ele agarraria a chance de usar você para espionar a mim. Eu temi pelo uso que ele faria de você, a possibilidade de ele tentar e possuir você. Harry, creio que eu estava certo em pensar que Voldemort usaria você dessa maneira. Nas raras ocasiões em que eu e você tivemos contato mais próximo pensei ter visto a sombra dele se agitar atrás dos seus olhos...
O Salão inteiro se pendurava a cada palavra dita por Alice nem os Sonserinos podiam fingir que não estavam interessados.
Harry se lembrou de ter sentido como se uma serpente adormecida crescesse nele, pronta para atacar, naquelas ocasiões em que seu olhar e o de Dumbledore se encontraram.
- O alvo de Voldemort ao possuir você, como ficou demonstrado esta noite, não seria a minha destruição. Seria a sua. Ele esperava, quando possuiu você rapidamente há pouco tempo atrás, que eu fosse sacrificar você na esperança de matá-lo. Portanto, você vê, eu vinha tentando, mantendo-me distante de você, protegê-lo Harry. O erro de um homem velho...
Ele suspirou profundamente. Harry deixava que as palavras simplesmente escorressem por ele. Teria estado muito interessado em saber de tudo isso há alguns meses mas agora era insignificante comparado ao vazio dentro dele que era a perda de Sirius; nada mais importava.
- Sirius me contou que você sentiu Voldemort acordar dentro de você na noite em que teve a visão do ataque a Arthur Weasley. Eu soube então que meus piores medos estavam corretos: Voldemort havia percebido que podia usar você. Numa tentativa de armar você contra os assaltos de Voldemort à sua mente, fiz os arranjos para que você tivesse as lições de Oclumancia com o professor Snape.
- Por que meu filho não veio conversa comigo sobre isso? – perguntou Tiago meio enciumado já percebera que seu filho gostava muito de Sirius mais ate agora não fizera nem umazinha menção a ele. Lily tentou segurar o riso a ver que Tiago estava com ciúmes do filho com o melhor amigo, Sirius ria presunçoso; somente Remo pareceu nota que Neville desviara o olhar de todos ao ouvir a pergunta de Tiago e ficou imediatamente preocupado.
Ele fez uma pausa. Harry olhou a luz do sol que deslizava devagar cruzando a superfície polida da mesa de Dumbledore, iluminando um tinteiro e uma elegante pena escarlate. Harry percebeu que todos os retratos em volta deles estavam acordados e ouvindo extasiados a explicação de Dumbledore; ele podia ouvir o ruído ocasional das roupas, um limpar de garganta. Phineas Nigellus ainda não retornara...
- Professor Snape descobriu - retomou Dumbledore - que você sonhou com a porta do Departamento de Mistérios por meses. Voldemort, sem dúvida, esteve obcecado com a possibilidade de ouvir a profecia desde que recuperou seu corpo e, assim como ele, você tinha a porta em sua mente, embora não soubesse o que significava. E então você viu Rookwood, que trabalhava no Departamento de Mistérios antes de ser preso, contando a Voldemort o que nós sabíamos, que as profecias guardadas no Ministério da Magia estão fortemente protegidas. Apenas as pessoas a quem elas se referem podem ouvi-las sem ficarem loucas: neste caso ou Voldemort teria que ir ele mesmo ao Ministério, correndo o risco de se revelar, afinal, ou você teria que apanhar para ele. Tornou-se, assim, de grande e crescente importância que você dominasse o feitiço da Oclumancia.
- Mas eu não o fiz - disse Harry. Falou alto, para tentar aliviar o peso morto da culpa dentro dele: uma confissão certamente aliviaria um pouco da terrível pressão que espremia seu coração. - Eu não pratiquei, não me importei, eu poderia ter impedido a mim mesmo de continuar a ter aqueles sonhos, Hermione vivia me dizendo para fazê-lo, se eu nunca tivesse mostrado a mim mesmo aonde ir, e... Sirius não teria... Sirius não teria...
- Será que Hermione e a namorada dele? – questionou Sirius rindo para Tiago
- Claro que não ele ainda não tem idade – indignou-se Lily. Foi a vez de Tiago segurar o riso a ver o ciúmes dela.
Algo irrompeu na cabeça de Harry: uma ânsia de se justificar, de explicar.
- Eu tentei me certificar de que ele realmente havia levado Sirius, fui à sala da Umbridge, falei com Kreacher na lareira e ele disse que Sirius não estava lá, disse que ele tinha saído!
- Mostro! – exclamou Sirius como se fosse um palavrão.
- Kreacher mentiu - disse Dumbledore calmamente. - Você não é mestre dele, ele poderia mentir a você sem nem mesmo ter que se punir. Ele tinha intenção de fazer você ir ao Ministério da Magia.
- Uma batalha no Ministério da Magia! – Assustou-se a professora Minerva.
- Ele me mandou ir de propósito?
- Oh, sim. Kreacher, temo que ele venha servindo a mais de um mestre há meses.
- Como? - disse Harry, debilmente. - Ele não sai de Grimmauld Place há anos.
- Kreacher teve sua oportunidade logo depois do Natal - disse Dumbledore -, quando Sirius, aparentemente, gritou a ele "vá embora". Ele pegou Sirius pela palavra e interpretou isso como uma ordem para deixar a casa. E se dirigiu ao único membro da família Black por quem ele ainda tinha algum respeito... A prima Narcissa, irmã de Bellatrix e esposa de Lúcio Malfoy.
- Como você sabe de tudo isso? - perguntou Harry. Seu coração estava batendo muito depressa. Ele se sentia mal. Lembrou de sua preocupação com a esquisita ausência de Kreacher no Natal, lembrou de ele voltando outra vez no sótão.
- Kreacher me contou ontem à noite - disse Dumbledore. - Veja, quando você deu ao professor Snape aquele aviso oculto ele percebeu que você tivera uma visão de Sirius amarrado no Departamento de Mistérios. Ele, assim como você, tentou contato com Sirius. Eu devo explicar que os membros da Ordem da Fênix têm métodos de comunicação mais confiáveis que o fogo na sala de Dolores Umbridge. Professor Snape descobriu que Sirius estava vivo e seguro em Grimmauld Place. Quando, no entanto, você não voltou da sua ida à floresta com Dolores Umbridge, professor Snape viu crescer sua preocupação: você ainda acreditava que Sirius era prisioneiro de Lord Voldemort. Então alertou imediatamente alguns membros da Ordem.
- Isso tá ficando louco de mais o ranhoso tentou me salva – sussurrou Sirius para Tiago e Remo; os dois apenas assentiram estavam concentrados no livro.
Dumbledore deu um enorme suspiro e continuou.
- Alastor Moody, Nymphadora Tonks, Kingsley Shacklebolt e Remo Lupin estavam no quartel-general quando ele fez contato. Todos concordaram em ir a seu auxílio imediatamente.
- Ei por que eu não fui? – questionou Tiago bravo com sigo mesmo
- Você não estava no tal quartel né tapado – respondeu Sisius.
Professor Snape pediu a Sirius para ficar, era necessário que alguém permanecesse para me contar o que havia acontecido, já que eu chegaria em breve. Nesse meio tempo ele, Professor Snape, pretendia ir à floresta procurar você. Mas Sirius não desejaria ficar para trás enquanto outros iam à sua procura, Harry.
É claro que não ele é filho do Pontas e da Ruiva pensou Sirius.
Ele delegou a Kreacher a tarefa de me contar o que havia acontecido. E foi assim que, quando cheguei em Grimmauld Place logo em seguida à saída de todos rumo ao Ministério, foi o elfo quem me disse, rindo até quase estourar, onde Sirius havia ido.
- Ele estava rindo? - disse Harry numa voz oca.
- Desgraçado! – exclamaram Sirius Tiago e Remo.
- Oh, sim - respondeu Dumbledore. - Veja Harry, Kreacher não poderia nos trair totalmente. Ele não é um Guardião Secreto da Ordem, não poderia dar aos Malfoy nossa localização ou contar a eles qualquer um dos planos confidenciais os quais tenha sido proibido de revelar. Ele estava obrigado por encantamentos da sua raça, o que significa dizer que ele não poderia desobedecer a uma ordem direta do seu mestre Sirius. Mas ele deu a Narcissa informações que se tornaram muito valiosas para Voldemort, embora possam ter parecido muito triviais para Sirius sequer pensar em proibir Kreacher de repetir.
- Como o quê?
- Como o fato de que a pessoa com quem Sirius mais se importava no mundo era você - disse Dumbledore serenamente. - Como o fato de você estimar e respeitar Sirius como uma mistura de pai e irmão. Voldemort já sabia, evidentemente, que Sirius era membro da Ordem e que você sabia onde ele estava mas a informação de Kreacher fez com que percebesse que a única pessoa a qual você percorreria qualquer distância para salvar era Sirius Black.
- Eu realmente não entendo – disse Tiago com a expressão confusa no rosto – por que pela maneira como ele fala ate parece que ele não tem pais.
- Não diga isso Tiago! – indignou-se Marlene.
Mais Tiago não deu importância dessa vez ele vira Neville desviar os olhos deles.
- Diga a verdade Neville – pediu encaminhando para ele – nos merecemos – acrescentou a ver que Neville não falava nada.
Neville sabia que a hora chagara embora tivesse adiado o máximo que podia sabia que a hora chagara.
- Eu sinto muito – começou ele mais parou ao ver as lagrimas de Lily e as exclamações de horror pelo Salão.
-Quando? – perguntou Tiago respirando fundo – Neville? – exclamou ao ver que o outro não falava.
- Em 1981, Harry tinha 1 ano...
- Os deixei tão cedo – assustou-se Tiago, Neville olhou para baixo, alertando Tiago que tinha mais – o que Neville? Fale de uma vez homem.
- Voldemort, assassinou você e Lily – sentenciou Neville.
- O que!
- Meu Deus!
-Maldito! – gritaram Sirius e Remo
Snape sentiu de repente um ódio corrosivo pelo Lord das Trevas, algo que achara que nunca sentiria pelo seu senhor, olhou para sua Lily que chorava agarrada pelo Potter e sentiu seu coração afunda.
Tiago estava em estado de choque, abraçou Lily apertado, sentiu as mãos de Sirius e Remo uma de cada lado no seu ombro, perguntou-se vagamente onde estaria Pedro, sabia que seus amigos estavam tentando lhe dizer com aquele aperto que não os deixaria morrer, podia ouvir o choro de Marlene e Alice, e o de Hagrid com seus escandalosos soluços até mesmo podia ver as tímidas lagrimas derramadas pela professora Minerva.
Molly Weasley (seja lá qual for o sobrenome dela) também chorava agarrada a Arthur embora eles nem me conhecessem direitos, assim como muitos pelo Salão, todos tinham o mesmo sentimento de pesar e o terrível pensamento de que poderia ser eles. Concentrou-se no choro de Lily que se agarrava a ele; de fato não estava muito preocupado com sua morte, percebeu embora fosse assustador saber que tinha morrido mais sim com a morte de sua Lily, ele a amava de mais, não podia conceber o fato de que a tinham matado muito menos que deixara um filho órfão no mundo, ele queria saber mais, queria ter o conhecimento para muda esse futuro, não queria em hipótese alguma esse futuro para sua Lily ou para sue filho muito menos para Sirius.
-Vai ficar tudo bem amor – sussurrou para Lily – eu ainda estou aqui... Nos ainda estamos aqui – afastando-se um pouco pegou o rosto de Lily com as duas mãos secando suas lagrimas com o polegar, beijando seus lábios úmidos pelo choro – nos vamos mudar isso não vou deixar nada acontecer com você nem nosso futuro filho... Confie em mim Lily...
- Eu confio – falou Lily para ela era como se estivessem só os dois no seu mundo particular – confio com a minha vida Tiago, mais estou com tanto medo, quem será que criou o nosso filho ele só tinha 1 aninho?
- Boa pergunta amor – disse Tiago beijando suas bochechas rosadas antes de vira para Neville com numa pergunta muda, notando vagamente que varias meninas estavam soltando suspiros e o olhavam como se ele fosse algum espécie de coelho fofinho, não entendeu nada mais nem se aprofundou como dizia sabiamente Almofadinhas as meninas eram loucas, menos sua Lily claro.
- Bem então... – Neville tenso – foram os tios de Harry – Tiago olhou confuso – parte de mãe.
- O QUE – gritou Lily sobressaltando a todos – mais Petúnia... Meu deus será que ela mudou... A Petúnia que eu conheço não faria isso.
-Além do mais eu ou Aluado poderíamos ter cuidado dele – Falou Sirius
- Claro – concordou Remo
- Volte a ler Lice – disse Frank vendo que todos estavam mais calmos.
Alice ainda com lagrimas nos olhos olhou confusa para s folhas perdera-se de novo.
- Aqui querida – falou Frank antes que Neville pudesse, Marlene que estivera triste, pois, já perdera três amigos deu uma risadinha ao notar o quanto Frank estava enciumado de Neville, que por acaso se pareci estranhamente uma mistura dele com Lice pensou ela desconfiada.
Os lábios de Harry estavam frios e dormentes.
- Então... Quando perguntei a Kreacher se Sirius estava lá naquela noite...
- Os Malfoy, sem dúvida instruídos por Voldemort, disseram a ele para encontrar uma maneira de manter Sirius fora do caminho uma vez que você tivesse a visão dele sendo torturado. Assim, se você decidisse verificar se Sirius estava ou não em casa Kreacher poderia fingir que não. Kreacher feriu o hipogrifo ontem e, quando você fez sua aparição no fogo, Sirius estava lá em cima cuidando dele.
- Você tem um hipogrifo? – perguntou Hagrid excitadíssimo limpado rapidamente às lagrimas restantes das faces enormes para ver melhor Sirius através dos olhos enrugados pelo choro.
- Bom ainda não né Hagrid – respondeu Sirius confuso, não sabia que era fã de hipogrifo – mais prometo, que quando tive um levo ele para visitar você – falou animado por ver o amigo feliz, que embora fosse grande era uma manteiga derretida e louco por bichos principalmente os perigosos.
Hagrid sorriu muitíssimo animado com a promessa de Sirius.
Harry sentia seus pulmões praticamente sem ar; sua respiração era breve e superficial.
- E Kreacher contou a você tudo isso... E riu?
- Ele não queria me contar - explicou Dumbledore. - Mas sou suficientemente aperfeiçoado na magia de Legilimens para saber quando estou sendo enganado e o persuadi a me contar toda a história antes que eu fosse ao Departamento de Mistérios.
- E - sussurrou Harry, sentindo as mãos cerradas e geladas sobre os joelhos - Hermione nos dizendo para tratá-lo bem...
- Ela estava quase certa, Harry. Eu avisei a Sirius quando adotamos o número 12 da Grimmauld Place como nosso quartel-general que Kreacher devia ser tratado com bondade e respeito. Também disse a ele que Kreacher poderia se tornar perigoso para nós. Não creio que Sirius tenha me levado muito a sério ou que ele alguma vez tenha olhado Kreacher como sendo um ser com sentimentos tão profundos quando os humanos.
- Não o culpe... Não fale... Dele... De Sirius... Assim - Harry mal respirava, não conseguia expressar as palavras mas a raiva que estava acalmada por um instante ressurgiu dentro dele: não deixaria Dumbledore criticar Sirius. - Kreacher é um mentiroso, um tolo... Ele mereceu.
- Kreacher é o que os bruxos fizeram dele, Harry. Sim, ele é digno de nossa piedade. A existência dele tem sido tão miserável quanto a do seu amigo Dobby. Kreacher era obrigado a obedecer a Sirius por ele ser o último da família à qual estava escravizado, não havia lealdade verdadeira. E qualquer que tenha sido a culpa de Kreacher devemos admitir que Sirius nada fez para tornar seu destino mais fácil...
- NÃO FALE DE SIRIUS DESSE JEITO! - berrou Harry.
Ele estava em pé novamente, furioso, pronto para voar sobre Dumbledore, que realmente não tinha entendido Sirius, quão bravo ele era, o quanto ele sofrera...
-Obrigado, obrigado... – Sirius fazia pequenas reverencias para as folhas nas mãos de Alice; o Salão prorromper em risadas, desanuviando por um minuto as expressões tensas – não gostei muito da parte do sofrimento mais mesmo assim obrigada, obrigada pequeno Pontas...
- E o que me diz de Snape? - Harry cuspiu. - Sobre ele nada é falado, não é? Quando eu disse a ele que Voldemort tinha Sirius ele zombou de mim como sempre.
-Ranhoso – rosnou Tiago, Snape fingiu não ouvir.
- Harry, você sabe que o professor Snape não tinha outra opção a não ser fingir para Dolores Umbridge que não tinha levado você a sério - disse Dumbledore com firmeza - mas, como já expliquei, ele informou à Ordem assim que pôde sobre o que você havia dito. Foi ele quem deduziu onde você tinha ido quando você não voltou da Floresta. Foi ele, também, quem deu Veritasserum falso à professora Umbridge quando ela tentava forçar você a contar a ela sobre Sirius.
Harry desconsiderou tudo isso; sentia um prazer selvagem em culpar Snape, parecia acalmar seu próprio senso tenebroso de culpa e queria ouvir Dumbledore concordar com ele.
- Decididamente ele é seu filho – resmungou Lily para Tiago, Sirius ria.
- Você tinha alguma duvida? – perguntou ele rindo resistindo a vontade de dizer que estava orgulhoso de Harry.
- Não - respondeu em seguida murmura somente para ele, o sorriso de Tiago era imenso agora.
- Snape... Snape pro... Provocou Sirius... Sobre ficar em casa... Fez parecer que Sirius era um covarde.
- Ranhoso – rosnaram Tiago, Sirius e Remo, dessa vez Snape rolou os olhos para eles, sempre tão sensíveis esses Grifinorios pensou ele.
- Sirius era adulto e esperto o suficiente para permitir que zombarias tão fracas o atingissem.
- Snape parou de me dar as lições de Oclumancia! - Harry se embaraçou. - Ele me expulsou da sala dele!
- Bem isso não é algo realmente para se lamenta – debochou Sirius.
- Estou ciente disso - respondeu Dumbledore com firmeza. - Eu já disse que foi um erro não o ensinar eu mesmo, embora eu estivesse certo, naquela ocasião, que nada poderia ser mais perigoso do que abrir sua mente para Voldemort em minha presença.
- Snape tornou ainda pior, minha cicatriz sempre doeu mais depois das lições com ele - Harry lembrou que Rony pensava sobre isso - e como você sabe que ele não estava tentando me amaciar para Voldemort, tornando mais fácil para ele entrar em minha...
- Ei Harry esta certo nisso como podemos saber que ele está do nosso lado? – perguntou Arthur para surpresa de todos, embora não o conhece ele não ia com a cara de Severo Snape, sabia que no tempo de Hogwarts Lúcio Malfoy e ele foram muito chegados e o outro sempre fora do lado das trevas. Tiago e Sirius concordaram com a cabeça, Remo embora desconfiado preferiu não se pronunciar.
- Eu confio em Severo Snape - disse Dumbledore simplesmente. - Mas eu esqueci, outro engano de um homem velho, que certas feridas são muito profundas para serem curadas. Eu acreditava que o professor Snape pudesse superar os sentimentos dele a respeito de seu pai, Harry. Eu estava errado.
- Mas tudo bem, não é? - gritou Harry, ignorando os rostos escandalizados e os murmúrios de desaprovação dos retratos nas paredes. - Tudo bem que Snape odeie meu pai mas não que Sirius odeie Kreacher?
Finalmente ele falou em mim pensou Tiago.
- Sirius não odiava Kreacher - afirmou Dumbledore. - Ele o considerava um serviçal sem muito interesse ou valor. Indiferença e negligência são muitas vezes mais prejudiciais do que a antipatia direta... A fonte que destruímos esta noite disse uma mentira. Nós, bruxos, temos maltratado e abusado de nossos companheiros por muito tempo e agora estamos tendo nossa retribuição.
- ENTÃO SIRIUS TEVE O QUE MERECEU, É? - gritou Harry.
Gritou Alice sobressaltando varias pessoas que pensaram que os gritos tinham acabados.
- Diretor Dumbledore –chamou Sirius – Não é por nada não mais o senhor não vai com a minha cara?
Lily e Marlene olharam para Sirius como se ele fosse louco.
-Ao contrario Sr Black tenho o senhor na minha mais alta estima – respondeu o Diretor os olhos brilhando ao analisar Sirius.
-É reciproco – assentiu Sirius.
- Eu não disse absolutamente isso nem você jamais me ouvirá dizer tal coisa - replicou Dumbledore suavemente. - Sirius não era um homem cruel, era gentil com os da casa, com elfos em geral. Ele não tinha amor por Kreacher porque Kreacher era a lembrança viva do lar que Sirius havia odiado.
- É, ele realmente odiou - disse Harry, a voz como um chicote, virando às costas para Dumbledore. O sol brilhava dentro da sala e os olhos de todos os retratos o seguiram enquanto ele caminhava, sem se dar conta do que fazia, sem enxergar a sala. - Você o fez ficar trancado naquela casa e ele odiou, era por isso que ele queria sair na última noite...
Talvez não tão reciproco assim, pensou Sirius.
- Eu estava tentando manter Sirius vivo - respondeu Dumbledore serenamente.
- As pessoas não gostam de ser trancadas! - disse Harry em fúria, andando em volta de Dumbledore. - Você fez isso comigo durante todo o ultimo verão!
Tiago franziu o nariz gostava muito de sua liberdade imaginou que seu filho se sentiu como um bicho enjaulado
Dumbledore fechou os olhos e cobriu o rosto com suas mãos de dedos finos e longos. Harry olhou para ele mas os sinais nada habituais de exaustão ou tristeza ou o que fosse de Dumbledore não o comoveram. Ao contrário, sentiu-se ainda mais irritado por Dumbledore estar mostrando sinais de fraqueza. Ele não tinha nada que ser fraco quando Harry estava enfurecido com ele.
O diretor baixou as mãos e olhou bem para Harry através das meia-luas dos óculos.
- Chegou a hora de eu dizer o que devia ter contado a você cinco anos atrás, Harry. Por favor, sente-se. Eu vou contar tudo.
- Até que enfim – resmungou Sirius.
Peço apenas um pouquinho da sua paciência.
-Mais... Tá parei – Disse Sirius ao ver Alice o fulminado com os olhos.
Você terá a chance de se enfurecer comigo, de fazer o que quiser, quando eu terminar. Não vou impedi-lo.
Harry o olhou com fúria por um momento, então se atirou novamente na cadeira oposta à de Dumbledore e esperou.
Dumbledore encarou por um momento as faixas de terra iluminadas pelo sol do lado de fora, depois olhou novamente para Harry e disse:
- Cinco anos atrás você chegou a Hogwarts, Harry, seguro e intacto, como eu planejara e pretendera. Bem, não totalmente intacto. Você sofrera. Eu sabia que isso aconteceria quando deixei você na porta da casa de seus tios. Eu sabia que estava condenando você a dez anos escuros e difíceis.
- Então por que deixou? – perguntou Lily com raiva ao imaginar a vida de seu filho com Petúnia.
Ele se calou. Harry nada disse.
- Você deve querer saber, com razão, por que tinha que ser assim. Por que alguma família bruxa não poderia ter adotado você? Muitas o teriam feito com mais do que boa-vontade, sentiriam-se honradas e felizes por criar você como um filho. Minha resposta é que minha prioridade era manter você vivo. Você correria mais perigo do que praticamente qualquer um mas eu percebi. Voldemort havia sido vencido horas antes mas seus apoiadores, e muitos são tão terríveis quanto o próprio Lord, ainda estavam por perto, zangados, desesperados e violentos. E eu tive que tomar minha decisão, também, levando em consideração os anos pela frente. Eu acreditava que Voldemort tinha ido embora para sempre? Não. Não sabia se seriam dez, vinte ou cinqüenta anos até ele retornar mas eu tinha certeza de que ele o faria e estava certo, também, por conhecê-lo bem, que ele não descansaria até matar você. Eu sabia que o conhecimento de mágica de Voldemort é, talvez, mais extenso do que o de qualquer bruxo vivo. Eu sabia que mesmo meus mais complexos e poderosos encantos e magias de defesa não seriam suficientes se ele retomasse seu poder plenamente. Mas eu sabia, também, onde Voldemort era fraco. Então tomei minha decisão. Você seria protegido por uma antiga magia que ele conhece, a qual despreza e que, conseqüente, sempre subestimou, e pagou o preço. Estou falando, certamente, do fato de sua mãe ter morrido para salvar você. Ela deu a você proteção duradoura como ele nunca imaginou, uma defesa que flui em suas veias até hoje. Eu então pus minha confiança no sangue de sua mãe. Entreguei você à irmã dela, sua única parenta viva.
- Por isso Sra Evans – apontou o Diretor calmamente.
Lily apenas assentiu, estava chocada pelos detalhes de sua morte, mais satisfeita, pois, tinha morrido sim e isso era terrível, contudo era um imenso consolo saber que morrera pelo seu filho e conseguira salva-lo, abraçou-se mais forte a Tiago não podia deixar de sentir-se triste ao imaginar seu filho vivendo com sua irmã que com certeza não o amou.
- Ela não me ama - disse Harry de imediato. - Ela não se importa nem um pouco...
- Mas ela o recebeu - atravessou Dumbledore. - Ela pode ter ficado com você rancorosamente, enfurecida, amargamente e sem vontade mas ainda assim ela o recebeu. E fazendo isso selou o encanto que eu pus sobre você. O sacrifício de sua mãe fez dos laços de sangue o mais forte escudo que eu poderia ter dado a você.
- Eu ainda não...
- Enquanto você puder chamar de lar o lugar onde mora o sangue de sua mãe lá você não poderá ser alcançado ou ferido por Voldemort. Ela derramou seu sangue mas ele vive em você e na irmã dela, sua tia. O sangue dela se tornou seu refúgio. Você precisa voltar lá apenas uma vez por ano mas enquanto você puder chamá-lo de lar, enquanto estiver lá, ele não pode ferir você. Sua tia sabe. Eu expliquei o que havia feito na carta que deixei com você na porta da casa dela. Ela sabe que recebê-lo em casa pode muito bem tê-lo mantido vivo nos últimos quinze anos.
- Espere. Espere um momento.
Todos estavam tão concentrados na explicação que alguns chegaram a olhar para o lado pensando que fora um amigo que pedira para esperar.
Ele se sentou mais ereto na cadeira, encarando Dumbledore.
- Você mandou aquele Berrador. Você disse a ela que lembrasse, era sua voz...
- Imaginei - disse Dumbledore, inclinando levemente a cabeça - que ela precisasse se recordar do pacto que tinha selado ao aceitar você. Suspeito que o ataque dos dementadores a tenham despertado para os perigos de ter você como um filho-hóspede.
- Dementadores! – Exclamaram Sirius, Marlene, Arthur e Hagrid todos tinham pavor dessas criaturas.
- Foi, sim - disse Harry serenamente. - Bem, mais ao meu tio do que a ela. Ele queria me chutar para fora mas depois do Berrador ela... Ela disse que eu tinha que ficar.
Ele encarou o chão por um momento, depois falou:
- Mas o que isso tem a ver com... - e não conseguiu dizer o nome de Sirius.
- Cinco anos atrás, então - continuou Dumbledore, ainda que não tivesse feito pausa em sua história - você chegou a Hogwarts, não tão feliz ou bem alimentado quanto eu desejaria, talvez, mas ainda assim vivo e saudável. Você não era um principezinho mimado mas um garoto tão normal quanto eu poderia esperar sob tais circunstâncias. Até então meu plano estava funcionando bem. E então... Bem, você vai lembrar dos acontecimentos no seu primeiro ano em Hogwarts tanto quanto eu. Você triunfou de forma magnífica sobre o desafio dirigido a você e em seguida, muito mais em seguida do que eu previra, achou-se frente a frente com Voldemort. E sobreviveu novamente. Fez mais. Você retardou o retorno dele à plenitude de sua força e poderes. Você travou o combate de um homem. Eu estava... Mais orgulhoso de você do que posso dizer. Contudo, havia uma falha neste meu plano maravilhoso. Uma falha óbvia que, eu sabia, poderia arruinar tudo. No entanto, sabendo quão importante era que meu plano prosseguisse, eu disse a mim mesmo que não permitiria que esta falha arruinasse tudo. Eu sozinho pude prever isso então eu sozinho seria ser forte. E aqui estava meu primeiro teste, enquanto você estava no hospital, fraco da luta contra Voldemort.
- Com 11 anos – assustara-se Lily e Molly, quebrando o silencio do Salão que bebia as palavras de Alice.
- Não entendo o que você está falando.
- Você lembra de ter perguntado a mim, enquanto estava no hospital, por que Voldemort havia tentado matá-lo enquanto você era um bebê?
As mãos de Tiago fecharam-se em punho ao redor da cintura de Lily, não deixaria em hipótese alguma Voldemort chegar perto de seu filho, olhou para Sirius e Remo, ambos tinham os olhos em vendas ameaçadoras para as folhas.
Harry fez que sim com a cabeça.
- Deveria eu ter contado, então?
Harry fitou os olhos azuis e não disse nada, mas seu coração estava batendo como que aos pulos novamente.
- Você ainda não vê qual era a fraqueza no plano? Não... Talvez não. Bem, como você sabe, eu decidi não responder a você. Onze anos, eu disse a mim mesmo, muito jovem para saber. Nunca tive a intenção de contar a você quando você tinha onze anos. O conhecimento poderia ser demasiado para tão tenra idade. Eu deveria ter percebido os sinais de perigo, então. Devia ter perguntado a mim mesmo por que eu não ficara mais perturbado pelo fato de você já ter feito a pergunta para a qual, eu sabia, um dia teria que dar uma resposta terrível. Eu devia ter percebido que estava muito feliz para pensar em não fazer isso naquele dia em particular... Você era muito jovem, muito, muito jovem. E então chegamos ao seu segundo ano em Hogwarts. E mais uma vez você enfrenta desafios jamais encarados mesmo por bruxos adultos; outra vez você se supera além dos meus sonhos mais selvagens. Entretanto, você não me perguntou novamente por que Voldemort deixou a marca em você. Falamos sobre sua cicatriz, oh sim... Chegamos perto, muito perto da questão. Por que não contei tudo a você... Bem, pareceu-me que doze anos eram, afinal, pouco melhor do que onze para receber tal informação. Permiti a você deixar minha presença ensangüentado, exausto mas regozijado e se senti alguma pontada de desconforto por, quem sabe, o dever de ter contado a você foi rapidamente silenciada. Você ainda era muito jovem, como vê, e não encontrei forças em mim para arruinar aquela noite de triunfo... Você percebe, Harry? Vê agora onde está a falha em meu plano? Tenho caído na armadilha que previ, que havia prometido a mim mesmo poder evitar.
- Eu não...
- Eu me importei muito com você - disse Dumbledore com simplicidade. - Me preocupei mais com a sua felicidade do que com o seu conhecimento da verdade, mais com sua paz de espírito do que com meu plano, mais com sua vida do que com as vidas que seriam certamente perdidas se o plano falhasse. Em outras palavras, agi exatamente como Voldemort espera que nós, os tolos que amam, ajam. Isso é uma defesa? Eu desafio qualquer um que tenha observado você como eu, e eu o tenho feito mais de perto do que você possa ter imaginado, a não querer salvá-lo de mais dor além daquelas que você já sofrera. Que me importava se pessoas e criaturas sem nome e sem rosto pudessem ser massacradas em um futuro incerto, se aqui e agora você estivesse vivo e bem e feliz? Eu nunca sequer sonhei que teria alguém assim nas mãos. Chegamos ao seu terceiro ano. Acompanhei à distância enquanto você lutava para repelir os dementadores, enquanto você encontrava Sirius, aprendia quem ele era e o salvava.
- Como assim só no terceiro ano ele me conheceu – assustou-se Sirius – E o que esses bichos queriam comigo.
-É verdade Neville, eu ate entendo porque Harry tinha que ficar com os tios, mais por que ele não conhecia Sirius ou Remo? – Perguntou Tiago.
- Isso bem... È um assunto que prefiro deixar para depois – atrapalhou-se Neville que ainda não estava pronto para falar da prisão de Sirius – E quanto a Remo só o conhecemos no terceiro ano, quando ele foi nosso professor de Defesa contra as artes das Trevas.
- Professor – assustou-se Remo era seu sonha ser professor mais por conta se dua condição de Lobisomem pensara que nunca conseguiria.
- O melhor que tivemos – confirmou Neville.
- Parabéns – desejaram Tiago e Sirius felizes que pelos menos um deles estava vivo e realizara o sonho, as meninas também deram os parabéns a Remo assim com algumas pessoas pelo Salão que gostavam muito daquele maroto mais quieto e sereno.
Deveria eu ter contado a verdade a você quando triunfantemente libertou seu padrinho das garras do Ministério?
E a coisa só piora pro meu lado pensava Sirius.
Mas aos treze anos minhas desculpas estavam terminando. Você era jovem, mas já havia provado que era excepcional. Minha consciência não estava à vontade, Harry. Eu sabia que a hora chegaria em breve... Mas você saiu do labirinto no último ano tendo visto Cedrico Diggory morrer,
-Diggory! – gritou Amos Diggory na mesa da Corvinal, uma menina que estava de mãos dadas com ele abraçou o consolando.
tendo escapado da morte quase certa... E não contei a você embora eu soubesse, agora que Voldemort retornara, que deveria fazer isso logo. E agora, esta noite, eu soube que você estava há muito preparado para o conhecimento do qual o mantive longe por tanto tempo, porque você provou que eu deveria ter lhe dado esta carga antes disso. Minha única defesa é essa: tenho visto você lutando sob mais aflições do que qualquer outro estudante que já tenha passado por esta escola e não seria eu a trazer a você mais uma aflição, a maior de todas.
Harry esperou mas Dumbledore não disse palavra alguma.
- Eu ainda não entendo.
- Voldemort tentou matá-lo quando você era um bebê por causa de uma profecia feita um pouco antes de você nascer. Ele sabia que ela existia embora não a conhecesse totalmente e partiu para matar você enquanto era um bebê, acreditando que estava cumprindo os termos da profecia. Ele descobriu, a duras penas, que estava enganado, quando o feitiço dirigido a você foi devolvido. E assim, desde o retorno ao seu corpo e particularmente desde que você escapou dele de maneira extraordinária no último ano, ele tem estado determinado em escutar a profecia na sua totalidade. Ela é a arma que ele vem procurando tão assiduamente desde sua volta: o conhecimento de como destruir você.
O sol tinha nascido totalmente agora: a sala de Dumbledore estava banhada em sua luz. O estojo de vidro no qual repousava a espada de Godric Gryffindor refulgia branco e fosco, os fragmentos dos instrumentos que Harry jogara ao chão cintilavam como gotas de chuva. Atrás dele a pequena Fawkes fazia leves gorjeios em seu ninho de cinzas.
- A profecia está destruída - disse Harry sem forças. - Eu e Neville estávamos na sala... Onde estava guardada... Eu mexi... E então caiu...
- O que se quebrou foi simplesmente o registro da profecia feita pelo Departamento de Mistérios. Mas a profecia foi proferida a alguém e esta pessoa tem os meios de recuperá-la perfeitamente.
- Quem a ouviu? - perguntou Harry, embora tivesse a sensação de já saber a resposta.
- Eu. Em uma noite úmida e fria há dezesseis anos atrás, numa sala sobre o bar na estalagem Hog's Head. Eu havia ido até lá para examinar uma candidata ao posto de professor de Adivinhação, embora fosse contra minha vontade permitir a continuação da disciplina. A postulante, entretanto, era a tataraneta de um bruxo muito famoso e poderoso e considerei que seria um gesto de cortesia encontrá-la. Fiquei desapontado. Pareceu-me que ela não tinha qualquer traço do dom mágico. Disse a ela, cortesmente, eu espero, que não a considerava apta.
Dumbledore se ergueu e caminhou para trás de Harry, até o armário preto ao lado do pilar dourado de Fawkes. Abriu-o, destravou um fecho e tirou de dentro a rasa bacia de pedra com signos mágicos entalhados nas bordas, na qual Harry tinha visto seu pai atormentando Snape. Dumbledore voltou para trás da mesa, colocou a penseira sobre ela e colocou a varinha em sua própria têmpora. Dali ele retirou pensamentos em finíssimos fios prateados agarrados à varinha e os depositou na bacia. Sentou-se novamente e por um momento observou seus pensamentos girando dentro da penseira. Então, com um suspiro, ergueu sua varinha e tocou a substância prateada com a ponta.
Ergueu-se uma figura envolta em véus, os olhos enormemente aumentados atrás dos óculos, e se virou lentamente, seus pés na bacia de pedra. Mas quando Sibila Trelawney falou não foi com sua voz etérea, mística e sim naquele tom rouco e áspero que Harry já a tinha visto usar uma vez:
O Salão estava em completo silencio todos sentaram mais eretos em suas cadeiras para ouvir a tão famosa profecia.
- Aquele com o poder de vencer o Lord Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês... E o Lorde Negro vai marcá-lo como seu igual mas ele terá um poder desconhecido pelo Lord Negro... E um deve morrer pelas mãos do outro porquanto nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lord Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês...
Girando lentamente, a professora Trelawney mergulhou de volta na massa prateada e desapareceu.
O silêncio no interior da sala era absoluto. Nem Dumbledore nem Harry e nenhum dos retratos fez qualquer manifestação. Até mesmo Fawkes se aquietou.
O silencio do Salão Principal assimilava-se ao do livro, todos pareciam feias estatuas de pedra entalhadas com tristes expressões de pesar e medo.
- Professor Dumbledore? - disse Harry suavemente pois Dumbledore, ainda olhando para a penseira, parecia completamente mergulhado em pensamentos. - Isso... Isso quer dizer... O que isso significa?
- Isto significa que a única pessoa que pode por bem vencer Lord Voldemort nasceu no final de julho, há quase dezesseis anos. Esse menino nasceria de pais que já tivessem enfrentado Voldemort três vezes.
- Três vezes - sussurrou Lily
Harry sentiu como se algum coisa estivesse se fechando sobre ele. Respirar parecia novamente muito difícil.
- Isso quer dizer... Eu?
Dumbledore o fitou por um instante através dos óculos.
- O mais estranho, Harry, é que poderia não ser você. A profecia de Sibila, na verdade, poderia ser aplicada a dois meninos bruxos, ambos nascidos no final de julho, ambos filhos de pais que eram membros da Ordem da Fênix e haviam escapado por pouco de Voldemort por três vezes. Um deles, obviamente, era você.
Neville engoliu em seco a ver os olhos de Alice arregalassem, ele sabia o que ela estava lendo Harry lhe contara quando decidiram que ele começaria por esse capitulo, mais o que o deixava mais é que teria que conta quem era agora.
- É de você que eles estão falando? – perguntou ela com a voz engasgada, os outros apenas observavam confusos. Neville apenas assentiu.
-Mais... Eu, você... Frank – atrapalhou-se Alice
- Lice? – chamou Frank assustado.
-Qual o seu sobrenome?... Você não disse – notou Alice, percebendo isso todos olharam intrigados para Neville esquecendo momentaneamente do livro.
-Não, não disse – concordou Neville – me chamo Neville... Neville Longbottom – disse olhando nos olhos de seu pai, que nesse momento parecia chocado – sou seu filho, seu e de Alice – acrescentou sorrindo para a mãe.
Todos começaram a falar juntos, parecia ao mesmo tempo palavras de susto e felicitações de parabéns.
-Tudo bem – perguntou Lily notando os silencio dos amigos.
-SIM – gritou Alice – quer dizer acho que sim – e corou – eu me casei com Frank!
Todos riram do entusiasmo de Alice.
-Bem é um pouco confuso – falou Frank rindo da animação de sua Lice – quer dizer quase agora eu estava pronto para voar no pescoço dele se ele não saísse de perto da Lice, e agora descubro que ele é meu filho... E desse tamanho todo! – exclamou Frank.
- Bem posso lhe garanti que nasci bem pequeno... Mais não se preocupe terá nove meses para acostumar-se a ser pai quando minha mãe ficar gravida... E agora vamos vota a leitura? – disse sentando deixando o pai assustado e a mãe com um grande sorriso no rosto, de fato pensou ele fora mais fácil do que imaginara.
O outro era Neville Longbottom.
- Mas então... Mas então, por que era o meu nome na profecia e não o de Neville?
- O registro oficial foi re-classificado depois que Voldemort o atacou ainda criança. Pareceu correto ao guardião do Salão da Profecia que Voldemort só poderia ter tentado matar você porque o reconheceu como aquele de quem falava a profecia de Sibila.
- Então, poderia não ser eu?
- Eu temo - disse Dumbledore lentamente, parecendo que cada palavra lhe custava um grande esforço - que não haja dúvidas. É você.
- Mas você disse... Neville também nasceu no final de julho... E seus pais...
A voz de Alice tremia, a tensão estalou-se novamente pelo Salão.
- Você está esquecendo da próxima parte da profecia, a característica final para identificar o menino que poderia vencer Voldemort... O próprio Voldemort marcaria o menino como seu igual. E assim ele fez, Harry. Ele escolheu você, não Neville. Ele lhe deu a cicatriz que tem provado ser tanto uma benção quanto uma maldição.
- Mas ele pode ter escolhido errado! Ele pode ter marcado a pessoa errada!
- Ele escolheu o menino que parecia representar um perigo maior para ele. E perceba, Harry: ele escolheu não o sangue puro (o qual, de acordo com sua crença, é o único tipo de bruxo que deve existir), mas o sangue-ruim, como ele.
-Hã.
- Que.
-Como assim como ele. Estranharam alguns Sonserinos no que foram ignorados pelo restante o do Salão.
Voldemort se viu em você antes mesmo de tê-lo visto e, marcando-o com essa cicatriz, ele não o matou, como pretendia, mas deu poderes a você e um futuro, o que você precisou para escapar dele não uma mas quatro vezes, algo que nem seus pais nem os pais de Neville nunca conseguiram.
- Mas então por que ele fez isso? - disse Harry, sentindo uma dormência fria. - Por que ele tentou me matar ainda bebê? Ele poderia ter esperado para ver entre eu e Neville quem pareceria mais perigoso quando fôssemos mais velhos e então tentar matar quem quer que fosse...
- Este, certamente, teria sido o caminho mais prático, exceto que a informação de Voldemort acerca da profecia estava incompleta. O Hog's Head, que Sibila preferia por ser barato, há muito atraía, deve-se dizer, uma clientela muito mais interessante que o Três Vassouras. Como você e seus amigos descobriram, para o desgosto de vocês e eu para o meu naquela noite, é um lugar onde jamais é seguro supor que você não está sendo escutado. É claro que eu nem sonhava, quando saí para encontrar Sibila Trelawney, que ouviria algo tão valioso. A minha, nossa, porção de boa sorte foi o intruso ter sido percebido logo no início da profecia e colocado para fora do lugar.
- Então ele ouviu apenas...?
- Ele escutou apenas o início, a parte anunciando o nascimento de um menino em julho de pais que haviam desafiado Voldemort por três vezes. Conseqüentemente, ele não pôde avisar ao seu mestre que atacar você seria arriscar transferir poderes para você e marcá-lo como um igual. Assim, Voldemort nunca soube que poderia haver perigo em atacar você, que seria melhor esperar, aprender mais. Ele não sabia que você poderia ter poder que o Lord Negro desconhece.
- Mas eu não tenho! - disse Harry com um fiapo de voz. - Não tenho nenhum poder que ele não tenha, não poderia lutar como ele lutou esta noite, não posso possuir pessoas ou... Matá-las...
- Há uma sala no Departamento de Mistérios - interrompeu Dumbledore -, ela é mantida constantemente trancada. Contém uma força que é a um só tempo mais maravilhosa e mais terrível do que a morte, do que a inteligência humana, do que as forças da natureza. É também, talvez, o mais misterioso dos inúmeros assuntos para estudo que vivem ali. É o poder que habita aquela sala o que você tem em tamanha quantidade e o qual Voldemort não possui em absoluto. Foi esse poder que o levou a socorrer Sirius esta noite. Este poder também salvou você de ser possuído por Voldemort, porque ele não toleraria permanecer em um corpo tão cheio da força que detesta e despreza. Afinal, não importou que você não pudesse manter sua mente fechada. Foi seu coração que o salvou.
Harry fechou os olhos. Se não tivesse ido salvar Sirius, Sirius não teria morrido... Mais para retardar o momento em que teria que pensar em Sirius novamente, Harry perguntou, sem ligar muito para a resposta:
- O final da profecia... Era algo sobre... Nenhum poderá viver...
- ...enquanto o outro sobreviver - completou Dumbledore.
- Então - disse Harry, escolhendo as palavras no que sentia ser uma porção de desespero dentro dele -, então isso significa que... Que um de nós tem que matar o outro... No fim?
Em Uníssono com se fosse um movimento sincronizado de uma dança antiga todos no Salão prenderam a respiração.
- Sim.
Não ouve respirações aliviadas, apenas suspiros e pesar e as expressões de horror de Tiago e Lily.
Por muito tempo nenhum deles falou. Em algum lugar muito além das paredes da sala Harry podia ouvir o som de vozes, estudantes descendo para o café da manhã, talvez. Parecia impossível haver pessoas no mundo que ainda desejassem comida, que rissem, que sequer tivessem conhecido Sirius Black ou soubessem que ele se fora para sempre. Sirius parecia estar já a um milhão de milhas; mesmo agora uma parte de Harry ainda acreditava que se ele apenas tivesse puxado o véu teria encontrado Sirius olhando para ele, saudando-o, talvez com sua risada semelhante a um latido...
- Sinto que lhe devo outra explicação, Harry - acrescentou Dumbledore, hesitante. - Você talvez tenha se perguntado por que nunca o escolhi como monitor? Devo confessar... Você tinha responsabilidades demais para isso.
Harry olhou para ele e viu uma lágrima caindo pelo rosto de Dumbledore, indo se perder em sua longa barba prateada.
Não houve silencio dessa vez, ao contrario o burburinho pelo Salão parecia um casulo de abelhas furiosas, todos queriam falar, comentar, expressar seus medos ou simplesmente falar por que ficar calado deixava a mente em ação então tudo ficaria bem pior e o medo do futuro os afogaria.
Tiago e Lily agarravam-se um ao outro com se fossem bote salva vida, também não queriam pensar no futuro, não queriam analisar o quanto seu filho sofrera nem o quanto sofreria por conta da profecia.
- Acho que por hoje chega, por favor, para vão para suas salas comunais – pediu o Diretor Dumbledore que parecia alguns anos mais velhos, com o olhar um mais cansado.
Tiago e Lily seguiram de mãos dadas com Sirius e Remo um de cada lado, o primeiro de mãos dadas com Marlene, seguidos por Alice, Frank, Neville e Arthur agarrado com Molly.
"Sirius black; Querido Alfomadinhas esse capitulo é dedicado especialmente a você um dos homens mais leal e corajoso que tivo o prazer de ler sobre"
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