O ENCONTRO.
CAPÍTULO 16:
O ENCONTRO.
Voldemort surpreendeu-se, mas não perdeu tempo. Apontou para Gina dizendo:
- Estuporaça!
Harry viu, desesperado, Gina cair desfalecida. A varinha jogada longe.
- Ora, ora! O que temos aqui, Potter! Sua amiguinha não quis deixá-lo morrer sozinho! Então ainda são ligados ?... Você conseguiu me enganar... Depois que o filho de meu amigo contou que estavam separados, abandonei o plano de pegá-la e decidi vir direto a você.
O estômago de Harry borbulhou de raiva, - Malfoy! Concentrando-se para controlar a dor, conseguiu falar:
- Deixe ela, não tem nada com isso!
- É claro que tem. Você foi capaz de superar-se, me enganando, suponho que para protegê-la. E você tinha razão Potter. Eu realmente mandei Dolohov para pegá-la. Ele estragou tudo, mas já foi castigado...
- Por que a Gina?
- Tolo! Sempre posso contar com sua mania de herói! Viria até mim para salvá-la! E longe dela você enfraqueceria. De qualquer forma, Potter, nem sua grande sorte vai me impedir de realizar a profecia agora. Mas como foi esperto o suficiente para enganar até a Lord Voldemort vou lhe conceder um prêmio. Você vai assistir eu me divertir com sua amiguinha antes de morrer!
Dando as costas à Harry, apontou as duas mãos para Gina, que contorceu-se em agonia, chorando baixo. Harry buscou por ajuda, mas como fora da redoma a confusão e a luta continuavam, tinha que encontrar uma saída sozinho. Sua varinha e a de Gina não teriam efeito sobre o bruxo agora, mesmo que pudesse apanhá-las. Obrigou-se a pensar, enquanto via Voldemort lançar um feitiço que deixava marcas na pele de Gina como se fosse um chicote, rindo debochado. Os olhos de Harry caíram sobre as pedras. Levou apenas alguns segundos para decidir.
Estirando-se o mais que pôde, colocou uma mão sobre cada pedra. O calor destas queimou-o, mas Harry manteve-se concentrado no pedido que fez com toda sua fé:
- Alguém ajude! Por favor! Ele vai matá-la! Vai matar a todos...Eu não posso fazer nada contra ele e Sonserina juntos...
Então teve uma inspiração. Agarrando com mais força as pedras pediu de novo:
- Me ajude! Por favor!
Uma névoa semelhante à de Voldemort, mas de cor dourada, saiu das pedras e, envolvendo Harry, ergueu-o do chão. Ele sentiu suas dores diminuírem, embora os ferimentos permanecessem. -“O que eu faço?”-, pensou, e como se estivesse falando ao seu lado, uma voz sem som respondeu:
- “Ataque-o!”
Harry ergueu a mão e o feitiço atingiu Voldemort nas costas. Ele virou-se, surpreso e irado, e os dois bruxos se encararam, não se podendo dizer qual olhar carregava mais ódio. O duelo que se seguiu ficaria marcado na mente dos que assistiram e na história de Hogwarts. Ambos atacavam e se defendiam, cada vez com mais força, os feitiços voando em raios de suas mãos, enquanto moviam-se pela redoma.
Mas Harry estava machucado, a perda de sangue enfraquecendo-o, e a névoa não parecia poder ajudá-lo fisicamente. Sentiu que Voldemort começava a levar a melhor. – “ Ele vai vencer, não vou agüentar muito mais...” .
- “A jovem mulher! Você precisa de sua ajuda!”
Sempre atacando Voldemort, Harry moveu-se até Gina, e erguendo-a com um só braço, pediu:
- Gina, acorde! Preciso que me ajude!
A garota abriu os olhos, olhou de Harry para Voldemort, e instintivamente fechou sua mão sobre a que atacava de Harry . O raio que saiu das mãos juntas era mais forte e brilhante que os de Voldemort, e o atingiu no peito, derrubando-o de costas no chão. A névoa cinzenta deixou-o, pairando no ar sobre as pedras. Voldemort levantou-se com dificuldade mas, mesmo derrotado, ainda ameaçou, antes de desaparecer em meio a chamas:
-Isso não acaba aqui, Potter! – E sumiu.
Harry sentiu a névoa dourada deixá-lo, enquanto escutava a voz sem som:
-“Retornaremos agora. Este não é nosso lugar e nem nosso destino.”
As duas névoas foram engolidas pelas pedras, que perderam o brilho, adquirindo uma aparência escura e mal tratada. Harry só conseguiu deitar Gina no chão, enquanto a redoma brilhante desaparecia, dando passagem a Dumbledore e Hagrid, antes de perder os sentidos, entregando-se grato à escuridão.
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