...NOITE ASSUSTADORA



CAPÍTULO 15:



...NOITE ASSUSTADORA.



A mesa dos professores estava excepcionalmente vazia aquela noite. Dumbledore e Snape ainda não haviam retornado e, como era lua cheia, o sumiço de Lupin não era novidade. Hagrid também não se encontrava e Harry imaginou aonde andaria o amigo.



Sentou-se com Rony e Mione para jantar, escutando distraído a mais uma discussão dos dois. A ferroada em sua cicatriz foi tão forte que lhe embaçou a visão. Largando os talheres segurou a cabeça enquanto dizia em tom urgente aos amigos:



- Ele está perto. Muito perto.



O que aconteceu em seguida foi tão rápido que não houve tempo para defesa ou fuga. Escutaram gritos no hall de entrada e então, vários bruxos encapuzados entraram no salão, estuporando os estudantes em seu caminho - Comensais da Morte. Os alunos entraram em pânico, instalando o caos. Harry sacou a varinha das vestes e pulou por sobre a mesa, dizendo para Rony:



- Corram! Levem os outros!



Correu para junto dos professores que enfrentavam os invasores, ao mesmo tempo que tentavam por a salvo os alunos. Mas os Comensais estavam em maior número, e logo os feitiços voavam em todas as direções em vários duelos. Moody, liderando a defesa, duelava com dois comensais ao mesmo tempo. Harry tentou aproximar-se da bruxa que, mesmo sem ver-lhe o rosto, foi capaz de reconhecer na hora, Belatrix Lestrange, a comensal que matara Sirius.



Porém, a dor em sua cicatriz e o pressentimento que lhe correu a espinha paralisaram-no, e ele olhou para a porta.. Avançando calmamente em sua direção, sem tomar conhecimento da confusão ao redor, vinha Voldemort. Mas não Voldemort como Harry lembrava-se dele. Embora o rosto viperino permanecesse o mesmo, passava agora uma sensação maior ainda de maldade e poder. Á sua volta, uma estranha névoa, de um cinza brilhante, envolvia-o como uma áurea. A névoa partia de duas pedras, planas e ovais, de grande brilho, que flutuavam às suas costas. Ele conseguira, realizara o feitiço.



Harry virou a varinha para ele, mas com um simples gesto de mão, Voldemort desarmou-o, dizendo calmamente:



- Crucio!



A dor foi mais forte do que nas outras vezes, e Harry caiu de joelhos.



- Então Potter, achou realmente que eu não viria me divertir com meus novos poderes, eliminando você?



Aproximou-se mais, ficando a apenas alguns passos do rapaz e as pedras assentaram-se no chão, continuando a banhá-lo na luz cinza. Harry olhou em volta, mas os professores não podiam socorre-lo.



- Não Potter, hoje eu vou acabar com a mosca incômoda que você é, e ninguém vai ajudá-lo. Trouxe alguns truques novos para te ensinar.... Simplesmente matá-lo já não é suficiente...



Harry tentou se levantar, causando a gargalhada fria de Voldemort. Erguendo uma das mãos, ele elevou-o do chão, aplicando-lhe o mesmo feitiço de seu sonho. Harry sentiu o chão sumir, o cérebro embotado com tanta dor e raiva.



- E não espere que seu salvador, Dumbledore, apareça. Matei um servo leal, embora estúpido, e plantei uma pista engenhosamente falsa para afastá-lo de você. Valeu a pena! – A cada palavra indicava uma parte do corpo de Harry, cortando-o, e ele sentiu o sangue escorrer.



Com outro gesto das mãos, fez Harry cair no chão com violência e o rapaz teve certeza que seus joelhos tinham quebrado.



- Não queremos interferência em nosso encontro não, é fedelho? Vou cuidar para que ninguém se intrometa dessa vez. – Ergueu as mãos e conforme elas subiam criavam a volta uma redoma brilhante que isolava-os dos demais.



Mas ele não foi rápido o suficiente. Uma estudante que ficara escondida, assistindo horrorizada a conversa, percebendo o que estava para acontecer, atirou-se para junto de Harry. Gina Weasley acabara de se trancar na redoma junto com Harry Potter e Lord Voldemort.







Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.