Depressão Total...
PÉSSIMA! Faz uma semana que...aconteceu, mas eu ainda estou péssima. Foi HORRÍVEL! HORRÍVEL E HORRÍVEL! Tanto que eu fiquei uma semana sem escrever.
Não foi exatamente minha culpa, mas ainda assim me sinto extremamente culpada com o que aconteceu. Droga! Por que isso teve que acontecer?
Não me sinto totalmente preparada para falar sobre isso, mas lá vai...
Foi no sábado, no dia da visita a Hogsmeade. Eu estava radiante, afinal...demorou, mas eu finalmente estava namorando o Harry.
Depois de me arrumar, eu desci para o salão Comunal e o Harry estava me esperado. Quando ele me viu, sorriu e eu sorri de volta. Ao chegar perto o suficiente, ele me puxou para um beijo longo.
-Eu odeio interromper vocês. –era a voz de Hermione –Mas se eu não fizer isso, vocês chegarão atrasados para o café da manhã.
Eu e o Harry nos soltamos meio constrangidos, mas a cumprimentamos com grandes sorrisos, ao que ela respondeu:
-Estou vendo que é um bom dia pra vocês.
-Tem razão, Mione. –Harry disse.
-Cadê o Rony? –eu perguntei.
Hermione suspirou e balançou a cabeça negativamente:
-Aquele esfomeado! Já está lá se empanturrando no Salão Principal. Mas tudo bem, eu já o conheço o suficiente para me importar com algo como isso.
Daí fomos o Harry e eu (de mãos dadas, muito fofo!) junto com a Mione pro Salão Principal.
Tomamos café e eu me senti observada por vários pares de olhos. Até aí tudo bem.
Os Monitores que patrulhariam Hogsmeade seriam eu, a Mione, o Rony, o Malfoy, a Susana Bonés e o Justino Finch-Fletchey. Nos encontramos na porta do Saguão de Entrada e fomos pra Hogsmeade.
Eu fiquei puta da vida (e o Rony não gostou nem um pouco também) quando descobri que a patrulha seria feita por duplas e a minha dupla era o Malfoy.
“Droga! Minha 1ª prova de fogo.” Foi o que pensei.
A tarefa que eu e o Malfoy tínhamos, era não deixar nenhum estudante sair do perímetro urbano de Hogsmeade. Então ficamos aonde havia as últimas casas, perto de u morro.
-Você não podia ter feito isso, Gina. –o Malfoy me falou e estava parecendo muito sério.
-Isso o quê? –eu perguntei, mas já tinha idéia do que ele estava falando.
-Não seja cínica. Pensa que eu não vi você com o Potter? Tão meloso que chegava a dar náuseas.
-Eu não te devo satisfações da minha vida, Malfoy.
-Eu sei que não. –ele respondeu –Mas você ficou comigo e no outro dia aparece namorando o Potter? Isso não se faz, Gina. Me deu esperanças pra depois despedaçar o meu coração.
-Não tenho culpa disso. Eu me deixei levar pelo momento, Malfoy e você sabe muito bem disso.
A minha intenção era ser fria e seca com o Malfoy, pra ver se ele se tocava e me deixava em paz. Eu pensei que tinha conseguido o meu intento, mas tudo que o Malfoy fez foi dar um sorriso sarcástico ao perguntar:
-O que o seu mais novo namoradinho disse sobre o presente que eu te dei?
Naturalmente o Malfoy falava da tiara sobre a minha cabeça. Sim, eu estava usando ela.
-Ele disse que era uma bela tiara, mas não fez perguntas. Agora, eu não acho certo ficar com ela. Penso que você devia aceitá-la de volta.
Eu fiz menção de tirá-la, mas o Malfoy não deixou:
-E eu penso que você não sabe como é deselegante devolver um presente? É sua e acabou.
-Minha? Você vai querer alguma coisa em troca pelo que te conheço.
-Não em troca. –disse com o olhar ilegível –Voltem daí se não quiserem que a Lufa-lufa perca pontos. –acrescentou para os dois terceiranistas da Lufa-lufa.
Eu observei os lufa-lufa se afastarem e então perguntei:
-O que quis dizer com isso, Malfoy?
-Draco.
-Que seja!
-Eu não desisto fácil, Gina. –ele disse e foi se aproximando perigosamente de mim.
Eu fui andando de costas até encostar num portão e não ter saída:
-Fica longe de mim, Draco. Por favor.
Ele pegou os meus dois braços e segurou-os contra as barras de metal do portão:
-Por quê? Tem medo de não resistir? –perguntou e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço.
-Pára com isso, Draco... Pára, por favor... Eu não vou trair o Harry!
Nessa hora ele encostou os lábios dele nos meus. Eu mantive meus dentes cerrados e usei todo o meu autocontrole pra resistir à língua dele que forçava passagem. Me debati, tentando me soltar, mas não consegui. Então eu dei um pisão no pé dele, fazendo com que finalmente ele me soltasse.
-agora quem sabe você aprende a não me beijar à força.
Ele deu um sorriso debochado que me deixou morrendo de raiva. O que fiz a seguir foi automático, dei um tapa estalado na face esquerda dele. Pude até ver a marca vermelha que meus dedos estamparam. Os olhos dele se estreitaram perigosamente e um brilho misterioso passou por eles. Ainda assim o desgraçado sorria ao dizer:
-Tapa de amor não dói, Gininha...
-Eu não te amo, Malfoy!!! –eu gritei convicta.
-Não, é? E quem é que você ama então? O Testa Aberta? Eu sou muito melhor que ele, eu te daria qualquer coisa...
-Não amor. O Harry me ama, Draco e você não sabe o que é isso.
O Malfoy segurou as minhas mãos nas dele e me olhou profundamente:
-Defina amor. –ele me pediu.
Eu corei, mas respondi:
-É difícil explicar o que é o amor. É um sentimento de entrega. Ser capaz de abdicar de muitas coisas em favor da pessoa que se ama. Querer sempre estar por perto, apoiando a pessoa amada. Você tem idéia do que é isso?
-Tenho. –ele respondeu e eu assisti os olhos dele se fecharem, ao mesmo tempo que encostou os lábios no meus.
Eu pisquei por várias vezes (totalmente confusa) e então fechei meus olhos também.
Não era pra eu ter correspondido, mas ele estava me beijando de maneira tão carinhosa, que eu não pude resistir.
Eu nunca imaginei que o Malfoy soubesse beijar desse jeito, como se não houvesse segundas intenções e ao mesmo tempo carregado de um desejo sincero de estar ali.
Mas de repente eu me toquei que quem eu estava beijando era o Malfoy e isso era trair o Harry! Então eu parei e me afastei dele:
-Nunca mais faça isso, Malfoy!
-Olha nos meus olhos e diga que não queria.
-Eu sou namorada do Harry. Quero distância de você! –eu respondi.
Sei que estava sendo dura com o Malfoy, mas eu precisava ser. Não podia dar esperanças pra ele.
-Não vou desistir tão fácil assim.
-Pois deveria.
Depois disso não nos falamos mais, apenas repreendemos ½ dúzia de alunos que queria sair dos limites de Hogsmeade e apreendemos alguns artefatos que eram proibidos em Hogwarts (Gemialidades Weasley).
Quando o meu horário da ronda havia acabado, eu disse:
-Já deu o horário, Malfoy. Eu vou indo.
-espera, Gina! Não quer ir comigo ao Três Vassouras?
-Não, eu prometi que encontraria o Colin e a Susan na Dedosdemel.
-Com o Creevey? E o Potter Perfeito?
-Não que eu devesse te dizer...Mas o Harry está com o Simas e o Dino.
-E ele prefere andar com dois marmanjos do que com a própria namorada? Que veado!
Eu não me controlei! Novamente bati no Malfoy. Quem ele pensa que é pra dizer isso do Harry?!?
-Você gosta mesmo de apanhar, Malfoy!
-eu já disse que tapa de amor não dói.
-Por acaso é masoquista?!?
Ele tinha um olhar ilegível e respondeu num tom que sinceramente não respondeu a minha pergunta:
-Talvez...Só há uma maneira de você descobrir, não é mesmo?
-E eu não estou interessada nesse modo. E vê se não me segue!
Daí eu fui embora. Olhei pra trás pra ver se ele estava me seguindo. Não havia nem sinal do Malfoy. Como eu não creio que ele tenha sido abduzido ou tragado pela terra...Bem, eu acho que ele deve ter aparatado. Pra onde? Ah, isso eu não sei.
Susan e Colin estavam me esperando do lado de fora da Dedosdemel:
-Achei que não viesse mais. –Colin declarou.
-É mesmo. –Susan concordou –O Malfoy te atrasou? –ela perguntou num tom inocente, mas piscou um olho, revelando segundas intenções.
Eu fiquei vermelha:
-Aquele chato! Estava me enchendo o saco! Oh garoto insuportável!!!
-Sei... –ela respondeu.
-Não importa. O que vale é que a Gina já chegou.
-Valeu, Colin.
-Disponha. –ele respondeu abrindo um grande sorriso.
-Colin! –Susan reclamou –Até quando vai ficar admirando a Gina?!? Os doces nos esperam! –disse com os olhos brilhando de fanatismo. Sim, a Susan é fanática pela Dedosdemel. Ou melhor, pelos doces dela.
Então finalmente adentramos a loja. Nosso dinheiro foi embora e compramos tantos doces quanto podíamos carregar.
Tínhamos acabado de sair da loja (carregados de sacas de doces)... Quando estávamos passando na frente de um beco, eu senti mãos taparem a minha boca e me puxarem para dentro do beco.
Não havia ninguém por perto (a não ser o Colin e a Susan). Os dois viram o que aconteceu. Ela saiu gritando por ajuda, mas o Colin entrou no beco e me defendeu:
-Solte a Gina, seu Comensal maldito!
Era um Comensal. Usava vestes longas e negras, um capuz e uma máscara. O Comensal não se moveu um milímetro, apenas apontou sua varinha para o Colin quando viu a varinha do meu amigo apontada pra ele.
-Deixe ela em paz! Só vai matá-la por cima do meu cadáver!!!
-Não, Colin! FUJA!!!
-Eu te amo, Gina! Não posso te deixar aqui.
O Comensal deu uma gargalhada sem emoção:
-Patético! Foi você quem pediu, Creevey! Vá pro inferno!!!
-Expelli... –Colin ia dizendo.
-Avada kedavra! –o Comensal foi mais rápido.
-NÃO!!! –eu gritei e comecei a chorar –Seu ESTÚPIDO! ANIMAL! Me mate de uma vez! Seu covarde! Por que matou o meu melhor amigo?!? –indagou esmurrando o tronco do Comensal.
Ele segurou os meus pulsos:
-Cale a boca, Weasley e vem comigo!
Eu não conhecia aquela voz, mas o jeito de falar me era familiar:
-Eu, ir com você?!?! Mas nem amarrada!!! SOCORRO!!!!!
-Silencio. –ele me enfeitiçou e minha voz não saía mais –Incarcerous! –e cordas amarraram os meus pulsos e tornozelos.
“Pronto! Esse desgraçado vai me torturar e matar! Droga! Nem gritar por socorro eu posso.” Foi o que pensei naquela hora.
O Comensal me colocou em seus braços e desaparatou comigo. Instantes depois aparecemos no que pareceu ser um porão.
O local era bem escuro e havia uma lareira que o Comensal logo acendeu. A seguir ele trancou a porta com um “Colloportus” e em seguida deitou-me num velho sofá que ali estava.
“OH, NÃO!!! Esse doido vai me estuprar! O QUE EU FAÇO?!?” eu pensei desesperada e meus olhos estavam arregalados de horror, transmitindo o quão amedrontada eu estava naquele momento.
Eu acho que ele percebeu como eu me sentia, pois falou:
-Calma, Weasley! Eu não vou abusar de você... –disse lentamente –Sua pirralha! –acrescentou –Accio varinha. –e a minha varinha que ainda estava num de meus bolsos, voou para a mão dele.
Ele içou andando de um lado a outro chorava. Colin era o meu melhor amigo. Eu não queria que ele se arriscasse por mim. Senti-me ultra culpada, um lixo... Por minha causa o Colin está morto.
As cordas estavam me machucando.
-Promete não tentar fugir? E nem me agredir?
Eu pensei um pouco e então fiz que sim com a cabeça. Aquelas cordas realmente estavam incomodando.
-Diffindo. –e as cordas foram cortadas.
Eu tentei fazer mímica tentando perguntar porque ele tinha me trazido ali, mas o Comensal não entendeu:
-Promete não gritar? –ele perguntou e eu fiz que sim –Finite incantatem.
-Pr que me trouxe aqui –eu perguntei enxugando as lágrimas –O Colin era meu amigo!
Eu me sentei melhor no sofá e o Comensal sentou-se ao meu lado:
-Eu não vou te matar. E sinto muito pelo seu amigo... Eu precisava te tirar dali, aquela era uma zona de perigo. Está havendo um ataque contra Hogsmeade.
-Por que me salvou? Quem é você? Você disse Creevey antes de matar o Colin, sabia quem ele era. Eu te conheço?
-Conhece... –respondeu vagamente.
-Eu conheço um Comensal da Morte? –perguntei surpresa.
-Mais do que você pensa...
-Você é aluno de Hogwarts? –eu perguntei e ele lentamente fez que sim –Você tem a Marca Negra? Eu osso ver?
O Comensal bufou e lentamente levantou a manga esquerda. Eu vi, do lado interno do braço esquerdo dele estava o crânio com uma serpente saindo da boca. Eu toquei a tatuagem e ele afastou o braço como se tivesse queimado:
-O que foi? –eu perguntei, enquanto ele baixava a manga das vestes rapidamente.
-Queima. É como se o Lord das Trevas soubesse que estou sendo tocado pela pessoa que amo. Ele abomina o amor mais que tudo.
-Você me ama? Quem é você?
-Você vai me odiar por ter matado o Creevey. Não posso dizer quem sou. Eu seria expulso de Hogwarts e morto pelos Comensais por ter te salvado.
-Não verdade... Eu acho que sei quem é você, mas a voz não é a mesma...
-Sabe, é?
-O que fez com a sua voz, Malfoy?
-Co... Eu...não sou ele, Weasley... –ele respondeu distraído e eu aproveitei para puxar a máscara.
-Não brinque! Mas é claro que... Zabini?!?
-Por que fez isso, Gina? EU só queria te proteger... Agora vou pagar com minha própria vida. –ele falou e agora sim a voz era a que eu me lembrava do Zabini ter –Ou eu teria que te matar pra manter o silêncio. Mas eu não posso te matar... Eu te amo!
Eu suspirei pesadamente:
-Não contarei a ninguém. Eu lhe devo a minha vida, considere isso como forma de pagamento. Levarei esse segredo para o túmulo. Apenas esqueça que eu existo.
-Mas Gina...
-Temos um trato ou não? –eu perguntei, inflexível.
-Com uma condição.
-Qual?
-Um último beijo.
-E promete me deixar em paz?
-Prometo.
-Eu aceito a condição.
Então ele juntou os meus lábios aos dele. Não parecia nem um pouco com o beijo que tinha acontecido na festa do sábado à noite. Parecia com o beijo do... Mas não, impossível!!! Talvez seja diferente apenas por ser um beijo de despedida.
Quando eu finalmente consegui fazê-lo parar, ele disse:
-O ataque já deve ter acabado.
-Como eu faço pra sair daqui? –eu perguntei.
-Eu vou aparatar com você até o final de Hogsmeade. De lá você vai para Hogwarts.
O Zabini me abraçou pela cintura e aparatamos. Ele devolveu minha varinha.
-Não conte nada sobre mim e hum... se cuida.
Eu não respondi. Apenas virei as costas e saí andando. Ainda estava abalada com a morte do Colin.
Eu andava rápido e de cabeça baixa e quase gritei quando senti alguém me tocar o ombro. Virei-me e era o Harry:
-Ah, Harry! –eu exclamei, o abraçando forte –Que bom que está vivo, que está bem. Eu tive tanto medo!
-Já passou, Gi. –ele falou carinhosamente, afagando os meus cabelos –Por onde você andou? EU estava muito preocupado! Cheguei a recear o pior...
-O Colin morreu. –eu falei de repente –Assassinaram ele na minha frente, Harry! O meu melhor amigo... A culpa foi minha! Se ele não estivesse comigo...
-O que aconteceu, Gi? –ele perguntou suavemente.
-Eu não quero falar sobre isso agora, Harry. Onde estão o Rony, a Mione e a Susan? Eles... –e a minha voz morreu.
-Eles estão bem.
-Eu quero voltar pra Hogwarts. Não agüento mais ver como as coisas por aqui foram destruídas e corpos pelo chão...
-Vai ficar tudo bem. –o Harry disse me conduzindo à caminho da escola –Eu vou cuidar de você. Eu sei o quanto é difícil ver uma pessoa querida ser morta na sua frente.
-Obrigada, Harry...
Pois é. Isso foi há uma semana e eu não consegui me recuperar direito do choque. Mas de qualquer forma, a vida continua...
10 motivos para que eu volte ao normal:
1-) Ninguém mais me agüenta me ver com cara de enterro (apesar de eu não ser a única)
2-) Eu tô muito chata e abusando da boa vontade das pessoas que estão me ajudando
3-) O Rony não briga mais comigo e isso depois de um tempo se torna um tédio
4-) O Malfoy não pára de tentar me animar com presentes (que eu tenho que esconder do Harry ou arranjar uma desculpa) e cartas melosas (sim, eu disse cartas melosas. Aquele garoto tem sérios problemas mentais. Problemas que produzem poemas lindos, mas...)
5-) A Mione até se dispôs a fazer um feitiço anima em mim
6-) A Susan, a Agatha, a Sophie e Carol começam a chorar ao me verem nessa situação e se lembrarem da morte do Colin
7-) Meus pais estão preocupados
8-) Até o Percy me mandou uma carta extensa (e chata) para tentar me animar
9-) Fred e Jorge tentaram me enviar Gemialidades Weasley e Filch destruiu todas, ou seja, eles perderam uma mercadoria que poderiam ter vendido
10-) Coitado do harry... EU PRECISO voltar ao normal ou aquelas olheiras se tornaram permanentes nele e eu devo dizer que elas não ficam bem. EU QUERO O HARRY FELIZ! Mas ao que parece, a felicidade dele depende da minha.
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