Os embalos (impulsos) de sábad
Capítulo 4: Os embalos (impulsos) de sábado à noite
Sábado amanheceu chuvoso e me deu preguiça de sair da cama. Eu disse que me deu preguiça, certo?
Pois quando eu lembrei que hoje é o dia de ir a festa com o Malfoy, bem,,,deu desânimo. Só levantei umas 9h da manhã (depois de Susan insistir muito). Ela não pode ver ninguém na cama fora de horário que já vai “buzinar” no ouvido da pobre pessoa. Tirando isso, ela é legal.
Enquanto estava no banheiro, eu estava pensando em quanto a Mione tinha sido legal ao preparar pra mim uma poção pra dormir sem sonhar.
Mas tem o lado ruim, aquela poção é tão forte que me faz dormir como uma pedra e as meninas tem que gritar e me chacoalhar pra que eu acorde. Ainda assim eu sou realmente grata à ela (eu e meus olhos que antes da poção, mal se agüentavam abertos). Que Merlin abençoe a Hermione, gostaria de fazer alguma coisa pra retribuir o favor...
Eu tinha terminado de me arrumar e estava prestes a sair quando vi a Agatha sentada em sua própria cama enquanto me observava:
-Que susto, Agatha!
-Como vai? Tem andado mais arrumada ultimamente.
Bem, isso é verdade. Mas é que eu tenho que estar à altura do Harry. Ele já terminou com a Parvati e ela fez um escândalo dizendo que ia tornar um inferno a vida de qualquer garota que se aproximasse dele. Ora, ela que tente e verá com quantos paus se faz uma vassoura!
De qualquer jeito, eu estou fazendo charminho e enrolando pra dar a resposta pro Harry...
Foi nessa hora que a Agatha falou:
-Alô! Hogwarts chamando Julieta! Ainda não me respondeu como vai.
-Em 1° lugar, meu nome não é Julieta e em 2°, eu vou bem.
-Imagino, mas não é disso que eu quero saber.
-Então o quê? –eu perguntei impaciente.
-Quero saber a roupa que vai usar na sua grande noite com Romeu.
Sinceramente, naquela hora eu achei que a Agatha tinha batido a cabeça:
-Do que é que você está falando, Agatha? Eu não conheço nenhum Romeu e que grande noite é essa?
Agatha suspirou:
-Nunca leu Romeu e Julieta?
-Não, mas a Carol já me contou a história. Mas o que isso tem...
-Malfoy e Weasley não te diz nada?
-O que você está insinuando? –eu perguntei indignada –EU NÃO TENHO NADA COM...o Malfoy.
-Não é o que parece, você vai sair com ele hoje à noite.
-Como é que soube?
-A Carol...
-Tinha que ser!
Como pude esquecer que a Carol ia ficar de olho em mim?
-Ah, Gina, não se preocupe tanto. Ele tá a fim... Bem, eu andei te seguindo e vi vocês dois juntos.
Juntos entre aspas. Volta e meia eu estava fazendo o meu caminho tranqüilamente pelos corredores e quando não tinha ninguém... Advinha só? O Malfoy vinha conversar comigo e o pior de tudo é que era muito perigosa a distância que ele ficava de mim. Por umas 3 vezes nossas bocas estiveram a 1 ou 2 dedos de se tocarem.
Pelo menos o Malfoy faz isso longe do público.
Agora o Zabini...Ele deu em cima de mim descaradamente até na frente do Rony e o resultado não foi muito bom. Eles duelaram no Salão Principal. ISSO É LOUCURA!!! E foram separados por Snape e Mcgonagall. Cinqüenta pontos foram tirados da Grifinória e outros 50 da Sonserina. Oh, Merlin e a culpa é minha! Além disso, o Rony e o Zabini terão que cumprir detenção por uma semana.
-Eu não estou com o Malfoy!
-Então está com o Zabini? Eu vi a briga que ele e o seu irmão tiveram no meio do Salão Principal. Como é que você conseguiu conquistar o Zabini e principalmente o Malfoy que te abominava? Isso devia entrar para “Hogwarts: Uma história”. É visível que os dois estão caindo de amores por você.
Eu a fuzilei com o olhar:
-Eu disse pra você parar de usar penas com cheiro, deve ter subido pra cabeça. É óbvio que eles querem fazer alguma maldade comigo, mas eu não vou deixar.
-Deixe as minhas penas fora disso. Nós estamos falando de dois sonserinos que de repente parecem estar apaixonados por você.
-Então, Agatha! Isso é suspeito demais.
-Concordo, mas parece ser verdadeiro. Gina, eu posso te ajudar a se arrumar hoje à noite?
Ela adora esse tipo de coisa, então eu resolvi ser boazinha:
-Pode, mas com uma condição.
-Qual?
-Não conte pra ninguém onde e com quem eu vou hoje.
-Sem problemas. O Malfoy pessoalmente é tão intragável quanto dizem? Por que seria um desperdício, já que ele é lindo e merece a fama de um dos mais cobiçados de Hogwarts.
-Bem, ele é muito bonito mesmo. O Malfoy tem me tratado melhor, sabe? Não me chama mais de Weasley Pobretona e nem diz coisas desagradáveis dobre a minha família.
-É um começo. Você vai ficar com ele?
-Não. –eu respondi automaticamente.
-Então quem tem mais chances? Ele ou o Zabini?
-Nenhum dos dois. O Harry me pediu em namoro e eu pretendo aceitar.
-Parabéns, Gina! Você sempre quis que isso acontecesse. Gina Weasley está poderosa, hein? Tem os três garotos mais lindos de Hogwarts aos seus pés. –eu fiquei vermelha –Pelo menos não pretende ficar com os três. Assim ainda sobram dois para nós, as pobres mortais.
-Não exagere, Agatha! Quero ir tomar café, o meu estômago está realmente roncando.
Ao chegar ao Salão Principal, eu olhei pra mesa da Sonserina (por curiosidade). Vi o Malfoy e o Zabini e eles sorriram pra mim, eu fingi que não vi. O sorriso do Malfoy era presunçoso, arrogante e satisfeito. O do Zabini era simpático, cordial e atraente. Estranho isso, porque na minha opinião o Zabini é quase uma cópia do Malfoy em personalidade.
Sentei-me de costas pra mesa da Sonserina e peguei algumas torradas:
-Você viu o jeito que eles te olharam? –Agatha perguntou visivelmente impressionada.
-Eles quem? –eu perguntei distraidamente.
-O Zabini e o Malfoy, é claro.
Eu arregalei os olhos:
-Baixa essa voz, caramba! Desse jeito você me compromete.
Olhei para os lados e as pessoas que ainda estavam na mesa da Grifinória (era um pouco tarde pra estar tomando café), estavam a uma certa distância:
-Ufa! –eu disse e tomei um gole de suco de abóbora –Que bom que ninguém te ouviu.
-Ah, Gina! A escola inteira sabe que o Zabini tá atrás de você. Acha realmente que faria alguma diferença se tivessem me escutado?
-Sim! –eu respondi sem hesitar –Você mencionou o Malfoy também, lembra-se?
-O que é que tem o Malfoy? –Harry chegou perguntando.
Nessa hora eu gelei. O Harry não pode saber da festa!
-B-bom dia, H-Harry. –eu disse –Mas que surpresa. Agatha e eu estávamos conversando sobre os garotos mais chatos e metidos de Hogwarts.
Como é que eu fui capaz de inventar uma mentira deslavada tão rápido? E pro Harry! Não estou mais me reconhecendo… Mas o pior foi ele ter acreditado nessa mentira.
-E tem todo o meu apoio. O Malfoy ganha disparado de qualquer um nesses quesitos. Bem, mas eu vim aqui pra te chamar pra treinar quadribol com o time e pra ver como você estava.
Agatha fez sinal de que estava segurando vela, eu fiquei vermelha e a fuzilei. Tô falando, se meus olhos fossem metralhadoras, eu mataria mais gente que Voldemort (é mais fácil escrever do que falar o nome dele):
-Claro que vou, Harry. Mas ainda preciso terminar de comer. Você poderia ir indo na frente?
-Tem certeza? Eu te esperaria com o maior prazer. –ele respondeu com um sorriso sincero.
-Não precisa. Você é o capitão do time, pega mal se chegar por último.
-Não deixe que a Gina demore muito, Agatha.
-Hum.hum. Pode deixar. –ela concordou e o Harry se foi –É tão bonitinho ver vocês dois conversando meio constrangidos.
-Cale a boca, Agatha!
Nós duas terminamos de comer e eu fui pegar a minha vassoura no dormitório, enquanto a Agatha foi estudar na biblioteca.
Peguei a minha nova vassoura, uma Nimbus 2000. Eu estava ansiosa para treinar com ela. Foi muita bondade do papai e da mamãe me darem ela de presente por eu ter sido nomeada monitora.
Sai para os jardins. O sol estava ora aparecendo, ora atrás das nuvens e ventava consideravelmente.
Quando cheguei no campo de quadribol, eu acenei para o time que estava voando no outro lado do campo e fui me trocar no vestiário.
Eu coloquei o uniforme de quadribol e ia saindo do vestiário, quando me vi prensada na parede.
Fiquei morrendo de raiva!!!!! O Malfoy não tinha esse direito!
-O que faz aqui, Malfoy? Você me viu trocar de roupa?
-Bem, se você quer colocar as coisas dessa forma... Mas eu vim aqui porque quero saber o que há entre você e o Potter.
Eu suspirei entediada:
-Nada…por enquanto. Mas de qualquer jeito, a minha vida amorosa não é assunto seu. Me deixa em paz!
-Eu não quero. Não vou deixar que o Potter te roube de mim.
-Como assim roubar? Desde quando eu sou sua propriedade? –eu perguntei indignada.
-Eu quero você, Gina Weasley! Será que não percebe?
-Você quer, porque o Harry quer. Por que você não deixa ele em paz também?
-Isso não tem nada a ver com o Potter!
-O que há com você, Malfoy? Eu sou uma Weasley! A Weasley Pobretona, será que se esqueceu disso?
-É claro que eu sei que você é uma Weasley. Mas eu finalmente consegui enxergar que é você que eu quero.
-Você precisa de óculos, Malfoy. Tem um sério problema de visão.
-Na minha família ninguém precisa usar óculos.
-Já sei! Você andou cheirando as plantas da estufa seis, a Profª. Sprout avisou sobre elas serem alucinógenas e viciantes…
-O meu vício é você! –ele me interrompeu e eu arregalei os olhos (sim, literalmente) antes de perguntar:
-Por acaso está doente?
-Não! Será que é tão difícil entender?
-É claro que é. Você é um Malfoy e eu uma Weasley! Água e vinho, fogo e gelo, cães e gatos. Somos opostos!
-Os opostos se atraem.
Eu juro que eu ia responder “Claro que não! Eu não me sinto atraída por você.” Mas seria uma grande mentira. Que atire a 1ª pedra a garota dessa escola que nunca se imaginou nos braços dele. Não que eu queira…Bem, o fato é que ao invés do que eu TINHA de dizer, eu disse:
-Não é bem assim… Hum, somos como água e óleo. Não nos misturamos.
-E é isso que eu quero mudar.
Depois disso, adivinhe só. Não, melhor não adivinhar…
Eu ainda não acredito que o Malfoy me beijou. Não dá pra acreditar! Se tivessem me dito que isso ia acontecer, eu iria rir até ficar sem ar da pessoa que podia ter uma imaginação tão fértil.
Tentei! É claro que tentei! Mas não consegui me desvencilhar dele. E o PIOR de tudo é que foi bom…Eu NÃO gostei, mas que foi bom, foi…
10 razões de porque eu odeio ainda MAIS aquele sonserino… (o Malfoy)
1-) Ele é um Malfoy e é natural de um Weasley odiar um Malfoy
2-) Ele é amigo do Zabini que já está me fazendo perder a paciência.
3-) Ele é direto e eu não consigo ser assim!
4-) Ele odeia o Harry
5-) Ele odeia a minha família
6-) Ele odeia a Grfinória
7-) Ele é galinha
8-) Ele é popular e os garotos populares costumam ser metidos, galinhas e andam com patys. Eu não gosto de patys, caras galinhas e dos metidos também. Logo eu não gosto de garotos populares (exceto os que são como o Harry)
9-) Ele é frio, insensível e calculista
10-) E principalmente porque ELE BEIJA BEM DEMAIS!!!!!
Nem preciso dizer que depois do beijo eu fiquei um pimentão!
-Tenho que ir. Vão sentir minha falta. –eu disse atropelando as palavras e ele me soltou.
Eu nem olhei pra ele, simplesmente me virei e saí.
No começo do treino eu ainda estava chocada e não conseguia marcar um gol sequer, mas depois eu esqueci de tudo. Voar nunca foi tão bom, a Nimbus 2000 é ótima!
Foi aí que eu comecei a fazer um gol atrás do outro.
Ao final do trino, eu fingi que ouvi um barulho estranho no vestiário e fiz o Harry vasculhar o lugar inteiro. Na verdade fiz isso pra saber se o Malfoy continuava lá. Eu ia tomar banho e não me agradaria nem um pouco que o Malfoy me visse nua.
Felizmente ele tinha ido embora e eu pude tomar o meu banho em paz ou pelo menos eu pensava assim…
Não demorei muito no chuveiro e fui direto almoçar. Sim, eu deixei a vassoura perto de mim.
-Como foi o trino de quadribol? –Sophie perguntou –Nós temos que ganhar a Taça de Quadribol e esfregar na cara dos sonserinos.
Foi inevitável. Eu senti o meu rosto queimar. Por que eu tinha que lembrar do episódio com o Malfoy?
-É claro, Sophie. Nós vamos mostrar a eles. –respondi automaticamente.
Depois do almoço eu guardei minha vassoura no dormitório e fiquei jogando xadrez bruxo a tarde inteira com o Rony e o Harry. Então fui me arrumar só porque a Agatha literalmente me arrastou até o dormitório), mas por mim eu ia do jeito que estava. O Malfoy não merece que eu me arrume por ele!
Eu briguei muito com a Agatha! As roupas que ela queria que eu usasse eram ousadas demais! No fim entramos em acordo e a roupa menos ousada (que por insistência dela) eu acabei pondo foi: Uma blusinha branca com decote V (que pra ela era pouco), uma saia pregueada jeans (que na opinião dela era muito comprida) um pouco acima do joelho.
Aí nós pés, eu coloquei uma meia soquete branca com uma sandália do tipo melissa:
-Estou pronta. –declarei.
-Não mesmo, Gina. Você ainda precisa passar perfume, maquiagem, pentear os cabelos.
-Não! –eu exclamei com crescente revolta –Eu vou apenas acompanhar o Malfoy em uma festa, não vou para o paraíso com um príncipe encantado.
-Gina! –Sophie exclamou animada –Você vai numa festa com o Malfoy? Parabéns, amiga!
Eu quis ter o poder de evaporar! Oh meu Deus, daqui a pouco todos vão saber…Isso não pode acontecer!
-Fale baixo, Sophie! –exclamei irritada –Ninguém pode saber disso.
-Por que não? Se fosse comigo, espalharia pra escola inteira.
-Alô, Sophie!
Eu sou uma Weasley, esqueceu disso? Nossas famílias se odeiam.
-Mas isso não está te impedindo de ficar com o Malfoy. Me conte, como é o beijo dele? Nenhuma amiga minha antes ficou com ele...
Eu achei que ia explodir. Pelo que vi no espelho, eu estava mais do que vermelha (roxa!) de vergonha. Então eu disse a mim mesma “Calma, Gina.”, respirei fundo, contei até dez e então finalmente respondi:
-Preste atenção. Sophie. Eu não fiquei com o Malfoy e nem irei. Captou ou preciso desenhar?
E era verdade. Eu não tinha ficado com ele. Um beijo roubado não dá pra considerar como ficada, mas que beijo…
-Então por que vai sair com ele? Eu não acredito que não quer ficar com Draco Malfoy.
-Cale a boca! –eu gritei, mas era tarde demais.
Susan e Caroline haviam acabado de entrar. Carol já sabia da história (by Agatha), mas Susan que nem tinha idéia, perguntou:
-O que está acontecendo por aqui?
-A Gina vai sair com o Malfoy e diz que não vai ficar com ele. –Agatha contou.
Susan odiava a Sonserina e os sonserinos em geral. Eu estava convicta de que ela me apoiaria, mas não foi bem isso o que aconteceu...
-Olha Gina, eu sei que os sonserinos em geral são insuportáveis e odiáveis, mas toda regra tem exceções. E as da Sonserina são o Zabini e o Malfoy. Bem, eles podem ser insuportáveis...Mas não dá pra odiar aqueles dois. –Susan disse e eu fiquei de queixo caído.
-Você, Susan? Falando assim? Eu sou a prova viva de que dá pra odiá-los.
-Ah, Gina! Duvido.
-E não é pra odiar? O Malfoy eu sempre odiei mesmo e todos sabem disso. Agora, o meu ódio pelo Zabini é recente. Ele me persegue e diz coisas na frente de todos que me deixam morta de vergonha.
Susan riu:
-Só por que ele disse que sonha com você todas as noites?
Eu fechei a cara:
-Você esqueceu de incluir que ele disse que os sonhos dele terminavam comigo nua nos braços dele, Susan. Ainda acha que eu não tenho razão? Não é à toa que o Rony quis acabar com a raça dele.
Susan deu de ombros e Sophie disse:
-Mas é com que o Malfoy que você vai com o Malfoy se diz que o odeia?
Eu suspirei e resolvi mentir, não queria contar sobre a poção-do-amor (elas ficariam curiosas pra saber o porque de eu invadir a masmorra do Snape no meio da noite):
-Eu só aceitei pra ele parar de me infernizar. –e suspirei –Enquanto o Zabini me atormenta em público, o Malfoy faz isso em particular.
-Vamos logo, Gina! –Agatha reclamou –Você tem que terminar de se arrumar.
-Assim já está bom demais. –eu disse tentando sair de fininho, mas elas me barraram –Ah gente! Qual é? O Malfoy não merece nada disso.
Elas ignoraram o meu comentário. Agatha pegou uma escova e começou a pentear os cabelos. Susan fez um feitiço enrubescedor de lábios temporário. Sophie passou brilho na minha boca, enquanto Carol destacava meus olhos com lápis preto.
Eu me olhei no espelho. Quem era aquela? Eu estava com a aparência de uma paty, mas eu não podia negar que eu fiquei bem daquele jeito.
Elas tinham colocado um grampo com strass prendendo a minha franja do lado esquerdo. O resto do meu cabelo estava solto (tinha o comprimento u tanto abaixo dos ombros) e mostrava claramente o tipo de corte (repicado na frente e arredondado atrás). A única coisa que estava na minha aparência, tal como sempre, eram as minhas sardas. Eu nem gosto e nem odeio elas. Depende do meu humor e daquela vez eu estava satisfeita com elas (eram um toque natural no meio de tanta coisa artificial):
-Agora sim você está pronta, Gina. –Agatha declarou.
Elas esperaram que eu dissesse algo, então eu disse:
-Até que fizeram um bom trabalho.
-Claro. –Carol disse –O Malfoy vai ficar babando, seja bem malvada com ele.
Eu sorri, acenei concordando e coloquei por cima da roupa uma das minhas capas pretas que eu usava nas aulas.
Elas não pareceram muito felizes, ao que eu expliquei:
-Não esperam que eu apareça com uma roupa dessas para jantar, esperam? –eu perguntei e ia saindo, quando Agatha chamou.
-Hey, Gina! Esqueceu de passar perfume.
Eu rolei os olhos. Já estava se tornando o exagero do exagero, mas passei o bendito perfume sem reclamar uma única vez.
Então finalmente nós todas descemos pra jantar.
O Harry insistiu pra que eu me sentasse ao lado dele e eu aceitei.
Eu estava sem fome. Então tomei um pouco de suco de abóbora e comi um doce de menta.
Como eu terminei a minha refeição (se é que se pode chamar assim) logo, eu fiquei quieta fazendo hora na mesa.
Harry pegou a minha mão e eu olhei pra ele espantada:
-Por que está toda produzida hoje, Gina? –ele me perguntou e eu me senti pressionada.
-Eu? Ora...deu vontade. Ninguém nunca repara em mim.
-Você sabe que isso não é verdade. Por que não me conta o real motivo?
-Não tem motivo nenhum. –eu disse e percebi que ele não acreditou.
Por que todo mundo sabe quando eu estou mentindo? Depois disso, apesar do Harry não ter soltado a minha mão, instalou-se um clima chato entre nós. Eu já não tinha o que fazer naquela mesa e por isso me levantei e decidi ir embora:
-Até mais, Harry. –eu disse e saí andando pra não dar chance pra ele responder.
Eu cheguei em frente a porta da Sala Precisa e o Malfoy estava parado do lado de fora. Eu não poderia esperar outra coisa, já que ele não estava na mesa da Sonserina.
-Boa noite, Malfoy. –eu cumprimentei, desejando estar em qualquer outro lugar, menos ali conversando com ele.
O Malfoy estava com uma calça jeans azul marinho e uma blusa pólo preta e por cima a capa dele estava aberta. Eu nunca tinha o visto sem o uniforme da escola, mas ele fica bem de qualquer jeito....BURRA! BURRA! BURRA! No que eu estou pensando?
Voltando. O Malfoy me olhou aprovadoramente e sorriu:
-Está atrasada, Gina. Mas vejo que valeu a pena esperar.
Pairou um silêncio constrangedor (pelo menos pra mim foi):
-Vamos entrar? –eu perguntei pra quebrar o silêncio.
Ele concordou e passou a mão pela minha cintura, me puxando pra junto dele:
-O que é que você está fazendo, Malfoy? –eu perguntei indignada.
Quem ele pensava que era pra fazer isso?
-Já disse pra me chamar de Draco. –falou descontraído –E estou fazendo isso pra deixar bem claro que “estou” com você.
-Olha, Malfoy...
-Draco.
Eu rolei os olhos:
-Tá bom. Draco...Eu não to ficando com você.
-Ainda...
Eu interrompi. Não podia deixar margens para uma 2ª interpretação:
-Nós só nos beijamos uma vez, você não pode...
Dessa vez foi ele quem interrompeu:
-Não seja por isso. –respondeu e me beijou.
De novo! O Malfoy me beijou de novo. E eu me ODEIO por deixá-lo fazer isso.
Hahaha (risada desgostosa) e isso ainda não é a pior (?) parte...Além de deixá-lo me beijar, eu ainda correspondi.
Meu Deus! Como eu sou uma idiota! O Malfoy parte pra cima de mim e eu ao invés de gritar e bater nele (ato mais sensato que eu poderia ter feito), eu o abraço pelo pescoço e correspondo. SOU UMA VERGONHA PARA OS WEASLEYS!!!!!
Ah! (suspiro de indignação). Aquilo é que é beijo...Dá até calor de lembrar...E também ÓDIO! MUITO ÓDIO!!!!! Aquele canalha me encostou na parede e tentou me bolinar. MALDITO! MALDITO! MALDITO! Eu o empurrei pra longe de mim:
-Nunca mais faça isso, seu desgraçado! Ou então eu te mato!
Homens não prestam! Especialmente quando são Malfoys:
-Você bem que gostou. –ele falou dando de ombros –Aquelas suas arfadas dizem tudo. –e fez um gesto pra que eu entrasse e eu então entrei.
A sala Precisa tinha balões flutuando perto do teto, luzes de discoteca (inclusive aquela que torna as roupas brancas fosforecentes) e uma música dance no último volume.
Lá dentro estava quente e eu estava me perguntando onde poderia deixar a minha capa, quando avistei perto de mim um cabideiro. Afinal, aquela era a sala precisa. Aí eu e o Malfoy penduramos as nossas capas lá.
Pessoas com quem eu nunca tinha falado vieram me cumprimentar e isso só porque eu estava com o “Todo-popular-Draco-Malfoy”.
Entao o Malfoy me puxou pra ir dançar com ele.
Eu tentei não olhar muito pra ele enquanto estava dançando (o que ra difícil, já que o Malfoy estava na minha frente). Essa parte não foi tão chata (eue até gosto de dançar), mas aí teve uma hora que eu já estava ficando cansada e o Malfoy percebeu isso.
O que ele fez em seguida foi me puxar pra um canto vazio, onde surgiu uma porta que ele abriu. Ele me puxou pra dentro e fechou a porta (eu estava mole demais pra ressitir).
Estava:
-Lumus. –o Malfoy disse.
O ambiente ficou levemente iluminado e deu pra mim ver onde estávamos. Era um tipo de closet com o chão cheio de almofadas verde-musgo. O Malfoy sentou-se.
-Por que é que você não se senta também, Gina? Percebi que está meio cansada.
Eu me sentei de frente pra ele:
-O que é que você pretende me trazendo pra esse armário? –eu perguntei séria.
-É um closet. –ele respondeu calmamente –E relaxe. Se você quiser, vamos apenas conversar.
-E precisava ser num lugar desses?
Ele deu de ombros e uma garrafa e duas taças apareceram perto dele:
-Servida? –ele perguntou e sem esperar, empurrou ums taça cheia na minha mão.
-O que é isso? –eu perguntei enquanto ele enchia a taça dele.
-Ogden Fire Whisky.
-Você quer me deixar bêbada? –eu perguntei indignada.
-Não. Não vá me dizer que você nunca bebeu...
-Só cerveja amanteigada. Esperava que eu fosse uma álcoolatra? O que te faz ter essa idéia?
Ele suspirou:
-Não é nada disso, as já que você nunca bebeu algo que tem álcool pra valer...Acho melhor que você só tome um gole pra experimentar.
Eu tive vontade de tomar tudo de um gole, só pra contrariá-lo, mas o meu bom senso falou mais alto. Não iria ser nem de longe uma boa idéia ficar bêbada na frente do Malfoy. Eu tomei um gole da minha taça e assisti o malfoy beber da dele. Depois a garrafa e as taças desapareceram:
-O que achou do whisky? –ele perguntou, informal.
-Bom, apesar de forte. –eui respondi indiferente –Sobre o que você quer conversar?
-Eu sei pouco sobre você. –ele falou simplesmente.
-Ah, é? Não me diga... –eu disse irônica –Eu também sei pouco sobre você e nem por isso te chamei pra conversar alguma vez.
-Mas agora é diferente, antes eu não estava interessado em você.
-E eu preferiria que tivesse continuado sem estar. –eue disse e era uma ½ verdade.
-Ora, vamos. –ele disse colocando uma mão sobre aminha que eu puxei de debaixo da dele –Não minta, o jeito que voce correspondeu o meu beijo, mostra o quanto voce também queria.
Eu senti o meu rosto queimar:
-Foi apenas um impulso, apenas isso. –eu disse com o máximo de convicção que consegui colocar na minha voz.
-então foi um ótimo impulso...Mas fale-me de você. O que faz nas horas vagas?
Eu ponderei por um tempo e finalmente respondi:
-Converso com as minhas amigas e escrevo no meu diário.
Ele sorriu:
-Então com certeza vai escrever sobre o que está acontecendo agora, ano vai? Você escreve muito sobre mim?
-Já escrevi sobre você e não foram coisas boas.
Ele mudou de assunto:
-Quem são suas amigas?
-Pra que voce quer saber? Não quero que encha o saco delas.
-Me conte, wu não vou fazer nada de mal pra elas.
Eu rolei os olhos, entediada:
-Está bem. A Hermione. –e vi ele fazer uma careta –caroline Cronwell, Susan Mcdogall, Agatha Alexander e Sophie Page. Elas são todas minhas colegas de quarto, menos a Mione.
O Malfoy ficou sério:
-não pensei que depois daquela história da Câmara Secreta, você voltaria a ter um diário.
-Agora é diferente. O meu diário é um ser inanimado, mas não quero falar sobre o que o seu pai me fez passar.
Ele pareceu moementaneamente sem graça, mas logo depois voltou ao normal:
-Tudo bem, como você quiser.
-E você, quem são seus amigos?
-Amigos?
-É. Pessoas que estão ao seu lado tanto nas horas boas quanto nas ruins, com quem você possa contar, quem brigue com você quando precisa e você pode conversar sobre qualquer coisa.
Ele pareceu pensativo:
-Acho...que o Blás. O único que agüenta o meu mau humor.
-E Crabbe e Goyle?
Há! Aqueles dois não tem cérebro e não conseguem acompanhar a velocidade do meu raciocínio. Mas a única coisa que ando não gostando de ver Blás fazer, é dar em cima de você.
Mais uma vez eu senti o meu rosto esquentar:
-Você está com ciúme?
-É...talvez...Se você quer colocar as coisas dessa maneira. Eu não quero te perder pra ninguém, Gina.
-Mas você sempre me odiou!
-É, eu sei, mas não odeio mais...pelo contrário. Eu te acho linda. O seu jeito de agir é lindo, o seu corpo é, a sua voz cantando As Esquisitonas...
-Peraí, eu só canto As Esquisitonas no banho...Malfoy! Você me espiou no banho? Mas como? O Harry vasculhou o vestiário inteiro!
-Bem...Você não achava que o Potter era o único nessa escola que tem uma capa de invisibilidade, achava?
Por um momento eu fiquei chocada, totalmente paralisada. Depois veio o ódio, a indignação e a vergonha. Eu dei um tapa na cara dele.
-Você me viu nua! Não tinha esse direito!!!!!
-Calma, Gina! Não fique tão brava assim.
-Como assim não ficar brava?!? –eu o interrompi, me levantnado –Nunca mais fale comigo! Nunca mais sequer olhe pra mim! –eu falei furiosa e saí daquele closet amaldiçoasdo (por mim, é claro!).
Peguei a “minha” capa (mais pra frente eu explico o porque das aspas) e ia em direção à saída, mas fui barrada pelo Zabini.
-Ah, Gina! Não vai embora agora não, eu acabei de chegar. Estava cumpriondo aqulea detenção com o seu irmão, lembra?
Eu olhei pra trás e vi que o Malfoy estava vindo na minha direção, fiquei morrendo de raiva ao vê-lo andando calmamente e com charme. Ah...Malditocharme do maldito Malfoy, aquele desgraçado!
Naquela hora eu queria vingança! (Isso por acaso é um sentimento que uma Grifinória deva ter? Não, eu acho que não...)
Mas de qualquer forma...Eu queria ferrar com ele, achar um modo de atingí-lo fatalmente, estraçalhar aquele coração de pedra (se é que ele tem um coração):
-Gina? Tá me ouvindo? –o Zabini perguntou me cahcoalhando e eu me virei pra ele.
Tudo passou num piscar de olhos pela minha cabeça e eu decidi fazer o que achava que seria uma boa vingança.
“Acho que o Malfoy não vai gostar disso.” Eu pensei ao olhar para os confusos, mas lindos olhos azuis do Zabini.
Sme perder mais tempo, eu subi na ponta dos pés e colei meus lábios aos dele.
É! Eu Virgínia Molly Weasley, beijei Blás Zabini. Eu nunca imaginaria que nessa encarnação (ou talvez até em outra), eu beijaria dois sonserinos no mesmo dia. Ainda mais um deles sendo um Malfoy.
Ai, ai...O zabini beija muito bem. Será que essa é a qualidade dos sonserinos? Por que cá entre nós. Aquela Casa tem que ter alguma qualidade, já que as outras têm, então a da Sonserina deve ser essa.
Quando eu quebrei o beijo, ele ainda segurava minha cintura e eu me senti repentinamente sem chão, como se fosse cair:
-Você está bem? –o Zabini me perguntou, parecendo preocupado.
Eu disse que sim e olhei em volata. Eu não vi nem sinal do Malfoy, mas o resto da festa pareceu ter parado o que quer que estivessem fazendo e estavam olhando pra mim e pro Zabini com surpresa.
Fiz o Zabini me soltar:
-Tenho que ir. –eu disse saindo semnem ao menos olhar pra trás.
Eu fui correndo até o meu dormitório sem querer conversar com minguém.
Mas que dorga! Todos que estavam lá viram...e se conheço essa escola, a fofoca vai se espalhar como rastilho. EU ESTOU FERRADA!!!!! O que o Rony vai dizer O que o Harry vai dizer?!?
DROGA! DROGA! DROGA!!! E se o Harry não quiser mais namorar comigo? Ele vai continuar apaixonado por mim (efeito da poção), mas isso não o impede de ficar chateado comigo...Mas que saco! Acho que terei que treinar a minha arumentação. Será que ensair na frente do espelho ajuda?
[N/A: Eu peço que por favor façam comentários e aceito críticas, desde que sejam construtivas]
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