Quinta-Feira
Quinta-Feira
As aulas começaram no dia seguinte. Era Quinta-Feira.
Draco e Harry foram os últimos a chegar ao pequeno-almoço, porque Harry fora o último a sair da cama e o loiro ficara à sua espera.
Flint distribuía os horários.
- Acreditam que nomearam aquele Percy Weasley Chefe dos Prefeitos? – Flint perguntou, quando se aproximou de Harry e Draco.
- Que seca. – Draco suspirou.
Marcus Flint era um Prefeito de Sétimo Ano e Capitão de Quidditch, e queria ter sido escolhido como Chefe dos Prefeitos.
- E as provas de Quidditch são no segundo sábado do período.
A equipa de Slytherin estava ansiosa de voltar a provar o seu valor. No ano anterior, os jogos haviam sido cancelados, como protecção contra os ataques do Herdeiro de Slytherin. Além disso, era o último ano de Flint, Derrick e Bole em Hogwarts, e queriam manter a vitória de Slytherin. O maior lamento de Adrian Pucey, quando se formara no ano anterior, foi não ter tido oportunidade de vencer nesse ano.
Harry perguntava-se se em Slytherin haveria alguém com capacidades de substituir Pucey.
- Até sábado. – Harry disse.
Daphne mexia o seu café, com todo o ar de quem ia adormecer em cima dele. Theo estava com o nariz enterrado no livro de poções.
- Com medo do Snape? – Draco perguntou, arrancando o livro das mãos de Theo. – Ele não retira pontos aos Slytherin.
- Mas dá jeito não irritar o Snape. – Theo disse, recuperando o livro.
- Nott, a tua falta de preparação para disciplina é extraordinária. – Daphne imitou a voz sarcástica de Snape. Depois, no seu tom normal acrescentou – Deixa lá, ele guarda-se para o Longbottom.
- Vocês vão ter o quê, agora? – Harry perguntou, confirmando no seu horário que iria ter Aritmancia.
- Nós temos furo. – Daphne suspirou. – Acreditas? Podiam ter-me dito mais cedo, que eu teria ficado a dormir.
Harry riu-se. Harry achava que era o único Slytherin em Aritmancia, mas Evelyn Wells sentou-se atrás de si. Ele estava ao lado de Granger. A turma era pequena, sete alunos no total.
- Granger, conta-me o teu segredo…como é que vais ter tantas disciplinas? – Harry perguntou.
- Não há nada para saber, Potter. – Ela respondeu seca.
- Claro que não. Tu só tens três disciplinas às nove da manhã. – Harry constatou, ao ver o horário dela.
- Não sejas cusco, Potter. – Ela arrancou-lhe o horário das mãos.
Mas Harry ficou desconfiado. A Professora Septima Vector era exigente, e bastante ríspida. E um tanto antiquada. Lembrava uma Professora McGonagall mais desajeitada e menos justa.
A seguir, tiveram Poções. Poções Duplas com os Gryffindor. Snape entrou e bateu com a porta. Ia começar o seu discurso, quando Daphne entrou.
- Greengrass, incapaz de chegar a horas como sempre. – Snape sibilou
- Er…Eu adormeci, senhor. – Daphne tentou justificar-se.
- Tanto quanto sei, todos temos direito ao mesmo número de horas de sono. – Snape repreendeu – Sabes dizer-me o que obtenho se misturar Cocleária, Ligústica e Botão de Prata?
Theo sorriu, ao lembrar-se de Daphne ao pequeno-almoço.
- Não, senhor. – Daphne mordeu ligeiramente o lábio. Mordia o lábio sempre que alguma coisa a irritava.
- Senta-te. – Snape ordenou. Harry e Draco estavam os dois na última fila, e foi para lá que Daphne se encaminhou. Mas Snape cortou-a. – Na primeira fila, Greengrass. Weasley, sabes responder à pergunta? Ou, tu Finningan?
Ambos acenaram negativamente.
- Os Gryffindor perdem dez pontos. – Snape sibilou. Os Slytherin sorriram. – Malfoy?
Mas desta vez Draco não sabia a resposta. Harry pegou no Livro de Adivinhação de Malfoy, e pô-lo em cima da mesa, e sussurrou: “É agora que recorres à tua nova disciplina.”. Malfoy sorriu, os Slytherin em redor riram-se.
- Não sei, senhor. – Malfoy disse.
- Esperava melhor. – Snape afirmou. – Potter, se estás assim com tanta vontade de estudar adivinhação, de certeza que a Professora Trelawney não se importa que vás assistir à primeira aula.
- Isso quer dizer que tenho de ir assistir à primeira aula? – Harry perguntou, e acrescentou rapidamente – Professor.
- Exactamente. E podes levar a Greengrass contigo, talvez ela consiga aprender a adivinhar a que hora é que deve de acordar para chegar a horas à minha. – Snape sentenciou. – E sabes responder à pergunta, Potter?
- Obtém-se uma Poção para Entontecer, senhor. – Harry respondeu, com alguma frieza.
- Cinco pontos para os Slytherin. Hoje, vamos preparar uma Poção para Entontecer. O que é que esta poção faz a quem a consome, Thomas? – Snape virou-se.
Dean Thomas murmurou um engasgado “Não sei, senhor”.
- O Snape não está para brincadeiras. – Malfoy murmurou. Era verdade. Snape estava ainda mais impaciente do que o costume.
- A única vantagem é que os Gryffindor devem perder ainda mais pontos. – Harry sorriu. Snape acabara de tirar cinco pontos a Thomas.
- Malfoy, Potter, eu quero silêncio. Venham os dois para a fila da frente. Um em cada ponta. Greengrass, muda-te mais para o meio. – Snape ordenou.
- Estamos tramados. – Malfoy sussurrou, enquanto se mudavam. Harry acenou.
- O nível de exigência do Terceiro Ano é de longe mais elevado do que o Primeiro e Segundo Ano. Requer um estudo muito mais aprofundado. E a maioria de vocês têm, claramente, falta de bases. – Snape sibilou. – Weasley, quais são os efeitos da poção de Entontecer?
- Não sei, senhor. – Weasley corou.
- Eis um claro exemplo da falta de bases. – Snape deu um sorriso de desdém a Weasley. – Potter?
- Não sei, senhor. – Harry respondeu. Sabia a resposta, mas estar isolado a um canto da sala, e ter de ir assistir a uma aula extra de Adivinhação tiravam-lhe qualquer vontade de participar na aula.
Snape levantou o sobrolho. “Nott?”.
- Febre…Er…Inquietação e Tonturas? - Respondeu Theo.
- Cinco pontos para os Slytherin. – Snape acenou em aprovação. Agitou a varinha e letras brancas surgiram no quadro. – As instruções estão no quadro. Podem começar.
Snape provou-lhes a exigência do Terceiro Ano.
A Poção era mais complexa do que aquelas a que estavam habituados. Harry teve os seus ingredientes vigiados a milímetro, e cada etapa, quase cada movimento. E teve de recomeçar praticamente ao mínimo erro. O que era um tanto injusto porque Goyle atirava os ingredientes praticamente inteiros para dentro do caldeirão, e a poção de Zabini soltava fumos coloridos, inexplicáveis. O único consolo é que Snape estava a tratar Draco de um modo semelhante.
- Potter, esmaga esses dentes como deve de ser. – Snape ergueu um pedaço ligeiramente maior do conjunto de dentes de fada dos dentes esmagados de Harry.
- Mas…- Harry ia protestar. Nesse momento, a sua perfeita poção verde clara tinha-se tornado verde-escura, devido ao ligeiro atraso de Harry a acrescentar os dentes. Harry concluiu a sua frase, seco – Assim, as tiras de coração queimam-se, senhor.
- Recomeça. – Snape ordenou. Com um movimento de varinha esvaziou o caldeirão.
Os Gryffindor perdiam pontos em série.
Quando a aula acabou, Harry foi o único que não conseguiu terminar a sua poção.
Seguiram para a aula de Adivinhação. Chegar à Torre Norte foi uma aventura. A Professora Trelawney parecia um enorme insecto. Fez comentários sobre o futuro de toda a gente. E mandou-os estudar os símbolos das folhas de chá, após o beberem.
- Hum…Isto pode ser um barco, significa que vais viajar muito. – Harry comentou ao ver a chávena de Daphne.
- Isto é uma folha de chá, só. – Daphne constatou, fazendo Harry rir-se.
Foi quando a Professora Trelawney lhe retirou a chávena da mão.
Aparentemente, Harry tinha um inimigo mortal, o que levou Hermione Granger a comentar “Mas isso todos sabem. Sim, todos sabem do Harry e do Quem-Nós-Sabemos”, o que a levou a receber olhares de incredulidade, quer da professora, quer de alguns alunos. E tinha o Cruel na sua chávena, um cão que assombrava as Igrejas. O pior dos presságios de morte.
- Vamos ser honestos, não é grande previsão saber que eu vou morrer. – Harry disse de sobrancelhas franzidas, quando saíram da aula. – Todos morremos.
- Viste algum cão preto gigante nos últimos tempos? – Pansy perguntou, preocupada.
- Acho que sim. Quando saí de casa dos meus tios em Privet Drive. – Harry encolheu os ombros.
- Harry isso é muito mau sinal. – Tracey comentou. Harry não gostou do tom afectado na voz dela, parecia que ele ia cair morto a qualquer momento.
- Nem acredito que o Snape nos obrigou a vir à aula. – Daphne bocejou. – Eu poderia estar a aproveitar o meu segundo furo do dia. Que inutilidade.
- A vossa aura é que é baixa. – Ripostou Pansy. Era óbvio que Pansy gostara de Adivinhação.
Mas a maior parte das pessoas parecia concordar com Pansy e Tracey, perseguiam Harry com o olhar como se ele fosse ver a qualquer momento. Era como se fosse um daqueles doentes terminais nos hospitais.
A Professora McGonagall depressa percebeu que alguma coisa incomodava a sua turma, quando se transformou em gata e ninguém aplaudiu. Soube que eles tinham tido Adivinhação e animou-o logo. Sybil Trelawney tinha o hábito de previr uma morte por ano, e nenhum dos casos anteriores tinha morrido ainda.
Foi uma manhã ocupada. À tarde, tiveram Cuidados com Criaturas Mágicas. E Hagrid era professor. Falava rápido e cortava muitas palavras, só olhava para os Gryffindor, e atrapalhava-se com interrupções. Ficou muito espantado, quando percebeu que nenhum deles descobrira como abrir o livro sem ser mordido – tinham de os amaciar. Draco fez uns quantos comentários sarcásticos. Hagrid não sabia, definitivamente, impor autoridade. Harry sorriu com os comentários do amigo.
Draco resolveu aproveitar a aula para puxar Harry, Blas e Theo para uma conversa sobre as miúdas da escola. E foi aí que Harry percebeu que Draco gostara muito da sua conversa de Quidditch com a Wells, e achava-a gira. Pansy fora, definitivamente, uma cena de Verão.
Nenhum dos quatro ouviu o que Hagrid estava a dizer sobre Hipogrifos.
- Agor’, ‘em é q’er tentar? – Hagrid perguntou.
Todos deram um passo para trás. Longbottom respirou fundo, e acabou por dar um passo em frente. Blaise e Draco trocaram um olhar com um sorriso. Longbottom teve de recuar imensas vezes, mas lá conseguiu. Os Gryffindor respiraram todos fundo.
Harry, Daphne e Draco partilharam um Hipogrifo. Era o mesmo que Longbottom tinha tentado alcançar, chamava-se Buckbeak. Draco fez a vénia e o Hipogrifo curvou-se de volta.
- Claro que isto não podia ser muito difícil. – Comentou Draco. – Se até o Longbottom conseguiu. Tu não és nada perigoso, pois não, seu bruto horroroso?
Numa fracção de segundos, o Hipogrifo mandou Draco ao chão. Draco teve o instinto para erguer os braços em forma de protecção. Um corte profundo abriu-se no seu braço direito.
Harry empunhou a varinha, e provocou uma explosão aos pés do Hipogrifo, que o fizeram recuar e impediram-no de atacar Malfoy, novamente. Hipogrifo a recuar. Hagrid agarrou-o logo pela corrente e prendeu-o. Malfoy estava sentado, os seus braços tremiam involuntariamente, com os lábios contorcidos, e a esforçar-se para não chorar.
- Estou a morrer. – Draco disse sarcástico, tentando fazer-se de corajoso. – Estou a morrer.
Harry conseguia ver os ossos do amigo, através de cada um dos quatro cortes que tinha em cada braço. Estava completamente dilacerado.
- Não estás nada’ a morrer. – Disse Hagrid assustado. Pegou-o ao colo para o levar para a Ala Hospitalar.
- Foi culpa do Malfoy. – Afirmou Dean Thomas.
- O idiota. – Concordou Weasley. – O Hagrid disse que os Hipogrifos atacavam se fossem ofendidos. Se o Malfoy não estava a ouvir, azar o dele.
- Se era uma questão de vida ou de morte, o Hagrid deveria ter garantido que todos ouvíamos. – Theo retorquiu, friamente. – Foi irresponsável.
- Espero que o despeçam. – Comentou Zabini, friamente.
Harry ficou espantado, porque geralmente Zabini fazia piadas, e deixava os comentários sérios para as outras pessoas.
- Têm de despedi-lo. – Chorava Pansy.
Harry e Daphne trocaram um olhar. Algo lhes dizia que Pansy não achara Draco uma coisa de Verão.
Os Gryffindor puseram-se logo todos a defender Hagrid. Continuaram a praguejar contra Malfoy, enquanto andavam para a sua Torre.
- Ele vai ficar bem, não vai? – Daphne perguntou.
- Espero que sim. – Harry acenou. Madam Pomfrey já curara Harry de muitos males, e ele confiava nas suas capacidades.
Os Slytherin resolveram ir ver de Draco à Ala Hospitalar.
Quando espreitaram, viram que os cortes de Draco ainda estavam abertos, e sangravam abundantemente. Ele bebia poções de Transfusão de Sangue, e tinha os olhos cheios de lágrimas.
- Vocês são muitos. Saiam daqui. - Ordenou Madam Pomfrey sem desviar os olhos dos braços de Malfoy.
Aplicava poções. Parecia ser doloroso.
Houve uma onda de protestos. Sentaram-se todos à porta. Pansy entrou, ainda não parara de chorar, e ninguém teve coragem de impedi-la. Harry era o que estava mais próximo da porta, e o único que conseguia ver Draco. A julgar pela expressão dele, as festas que Pansy lhe dava na cabeça não estavam a ajudar.
- Não pode simplesmente fechar o golpe? - Perguntou Pansy, horrorizada com o estado de Draco.
- As garras de Hipogrifo não se limitam a arranhar, deixam um pequeno pó nas feridas que pode infectar, e têm substâncias mágicas que impedem o fecho através de magia. - Explicou Madam Pomfrey, pacientemente. - Miss Parkinson, não é o melhor momento para estar aqui. Pode sair?
- Isso quer dizer que vai ter de me ligar os braços? - Draco perguntou num voz rouca, que rapidamente se tranformou num gemido, quando sentiu mais umas gotas de outra poção.
- Eu quero ficar com ele. - Pansy afirmou.
- Sim. - Acenou Madam Pomfrey. - Estas poções reduzem a magia, e permitem-me fechá-la, mas apenas parcialmente. Foram golpes fundos.
Hagrid tinha ido informar Snape do ocorrido, uma vez que se tratava de um dos seus Slytherin. Ambos passaram pela fila de alunos sentados no chão do corredor.
- Desandem. Ele vai ficar bem. Isto é um corredor. - Snape ordenou. E para felicidade de Draco acrescentou assim que entrou - Parkinson, rua. Tenho a certeza de que não foi autorizada a estar aqui.
Os Slytherin seguiram para as Masmorras, resignados. Mas Harry bateu à porta da Ala Hospitalar.
- Madam Pomfrey, eu garanto que nem dá pela minha presença, mas deixe-me ficar. - Harry pediu. - Por favor.
Achava que Draco quereria algum tipo de companhia. E alguém deveria ficar.
- Potter, eu disse claramente que...- Snape começou.
- Não queria ninguém sentado no meio do corredor, senhor. - Harry atreveu-se a cortar.
- Deixem-no ficar. - Draco falou. - Madam Pomfrey, eu aguento tantas poções quanto me puser nas feridas, mas se me ligar os braços e o tratamento demorar, eu não vou conseguir jogar Quidditch.
Madam Pomfrey acenou. E Snape aproximou-se para ver os golpes.
- Mr. Malfoy, em excesso, estas poções podem fazer ainda pior. - Madam Pomfrey explicou.
- Vai ser doloroso, Malfoy. - Snape comentou. - Hagrid, como foi que isto aconteceu?
- Ele ofendeu um Hipogrifo. - Hagrid balbulciou. - Eu avisei-o, mas ele chamou ao Buckbeak bruto horroroso, e antes que eu pudesse fazer alguma coisa o buckbeak atacou-o.
- Não lhes disseste que não se podia ofender um Hipogrifo?
- Eu disse. - Hagrid balbulciou.
Snape não disse mais nada. Madam Pomfrey ligou os braços de Malfoy, que tinha os dentes cerrados, e recomendou repouso. Teria que ficar uns quantos dias na Ala Hospitalar.
Hagrid saiu em passos largos e com um ar alucinado.
- Vai-se enfrascar. - Harry comentou esquecendo-se onde estava.
Madam Pomfrey lançou-lhe um olhar horrorizada. Malfoy riu-se.
- Controla a tua lingua, Potter. - Snape ordenou. - Malfoy, onde é que tinhas a cabeça para ofenderes um Hipogrifo, sabendo o risco.
- Eu não estava a ouvir o Hagrid, quando ele explicou os riscos. Estava distraído. - Malfoy baixou a cabeça.
- Professor Hagrid, Malfoy. - Corrigiu Snape. - Deixa-me adivinhar, tu e o Potter estavam a conversar sobre qualquer coisa?
- Em nossa defesa, Professor Snape, nós até podíamos estar a fazer o pino, que o Professor Hagrid não teria reparado. Ele só olhava para os Gryffindor. E ele devia ter garantido que toda a gente ouvia, acho eu. É quase uma questão de vida ou de morte. - Harry falou no seu tom mais educado.
- Potter, da próxima vez que vires uma criatura de aspecto perigoso à tua frente, tenta garantir que ouves o que o teu Professor está a dizer. - Snape disse.
- Sim, senhor. - Harry disse resignado. - Estava só a dizer...
Nessa noite, Harry estava a organizar o Armário de Poções, que consistia em arrumar os ingredientes em frascos, etiquetá-los e colocá-los no Armário. Podia recorrer a livros, caso não soubesse que ingrediente era.
- Potter, diz-me quais são os efeitos da Poção de Entontecer. - Snape disse a certa altura.
- Febre, inquietação e tonturas. E pode aumentar as infecções cerebrais.- Harry respondeu, sem hesitar. Depois, olhou para Snape e lembrou-se que ainda naquela manhã dissera a Snape que não sabia os efeitos dessa mesma poção. - Er...Memória Fotográfica, senhor.
- Apesar do Nott nunca ter dito nada sobre infecções cerebrais. - Snape comentou. Tinha um meio sorriso nos lábios. - Potter, sabes que eu não ganho nada por tu saberes ou não saberes as respostas às minhas perguntas, não sabes?
- Naquele momento fez sentido, senhor. - Harry baixou os olhos.
Harry folheava as páginas do livro à procura de uma planta estranha. Era cansantivo.
- Sei que, também, achas que não te devia mandar recomeçar tanta vez. - Snape disse, num tom seco. - Até porque há poções piores do que a tua. É verdade. Mas eu sei o que posso exigir de cada aluno. E vou mandar-te recomeçar, enquanto não achar que estás a dar o teu melhor.
- Eu vou dar o meu melhor, senhor. - Harry acenou.
- Óptimo. Podes ir deitar-te. Não voltes a insunflar a tua tia. - Snape ordenou.
No final daquele dia, Harry só lamentou não ter tido tempo de ir à Câmara dos Segredos.
N/A: Gostaram? =)
Xandevf: Ah! Bom ter você de volta. O final tem, obviamente, Snape vs Sirius. Acho que estamos todos muito ansiosos por essa parte. Até eu, que ainda não sei o que vou fazer! :). Espero a sua opinião ;)
Comentários (1)
ACHO QUE ESTÁ CHEGANDO A HORA DO HARRY SER O EXEMPLO DO SONSERINOS, DE VER ELE SE IMPOR E DEMONSTRAR QUE SER SUPERIOR NÃO E SER PRECONCEITUOSO E DESFAZER DOS MAIS FRACOS, NÃO GOSTEI DELE NÃO DEFENDER O HAGRID E NÃO ASSUMIR OS PRÓPRIOS ERROS E É UM SLITERIN PELA ASTÚCIA, INTELIGÊNCIA E AMBIÇÃO, MAS ELE TAMBÉM É PARTE GRINFIDOR CORAÇÃO E LEALDADE(NÃO TÉM COMO SER FILHO DE TIAGO POTTER E LILIAN EVANS E NÃO TER UM POUCO DISSO), ELE É UM MESTIÇO NO MEIO DOS SANGUE PUROS, COMO OS PRÓPRIOS DIZEM UM SANGUE RUIM. QUERO VER O CIRCO PEGAR FOGO.
2013-04-02