One Way Or Another.
3º Capitulo : One way or another.
“Sinceramente? Não sei até agora qual foi À minha ideia de ir falar com Malfoy. Alguém deve ter jogado Imperius em mim... Estou aqui sentada na minha cama, escrevendo.
E depois que sai de perto do estorvo do ameba Malfoy, voltei ao dormitório, onde Rony estava sentado perto da lareira com Harry e Luna, que essa era permitida a entrar no salão da grifinoria... Por que simplesmente a mulher-gorda gosta dela... Isso é inaceitável, só por que ela é Luná-tica, que gosta de levar uns papinhos com os quadros, pode sair invadindo qualquer salão pela simpatia dela.
-Oi Hermione. –Ela me olhou com aquela cara débil, dando um sorriso meio débil também. –Você não parece estar muito bem-humorada.
-Sempre acertando no nosso humor não é Luna cartomante? Sim, realmente não estou de bom-humor. A ideia de ter Malfoy como monitor me exalta, me irrita!
-Monitor??? Malfoy??? –Rony a encarou atônito. –Como assim???
-Eu te disse não disse? Eu disse para vocês, disse? –Disse não disse? Bem, naquela hora eu achei que tinha dito mas não disse, acabei me esquecendo.
-A gente achou que vocês dois só tinham ficado de detenção juntos... Não de ... Monitoria! –Disse Harry.
-Você não ta entendendo Harry, é um combo de desastres, aquela velha realmente me quer ver em Azkaban. Qual é a graça disso? O mundo bruxo sabe que eu não suporto aquele inútil! E que ele também não me suporta. –Sem querer querendo me lembrei em um flash de acontecimentos do beijo. Beijos. (Hermione bufou de ódio).
-Hermione? –Me vi parada no meio da sala, com aqueles olhos me encarando. –Hermione? ??
-Que? –Olhei para quem me chamava, era Gina, que já estava presente na sala.
-Agora eu quem quer falar com você.
-Não quero conversa com ninguém... Quero ficar sozinha... –Direcionei-me até a escada de caracóis de mármore, encontrando a porta do dormitório feminino. Abri a porta de madeira, e me afoguei no quarto que é minha prisão de pensamentos. Sentei-me na cama e agora estou aqui, contando o meu desastre do dia.
Provavelmente terá novos desastres mais tarde, amanha, depois de amanhã, na semana seguinte, no mês que vem, e por fim, o ano inteiro.
Merlin me odeia.”
Hermione olhou pela janela, enquanto escurecia, se cobriu, lembrando que as sete da noite teria a janta. Pondo-se de pé, bocejando pois sempre sentia sono quando escrevia.
-Isso, vou começar a fugir desse inútil. Papinho de desafio, desafio que nada. –A deusa interior da menina balançou a cabeça negativamente, em sinal de que ela não conseguiria.
Ela escondeu o caderno de capa azul dentro do baú com teias.
Abriu a porta do dormitório e saiu descendo as escadas caracol, antes que alguém fosse atrás dela, para perguntar o que estava acontecendo. Quando terminou o trajeto da escada, os mesmos estavam ali, parados em frente a lareira, gesticulando , mas parando com o aparecimento repentino da garota.
-Falando de mim? –Ela jogou verde... Sentiu uma pontada forte na cabeça, ficando meio zonza, se jogando na poltrona para que ninguém percebesse sua recaída.
-Não. –Gina disse seca e rápida.
-Ué, pararam de falar assim que eu cheguei. –Jogou mais verde, quase o tom verde da sonserina.
-Nós... Quer dizer... A gente...
-Você e nem eu sabemos mentir muito bem não é Gina. –Hermione olhou para ela sem entusiasmo. Se afundando mais na poltrona com a sua dor de cabeça mais forte.
-Hermione você esta pálida. –Disse Harry. –Você esta bem?
-Não muito. Nada grave. –Ela se ajeitou na poltrona. –São quase sete, vamos descendo para o Salão principal?
-Você se alimentou? –Disse Luna preocupada. –Dizem que há bichos que comem o nosso cérebro se não nos alimentarmos... Eles gostam de miolos sem energia.
-Acho que nem é necessário eu não comer Luna, só eu começar a ter contato com o Malfoy, ele já come o meu cérebro. –Hermione perdia os sentidos.
-Vamos, você tem que comer. –Gina a puxou bruscamente da poltrona, fazendo a voltar a ficar sóbria. –Levante-se... Anda!
Hermione se levantou, e Gina e Luna a arrastavam pelas escadarias enfeitiçadas.
-Já disse que odeio essas escadas? –Hermione olhou para baixo sentindo vontade de vomitar. Mas o que ela vomitaria?
-Já... e também já disse que odeia altura. –Gina a puxava para os últimos degraus.
-Merda, lembrei de uma coisa.... –Hermione lembrou-se das aulas de quadribol. –Contei para vocês que entrei para o time de quadribol?
-QUÊ?
Draco se banhava ainda dentro da big banheira quente. Aquele banheiro não era muito usado... Na verdade ninguém o usava praticamente, só depois dos treinos...
Draco queria privacidade. Estendendo os braços e apoiando-os na banheira, viu sua marca negra, que fumegava no seu braço por causa da aproximação com Hermione Granger.
Seus olhos se fecharam, e ele se afundou na big banheira.
O que é que esta acontecendo comigo? Assim como ele queria ter aula sobre os trouxas o perturbava, também o perturbava a presença que Hermione causava nele. A vontade de agarrá-la... Merda. Voltou com os cabelos molhados e o rosto pálido para tomar ar, de repente uma companhia que sempre o implicava, aparece no banheiro masculino.
-Ahhhwnnnnn Draco Malfoy! –
-AHHHHHH tchau privacidade... Murta que geme.... Sai daqui infeliz. –Draco puxava as espumas para si, como todos os outros garotos faziam quando ela aparecia. –Você é mais pervertida que as menininhas do terceiro ano... Desaparece estorvo.
-Ahhhh hmmmm –ela fez voz de choro. –Você não quer ajuda para tomar banho?
-Não a sua... Sua safada, some! –A fantasma adolescente se enfiara debaixo da agua de temperatura morna, voltando e rindo como se tivesse ganhado 10.000 galeoes de ouro. –Senhor Malfoy, se eu tivesse pulmões teria me deixado sem ar!
-Saia daqui, não sou para o seu bico! –Draco se empanturrava de espumas.
-Mas para o das vivas é não é? Vocês são todos grossos e preconceituosos com fantasmas. –Ela desapareceu chorando janela a fora, onde uma sereia penteava os cabelos.
-Sentimental só o que me faltava. –Ele riu debochado.
-COMO ASSIM????? –Gina parara. –VOCÊ? QUADRIBOL??? É QUASE UM INSULTO! –A ruiva voltara a andar novamente.
-Ta ficando folgada sua pirralha. –Hermione voltara com os ânimos.
-Hermione, convenhamos, você é péssima em tudo que diz respeito a esporte. SEU CORPO RENEGA ESPORTES! –Luna observava a histeria das duas. –E outra, não quero que o time perca!
-E EU TENHO CULPA? –Hermione se exaltara mais uma vez no dia, depois de tanto ficar deitada na cama... Já sobrevivendo aos caos do dia-a-dia em Hogwarts. –E obrigada pela sua consideração.
-Não... TECNICAMENTE NÃO TEM. –Gina puxava ela. Hermione olhou para cima, e viu que os meninos se aproximavam dos lances de escadas onde elas estavam. –Mi... A gente gosta muito de você... Entende? Não queremos que nada de ruim te aconteça. –Gina a olhou como se ela tivesse falando com uma criança de dois anos com síndrome-dedal...
-PARA DE ME OLHAR COMO SE EU FOSSE UMA RETARDADA! OLHA ASSIM PARA A MCGONAGALL NÃO PARA MIM! –Luna cutucou Hermione.
-Os quadros falam.
-Ah, esqueci. –Hermione ganhara forças para andar sozinha na escada, lembrando e relembrando da cena no banheiro masculino com Draco. Como sempre no automático, ela começara a ganhar cor no rosto.
-Granger carmesim... hmmmmmmmmmmmmmmm –Luna com o rosto angelical, cutucara Hermione. -Mione, o que é que esta acontecendo com você.?? Ta esquisita. –Os olhos azuis de Luna penetrou em Hermione, a instigando.
-Acabei de acordar esqueceu? Tenho direitos de ficar esquisita.
-É natural dela, Luna. Essa daí é esquisita desde sempre. –Gina brincara. E Hermione soltara um risinho falso.
-E então... As autistas querem que eu coma ou não? –Elas já andavam para a entrada do Salão principal, onde estava uma montoeira de alunos, todos misturados. Cho Chang encarou Gina, e Gina fez o mesmo a fuzilando.
-Você acredita que ela deu em cima do Harry ontem? –Gina disse indignada ao pé do ouvido da amêndoa. –Eu... Eu não sou de arrumar briga com garotas por causa de meninos, mas ela ta pedindo.
-É... Isso se chama ciúmes. Seja bem vinda nesse mundo que eu não conheço.
-Obrigado por me apresenta-lo.
Draco colocara as vestes limpas, mexendo nas suas roupas sujas, viu que a varinha de Hermione ainda estava com ele. E ele sorriu.
–O Destino conspira ao nosso favor. De irritar ela pelo menos... –Ele jogara a roupa suja em forma de um bolo no ar, que desaparecera. Pegou a varinha e colocou a dentro da capa. –E lá vamos nós.
-Que demora para abrir!!! Muito chato! Eu estou com fome! –Luna começara e se estressar o que era meio inacreditável para a mente de Hermione.
-Então somos dois. –Chegou Rony.
-Ainda com o buraco negro no lugar do estomago? –Gina e o sarcasmo.
-Ainda com ciúme do Harry? –Gina ficara vermelha. E Harry logo atrás vinha, dando um estalinho no pescoço da ruiva. Hermione olhou a cena e teve náuseas.
Os olhos Bourbon encontraram os azuis acinzentados no meio daquela multidão de alunos esfomeados. Os olhos azuis acinzentados estavam também esfomeados.
-Luna... –Hermione se perdia na multidão de alunos que aumentava a cada segundo. –Esconda-me. –Ela puxava as vestes de Luna para perto
One Way or another, Im gonna find ya
(De um jeito ou de outro eu vou te achar)
Draco rira estusiasmado. “esconde-esconde Granger?”
I'm gonna get ya', get ya', get ya', get ya'
(Vou te pegar, te pegar, te pegar, te pegar!)
One way or another, I'm gonna win ya'
(De um jeito ou de outro, vou te vencer)
I'm gonna get ya', get ya', get ya', get ya'
(Vou te pegar, te pegar, te pegar, te pegar!)
One way or another, I'm gonna see ya'
(De um jeito ou de outro, eu vou te ver)
Os olhos de gelo caçava Hermione como um predador no meio da multidão, sorrindo excitado pela emoção de acha-la, e pegar a sua presa.
Hermione se perdia, entre os alunos. Luna já a havia perdido de vista.
-Droga! Minha varinha! –Ela raciocinou por que de ele a estar procurando. –Que burra! –Dessa vez quem o caçou na multidão foi ela. –Cadê o inútil?
I'm gonna meet ya', I'll meet ya'
(Eu vou te encontrar, eu vou te encontrar,)
One way or another, I'm gonna win ya' I'll get ya', I'll get ya
(De um jeito ou de outro, vou te vencer, irei te pegar, irei te pegar.)
Agora os dois procuravam uma ao outro, Hermione indo para o lado esquerdo e Draco o direito.
One way or another, I'm gonna win ya' I'll get ya', I'll get ya
(De um jeito ou de outro, vou te vencer, irei te pegar, irei te pegar.)
Eles rodavam em círculos na entrada.
Hermione avistara o corpo longínquo do rapaz, e a cabeleira branca.
-HÁ HÁ! Te achei... Minha varinha... Me dê... –Ela estendera a mão esquerda, com a outra na cintura, e cara de esnobe. Draco via toda a prepotência dela e começara a rir.
-Implore.
-Sonhe, é mais fácil.
-Implore Granger.
One way or another, I'm gonna lose ya'
(De um jeito ou de outro, eu vou te perder)
I'm gonna trick ya', trick ya', trick ya', trick ya'
(Eu vou te enganar, te enganar, te enganar)
One way or another, I'm gonna lose ya'
(De um jeito ou de outro, eu vou te perder)
I'm gonna give you the slip
(Vou fazer você escorregar)
-Acho que eu não sei do quê exatamente você esta falando? –Draco e o maldito cinismo.
-A varinha... Agora... Não tenho tempo para joguinhos. Estou morrendo de fome, estou cansada, com raiva, e com tédio. –Ela estendeu mais a mão.
-Tome... –Ele entregou a varinha, sério. –Você precisa comer.
-Obrigado pessoa caridosa. E não me diga do que eu pre... –Ela guardou a varinha dentro da capa.
-Não faça-me arrepender. E você também precisa de outra coisa para ficar de bom humor. Até a monitoria.
-Eu ainda mato você. –Hermione enrubesceu ficando carmesim. E Draco soltara um sorriso sedutor.
-Até mais... Bem mais... –Ela voltara a caminhar passando por ele, esbarrando de propósito, e dessa vez Draco não limpara a roupa como se ela fosse suja. Apenas, os olhos dele a seguiu ir, em direção ao grupinho maravilha.
-O que você estava fazendo com o Malfoy? Discutindo relação? –Gina dera uma cotovelada nela. E ela a encarou.
-Preciso de uma AK47 para acabar com quem me perturba. –Só Harry dera risada. Luna, Gina e Rony, ficaram confusos.
-AK47 é um xingamento? –Rony perguntara atônito.
-É uma arma trouxa Rony. –Disse Harry. –Muito boa por sinal. Nas mãos de Hermione seria um perigo maior. –Ele soltara um lindo sorriso, fazendo Hermione sorrir acompanhada com o sorriso do amigo.
As portas do Salão Principal foram abrindo-se como um abraço grande e rangendo no chão com o seu arrastar. Os alunos pareciam formigas lutando pelo seu território, procurando entrar naquele lugar convidativo.
Quando enfim, Rony, Hermione, Luna, Gina e Harry conseguiram entrar, Rony sentou-se, ocupando um lugar na mesa extensa... Vazia.
-Dumbledore esta de gracinha só pode. –Rony disse com a barriga roncando. O resto do grupinho sentou-se a mesa também, menos Luna, que foi para o seu lugar.
-Calma Rony, assim que ele chegar, vai estalar os dedos, e teremos comida na mesa. –Gina tentou consola-lo.
-Só para mostrar que tem estilo? Não, prefiro a comida... Estou com fome. –Ele fizera cenho.
-Ron, para... Ele já deve estar vindo. –Gina perdia a paciência.
-Os elfos devem ter se atrasado um pouco. – Hermione entrara na conversa.
-Eles sabem o que é magia, Hermione. –Rony perdia as estribeiras.
-Olha, se você continuar vou dar um murro em você. –Gina batera o punho na mesa, o encarando com o diabo nos olhos. Os azuis se recolheram no instante que percebera a fúria da irmã.
-Alunos e Alunas de Hogwarts! É uma pena que a comida não esteja na mesa ainda... Mas para tratar de certos assuntos com vocês, preciso da atenção de todos....
-Ele não precisa do meu estomago... Precisa?
-Não realmente eu não preciso do estomago de vocês senhor Weasley.... –Crabbe e Goyle riam, lógico com a companhia de Draco. –Mas preciso que todos me ouçam atentamente agora... Os alunos monitores da casa Grifinoria, Sonserina, Lufa-lufa, e Corvinal, serão altamente responsáveis por si próprios, para o que diremos nesse final de semana. Precisamos da companhia dos senhores, para uma conversa. –Todos do Salão estavam em silêncio, e esses também ouviram o pigarrear de McGonagall. Dumbledore deu espaço para que ela se apresentasse.
-Senhor Malfoy, e Senhorita Granger, já fizeram o relatório?
-Que relatório? –Hermione se esquecera, sua memoria não estava muito boa. Até que uma voz rouca e fria dissera.
-Aquele em que eu vou ter que mentir, falando o que você tem de bom. –Hermione encarava Draco, e a deusa interior dela se espreguiçava, por que acabara de acordar.
-Ah sim, me lembrei... –Ela o tratara com indiferença, voltando seus olhos para Minerva. Draco se sentiu sozinho na brincadeira.
Os dois então, perceberam que todos os encaravam, Minerva dissera uma coisa que Hermione não ouvira. E mais milhares de olhos, encaravam em especial, Hermione Granger.
-Venho anunciar à todos os alunos de todas as casa, que Senhorita Granger fará parte do time de Quadribol da Grifinoria. Foi e sempre será um prazer em falar com todos vocês, especialmente em situações assim, informando-lhes coisas tão boas. –Hermione ficara vermelha, e seu ódio pela Minerva aumentava a cada nano segundo.
-Ela sente prazer em me ferrar, isso sim. –Hermione choramingava.
-Estamos ferrados! Granger no nosso time é uma massacre! Um fracasso! –Lino Jordan gritara do lugar onde estava.
-Cala a boca, já basta você ficar falando na hora do jogo... Seu impertinente! –Hermione gritara com o menino, e ouviram-se uns risinhos da mesa da Sonserina.
-Como sempre, Granger histérica. –Draco dizia para Crabbe e Goyle.
-Como sempre, Malfoy reparando em mim... É adorável isso em você. Vou colocar no relatório. –Hermione, com o seu subconsciente rindo de prazer por provocar Malfoy. Sem querer ela deixara o sorriso da deusa interior se espalhar pelo seu rosto. Draco olhara aquilo, e a excitação de discutir com ela aumentara.
-Essa foi boa, Mione. –Dissera Harry dando um tapinha nas costas da deusa interior de Hermione.
-Mentir é feio Granger.
-Então pode se dizer que você e sua família se baseiam na feiura da mentira. Sua lição de moral é comovente. –Draco engolira seco, percebendo a tensão que se espalhava no ar, causando um cheiro de enxofre para ele.
Novamente, todos os olhavam, participavam daquela discussão minuciosa entre os dois. Hermione dera um sorriso de vitória, e Draco não sabia o que exatamente dizer para humilhá-la... Sua mente raciocinava como uma máquina á procura de insultos.
-Então pode se dizer que você se baseia na mentira desde que colocou seus pés imundos nessa escola. Com certeza será a primeira a morrer, sangue-ruins não viverão... Ouviram? –Draco se continha para não falar mais. Hermione engolira o choro, se ajeitando no banco, enfim transportando um livro para a sua mesa. Draco olhava a cena e um leve arrependimento o invadira.
Aquele silêncio no Salão Principal permaneceu por minutos, que parecera uma eternidade anormal para Hermione e Draco.
Dumbledore pigarreou e disse:
-Que o jantar seja servido. –O senhor de idade de cabelo extenso e uma grande barba grisalha estalou os dedos, e a comida aparecera na mesa. Tortas, frango assado, lasanha da Noruega, sopa de abobora, e suco também. Os olhos de Rony se fartavam com o que via.
-Pode comer Ron. –Disse Harry olhando para Gina. Ela revirara os olhos, depois dando um sorriso manso para o namorado.
-Atacar. –Rony metera as mãos em uma coxa e a molhara no molho, levando diretamente a boca e comendo como um mendigo sem comida há três meses.
-Isso é nojento. –Pansy observava Rony, -Essa escola realmente esta em decadência Draco.
-Eu sempre estou dizendo isso... Ninguém acredita. –Draco observava o grupinho conversando animadamente, menos Hermione que lia o livro do Oraculo dos sonhos. Ela não comia, e aquilo não alegrava Draco. Oh menina para ter falta de apetite. A mão branquela pegara o copo de prata que continha o suco de abobora, levara até a boca pálida de Draco, dando um gole. Os olhos acinzentados ficaram obscuros enquanto observava Hermione Granger.
“Se o sonho tiver uma lua negra, significa que sua vida se tornará obscura de forma que nunca saberá sobre suas escolhas...”. Ela estava pouco se importando com o que lia. Sua atenção estava virada para aquele par de olhos que a encarava. Um par de olhos totalmente sedutores e charmosos. Só que ela não os encarava, porém sabia o que ele fazia exatamente...
-Mione... Ta ouvindo a gente? –Harry chamara a atenção da amêndoa.
-Oi? –Hermione o olhara, olhando através do amigo, vendo o corpo que a encarava na mesa ao lado, logo atrás de Harry. Um sorriso debochado se apossou dos lábios do queixo fino e pálido de Draco Malfoy. De alguma forma, Hermione contribuíra, pois sua deusa interior comandou o corpo dela. Ele deixara o sorriso desaparecer, e os olhos se tornaram sombrios. Dessa vez Hermione empinara o nariz mostrando todo o seu orgulho intacto... E assim Draco gesticulou com a boca, para que ela lesse seus lábios, lentamente eu tenho nojo de você para mostrar todo o preconceito que ele tinha com a amêndoa.
É um preconceito como casca, para esconder, para sufocar tudo o que ele sentia... Era um orgulho para não distinguir tudo o que de fato na verdade era para ela.
Ela virou o rosto indiferente, com o preconceito de Draco ela lidava à muitos anos.
Ele virou o rosto, pois com a indiferença dela ele lidava a muito tempo. Mas o orgulho que resplandecia nas atitudes dela, era uma boa-nova.
Alguns alunos iam saindo, para dormir, ou estudar, ou somente conversar e namorar.
-Estou com sono... –Gina dizia. –Vamos Harry... –Ela deu um olhar explicativo para Harry, que esse sorri maroto. Hermione percebeu o código dos dois, e pigarreou.
-Espero que vocês durmam bem... Cada um em sua cama, em seu devido lugar, fechando os olhinhos, separadinhos um do outro, e nada de sacanagem. –Ela aprofundou mais o olhar sobre os dois.
-Você tem monitoria hoje? –Rony perguntou tentando livrar o amigo.
-Tenho.
-Com quem? –Rony limpou a boca.
-Com a pessoa que eu mais amo nesse mundo. –Ela encarou Draco, que esse rira, com a ironia da menina. Ela fez cenho, pressionando os lábios para segurar um palavrão.
-Que horas? –Rony chamara a atenção dela.
-Dez. –Ela folheou o livro... Vendo as babaquices que continha nele, falando sobre o sonho, o largou de lado.
-Hm... Vou dormir, boa noite Mi. –Rony se levantou e deu um beijo na maçã do rosto da amêndoa. Harry fez o mesmo.
Draco sentiu uma pontada irreconhecível no estomago, uma sensação de que algo seu fora invadido ou roubado. Uma sensação de que invadiram o seu território, ou que tocaram em algo que era seu. Aquilo era ciúme. Um ciúme de Hermione Granger.
Ele observou o ruivo e o Harry saírem, Gina se despedira também deixando Hermione sozinha.
Pansy, Crabbe, Goyle e Pietro Jackson se despedira de Draco, se levantando da mesa.
-Vai ter uma festinha hoje Draco... –Pietro, com cabelos escuros e olhos verdes o avisava. – Vai ter umas garotinhas lá... –Pansy dera uma cotovelada nele. Ele não se importou, continuando. –Por isso venho te perguntar se quer ir? Vai ser na sala precisa... Só os alunos da Sonserina vão poder ir. Caso você queira levar alguém... –Pietro olhou na direção da Grifinória de cabelos ondulados e castanhos, que brincava com o livro em cima da mesa, levando para lá e cá. Mas observara atentamente uma pena escrevendo sozinha num caderno aberto.–Poderia levar a Granger... Ela é da Grifinoria... Eu não me importo... –Ele deu uma piscadela para Draco, que esse entortou a boca em desaprovação. Pietro deu um riso cínico.
-Sonhe, é mais fácil. E eu vou... Terá uísque de fogo?
-Claro... No Salão Comunal da Sonserina. Vamos jogar magia para abafar o som.. E imobilizar os quadros –Os olhos verdes brilhavam Em espera.
-Ótimo... Talvez eu leve alguém... –O sorriso de sempre aparecera nos lábios marcantes de Draco Malfoy. –Talvez não.
-Entendo. Até... -Pietro foi se retirando então ele deu um sorriso frouxo mas sedutor... É uma marca típica de todos os Sonserinos: o sorriso encantadoramente sexy e debochado. –E se você levar alguém... Quem seria?
-Não é algo que seja da sua conta Pietro... Até mais tarde... –Pansy deu uma ultima olhadela para Draco, e foi-se junto com Pietro. Crabbe e Goyle fizeram o mesmo... Deixando o loiro-branco sozinho sentado na mesa, pensativo.
“Eu não sei qual é o problema diário... Não... Sei sim... O problema é esse: ficar sentada aqui nesse banco, com uma visão ampla, de um estorvo que fez o favor de me dar o primeiro beijo, e que é tentadoramente sedutor um Malfoy. Eu sei que as coisas andam difíceis, e às vezes eu acho que estou num sanatório, ou eu é que preciso urgentemente ir para um? Por que simplesmente meu cérebro esta fritando! Ele esta pensativo (não falo do meu cérebro)? Sim, acho que sim... Mas você se pergunta, como é que eu to escrevendo e olhando para ele? Existe magia para quê? Merda, agora ele esta me olhando, agora ele esta me olhando... Haja como se estivesse... Haja como uma autista, pronto! Não... Ah merda, agora ele esta sorrindo! Não olhe Hermione, não olhe, não olher!”
Hermione fechou o diário rapidamente, esmagando a pena enfeitiçada. Pegou o livro do Oraculo dos sonhos, colocando junto de seu diário em seus braços, meio desastrosa, sua mão tentava agarrar O Profeta Diário que Rony esquecera, e conseguiu. Quando de repente Draco estava atrás dela.
-Ah! Que susto moleque! –Ela derrubou tudo que estava em sua mão. –Não pode ficar aparatando toda hora.
-Engraçado... Ainda fugindo Granger? –Draco agachou-se para pegar as coisas que ele contribuíra para derrubar. –Vai ficar ai olhando, ou vai ajudar a pegar também?
-Não preciso da sua ajuda...
-Da minha ajuda não... Mas do meu cavalheirismo, talvez. –Ela continuava parada, Draco a puxou pela mão, fazendo-a se agachar. –Quando é que vai parar de ser tão orgulhosa? –Ele disse sem pensar.
-Quando é que vai parar de ser tão preconceituoso? –Hermione pegou o livro, mas quando viu o diário na mão de Draco, seu coração disparou, seu alarme interno tocou, e sua boca quase soltou um grito em desespero.
-Eu tenho um igual. –Ele sacudiu o caderno de capa azul.
-Maravilha, me dê. –Ela fora pegar, mas ele tirou do alcance dela.
-Vamos ver o que que tem aqui... –Quando ele ia folhear, Hermione se levantou também, envolvendo a gravata verde na mão fina e pequena com agilidade, puxando facilmente para si. Draco olhou aquilo e sorriu.
-Se você ousar mexer nisso... Acabo com você, desde o seu dedo mindinho até o seu ultimo fio de cabelo.
-Isso inclui outras partes no pacote? Vou adorar você acabando comigo.
-Seu escroto. –Ela o soltou, porém pegando o caderno azul da mão dele.
-Bem... Não vou falar nadaaaaa sobre coisas realmente nojentas... Você sabia que tive que passar desinfetante depois que você me agarrou loucamente e me beijou? –Os olhos dele brilharam de malicia.
-Ah! Sim, eu te agarrei loucamente... E você é tão fraco não é Malfoy, que nem ao menos conseguiu se soltar por que sou uma brutamonte do tamanho de um elefante. –Ela se agachou novamente, pegando o Profeta Diário.
-É isso mesmo... Não me agarre de novo, Granger, não sei se irei mesmo te parar.
-Talvez o seu pai te ajude a me parar da próxima vez, p-r-i-n-c-e-s-i-n-h-a. –Ela começou a caminhar entre as mesas, Draco com as mãos enfiadas no bolso da calça pôs-se a segui-la marotamente.
-O turno da monitoria começa daqui a alguns minutos.
-Me dê esses minutos de tranquilidade Malfoy, desapareça me fazendo feliz pelo menos uma vez na vida.
-Hermione súplice? Essa é boa.
-Precisamos fazer o relatório, e eu preciso te ajudar a estudar... Me encontre hoje, depois da monitoria, à meia noite na biblioteca. Caso se você não estiver lá.... –Ela olhou com ameaça ao rapaz. Ele sorriu.
-Não posso... Tenho uma festinha particular hoje. Bem melhor do que sua companhia, convenhamos Granger.
-Hm... Tanto faz. –Ela cheirava a indiferença.
-E, aliás, você não me suporta...
-Suporto você à seis anos, algumas horinhas não fará diferença.
-É... Assim como essa sua cara de nojenta não faz diferença nenhuma toda vez que acordo.
-hm... –Ela se dirigiu as escadas enfeitiçadas, e Draco Malfoy olhou-a ir.
-Que horas na biblioteca? –Ele gritou do primeiro andar, Hermione olhou para baixo, vendo aquela figura de cabeleira branca.
-Já disse... Meia noite.
Sempre assim.
Sempre discutindo. Sempre indecisos.
-GINA E HARRY! –Hermione pegara os dois no ato, na cama de Gina, com Harry deitado sobre Gina... No entanto, essa apenas de sutiã, só sobrava uma peça em seu corpo, e era a saia, mostrando suas pernas finas e branquicelas, encaixadas na cintura de Harry. Enquanto a ele, estava apenas de calças e sem os sapatos, os traços não delineados da sua barriga cobertos com alguns pelos pubianos e a cor azeda da branquidão na sua pele, não tornava a cena muito afetuosa para Hermione Granger. “eca” –Que porcaria é essa? –Hermione jogou os livros no chão.
-Sexo? –Harry foi ousado.
-AHHHHHHHHH SAIA JÁ DAQUI POTTER! –Ele saiu correndo pegando seus sapatos e roupa, Gina se cobrira com a coberta. –SEU VIADO!
-Mione... –Gina sorria
-QUE FOGO DOS INFERNOS DE VOCÊS DOIS HEIN! QUE SACO! QUE SACO! POLUIRAM MINHA MENTE... AH por Merlin quero vomitar! –Ela encarou a amiga, que ainda estava seminua. –E você? O que você esta fazendo ai? Coloque a merda das roupas? CADÊ O RONALD WEASLEY?
-Ele foi numa festinha... Da grifinoria...
-AH! Todo mundo deu para fazer festinha hoje né? Amo ser monitora!! Onde é que é a “festinha”? –Hermione fez aspas no ar. Gina engolira em seco.
-Não sei... Ele não disse.
-Hm... Ok... Vou tomar banho e ir para monitoria. –Hermione parou, ela tinha que fazer algo que não havia feito ainda. Adiantava sempre isso, e acabava percebendo situações ou chegando a cenas ridículas como essa que vira. –Gina... Preciso... –Ela se sentou na cama da amiga, e seu subconsciente disse que só haveria uma forma de Gina escutá-la. A forma era de: Hermione se abrir com ela também. Porém, como se abriria? Como diria? Ela nunca foi muito boa de expressar os seus sentimentos, nem que seja para o seu melhor amigo. –Olha, minha mãe uma vez me disse que uma flor... –pigarreou, e olhou para baixo, Gina notou o nervosismo de Hermione, sabendo que ela dificultava as coisas até para si mesma, até na hora de contar uma coisa banal... Mas ela tinha e tem uma coisa chamada orgulho, que é intacto, de ferro, de aço, que ajuda nessa dificuldade interna da menina, que a faz empinar o nariz, e deixar transparente a sua prepotência natural, -... Que uma... Gina..- a olhou nos olhos.- A pressa não é boa, e quando uma flor é obrigada a se abrir, ou então se abre para tudo o quê o mundo ou o quê sua paixão tem a oferecer, ela se despedaça, ou a despedaçam por ela, então... Gina, não se apresse, apressar suas escolhas te torna fútil e imbecil. –Finalmente, Hermione vomitou o que sentia, Gina pegara o recado, mas não pegara o sentimento de Hermione flutuando no ar. –Isso vale para outras coisas...
-Obrigada, prometo que vou tentar não... Sabe... Vou ser mais cuidadosa. –Gina abraçou a amiga, e Hermione contribuiu.
Draco colocando sua camisa social e a calça preta... Levantou a manga da camisa até os cotovelos, mostrando os pelos e a musculatura do antebraço. Pondo nos pés um sapato qualquer que o próprio encontrara no seu baú. Bagunçou o cabelo loiro platinado, como se o vento o houvesse despenteado. Agarrou a gravata preta que estava jogada na sua cama, passou o extenso pano preto e reluzente debaixo da gola da camisa, fez o nó e para dar o seu charme, afrouxou um pouco a gravata, desvencilhando um botão da camisa negra.
Era assim que o seu pai queria que ele estivesse... Não exatamente... Mas era assim que Lord Voldemort queria que ele estivesse, obscuro e sombrio não só por dentro, e também por fora.
Sua roupa preta até mesmo o assustara no espelho.
Daí em diante ele tinha que andar assim.
Tinha que vigiar o castelo para os Comensais da Morte, para o próprio Voldemort. Aliás, ele era agora uma peça importante no jogo. Ele era a peça mais importante, mas nem ele mesmo sabia disso. Voldemort sabia, e era o único.
Draco que fora destinado para o mal, a destruir dentro de Hogwarts Harry Potter. Draco Malfoy era um peão maldito.
-Lá vamos nós Granger. –Pegou a varinha e se retirou do seu dormitório, vendo Pansy Parkinson jogada no sofá verde musgo, o mirou e depois voltou o olhar para o que via no jornal.
-Por que está tão arrumado? E tão cheiroso? –Os olhos sorrateiros e castanhos o mediram novamente.
-Não é pra você, e também não é algo que seja da sua conta...
-Nossa... –Ela se levantou, largando o Profeta diário, circundava Draco como uma fera envolta da sua presa – Pensei que fosse para a festinha, não para a monitoria...
-Não acho que chegarei a tempo da festa... –Ele tinha que mentir, se os sonserinos, ou até mesmo soubessem que ele estava com Hermione Granger, uma sangue-ruim, o que diriam dele? –Tenho que resolver coisas fora da escola. –O que eles achariam de Draco? Qual reputação ele teria? Um sangue-puro Malfoy, um dos mais bem sucedidos em notas academicamente e o mais atraente, andando com uma sangue-ruim?
-Como vai sair?
-Tenho meios, sou um comensal... Não me perturbe... Agora saia da minha frente. –Ele ia saindo, e Pansy colocou a mão esquerda com força na barriga do rapaz o impedindo e o empurrando de leve para trás. –Olha só... Para quem vivia correndo atrás de mim todas as noites, que gemia e com certeza deve gemer ainda pelo meu nome... Bem... Você esta bem ousada, para alguém que sabe com quem esta lidando... Tire suas mãos de mim, ou eu te humilharei mais. –Ele disse ao pé do ouvido da morena.
-Não ouse falar comigo dessa for...
-Que forma? Você não pedia etiqueta quando eu a agarrava na biblioteca, ou em qualquer outro lugar, por que você É uma qualquer... E não esqueça de que você sempre estará ao meu dispor, sempre SEMPRE quando Eu quiser. –Draco deu um risinho cínico e saiu andando desleixadamente ousado pelo Salão extenso, andou porta a fora do quadro, passando pelas caveiras grudadas na parede.
Chegou ao Hall de entrada do Salão Principal a espera de Hermione Granger. Dessa vez decidiu não ir busca-la para tirar ela do sério, alguma sensação estranha de que ninguém visse que os dois estavam juntos por que ela era um sangue-ruim. Uma sangue-ruim. Mas era monitoria, para que ele se explicaria? Pra quê se importa com a presença da amêndoa?
Hermione observava o rapaz de corpo longínquo, vestido formalmente dos pés a cabeça de preto. Os olhos azuis gelo fitavam o nada, um ponto fixo e interessante.
E por coincidência, Hermione também estava de preto. Apenas coincidência.
-Boa noite. Vamos começar... Você vai para o lado leste e eu o sul. E em uma hora nos encontramos na sala da Mc Gonagall e assim partimos para a biblioteca. –Draco observava o jeito mandão de Hermione.
-EU vou para o lado sul e você o leste.
-Por Merlin Malfoy, para de implicar!
-Só disse que quero o lado sul.
-Ta! Nos vemos daqui a uma hora na Mc Gonagall. Até. –Ela deu as costas para Draco, e esse saiu andando o lado contrário dela.
-Granger, até parece que ela vai se impuser sobre mim... Até parece. –Ele caminhava desleixado pelos corredores do castelo com as mãos no bolso, o olhar totalmente avoado. Não tinha percebido a presença de Neville Longbootom se agarrando com Luna Lovegood. Passou reto, pensativo, avoado, distante.
Ela olhava para todos os cantos, cada vez que andava mais, notava que tudo estava vazio, só parecia que estava vazio. Quando enfim, encontrou Harry debaixo da sua capa. Ela passou a mão no tecido suave e incorruptível por qualquer magia.
-Peguei. Como veio parar aqui? Te mandei sair fora do quarto... Não fora do Salão Comunal...
-Saí por um simples motivo.... Andei seguindo Malfoy esses dias... E ele anda indo na sala mais precisa de todas... A sala onde nós queremos guardar coisas que não usamos, ou que gostamos muito...
-Sim... Idaí?
-Idai que Draco esta planejando um ataque interno em Hogwarts, com o Armário Negro.
Passou-se a hora estimada... E o combinado de se encontrarem na frente da Sala de McGonagall começava a ser mais adiantado, menos por Draco que se rangia de ódio, pelo atraso de Hermione.
-Odeio atraso, odeio, odeio, odeio.... Cadê essa sangue-ruim? –Murmurava impaciente. Passou mais quinze minutos e ele já se preparava para ir atrás dela. Olhou no relógio, e bateu com unha do dedo anelar no vidro do relógio, que desaparecera do seu braço... Fazer o quê.. É a magia.
-Desculpe o atraso.
-Onde é que você estava? –estalou o maxilar. –Fiquei aqui esperando uma vida.
-Ah... Poupe-me Malfoy... O que quê foi hein? Qual o problema? Tenho meus direitos de me atrasar, e motivos enten...
-E quais motivos são esses? Posso saber? Já que você esta no horário de monitoria, não de resolver a sua vida.
-Posso desmarcar o trabalho na biblioteca hoje...
-Não interessa! Se eu disse que ia, eu vou e ponto... Não tem que mudar mais nada, entendeu garota?
-Cara, para de ser IDIOTA! –Ela se alterou do normal, para a loucura Malfoy.
-E para de ser tão lerda!
-INÚTIL!
-INSUPORTÁVEL!
-ASQUEROSO, REPUGANTE, ESTRUME DO COCÔ DO CAVALO DO BANDIDO, NOJENTO IDIOTA AO QUADRADO, AO CUBO, AO TRIÂNGULO! –Ela gritava e Draco ria gostosamente da cena.
-Você me diverte. –Agarrou a amêndoa num encaixe perfeito, e chapou-lhe um beijo quente nos lábios da menina.
Havia algo de errado ali. Havia?
Por que os dois de fato se entregavam um ao outro, naquele selar de alma. Eles conseguiam sentir o próprio coração em um ataque cardíaco, apenas com a aproximação dos corpos. Era um beijo, era um oceano brutal de satisfação, era algo mortal e venenoso, mas era tão desejado, tão sentimental, e por Merlin, que nem eles mesmo se tocavam que era amor.
Ele segurava a cintura pequena, nas mãos largas e brancas, a possuindo de forma carnal, mas tão intensamente, que nem ele sabia de onde vinha essa intensidade insana. Mas era tão bom, ele amava sentir os lábios macios e doces de Hermione. Mas onde estava o preconceito de Draco? Onde? Ele nem tinha ideia. E por isso de um beijo quente e devastador passou para um mais lento, e descobridor. Que deliberadamente deixava Hermione sem pernas e forças para contribuir. Mas onde estava o orgulho da amêndoa? Onde ela o pusera? Nem ela mesma sabia. Os dois já não sabiam de nada, não sabiam do ódio, não sabiam de mais nada... Se fosse visível o sentimento que brotava da alma dos dois a cada dia que passava, seria uma áurea ofuscante e ao mesmo tempo intocável.
Draco serpenteava de forma ousada, mas cautelosa Hermione. Tocava sua cintura, apertava sua barriga, segurava seu maxilar. Há quanto tempo estavam naquilo? O beijo voltara ao desesperador de sempre, era reciproco, por que ela fazia o mesmo.
A deusa de Hermione sorria, gratificante, de frente à um espelho, admirando o que via. E contemplando a cena em qual se encontrava de prazer, se sentindo completamente devassa com a situação, em frente a porta ornamentada de McGonagall. E como o sangue de Hermione pulsava freneticamente nas veias dela, era sobrenatural. Hermione agarrava entre os dedos a aureola de cabelos lustrosos platinados.
Draco desce ofegante, até o pescoço de Hermione, beijando sua nuca, causando arrepios na amêndoa.
Então, do nada, a amêndoa sente o corpo congelar-se. Pois um corpo longínquo já não a segurava como se fosse seu mundo. Ela estava de olhos fechados, segurando o choro, e trazendo seu orgulho a vida.
Draco também fechara os olhos, até que ponto ele chegou de não comandar no próprio corpo? Talvez ele só queira amor. Ou talvez seja sede de corpos, caricias.
Os dois ficaram ali.
Parados.
Nos próprios mundos.
Hermione abrira os olhos primeiro, então bateu na porta ornamentada, assim a porta se abrira, e Draco a viu entrando.
Ela sentou-se na poltrona e Draco ao lado dela. Os olhos acinzentados viram o orgulho, e que orgulho de pedra. Incorruptível. Era quase sufocante, era quase um veneno agridoce.
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