Capítulo 2
-Por favor, Rony! Poupe-me das suas reclamações de fome! –Gina gritava com Rony na mesa da Grifinoria, fazendo alguns Grifinórios e Sonserinos olhar a cena e cair na gargalhada. Hermione Granger se concentrava em um livro, “depois da poção de amor feita, terá de dar ao seu alvo escolhido, e assim a pessoa se apaixonará por você eternamente...” Hermione tinha um alvo, mas não sabia quem, sabia que essas poções eram proibidas, e só eram quebradas com um antidoto de desilusão, tirado da lágrima de uma pessoa magoada. “Profundo!” pensara.
-Hermione! Fala para ela que eu estou com fome! Transporte comida Hermione! Pelo amor de Deus!
-Cala a boca Rony! –Hermione o ordenara, voltando a ler.
Draco a olhava lendo o livro de “Poções de Amor.”
-Reconhecível que ela esteja lendo isso. –Pansy enrolava entre os dedos uma mecha lisa do cabelo negro. –Ninguém ama ela... Provavelmente deve ser para o Potter.
Draco curioso, pensou em como chamar a atenção de Hermione. Enquanto pensava, o café da tarde ia desaparecendo. E Draco pensava num jeito de chamar a atenção dos olhos negros amendoados do livro de poções de amor.
O Salão Principal ia ficando vazio, e alguns alunos da Grifinória iam sumindo, da Sonserina, da Lufa-fula e Corvinal. Draco se levantou de onde estava, sozinho se direcionou a mesa da Grifinoria. Hermione ainda distraída não percebera a presença dele vindo em sua direção.
-Quantas vezes tenho que chamar você de pobretona, Weasley nojenta? –Draco ria.
-Quantas vezes você sentir prazer nisso. –Gina se levantara. Draco satisfeito ouviu o estrondo de um livro se fechando. Hermione se colocara de pé.
-Qual é garoto? Deu para assolar ate minha amiga também?! –Ela caminhou até Gina, pondo-se defronte a Draco, como se fosse um escudo para a ruiva. Ele sorriu cínico e vibrante. –Não cai no veneno desse estorvo, Gina! –Hermione fez cenho.
-Veneno Granger? Veneno?! –Draco sorria, arqueando de leve a sobrancelha. Rondava Gina e Hermione, alguns alunos da Corvinal presentes viam a cena. –Até onde eu saiba quem gosta de poção de amor é você Granger! E lógico que vindo de você será um veneno! Amar você deve ser suicídio.
-Ainda reparando em mim Malfoy? –Hermione o pegara no ato. Fazendo sua deusa interior estremecer no intimo de felicidade e satisfação.
-Ainda acreditando nessa possibilidade? Poupe seu fôlego! Ou melhor... Pare de respirar!
-Não vai ter tanta graça o seu mundo sem mim. –Ela fez biquinho de uma tristeza teatral, cinismo. Os olhos brilhavam num tom sarcástico.
-Você esta aprendendo com quem a ser assim? –Gina dizia ao pé do ouvido de Hermione.
-Com o individuo que NÃO PARA DE RODEAR A GENTE! Dá pra você parar!? –Hermione se virara para ele, com o punho fechado. Draco vira a mão dela se preparando para alguma reação violenta e como sempre impulsiva. –Veio aqui só para chamar atenção? Conseguiu, agora dá o fora seu inútil! –Os dois estavam à um palmo de distância do outro.
-Não consegui o que eu quero ainda. –Ele dissera devagar e impulsivo, a olhando nos olhos. De rabo de olho viu Mc Gonagall entrar no salão Principal. Voltando os olhos para os negros amendoados de Hermione, com o plano em mente.
-O que? Quer provocar a terceira guerra mundial ou o que? –Draco revirara os olhos.
-Você as vezes é tão inteligente, mas as vezes é tão burra!
-Olha só, ele me elogiando parcialmente... Como você é caridoso! MAS EU NÃO QUERO SUA CARIDADE! SUA COBRA ASQUEROSA, REPUGNANTE, E RIDICULA! –Ela gritara alto, enquanto Mc Gonagall passava perto do escândalo. O loiro-branco e pálido, dera um sorriso Colgate triunfante.
-Miss Granger, acompanhe-me por favor. Sr Malfoy, também. –Os planos de Draco eram: nada mais nada menos do que ferrar Hermione.
-Mas...
-Agora! –Os dois nunca viram Minerva gritar daquela forma. Draco bufou com o desastre acompanhando Hermione.
-Culpa sua. –Ela sussurrava.
-Não posso negar. –Ele sorriu. –Mentir é feio.
-C-como assim? –Hermione franzira o cenho enquanto andavam a uns metros atrás de Minerva.
-Eu a vi entrando no Salão Principal.
-Você esta ferrado Malfoy. Se eu... Se eu... Se acontecer alguma coisa que suje minha vida acadêmica, tiro o seu sangue-puro do seu corpo inteiro. E faço questão de dar os restos para o nosso cachorrinho fofo.
-Já ouviu falar que cachorros não gostam de nada sem tempero? Minha carne não seria tão apetitosa sem o meu precioso sangue Granger... A menos que você queira trocar o seu sangue-ruim pelo o meu que vale ouro.
-Cara, você as vezes é tão... –Mc Gonagall parou e esperou a grande porta se abrir.
-Sentem-se por favor. –Ela mostrou as cadeiras com as mãos.
As cadeiras novamente os seguiram, fazendo os dois se sentarem à força, ficarem à frente da professora. Hermione se ajeitando na cadeira, inconformada com as cadeiras possessivas. Draco sentado desleixado, com os cabelos bagunçados, olhando para Mc Gonagall com tédio.
-Então? –A voz rouca e entediada do loiro preencheu a sala, fazendo Minerva acordar e ir direto ao assunto.
-Devido aos comportamentos que um tem pelo outro... Terão de fazer um relatório dizendo às qualidades que os dois têm. Sem xingamentos, socos, bate-bocas, sarcasmo, ironia...
-A senhora quer o que Minerva? Espera que sejamos amiguinhos, igual aos ursinhos carinhosos? Com essa fedelha de sangue-ruim?
-Não a insulte Malfoy.
-E o feitiço vira contra o feiticeiro. E desde quando você sabe dos ursinhos carinhosos?
-Fica quieta garota.
-Senhor Malfoy! Detenção! E senhora Granger, por provoca-lo, detenção!... –ela suspirou. –Pelas calças de Merlin!
-Pelas cuecas dele também... –Draco e Hermione disseram juntos.
-Vocês irão acabar explodindo essa escola, com as briguinhas de vocês... E os quadros já estão reclamando!
-Ah! É aquela má influência para aos alunos?
-Senhorita Granger!!! –Minerva se levantara da mesa. –Você esta impossível!
-Sempre... –Draco bufara. –Essa daí é a impossibilidade em pessoa!
-E você é...
-“Você é isso” “Você é aquilo” “Você!” VOCÊ VOCÊ VOCÊ! Dá para os dois calarem essa boca! –McGonagall, os olhava furiosa sua impaciência aprofundava mais ainda suas rugas, deixando uma senhora de uns cem anos, completamente histérica, diante de dois adolescentes pasmos.
-Caramba...
-Senhorita Granger, e Senhor Malfoy, farão um relatório dizendo o que cada um tem de bom. E como castigo para a senhorita Granger, ela terá de participar do time de quadribol, e para se especializar terá treinamentos com o Senhor Malfoy. Senhor Malfoy, terá de ter aulas com a Senhorita Granger, de transfiguração e mais uma coisa que vou pensar. Satisfeitos?
-MAS ISSO É INJUSTO! COMO ASSIM? VASSOURAS+ ALTURA+ HERMIONE=NÃO NÃO NÃO!
Eu juro solenemente que vou meter bazuca no meio da testa enrugada dessa múmia! Quem ela pensa que é? E eu não sei qual a cara foi pior, a minha com certeza foi de ódio, medo, ódio, sede de sangue... Ou a cara do Malfoy, que foi cara de “vou contar tudo para o meu pai” e “essa velha ficou louca” ou “com a sangue-ruim?”. Confesso, até que as caretas do Malfoy são melhores das suas carinhas de antipático e nojo (o que é a sua aparência normal), o que me fez rir da cara dele descaradamente, e de um jeito descontrolado.
-Quê que foi sangue-ruim? –o grande problema é que meu castigo é ao quadrado, e extremamente pior que o dele. Porém, vendo aquela cara dele toda vez que estiver tendo um ataque e ter um contato visual ligeiramente com a xuxa é perigoso de haver um assassinato em plena Hogwarts. Ter chances máximas de parar em Azkaban, não sei se valeria muito a pena infernizar a vida dessa doninha imbecil, enquanto dementadores sugariam minha alma, e todas as lembranças felizes que restariam (poucas) depois de conviver com Malfoy... Bem... Até que valia a pena, quem sabe assim... Não não não. Nunca vai valer a pena, por que ele é o Malfoy, e eu sou Hermione Granger, sangue vermelho e verde não dá em uma cor muito legal, convenhamos. E não poderia me lastimar pelo resto da vida, de ter exterminado um estrupício, se poderia estar feliz... Aliás é só o sexto ano! Não tem como ficar pior... Tem?
-Sua... Hahahhahahah... Cara... Espetacular! Hahhahahhahahaahha. –Eu com as mãos no estômago, e dois pares de olhos me encarando. Os acinzentados me olhando com um ódio trazido lá do lugar mais gélido do mundo. E os castanhos enrugados me olhando com desdém. Velha inútil.
-Já CHEGA! OS DOIS SÃO DEBOCHADOS UM COM O OUTRO! VÃO TER QUE SE SENTAR JUNTO NAS AULAS! – Cara, sinceramente? Ela passou dos limites... Eu me sentar com ele nas aulas já é sacanagem!
-O QUÊ? –Já era a segunda vez que nós dois gritávamos juntos no mesmo instante e ainda por cima numa sincronia ridícula, se levantando frustrados e irritados.
-É isso mesmo. –Minerva fez cara de quem não viu e ouviu nada, e teve a cara-de-pau de falar: - Vocês não deveriam estar fazendo alguma coisa? -Vamos ver... O que é que eu poderia estar fazendo agora? Bom... EU poderia estar mandando todo mundo para o raio que o parta, ou talvez xingando ela com todos os mais perfeitos insultos com cada letra do alfabeto. Aliás, eu tenho palavrões o suficiente! Ou talvez eu pudesse esmurrar o Malfoy por ter nascido, ser sangue-puro, ainda por cima filho da Barbie.
-Minerva! A senhora só... –Tentei protestar, mas sem chances, a senhora-reconciliadora-de-Sonserino- e-Grifinorios decidiu me cortar.
-Não se discute decisões de um diretor. Se retirem, vão! –Ela nos expulsava , como se estivesse um pequeno mal de Parkinson na mão, ou estapeando o vento, fazia gestos para nos retirarmos.
-Quem sabe a senhora discuta melhor com o meu pai. Espere só para ver. –Nunca me senti tão esperançosa, era a primeira vez na vida que eu queria que se concretizasse alguma coisa que o Draco Malfoy falava. Minha excitação pela vinda do pai dele, a ânsia aumentava. Balancei a cabeça positivamente, com McGonagall me olhando incrédula.
-Vou adorar essa oportunidade Draco Malfoy, aproveito e falo que você transformou o aluno do segundo ano em um rato de criação.
-Um Hamster Malfoy? –FOI A MELHOR DO DIA! –Esta faltando comida em casa?
-AH! GRANGER! –Reparei como Malfoy tinha o instinto de ficar com as sobrancelhas arqueadas e raivosas, o rosto levemente avermelhado mesmo assim a palidez translúcida não o abandonando, deixando os olhos ferozes esmagando-me com a ameaça que vinha dele. Sem perceber... Lembrando da Marca Negra, estremeci, gelando, me afastando dele.
-Saiam já!- Ela os expulsou, eles permaneceram, até que se sentaram a força nas cadeiras, e foram atirados para fora da sala, deslizando no piso liso. Hermione caiu da cadeira de quatro no chão, e Draco só cambaleou para frente, continuando de pé. As cadeiras enfeitiçadas logo voltaram para a enorme sala de Minerva, e a porta grande ornamentada de madeira se fechou num estrondo ensurdecedor.
Draco olhou a posição de Hermione e deu um sorriso malicioso.
-Quer ajuda para se levantar, ou esta conhecendo seus pais verdadeiros? –Ela olhou para o alto, encontrando os olhos azuis acinzentados.
-Espera, acho que... Encontrei uma coisa... –Draco parou interessado no que ela estava fazendo – Aqui ó! Vai se ferrar sua ameba! –Mostrou o dedo pai de todos para o garoto que esse, revirou os olhos, e saiu andando. Hermione deu um suspiro de indignação e se levantou frustrada e com raiva do loiro-branco.
-Levanta, temos que monitorar o castelo. Não é hora de limpar o chão... Faça isso mais tarde.
-Tenho fascínio por monitorar o castelo com você...
-Eu sei que sou lindo, não esta no momento para falarmos sobre isso.
-Por que é que você não cala essa boca? –Hermione andava ao lado dele.
-Por que você não admite logo Granger, eu sei que sou atraente para você, por isso implica tanto.
-EU implico Malfoy? EU IMPLICO? TEM CONVICÇÃO DISSO? –Hermione ainda andava ao lado dele, tendo uma distância considerável do corpo longínquo do rapaz.
-Bem... Você implica mais que eu...
-AH! POR FAVOR! –pausando, jogara as mãos para o alto, como se pedisse clemência a alguém. –Quê que eu fiz? –As veias no pescoço dela começaram a aparecer. E Draco observava cada detalhe exagerado na expressão de Hermione, um pequeno sorriso traçara sua boca, numa curva satisfeita de admiração.
-Granger não pode ficar aqui o tempo todo...
-Ah! Cala a boca! Eu te odeio! No ano passado, além de ajudar a Umbridge a ferrar a armada de Dumbledore, agora quer bancar de pacifico? Discuta Malfoy! Xingue! É só isso o que você sabe fazer! Humilhar todos que não é sangue-puro, ou da sua casa nojenta e repugnante que é logicamente a Sonserina! –Ela bateu as mãos nas coxas, num sinal de desabafo, suspirou fundo e disse: - Quando tudo isso terminar Malfoy. Fique bem longe de mim!
Draco deu um sorriso entusiasmado de deboche.
-Não acho que será possível. Temos um ligamento Granger, nos beijamos no ódio. Quando duas pessoas se beijam sem sentirem nada uma pela outra, mas mesmo assim se entregam no beijo. São automaticamente ligadas.
-Não acho que seja possível. De acordo com o MEU raciocínio lógico a SUA Marca Negra, quebra todo tipo de maldição, ou alguma coisa “ligada” a sangue-ruins... Ou seja, não, nunca se aproxime de mim novamente Draco Malfoy. Ou faço questão de ir até Você-Sabe-Quem e dizer que você me agarrou por que esta apaixonado. –Hermione bufou e os dois se olhavam. –Imagine se seu paizinho souber dessa traição... Se é que ele e o seu Lord já não saibam... –O corpo de Draco enrijeceu-se, e ele ficou em postura, seus olhos acinzentados tornaram-se profundamente obscuros. Hermione o tentava descobrir, tentava descobrir o que havia por de trás daquela íris cinza, pois algum tipo de incógnita fazia um bloqueio, não deixando saber os pensamentos do rapaz.
-Até sangue-ruim. –Ele virou-se e Hermione ficou parada olhando o corpo longínquo e forte de Draco ir, partir pelos corredores de Hogwarts meio pensativo no que Hermione Granger dissera.
-Merda... Será que Comensais da Morte têm sentimentos? –Um vento frio bateu sobre a maçã do rosto da castanha, em sinal de resposta da pergunta solitária de Hermione e o vento se transportando pelo corpo dela, causando tremedeira. Os amendoados olhos da menina olhou o caminho caminho oposto do rapaz, deixando a dúvida e a sensibilidade invadir na. Será que isso o afetou?
“Depois das perguntas não respondidas diário, monitorei o castelo e não encontrei Draco Malfoy pelos corredores... Não estou preocupada com nada, mas que foi estranho aquela saída repentina dele, foi. Se bem que eu disse poucas e boas, e não me arrependo, ele estava precisando de umas verdades.
Enfim, fui dormir e acordei com os pássaros cantando na janela... Parece maldição! Sempre quando é aula do Snape seboso ou da Minerva Neurótica de Transfiguração, tenho que acordar atrasadíssima. E como sempre, em todas as manhãs de atraso, eu digo, “que saudade do meu vira-tempo”.
-Senhorita Granger, sente se. –Até agora acho que é ilusão, mas que eu vi um sorriso de ‘ou senta, ou senta” (qual das opções? Prefiro a primeira, mas eu não sei se vale tanto a pena) no rosto enrugado daquela sem noção, eu vi. Draco Malfoy, estava na direção exata que Minerva apontara, eu estava completamente perdida, por que havia me esquecido desse artefato, e também não tinha me preparado psicologicamente para o massacre Malfoy.
Engoli em seco, e dei uma olhadela para o canto, e lá estava o Draco Malfoy, sorrindo diabólico em minha direção. Novamente engoli em seco, esperando que uma bomba atômica vindo da Coréia se transportasse para Hogwarts e atingisse uma cabeça grande e castanha, cheia de estrume.
-Oh meu... Meu... Eu me esqueci...
-Esqueceu? Sente se Granger. É tão bom te ter por perto. –O sorrisinho de Draco Malfoy, a marca diabólica daquele insano. –Senti saudade... Como sempre atrasada. –Gargalhadas exageradas espalharam-se pela sala, Pansy Parkinson sorria triunfante, com as risadinhas finas que me doem os ouvidos. Senti 99% do sangue do meu corpo subir à cabeça, com certeza me deixando vermelha. Olhei para a minha esquerda, e Harry e Rony me olhavam, com interrogação na expressão facial.
Enquanto passava perto deles sussurrei “castigo”, Rony fez cara de sério e raiva, e Harry de quem compreendera.
Draco se virou atenciosamente falsamente. Mc Gonagall não ligava para o que ele dizia, se transformando em um gato, ficando em cima da mesa observando os alunos.
-Para já com isso. –Parei ao lado dele, sentindo dúzias de olhos nos encarando,
-Minerva ainda ouve, seja educadinha, ou tente.
-Vá tomar no seu orifício anal Malfoy. –Sussurrei.
-Anda Granger. –De repente, parei, e o olhei, como pude me preocupar com ele? Realmente sonserinos não amam, não sentem, não choram. Só vivem por si. Senti nojo de mim, por sentir pena de Malfoy. O ODEIO, ODEIO! Ele estava agindo como se... AH!
-Vo... –Balancei a cabeça negativamente, e me sentei ao lado de Malfoy... Ele começara a brincar com os dedos, batendo-os na mesa, me causando irritação. –Pare. –Ordenei. E não é que o infeliz parou?
-Granger, não aconteceu nada ontem, e você nunca viu o que acha que viu.
-Do que você esta falando? –Fingi.
-Boa menina. Boa fedelha de sangue-ruim.
-Sua implicância é comovente. Assim como a sua falta de sanidade mental, me comove também... É fácil de perceber que você é um pobre coitado, tenho pena de você Malfoy, por ter uma vida que te amaldiçoa eternamente, e por ter um sangue vendido ao inferno. –Sussurrei no ouvido dele. E nunca percebi como podia ser tão cruel quando queria, acho que vou começar a usar mais disso... Só que: Quem consegue deter Malfoy? Ninguém é claro!
Ele aproximou mais a cadeira perto de mim, e roçou um pouco dos lábios no meu ouvido, automaticamente (repito: AUTOMATICAMENTE!) fechei os olhos, sentindo uma coisa estranha se espalhar pelo meu corpo, deixando me totalmente lúcida, pronta, somente para ouvir o que ele iria dizer.
-Granger, suas palavrinhas nunca irão me atingir, e eu sei o que você esta sentindo agora, e que esta se recusando a sentir... –Abri os olhos e o vi sair de perto de mim, arrumando a coluna em posição na cadeira, olhando para o quadro, pegando a pena e escrevendo no pergaminho. Meus olhos seguiram todo esse trajeto, eu fitava o cabelo loiro-branco, depois partindo para o maxilar, e logo após os lábios vermelhos e pressionados. Os olhos azuis acinzentados vidrados no que escrevia. De repente, ele se vira e olha para mim. Franzi o cenho, e ficamos nos encarando, até por fim, eu pegar a minha pena branca, escrevendo o que jazia no quadro, de forma rápida, com o corpo tenso, sabendo que ele ainda me encarava de forma assustadoramente desconfortante e invasora, como se de alguma forma, o inútil soubesse o que eu pensava, e como meu corpo e minha mente mantinham alguma espécie de luta silenciosa dentro do azul acinzentado de um rosto pálido e fino.
De alguma forma, ou é impressão minha, paranoia... Não sei! Senti o pesar dos olhos dele sobre mim, como se fosse por séculos! Talvez eu seja neurótica, mas parecia algum tipo de câmera particular, me vigiando 24 hrs no dia. Cada minuto que passava: que pareciam décadas, eu sentia minha mão soar frio, e minha respiração se tornar um pouco mais difícil. Minha atenção na aula se tornava um pouco mais avoada, enquanto eu tentava me concentrar apenas em minha dor, e meu demônio particular, bem ao meu lado, encarando minha nuca.
Decidi, por fim, criar uma coragem inexistente e virar-me para Malfoy, para ver se realmente ele me encarava, e como vi, espantei-me, pois estava certa. Uma coisa correta pelo qual eu fugia desesperadamente.
Um sorriso frio se espalhou pelos lábios dele, o olhar se tornou meio sombrio, o maxilar novamente estalara, por um motivo desconhecido. Meus olhos o encaravam, e minha pélvis se retraiu me dando uma vontade de ir ao banheiro, minha bochecha queimava, por alguma razão bem idiota, comecei a entrar em puro nervosismo, me embriagar com a íris azul cinza de Malfoy, não ajudava em muita coisa para mim. Percebo agora, que entrei em algum tipo de colapso neurológico, perdendo os verdadeiros sentidos da vida, a razão certa, e naquele instante perdendo o motivo pelo qual o odeio, que se esvaiu pela sala quieta do castelo.
O gato rajado se lambia em cima da mesa de madeira. Como aquela velha consegue se lamber ainda gata? Será que ela perde o raciocínio que isso é nojento?
Olho novamente para Malfoy, sentindo o mesmo nervosismo de antes, bufo e volto ao meu pergaminho. De rabo de olho vejo a sala e as paredes nos vigiando, sinto um embrulho dos infernos no estomago, dando uma queimação na barriga, fazendo-me colocar a mão sobre onde parecia haver a terceira guerra mundial. Em menção a situação de dor, me levanto da cadeira, saindo correndo da sala procurando o banheiro mais próximo.
Desculpe as palavras diário, mas acho que deu uma caganeira dos infernos em mim, nunca senti tanta dor... E tão mal. “Maldita gastrite, e maldita alergia a carne!”
Saí do cubículo, onde despachara meio órgão do meu corpo, entranhas ainda doíam dentro de mim, é claro. Depositava minha mão em cima da minha barriga, e me direcionava a pia, vendo o meu reflexo no espelho, observando o quanto estava branca, com o cabelo bagunçado... E uma cara de “acabei de ter um parto sem filho”.
Liguei a torneira e me curvei para receber a agua no rosto. Com as mãos, passava sobre a minha face, sentindo um grande gelar se transportar pelo meu corpo. O mau estar novamente voltava para mim, como um garotinho pedindo colo à mãe . Senti minhas pernas vacilarem, me segurando na pia, com todas as forças segurando em cima do mármore frio, apoiando-me, para não cair no chão. O banheiro começara a girar, olhei para o reflexo no espelho, e vi uma coisa turva, que seria eu. Meus braços iam perdendo as forças, e minha cabeça se desvencilhando dos sentidos. Lentamente, me vi caindo no chão gelado do banheiro, vendo um braço me pegar pela cintura, e deposita-lo no seu colo. Tudo ficou escuro, e adormeci.”
A segurava nos braços, sentindo o calor do corpo dela. Passando nos corredores, os alunos o olhavam intrigados com a cena, pois era um Malfoy que segurava uma sangue-ruim amiga do Potter.
-O quê que foi bando de insolentes? Não tem mais o que fazer não? –Ele andava, e em um breve momento observara os lábios pálidos da amêndoa. Deixando o furioso, por que ele teve a leve impressão de que ela não comera.
-Granger sua burra. –Murmura sozinho... Andando habilidoso pelos corredores, passando entre os corpos curiosos chegando até a ala hospitalar, onde uma corpo de um mini armário o aguardava, era Madame Pomfrey que esperava Draco.
-Mas Senhor Malfoy... Como?
-Apenas faça seu trabalho Pomfrey. –Draco dera um olhar para Hermione, e colocara o corpo mole da garota sobre a cama. A íris azul cinza encontrara os olhos de Madame Pomfrey, que o encarava atônita, se perguntando o porquê de tanto cuidado que ele tinha com aquela garota... Justo aquela garota!
-Pode se retirar senhor Malfoy.
-Você sabe o que exatamente aconteceu com ela?
-Não sei.. Veremos, foi muito repentino o que aconteceu com ela... Me parece estranho.
-Como assim me parece estranho?-ele cuspira as palavras em cima da senhora.- É estranho! –Draco a olhava. –Ela estava nervosa no começo, e se tornou um problema... Mas... –Ele falava sozinho.
-Senhor Malfoy, retire-se. –Draco a encarou, e entortou os lábios em sinal de desaprovação com as palavras que a enfermeira usara, ela não se importou. –Senhor Malfoy... –Ele revirou os olhos, e se retirou da sala andando com passos firmes. Pausou, e deu uma última olhadela para a garota esparramada sobre a cama, teve vontade de abraça-la, mas algo o impedira, os próprios pensamentos, que o perguntavam o que exatamente estava acontecendo com ele.
“Parecia haver algum tipo de buraco negro me sugando para dentro, a queimação no estomago se tornara mais intensa, agora se transportando para o meu corpo inteiro como fogo. Minhas pernas pareciam estar sendo amputadas, e meus olhos aparentavam estar sendo empurrados por um lápis ou uma colher de prata. Algo não me deixava gritar, causando-me uma angustia, por não poder abrir os olhos. Era como se fosse uma obrigação, ter que sentir tudo aquilo.”
Na semana seguinte, Draco entrara na enfermaria, perdendo as esperanças, vendo Hermione coberta com cobertores grossos, e um pano umedecido, na testa. A amêndoa soava frio, e ele via ainda a palidez não somente nos lábios da garota, e sim no seu rosto e corpo. Uma melancolia se apossara de Draco. Com cautela, começara a se aproximar de Hermione, tenso e desanimado.
A cor do rosto dele sumira, o tornando mais pálido quase translúcido, a temperatura da enfermaria parecia ter caído dez graus. Ele correu o olhar pelo local, procurando alguém que estivesse vagando pela sala, mas estava tudo deserto. Voltou a íris cinza para o corpo inconsciente de Hermione, memorizando cada detalhe do rosto dela, de como era com cor e vida.
No momento, ousou se aproximar de Hermione, esperando que ela abrisse os olhos e o xingasse com todos os piores palavrões, mas não acordara. Se aproximou mais, sentindo a respiração fraca da garota, e os lábios quase se encostando. Dessa vez Draco se ajuntara do leito de Hermione, fechando os olhos em cima da amêndoa, apoiando-se na cama, com os braços. Não havia ninguém na enfermaria. Quem veria? Ele poderia matar quem visse.
A boca dele se encontrou com os lábios frios de Hermione, e os pensamentos de um comensal novamente o atormentara. Perguntando o que ele estava fazendo, por que ele fazia, por que ele sentia. Isso está errado o perturbava, Saia daí, vai condena-la. O último pensamento chamara a atenção de Draco, condena-la.
Vagarosamente, Draco se afastava de Hermione, atônito, o que esta acontecendo comigo? O que estava acontecendo com ele? Por que se importava tanto com Granger? Assim como se importou com ela, quando viu a marca no braço dela quando Umbridge dera como punição aos alunos da Ordem sobre não mentir, assim como se importara quando ela fora com Potter para o Ministério da Magia, e assim como nunca compreendia por que implicava com a garota. Era instinto. Um instinto doentio e prazeroso para o loiro-branco.
Ele começara a raciocinar tudo isso. Pensando em um dia que sua mãe dissera sobre o seu amor. “Eu amava ele desde o começo, mas tinha um instinto sádico, queria vê-lo longe, mas perto, queria ele, mas preferia vê-lo implorar”.
Draco parara no meio da enfermaria. Observando a amêndoa respirando devagar, e tão frágil.
“Mas eu não queria que fosse assim, eu amava a forma como ele se mexia, e como se mexe. Mas quando foi embora, e se tornou comensal, pedi para ele ficar, e ele não ficou... Simplesmente, se foi, sem nem ao menos dizer adeus. Ele sabia como eu jogava, como eu amava me alimentar dos sofrimentos dele. Era como acreditar no impossível, e amar o desprezível. Era como se houvesse algo em comum com o ódio e o amor. Mas nunca haverá Draco, por que aprendi isso, sofrendo, sentindo, a mesma dor que ele sentiu.”
“A senhora esta escondendo algo de mim mãe.”
“Talvez”
O loiro começara a entrar em desespero interno, uma confusão de lembranças com sentimentos descobertos.
-Granger, acorde! –Draco sussurrava exclamando. –Granger... – Ele ficara ao lado da amêndoa, a vendo respirar fragilmente. Como porcelana, Draco delicadamente passou a mão em seu rosto, e depois tirou rapidamente, ouvindo passos atrás. Os passos estavam longe, mas ele podia sentir alguém vindo.
Ela estava presa em seu leito, imobilizada. Ainda assim, sentiu um toque de alguém, no seu rosto... Ela se sentira tão quente com o toque dele, ela queria tanto saber quem era. De repente, um peso aparentemente infinito começara a pesar em sua cabeça desde o toque que recebera daquelas mãos, como um veneno mortal. Podia sentir um ardor subindo do longo de seu peito, seu coração batia freneticamente, elevando-se para sua cabeça, produzindo uma dor insuportável, espalhando-se novamente pelo peito, e em seguida, como um milhão de fragmentos de vidro, atingindo seu coração novamente. Hermione viu um flash de luz, e abrindo os olhos devagar, viu um borrão pálido, e um cabelo loiro-branco platinado, de frente a ela.
Seus pulmões ganharam novamente ar puro, respirando normalmente. A visão ia se tornando mais clara, mas ai vira então apenas o teto da enfermaria, e por algum motivo sentira solidão e desamparo por estar... Só.
-T-te-tem alguém ai? –Ela olhou para o céu bege da enfermaria, as paredes ornamentadas. –Madame Pomfrey? –Hermione começara a se levantar, meio zonza.
-Senhorita Granger! –Madame Pomfrey saíra de trás de uma cortina. Parecia estar conversando com alguém, e esse alguém saíra do mesmo lugar que ela, sem olhar Hermione, se retirando da sala. Ela observava os passos rápidos e desesperados de Malfoy, saindo da ala hospitalar, onde ela se perguntava o porquê dele estar ali.
-Por que é que... ?
-Nós não sabemos senhorita Granger. Até eu achei estranho... E sinceramente, não entendi, o porquê de ele estar aqui, e como ele sabia que você estava passando por situações difíceis no banheiro feminino? Outra, ele sempre esteve muito preocupado quando ele vinha lhe ver, todo o dia vinha te visitar. E sempre trazia orquídeas, azuis, roxas, rosa, lilás... De todas as cores! Até essa última... –Madame Pomfrey olhou para uma flor negra, era escura e estava do lado direito de Hermione... Os olhos castanhos seguiam cada detalhe da pétala preta, e meio azulada na ponta... Aquela flor fora criada, e não nascida da terra e posta ao lado de Hermione.
De novo, Hermione sentira os fragmentos de vidro de despedaçar no peito. O que é isso?
-Mas... O que é que aquele...? Ele esta querendo o quê? Notas altas nas aulas de transfiguração?
-Senhorita Granger, não acho que ele queira notas altas...
-Olha Pomfrey, acho melhor você me deixar sozinha. –Hermione se desvencilhou das palavras de Madame Pomfrey, logo sentindo uma pontada forte na cabeça.
-A senhorita esta bem? –Pomfrey deu um paço a frente.
-Sim, sim... Estou ótima.... –Ela fingiu, pois queria sair logo daquele lugar e falar com Malfoy. –Onde estão minhas roupas?
-Não pode sair agora Granger.
-Onde estão minhas roupas? –Repetiu. Pomfrey revirou os olhos, e se encaminhou para os fundos da ala hospitalar, depois de uns minutos trazendo seu uniforme, e seus pertences íntimos. –Obrigado. –Ela sorriu liberta daquele lugar.
Imediatamente colocou as roupas, e foi até a salão comunal da grifinoria.
-Hermione! –Harry a abraça, fazendo-a tirar os pés do chão. Ela sorrira, vendo Rony de cara feia olhando a cena. Ela se soltou de Harry, o olhando e depois olhando para Rony, um código que eles tinham em momentos tensos.
-Oi para você também Ron. –Hermione se pusera na frente dele, e o garoto esboçara um sorriso nos lábios.
-Oi. –Ele a abraçara mais forte que Harry, ela contribuíra o abraço normal, mas pensando em ter certo contato limitado com Rony.
-Não conseguimos te visitar na parte da manhã e nem da noite... Parecia que... –Harry hesitou em dizer. –Deixa para lá.
-É que... –A castanha também hesitara... O que eles vão pensar? – A Madame Pomfrey estava muito ocupada nesses turnos, e não poderia ficar vigiando sempre.
-Humm... Soubemos que o Malfoy quem te levou a ala hospitalar. –Harry ajeitara os óculos.
-Deve ter sido ele que me fez passar mal daquele jeito.
-Hermione, exagerada. –Harry se sentou na cadeira ao lado da janela, em frente á um tabuleiro de xadrez. –Eu e Rony, estávamos jogando... Eu ganhei, o que é milagre... Quer jogar?
-Isso é jogo para bárbaros... Quantas vezes tenho que repetir? –Rony, Harry e Gina que ouvia a conversa do quarto, ria descendo as escadas apressadamente abraçando a amiga de tal forma que a fez suspirar.
-Não esqueci que tenho que conversar com vocês dois... –Hermione olhou para Harry enquanto abraçava a amiga.
-Conversar? Ah, sim... Entendo...
-Venha Rony, quero falar com você. –Rony cuspiu a água que tomava, e a encarou surpreso.
-Sobre o que exatamente? –Rony começava a engasgar, tossindo com a água que errara o caminho no gole.
-Sobre esses dois. Venha.
-Sim Sherlock. –Rony estava com o corpo mais atlético, e a fama de garanhão se espalhava pela escola. O que fazia várias meninas irem até Hermione, perguntando com quem e quando e onde ele estava.
Hermione se dirigiu para fora do salão, Rony nos calcanhares dela, a seguindo. A mulher gorda fechou o quadro e Hermione começara a falar.
-Durante, a semana que eu estava ausente... Gina e Harry tiveram uma aproximação ‘além da conta’? –Hermione estava com o corpo rígido, seu sentido aguçava por emancipação de noticias provavelmente existentes ou não. Ela ansiava por noticias dos dois. Por que a conversa foi adiantada por muito tempo, até passar-se uma semana, Gina e Harry provavelmente estariam no fuego de la paixion, o que poderia ser um resultado de: Era provável de que teriam extrapolado.
-Não... Sou um estorvo quando quero Mione. –Ron sorriu.
-Sério? –O cheiro de jasmim invadira as narinas de Rony, ele diz que o cheiro é de ironia: Hermione.
-Só? Por que eles nem ao menos chegaram perto um do outro... As provas... A Gina preocupada, o Harry também... Não são tão egoístas assim. –Ele cruzara os braços com frio. E medira Hermione, vendo as curvas do corpo da castanha, até chegar aos olhos dela, que estavam avulsos, perdidos nos quadros da escola... A amêndoa se retraiu dando um passo atrás. E ele disfarçou, se arrependendo por tê-la constrangido.
-Então é só. Boa noite Rony, eu tenho assuntos a tratar...
-Pegue uma blusa, esta esfriando.
-É dia ainda Rony, e o tempo é de lua. –Hermione ia em direção a escada que se dispusera à sua frente, a castanha ia descendo os degraus com agilidade, e pulando para os outros lances de escada enquanto ainda se mexiam. Para quem vai ter uma discussão com Malfoy, não é necessário blusas.
-Ei garota! Tome cuidado! –O quadro de Salazar Slytheryn a repreendera.
-Sou da Grifinória e sangue-ruim esqueceu? –O quadro fizera exatamente a mesma desaprovação com os lábios, como Draco fazia, e Hermione revirou os olhos se lembrando dele.
-Sangue-ruins, patifes, imundos, deveriam ser exterminados da terra! Mal agradecida!
-Estava demorando! –Ela continuou a andar, passou nos corredores , bufando, tentando imaginar onde Draco Malfoy estaria... Biblioteca?Estudando ? Ou preparando o ataque interno em Hogwarts? Com Pansy? O ultimo pensamento fizera Hermione, protestar contra suas emoções que viraram carvão em brasa. Passou pelo banheiro masculino, ouvindo socos na parede de mármore, e urros de dor. Não se preocupando com o sexo que tinha, entrou imediatamente no banheiro, vendo um corpo longínquo apoiados na pia do banheiro, com a cabeça do loiro-branco para baixo, e o corpo ligeiramente encurvado. Depois dera um soco no espelho, não contendo a dor e a fúria que se misturavam na sua alma. A marca negra queimava e esmagava tudo o que tinha dentro de si.
Hermione, atônita correu até Draco, ele estava em choque, parado olhando para ela no reflexo do espelho, ou pelo menos o que sobrou do espelho grudado na parede, esquecendo-se do que sentia. Virou-se para ela e disse:
-O que é que você esta fazendo aqui sangue-ruim?! –Ele disse em desaprovação gritando com ela.
-Eu... EU... –Ela se segurara para não chorar, amaldiçoando sua sensibilidade. –EU VIM TE PERGUNTAR O QUE É QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO LÁ? –Ela apontou em direção, onde ficava a enfermaria. –Por que as orquídeas? –Ela abaixara o braço e também o tom de voz. –POR QUE MALFOY? –Seu nervosismo voltara mais intenso. –O que é que você quer? Você me odeia! Queria colocar veneno em mim? O que é você quer sua ameba?! –Draco arqueou as sobrancelhas, deixando de lado a marca negra e o ódio, voltando ao bom e velho humor. Um sorriso esboçara em seus lábios vendo Hermione vermelha. –Você é retardado? Do que é que você esta rindo babaca?
-Nada. –Ele colocou as mãos no bolso da calça social, observando atentamente a castanha morder o lábio inferior possessa de raiva. Os olhos bourbon desvia dos dele, observa atentamente um pedaço mínimo do espelho que sobrara depois do soco furioso de Draco. Logo após olhou para os cacos que estavam no chão e novamente encontrando os azuis acinzentados.
-O que ... –Hesitava em nano segundo. –O QUE É VOCÊ ESTA OLHANDO???! –Ela o encarou furiosa. Sua deusa interior media calorosamente a camisa branca social, com os primeiros botões desabotoados, a deusa de Hermione semicerrara os olhos, e dera um sorriso contraído e safado, com brasa nos olhos vendo uma parte do peito de Draco, tentadoramente frustrante. Hermione batera na sua deusa, dando uma surra nela.
-O que você esta olhando? –Ele abotoara a camisa, dando um sorriso épico. A deusa de Hermione voltara, dando suspiros de delírios, ao desastre natural que Draco causava dentro dela.
-O-olhando? Q-quem esta olhando? –Ela fechara os olhos. E a deusa interior de Hermione caíra na risada, com as mãos na barriga, rindo sem parar.
-Granger. –Draco enquanto ele se aproximava a sua palma da mão soava frio. Hermione não conseguia recuar, seus pés continuavam cravados no chão, com os olhos medonhos vendo a aproximação de Draco como fora da ultima vez.
-Afaste-se. –Ela disse seca e fria.
-Deveria? –Ele parou, a olhando e instigando o interior de Hermione. A deusa dela estava paralisada se banhando dos olhos azuis acinzentados, num nado sem fim.
-Deveria, deve e sempre será assim. Dois metros de distância é o máximo. –O encarou mais apavorada. Mas a deusa querendo que ele se aproximasse, mais e mais...
Os olhos de Draco se tornaram escuros e as pupilas dilataram, olhando fixamente para Hermione, continuando os seus passos perigosos como uma fera, como uma cobra rastejando-se até sua presa, fazendo-a implorar clemencia e ter um olhar súplice, era assim que Hermione Granger estava por favor, não se aproxime, e de alguma forma, aquele olhar tentador e inebriante queimava Hermione dos pés até o ultimo fio do cabelo ondulado e castanho. Ela ofegava pela combinação potente da beleza cativante e rígida do rapaz.
Os olhos de Bourbon estavam paralisados, mas Draco podia cavar e encontrar os desejos possuindo Hermione, era o presente que ele ganhara de Voldemort. Ele se entregava a ternura da garota, ele sentia o cheiro da pureza daquela menina. Sua alma suja queria ela mais que tudo. Mas ele continuava a hesitar.
Os dois se negavam a entregar-se.
-Malfoy... Afaste-se, ou vou fazer um...
-Um o quê? –Draco ousava em se aproximar, sendo que a menina de olhos Bourbon tinha uma parte louca dentro de si.
-Um sectumsempra seria legal.
-Não ouse...
-Você acha que não?
-Você não é uma pessoa ruim, não teria coragem... É chorona, e mimosa. Garotas assim não fariam mal a ninguém, nem ao seu pior inimigo. –Hermione erguera uma sobrancelha olhando para ele indignada. –Você vai vir até mim, sem eu obrigar Granger.
-Você gosta de deduzir não é, Malfoy?
-Não... Apenas sei os fatos.
-Não acho que você saiba muito dos fatos. Você só conhece bruxas. E não trouxas. Trouxas são diferente de otários. –Hermione fora pegar a varinha no bolso da calça. Draco levantara a mão, com uma coisa de 30 centimetros, brincando com a varinha nos dedos, e olhando Hermione com divertimento.
-Acho que é sua...
-Você não seria tão audacioso... Moleque! –Hermione avançara em cima dele. Ele envolvera os braços em volta da cintura da castanha fazendo a ter borboletas no estomago. Dois olhos se encarando, sexos opostos dentro do banheiro masculino vazio. Só apenas aquelas duas almas confusas, perdidas em seus pensamentos.
-Viu, nem precisei ir até você, Granger. –Mais um pouco, e os dois selariam novamente o que os estava enlouquecendo, ou pelo menos o que eles achavam que estava acontecendo.
-Solte-me Malfoy. –Ela sussurrara, o que fizera Draco sorrir.
-Estou só retribuindo o abraço Granger... –Draco a levou contra a parede, prendendo as pernas dela, para que a menina não desse um chute novamente entre as suas pernas. Ele riu por dentro, lembrando da cena.
-Draco me solte.
-Draco? Não é a primeira vez que me chama de Draco... Na aula do Hagrid por exemplo.
-Merda! Me solta Malfoy! –
-Não. –Ele parecia tão sensual para Hermione, segurando os pulsos dela para o alto com as mãos. Com um olhar ainda mais escuro e lascivo. Ele a beija arduamente. Dessa vez ela retribui, não querendo retribuir. Suas pernas perdem o equilibro, e flutuam no chão, pois Draco a segura nos braços.
“Eu estou de passagem para o meu lado negro e retardado, por que alguma parte de mim, gostou daquele beijo, e implorava por mais. AQUELA DONINHA ME BEIJOU DE NOVO!!! Meu estomago borbulhava como se houvesse alguma poção mal feita dentro de mim. Alguém jogou ácido sulfúrico no meu cérebro? Eu não podia raciocinar o que estava acontecendo...
Draco Malfoy apertava minha cintura com suas mãos firmes, liberando meus pulsos do ar. Eu não parava de beija-lo, eu... eu ... não conseguia... Minhas mãos descoordenadas agarravam seus cabelos.
Os lábios frios e molhados dele desceram até meu pescoço, me causando arrepios. Eu queria recuar ...NÃO CONSEGUIA! O que me deixou intrigada era a forma que ele segurava meu cabelo para trás, entrelaçando meus fios numa possessão diabólica.
-Granger, o que é que esta acontecendo com a gente? –Malfoy parara ainda me abraçando, ofegante.
-A GENTE? –Me soltei ainda sem ar, e por Merlin lembrei-me que tenho um cérebro e pulmões. –Desde quando? NÃO ESTA ACONTECENDO NADA! No máximo sua carência esteja te enlouquecendo!!!!
-Ah! Você é uma insolente garota! Um dia VOCÊ vai implorar por um beijo meu...
-Duvido!
-Isso é um desafio Granger?
-Talvez... –Levantei as sobrancelhas e coloquei as mãos na cintura.
-Comece a lastimar por ter virado monitora da sua casa, com a MINHA companhia... Você não vai resistir... E vai ter que implorar.
-Você é mais retardado que o seu pai, na boa. –Comecei a rir debochada.
-Então para quê que veio aqui Granger, discutir comigo por que visitava você na enfermaria, ou só matar a saudade? –é... POR QUE DIABOS EU FUI ATRÁS DELE, E POR QUE ENCONTREI ELE TÃO FÁCIL? Tentei mudar de assunto.
-Olha, eu achei que seria bem difícil te encontrar, mas os murros na parede e um choramingo... Bem... Era de se esperar que fosse você. –Ele saiu de perto de mim, bufando. Do nada tirou a camisa e jogou de lado... Só depois percebi que havia uma toalha de banho, e que a banheira gigantesca estava borbulhando.
-Granger, você quer mais que um beijo é? –Ele sorrira olhando para mim malicioso, Merlin que corpo era aquele? Mas que marcas eram aquelas?
-E-eu q-quero o quê? N-não... N-nada. Por que você tem essas marcas... –Hermione se retirou do banheiro.
-Reparando em mim Granger? Impressionante.
-Tchau Malfoy. –Ia me retirando.
-Não, espere...
-Vai querer que eu ajude você a tomar banho? Por favor vai... –Revirei os olhos.
-Até que não seria má ideia não é mesmo? –Ele tirou os sapatos. Caramba... Tinha um fulgor dos infernos nos olhos dele. Minha espinha se contraiu junto com os músculos das minhas costas. Merda! Por que é que aqueles olhos tinham que ser tão sexy e altamente perigosos?
-É não seria... –Ele arregalou os olhos assustado, depois colocando um sorriso nos lábios. Que merda! Aquele sorriso de novo não! – Se eu fosse uma retardada, e tivesse acabado de sair do St.Mungus eu poderia te dizer que sim. Mas como eu tenho uma boa saúde mental NÃO TORRA MINHA PACIÊNCIA!
-Acho que ela já passou do ponto faz muito tempo. –Ele ia se preparando para tirar a calça... Hora de sair. -Continuo achando que a Srtª Granger quer ficar.
-Agora para sua infelicidade tchau Draco... Malfoy. –Porcaria!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
-Não se esqueça de implorar para mim quando quiser um beijo O.K?
-Não vou precisar lembrar."
[N/A: Gente por favor comentem! ]
Comentários (3)
Menina vc me motivou a escrever mais! Na verdade nem eu sei o que esta acontecendo com os dois, é mistério. Vai se desenrolar no decorrer dos capitulos!!! EU TBM amo orquideas, mas iria ser mais fascinante se tivesse pretas!!!! Vou atualizar assim que eu terminar alguns capitulos, para não deixar o povo que lê, panguando. Bjnhs... Não consegui o seu e-mail, internet uma merda.
2013-04-01Menina vc me motivou a escrever mais! Na verdade nem eu sei o que esta acontecendo com os dois, é mistério. Vai se desenrolar no decorrer dos capitulos!!! EU TBM amo orquideas, mas iria ser mais fascinante se tivesse pretas!!!! Vou atualizar assim que eu terminar alguns capitulos, para não deixar o povo que lê, panguando. Bjnhs... Não consegui o seu e-mail, internet uma merda.
2013-04-01ah nemmmm conhecii sua fanfic hj e ja estou paixonada, loucamente apaixonada kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu to curiosa demais co o que esta acontecendo com a mione. O que esta acontecendo com ela????? e o que esta contecendo com ele??? hauhauahuah bem que ela poderia ficar hauhauhauahuah eu me sinto como a deusa dentro dela hauhauhauah aaaaaaaaaaaaaaa queria ver a orquidia preta... preto semper foi a minha cor. amando mesmo e sempre q possivel passarei por aqui por favor nao deixe de atualzar
2013-04-01