Novas Confusões Amorosas











N/A Aleluia, aleluia







N/A Aleluia, aleluia! É galera, finalmente o novo capítulo. Primeiro eu quero pedir desculpas a todos pela demora, mas como já expliquei, foram muitas dificuldades nos últimos meses, além de agora estar trabalhando em tempo integral, o que me tirou muito do tempo que eu dedicava a fic. Esse capítulo não ficou exatamente do jeito que eu queria (pra variar), porque mais uma vez, eu tive que parar antes do que esperava. Mas espero que vocês gostem mesmo assim. Depois vocês me dizem, ok?





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CAPÍTULO XV



Novas Confusões Amorosas





Harry levantou tarde naquele sábado, afinal, já estava amanhecendo quando finalmente fora dormir. Ao descer para o salão comunal, encontrou os amigos reunidos a uma mesa no canto, conversando animadamente.





- Não adianta, Mione. - ouviu Rony declarando ao se aproximar - Não importa o que está escrito em "Hogwarts, uma história", Dumbledore está enrolando a gente.





- Antes que a amiga pudesse contestar, Harry interviu.





- Do que vocês estão falando? - perguntou, sentando-se ao lado de Gina, que parecia alheia a discussão.





- Do anúncio de Dumbledore sobre o tremor de hoje cedo. – foi Neville quem respondeu, e relatou tudo o que acontecera no café da manhã - Mas a maioria dos alunos não acreditou muito na história. - concluiu.





- E com razão. – antes que Hermione protestasse, citando mais uma vez seu livro preferido, Harry continuou. - A responsável pelo tremor foi Ana Donovan.





Todos o fitaram com olhar chocado, fazendo-o sentir vontade de rir. Ao invés disso, explicou aos amigos tudo o que soubera naquela madrugada.





- Nossa! - exclamou Neville, impressionado - Eu não imaginava que ela fosse tão poderosa.





- É mesmo. – concordou Rony, ainda espantado.





- E eu não imaginava que o Remo pudesse ser tão idiota. - comentou Mione, parecendo ligeiramente irritada.





- Mione! - Rony protestou - O cara foi enganado durante anos!





- Ah, Rony, qual é! - retrucou Gina, finalmente entrando na conversa - Até parece que a mulher fez de propósito. Não dá pra perceber que ela não tinha escolha?





- Bom, mas isso não importa. - apartou Harry, que previa uma grande discussão se prosseguissem daquela maneira: Rony já estava com as orelhas em brasa, e Hermione tinha aquele ar determinado que conhecia tão bem. - Vamos deixar isso pra lú não cabe a gente dizer quem tá certo ou quem tá errado. - virou-se para Gina, disposto a mudar de assunto - Como foi a detenção? Espero que o Malfoy não tenha aprontado nada muito insultante.





- Controlando-se para parecer indiferente, Gina contou sobre sua tarefa.





- Mas isso é perfeito! - exclamou Harry, animado.





- Ficou maluco, Harry? - Rony olhou feio para o amigo - Minha irmã tem que passar horas como empregada doméstica, vigiada pelo nojento do Malfoy, e você fica empolgado desse jeito!





- Eu vou explicar. - e contou aos amigos o que ouvira no escritório do professor de poções, no dia de sua detenção, e sobre o livro misterioso que vira Snape escondendo ao entrar. - Aposto que aquele livro tem muita informação importante.





- E você está querendo que Gina aproveite para encontrá-lo e roubá-lo? Um livro que ela nunca viu, não faz idéia de como seja, e bem debaixo do nariz de Malfoy? - o tom de voz de Hermione deixava claro o que ela pensava da idéia.





- Ora, Hermione, eu já disse: o livro era negro, com filigramas pratas e tinha uma tranca. Não deve ser tão difícil assim identificá-lo. - ele retrucou - E quanto ao Malfoy, também não deve ser tão difícil assim para Gina desviar a atenção do idiota enquanto pega o livro, não é, Gina?





Mas uma vez ela teve que se esforçar para não corar diante dos olhares dos amigos, ao pensar no melhor método para desviar a atenção do loiro. Estava mesmo encrencada.





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Naquela tarde a equipe da Grifinória treinou pela primeira vez em dez dias com o time completo, já que finalmente Sammy parecia ter se recuperado totalmente da crise que tivera em Hogsmeade. Contra os protestos de Alex e Nicky, que alegavam que ela ainda não estava em condições de jogar, Harry permitiu a volta da garota: afinal, se madame Pomfrey a liberara, significava que ela realmente já estava recuperada.





A garota jogou bem, como sempre, mas parecia irritada, e em certo momento, quase o atropelou, forçando-o a uma acrobacia para fugir da colisão. Muito estranho.





O treino foi muito produtivo, e extremamente puxado, fazendo com que Harry se arrependesse de sua decisão ao notar o ar cansado de Sammy. A garota estava muito pálida quando voltaram para o vestiário, e ele não era o único a perceber isso.





- Droga, Sammy! - exclamou Alex, nervoso, observando a garota, cujas mãos tremiam enquanto mexia no armário. - Por que tem que ser tão teimosa?





- Eu estou bem, Alex. - ela respondeu, sem se voltar - Deixe de fazer tempestade em copo d’água.





- Desista, Alex. - Nicky se intrometeu, antes que o rapaz pudesse continuar o sermão - Você a conhece: quando mete algo na cabeça, é pior que mula empacada.





- Obrigada pelo gentil elogio. - ironizou a garota, marchando para um dos boxes, e fechando a porta com estrondo.





- O humor dela também não está dos melhores. - Nicky comentou, enquanto recolhia suas coisas - Eu vou tomar banho no castelo.





Os outros concordaram com a idéia, e apenas Harry ficou, tomando um banho muito rápido e esperando do lado de fora do vestiário para acompanhar a garota de volta a Torre. Queria aproveitar o momento para descobrir o motivo da irritação dela, e conversar sobre a situação deles.





Ela se surpreendeu ao deparar com Harry na saída do vestiário, mas se refez rapidamente, adotando uma expressão fria ao passar por ele, seguindo rapidamente para o castelo. Sem entender o motivo que a levava a agir daquele jeito, ele a seguiu e segurou seu braço para detê-la.





- Me deixa, Harry! - ela se soltou com um safanão, continuando a quase correr pelo caminho de cascalho.





"O que deu nessa garota?", era o que Harry se perguntava ao correr atrás dela. Não conseguia entender essa atitude, mas sabia que se quisesse respostas, teria que agir rápido. Sendo assim, alcançou-a ao passarem em frente às estufas, desertas àquela hora de um sábado, e agarrou-a pela cintura, arrastando-a para uma delas, enquanto a garota xingava e esperneava. Apesar de todo o absurdo da situação, Harry não pôde deixar de sorrir, ao lembrar de algumas histórias que ouvira sobre seus pais, e pensar que era exatamente assim que Tiago agiria naquele momento.





Deixou as comparações de lado quando soltou Sammy e foi obrigado a se desviar rapidamente do ataque furioso da garota, que tentou acertá-lo com um de seus potentes socos.





- Quem você pensa que é pra me tratar assim? - gritou ela, indignada.





- Pare com isso, Sammy! - ele respondeu no mesmo tom, mantendo-se fora do alcance da garota enfurecida - Eu não sei o que deu em você para agir dessa maneira, mas seja o que for, já está passando dos limites!





Ela pareceu prestes a atacá-lo novamente, mas desistiu, e respirou profundamente, obviamente tentando se controlar. Harry deu um passo em sua direção, mas ela ergueu a mão, fazendo-o parar.





- Trate de ficar bem distante, Harry. - ordenou, com voz gélida - Eu não posso responder por mim se você se atrever a se aproximar mais.





- Essa é boa! - ele exclamou, sarcástico - Isso vindo da garota que vem me assediando há semanas, e que não perde uma oportunidade de me atacar!





- Lamento se minhas atitudes serviram para inflar o seu ego, Potter, mas esteja certo de que esse tempo acabou. Tudo o que eu quero de você agora é distancia!





- Droga, isso não tem nada a ver com ego! - ele exclamou, irritado - Eu não entendo essa sua súbita mudança, o que eu fiz pra você agir assim?





- Bom, eu tenho que admitir que a culpa não é toda sua, Harry. Afinal, como você mesmo acabou de salientar, eu é quem corri atrás de você.





- Droga, Sammy, isso não...





- Acontece, meu caro Harry, que você desconhece alguns fatos. - ela o cortou, cruzando os braços sobre o peito e encarando o garoto com altivez - Você já sabe que Nicky, Alex e eu crescemos juntos, somos praticamente irmãos. – Harry apenas confirmou com um gesto, tentando entender onde ela queria chegar - O que você não sabe é que não éramos apenas nós. Os Deveraux também sempre fizeram parte dessa nossa "família".





- Está dizendo que vocês eram amigos?





- Não, Harry: nós somos amigos. Muito amigos.





- Mas... vocês não...





- É, eu sei que é estranho, que nós não aparentamos nenhuma proximidade. - ela deu de ombros - Mas você conhece muita coisa sobre eles, então sabe o quanto eles precisam se cercar de segurança. Por isso agimos assim: fica mais fácil ajudá-los a proteger seus segredos.





Apesar de não entender muito bem em que aquilo ajudaria, Harry não insistiu no assunto.





- Isso tudo é mesmo surpreendente, mais ainda não explica a sua atitude.





- Não? Então me deixe ajudá-lo a entender: nessa nossa pequena família, não existem segredos. Sempre contamos tudo uns aos outros, e nos apoiamos uns nos outros quando estamos tristes. - diante do olhar confuso de Harry, ela continuou - E Rhea estava muito triste hoje.





Ele demorou um pouco a captar as implicações daquela declaração, e ela continuou, encarando-o com ponta de tristeza nos olhos.





- Eu também tenho meus segredos Harry, e apesar de não poder revelá-los a você, posso dizer que eu jamais serei a "opção segura" de alguém. E, sinceramente, não tenho a menor vontade de me tornar isso.





A ficha finalmente caiu.





- Então ela contou a você. - ele comentou, estranhamente calmo.





- É.





- Certo. Muito bom. Realmente fantástico. - o sarcasmo permeava suas palavras, enquanto ele passava a andar de um lado para outro, extremamente irritado - E você está zangada por isso.





- E não deveria?





- E eu? - ele retrucou, parando em frente a ela - Devo ficar satisfeito por saber que vocês estiveram brincando comigo esse tempo todo?





- Nós não fizemos isso!





- Ah, não? - o tom dele era irônico - Me desculpe por não acreditar em você.





- Quer saber, Harry? Não me importo nem um pouco com o que você acredita ou deixa de acreditar. - ela declarou, virando as costas e se dirigindo para saída - Nada que venha de você me interessa mais.





Muito tempo depois de ela ter ido embora, Harry ainda estava no mesmo lugar, tentando controlar a raiva que ardia dentro dele, por se sentir usado pelas duas garotas. E uma parte dele tentava entender como, de uma hora para outra, passara de duas namoradas para nenhuma.





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O anúncio de Dumbledore, de que o tremor daquela madrugada fora apenas uma manifestação normal da magia que protegia o castelo – algo que, segundo ele, ocorria de tempos em tempos – não serviu para acalmar os ânimos dos estudantes, que preferiram tecer suas próprias teorias sobre o incidente, cada qual mais improvável que a outra.





Talvez Gina também se interessasse pelo assunto, não fossem dois pequenos detalhes: primeiro, Harry havia revelado aos amigos o que realmente tinha acontecido; segundo, ela já tinha coisas muito mais sérias com as quais se preocupar.





Estava envolvida com Draco Malfoy! Esse simples pensamento lhe causava medo, e nem adiantava tentar negar o fato. A questão agora era: o que faria a respeito? Não fazia idéia, e precisava desesperadamente de alguém com quem conversar sobre o assunto. Por isso resolveu procurar a única pessoa com quem sentia que poderia fazer isso, sem temer recriminações.





- Entre!





Obedecendo ao comando gritado quando bateu à porta, ela girou a maçaneta, entrando no escritório da professora Donovan. Encontrou-a estirada numa poltrona em frente a sua mesa de trabalho. A postura desleixada, com as pernas jogadas sobre o braço da poltrona e os pés balançando displicentemente, faziam-na parecer a adolescente das fotos que ela fitava com ar melancólico.





- Você não parece nada bem. - comentou Gina, sentando-se na poltrona ao lado dela.





- Muito observadora! - ela ironizou, sem se voltar - Eu não estou num bom dia.





- Se serve de consolo, Hermione e eu concordamos que o Remo está sendo um idiota, - Kristyn encarou-a com surpresa – mas que logo ele vai se tocar disso.





- Eu não sei porque ainda me surpreendo! - ela exclamou, com ar de desagrado - Eu já devia ter aprendido, desde minha época de estudante, que é impossível se guardar segredo nesse lugar!





- Ei, não fale como se estivéssemos espreitando vocês, ok? - Gina corou diante do olhar penetrante da professora - Bom, pelo menos não dessa vez. Foi a própria Rhea quem contou ao Harry o que aconteceu.





- E ele, muito discreto, repartiu a informação com os amigos...





- Ele estava preocupado com ela! - Gina se apressou a defender o amigo - Não sabia o que fazer, por isso pediu nossa opinião.





- Tudo bem, afinal, isso já não faz diferença. - Kristyn deu de ombros.





- E como está sua prima?





- Levantou hoje com uma energia incrível, super animada, proclamando ser esse o início de uma nova vida. - ela suspirou - O que significa que está mal, muito mal mesmo. Ela decidiu ir para Avalon com Alena, "tirar umas férias".





- Isso é triste... Ela e o Remo formam um belo par.





- Um casal perfeito, na verdade. Pena que são dois cabeças-duras. - ela riu - Nunca pensei que fosse dizer isso desses dois. O termo sempre foi usado para falar de Sirius e eu, ou de Lílian e Tiago.





- Vocês eram muito unidos, não é? - comentou Gina, observando as fotografias sobre a mesa.





- Muito. Nunca houve amigos melhores. - disfarçando a emoção na voz, ela mudou de assunto - Mas não foi por isso que você veio, não é mesmo?





- Er... não, na verdade não. - respondeu, subitamente sem jeito, tentando pensar na melhor maneira de abordar o assunto. - Sabe, é que... eu...





- Pelo nervosismo, deve ser a respeito de seu envolvimento com um certo loiro sonserino. - Gina fitou-a boquiaberta, os olhos arregalados de surpresa. Kristyn riu - É, eu sei quem é o seu Eros. Na verdade, eu sempre soube.





- Sempre!





- Bem, pelo menos desde que você nos contou sobre os ataques.





- E como você podia saber?





- Fácil, foi uma simples questão de dedução lógica. Ele se encaixava perfeitamente no perfil, sempre estava por perto por ocasião dos ataques, e era o único que teria um motivo para esconder a identidade.





- Ora, por que nunca me disse nada disso? - Gina estava realmente indignada.





- E estragar toda a emoção da coisa? Nem pensar!





- Mas estamos falando de Draco Malfoy! Um maldito racista nojento e esnobe!





- E um gato, charmoso e sedutor. - ela piscou, marota - Gina, eu não nego os defeitos dele, mas eu lhe digo uma coisa: por mais que ele se esforce, ainda está muito longe de ser como o pai. Aquilo sim, era um porco asqueroso, gente da pior espécie.





- O Draco também é...





- Não, não é. - ela cortou, enérgica - Esse garoto não é o que aparenta ser. Eu percebi isso desde o momento em que o conheci. Apesar da imagem que ele apresenta, algo o diferencia do resto da corja que o cerca. E eu acredito que basta um empurrãozinho para que ele mude de atitude.





- E você pretende que seja eu a dar esse "empurrãozinho"?





- Na verdade, creio que você possa ser o "empurrãozinho".





- Você enlouqueceu! - protestou, levantando-se e começando a andar de um lado para o outro.





- Impossível, querida: eu sempre fui louca. - ela retrucou, divertida - Pode perguntar a qualquer um que me conheça. Mas voltando ao que interessa: o que você tem a perder?





- Quer que eu organize uma lista? - respondeu com ironia.





- Deixe disso, garota. Admita: você já está completamente envolvida por ele. - Gina não pôde negar essa afirmação, e Kristyn continuou, com ar pensativo - Aposto que é o sangue Black dele. Acredite em mim, querida, é muito difícil resistir ao charme dessa família. Até seus membros mais repugnantes têm um forte poder de atração.





- E o que você quer que eu faça? Que me torne o novo "brinquedinho" do Malfoy? - o tom de Gina deixava bem claro que preferia valsar com uma mortalha-viva a deixar isso acontecer.





- Claro que não, minha cara. - os olhos da professora brilharam de uma forma estranha. Quase maléficos. - Você vai é virar esse jogo. Fazer o Malfoy provar do próprio veneno, até que ele fique bem na palma da sua mão.





- E como vou fazer isso? - Gina se interessou, sentando-se novamente ao lado da professora, que piscou novamente, com malícia.





- Eu vou lhe dizer.





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- Rony?





Silêncio.





- Rony? - insistiu, um pouco mais alto, a voz traindo um pouco de irritação.





Nada.





- Ronald Weasley! - ele estremeceu diante do tom que o lembrava assustadoramente da sua mãe, mas permaneceu imóvel - Eu sei que você não está dormindo, portanto trate de parar com esse fingimento!





- Dificilmente alguém conseguiria dormir com todo esse barulho. - ele retrucou, sem abrir os olhos.





- Se quisesse mesmo dormir, deveria ter ido para o seu quarto. - ela devolveu com acidez, fazendo-o suspirar, exasperado.





- O que quer, Hermione?





- Falar com você. – respondeu simplesmente, o tom indicando que estava irritada com o comportamento dele – Isso é, se você se dignar a me dar atenção.





Com outro suspiro, dessa vez resignado, ele abriu os olhos, encarando a garota que se sentara no sofì ao lado do seu corpo estirado, e o observava com ar beligerante, os braços cruzados.





- Hermione, faz apenas alguns minutos que eu cheguei do treino. Eu sei que temos muitos deveres para fazer, mas será que pode me deixar descansar um pouco? Eu estou morto!





Ela pareceu de repente estranhamente perturbada. "Mau sinal", pensou Rony, observando o jeito nervoso com que a amiga enrolava uma mecha de cabelo no dedo.





- Não... não é sobre isso que eu quero falar. - o tom encabulado e o olhar que ela lançou pelo salão vazio, parecendo querer se certificar de que estavam sozinhos, confirmaram as suspeitas de Rony, que se pôs imediatamente alerta. - É sobre ontem...





- Olha, Hermione, - ele cortou, nervoso - eu sei que passei do limite da nossa amizade ontem, e pode acreditar, eu sinto muito por isso.





- Você... sente? - perguntou, num fio de voz.





- Sinto, claro. - ele se sentou, mantendo uma distância segura da garota, apesar da vontade de estreitá-la nos braços e fazer de tudo para apagar a expressão tristonha que surgira no olhar dela - Nós somos muito bons amigos, Hermione, e mudar isso seria um grande erro. Nunca daria certo.





- Como pode ter tanta certeza? - ela desafiou, com aquele olhar determinado que ele conhecia tão bem.





- Hermione, - ele começou, como quem explica algo muito complexo a uma criança - você é uma cdf certinha, enquanto eu sou um aluno burro e desleixado. - ela ia protestar, mas ele não deu chance - Nossas personalidades não combinam em nada. - ele balançou a cabeça, com ar de grande entendedor em matéria de relacionamentos - Não, o melhor que nós fazemos é esquecer toda essa história e continuarmos nossa amizade de sempre.





- Então é assim? - Hermione se levantou, encarando-o com evidente contrariedade - Ok. Você ganhou, Rony. Daqui por diante, vamos fazer do seu jeito. Espero que esteja satisfeito. Eu desisto! - ela enfatizou a declaração atirando as mãos para o alto, e saiu pisando duro em direção ao alojamento feminino.





Ao vê-la se afastar dessa maneira brusca, ele bufou e se atirou para trás, deitando-se novamente no sofá. Não, ele não estava satisfeito, mas era assim que tinha que ser.





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Se a intenção era surpreendê-lo, ela conseguira. Contrariando suas expectativas, chegara na hora e não usara a liberdade dos fins de semana para se proteger com os sacos de batatas que usara em sua última visita a Hogsmeade. Muito pelo contrário. A camiseta vermelha parecia uma segunda pele, moldando todas as suas formas, deixando muito pouco para a imaginação. Além disso, ela estava com a saia. A mesma que quase o enlouquecera no Expresso.





"O que será que ela está tramando?", foi o único pensamento coerente que conseguiu formular, enquanto a mente era invadida por imagens daquelas pernas em volta de seu corpo.





Indiferente ao estado em que o deixara ela largou a varinha sobre a mesa, agarrando a flanela e rumando para as estantes, sem dirigir sequer uma palavra ao sonserino. Isso o tirou de seu encantamento. Odiava ser ignorado, e logo ela aprenderia isso.





- Ora, ora, Weasley... - a voz debochada estava ainda mais arrastada que de costume - ... resolveu se render?





- Não sei do que está falando, Malfoy. - respondeu, indiferente, sem interromper o que estava fazendo.





- Tão inocente... - voltou a debochar - Um contraste interessante com essa sua imagem. Me diga uma coisa: não está com frio? Afinal, não estamos mais em setembro.





- E desde quando você se preocupa com meu bem estar? - ela retrucou - Se sinto frio ou não, isso não é da sua conta.





- Calma, ruivinha. - respondeu, feliz por tê-la perturbado - Estou apenas lisonjeado por ver como você se esforça para me agradar.





- Só em seus sonhos, Malfoy. - devolveu, com desdém.





A risada dele foi rouca, a voz insinuante ao responder.





- E que sonhos...





- Idiota pervertido. - resmungou, contrariada - E convencido. É, está mesmo frio, mas não é por você que eu me vesti assim. - diante do ar de descrença dele, declarou com altivez - Não que seja da sua conta, mas eu tenho um compromisso mais tarde.





Aquilo o colocou em alerta, e ele deixou os pés que se apoiavam sobre a mesa baterem no chão ao se empertigar.





- Como assim?





- Já disse que não é da sua conta.





- E eu já disse que você é minha, portanto trate de se explicar!





A única resposta dela foi atirar os cabelos para trás, num gesto arrogante, e pegou outro livro para limpar. Podia sentir a raiva que emanava dele, crescendo a cada instante. Sorriu disfarçadamente. Malfoy estava reagindo exatamente como o pretendido, e com isso ela matava dois coelhos com uma cajadada só: desviava a sua atenção, deixando-a livre para procurar o tal livro misterioso e iniciava sua empreitada para "virar o jogo", como dizia Kristyn.





Ele parecia prestes a explodir, mas depois de alguns instantes relaxou, recostando-se novamente, um sorriso presunçoso nos lábios.





- Boa tentativa, Weasley, mas não colou.





- Do que está falando agora, Malfoy? - o tom dela deixava claro que não estava nem um pouco preocupada com a resposta.





- Desse seu blefe. É óbvio que está tentando me provocar, com supostos encontros.





- Se acreditar nisso o faz feliz... - ela deu de ombros com indiferença, continuando sua tarefa.





- Eu não me incomodo em mostrar o que me faria feliz... - retrucou, com malícia, rindo ao ouvi-la resmungar alguns impropérios - Que boquinha suja você tem, Weasley.





Como resposta ela apenas lhe mostrou a língua, num gesto infantil, que o fez rir mais um pouco.





- Cuidado, pequena, eu posso resolver pôr essa lingüinha atrevida para trabalhar... - ela corou diante das palavras provocantes, e ia retrucar com acidez quando seus olhos bateram sobre um grande livro negro com uma tranca. Bingo! Hora da fase dois.





- Ah, é? – respondeu em tom insinuante, enquanto se voltava para ele - E como faria isso?





A surpresa com essa atitude de Gina, que caminhava com sensualidade até ele, fez com que Draco perdesse a fala.





- Eu... eu... - gaguejou, enquanto ela se inclinava sobre ele, as mãos apoiadas no encosto da cadeira empurrando-a para trás, deixando-o a mercê do atrevimento da garota.





- Hum... o gato comeu sua língua, foi? - ela brincou, enquanto passeava um dedo sobre os lábios do rapaz, numa carícia provocante, que fez seu sangue correr mais rápido nas veias, ao mesmo tempo em recuperava sua capacidade de ação.





Levou as mãos até a cintura fina, acariciando a pele exposta pela camiseta curta, enquanto puxava-a mais para junto de si. Encostou a boca em seu pescoço, mordiscando-o de leve para logo seguir uma trilha de beijos em direção ao colo, enfatizado pelo decote acentuado.





Tentando ignorar as sensações que ele lhe provocava, Gina esticou o braço sorrateiramente em direção a sua varinha, largada sobre a mesa. Estava quase alcançando-a quando Draco a girou nos braços, fazendo com que se sentasse em seu colo.





- Ora, ora... - ele murmurou, enquanto acariciava seus lábios da mesma forma que ela fizera um pouco antes - Parece que esta é uma noite de surpresas, não?





- É , parece... - a voz dela estava rouca, enquanto aproximava o rosto do dele, a mão brincando em sua nuca - Mais do que você pode imaginar. – completou antes de beijá-lo lentamente, provocando-o.





Draco não viu o que o atingiu. Num instante, estava no paraíso dos braços de uma garota quente e sedutora, que o beijava com maestria; no instante seguinte encontrava-se caído no chão, sem conseguir sequer piscar os olhos. Praguejou mentalmente ao adivinhar o que tinha acontecido.





O rosto dela surgiu diante de seus olhos. Ela tinha se deitado ao seu lado no chão, e estava apoiada em um cotovelo, debruçada sobre ele.





- Tsc, tsc, tsc... o grande Draco Malfoy, enganado mais uma vez por uma garota indefesa. - ela debochou, com uma expressão divertida. Passeou um dedo pelo rosto rígido, e abaixou-se mais para murmurar em seu ouvido - Achou mesmo que eu me renderia a você? É mais tolo do que eu pensei. - Draco fervia de raiva, e apesar de seu corpo imóvel não transparecer isso, ela o percebeu e riu, jogando os cabelos para trás - E não adianta ficar nervosinho. Você vai ficar aí quietinho até eu acabar com minha tarefa e puder ir para o meu encontro.





Ela se levantou, deixando o enfurecido sonserino estirado atrás da mesa de Snape. Foi até a estante, retirando o livro negro e observando-o com atenção. Quase perdeu os dedos ao tentar abrir a tranca, pois esta revelou ter dentes – bem afiados, por sinal. Afastou a mão bem a tempo de evitar o desastre, e colocou o pesado volume sobre a mesa. Empunhando a varinha, usou o feitiço que Hermione lhe ensinara, e o livro ficou pequeno o suficiente para caber em seu bolso. Em seguida usou a varinha para deixar as estantes completamente limpas e arrumadas.





- Bem a tempo, pois no momento seguinte ouviu alguém chamando-a.





- Gina? - Alex apareceu na porta da sala, olhando em volta com curiosidade - E o Malfoy?





- Ah, ele teve um probleminha, Alex, mas logo vai estar bem. - ela deu a volta na mesa enquanto falava - Espere apenas um instante, depois podemos ir.





- Ok. - o rapaz respondeu com um sorriso divertido, as mãos nos bolsos enquanto a observava se abaixar atrás da mesa.





- Como pode ver, Malfoy, eu não estava blefando. - ela voltou a falar em seu ouvido - Mas não precisa ficar preocupado, daqui a pouco o feitiço perderá o efeito, e você ficará livre. Claro que, então , nós já estaremos bem longe. - ela roçou os lábios por seu maxilar até sua orelha, mordiscando-a levemente - o que provocou arrepios em sua espinha apesar de sua completa imobilidade - e murmurou com voz suave - Tenha bons sonhos, Malfoy.





Com isso ela foi embora com o grifinório, deixando um enfurecido Draco Malfoy para trás.





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- Espero que você saiba o que está fazendo.





Gina se virou para Alex, que seguia ao seu lado parecendo estar se divertindo muito com a situação.





- Eu também. - respondeu, rindo.





- Vocês mulheres são todas loucas. - ele balançou a cabeça, com fingido pesar - Nunca vou entendê-las.





- Não fomos feitas para sermos entendidas. - ela retrucou, com ar de professora - Basta que façam tudo o que quisermos, e assim nos manterão felizes.





- Vou me lembrar disso. - ele riu novamente, e envolveu seus ombros com um braço, enquanto caminhavam de volta para a Torre.





Fora idéia de Kristyn envolver Alex em sua trama, depois que lhe contara sobre o episódio na Sonserina. Segundo ela, nada melhor do que uma ameaça verdadeira (ou quase), para provocar alguém como Draco. E Alex seria perfeito, pois já conhecia a história, era conquistador, e quando queria, muito discreto. O rapaz aceitou de bom grado ajudá-la, e Gina não se arrependeu de ter cedido a idéia.





Agora tinha que esperar pela reação de Draco. E se preparar, pois sabia que ele tentaria uma revanche. Um arrepio percorreu sua espinha só de imaginar de que tipo seria essa vingança.





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No domingo de manhã Kristyn e os Longbottom voltaram a se reunir com Dumbledore no gabinete deste. Ana e Alena tinham ido para Avalon, e Remo permanecia trancado no quarto em que o diretor o instalara.





- Já fizemos tudo o que podíamos por eles. - comentou Dumbledore, com uma expressão de pesar – Agora cabe aos dois acertarem suas diferenças.





- Duvido que isso aconteça tão cedo. - comentou Frank - Remo não parece disposto a perdoá-la.





- Tampouco Ana. – retrucou Alice - Acho que ela estava falando sério sobre estar tudo acabado entre eles.





- Ela estava. - Kristyn respondeu - Pelo menos ela acredita nisso. Se vai ou não voltar atrás, eu não sei.





- Bem, como eu disse, isso agora é com eles. - Dumbledore concluiu com firmeza - O que temos a fazer agora é nos dedicar a próxima etapa de sua missão.





- Alena disse que teremos que esperar até o natal. – Alice informou.





- Segundo ela, é a época mais segura para se atravessar o Estreito de Runfhort, seja lá o que isso for.





- O estreito é a travessia marítima para a Ilha de Emhaim. – Kristyn explicou, atraindo a atenção dos outros - Extremamente perigosa, suas águas revoltas são infestadas por monstros marinhos.





- Um lindo parque aquático. – ironizou Frank.





- É verdade. Espero que até lì minha prima e Lupin estejam menos beligerantes.





- Talvez fosse melhor que um deles não participasse da missão. – arriscou Alice, insegura, mas Kristyn balançou a cabeça.





- Impossível. Os dons especiais de Ana vão ser muito úteis na travessia, e como foi Remo quem ganhou o desafio dos Thuatha, ele é quem deve levar a Sarnseach até o palácio de Govannon.





- Bem, minha cara, como você mesma disse, vamos torcer para que eles consigam controlar seus sentimentos. - concluiu Dumbledore, e eles passaram a discutir sobre os outros assuntos da Ordem.





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Harry voltava da biblioteca, onde estivera pesquisando sobre como poderia abrir o misterioso livro do Snape – já que Hermione se recusava a ajudá-los nessa tarefa – quando algumas vozes vindas de uma sala supostamente abandonada atraíram sua atenção. Esgueirou-se sorrateiramente até a porta e espiou.





- Eu não sei porque ainda insisto nisso. - reclamou Wezen Deveraux, num tom divertido que Harry nunca o ouvira usar - Não adianta, vocês garotas sempre acabam comigo.





- Isso porque você é cavalheiro demais para bater em uma mulher. - retrucou Nicky, rindo - Mesmo que ela o esteja espancando.





Bom, aquilo só vinha a confirmar as palavras de Sammy. Os dois estavam usando quimonos negros, e pareciam treinar algum tipo de luta, o que explicava as palavras dos dois.





- Sinto dizer, minha querida, mas isso não me traz nenhum conforto. - de repente ele estreitou os olhos, adotando uma expressão pensativa, e logo depois sorriu - Mas você pode me espancar a hora que quiser.





- Obrigada, mas eu passo. - ela respondeu com bom-humor, enquanto se atirava no chão, parecendo exausta - Você sabe que meu alvo é outro.





- Aham. - ele concordou, deitando-se ao lado dela - Na verdade, parece que você e minha irmãzinha estão apontando as armas na mesma direção. Outra vez, diga-se de passagem. - ele frisou - Por que isso vive acontecendo com vocês, hein?





- Ora, que culpa temos se nossos gostos são tão parecidos? - a garota deu de ombros, sorrindo de forma misteriosa.





- Só falta agora eu e Alex nos interessarmos pela mesma garota.





- Isso não seria problema. Vocês se interessam por tantas garotas que bastaria que fizessem revezamento entre elas.





- Isso foi cruel. - ele levou a mão ao peito dramaticamente.





- Mas verdadeiro.





Eles riram, e Harry resolveu que era melhor se afastar. Com a sorte que tinha, o rapaz poderia conseguir pressenti-lo. Foi ao encontro dos amigos, pensando no estranho relacionamento entre aqueles seis.





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- Eu não faria isso se fosse você.





Neville ergueu os olhos da poção que borbulhava, encarando a garota sentada na mesa um pouco mais adiante.





- E por quê? - não conseguiu evitar que a voz transparecesse um pouco de irritação.





- Se adicionar isso agora, o caldeirão vai explodir. – ela respondeu tranqüilamente, parecendo alheia ao nervosismo do rapaz.





Desde a tarde em que revelara conhecer o segredo de seus pais, Luna parecia estar em todos os lugares em que ele ia. Por mais que se esforçasse, não conseguia evitá-la. Até mesmo quando se escondia em alguma sala para treinar secretamente algumas poções, ela o encontrava.





- Ok, srta. Sabe-Tudo. - ele respondeu com ironia, fechando o frasco e guardando-o novamente com os outros ingredientes.





- Por que está tão agressivo? - o tom dela não era acusatório, e sim levemente curioso.





Ele também gostaria de saber aquela resposta. Nunca antes sentira aquela estranha compulsão para respostas irritadas. Sem saber o que responder, ele apenas deu de ombros, voltando a se concentrar na poção.





- Eu não sei porque, mas tenho a impressão de que o deixo nervoso... - os grandes olhos da garota o analisavam atentamente.





- Imagine. - ele tentou desconversar.





- Que bom. Sabe, eu não tenho muitos amigos, e são raras as pessoas que não acham que eu sou louca. - ela deu de ombros, como se aquilo não tivesse importância - Por isso são poucas as pessoas com quem posso conversar.





Estava explicado então. Ela queria um amigo, alguém com quem pudesse falar sem ser considerada maluca. Sem saber o porquê, Neville sentiu uma pontada de desapontamento.





- Eu não acho que você é louca. - diante do olhar da garota, ele corrigiu - Bem, talvez só um pouquinho.





- Não tem importância. Não ligo quando pensam isso, e sim quando acham que sou burra. Afinal, não é a toa que estou na Corvinal. - sua voz transparecia o orgulho que tinha daquilo. - Mamãe também era de lá e era uma bruxa brilhante!





Percebendo algo mais que orgulho brilhando em seus olhos, Neville deixou a poção por algum tempo, e foi se sentar ao lado da garota.





- Você sente muita falta dela, não é? - perguntou com suavidade.





- Muita. Meu pai também. Ela era o mundo dele, e depois de sua morte ele ficou meio perdido, sabe? Desde então eu tenho tomado conta dele. - ela riu da expressão espantada do rapaz - Não consegue acreditar?





Ele poderia tentar mentir, mas sabia que seria perda de tempo.





- Sinceramente? Não.





- Eu não o culpo.





Os dois riram, e continuaram a conversar sobre tudo e sobre nada, até que Luna anunciou que tinha que fazer seus deveres e se despediu, partindo logo depois. Neville voltou a se concentrar na poção, mas uma estranha sensação de perda o acompanhou.





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- Pode me explicar de novo por que estamos fazendo isso? - a voz de Nicky soava queixosa, enquanto caminhava ao lado da amiga pelas escadas que levavam até a cozinha.





- Eu já disse que vamos ajudar a Hermione.





- Mas, Sammy, pensei que a Hermione tivesse dito que não queria mais saber do Rony, e que ia abandonar todo o plano de conquista.





- Isso é o que ela diz, não o que ela sente.





- Ora, a especialista aqui é você. - Nicky comentou com ironia, passando a jarra que carregava para o outro braço - Mas ainda acho que não devíamos nos intrometer.





- Não estamos nos intrometendo, vamos apenas... dar um empurrãozinho. - concluiu, enquanto parava em frente ao quadro que dava acesso a cozinha.





- Sei... - a amiga murmurou com descrença, e segui-a pela passagem - E por que tínhamos que trazer duas jarras? Um copo não seria o bastante?





- Precaução. E deixe de ser reclamona, Nicky. - olhando ao redor, Sammy não viu nenhum elfo por perto. Como o jantar já tinha sido servido, eles deviam estar ocupados com outras coisas. - Vamos procurar o Dobby, ele vai nos ajudar.





Deixaram as jarras sobre uma das mesas e se viraram para procurar o amigo elfo. Este porém parecia tê-las ouvido e surgiu vindo de uma porta lateral.





- Ah, amigas novas vieram visitar Dobby! - ele exclamou ao vê-las. No curto espaço de tempo em que estavam no castelo tinham se afeiçoado elfo. - Dobby fica feliz!





- Nós também estamos felizes por vê-lo, Dobby, mas não viemos apenas visitar, e sim pedir um favor. – aquilo pareceu deixá-lo ainda mais contente, o que não era nenhuma surpresa. Afinal, fazia parte da natureza dos elfos domésticos. – Queríamos pedir... Que foi, Nicky?





A amiga estava puxando sua manga, e Sammy se virou para ver o que a deixara nervosa. Ao ver a mesa vazia ela descobriu.





- Mas... cadê as jarras?





- Jarras? Novas amigas querem suco? - Dobby já estava prestes a ir buscar a bebida quando Sammy o deteve.





- Não, não, Dobby. É que tinha umas jarras em cima dessa mesa. - ela apontou a mesa que ficava exatamente a baixo da mesa da Grifinória.





- Ah, se estavam aí já devem ter ido pro salão.





- Pro salão?





- É, durante as refeições, tudo o que é colocado sobre as mesas vai pro salão. - ele explicou, estranhando as expressões das duas amigas.





- Ah, não... - as duas se encararam e logo depois partiram em disparada da cozinha, sem sequer se despedirem do elfo, que não entendeu nada.





Afinal, ele não sabia que as jarras não continham suco, e sim uma antiga poção do amor, capaz de causar muita confusão.





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N/A É isso, galera. Sei que vocês mereciam mais depois de tanto tempo de espera, mas se eu não deixasse o resto pro próximo capítulo, não sei quando conseguiria terminar, então decidi parar por aqui mesmo. Espero que, apesar disso, vocês tenham gostado. E espero também postar mais rápido agora. Vou rezar pra isso. Por favor, não deixem de me dizer o que acharam, ok? Bjos e até o próximo cap.







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