gotta be 9 and 10
Capítulo Nove: “Fingindo ser o que não é!”
- Neeson pára com isso!
- Penalva pára de reclamar!
- Se alguém aparecer...
- Ninguém tem nada a ver com nossas vidas!
- Mas não seria NADA legal que nos vissem assim – rhanna disse apontando para o ‘estado’ dos dois: totalmente molhados, dentro de um elevador, e Daniel a pressionando contra a parede.
- Ah vai dizer que você nunca sonhou em ser famosa?
- Famosa por ser mais uma na lista de um ‘astro do rock’ metido a garanhão? Não, famosa desse jeito não!
- Eu sei que você me ama...
- Eu te amo do jeito que os Capuletos amavam os Montéquios.
- Viu só? Já está nos comparando a Romeu e Julieta. Isso é que é amor hein?
- Idiotinha da minha vida, eu nos comparei aos PAIS de Romeu e Julieta. Mas nossa! Você sabe que Montéquio e Capuleto eram os sobrenomes de Romeu e Julieta? Tô impressionada.
- Hahaha, como você é engraçada – ele ironizou, e aproximou mais ainda (se é que é possível) seu corpo do de rhanna.
- Daniel, é sério! Eu vou morrer de vergonha se alguém entrar nesse elevador e nos ver assim.
- Ow! Ela me chamou de Daniel! Milagres acontecem – ele disse de um jeito rouco/sexy bem perto do pescoço dela.
- Quer ver um milagre maior ainda?
- Hum, gostei disso – ele deu um sorriso tarado que ela não pôde ver.
- Pervertido!
- Eu? Imagina! Mas então, que milagre?
- Esse! – ela disse rapidamente, e mais rápido ainda puxou o garoto pela nuca e selou os lábios. Daniel se assustou com a atitude da garota, ela NUNCA tomava iniciativa para um beijo. Após o susto momentâneo, ele fez com que rhanna abrisse a boca e desse passagem para sua língua, era um beijo intenso, não selvagem, somente intenso.
- Ops! – Demetria disse quando a porta do elevador se abriu, assustando o ‘casal’, que se separou instantaneamente. – Desculpa! Sério, se eu soubesse que vocês estavam... Erm... - a garota se enrolava nas palavras enquanto corava furiosamente.
- Relaxa Demetria! – Daniel disse calmamente.
- Neeson seu idiota! Se você fizer isso mais uma vez eu juro que te mato! – rhanna disse brava e saiu do elevador, deixando um Daniel confuso atrás de si.
- É... Acho que vou falar com a Rhanninha , tá Daniel?
- Okay Demetria.
- Rhanninha ?
- Pode entrar Demetria.
- Você tá bem?
- Tô sim, por que a pergunta?
- Será que é por causa do que eu vi agora há pouco?
- Ah Demetria! Jura que não conta pra ninguém? Ele me agarrou, mas mesmo assim eu tenho vergonha de admitir que beijei esse ogro.
- Te agarrou? Por quê? Vocês vivem dizendo que preferem morrer a ter que encostar um no outro.
- Euqueobeijei!
- O quê garota? Fala devagar!
- Eu-que-o-beijei!
- Oo Tá brincando né?
- Bem que eu queria estar...
- Mas... Mas como assim? Vocês estão ficando?
- Não... Ou melhor, acho que não.
- Por que vocês não ficam na frente de todo mundo? Por que você não me contou?
- Porque quando tudo voltar ao normal, ele vai arranjar mais uma namoradinha e todos vão ficar preocupados com os meus sentimentos por ele!
- Mas nós teríamos razões pra nos preocupar, não acha? Você ficaria com o coração partido ao vê-lo com outra garota.
- Coração partido só se for de dó da pobre garota que tiver a infelicidade de namorar esse traste. Não quero mais falar sobre isso okay?
- Tudo bem... Mas posso perguntar uma coisa?
- O que?
- Vocês ficaram ontem à noite, não ficaram?
- Ficamos – disse rhanna corando, e vendo Demetria gargalhar.
- EU SABIA!
Os casais (de verdade) passaram o resto da tarde em seus respectivos quartos, rhanna estava assistindo Supernatural (n/a: ninguém reparou que eu sou viciada por séries né? xD) e Daniel havia sumido. Todos tinham combinado de jantarem juntos, e depois irem a uma boate perto do hotel.
- rhanna! Vai se arrumar! – Kristen falou colocando a cabeça pra dentro do quarto da amiga.
- Já tô indo, assim que acabar o episódio eu vou.
- Ô vicio! Não cansa de assistir essas séries não? Qual é essa?
- Não canso! Amo! Tô vendo Supernatural. O episódio que eu mais tenho medo: do palhaço!
- Se tem medo por que assiste?
- Porque é legal! E porque eu amo o sarcasmo do Dean e a carinha fofa do Sam. Agora vai embora que voltou do comercial!
- Okay, mas vê se não se atrasa viu?
- Tá, tá. Agora saiiiii!
rhanna estava totalmente compenetrada no que assistia, no momento em que o palhaço ia matar o casal que estava dormindo... A porta de seu quarto abre.
- AHHHHHHHHHHHHHHHHH!
- Que foi garota tá doida? Mais do que o normal?
- QUE MERDA, NEESON! Cara eu vou morrer do coração!
- Muito maluca. Por que esse susto todo? Tava fazendo algo de errado?
- Como você é engraçado. Não que eu deva explicação, mas eu tava assistindo Supernatural e você chegou na parte mais assustadora.
- Que episódio é esse?
- Do palhaço.
- Ah é, você tem medo.
- Morro de medo.
- Cagona pra caramba.
- Ah não enche!
- Vou tomar banho, a Demetria disse que se você se atrasar, ela vai contar pra todo mundo o que viu no elevador.
- Obrigada pelo recado, secretário – ela disse em tom sarcástico, Daniel fingiu que não escutou.
Durante o jantar...
- Ah não Rupert! A piada da galinha de novo não! – Kristen reclamava do amigo.
- É mesmo, amor. Tenho que concordar com a Kristen –Emma fazia careta.
- Ah deixa ele contar! – Tom sorria.
- Mas ele já contou milhões de vezes – rhanna também não agüentava mais.
- Pode contar Rupert, EU quero ouvir – Daniel provocou, olhando rhanna.
O jantar foi repleto de risadas, gargalhadas e engasgos (rir muito enquanto come dá nisso). E também teve um telefonema de Nina, avisando que Billy estava melhor, e que era pra todos evitarem querhanna e Daniel se matassem, pois a Sra. Neeson os queria vivos e saudáveis.
Na boate...
- Eu sinceramente não entendo como os seguranças deixaram a Penalva entrar – Daniel fingia pensar, provocando rhanna.
- Se eles barrassem a minha entrada, teriam de barrar a tua também – ela respondeu calmamente.
- Ah é? Mas eu não sou uma criança, e nem tenho 1,50m de altura – o garoto respondeu ironicamente.
- Eu não tenho 1,50m de altura okay? Como se você fosse tãããão mais alto né? E além do mais eles te barrariam por ter cara de maluco/tarado – rhanna responde fazendo gestos.
- Maluco e tarado é? Que sorte que você não dorme no mesmo quarto que eu né? – ele diz sorridente com cara de malicioso.
- ... – rhanna nem sonha com o que responder.
Os amigos dão risada (como sempre) das cenas hilárias de rhanna e Daniel, e pra amenizar a situação (já que Demetria estava morrendo de tanto rir) decidiram deixar o ‘casal confusão’ separado durante essa noite.
rhanna estava se divertindo, dançando com Demetria eEmma enquanto Tom estava no bar conversando com Rupert. E nem sinal de Daniel, até que as garotas vão ao bar, deixando rhanna sozinha, então...
- DROGA! – rhanna grita após alguém esbarrar em si e derramar algo líquido em seu braço.
- Desculpa! Foi sem querer – um rapaz (muito bonito por sinal) tentava limpar o braço da garota.
- Tudo bem, pode deixar que eu me limpo – ela disse mais calma (já comentei que ele é muito muito bonito?).
- Me empurraram, não foi minha intenção – o rapaz muito muito muito bonito dizia todo preocupado.
- Relaxa! Só molhou meu braço,e olha: já secou – rhanna falava com um sorriso.
- Ah, à propósito: sou Peter – o muito muito muito muito bonito mesmo estende a mão sorrindo pra garota.
- rhanna – ela responde ainda sorrindo: ela babou pelo sorriso dele.
- Minha namorada: rhanna – um ser diz e abraça rhanna por trás.
- Neeson? – ela diz sem entender nada.
- Oi, sou Daniel, namorado dela, e você é? – ele diz com cara de poucos amigos para Peter (o muito muito muito muito...ah! vocês já sabem né?).
- O que... – rhanna tenta se soltar do abraço, mas Daniel a apertou mais ainda.
- Sou Peter – o superbonito disse meio sem graça por estar azarando a ‘namorada’ de alguém.
- Hey mas ele... – quando rhanna ia desmentir tudo, Daniel surpreende a todos virando a garota e a beijando. Um beijo de verdade, nada de selinhos.
Ela (como de rotina) tenta afastá-lo, mas desiste quando sente a intensidade com que Daniel a beijava. Sentia um misto de raiva e ciúme nos toques do garoto, que tinha uma mão em seu rosto e a outra a segurando firmemente pela cintura. Um beijo cheio de vontade, desejo e um certo carinho, porque mesmo sentindo as mãos de Daniel lhe segurando cada vez mais forte, rhanna sentia que ele era cuidadoso e gentil (n/a: estranho né? Eu sei xD).
Demetria, que viu a cena de longe, se matou pra não deixar os amigos olharem, já que rhanna preferiu que ninguém soubesse do ‘caso’ que tem com Daniel.
Minutos depois...
- Neeson – rhanna acorda do transe que é o beijo de Daniel, o empurra e dá um belo tapão no peito. – VOCÊ BEBEU? SUA ANTA!
- Agora eu sou a anta alcoólatra né? – ele diz debochado. – Segundos atrás eu era seu namorado.
- NAMORADO? VOCÊ É RETARDADO? – ela grita enquanto bate em Daniel. – IDIOTA! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA ME BEIJAR ASSIM?
- Assim como? Tão bem, você quer dizer? – ele continua com o ar de deboche, e nem ligava para os tapas de rhanna, ele apenas se esquivava.
- QUE MERDA NEESON! VOCÊ ACHA QUE PODE CHEGAR ASSIM DO NADA E ME BEIJAR? E AINDA POR CIMA FALAR QUE É MEU NAMORADO PRA UM CARA LINDO COMO AQUELE?
- Dá pra parar de gritar? Por mais barulhento que esse lugar possa ser, você tá começando a chamar atenção pra gente – Daniel segura rhanna pelos pulsos, a trazendo pra bem perto de si, falando em um tom baixo, que só ela escutava devido à música alta.
- Eu paro de gritar se EU quiser. O quê? Agora resolveu ser discreto? – ela disse mais baixo, se acalmando, porém incomodada por ainda ter os pulsos seguros pelas mãos de Daniel. – Dá pra me soltar ou tá difícil?
- Com você por perto é praticamente impossível ser discreto. E tá, tá muito difícil te soltar, namorada.
- Olha, eu acho que o meu joelho já se apresentou ao Mini Daniel, então se você não quer outro encontro dos dois: me solta AGORA!
- Ah depois dessa gentil proposta, eu te solto. Mas já aviso: não vai achando que pode ficar se engraçando com qualquer um por aí não, viu? Senão seu namorado aparece e estraga tudo de novo.
- Cuida da sua vida que assim você ganha mais garoto! Meu namorado? Você tem o que na cabeça? Bosta né? Só pode ser...
- Ah cara! É tão lindo te ver nervosa, mas é melhor ainda te ver perdendo um ficante por minha causa... Eu sei que você nem sequer consegue pensar em ficar com outro cara quando eu estou por perto...
- Antes eu tinha dúvidas, mas agora é certeza: quem inventou a palavra ‘egocêntrico’ se inspirou em você! EU JÁ DISSE PRA ME SOLTAR, NEESON!
- E eu já disse pra você parar de gritar Penalva – Daniel segurou os pulsos de rhanna junto ao seu peito, fazendo com que seu nariz tocasse o da garota.
- Acha que consegue me fazer parar de gritar só de chegar tão próximo de mim? – ela toma uma atitude inesperada. – Isso era pra me seduzir? – a garota fala roçando os lábios no queixo de Daniel. – Pra me fazer desistir da nossa santa briga de todo dia? – ela percebe que Daniel havia fechado os olhos ao senti-la falar tão perto de sua boca, aproveitando esse deslize dele, ela solta seus pulsos – Depois sou eu que me derreto por um simples abraço né? – ela ri e se afasta dele. – Uma garota não pode nem falar muito perto de você, que você quase... – riso - ...você sabe.
- Pode rir – ele tenta manter a voz calma –, mas que eu estraguei sua noite com o fracassado ali, ah eu estraguei.
- Fingindo ser algo que você NUNCA será: meu namorado!
- Nunca diga nunca...
- Você não é bom o suficiente pra ser meu namorado.
- Quando você perceber o quão errada estava sobre isso, eu vou rir da sua cara...
- Dane-se!
Uma hora depois...
- Rhanninha ... Não fica brava... Mas...
- Mas o quê, Demetria?
- Olha o Daniel com aquela garota...
- Eu nem vou me preocupar em olhar. E por que eu ficaria brava? Ele não é nem meu amigo.
- Mas vocês...
- Do que estão falando, hein desnaturadas? – Kristen chega brincando com as amigas.
- É! Suas desnaturadas, não ficaram com as amigas nem um pouquinho – Emma fazia biquinho.
- Ô meu Deus, tadinhas das nossas nenéns né Rhanninha ? – Demetria disse apertando as bochechas deEmma.
- É mesmo, vem cá bebê da mamãe – rhanna diz rindo e fazendo Kristen sentar em seu colo.
- Eba colo! – Kristen pula no colo da amiga.
- Porra Kristen! Eu não sou o Robert, que agüenta esse peso todo! – rhanna diz fingindo dor.
- Ah sua malvada! – Kristen faz bico e sai do colo da amiga, enquanto as outras duas só riam da cena.
- Hey gente! Olha só aquela piranha dando em cima do Daniel –Emma aponta pro outro lado da pista de dança.
- Isso soou tão namorada ciumenta – rhanna brinca pra disfarçar a luta que travava consigo mesma pra não olhar para a cena que as meninas comentavam.
- Ah Rhanninha credo! Deus que me livre! To muito bem com o meu Rupert - Emma diz rindo. – Mas que o Neeson está visivelmente bêbado, e a vagabundinha ali está se aproveitando disso, isso é fato.
Ao ouvir isso rhanna vira rapidamente e então vê: Daniel encostado em uma parede, segurando um copo (que dava pra saber que era de Martini), eEmma tinha razão, tava na cara que ele estava bêbado. E ‘acompanhando’ Daniel na cena ‘bonita’ que as garotas olhavam, estava uma garota de longos cabelos castanhos claro, mini saia jeans, blusinha bem decotada laranja e botas de couro preto. A posição exata dos dois? Como já foi dito, Daniel estava encostado na parede e a tal garota estava meio que entre as pernas dele, falando algo bem perto da boca de Daniel, e as mãos da garota? ESTAVAM NAS COXAS DELE!
- Gente ela tá se aproveitando do menino – Kristen comentou com cara de indignada.
- Menino? Que menino? Ele não é nenhum bebê pra gente ter dó se a garota se aproveitar dele – rhanna diz com desdém, que Demetria percebe ser na verdade raiva.
- Mas ele ta bêbado Rhanninha ! – diz Emma.
- Bebeu porque quis! E quando ele bebe nunca lembra de nada depois! Então quem se importa se ele pegar essa vadia? – rhanna é imparcial.
- Que merda rhanna! Chega né? Nem quando ele não tem tanta culpa você quer crucificar o garoto – Demetria fica nervosa por rhanna fingir que não se importa.
- Eu tô pouco me lixando pelo tamanho da culpa dele! Eu quero mais que ele se dane! – ela responde e levanta do banco onde estava sentada.
- Onde a senhorita pensa que vai? – Kristen pergunta segurando rhanna pelo braço.
- Ao banheiro, posso? – rhanna: ironia em pessoa.
- Claro que não –Emma diz como se fosse óbvio.
- Ô, inferno! Por que não?
- Porque alguém tem que ir lá salvar o Daniel. E esse alguém é você, rhanna Penalva – Demetria diz com um sorriso falso.
- Nem fodendo que eu vou lá! Que vá alguma de vocês! Por que eu iria?
- Olha a boca rhanna! Tá falando muito palavrão, mocinha –Emma tenta ficar séria ao dizer isso, mas acaba rindo, fazendo com que as meninas também rissem, menos rhanna.
- Eu falo do jeito que quiser! E eu NÃO vou lá não! Nem em sonho.
- Rhanninha , você não tá entendendo – Kristen falava pausadamente (tão pausadamente que chegava a ser idiota) para a amiga acompanhar o raciocínio – só uma suposta namorada conseguiria tirar o Daniel das mãos da baranga. E tá na cara, quer dizer, no dedo, queEmma, Demetria e eu temos namorados – ela termina mostrando a aliança de compromisso na mão direita.
- E daí? É só tirar a aliança! – rhanna começa a se exaltar.
- Pensa assim, se você o salvar, vai ter um favor pra cobrá-lo depois – Emma diz com um sorriso malicioso nos lábios.
- CARAMBA! ISSO É PERFEITO – rhanna se anima do nada.
- O quê? O que a Emma disse? – diz Demetria.
- Não querida, o Neeson já está me devendo uma coisa... Já volto.
- Que louca! Já foi – as três com ‘ué faces’ (n/a: minha ex- teacher costumava falar isso quando não entendíamos nada do que ela tinha dito).
- Então gatinho, quer ir lá pra casa? Meus pais viajaram – a ‘bendita’ garota falava enquanto se esfregava em Daniel, que por sua vez só a olhava com cara de tarado misturado com tapado, dava uns goles em sua bebida e com a outra mão fazia a garota ficar mais perto. – Ou você prefere ir pra sua casa?
- É apartamento – rhanna chega ao lado dos dois e fala sorridente.
- O que você disse? – a ‘santa’ pergunta com cara de ‘some daqui sua vaca’ pra rhanna.
- Que ele tem apartamento e não casa – rhanna ainda sorri.
- E como você sabe queridinha?
- Porque ele é meu namorado honey – ela responde com um enorme sorriso cínico, com as mãos na cintura.
- Quê? – garota oferecida diz.
- Além de esquecida ainda é surda?
- Esquecida?
- É, porque eu tenho certeza que sua mãe te ensinou que você só coloca cinto se estiver usando alguma roupa, e não só o cinto. Então você é sim esquecida – rhanna fala com a sua melhor cara e voz irônica olhando pra ‘saia’ da garota.
- Mas...
- Garota? Dá pra ser ou tá difícil? Some.
- E quem disse que ELE quer que eu suma? Ele não tem cara de quem namora alguém como você – a ‘abençoada’ já tinha largado Daniel e agora estava frente a frente com rhanna.
- Pergunta pra ele.
- Hey gato, ela não é sua namorada é? Se fosse não teria te deixado sozinho pela boate.
- Ela... – antes que Daniel terminasse a frase, rhanna empurrou a garota e puxou o puxou pela mão.
- Vem MEU amor, eu adoro essa música. Vem dançar COMIGO – rhanna falava alto e rápido, tentando tirar o ser bêbado de perto do ser puta o mais rápido possível, indo para o meio da pista de dança – Larga esse copo,você já bebeu demais – ela toma o copo da mão dele e põe na bandeja de um garçom que estava passando por perto.
- Você é maluca – Daniel diz com uma cara aparentemente melhor.
- Maluca? Eu sou um mix de heroína com vingadora, isso sim!
- (?) – aos poucos ele perdia a cara de bêbado de esquina.
- Heroína porque eu te salvei do desgosto de acordar ao lado daquele monte de material não reciclável e vingadora porque tecnicamente você se daria ‘bem’ com a garota e eu dei o troco por você ter estragado minha conversa com o muito muito bonito – ela dizia isso sorrindo pra ele, sorriso de vitória. E dançava. Dançava somente mexendo os quadris no ritmo da musica. Às vezes, parava de falar e fazia caras e bocas de acordo com a musica que tocava, fazendo Daniel ficar hipnotizado por ela. A música que tocava? (There’s gotta be) More To Life versão mixada da Stacie Orrico.
- Você não estragou nada. Eu não queria nada com ela. Eu SABIA que você ficaria com ciúmes – magicamente ele não estava mais bêbado, pelo menos não aparentava mais. Chegava perto derhanna, a olhando dançar, mordendo o lábio ao vê-la fechar os olhos e levantar um braço quando a musica estava no refrão.
- Não tava a fim dela? Se você não estivesse tão bêbado, vocês teriam feito algo nada agradável de se ver, bem no meio da boate – ela ainda sorri, por incrível que pareça. – E sim. Eu estraguei. Porque pra um derrotado como você, qualquer transinha é alguma coisa. Porque se você fosse bom o suficiente, teria uma namorada – no intuito de provocar o garoto, ela se aproxima mais e começa a dançar com ele, o obrigando a se movimentar no ritmo da música e do corpo de dela.
- Você? – a única coisa que ele consegue dizer: tinha ficado extasiado com a proximidade e dança de rhanna, e coloca as mãos na cintura da garota.
- Eu o quê? Sua namorada? – ela ri e então posiciona os dois braços em torno do pescoço dele e diz em seu ouvido. – Já esqueceu, é? Só essa noite fingimos ser um casal por duas vezes, então tá bom demais. Não quero passar por isso nunca mais.
- Eu sou tão ruim assim? – ele segura o rosto dela com uma mão, olhando-a nos olhos – Pra você me expelir tanto?
- Você não é ruim – ela diz desviando o olhar: vergonha! Porque de bêbado que seria atacado ele não tinha mais nada. – Só não é o certo pra mim.
- Por quê? – epa! Isso foi uma pontinha de tristeza que rhanna viu nos olhos dele? – Como você pode saber isso?
- Erm... A porta do seu quarto! É azul! – ela diz a primeira coisa que lhe veio na cabeça.
- Isso é errado? Eu gostar de azul? E minha porta ser dessa cor? – ela diz passando o nariz na bochecha de rhanna.
- Claro que é! O cara certo pra mim teria a porta verde – ela diz de olhos fechados, apenas sentindo o toque de Daniel, eles ainda ‘dançavam’.
- Mas... – ela o interrompe.
- “Well it's life, but I'm sure... there's gotta be more... more to, more to, more to life...” (bem é a vida, mas eu estou certa de que há mais, há mais, há mais na vida) – rhanna canta sussurrando o fim da música no ouvido de Daniel.
Ele somente faz com que rhanna o olhe nos olhos, e então dá um selhinho bem demorado na garota, ao se afastar diz em seu ouvido:
- Um dia o cara da porta verde vai te achar, garota da porta vermelha...
Capítulo Dez: “Sorrisos, lembranças, atitudes e ‘Magic’”
(n/a: quando estiver em itálico e sublinhado significa que são ‘flash-backs’ ok?).
- Não, Tom! Eu não vou cantar! – rhanna dizia rindo.
- Mas Rhanninha , todo mundo já cantou só falta você – Emma falava como se rhanna fosse uma criança rebelde. – Já que o Daniel ainda tá dormindo, então ele não conta.
- Eu não sei cantar! – rhanna ainda ria. – Ah cara, além de terem me acordado cedo, ainda querem me fazer cantar?
- Cedo, dona rhanna? Onze da manhã é cedo? – Robert dava risada das caretas de rhanna.
- Pra mim é!
- Ah pra mim também – Rupert se manifesta, então boceja, e deita no sofá da sala de tv do hotel.
- Ah você não vale Rupert! Tá com sono porque encheu a cara ontem – Kristen zoa. – Mas a Rhanninha ? Não sei por que tá com sono, nós nem voltamos tarde da boate.
- Eu tomei café antes de deitar, daí vocês sabem o que acontece né? – rhanna mente sem vergonha alguma. – Bye bye, soninho!
- Pára de enrolar! – Tom diz entregando o ‘microfone’, que nada mais era que uma escova de cabelo de Emma. – Vai cantar sim!
- Ah gente – faz bico –, por favor! Não façam isso!
- Anda logo rhanna – Robert diz rindo da carinha de piedade dela. – Qual música você vai cantar?
- Já que não tenho escolha... – rhanna faz cara de derrotada. – Algum de vocês sabe tocar “Magic” da Colbie Caillat?
- Começa a cantar que a gente dá um jeito – diz Rupert.
- Ok – rhanna suspira, pega a escova e começa...
(n/a: já leram pelo menos uma song-fic na vida né? Pois então, estou inventando (eu acho, nunca vi isso em outra fic) um song-cap... espero que não odeiem).
You've got magic inside your finger tips
(Você tem mágica na ponta dos dedos)
It’s leaking out all over my skin
(Isso está transpirando por toda a minha pele)
Everytime that I get close to you
(Toda vez que eu me aproximo de você)
Your makin me weak with the way you
(Você me torna frágil com a maneira em que)
Look through those eyes
(Olha dentro desses olhos)
- Neeson colabora! A gente vai cair desse jeito – rhanna ria tentando fazer com que Daniel subisse as escadas do hotel. – Seu bêbado! E eu achando que você não estava tão ruim, e só de imaginar que temos que subir cinco andares pela escada.
- Não é minha culpa se o elevador quebrou justo hoje – ele diz de um jeito fofamente bêbado.
- Mas se você não tivesse bebido, te garanto que ia ser mais fácil subir – ela diz ofegante, subir escadas praticamente carregando um homem e ainda por cima rindo? Cansa!
- É só não subirmos. Vamos ficar aqui na escada mesmo – Daniel diz e logo senta no degrau.
- Bebeu, é? Haha, claro que bebeu – rhanna ria de si mesma. – Levanta daí! Vem, vamos subir – e estende a mão pra ele levantar.
- Não, senta aqui – Daniel puxa a mão que ela havia estendido, e acidentalmente faz com que a garota caia quase totalmente em seu colo. – Ops!
- Ops né? Me deixa levantar e vem, Neeson – ela ainda ria e tentava levantar, mas Daniel a abraçou, impedindo que levantasse. Ele acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos, causando emrhanna vários arrepios.
- Por que você sempre foge? – ele faz cara de confuso, super fofo. Já estava com cara de bêbado, junto com a de confuso, foi uma combinação fofa. – Toda vez que eu me aproximo, você se afasta – agora ele tinha ajeitado rhanna em seu colo, fazendo com que ela ficasse sentada de lado, ele a abraçava pela cintura apenas deixando suas peles se tocarem.
- Neeson meu amorzinho – ela diz sorrindo –, se você não estivesse bêbado e se conseguisse lembrar de algo amanhã, eu com certeza te responderia, tá? – ela finaliza colocando as mãos nos ombros dele.
- Não faz isso! Eu to tentando ser o cara – ele fala olhando profundamente nos olhos da garota, fazendo rhanna baixar a guarda ao ver o carinho estampado no olhar de Daniel.
- Que... que cara Neeson? – ela gagueja, proximidade + o jeito que ele a abraçava + as carícias no braço + aqueles olhos perfeitos = gagueira na certa!
- O cara da porta verde – ele diz como se fosse óbvio.
- Você é uma comédia – ela ri e levanta, ouvi-lo falar do ‘cara da porta’ a fez voltar a realidade. – Vamos subir.
And all I see is your face
(Tudo o que eu vejo é o seu rosto)
All I need is your touch
(Tudo o que eu preciso é o seu toque)
Wake me up with your lips
(Acorde-me com os seus lábios)
Come at me from up above
(Chegue até mim de um nível superior)
Yeaaaa, oh I need you
(Eu preciso de você)
- Não consigo dormir – ela escuta Daniel resmungar.
- Você nem deitou direito. Tenta mais um pouco – ela diz rindo da voz dele.
- O banho GELADO que você me obrigou a tomar, tirou meu sono – ele fala e acende o abajur.
- Mas você não tá mais bêbado! Esse é o lado bom – ela sorri pra ele – A dor de cabeça passou?
- Passou – sorri pra ela –, valeu pelo remédio.
- Imagina – sorriso gigante pra ele (quem não sorri ao ver aquele sorriso dele?). – Agora tenta dormir, já são três da amanhã.
- Nossa a gente voltou cedo. E eu NÃO consigo dormir – Daniel faz careta, arrancando mais risos de rhanna – Essa cama tá tão ruim. Tá vazia – sorriso malicioso.
- Pervertido – ela diz rindo alto –, pode tratar de dormir já! S-O-Z-I-N-H-O!
- Credo, você é má – Daniel faz bico e apaga o abajur.
- Desculpa te acordar.
- Que horas são?
- Quatro e meia.
- Da manhã?
- Não Penalva, da tarde... Sua boba, é claro que é da manhã.
- E pra que você me acorda a essa hora?
- Pra te perguntar uma coisa.
- O que?
- Quando você fecha os olhos pra dormir, o que você vê ou pensa?
- Sei lá.
- Me responde, pelo menos hoje, quando você me mandou dormir, e fechou os olhos... que imagem veio à sua cabeça?
- Seu rosto.
- Que ótimo, porque na minha cabeça veio o seu. E posso perguntar outra coisa?
- Pode.
- Posso dormir com você? Sei lá, to meio carente, acho que a bebida fez isso.
- Neeson...
- Por favor.
- Ok.
- Brigado – ele só deita ao lado dela sentindo seus braços se tocarem por baixo do cobertor. Quando Daniel está pegando no sono, sente rhanna se aproximar e o abraçar, ela já está dormindo. Não resiste, ao vê-la tão próxima, linda, fazendo um biquinho fofo e alguns fios de cabelos caídos no rosto, então ele encosta seus lábios nos dela.
- Neeson?
- Desculpa, te acordei de novo.
- De um jeito diferente.
- Se minha porta fosse verde, você deixaria que eu te acordasse assim todos os dias?
- Não. A porta não influencia em nada.
- Ah...
- Mas hoje eu preciso de você. Por hoje a gente finge que a porta do seu quarto é verde, pode ser?
- Precisa de mim? Não sou gigolô – ele diz rindo. – Sua maníaca.
- Seu besta. Dorme, Neeson – ela ri e volta a encostar a cabeça no peito de Daniel.
- E se você me atacar enquanto eu durmo?
- Amorzinho, dorme, por favor?
I remember the way that you move
(Eu lembro do jeito que você se mexia)
your dancin easily through my dreams
(Você está dançando facilmente nos meu sonhos)
its hittin me harder and harder with all your smiles
(Esta me atingindo mais forte e mais forte com todos os seus sorrisos)
you are crazy gentle in the way you kiss
(Você é loucamente dócil no jeito de beijar)
- Hey! Pode dormir mais, você demorou a pegar no sono né?
- Aham, mas aonde você vai?
- A Kristen veio me chamar pra tomar café da manhã.
- Ah ta, mas você ta com uma cara de sono.
- Você se mexe muito na cama.
- Jura?
- Seu tarado. Você entendeu o que eu disse.
- Com que você sonhou?
- Quê?
- Você sonhou com alguma coisa boa, você sorriu dormindo.
- Sério? Não costumo lembrar dos meus sonhos – mentira! Ela se lembrava muito bem, tinha sonhado com ele. Que novidade...
- Você não sabe mentir – ele diz sorrindo.
- Ah vai catar coquinho – rhanna mostra a língua pra ele.
- Vai tomar seu café, mais tarde eu desço, ta?
- Tudo bem, bons sonhos – ela sorri e dá um beijinho na testa de Daniel.
- Vou sonhar com você – sorrindo de um jeito tão sincero que rhanna fica até sem graça.
- Nossa! Então será pesadelo.
- Engraçadinha – ele se ergue em um cotovelo e beija carinhosamente a bochecha da garota.
- Tchau.
- Tchau.
- Hey!
- Que é, Daniel? – ela vira pra ele rindo antes de sair pela porta. E recebe o melhor sorriso que já teve dele. rhanna não percebeu que o havia chamado pelo primeiro nome, ele ficou radiante por isso.
- Obrigado.
- Pelo que?
- Por tudo – um último sorriso, e então volta a deitar.
- Ah, tudo bem.
Oh baby I need you
(Oh baby, eu preciso de você)
to see me, the way I see you
(Para me olhar, do jeito que eu te olho)
lovely, wide awake in
(Adorável, extraordinariamente acordado no)
e middle of my dreams
(Meio dos meus sonhos)
Um grupo de amigos impressionados. Não que ela tivesse uma voz perfeita, mas sim pela emoção que ela transmitia ao cantar aquela música.
Emma e Kristen se balançavam no ritmo que rhanna cantava.
Os três garotos tocavam, sorriam para as namoradas, mostrando que estavam tão maravilhados quanto elas.
Já Demetria, olhava pra amiga com outros olhos. Olhos de quem entendia o que a música poderia significar para rhanna.
And all I see is your face
(Tudo o que eu vejo é o seu rosto)
All I need is your touch
(Tudo o que eu preciso é o seu toque)
Wake me up with your lips
(Acorde-me com os seus lábios)
Come at me from up above
(Chegue até mim de um nível superior)
Yeaaaa, oh I need you
(Eu preciso de você)
rhanna não conseguia parar de pensar em Daniel enquanto cantava. Por quê? Ela não estava apaixonada... Então por que ele não saía de seus pensamentos?
Ela cantava de olhos fechados, sentindo cada nota da música. Sem saber que na entrada da sala estava alguém que se sentia quase igual, a única diferença é que esse alguém sentia e se encantava pela voz dela. Por ela.
- Garota, você canta bem – Kristen abraçava rhanna.
- Nosso bebê tem uma voz legal – Emma apertava suas bochechas.
- Ah que amor! Ela ta ficando vermelhinha de vergonha – Demetria zoava.
- Não é de vergonha não! – rhanna ‘escapa’ das amigas. – É de tanto a Emma apertar minhas bochechas mesmo.
- E a pessoa baba – diz Tom abraçando Demetria.
- Quem tá babando, amor? – Demetria pergunta seguida pelas caras de confusas das garotas.
- Quem será né? – Rupert fala rindo.
- Do que vocês tão falando? – Emma fica mais curiosa ainda.
- Daquela pessoa ali – Robert aponta para a porta. – Ué? Cadê ele?
- Ele quem, caramba? – rhanna já se roía de curiosidade.
- Ninguém, Rhanninha , ninguém... – Tom diz dando um sorriso cúmplice aos outros rapazes.
- Até que você não canta mal.
- Se isso é foi um elogio: obrigada.
- Por nada.
- E então... Você tá se sentindo bem? Dor de cabeça?
- Eu to bem. Mas não lembro de nada! A última coisa que vem a mente é você me batendo por ter estragado seu lance com o mané na boate.
- Ah, não aconteceu nada demais depois disso, você só bebeu demais... Já tomou café? Apesar de que já tá na hora do almoço...
- Virou minha mãe, é?
- Que?
- Eu perguntei de você virou minha mãe? Ta surda, é Penalva?
- Como eu fui ingênua! Achando que você ainda seria o Daniel Neeson de ontem à noite.
- Que Daniel Neeson de ontem à noite?
- Nada. Dane-se você, o Neeson bêbado de ontem, sua falta de educação e sua ironia.
- Vamos, garotas! Eu tenho aula amanhã! – rhanna apressava as amigas: estavam indo embora, e as meninas estavam se ‘despedindo’ dos namorados. – Cara! Vocês enrolam demais! Vaaaaamos!
- Ô sua mal amada, pra não dizer outra coisa, dá pra esperar? – Demetria disse rindo, logo voltando a beijar Tom.
- Ah quem merece? – rhanna disse cansada e sentou no chão ao lado do carro. – Vocês estão se ‘despedindo’ há uma hora!
- Rhanninha , meu amor, quando você tiver um namorado você vai entender – Rupert disse pacientemente.
- Tá me chamando de encalhada, é?
- Eu? Jamais – ele diz em um tom divertido fazendo todos rirem.
- NOSSA! – Kristen grita assustando todos. – rhanna do céu!
- Virei santa e nem sabia? – ela diz fazendo graça.
- Pára de palhaçada! É sério – Kristen diz.
- Que foi?
- Sabe quando estávamos fazendo as malas... – Kristen faz cara de culpada - e você pediu pra que eu colocasse o João Alfredo na minha bolsa porque a sua já estava aqui no carro?
- Quem é João Alfredo? – Robert faz a pergunta que não quer calar.
- O jacaré de pelúcia da Rhanninha – Demetria diz simplesmente.
- A rhanna dorme com bichinho de pelúcia? – Tom zoa. – E que nome mais “criativo”.
- Não, seu mané! É só um o jacaré que ela leva em viagens, só isso – Emma defende a amiga. – E não zoa o nome! Ele tem cara de João Alfredo.
- Continua, Kristen – rhanna disse de olhos fechados, esperando o pior.
- Eai que eu esqueci o João Alfredo lá no quarto – 100% cara de culpada pra Kristen.
- Se você me disser que foi no seu quarto: eu te mato. Se você disser que foi no meu: eu só te espanco.
- No seu quarto.
- Sorte sua – rhanna diz séria –, como VOCÊ esqueceu, então você vai buscar.
- Ah Rhanninha , eu to me despedindo do meu amor, o elevador ainda ta quebrado, então... busca lá?
- Se eu for buscar, além de te espancar você ainda terá de ser minha empregada pro duas semanas, fechado?
- O que eu não faço por você – Kristen disse pra Robert, e depois para rhanna – Fechado.
- Respira garota! Vai morrer desse jeito – Daniel diz pra uma rhanna totalmente ofegante e meio descabelada. – O que aconteceu? Vocês não estavam indo embora?
- Não que você mereça uma resposta, já que você não é minha mãe, mas eu te respondo porque eu sou educada: eu tô assim porque subi correndo e sim, nós estamos indo embora, só vim buscar uma coisa enquanto os casais se agarram no estacionamento.
- Ah, acho que sei o que você veio buscar.
- Sabe? Cadê o João Alfredo?
- Dei pra camareira.
- O QUÊ?
- Isso que você ouviu, a camareira gostou do bichinho, disse que tinha uma filha de três anos e daí eu dei o jacaré pra ela.
- Como era essa camareira? Eu vou atrás dela!
- Penalva! Já era! Deixa de ser egoísta, foi pra uma criança!
- Mas era meu!
- Como você é infantil, garota!
- Pelo menos eu sei me controlar quando bebo.
- O que você quer dizer com isso?
- Você sabe MUITO bem o que eu quero dizer: que você é um ridículo, que enche a cara, fala e faz coisas que não deve. E no dia seguinte não lembra de nada.
- E do que eu deveria lembrar? – ele se aproxima da garota. – Eu fiz algo realmente importante ontem? – ao vê-la encostada na porta, ele não perdeu a chance e logo a prendeu entre seus braços. – Eu te beijei? Disse que te amava? Te pedi em casamento?
- E você acha que isso seria importante pra mim? Ainda mais vindo de você? – rhanna fica firme, não seria ingênua de cair na lábia dele novamente. – Você definitivamente não sabe quem eu sou.
- E quem é você? – Daniel pergunta enquanto abaixa a cabeça, ficando com a testa encostada na de rhanna.
- Eu sou... – ela meio que desiste de falar quando sente Daniel colocar uma mão e sua cintura e a outra em seu pescoço. – Eu sou... a...
- Você é? – o som da voz dele sai meio abafado devido ao fato de que a boca dele estava indo da orelha para o pescoço de rhanna.
- Eu sou a garota que não sai dos seus pensamentos – ela diz calmamente fazendo Daniel parar de beijar seu pescoço e olhá-la nos olhos –, eu sou a garota que você quer estar o tempo todo – um sorriso triunfante surge nos lábios da garota ao ver a cara que ele fazia. – Eu sou a garota que você pensa quando fica com qualquer uma por aí – nesse ponto ela já sorria e tinha colocado as duas mãos no rosto de Daniel, fazendo com que ele não desviasse o olhar –, eu sou a garota que você mais deseja porque sabe que não pode ter – misteriosamente ele ainda prestava atenção e tinha suas duas mãos posicionadas na cintura de rhanna, pressionando seu corpo contra o da garota –, eu sou a garota que cuida de você quando tá bêbado porque mesmo você sendo um idiota ela tem dó – ela dá um beijinho no canto da boca dele. – Eu sou a garota que consegue te deixar arrepiado facilmente – ela dá uma pequena mordida na orelha dele –, eu sou garota que precisa ter por perto quando ta triste, nem que seja pra brigar comigo – ela dá beijinhos de esquimó nele (n/a: ah vocês sabem né? Ficar fazendo carinho com seu próprio nariz no nariz de outra pessoa Oo). – Eu sou a garota que você adora chamar de pirralha, criança, nanica, mas sou a ÚNICA que você põe apelidos ‘carinhosos’ – ela dá um míni selinho na boca dele. – Eu sou a garota que faz com que quando você ta bêbado peça pra dormir com ela – ele dá um sorrisinho incrédulo e ela balança a cabeça em sinal de afirmação –, eu sou a garota que você quer que pare de falar pra você poder beijá-la – ele abre um sorriso sincero e então diminui a pouquíssima distância que ainda existia entre eles.
De inicio somente encostaram os lábios, sentindo a presença um do outro. Então Daniel a pressionou mais contra a porta, fazendo a garota gemer baixinho, a oportunidade perfeita pra ele aprofundar o beijo. Após pedir ‘permissão’, sua língua encontrou a harmonia perfeita com a de rhanna, a única coisa que ele pôde pensar nesse momento foi: “você é a garota que tem a boca que se ‘molda’ perfeitamente à minha”.
Os pensamentos de rhanna não eram muito diferentes, quando Daniel colocou a mão dentro de seu casaco, ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha: “eu sou a garota que se pudesse passava o resto da vida do jeito que está agora, com você”.
- Neeson – ela tenta se afastar, dando vários selinhos até findar o beijo – eu preciso ir, as garotas vão me matar.
- Ah, ok – ela pôde ver a decepção nos olhos claros dele. – Ern, eu vou dar um jeito de comprar outro jacaré pra você...
- Ah ta – ela sorriu pelo jeito desconcertado dele –, tenho que descer.
- Ta bem – Daniel ficou confuso: e agora? Beija a bochecha ou a boca dela? – Acho que voltamos pra casa daqui a três semanas – ele queria adiar a decisão entre bochecha ou boca.
- Natal, né? – ela diz meio sem graça, pois tinha a mesma dúvida que ele. – Então tch...
- Você esqueceu de uma coisa!
- O que?
- Na sua ‘belíssima’ descrição de si mesma.
- O que eu esqueci?
- De falar que você é a garota que se derretia por um abraço meu.
- Idiota – ela não acredita como ele consegue estragar tudo tão rápido, então ela vira pra ir embora, mas antes: – ah eu esqueci de outra coisa!
- O quê? Que tudo na sua lista se baseia em mim? – convencido mode on.
- Não. Esqueci de falar que eu sou a garota da porta vermelha, aquela que nunca vai aceitar um cara que propõe mudar de azul pra verde – ela diz decidida, abre a porta e desce as escadas correndo, deixando no quarto um Daniel totalmente confuso sobre o que ela disse. “Do que essa doida tá falando? Ah, eu nunca mais vou beber!”.
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