Encantadores de Serpentes
Amanda acordou particularmente bem na manhã seguinte. A noite anterior tinha sido melhor do que ela esperava e o fato de ela não ter xingado o despertador de manhã, ajudou no bom humor dela. Espreguiçou-se e sentou-se na cama. Reparou que Gina já tinha acordado. Claire, uma de suas novas companheiras de quarto, estava terminando de calçar os sapatos quando cumprimentou Amanda e foi em direção à porta, onde Hanna a esperava. Amanda se perguntou por que Gina preferia andar com Erick, um garoto do ano delas, do que com as garotas. Elas pareciam ser simpáticas. Claire era loura de cabelos curtos e Hanna era negra, tinha os cabelos todos trançados e parecia ser durona. Gina confirmou essa hipótese.
A porta do banheiro abriu-se e Gina saiu, ainda vestindo pijama, tirando Amanda de suas reflexões.
- Bom dia! – disse ela, sorridente.
- Bom dia!
- Como foi a sua primeira noite em Hogwarts?
- Ah, foi boa. A cama é bem confortável! – Amanda disse, deitando-se novamente e abraçando o travesseiro.
Depois disso, as duas se vestiram e dez minutos depois estavam descendo a escada do dormitório feminino para o Salão Comunal da Grifinória.
- Bom dia, garotas! – saudou um garoto alto de cabelos pretos ao chegarem ao Salão Comunal.
- Bom dia, Erick – responderam as duas ao mesmo tempo.
- Estão indo tomar café da manhã? – perguntou ele.
- Sim. Por que não se junta a nós? – convidou Gina.
- Claro! – aceitou Erick, ficando no meio das duas e passando os braços em volta do pescoço delas. – Assim eu protejo as duas contra os indesejados. – terminou ele, com ar de superioridade. Gina disse que ele sempre agia assim, mas que ninguém o levava muito a sério.
- Obrigada! Me sinto superprotegida em sua presença. – Gina agradeceu, encenando uma grande admiração por Erick. Amanda apenas riu, ainda não se sentia confortável para fazer piadinhas com os novos colegas.
Os três então foram para o Salão Principal. Sentaram-se à mesa da Grifinória, junto com Harry, Rony, e Hermione. Logo depois, a Profª. McGonagall passou deixando os horários de cada um.
- Hum, parece que hoje não temos aulas ruins – disse Gina, observando o horário dela e de Amanda.
- Que bom pra vocês. Nós aqui já começamos mal. Primeira aula, Feitiços com o povo da Sonserina. – reclamou Rony, fazendo careta – Parece que nós temos mais aulas com esses sonserinos do que com qualquer outra turma. – e jogou seu horário de qualquer jeito em cima da mesa.
- Acho que o Snape deve manipular os horários para nos torturar. – sugeriu Harry.
- O que vocês têm contra aos sonserinos e ao Snape? – perguntou Amanda.
- Espere até ter uma aula com eles. Aí você entenderá o que nós estamos dizendo. – recomendou Gina, piscando um dos olhos.
Depois de tomarem café, Amanda, Gina e Erick foram em direção à aula de Transfiguração. Depois tiveram aula de Herbologia e Feitiços e foram almoçar. As aulas foram agradáveis. Amanda teve o prazer de conhecer os sonserinos na aula de Feitiços. Realmente, eles não eram as pessoas mais amigáveis do mundo. Mesmo assim, ela não entendia o motivo de tanto desentendimento entre as duas casas.
- E aí, como foi a manhã? – perguntou Gina para Harry, Rony e Hermione, quando chegaram ao Salão Principal.
- Ah, foi mais ou menos. – Hermione respondeu desanimada.
- O que aconteceu? – perguntou Gina, se servindo de suco de abóbora.
- O de sempre. Aquele Malfoy e seu bando de puxa-sacos me chamando de sangue-ruim, xingando o Rony e o Harry. Básico.
- Mesmo estando acostumados, é ruim começar o ano desse jeito. – reclamou Harry.
- Eu já nem acho ruim eles me chamarem de sangue-ruim, mas é uma droga ter que ouvir isso todos os dias... – Hermione reclamou.
Amanda pensou no que ela disse. Então, o tal Malfoy realmente odiava trouxas. Não havia jeito algum de ele deixar as diferenças de lado caso Amanda resolvesse transformá-lo em seu “alvo romântico”. Era uma pena. Ela realmente havia se interessado. Mas ele não era o único garoto por aí, com certeza haveria outros menos problemáticos interessados em conhecer a aluna nova. O pensamento fez Amanda sorrir timidamente.
- Sabe o que a gente podia fazer? Um clube anti-sonserinos. – sugeriu Erick, como se fosse uma grande idéia.
- Pra quê? – perguntou Gina, como se a idéia fosse inútil.
- Ah, sei lá, pra zoar com eles!
- Nossa, Erick, você é tão feliz. – disse Gina, olhando para ele.
- Parece ser engraçado. – comentou Amanda.
- Está vendo?! Alguém concorda comigo.
- Eu só falei que achei engraçado. – disse ela, olhando-o.
- Valeu... – lamentou o garoto. Amanda sorriu como se pedisse desculpas.
- Eu não tenho nada contra eles. Não faria sentido para mim se eu participasse desse “clube”.
- E vocês, trio? – perguntou Erick, referindo-se à Harry, Rony e Hermione.
- Ah, isso é meio infantil... – Hermione respondeu, meio sem jeito.
- Mas você tem o FALE.
- É F.A.L.E. E não é infantil. É por uma causa nobre. – ela explicou empinando o nariz
- E acabar com os sonserinos não é?! – perguntou Erick, indignado.
- Ah, eu participo. É sempre bom zoar daquelas cobras. – disse Rony.
- Aí, Rony! Obrigado! – agradeceu Erick.
- E qual será o nome? – perguntou Harry.
- Sei lá, “Clube anti-soserinos”?
- Está muito óbvio. – comentou Gina.
- Você nem vai participar, então não tem direito a dar sua opinião. – repreendeu Erick.
- Grosso. - reclamou Gina, voltando-se para seu prato.
- Podia ser... – disse Erick, olhando pro além, pensando.
- Encantadores de Serpentes. – Harry disse, de repente.
- Ta aí um bom nome. – aprovou Erick, sorrindo.
- É, gostei. – Rony concordou, dando um tapinha nas costas do amigo.
Gina revirou os olhos, sem esconder sua expressão de que achava tudo isso muito tosco. Amanda riu da situação.
Ao fim do almoço, Amanda, Gina e Erick foram para a aula de Trato das Criaturas Mágicas. Amanda até achou legal, mas muito monótona. Ela se perguntava o porquê dela estar ali.
À noite, Amanda escreveu cartas para os pais, Jade e Nicole, contando o que havia acontecido nesse pouco tempo de aula e foi dormir.
No dia seguinte, acordou novamente de bom humor e desceu para tomar café com Gina e Erick. Logo depois, foram para as masmorras para a primeira aula de poções. No caminho, cruzaram com um trio de sonserinos.
- Ora, ora. A Weasleyzinha arrumou uma amiga. – falou o garoto do meio, com voz arrastada – O que ela é? Sangue-ruim ou uma pobretona como você? – concluiu ele, e os outros dois que estavam juntos dele deram gargalhadas.
- Malfoy, por que você não dá o fora? – sugeriu Erick, sem parar de andar.
Amanda reconheceu o garoto que vira na primeira noite em Hogwarts. De perto ele era ainda mais bonito do que se lembrava. Tinha traços finos do rosto e cara de poucos amigos. Amanda não entendeu por que havia se interessado nele.
- O que você está olhando, menina? – Malfoy perguntar bruscamente para Amanda.
A garota sentiu seu rosto esquentar e, com certeza, ficar vermelho.
- Ahn... nada... é que já me falaram sobre você.
- Verdade? E o que falaram sobre mim? Apenas coisas boas, eu imagino.
Amanda sentiu a pergunta como um desafio. Não gostava de confrontos, mas como ele tinha perguntado, ela respondeu.
- Que você é metido, arrogante, egoísta... espero que isso seja bom para você.
Erick riu pelo nariz. Malfoy fechou a cara de uma maneira que fez Amanda recuar um passo.
- Você acha isso engraçado? Ficar me desafiando? Acha que pode chegar assim de repente e ir falando do jeito que quiser comigo? – ele aumentava a voz a cada frase.
- Eu só respondi o que você perguntou. – Amanda se explicou, achando um exagero o escândalo do rapaz e avançou o passo que havia recuado, mostrando que ele não a intimidava.
- E você também se acha espertinha. Que gracinha. – Malfoy deu um meio sorriso malicioso que fez as pernas de Amanda tremer, mas não de medo. – Você aprenderá mais cedo ou mais tarde como as coisas funcionam por aqui. Vamos. – e fez um gesto para seus dois amigos o seguirem. Dois guarda-costas, pelo tamanho dos garotos.
Amanda virou-se para Gina e Erick com cara de interrogação.
- O que raios aconteceu aqui?
- São as boas-vindas do nosso querido amigo Draco Malfoy. – Erick respondeu. – Ele é tão gentil não acha?
- Não se preocupe, você se acostuma. – Gina garantiu.
- Eu nem sei o que eu estou sentindo aqui. Raiva, indignação... uma mistura dos dois... mas de duas coisas eu sei: eu entendi porque vocês o odeiam e, Erick, vou participar do seu clube. – Erick fez um som de vitória – Deve ser muito divertido falar mal desse cara, ele tem uns parafusos a menos.
- Só estava precisando de um empurrãozinho para você participar! Nunca pensei que diria isso, mas... obrigado, Malfoy!
- Não exagera. – censurou Amanda.
- Vamos logo para a aula, senão vamos nos ferrar – disse Gina.
Amanda ainda estava em choque pelo que ocorrera e, apesar daquele sorriso de tremer as pernas de Malfoy, seu interesse por ele se foi. Ela realmente não fazia ideia de que o garoto fosse tão nojento assim. Que absurdo! Ele era muito sem noção.
Os três então terminaram o percurso até a sala do Profº. Snape. Por eles terem chegado uns dois minutos atrasados, graças ao prazeroso encontro com Malfoy, o Professor tirou cinco pontos de cada um.
- Ah, então você teve o desprazer de conhecer nosso adorado colega Draco Malfoy! – comentou Rony, à mesa da Grifinória no jantar.
- Pois é, foi muito legal. – ironizou Amanda.
- Imagino.
- Mas fica tranqüila, é normal. Depois de um tempo você até se acostuma. – acalmou-a Harry.
- Já me falaram. Mas eu não entendi por que ele foi tão estúpido, eu não fiz nada pra ele. – Amanda ainda não conseguia entender.
- Pelo menos agora o meu clube tem três integrantes contando comigo! – falou Erick, sorrindo e colocando um punhado de purê de batatas na boca.
- Aí, ta evoluindo! – brincou Hermione.
- Quatro. Eu também farei parte. – disse Harry.
- Valeu Harry! – Erick disse fazendo sinal de jóia para ele. – E vocês duas, não querem mesmo? – perguntou ele para Gina e Hermione.
- Não, nós estamos num nível superior, não é, Gina?
- Exato. – respondeu a garota.
Os outros quatro as olharam.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou Rony, encarando Hermione.
- Que vocês estão sendo infantis fazendo e participando desse clube. – Gina respondeu por ela.
- Obrigada, Gina! – agradeceu Amanda, irônica.
- É só por diversão, deixa de ser estraga prazeres. – reclamou Harry.
Gina pareceu ficar chateada por Harry ter falado com ela desse jeito, mas logo mudou sua expressão.
Depois do jantar, todos foram para suas respectivas aulas. No dia seguinte, Amanda conheceu Luna Lovegood. Era realmente uma garota encantadora, mas meio desligada. Amanda a adorou. Parecia que ela vivia em um mundo feliz, em que tudo dava certo. Era agradável ficar com ela.
Na noite de sexta-feira, Amanda e Gina estavam sentadas no Salão Comunal conversando. Harry, Rony e Hermione estavam sentados num canto, conversando sabe-se lá do quê, e Erick estava com Colin Creevey.
- Cadê o Dino, Gina? – perguntou Amanda. – Desde que estou aqui, só vi vocês juntos umas três vezes.
- Ah, deve estar por aí com o Simas. – respondeu ela, sem se importar.
- Desse jeito nem parece que vocês estão namorando. – Amanda estranhou.
- Mas eu não sou ciumenta.
- Hum, sei. Você gosta de algum outro garoto?
- Por que você pensa isso?! – perguntou Gina, olhando-a espantada.
- Só estou perguntando. – defendeu-se ela. – Então, você gosta?
Gina pensou por um momento antes de responder.
- Bom, eu gostava do Harry há uns anos, mas isso já é passado.
- Tem certeza? – Amanda perguntou, olhando-a nos olhos.
Gina encarou de volta. Então respondeu:
- Não. – disse Gina admitindo a derrota. Amanda ficou satisfeita. - Eu ainda gosto dele. Mas se eu for ficar esperando por ele, vou ficar encalhada pelo resto da vida.
- Mas ele não gosta de você?
- Eu creio que não. Ano passado ele teve um breve relacionamento com a Cho Chang, de quem ele gostava desde sei lá quando.
- Então, pelo que eu entendi, eles terminaram, certo?
- Certo.
- Então o caminho está livre pra você, garota!
- Pois é. A Hermione me deu o conselho de agir naturalmente e sair com outros garotos, assim talvez ele me note. Antes eu ficava muito nervosa perto dele. Mas estou tranqüila. Se der certo, ótimo, se não, não ficarei me lamentando.
- Ah, gostei de ver! – Amanda aprovou, sorrindo.
- Obrigada. – agradeceu Gina, corando um pouco. – Mas e você, não tem namorado?
- Não. Na verdade nunca tive. Só um “casinho” com um rapaz apenas. – a garota respondeu parecendo tristonha.
- E por que não namorou?
- Acabou não dando certo. E não tive nenhum outro rolo porque simplesmente não apareceu ninguém por quem eu me interessasse. – ela já respondeu antes de Gina perguntar. Amanda se perguntou se deveria contar a Gina sobre seu interesse de alguns dias pelo Malfoy, mas como ela tinha desistido antes mesmo de começar alguma coisa, Amanda deixou o assunto de lado.
Nesse momento, Dino chegou e sentou ao lado de Gina e deu-lhe um beijo.
- Oi, Amanda.
- Olá.
- Onde você estava? – perguntou Gina.
- Tava zanzando por aí com o Simas.
- Ahh, azarando outras garotas, não é?
- Claro que não! Nunca faria isso. – defendeu-se ele e deu-lhe outro beijo.
Amanda se sentiu segurando vela, então resolveu ir para o dormitório das meninas, dormir.
O final de semana foi bem agradável. Gina resolveu passar o tempo todo com Dino; Claire e Hanna normalmente andavam juntas e Amanda só as via a noite, então era mais um coleguismo do que uma amizade; então Amanda ficou com Erick, passeando pelos terrenos da escola.
No meio da semana, Amanda recebeu cartas de Jade e Nicole.
Jade:
“Oie, Amanda!
Demorou para escrever heim?! Já estava ficando preocupada!
Estou feliz que tenha gostado de Hogwarts, mas nenhum lugar é melhor que aqui, não é?! Afinal, aqui é onde estão as melhores pessoas, tipo “eu”! hahahaha
Então, já conheceu garotos bonitos?? Você pode falar para eles que você tem uma amiga super legal e linda. Fala bem de mim, ok?
Estou com saudades. Você vai vir pro Natal, né? Estamos contando com você!
Todos mandam lembranças!
Beijos!
Jade.”.
Amanda releu a carta várias vezes e não conseguiu extrair nada que fosse realmente útil. Essa era a Jade. Por isso ela a adorava.
Em seguida leu a carta de Nicole.
“Olá, Amanda!
Então você gostou de Hogwarts! Isso é ótimo. Mas não se esqueça de nós!
Aqui está uma loucura. Todo mundo está estudando que nem louco, mal começou e eu já não aguento mais. A única que não está nem aí é a Jade, que só fica atrás dos garotos. Ela tem um problema sério, estou ficando preocupada.
E o Sr. Masterson parece mais gordo que no ano passado. Não consigo prestar atenção nas aulas, fico olhando para o paletó dele pensando quando que o botão vai estourar e finalmente deixar aquela barriga respirar. Está muito difícil.
É uma pena que você não está aqui. Você era minha companheira! Claro que eu adoro a Jade, mas ela meio destrambelhada. E é estranho passar o tempo todo só com ela.
Bom, você vai vir mesmo pro Natal, certo? Eu estarei lá com a Jade e com você também.
Minha mãe e minha irmã te mandam um “oi” !
Não deixe de escrever nenhuma semana. Quero ficar por dentro das novidades!
Nicole.”.
Pelo menos com a Nicole dava pra ter notícias da Austrália. Amanda teve uma repentina onda de saudades. Todo o tempo bom que passou em Hogwarts pareceu esvair-se ao ler as cartas. Sentiu-se num lugar estranho para o qual fora obrigada a ir. Queria voltar para a Austrália e ficar com os seus antigos colegas. Mas, infelizmente, não podia. Ela entedia que o emprego que seu pai conseguira era importante, por isso iria superar.
Nas aulas da semana, o assunto “N.O.M.’s” estava mais freqüente. Amanda percebeu que esse ano seria o ano em que ela estudaria tudo aquilo que ela não estudara nos outros anos. Pelo jeito, teria que começar agora antes que as coisas piorassem.
- Como eu odeio estudar. – reclamou Erick, na quinta à tarde, quando estavam fazendo uma tarefa de Defesa Contra as Artes das Trevas.
- Pelo menos essa matéria é legal. – consolou Gina.
- Mas eu to falando no geral. É muito chato!
- Pára de reclamar e faz a lição. – mandou Gina.
- Quando começam os testes de Quadribol? – Erick perguntou.
- Acho que esse fim de semana. Tem que perguntar pro Harry, ele é o capitão. Você joga? – Gina perguntou a Amanda.
- Não, só gosto de ver. E vocês?
- Eu vou fazer o teste. Espero que eu passe. – respondeu Gina.
- Eu não vou. Quadribol é pra otários. – Erick falou com desprezo.
- Quem foi que disse isso? – perguntou Gina, olhando-o.
- Eu mesmo.
- Entendi. Você não sabe jogar! – disse Amanda rindo. Gina riu também.
- Eu jogo muito melhor do qualquer um aqui. Só não quero humilhar ninguém.
Durante o resto da tarde, Amanda e Gina ficaram zoando Erick.
No fim de semana, como esperado, ocorreram os testes de Quadribol. Os testes duraram a manhã inteira. Na vez de Gina, Amanda e Erick fizeram um estardalhaço e gritaram para ela, torcendo por ela. Gina conseguiu ser artilheira, assim como Katie Bell e Demelza Robins. O irmão dela, Rony, surpreendentemente conseguiu a vaga de goleiro.
- Estou feliz por você! – Amanda cumprimentou Gina, a caminho do castelo.
- Obrigada! – agradeceu Gina, radiante.
- Você foi ótima. Pena que eu não consegui. – lamentou-se Dino.
- Tudo bem, da próxima vez você consegue! – consolou-o Gina.
- E contra quem será o primeiro jogo? - perguntou Amanda.
- Eu não sei. Mas deve ser contra a Sonserina.
- Tudo indica. – comentou Erick, que até agora não tinha falado nada. – Por falar nisso, temos que fazer nossa primeira reunião. – sussurrou Erick, para que somente Amanda pudesse ouvir.
- Verdade. Temos que falar com os outros dois membros.
- Aham. A gente fala com eles agora no almoço.
Quando estavam chegando à entrada do castelo, ouviram a voz da pessoa que eles menos queriam ouvir.
- Que palhaçada esse teste de vocês. Dois Weasley? Vocês irão perder feio. – Draco perturbou-os, com um meio sorriso, se divertindo, acompanhado, como sempre, por Crabbe e Goyle.
- Espere pra ver, Malfoy. – retrucou Erick.
- Ah, eu irei. Espero ver e rir de vocês quando os massacrarmos.
- Nosso time pode não ser o melhor de todos, mas com certeza é melhor que o de vocês. – disse Amanda, sentindo que precisava falar alguma coisa em defesa do time de sua casa, já que Gina e Dino estavam olhando para outro lado, ignorando-os.
Draco, Crabbe e Goyle riram.
- Nem de longe a Grifinória é melhor que a Sonserina.
- Sério?! E quando foi a última que vocês ganharam a taça?
Draco parou de rir e olhou para ela.
- Você está querendo discutir comigo? – perguntou Draco, aproximando-se de Amanda como se não acreditasse no que ela estava fazendo.
- Não, estou querendo ter uma conversa amigável com você. – respondeu ela sinceramente, sem se mover do lugar. Pelo canto do olho, viu Erick tombando a cabeça para o lado, como se não soubesse onde Amanda queria chegar.
- Olha aqui, Thornton, se você acha que vai ficar me enfrentando assim, está muito enganada. Eu sou monitor da Sonserina. Posso te dar uma detenção. Ninguém me enfrenta.
Amanda ergueu as sobrancelhas.
- Você é mesmo arrogante, não é? Sabe, eu não gosto de brigas, mas perto de você eu não consigo me conter. – Amanda abandonou sua postura passiva para a de ataque. – E quanto a te enfrentar, acho que acabei de fazê-lo. E vou continuar se você não melhorar essa sua atitude.
- Agora você quer me impor ordens? – chocou-se Draco. – Ta pensando o quê?
- Eu penso que você é um sonserino mimado e imbecil que devia rever seus atos. Não sei como esses dois são seus amigos. – Amanda disse, indicando Crabbe e Goyle. Estes se entreolharam. – Ah, me enganei. Eles são seus seguranças, não é? – Amanda não sabia de onde tirou a coragem para dizer tais coisas, ela mesma estava surpresa, mas ficou satisfeita ao perceber que Malfoy estava sem palavras.
Draco encarou-a. Amanda não desviou o olhar nem por um segundo. Manteve seu olhar no dele, tentando ser o mais penetrante possível. Sentiu um frio na barriga. Incrível como aqueles olhos cinzas e frios pudessem ser tão atraentes.
Draco estava irritado. Mas manteve o contato visual. Aqueles olhos azuis eram tão penetrantes, ele não queria desviar.
- Amanda, vamos embora, agora! – Gina, mandou, pegando o braço da amiga e puxando-a para dentro do castelo.
Amanda foi obrigada a se desviar. Foi um alívio ter saído daquela situação, mas ao mesmo tempo, ela sentia que a tinham interrompido de algo que ela estava gostando. Amanda não disse nada a Gina, só ficou xingando Draco junto com os outros.
Draco olhou-a se afastando em direção ao castelo. Como ela pode ser tão teimosa? Ele havia deixado claro que ela devia respeitá-lo. “Esses grifinórios são tão imaturos”. Mesmo assim, Draco sentiu-se atraído pelo jeito dela, a mistura da passividade e do desafio, mas logo afastou esse pensamento da cabeça. Imagina. Uma grifinória? De jeito nenhum.
Comentários (1)
Dá-lhe Amanda!!!A-TO-RON esses embates hauahauahau to amando!
2015-12-31