Capítulo 02
Capítulo 02
O clima na Toca não era dos melhores. Molly Weasley andava de um lado para o outro, nos preparativos para festa de Harry, porém, muito preocupada pela falta de notícias. Rony, Hermione e Gina também e até Fred e Jorge que chegaram da loja de lougros do beco diagonal, trabalhavam em silêncio .
Foi quando uma carta endereçada a Srª Weasley surgiu numa labareda de fogo.
-É de Dumbledore!- pensou.
Cara Molly
A situação de nosso amigo não é boa. Embora acredite que ficará bem, porém ainda não pode receber visitas, mas diante do estranho ocorrido envolvendo a pequena Weasley, é imprescindível que ela venha até o St. Mungus, onde estarei aguardando-a.
Cordialmente,
Alvo Dumbledore
Molly releu a carta e em seguida encaminhou-se para sala, onde se encontravam todos e disse:
-Crianças temos notícias!
-Como ele está mamãe?-perguntou Rony.
- Ainda não pode receber visitas, querido. Receio que teremos que adiar nossa festa!- disse a Srª Weasly.
-Gina, querida, Dumbledore que lhe falar. Está esperando por você no hospital.
-Vou me trocar mamãe! -disse Gina subindo até seu quarto.
-Por quê Gina vai e nós não? O que o Professor Dumbledore quer com ela?-perguntou Rony indignado.
-Você não usa mesmo a cabeça não é Ronald? -disse Hermione.-Só pode ser para esclarecer como Gina sabia que algo de errado estava acontecendo.
Eles iriam começar outra briga quando foram interrompidos por Gina que descia as escadas.
-Estou pronta mamãe!- dizia a ruivinha.
-Então vá querida! Não deixe Dumbledore esperando. A ruivinha entrou na lareira, pegou um pouco de pó de flu e disse: -Hospital St. Mungus!
E desapareceu na lareira, reaparecendo no saguão do Hospital.
-Srtª Weasley!
-Prof. Dumbledore! Como ele está?
-Nada bem minha cara! -respondeu o professor.
-Posso vê-lo? -perguntou a garota.
-Claro! Foi por isso que a chamei aqui. Ele precisa de você.
-De mim? Por quê? Não entendo. -disse Gina.
-Na hora certa as respostas virão. Venha, o quarto dele é por aqui.
Saíram a passos largos em direção ao quarto do moreno.
O quarto em que Harry estava era bem grande e arejado, tinha duas camas, mas apenas a de Harry, que ficava próximo a uma pequena janela, estava ocupada.
Ao se aproximar, Gina percebeu que o garoto que se encontrava ali, deitado naquela cama, não parecia nem de longe com o menino-que-sobreviveu. Ele estava muito pálido, olhos fundos e muito magros. Parecia que a vida o estava deixando.
-Professor, disse Gina, porque ele está assim? Parece que está morrendo...-completou a ruiva com certa melancolia na voz.
-E se não o ajudarmos, Srtª Weasley, temo que isso realmente aconteça.
-Apesar do feitiço tê-lo atingido apenas de raspão, foi o suficiente para fazer um grande estrago, devido ao estado de depressão que ele está. -disse Dumbledore.
- O Harry está com depressão? -disse Gina, ficando cada vez mais preocupada.
-Infelizmente! E a Srtª deve saber que isso abaixa completamente as defesas de um bruxo. Contudo, creio que algo mais aconteceu. Temo que Voldemort tenha entrado novamente na mente de Harry.
-Mas isso é horrível! O que aconteceu lá na casa dos tios dele?- perguntou Gina.
-Mais tarde minha cara! -disse o bruxo.
-Agora temos que ajudá-lo. Rápido! Sente-se ao lado da cama e segure a mão dele.
Gina segurou a mão de Harry que estava fria.
-Fale com ele, apesar do estado de inconsciência, ele vai te ouvir, minha jovem, a ligação que existe entre vocês é mais forte do que você imagina!
Harry estava andando por um longo caminho, ao longe via uma bela casa, ao chegar mais perto, viu duas pessoas à porta o esperando com sorrisos nos lábios. Pode reconhecê-los. Ela era uma mulher muito bela, de olhos num verde muito vivo e cabelos cor de fogo, o homem tinha cabelos muito pretos e usava óculos, como os de Harry. Uma grande alegria começou a nascer dentro do peito do rapaz, ao abraçar os pais, não conteve as lágrimas.
-Mãe! Pai! -dizia ele em meio às lágrimas- Como esperei por isso, como sinto falta de vocês.
-Nós também meu filho, disse Lílian.
-Eu não agüento mais! Eu queria estar com vocês, ter uma família! -dizia Harry.
A mulher olhava o filho tristemente e lhe disse:
-Você tem que continuar meu filho. Um dia realmente estaremos juntos novamente, mas por enquanto ainda não é hora! Você tem uma missão Harry, e não pode continuar assim, sem comer nem dormir!
-Sua mãe tem razão Harry! -dizia Thiago- Pare de se culpar por algo que você não fez. Não deixe que o Lorde das Trevas lhe mostre coisas irreais. Não se torne uma vítima filho! -disse Thiago num tom severo e amigo.
-Não foi por sua culpa que eu atravessei o véu Harry! A voz enfática que o garoto ouviu o fez virar, para ver uma pessoa que acabava de chegar.
-Sirius!
-Sou eu mesmo Harry, e estou decepcionado com você. Se tornando alvo fácil?
-Se eu não tivesse acreditado naquela visão, você não teria morrido. -disse Harry com tristeza na voz.
-Harry, ouça bem. Não deixe que Voldemort domine você! Acorde ! O mundo precisa de você! Você tem apenas 16 anos, viva cada momento. Viva pelas pessoas que te amam. Escute seu coração! -disse Sirius.
Um pequeno sorriso se formou na face do rapaz e no mesmo momento, ouviu uma voz doce e familiar lhe chamar.
-Harry! Volte pra nós! Precisamos de você, não nos deixe!
Era a voz de Gina. Algo na voz dela lhe trazia paz.
Harry olhou para seus pais e Sirius e disse:
-Eu amo vocês!
-Tome cuidado Harry!
Essa voz ele não conhecia, olhou para os lados e não viu ninguém. Mas a voz continuou.
-Acredite em você e na sua força interior. És um grande bruxo Harry Potter! Honre sua família e seus antepassados. O futuro do mundo bruxo está em suas mãos!
-Vai filho! Disse Lílian. Volte para as pessoas que te amam!
-Um dia nos veremos novamente! -disse Thiago.
-Lembre-se Harry, eu JAMAIS o culparia pelo que aconteceu.- disse Sírius.
Nesse momento, Gina sente um grande calor emanar do garoto e uma luz dourada, ao redor do corpo de Harry.
-Professor, o que está acontecendo? -perguntou assustada.
-Ele está voltando para nós minha cara! -respondeu o diretor.
Gina abriu um largo e lindo sorriso.
Harry apertou a mão de Gina e lentamente abriu os olhos, percebeu que alguém lhe colocara os óculos e reconheceu as duas pessoas que estavam próximas a sua cama.
-Gina! Professor Dumbledore! -disse ainda com um pouco de dificuldade.
-Que susto você nos deu ! -disse Gina- Estávamos todos preocupados.
-Ainda não foi dessa vez! -disse o garoto- Belatriz conseguiu fugir professor?
-Infelizmente sim , mas depois conversaremos a respeito de tudo o que aconteceu, agora você precisa descansar. E a Senhorita Weasley precisa levar a boa notícia para todos.
Gina deu um beijo carinhoso na testa do garoto e saiu.
-Tchau Harry! Amanhã nos viremos te ver!
-Obrigada Gina!
-Descanse Harry! Depois conversaremos melhor. -disse Dumbledore.
-Sim senhor! -respondeu Harry, que logo adormeceu novamente.
-Srtª Weasley, eu agradeceria se o que ocorreu aqui ficasse apenas entre nós por enquanto.
-Certo, Professor. -disse Gina.
Quando Gina chegou na Toca foi bombardeada com perguntas, mas logo disse:
-Ele acordou! E amanhã poderemos ir vê-lo. E mamãe o Prof. Dumbledore disse que depois virá aqui pessoalmente nos dar alguns esclarecimentos.
-Se ele, acordou e não vem pra cá hoje, isso significa que realmente não haverá festa!
-Isto é obvio, não é, Rony? -disse Hermione.
-Então podemos comer esses pãezinhos, doces e tortas! Estou morrendo de fome. - disse Rony.
-O seu melhor amigo quase morreu e você só pensa em COMER RONYALD WEASLEY? -falou Hermione
Um novo início entre Rony e Mione, demonstrou como todos já estavam mais aliviados com o estado do menino que sobreviveu, enquanto o coração e a mente daquela ruivinha estavam bem longe dali.
No dia seguinte...
-Nossa! Como ele está pálido!
-O que você queria Ronald, o Harry quase morreu!
-Calma Mione! Mas ele não está dormindo demais não? -dizia Ron.
-O curandeiro disse que ele teve uma noite agitada, chamava por Lílian e Thiago.-dizia Lupin ao entrar no quarto- Deram a ele uma poção para dormir sem sonhar.
-Lupin, você estava lá. O que realmente aconteceu?-Perguntou Hermione.
-Mais tarde Hermione, quando estiver tudo em ordem.
-E quando ele vai sair daqui? -perguntava Gina.
-Espero que seja o mais rápido possível! -dizia Harry, que acabava de acordar, procurando seus óculos...
-Harry! Que bom que acordou! -diziam todos.
-Então Lupin, quando vou sair daqui?
-Talvez amanhã Harry. -respondeu.
-E vou ter que voltar para casa dos meus tios?
-Claro que não! Você vai passar o restante das férias conosco -disse Gina -Graças a Merlim, sabe Harry, porque, eu não estou aguentando mais esses dois , apontando para Rony e Mione, brigando o tempo todo!
Todos riram, exceto o casal que ficaram roxos de tanta vergonha. As visitas fizeram um bem aparente a Harry, que estava se sentindo bem melhor, o garoto agradeceu em seus pensamentos, que os amigos não o tivessem perguntado o que aconteceu em sua casa e o motivo pela falta de notícias durante o tempo em que esteve lá, e foi aí que percebeu que ninguém lhe dera nem os parabéns.
Ao anoitecer foram todos embora, com a promessa de que voltariam no dia seguinte para buscá-lo.
-Até amanhã, cara! -disse Rony dando um abraço no amigo.
-Descanse um pouco Harry.- disse Hermione dando um beijo na face do garoto.
O que fez Harry ficar absorto em pensamentos foi uma certa ruivinha que com um simples abraço trouxe ao coração do moreno uma enorme paz, e ao sair com seus cabelos flamejantes fez o rapaz perceber que a irmãzinha de seu melhor amigo estava se tornando uma bela mulher e uma grande amiga.
-E como ele está meninos? -perguntou a Senhora Weasley.
-Está muito pálido, mamãe! Mas pelo que Gina nos disse ele estava pior. - disse Rony.
-E não desconfiou de nada não é? Vocês não deram com a língua nos dentes!
-Claro que não Srª Weasley- disse Mione- ele deve estar pensando que nós esquecemos do aniversário dele.
-Gina, querida, veja se as coisas de Harry já chegaram, Dumbledore ficou de mandá-las, quando fosse à casa dos tios dele.
-O Prof. Dumbledore vai à casa dos tios do Harry? Por quê? -disseram Rony, Mione e Gina juntos.
-Sim, querida, parece que depois do ataque de Belatriz, os tios do Harry, não o querem mais lá- disse a Srª Weasley.
-Mas isso é um absurdo disse Mione.
-Dumbledore dará um jeito nisso. Agora vão tomar um banho e venham jantar.
Harry teve uma noite tranquila e, logo que o dia amanheceu, foi ao banheiro tomou um longo banho e voltou para seu quarto. Sentou-se na cama e começou a refletir sobre os últimos acontecimentos, desde a morte de Sirius até o sonho que tivera com seus pais.
Concluiu que não poderia continuar se culpando por tudo de errado que acontece a sua volta. Viveria sua vida, seria um novo HARRY POTTER.
-Se eu morrer, levarei Voldemort e metade dos Comensais da Morte, junto comigo!
-Eu não esperava outra atitude de você, Harry! -dizia Dumbledore entrando no quarto.
-Professor, eu não o vi entrar.
-Harry, antes de irmos para a Toca, temos que conversar.
O menino-que-sobreviveu apenas fez um sinal positivo com a cabeça, então o diretor prosseguiu.
-Você precisa recomeçar com urgência suas aulas de oclumência, eu sei que você não gosta do professor Snape, mas...
-Ele me odeia! -disse Harry.
Dumbledore fez que não percebeu o que Harry falou e continuou:
-Por isso, o professor Lupin passará a ministrar essas aulas a você.
-Mas Senhor, como? Se Lupin não está mais em Hogwarts?
-O professor Lupin, voltará à escola esse ano, mas gostaria que este segredo ficasse entre nós por enquanto. Agora vamos, Molly deve estar esperando por você.
-Sim, professor.- disse Harry e foram para Toca.
Ao sair da lareira na cozinha da Toca, Harry percebeu que a casa estava anormalmente quieta. Dumbledore que aparatou ao lado de Harry, o conduziu para o jardim e...
-SUUUUURRRRRRPRESAAAAAAAAAAAA ! -gritaram todos.
Um grande sorriso transpareceu no rosto do garoto ao avistar os amigos e duas grandes faixas que diziam: "FELIZ ANIVERSÁRIO" E "SEJA BEM VINDO, HARRY". Uma chuva de cabelos castanhos e ruivos obscureceu a visão de Harry, mas os abraços de Mione e Gina o fizeram se sentir melhor.
-Que bom que você está aqui! -disse Gina, de maneira que somente Harry a ouvisse, o que fez o garoto sentir um arrepio na espinha.
-É muito bom estar aqui também respondeu Harry.
-Harry, querido como você está? Nossa, como está magro! Venha querido, vem comer alguma coisa.
A festa de aniversário e boas vindas correu tranquilamente e, pela primeira vez em alguns dias, Harry se sentiu realmente feliz, conversou com todos e comeu a maravilhosa comida da Srª Weasley até não poder mais. Os presentes foram bem legais: Rony lhe deu um pôster do seu time de quadribol preferido, Hermione o livro: "Hogwarts uma história", Lupin e Tonks um livro avançado de magia defensiva. Fred e Jorge deram Kits das gemialidades Weasley, no entanto, o que mais lhe chamou a atenção foi o presente de Gina. Um pequeno cartão com fotos de todos os Weasley, excluindo Percy é claro, Hermione, Lupin, Tonks e até Dumbledore, todos acenando para ele sorrindo e no canto do cartão uma dedicatória: "Nunca se esqueça daqueles que te amam!".
Ao anoitecer todos os convidados foram embora, mas antes de ir Dumbledore avisou a todos que no dia seguinte haveria uma reunião da ordem, onde ele explicaria tudo o que aconteceu, depois se dirigiu a Rony, Hermione e Gina e lhes disse:
-Sei que vocês devem estar ansiosos para conversar com Harry sobre os últimos acontecimentos -olhou diretamente para Hermione- peço-lhes que deixem para amanhã, quando esclareceremos algumas coisas.
-Sim, prof. Dumbledore.- disseram os três.
-Crianças, vão tomar banho e dormir. -Ordenou a matriarca da família Weasley.
-Mamãe, não vamos jantar?
-Ainda tem espaço para mais alguma coisa na sua barriga Rony? -disse a Srª Weasley.
Todos riram e foram para seus respectivos quartos. Harry foi dormir feliz por estar entre seus amigos. Após tomar seu banho deitou na cama e logo adormeceu, tendo em seus sonhos uma linda ruivinha.
Continua...
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