Azkaban



O dia amanheceu cinzento na manhã seguinte e Violet acordou porque estava com fome.


Ao descer à sala viu seu tio saindo às pressas para o trabalho.


– Bom dia, espero que tenha pensado no que disse ontem e que não se repita. - disse severamente. - Um bom dia para vocês.. - e entrou na lareira jogando um pó nas chamas fazendo-as ficarem verdes.


Sua tia estava sentada à mesa tomando café e lendo o jornal dos bruxos, o Profeta Diário.


–Bom dia Violet. - disse cordialmente. - logo trarão seu café.


Ela se sentou e em questão de segundos um elfo, com roupas sujas e grandes e penetrantes olhos como duas bolas de tênis, veio trazendo em uma bandeja prateada uma jarras com leite, uma com café e uma xicará com pires.


–Bom dia Srta. Lestrange. - disse o elfo com uma reverência depositando o bandeja na mesa.


– Hum... bom dia Dobby. - ela respondeu sem graça.


–Violet! Quantas vezes eu vou ter que dizer! Não fale com essas criaturas inferiores!! - gritou a tia.


–Ah! Me desculpe, eu me esqueço... me esqueço de ser... - arrogante, ela pensou mas não disse nada, pois naquele momento uma coruja vinha voando em direção a mesa do café deixando duas cartas sobre ela.


–Hogwarts! - ela disse feliz apanhando uma carta.


"Srta. Violet Black Lestrange, Mansão Malfoy, Mesa à Sala Principal."


Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


Diretor: Alvo Dumbledore


(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional dos Bruxos)


 


Prezada Srta. Lestrange;Temos o prazer de informar que V. S. a Senhoria tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livors e equipamentos necessários.


O ano letivo começa em 1° de setembro.


Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.


Atenciosamente..


Minerva McGonagall


Diretora Substituta


 


Depois de ler carta muito contente seu primo vinha descendo e se sentando ao seu lado.


–Que felicidade é essa Vi ... Hogwarts! - ele apanhou sua carta.


"Sr. Draco Black Malfoy, Mansão Malfoy, Mesa à Sala Principal."


Depois de ler a sua carta, Draco também estava com um ar muito contente.


– Nós iremos comprar nosso material mamãe?


–Sim, talvez hoje. - respondeu ela enquanto o elfo Dobby voltava à sala trazendo mais uma bandeja para Draco.


Depois de tomar o café , Violet foi para o seu quarto. Ela não tinha dormido muito bem e queria descansar um pouco.


Chegou ao seu quarto e se esparramou na cama se sentindo bem mais feliz do que quando descera para toma café.


Porém... tinha uma dúvida. E se ela não cumprisse as expectativas dos tios e fosse não para casa que eles desejavam?





Estava muito escuro. Não se via um palmo à frente, um frio cortante espalhava-se por seu corpo. Ao longe se ouvia o barulho do mar, parecia estar muito longe de qualquer civilização.


Estava deitada em um chão sujo, gelado e duro. Usava roupas nojentas, que pareciam trapos velhos.


Respiração arfante; sua cabeça explodia de dor, visões e vertigens; garganta seca e cabelos emaranhados.


Alguém se aproximava... podia ouvir uma respiração cortante, uma não várias respirações.


O frio, que já era muito, agora parecia insuportável.


Trinta figuras encapuzadase e negras, mais negras que a própria noite à sua volta, deslizavam até ela.


Mais frio a cada momento.... visões de coisas horríveis, nunca mais seria feliz e um grito agudo saiu de sua garganta.


"Essa não é a minha voz."


 


Abriu os olhos, estava em seu quarto, caída no chão, arranhando a própria garganta e chorava soluçante.


Sentia que a pele de seu braço perto do pulso estava sendo rasgada.


–Vi... Violet!? - era Draco.


Apesar de ser arrogante como seus pais, Draco às vezes se esquecia de ser assim.


Violet levantou o olhar pra ele, seus olhos vermelhos.Draco não sabia o que fazer. Ficou olhando para ela perplético. Até que decidiu e ajoelhou no chão ao seu lado com um ar de compaixão.


"Estranho, muito.... esquisito."


–Pesadelo.... hum... denovo? - ele murmurouse afastando um pouco.


–É.... tô legal, ok? - Violet respondeu depressa enxugando as lágrimas nas costas da manga da roupa.


–Certo. Posso... posso ver? - Draco falou timidamente.


Ela puxou a manga das vestes e mostrou para ele uma marca em seu braço. Uma caveira de boca aberta, por onde saía uma cobra que se entrelaçava por ali. Seu braço estava muito vermelho e sua pulsação transparecia em suas veias latejantes.

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