O Balaço Errante



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MionGinnyLuna: Valeu! É bom saber disso ;D Vou tentar, mas ta meio complicado as coisasaqui, como diz na nota final.




- O que vocês querem dizer com Lockhart? – perguntou Lyssi, confusa, pronunciando a palavra como se falasse Quirrell ou roupas de baixo de Flich.


- Ele pode dar autorização! – gritou James, empolgado.


- E é tonto o suficiente para cair nessa de queremos estudar! – terminou Sirius, também empolgado.


Os outros se animaram também.


- Capítulo 10: O balaço errante - leu Neville.


Desde o desastroso episódio com os diabretes,


Caretas.


o Profº. Lockhart não trouxera mais seres vivos para a aula.


- Não sei se isso é bom ou ruim – resmungaram Remus e Regulus juntos, se encarando depois.


Os dois tinham uma coisa em comum: adoravam DCAT e achavam que os professores podiam dar aulas bem melhores, que os professores de Harry.


Em vez disso, lia trechos dos seus livros para os alunos,


- Terrível – decidiu Sirius.


e, por vezes, dramatizava algumas passagens mais pitorescas.


- E consegue piorar – falou Lene com a voz arrastada, lembrando muito a Draco Malfoy.


Em geral ele escolhia Harry para ajudá-lo nessas dramatizações;


- Meu filhinho está sendo feito de escravo – choramingou Lily.


- Era muito engraçado ver Harry fazendo as coisas que Lockhart pedia – Rony falou, rindo.


- Ele ficou fofo em algumas – replicou Hermione.


Harry corou.


- Calada, Hermione.


Gina sorriu.


- Eu queria ver o Harry sendo fofo – reclamou.


até aquele momento o garoto fora obrigado a representar um camponês simplório da Transilvânia, de quem Lockhart curara um feitiço de gagueira,


- Isso é um feitiço simples! – falou Jorge, nenhum um pouco impressionado.


um iéti com um resfriado na cabeça e um vampiro que se tornara incapaz de comer outra coisa a não ser alface, depois que Lockhart dera um jeito nele.


- Alface? Sério? Tu condenaste o pobre coitado a só comer alface para o resto da vida? – reclamou Dorcas. 
Harry foi chamado à frente da classe na aula seguinte de Defesa contra as Artes das Trevas, desta vez para representar um lobisomem.


Os Marotos não pararam de rir. Harry sorriu também, assim como os Weasleys e Hermione, que fizeram uma cara de nós-sabemos.


Alice, Lily, Frank, Regulus, Alex, Josh, Lyssi e Lene fizeram uma cara confusa. Snape fez uma careta, tendo uma boa ideia do motivo.


- Por que vocês estão rindo? – perguntou Lyssi.


- Nada... Só achamos que deve ter sido uma representação engraçada – mentiu Remus facilmente.


- Você podia representar de novo, né Harry? – Fred perguntou sorrindo malicioso.


- Não acho uma boa ideia.


- Vai, Harry! – pediu Lene.


Harry negou.


- Eu quero ver! – concordou Sirius.


- Não.


- Eu sou o seu pai, Harry! Faz – implorou James.


- Não, James. Você vai ter que fazer melhor que isso.


- Eu acho que seria interessante – Remus falou sorrindo.


Harry desistiu e resolver fazer logo a porcaria da imitação. Lembrou-se de Remus e fez o melhor que pode, o que não adiantou de nada. Quando terminou, se arrependeu de ter feito, todos estavam rindo. Mas, por outro lado, ele achava que essa era a primeira que todos riam juntos mesmo, como se fossem todos amigos e não tivessem grupinhos separados. E não estavam só rindo, estavam gargalhando. Isso o fez sorrir.


Quando os risos foram cessando, ele pediu para Neville continuar a ler.


Se não tivesse uma boa razão para deixar Lockhart de bom humor, ele teria se recusado.
— Um belo uivo, Harry, exato,


Todos riram, se lembrando da imitação feita agora.


e então, queiram acreditar, eu saltei sobre ele, assim, joguei-o contra a porta, assim, consegui contê-lo com uma das mãos,


Lyssi fingiu estar impressionada, e os irmãos riram.


com a outra apontei a varinha para o pescoço dele, e então reuni toda a força que me restava e lancei o Feitiço Homorfo, muitíssimo complicado, e ele soltou um gemido de dar pena... Vamos, Harry mais alto,


- Harry atue direito! – fingiu brigar Neville. Ele odiava Lockhart.


bom, o pêlo dele desapareceu, as presas encurtaram, e ele voltou a virar homem. Simples, mas eficiente,


- Não era complexo três segundos atrás? – Alice perguntou, confusa.


e mais uma aldeia que se lembrará de mim para sempre como o herói que os salvou do terror dos ataques de lobisomem.


Remus ficou pálido.
A sineta tocou e Lockhart ficou em pé.
— Dever de casa... Compor um poema sobre a minha vitória sobre o lobisomem de Wagga Wagga!


- Existe um lugar chamado Wagga Wagga? – zombou Alex.


- Os moradores são waggazenses? – perguntou James, rindo.


Quando viu que Hermione ia responder, mandou Neville ler.


Exemplares autografados deO Meu Eu Mágicopara o autor do melhor trabalho!


- Harry, se esforce para fazer o pior trabalho da turma – aconselhou Regulus.
Os alunos começaram a sair. Harry voltou ao fundo da sala, onde Rony e Mione esperavam.
— Prontos? — murmurou Harry.
— Espere até todos saírem — pediu Mione nervosa. — Certo...
Ela se aproximou da mesa de Lockhart, um papelzinho seguro firmemente na mão, Harry e Rony logo atrás.
— Ah... Profº. Lockhart? — gaguejou Mione.


- Não precisa ficar nervosa, ele é fácil de enganar – sorriu Jorge, esquecendo que isso fora há anos.


- Obrigada, Jorge.


— Eu queria... Retirar este livro da biblioteca. Só para ter uma ideia geral do assunto. — Ela estendeu o papelzinho, a mão ligeiramente trêmula. — Mas o problema é que ele é guardado na Seção Reservada da biblioteca, então preciso que um professor autorize, tenho certeza de que o livro me ajudaria a entender o que o senhor diz emComo se Divertir com Vampirossobre os venenos de ação retardada...


- Golpe de mestre - reconheceu Josh.
— Ah,Como se divertir com vampiros!— exclamou Lockhart apanhando o papelzinho de Hermione e lhe dando um grande sorriso.


- Hermione corou, ficando da cor do cabelo de Rony – fingiu narrar Harry.


A sala riu, tirando onda de Hermione.


- Parem! – gritou.


— Possivelmente é o livro de que mais gosto.


- E ele sabe ler? – Neville parou de ler para perguntar chocado.


Você gostou?
— Gostei — disse Hermione depressa. — Muito esperto o modo com que o senhor apanhou aquele último, com o coador de chá...
— Bem, tenho certeza de que ninguém vai se importar que eu dê à melhor aluna do ano uma ajudinha extra


- Bem, a melhor aluna do ano não precisa de ajudinha extra – falou Rony, sorrindo para a namorada.


— disse Lockhart calorosamente, e puxou uma enorme pena de pavio. — Bonita, não é? — disse ele, interpretando mal a expressão de indignação no rosto de Rony.


- Quem confunde indignação com admiração? – perguntou Frank incrédulo.


— Em geral eu a uso para autografar livros.
Ele rabiscou uma enorme assinatura cheia de floreios no papel e devolveu-o a Hermione.


- Foi... MUITO... fácil! – comemoraram.


- Só Lockhart parece ser burro assim – apontou Regulus. 
— Então, Harry — disse Lockhart, enquanto Hermione dobrava o papel com dedos nervosos e o guardava na mochila. — Creio que amanhã é a primeira partida de Quadribol da temporada. Grifinória contra Sonserina,


Todos que eram um pouquinho violentos e/ou amavam quadribol sorriram. Hermione, Alice, Lily e Remus fizeram uma careta.


- Sempre são os melhores jogos – Harry falou sorrindo.


não é? Ouvi dizer que você é um jogador muito útil.


- Não, o apanhador é o jogador mais inútil – Gina ironizou.


Eu também fui apanhador. Convidaram-me para tentar a seleção nacional,


- Sim, verdade...


-... Para gravar a queda dele...


-... E vender as fotos...


-... Para os jornais! – falaram os gêmeos.


mas preferi dedicar minha vida à erradicação das Forças das Trevas.


- E fracassei na primeira tentativa e me tornei isso... – Rony imitou a voz de Lockhart.


Ainda assim, se algum dia você achar que precisa de um treino pessoal, não hesite em me pedir.


James elevou uma sobrancelha. Ele estava dizendo que um POTTER era INCAPAZ de jogar QUADRIBOL? Ele queria morrer?


Fico sempre feliz de passar minha experiência a jogadores menos capazes...


- ELE ESTÁ DIZENDO QUE UM POTTER NÃO SABE JOGAR! – gritou James, extremamente ofendido – E ELE MESMO É UMA MERDA, provavelmente.


- Calma, Prongs. Nunca vi um Potter que não sabe jogar Quadribol - Sirius tentou acalmar James.


- E daí se um Potter não souber jogar Quadribol? – Lily perguntou, irritada. Ela era horrível voando.


- Não tem como, amor! Está no SANGUE! – falou James, agitado.


- E se por um acaso um Potter não soubesse jogar? Você iria fazer o quê? Renegá-lo? – gritou Lily.


James arregalou os olhos.


- Não, nunca. Eu TENTARIA ensinar ele a jogar, mas se ele não conseguisse de jeito nenhum, eu iria me conformar. Iria amá-lo do mesmo jeito – falou, mais calmo. A ideia de renegar um filho o trouxera a realidade.


Lily se acalmou também, sorrindo para o namorado.


- Lockhart é um idiota – disse ela.


Todos estavam alegres, acostumados a brigas assim, mas o trio de irmãos sorria mais que todos. Lyssi, Alex e Josh estavam radiantes. 
Harry fez um barulhinho discreto na garganta e saiu correndo atrás de Rony e Hermione.
— Eu não acredito — disse ele quando os três examinaram a assinatura no papel. — Ele nem olhou o nome do livro que queríamos.


- Porque ele é um idiota – resmungou Snape.
— É porque ele é um panaca desmiolado


- O Weasley concorda comigo – disse Snape com um sorriso estranho, como se não acreditasse nisso.


— disse Rony. — Mas quem se importa, temos o que precisávamos...
— Ele não é um panaca desmiolado


Olhares incrédulos a Hermione.


— disse Hermione em voz alta quando se dirigiam quase correndo à biblioteca.
— Só porque ele disse que você é a melhor aluna do ano...


- Isso vai dar briga – previu Dorcas.
Eles baixaram a voz ao entrar na quietude abafada da biblioteca. Madame Pince, a bibliotecária, era uma mulher magra e irritável que parecia um urubu subnutrido.


- Descrição perfeita – concordou Sirius, que nunca tinha se sentido confortável em uma biblioteca. 
Pociones Muy Potentes? — repetiu ela desconfiada, tentando tirar a autorização da mão de Hermione; mas a garota não deixou.
— Eu pensei que talvez pudesse guardar a autorização — disse Hermione ofegante.


Rony passou a mão na testa. 
— Ah, qual é? — protestou Rony, arrancando a autorização da mão dela e entregando-a a Madame Pince. — Nós lhe arranjamos outro autógrafo. Lockhart assina qualquer coisa que fique parada tempo suficiente.


- Verdade.
Madame Pince ergueu o papel contra a luz, como se estivesse decidida a descobrir uma falsificação, mas a autorização passou no teste. Ela desapareceu silenciosamente entre as estantes altas e voltou vários minutos depois trazendo um livro grande de aparência mofada. Hermione guardou-o cuidadosamente na mochila e os três foram embora, procurando não andar demasiado rápido nem parecer muito culpados.


- O que provavelmente os fez parecer preocupados – apontou Regulus e o trio deu de ombros.
Cinco minutos depois, estavam barricados mais uma vez no banheiro interditado da Murta Que Geme. Hermione tinha vencido as objeções de Rony lembrando que seria o último lugar em que alguém sensato iria,


- Por isso vocês foram – falou Dorcas.


e com isso garantiram alguma privacidade.
Murta Que Geme chorava alto no seu boxe, mas eles não lhe prestavam atenção nem a fantasma aos garotos.
Hermione abriu o
Pociones Muy Potentescom cuidado, e os três se debruçaram sobre as páginas manchadas de umidade. Era claro, ao primeiro olhar, a razão por que o livro pertencia à Seção Reservada. Algumas das poções produziam efeitos medonhos demais só de se imaginar,


Alguns estremeceram.


e havia algumas ilustrações muito impressionantes, que incluíam um homem que parecia ter virado do avesso e uma bruxa com vários pares de braço que saíam da cabeça.


Lily fez uma careta, mesmo gostando de poções, tinha algumas coisas que ela não aceitava. 
— Aqui — exclamou, excitada, ao encontrar a página intitulada "A Poção Polissuco".


Alguns reconheceram a poção.


Estava decorada com desenhos de pessoas a meio caminho de se transformarem em outras. Harry sinceramente desejou que as expressões de dor intensa em seus rostos fossem imaginação do artista.


- Não era – disse com uma cara de dor.
— Esta é a poção mais complicada que já vi — disse Hermione quando examinavam a receita. — Hemeróbios, sanguessugas, descutainia e sanguinária — murmurou ela, correndo o dedo pela lista de ingredientes. — Bem, esses são bem fáceis, estão no armário dos alunos, podemos tirar o que precisarmos... Ah, olhem só isso, pó de chifre de bicórnio, não sei onde vamos arranjar isso... Pele de ararambóia picada, essa vai ser uma fria também... E, é claro, um pedacinho da pessoa em quem quisermos nos transformar.


- Isso é o mais difícil de conseguir – falou Snape.


- Experiência própria? – provocou James.


- Cala a boca, Potter.
— Dá para repetir isso? — pediu Rony ríspido. — Que é que você quer dizer com um pedacinho da pessoa em quem quisermos nos transformar? Não vou tomar nada que tenha unhas do pé de Crabbe dentro...


Rony fez uma careta.
Hermione continuou como se não tivesse ouvido o amigo.


- Normal.
— Ainda não temos que nos preocupar com isso, porque os pedacinhos só entram no fim...
Rony virou-se, sem fala, para Harry, que tinha outra preocupação.
— Você percebe quanta coisa vamos ter que roubar, Mione? Pele de ararambóia picada, decididamente não está no armário dos alunos. Que vamos fazer, assaltar o estoque particular de Snape?


Snape lançou um olhar assassino para eles.


Não sei se é uma boa idéia...
Hermione fechou o livro com força.
— Bem, se vocês dois vão amarelar, ótimo.


- Harry tinha ficado calado – observou Frank.


- E essa foi baixa.


— Seu rosto se malhara de vermelho


- Para ficar igual aos dos Weasleys.


vivo e os olhos cintilavam mais do que o normal.


Hermione fez uma careta para Harry.


— Eu não quero desrespeitar o regulamento,


- Claro que não - murmurou Neville.


vocês sabem muito bem. Acho que ameaçar gente que nasceu trouxa é muito mais sério do que preparar uma poção difícil.


- Agora você aprendeu a definir suas prioridades - Lene falou satisfeita.


- Eu era muito pequena no primeiro ano...? - tentou se defender Hermione.


Mas se vocês não querem descobrir se é o Draco, eu vou direto à Madame Pince agora mesmo e devolvo o livro,


-Não - gemeu Sirius.


e...
— Eu nunca pensei que veria o dia em que você nos convenceria a desrespeitar o regulamento


- Foi um dia único- concordou Harry sorrindo.


- Estamos tão orgulhosos, tão orgulhosos da nossa cunhada... - Fred falou, dando gritinhos com Jorge.


- Isso ficou muito gay - falou Sirius.


— disse Rony — Muito bem, nós topamos. Mas unhas dos pés não, está bem?
— E quanto tempo vai levar para preparar a poção? — perguntou Harry, de cara feliz, quando Hermione reabriu o livro.
— Bom, uma vez que a descurainia tem que ser colhida na lua cheia e os hemeróbios precisam cozinhar durante vinte e um dias... Eu diria que vai levar mais ou menos um mês para ficar pronta, se conseguirmos todos os ingredientes.


- É realmente uma poção complexa.


- Eu nunca faria uma poção assim - disse Josh, com um sorriso preguiçoso.
— Um mês? — exclamou Rony. — Até lá, Draco poderia atacar metade dos nascidos trouxas na escola!


- Eu acho que vocês seriam mandados para casa antes de chegar a esse ponto - Frank.


— Mas os olhos de Hermione tornaram a se estreitar perigosamente e ele acrescentou depressa:
— Mas é o melhor plano que temos, portanto, vamos tocar para frente a todo vapor!


Frank riu, nada como uma mulher que dá medo para fazer você concordar com algo.
No entanto, quando Hermione foi verificar se a barra estava limpa para eles saírem do banheiro, Rony cochichou para Harry:
— Daria muito menos trabalho se você simplesmente derrubasse Draco da vassoura amanhã.


- Mas isso não o faria confessar - falou Dorcas.
Harry acordou cedo no sábado e continuou deitado por algum tempo,


- Puxou o tio Sirius - falou Remus, colocando sarcasmo no tio.


pensando na partida de Quadribol que se aproximava. Estava nervoso, principalmente quando pensava no que Wood diria se a Grifinória perdesse,


- Um monte de coisas... não muito divertidas... - resumiu Fed.


mas também com a idéia de enfrentar um time montado nas vassouras de corrida mais velozes que o ouro podia comprar.


- Mesmo assim, vocês foram melhores- confortou Hermione.
Nunca tivera tanta vontade de vencer a Sonserina.


- Achar que seu rival está fazendo algo que pode fechar sua escola, sua cada, é uma boa motivação para querer ganhar dele no Quadribol - disse Harry, inocentemente.


Depois de passar meia hora deitado ali com as tripas dando nós,


- Tripas dando nós? - Gina perguntou. Balançando a cabeça, fingiu tristeza - Estou namorando um esquisito.


- Percebeu agora, mana? - perguntou Jorge.


Harry riu com eles.


ele se levantou, se vestiu e desceu logo para tomar café e já encontrou o resto dos jogadores da Grifinória sentados juntos à mesa comprida e vazia,


- Uma das coisas que eu mais gosto no Quadribol, são os momentos antes dos jogos – disse Lene – Parece que todos esquecem todos os problemas e brigas que passaram antes e se unem – falou, sinceramente.


Harry sorriu, assim como Regulus.


todos parecendo nervosos e falando muito pouco.


- Até vocês? – perguntou Dorcas para os gêmeos.


Eles desviaram o olhar.


- Não, nunca.


- Sim, até eles – confirmou Harry, se vingando.


Dorcas riu.
Á medida que às onze horas se aproximaram, a escola inteira começou a tomar o caminho do estádio de Quadribol.


- Eu não gosto do jogo, mas é interessante ver todas as pessoas da escola juntas – falou Lily.
Fazia um dia mormacento com sinais de trovoada no ar. Rony e Hermione vieram correndo desejar a Harry boa sorte quando ele ia entrando no vestiário. O time vestiu os uniformes vermelhos da Grifinória e depois se sentou para ouvir a preleção que Wood sempre fazia antes do jogo.


Harry e os gêmeos reviraram os olhos.
— Hoje, Sonserina tem vassouras melhores que nós


Lene fez uma careta.


— começou ele. — Não adianta negar. Mas nós temos jogadores melhores nas nossas vassouras.


Todos os grifinórios sorriram.


- Mantivemos nosso controle de qualidade – disse Harry orgulhoso – Ao contrário deles.


Treinamos com maior garra do que eles,


- Com certeza.


estivemos no ar fosse qual fosse o tempo...


Lily e Alice fizeram uma cara repreensiva.


("Quem duvida", murmurou Jorge Weasley. "Não sei o que é estar seco desde agosto")...


Todos riram.


- Tinha dia que eu não tinha mais roupa para vestir, porque estavam todas molhadas, e então eu tinha que usar um feitiço para secá-las! – falou Jorge, indignado.


- Eu também – falou o outro irmão gêmeo.


- Eu achei que eu fiquei ótimo de feitiços para secar roupas... – disse Harry, sorrindo.


A sala riu.


E vamos fazer com que eles se arrependam do dia em que deixaram aquele trapaceiro do Draco pagar para entrar no time.


Sirius sorriu maldoso. Tinha vários para Malfoy, pena que não iria poder testá-los. Se bem que ele podia testar no Malfoy pai. 
O peito arfando de emoção, Wood virou-se para Harry.
— Vai depender de você, Harry, mostrar a eles que um apanhador tem que ter mais do que um pai rico.


- É fácil. Mesmo que você realmente tenha um pai rico – disse James, sorrindo.


- É fácil esquecer que Harry é rico – disse Hermione, olhando para as roupas do amigo, que corou.


Chegue ao pomo antes de Draco ou morra tentando,


- MORRER TENTANDO? – gritou Lily – Eu vou ter uma conversa com esse Wood! – falou com uma cara maníaca e Harry resolveu que nunca deixaria a mãe se aproximar de Oliver.


- Isso foi ridículo – falou Lyssi. Lily sorriu, concordando – É uma coisa tão clara, não precisava falar.


- Si... Espera! O QUÊ? – gritou Lily.


- Ela é obcecada por Quadribol – respondeu Josh, orgulhoso.


- Mas esse Wood exagerou mesmo – disse Lene – Nem James fala isso.


- Ei! – protestou o Potter.


- Mas... de qualquer jeito, eu não morri! – disse Harry para Lily, como se falasse que foi aceito em uma escola. Ela controlou o nervosismo e mandou Neville ler.


porque temos que vencer hoje, é muito simples.


- Depois são os sonserinos que fazem de tudo pelo que querem – reclamou Snape, revirando os olhos.


— Por isso nada de pressioná-lo, Harry — disse Fred piscando o olho.
Quando entraram no campo, foram saudados por um vozerio, muitos vivas, porque a Corvinal e a Lufa-Lufa estavam ansiosas para ver a Sonserina derrotada,


- Isso é injusto – resmungou Regulus.


mas os alunos da Sonserina nas arquibancadas vaiaram e assobiaram, também. Madame Hooch, a professora de Quadribol, mandou Flint e Wood se apertarem as mãos, o que eles fizeram, lançando um ao outro olhares ameaçadores e pondo mais força no aperto que era necessário.


Os que jogavam Quadribol sorriram. Era sempre assim, no jogo GrifinóriaXSonserina. 
— Quando eu apitar — disse Madame hooch. — Três... Dois... Um...
Com um rugido de incentivo das arquibancadas, os catorze jogadores subiram em direção ao céu carregado. Harry foi mais alto do que qualquer outro, apertando os olhos à procura do pomo.
— Tudo bem aí, ó Cicatriz?


- Cicatriz é foda – reclamou James – Meu filho devia ter apelidos melhores.


— berrou Draco, passando por baixo dele como se quisesse mostrar a velocidade de sua vassoura.


- Metido.
Harry não teve tempo de responder. Naquele mesmo instante, um pesado balaço negro veio voando a toda em sua direção; ele o evitou por tão pouco que sentiu o balaço arrepiar seus cabelos ao passar.


Lily fechou os olhos.
— Esse foi por um triz, Harry! – disse Jorge, emparelhando com ele de bastão na mão, pronto para rebater o balaço para os lados de um jogador da Sonserina. Harry viu Jorge dar uma forte bastonada na direção de Adriano Pucey, mas o balaço mudou de rumo em pleno ar e tornou a voar direto para Harry.


- Mas o quê...?
O garoto mergulhou depressa para evitá-lo, e Jorge conseguiu atingir o balaço com força na direção de Draco.


- Acertou? – Lene perguntou ansiosa.


- Não – resmungou Jorge.


Todos fizeram caretas, decepcionados.


Mais uma vez, o balaço voltou como um bumerangue e disparou contra a cabeça de Harry.


Os jogadores estavam confusos. O que estava acontecendo?


- E depois me dizem que Quadribol não é um esporte violento! – reclamou Lily.


- Não é, amor. Algo está acontecendo. Isso não é normal.


Lily ficou quieta.


Harry imprimiu velocidade à vassoura e voou para o outro extremo do campo. Ouvia o assobio do balaço vindo em seu encalço. Que estava acontecendo? Os balaços nunca se concentravam em um único jogador; sua função era tentar desmontar o maior número possível de jogadores...


- E isso não é nenhum um pouco violento – resmungou Lily.
Fred Weasley aguardava o balaço no outro extremo. Harry se abaixou quando Fred rebateu o balaço com toda força, desviando-o de curso.


Todos aplaudiram Fred.


- Não precisava do sobrenome, Harry. Todos sabem que sou eu – disse. Harry deu de ombros. 
— Peguei você! — berrou Fred alegremente, mas estava enganado; como se estivesse magneticamente atraído para Harry,


Frank arregalou os olhos. Isso era...? Não, não podia ser. Era uma magia complexa demais para ser usada em um simples jogo de Hogwarts.


o balaço saiu atrás dele outra vez, e o garoto foi forçado a voar a toda velocidade.


Hermione sentiu pena do amigo.
Começara a chover; Harry sentiu grossos pingos de chuva caírem em seu rosto, molhando seus óculos. Não tinha a menor ideia do que estava acontecendo no jogo até ouvir Lino Jordan, locutor da partida, dizer: "Sonserina na liderança, sessenta a zero..."


Os grifinórios arregalaram os olhos. 
As vassouras superiores da Sonserina obviamente estavam dando conta do recado, enquanto o balaço furioso estava fazendo o possível para tirar Harry do ar.


- Não foi uma combinação muito boa para a Grifinória– falou Remus.
Fred e Jorge agora voavam tão junto dele, um de cada lado, que Harry não via nada exceto braços se agitando no ar e não tinha chance de procurar o pomo, muito menos de apanhá-lo.


- Desculpe, Harry – falaram juntos.


- Não, tudo bem. Vocês me mantiveram vivo – os três sorriram.


Vocês me mantiveram vivo,repetiu Lily, triste. Não era para o seu filho precisar de alguém para o manter vivo. 
— Alguém... Alterou... Esse... Balaço... — rosnou Fred, brandindo o bastão com toda força quando o balaço desfechou um novo ataque contra Harry.
— Precisamos de tempo — disse Jorge, tentando simultaneamente fazer sinal a Wood e impedir o balaço de quebrar o nariz de Harry.
Wood obviamente entendera o sinal.


Gina sorriu, aliviada.


O apito de Madame Hooch soou e Harry, Fred e Jorge mergulharam até o chão, ainda tentando evitar o balaço maluco.


Lene franziu as sobrancelhas.
— Que está acontecendo? — perguntou Wood quando o time da Grifinória se reuniu à sua volta ao som das vaias da Sonserina. — Estamos sendo arrasados. Fred, Jorge, onde é que vocês estavam quando aquele balaço impediu Angelina de fazer gol?
— Estávamos seis metros acima dela, impedindo outro balaço de matar Harry, Olivio — respondeu Jorge aborrecido. — Alguém alterou aquele balaço,


- Obviamente.


ele não deixa o Harry em paz. E não tentou pegar mais ninguém o tempo todo.


Frank tentou pensar em outra coisa que explicasse o comportamento do balanço e não conseguiu.


O pessoal da Sonserina deve ter feito alguma coisa com ele.


- Ou alguém de outra casa, poderia ter raiva de Harry – acusou Regulus, cansando da Sonserina ser injustiçada.


- Mas os sonserinos que estavam jogando contra a grifinória, e lá muita gente não é exatamente fã do Harry.


- Ou outra coisa bem diferente – interrompeu Harry e todos ficaram em silêncio. 
— Mas os balaços estiveram trancados na sala de Madame Hooch desde o nosso último treino, e não havia nada errado com eles... — disse Wood, ansioso.


Ninguém conseguiu pensar em nenhuma teoria, fora Frank. Mas não faria nenhum sentido, pensou.
Madame Hooch veio andando em direção ao grupo. Por cima do ombro Harry viu o time da Sonserina caçoando e apontando para ele.
— Escutem — disse Harry ao vê-la chegar cada vez mais perto —, com vocês dois voando em volta de mim o tempo todo o único jeito de apanhar aquele pomo é ele entrar voando na minha manga.


- O que é um poucoimprovável... – disse Gina.


Se juntem ao resto do time e deixem que eu cuido do balaço errante.


- VOCÊ É LOUCO? – gritaram todos que não tinham ido à partida.


- Sou. Mas funcionou – respondeu Harry com orgulho.


- Meu filho... tão burro! – Lily lamentou.


Harry fez uma careta.


- Obrigada, mãe. 
— Não seja burro — disse Fred.


- Viu, Fred, que é jogador, concorda comigo – falou Lily.


- Sou um exemplo – falou Fred, e todos riram.


— Ele vai arrancar sua cabeça.


Silêncio tenso.
Wood olhava de Harry para os Weasley.


- Ele não pode estar considerando isso, pode...? – falou James, dividindo entre seus instintos paternos e de capitão.
— Olivio, isso é loucura — disse Alicia Spinnet zangada. — Você não pode deixar o Harry enfrentar aquela coisa sozinho. Vamos pedir uma investigação...


- Não adiantaria...
— Se pararmos agora, perderemos a partida!


- Dana-se a partida – resmungou Lily.


— disse Harry. — E não vamos perder para a Sonserina só por causa de um balaço maluco!


- Eu não diria ! Um balaço normal já é perigoso, um maluco... – falou Regulus, preocupado.


- Mas eu realmente queria ganhar – falou Harry.


Anda, Olivio, diz para eles me deixarem em paz!


- Não faça isso – pediu James. 
— Isto é tudo culpa sua — disse Jorge furioso com Wood.


- Um Weasley furioso não é uma boa visão – declarou Frank.


- Como vocês sabem? – perguntou Gina, curiosa.


- Já vimos o seu pai, Arthur Weasley, brigar com um amigo no meio do corredor – falou Alice.


- Papai brigando? – Rony perguntou sem acreditar.


- E por que ele estava brigando? – perguntaram os gêmeos.


- Não sei bem... Algo sobre os trouxas... – disse Lice, dando de ombros.


- Somente isso para fazer o papai brigar – falou Gina.


- De qualquer jeito, não foi uma visão divertida.


- Agora é difícil imaginar um dos gêmeos furiosos – falou Lily.


- Tudo para defender a família – declararam, sorrindo para Harry.


— "Apanhe o pomo ou morra tentando", que coisa idiota para dizer a ele...
Madame Hooch se reunira aos jogadores.
— Estão prontos para recomeçar a partida? — perguntou a Wood.
Wood olhou para a expressão decidida no rosto de Harry.


- Não – resmungouRegulus.
— Muito bem. Fred, Jorge, vocês ouviram o que Harry disse, deixem-no em paz e deixem que ele cuide do balaço sozinho.


Harry estaria à própria sorte, pensou Remus, triste, assim como todos.


- Um balaço pode causar traumatismo craniano! – berrou Lene, incrédula.


Lily fechou os olhos. Ela não podia ficar assim, tudo que estava lendo já acontecera e só assustaria ao filho tentando evitar o passado.


A chuva caía mais pesada agora. Ao apito de Madame Hooch, Harry deu um forte impulso para o alto e ouviu o assobio que indicava que o balaço vinha atrás dele. Ganhou cada vez mais altura; fez loops e subiu, espiralou, ziguezagueou e balançou.


- Isso não os vai deter – declarou Fred.
Mesmo ligeiramente tonto, mantinha os olhos bem abertos, a chuva molhando seus óculos e entrando por suas narinas quando ele voava de barriga para cima, evitando outro mergulho furioso do balaço. Ele ouvia as risadas do público;


Olhares assassinos para o livro.


sabia que devia estar parecendo muito idiota,


- Não é a melhor hora para se preocupar com isso – Sirius falou.


mas o balaço errante era pesado e não podia mudar de direção tão rápido quanto Harry; o garoto começou a voar pela orla do estádio como se estivesse em uma montanha-russa,


Gina deu um pequeno sorriso. Seu pai tinha falado para ela sobre parques de diversão e ela queria ir a um.


procurando ver as balizas da Grifinória através da cortina prateada de chuva. Adrian Pucey tentava ultrapassar Wood...
Um assobio no ouvido de Harry lhe disse que o balaço deixara de acertá-lo por pouco outra vez;


É só uma questão de tempo até ele se atingindo,temeu Dorcas.


ele imediatamente deu meia-volta e disparou na direção oposta.
— Está treinando para fazer balé, Potter?


- Muito engraçado – ironizou Josh.


- Bem, foi engraçado – replicou Alex – Mas ele devia se concentrar mais em procurar o pomo do que observar Harry.


— berrou Draco quando Harry foi obrigado a dar uma volta ridícula em pleno ar para evitar o balaço e fugir, o balaço rastreando-o a pouco mais de um metro; e então, virando-se para olhar Draco cheio de ódio ele viu... O pomo de ouro. Pairava poucos centímetros acima da orelha esquerda de Draco, e o garoto, ocupado em rir-se de Harry, não o vira.


- Toma, Malfoy!


- Eu disse que era para ele procurar o pomo. 
Por um momento de agonia, Harry imobilizou-se no ar, sem ousar voar na direção de Draco, com medo de que ele olhasse para cima e visse o pomo.


- Não é a melhor posição – concordou Regulus, que era um excelente apanhador.
BAM.
Permanecera parado um segundo a mais. O balaço finalmente atingiu-o, bateu no seu cotovelo e Harry sentiu o braço rachar.


Todos olharam para Harry com pena.


- É só Quadribol – falou o moreno incomodado.


Sem enxergar direito, atordoado pela terrível dor no braço,


James deu um abraço no filho.


escorregou para um lado da vassoura encharcada, um joelho ainda enganchando-a por baixo, o braço direito pendurado inútil — o balaço retornava a toda para um segundo ataque, desta vez mirando o seu rosto,


Todos se inclinaram tensos.


Harry desviou-se, uma ideia alojada com firmeza no cérebro entorpecido: chegar até Draco.


Ninguém entendeu o que ele planejava fazer, menos os que viram o jogo, Regulus e Alex.
Através da névoa de chuva e dor, ele mergulhou em direção à cara debochada abaixo dele e viu os olhos de Draco se arregalarem de medo.


- Só isso faria o jogo inteiro valer a pena – disse Gina, rindo.


O garoto achou que Harry ia atacá-lo.
— Que di... — exclamou, inclinando-se para longe de Harry.
Harry tirou a mão boa da vassoura e tentou agarrar o pomo às cegas; sentiu os dedos se fecharem sobre a bola fria,


Parabéns e gritos de alegria surgiram dos Grifinórios.


- Boa captura, Harry – elogiou Regulus.


mas agora só estava preso à vassoura pelas pernas, e ouviu-se um urro das arquibancadas quando ele rumou direto para o chão,


Olharam temorosos para Harry.


- Não me olhem assim! – reclamou.


tentando por tudo não desmaiar.


- Alguém consegue não desmaiar? – perguntou Dorcas confusa.


Ele bateu no chão, levantando lama, e rolou para o lado para desmontar da vassoura.


- Pensamento rápido e eficaz – elogiou Remus.
Seu braço estava pendurado num ângulo muito estranho; varado de dor, ele ouviu, como se fosse à grande distância, muitos assobios e gritos. Focalizou o pomo seguro na mão boa.
— Aha — disse vagamente. — Ganhamos.
E desmaiou.


- É, eu acho que não – concluiu Dorcas.
Voltou a si, a chuva batendo no rosto, ainda deitado no campo, com alguém debruçado sobre ele. Viu um brilho de dentes.
— Ah, o senhor, não — gemeu.
— Ele não sabe o que está dizendo — falou Lockhart


- Sabe, nunca pensou com mais clareza na vida – respondeu Rony frio. Se dependesse de Lockhart, sua irmã não estaria mais aqui.


em voz alta para o ajuntamento de alunos da Grifinória que cercavam ansiosos os dois. — Não se preocupe Harry. Já vou endireitar o seu braço.


- Não!
— Não! — exclamou Harry. — Vou ficar com ele assim, obrigado...
O garoto tentou se sentar, mas a dor foi terrível. Ele ouviu um clique conhecido ali por perto.
— Não quero uma foto deste momento, Colin


- E tem como piorar – concluiu Neville.


— disse em voz alta.
— Deite-se, Harry — mandou Lockhart acalmando-o. — É um feitiço muito simples que já usei muitíssimas vezes...


- Por que essa frase pareceu suspeita? – perguntou Lene.


- Porque é – respondeu Sirius.
— Por que não posso simplesmente ir para a ala hospitalar? — disse Harry com os dentes cerrados.
— Ele devia mesmo, professor — disse um enlameado Wood, que não pôde deixar de sorrir mesmo com o seu apanhador machucado.


- Ele é assim, mas é uma boa pessoa – falou Harry.


— Grande captura, Harry, realmente espetacular, a melhor que já fez, eu diria...


- Ou que qualquer um já fez – corrigiu Sirius.


- Menos eu – reclamou James arrogante – Eu sou batedor, mas também sou o melhor apanhador...


- Não melhor que Harry – interrompeu o Black.


- Melhor que ele.


- Ei! – Harry protestou.


- Desculpe, filho, mas é verdade... Ninguém é melhor que eu, mesmo que só tenha jogado como apanhador fora do colégio.


- Então prove – falou Sirius, com um sorriso desafiador.


- Ora, eu já disse que vamos provar isso de uma vez por todas quando terminar o livro três! – falou James amuado.


- Regulus? – pediu Harry baixinho.


- O que foi?


- Faz um favor? Jogue contra James também e prove que ele é ruim – pediu.


Regulus sorriu.


- Com certeza.
Por entre a floresta de pernas à sua volta, Harry viu Fred e Jorge Weasley, lutando para enfiar o balaço errante numa caixa. A bola continuava a resistir ferozmente.


- Tivemos vontade de explodir ela – falou Fred.
— Afastem-se — pediu Lockhart, enrolando as mangas de suas vestes verde-jade.
— Não... Não faça isso... — disse Harry com a voz fraca, mas Lockhart agitava a varinha e um segundo depois apontou-a diretamente para o braço de Harry.


Todos fizeram uma careta.
Uma sensação estranha e desagradável surgiu no ombro de Harry e se espalhou até a ponta dos dedos da mão. Era como se o braço estivesse se esvaziando. Ele nem se atreveu a verificar o que estava acontecendo. Fechara os olhos, virara o rosto para longe do braço, mas os seus piores temores se confirmaram, as pessoas em volta exclamaram e Colin Creevey começou a fotografar furiosamente. Seu braço não doía mais — e nem de longe se parecia com um braço.


- O que era? – perguntou Lyssi, aterrorizada.
— Ah — disse Lockhart. — É, às vezes isso pode acontecer. Mas o importante é que os ossos não estão mais fraturados. Isto é o que se precisa ter em mente. Então, Harry, vá, dê uma chegada na ala hospitalar, ah, Sr. Weasley, Srta. Granger, podem acompanhá-lo? E Madame Pomfrey poderá... Hum... Dar um jeito nisso.


- Dar um jeito nisso? – repetiu Lily.
Quando Harry se levantou, sentiu-se estranhamente inclinado para um lado. Tomando fôlego, olhou para baixo, para o braço direito. O que ele viu quase o fez desmaiar de novo. Pela manga das vestes saía uma coisa que lembrava uma grossa luva de borracha cor de pele.


Caras assustadas.


- Mas o quê...?


Ele tentou mexer os dedos. Nada aconteceu. Lockhart não emendara os ossos de Harry. Ele os removera.


Silêncio. E então todos começaram ao mesmo tempo.


- Meu filho... O BRAÇO do meu filho está SEM OSSOS? – gritou Lily.


- Como esse idiota conseguira isso? – perguntou Regulus, incrédulo.


- Como é a sensação de não ter ossos? – perguntou Dorcas.


- Você está bem? – perguntou Frank.


- Seu braço teve mais alguma alteração? – perguntou Snape.


- Só foi removido o osso? – perguntou Josh.


- Calma, calma! Uma pergunta por vez – falou Harry – Não sei como ele conseguiu, Regulus. A sensação é de vazio, Dorcas. Estou bem, isso foi há anos, Frank. Não, não teve outra alteração, Severus. Só o osso foi removido, Josh. E sim, Lily, eu ESTAVA sem ossos – respondeu rápido, respirando aliviado depois. 
Madame Pomfrey não ficou nada satisfeita.


Harry deu um sorriso inocente.
— Você deveria ter vindo me procurar diretamente!


- Ele tentou – argumentou Alex.


— dizia furiosa, erguendo a lamentável sobra do que fora, meia hora antes, um braço útil. — Posso emendar ossos num segundo, mas fazê-los crescer outra vez...
— A senhora vai conseguir, não é?


- Claro que sim. Não é possível que a enfermeira de uma escola não saiba nem fazer os ossos crescerem outra vez – disse Neville.


— perguntou Harry desesperado.
— Claro que vou, mas vai ser doloroso — disse Madame Pomfrey sombriamente, atirando um pijama para Harry.


- Eu me pergunto desde quando esses pijamas estão ai – falou Lyssi com nojo.


— Você vai ter que passar a noite...
Hermione esperava do outro lado da cortina que fora fechada em torno da cama de Harry, enquanto Rony o ajudava a vestir o pijama. Levou algum tempo para enfiar na manga o braço mole e sem ossos.


- Deve ter sido horrível.


- Foi – confirmou Harry.
— Como é que você consegue defender o Lockhart agora, Hermione, hein?


- Eu esperava mais, Hermione – disse Sirius, desapontado.


— Rony perguntou através da cortina enquanto puxava os dedos inertes de Harry pelo punho da manga. — Se Harry quisesse ser desossado ele teria pedido.
— Qualquer um pode se enganar


- Mas ninguém é besta o suficiente para tentar feitiços de cura em pessoas machucadas, sem ter acompanhamento de um profissional da área de cura ou pelo menos outra pessoa que saiba os básicos – respondeu Frank.


— respondeu Hermione. — E não está doendo mais, está Harry?
— Não — disse Harry, entrando na cama. — Mas também não faz mais nada.


- É agoniante – falou Harry.
Quando ele se deitou, o braço balançou molemente.
Hermione e Madame Pomfrey deram a volta à cortina.
Madame Pomfrey vinha segurando um garrafão de alguma coisa rotulada Esquelesce.
— Você vai enfrentar uma noite difícil — disse, servindo um copo grande de boca larga e fumegante e entregando-o a Harry.
— Fazer ossos crescerem de novo é uma coisa complicada. E tomar Esquelesce, também.
O liquido queimou a boca e a garganta de Harry e desceu, fazendo-o tossir e cuspir.


- Era tão ruim assim? – perguntou Josh.


Harry assentiu.


Ainda lamentando os esportes perigosos e os professores ineptos,


Lily acenou com a cabeça, concordando do ponto de vista dela.


Madame Pomfrey se retirou, deixando Rony e Hermione ajudarem Harry a engolir um pouco de água.
— Mas ganhamos — disse Rony, um grande sorriso se abrindo no rosto. — Foi uma captura e tanto a que você fez.


Harry sorriu, orgulhoso.


A cara do Malfoy... Ele parecia que ia matar alguém...


Todos riram.
— Eu queria saber como foi que ele alterou aquele balaço — disse Hermione sombriamente.
— Podemos acrescentar mais esta à lista de perguntas que vamos fazer a ele quando tomarmos a Poção Polissuco — disse Harry deixando-se afundar nos travesseiros. — Espero que tenha um gosto melhor do que esta coisa...
— Com pedacinhos de alunos da Sonserina dentro? Você deve estar brincando — disse Rony.


- E eu não consigo decidir qual é o pior – falou Harry, pensando.
A porta do hospital se escancarou naquele momento. Imundos e encharcados, os demais jogadores da Grifinória chegaram para ver Harry.
— Incrível aquele vôo, Harry — disse Jorge. — Acabei de ver Marcos Flint berrando com Draco.


Todos sorriram.


Estava falando alguma coisa sobre ter o pomo sobre a cabeça e nem notar. Draco não parecia muito feliz.


- Bem feito.
Os jogadores tinham trazido bolos, doces e garrafas de suco de abóbora


- Onde eles arrumaram isso? – perguntou Lily. Todo mundo a encarou, sem acreditar.


- Na cozinha é claro – responderam os Marotos.


- Mas onde fica a cozinha de Hogwats?


- Você não sabe? – perguntou Lene, incrédula – Você estudou lá por 7 anos e não sabe?


Lily deu de ombros.


- Sempre consegui comer na hora das refeições e não fiquei com fome entre elas. E nunca pensei que pudéssemos ir para a cozinha.


- James, você deixa a sua namorada sofrer assim? – perguntou Frank.


- Desculpe o meu erro, eu não sabia – falou James, brincando – Mas, sério, Lily, eu vou te mostrar a cozinha de Hogwarts.


que arrumaram em volta da cama de Harry e davam início ao que prometia ser uma festança, quando Madame Pomfrey apareceu como um tufão, gritando:
— Esse menino precisa de descanso, precisa fazer crescer trinta e três ossos! Fora! FORA!


- Oh, Promfrey, os deixava ai – brigou Sirius.
E Harry foi deixado sozinho, sem nada para distraí-lo da dor horrível no braço inerte.
Muitas horas depois, Harry acordou de repente numa escuridão de breu e deu um ligeiro ganido de dor: o braço agora parecia cheio de grandes lascas. Por um segundo ele pensou que fora isso que o acordara. Então, com um choque de terror, percebeu que alguém estava passando uma esponja em sua testa.


- Mas o quê...?
— Fora daqui! — gritou ele alto e em seguida. — Dobby!


- O elfo?
Os olhos arregalados, parecendo bolas de tênis, do elfo doméstico espiavam Harry na escuridão.


- Muito estranho isso.


Uma lágrima solitária escorria pelo seu nariz longo e fino.
— Harry Potter voltou para a escola


- Ele nem notou – ironizou Snape.


— murmurou ele infeliz. — Dobby avisou e


tornou a avisar Harry Potter.


- É, mas você não explicou por queele não poderia fazer isso direito – apontou Regulus.


Ah, meu senhor, por que não prestou atenção em Dobby? Por que Harry Potter não voltou para casa quando perdeu o trem?
Harry se ergueu, apoiando-se nos travesseiros e empurrou para longe a esponja de Dobby.
— Que é que você está fazendo aqui? — perguntou. — E como sabe que perdi o trem?
O lábio de Dobby tremeu, e Harry foi assaltado por uma repentina suspeita.
— Foi você! — disse lentamente. — Você impediu a barreira de nos deixar passar!
— Com certeza, meu senhor


Todos começaram a falar ao mesmo tempo, irritados.


— Dobby confirmou vigorosamente com a cabeça, as orelhas abanando. — Dobby se escondeu e esperou Harry Potter e selou o portão,


- E se alguém quisesse entrar depois dele? – questionou Dorcas.


e Dobby teve que passar as mãos a ferro depois — mostrou a Harry os dez dedos compridos enfaixados —,


Hermione fez uma careta.


mas Dobby não se importou, meu senhor, porque pensou que Harry Potter estava seguro, e Dobby nunca sonhou que Harry Potter fosse chegar a escola por outro meio!


- Eu acho que ele tá te chamando de burro – brincou Alex.


Harry deu de ombros.


- Foi sem querer. Dobby é muito legal.
O elfo se balançava para frente e para trás, sacudindo a cabeça feia.
— Dobby ficou tão chocado quando soube que Harry Potter tinha voltado a Hogwarts que deixou o jantar do seu dono queimar!


- Alguém não deve ter ficado feliz...


Dobby nunca foi tão açoitado, meu senhor...
Harry afundou de volta nos travesseiros.
— Você quase fez com que Rony e eu fôssemos expulsos — disse furioso. — É melhor desaparecer antes que os meus ossos voltem, Dobby, ou eu ainda estrangulo você.


- Harry Potter fazendo ameaças. Isso é algo que não se vê todo dia – falou Lene, chocada.


- Bem, ele tentou me impedir de ir para o lugar que eu considero minha cabeça – falou Harry – MAS... depois que eu soube os motivos dele, eu o perdoei. 
Dobby deu um leve sorriso.
— Dobby está acostumado com ameaças de morte, meu senhor.


Hermione ficou irritada.


- Ninguém devia estar acostumado a ameaças de morte.


Em casa, Dobby as recebe cinco vezes por dia.


- Cinco vezes por dia? – Hermione gritou, indignada.


- A casa que ele trabalha não deve ser exatamente um ambiente feliz.
O elfo assoou o nariz numa ponta da fronha imunda que usava, parecendo tão patético, que Harry sentiu a raiva se esvair contra a sua vontade.


- Ás vezes isso acontece – concordou Remus – Por exemplo, James e Sirius fazem uma besteira, como brigar com Snape, e eu fico com raiva, mas... eu olho para a cara patética deles e sinto pena.


- Ei! – protestaram James e Sirius.


A sala riu, menos Snape.


— Por que você usa isso, Dobby? — perguntou curioso.
— Isso, meu senhor? — disse Dobby, puxando a fronha. — Isto é a marca de escravidão do elfo doméstico, meu senhor. Dobby só pode ser libertado se seus donos o presentearem com roupas, meu senhor. A família toma cuidado para não passar a Dobby nem mesmo uma meia, meu senhor, se não ele fica livre para deixar a casa para sempre.


- E se não arranjar uma casa para trabalhar irá morrer – replicou Snape.


Hermione se virou para ele.


- Isso é verdade?


Ele concordou com a cabeça e os dois começaram uma conversa, discutindo a liberdade dos elfos domésticos.
Dobby enxugou os olhos saltados e disse de repente:
— Harry Potter precisa ir para casa! Dobby achou que o balaço dele seria suficiente para fazer...


Frank teve suas teorias confirmadas. Fora um elfo que botara o balaço para perseguir Harry.


Lily encarou o livro.


- Eu normalmente gosto de elfos domésticos, mas eu estou odiando esse.


- Dobby é uma pessoa boa – replicou Harry – Mas não acertava como fazer as coisas do modo certo.


- Acho que isso é um eufemismo – retrucou ela.
— O seu balaço? — disse Harry, a raiva tornando a subir-lhe a cabeça. — Que é que você quer dizer com o seu balaço? Você fez aquele balaço tentar me matar?
— Não matar, meu senhor, nunca matá-lo!


- Então para que era?


— disse Dobby, chocado. — Dobby quer salvar a vida de Harry Potter!


- Você tem um jeito estranho de expressar isso – disse Dorcas, não condenando. Só apontando.


Melhor mandá-lo para casa, seriamente machucado, do que ficar aqui, meu senhor!


- Tudo bem que esse não é ano mais divertido em Hogwarts, mas estava tão ruim assim? – perguntou Regulus – Se Draco estivesse certo, estariam atacando somente os nascidos trouxas, e bem, você é um mestiço – apontou – Não acho que seria atacado logo, talvez depois, e isso é mais seguro do que voltar para os Dursleys.


Dobby só queria que Harry Potter se machucasse o bastante para ser mandado para casa!
— Só isso? — exclamou Harry furioso. — Suponho que você não vai me contar por que queria me mandar para casa aos pedaços?


- Aposto que ele não pode – falou Lyssi.
— Ah, se ao menos Harry Potter soubesse! — gemeu Dobby, mais lágrimas escorrendo pela fronha esfarrapada. — Se ele soubesse o que significa para nós, para os humildes, para os escravizados, para nos escória do mundo mágico! Dobby se lembra de como era quando Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado estava no auge dos seus poderes, meu senhor! Nós, elfos domésticos, éramos tratados como vermes, meu senhor!


Hermione fechou os olhos, irritada.


É claro que Dobby ainda é tratado assim, meu senhor


Os bruxos se entreolharam, meio culpados.


— admitiu, enxugando o rosto na fronha.
— Mas em geral, meu senhor, a vida melhorou para gente como eu desde que o senhor venceu Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Harry Potter sobreviveu, e o poder do Lord das Trevas foi subjugado, e raiou uma nova alvorada,


- Virou poeta – resmungou Sirius, que não era muito fã de elfos domésticos, apesar de gostar dos que trabalhavam na casa Potter.


meu senhor, e Harry Potter brilhou como um farol de esperança para todos nós que achávamos que os dias de trevas nunca terminariam, meu senhor...


- Vá direto ao ponto – disse Lene,entediada.


E agora, em Hogwarts, coisas terríveis vão acontecer, talvez já estejam acontecendo, e Dobby não pode deixar Harry Potter ficar aqui, agora que a história vai se repetir, agora que a Câmara Secreta foi reaberta...


- Então ela existe e já foi aberta! – a descoberta causou excitação e horror.
Dobby congelou, tomado de horror, e agarrou a jarra de água de Harry sobre a mesa de cabeceira e quebrou-a na própria cabeça,


Hermione arregalou os olhos.


desaparecendo de vista. Um segundo depois, tornou a subir na cama, vesgo, murmurando:
— Dobby ruim, Dobby muito ruim
— Então há uma Câmara Secreta! — sussurrou Harry. — E... Você está me dizendo que ela já foi aberta antes? Me conte, Dobby? - Ele agarrou o elfo pelo pulso ossudo quando viu a mão dele tornar a se aproximar devagarinho da jarra de água. — Mas eu não nasci trouxa, como posso estar ameaçado pela Câmara?


- Isso foi o que eu falei – disse Regulus.


— Ah, meu senhor, não pergunte mais nada ao pobre Dobby. — gaguejou o elfo, os olhos enormes na escuridão. — Feitos tenebrosos estão sendo tramados em Hogwarts,


Um segundo de silêncio.


mas Harry Potter não deve estar aqui quando acontecerem, vá para casa, Harry Potter, vá para casa. Harry Potter não deve se meter nisso, meu senhor, é perigoso demais...


- Agora é que ele vai se meter – falaram Rony e Neville.
— Quem é, Dobby? — perguntou Harry, mantendo o pulso de Dobby preso para impedi-lo de bater outra vez na cabeça com o jarro de água.


Hermione deu um sorriso a Harry.


— Quem abriu a Câmara? Quem a abriu da outra vez?


Todos se inclinaram, ansiosos.
— Dobby não pode, meu senhor, Dobby não pode, Dobby não deve falar! — guinchou o elfo. — Vá para casa, Harry Potter, vá para casa!
— Eu não vou a lugar nenhum! — respondeu Harry com ferocidade. — Uma das minhas melhores amigas nasceu trouxa; ela será a primeira da lista se a Câmara realmente foi aberta...


- Obrigada por ficar por mim, Harry – sorriu Hermione.


- Eu queria ter podido feito mais.
— Harry Potter arrisca a própria vida pelos amigos! — gemeu Dobby numa espécie de êxtase de infelicidade.


- Ok, isso não é normal – falou Josh.


— Tão nobre! Tão valente! Mas ele precisa se salvar, deve, Harry Potter, não deve...
Dobby de repente congelou, suas orelhas de morcego estremeceram. Harry ouviu, também. Havia ruído de passos no corredor.
— Dobby tem que ir!


- Só porque chegou mais gente? – perguntou Dorcas.


— suspirou o elfo, aterrorizado. Houve um estalo alto, e o punho de Harry subitamente não estava segurando mais nada. Ele tornou a afundar na cama, os olhos fixos no portal escuro da ala hospitalar enquanto os passos se aproximavam.
No momento seguinte, Dumbledore entrou de costas no dormitório, usando uma longa camisola de lã e uma touca de dormir. Carregava uma extremidade de alguma coisa que parecia uma estátua.


- Uma... estátua...? – questionaram.


A Profª. McGonagall apareceu um segundo depois, carregando os pés. Juntos, eles depositaram a carga sobre uma cama.
— Chame Madame Pomfrey — sussurrou Dumbledore, e a Profª. McGonagall desapareceu rapidamente de vista, passando pelos pés da cama de Harry. O garoto ficou deitado muito quieto, fingindo que dormia. Ouviu vozes urgentes e então a Profª. McGonagall reapareceu, seguida de perto por Madame Pomfrey, que vestia um casaquinho por cima da camisola. Ele ouviu alguém inspirar com força.
— Que aconteceu? — cochichou Madame Pomfrey para Dumbledore, debruçando-se sobre a estátua na cama.
— Mais um ataque


- Isso é uma pessoa? – perguntou James, pálido.


Neville assentiu, para infelicidade de todos.


- Foi um ano horrível – mas o último foi pior, completou em pensamento.


— respondeu Dumbledore. — Minerva encontrou-o na escada.
— Havia um cacho de uvas ao lado dele — disse a professora. — Achamos que ele estava tentando chegar aqui escondido para visitar Potter. O estômago de Harry deu um tremendo salto. Lenta e cuidadosamente, ele se ergueu alguns centímetros para poder ver a estátua na cama. Um raio de luar iluminava o rosto de expressão fixa.
Era Colin Creevey.


Um minuto de silêncio.


- Ele era tão inocente – sussurrou Alice.


- Não acredito que ele... foi... – falou Lily, com tristeza.


- Mas ele está bem agora – falou Harry para o alivio de todos, que decidiram não fazer mais perguntas.


Seus olhos estavam arregalados e, as mãos, erguidas diante dele, segurando a máquina fotográfica.
— Petrificado? — sussurrou Madame Pomfrey.
— Está — respondeu a Profª. McGonagall. — Mas estremeço de pensar... Se Alvo não estivesse descendo para tomar um chocolate quente e nos encontrado... Quem sabe o que poderia...


Todos tremeram com o pensamento.
Os três contemplaram Colin. Então Dumbledore se curvou e tirou a máquina fotográfica das mãos rígidas do menino.
— Você acha que ele conseguiu bater uma foto do atacante? — perguntou a professora, ansiosa.
Dumbledore não respondeu. Abriu a máquina.
— Meu Deus! — exclamou Madame Pomfrey.
Um jato de vapor saiu sibilando da máquina. Harry, a três camas de distância, sentiu o cheiro acre do plástico queimado.


Queimado...?
— Derretidas — disse Madame Pomfrey pensativa. — Todas derretidas...
— O que significa isto, Alvo? — perguntou pressurosa a Profª. McGonagall.
— Significa que de fato a Câmara Secreta foi reaberta.
Madame Pomfrey levou a mão à boca.
McGonagall arregalou os olhos para Dumbledore.


- Eles estavam ali da última vez?
— Mas, Alvo... Com certeza... Quem?
— A pergunta não é quem


- Eu acho uma questão muito importante - contradisse Lyssi.


— disse Dumbledore, com os olhos postos em Colin. — A pergunta é, como...
E pelo que Harry pôde ver do rosto sombreado da Profª. McGonagall, ela não entendia muito mais que ele.


- Tudo bem que saber como é muito importante, mas não tanto quem – falou Frank confuso – Ao menos que ele já saiba quem é.


Todos ficaram em silêncio por um minuto.


- Quem lê o próximo?




N/Biaa: Preciso da ajuda de vcs. É o seguinte: Gaby não tá podendo escrever pro uns problemas pessoais e Gi não tá conseguindo escrever nada por falta de tempo e criatividade (eu acho). Mas tipo não dá pra eu escrever a fic sozinha e CALMA que eu n vou deixar a fic, eu só quero saber se alguém tem interesse em ficar escrevendo LHP2 comigo pelo tempo que precisar para pelo menos uma das duas voltar para cá - e mais se quiser. Se alguém tiver interessado, é só me mandar um email com pelo menos metade de uma pag de qualquer livro de HP (meno 2) e escrever - colocar os comentários como aqui em LHP2 :) só pra eu ver se tá no estilo da fic. Por favor, me ajudem.


Email: [email protected]

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Comentários (1)

  • Juh_Lynch

    OOOOi! Amor, o cap ficou maravilhoso, e eu sinto muito pela falta de tempo, porque eu sei bem como é. Às vezes eu demorava mil anos só para escrever um capítulo. Eu até mandaria meu formulário e tudo mais, porque eu realmente gosto dessa fic. Somente não faço isso por dois motivos:* Eu adoro ficar curiosa para saber o que vai acontecer na fic, e acho que se eu escrevesse não seria tão incrível assim. * Eu já estou escrevendo mais uma fic, chamada A Outra Potter, lá no nyah, e ela terá três partes. Geralmente eu posto de dois em dois dias, mas mesmo assim, tendo somente UMA fic em mãos, a minha responsabilidade é perto de zero. Eu fico toda atrapalhada euheuheue. Mas eu espero que achem alguém para escrever, de verdade! Bom, em relação ao capítulo: está icrivelmente bom. Parabéns, amei! Beeeeeeeeeeeeijos de brigadeiro! 

    2014-05-12
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